ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CIX - Nº 1029 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
www.fundacaonazare.com.br
Recorramos à DIVINA MISERICÓRDIA! Depois de dois anos, a Arquidiocese de Belém volta a realizar celebrações com a presença do povo de Deus. Dia 24, os fiéis voltam às ruas em procissão para reverenciar Jesus Misericordioso na 27ª Festa da Divina Misericórdia que finda com Missa na Catedral. PÁG. 1
n BENÇÃO dos quadros com a estampa de Jesus Misericordioso será durante a festa religiosa
Força, fé e vida na SEMANA SANTA Povo de Deus compareceu à programação da Páscoa do Senhor na Arquidiocese de Belém, depois de dois anos, passado o período crítico da pandemia. PÁGIS 6 E 7 DIVULGAÇÃO
n MISSA DO CRISMA abre o Tríduo Pascal
n PAIXÃO DO SENHOR imagem do Senhor Morto na Ação Litúrgica
n CEIA DO SENHOR Lava Pés - humildade do serviço
n VIGÍLIA PASCAL - Sábado Santo na Catedral de Belém
2
OPINIÃO
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
V
er e encontrar o Cristo ressuscitado foi motivo de extraordinária alegria aos homens e mulheres, discípulos de Jesus, após aquela dolorosíssima sextafeira na qual Ele foi crucificado. De igual modo, nos tempos de hoje, os discípulosmissionários de Cristo podem experimentar, cada dia, a alegria da presença do Cristo ressuscitado, pois Ele garantiu: “onde dois ou mais estiverem unidos em meu nome, ali estarei Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Oxalá nós todos, discípulos e discípulas, experimentemos sempre as verdadeiras alegrias da Páscoa de Cristo; que o mandamento do amor recíproco – amai-vos uns aos outros – que Ele nos deixou seja efetiva e afetivamente a norma de nossa vida. Estamos chegando a
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação, missão uma nova fase do nosso caminho sinodal. Dia 29 de abril será publicado por todos os meios de comunicação da nossa Arquidiocese o “Instrumento de trabalho do primeiro sínodo da arquidiocese de Belém”. Será uma síntese que reunirá a caminhada sinodal realizada nas paróquias, pastorais específicas, movimentos eclesiais e novas comunidades, bem como também as assembleias das regiões episcopais. Este documento servirá para a reflexão nas assembleias específicas dos vários setores que compõem a nossa Igre-
Q
uando observamos, atentamente, a natureza, conseguimos entender que as mudanças que nela ocorrem se dão em processos; por exemplo, quando uma lagarta vai se transformando em borboleta ou o verão se transformando em inverno, há um processo de mudança, que presume tempo e esforço. Assim como na natureza, ocorre em nossas vidas mesmo que, muitas vezes, esqueçamos que a mudança não acontece instantaneamente, do nada. E uma forma interessante de entendermos melhor o processo de mudança é dividi-lo
ja arquidiocesana em vista da “assembleia geral do sínodo arquidiocesano”, nos dias 56-7 de agosto. A partir deste “instrumento de trabalho”, depois de analisado, discutido, aprofundado, surgirão as pistas de ação para pastoral em nossa arquidiocese para os próximos anos. Outro aspecto importante na caminhada “por uma igreja sinodal”, e que não pode ficar em segundo plano, nem esquecido, além do instrumento de trabalho, é o “ROTEIRO DE ESCUTA PARA O SÍNODO 2023”. Para encon-
trar este roteiro basta entrar neste link: https://forms.gle/NU4gLkzUcYFn2frT9 e aí você encontrará importantes questões para serem respondidas. Todos, individual ou coletivamente, podem participar manifestando suas ideias e observações para que sempre mais nos tornemos uma “igreja sinodal”, isto é, igreja em que todos caminham juntos. Não podemos – e não devemos – esquecer que “a interrogação fundamental que orienta esta consulta do Povo de Deus, como já foi recordado inúmeras vezes, é
esta: “Anunciando o Evangelho, uma Igreja sinodal “caminha em conjunto”: como é que este “caminhar juntos” se realiza hoje na vossa Igreja diocesana? Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”? A participação de todos é fundamental para que a Igreja se torne sempre mais “igreja sinodal”. Rezemos para que este tempo do processo sinodal em nossa arquidiocese seja “tempo de graça” para todos: “Ó Deus, nosso Pai, que enviastes para a vida do mundo o vos-
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
Tempo de renovar em três estados: o Atual, o de Transição e o Futuro. O Estado Atual é como as coisas são feitas hoje. São comportamentos, habilidades, atitudes e condições que nos constituem hoje e que nos definem, no hoje. É um lugar conhecido, seguro e até confortável, pois já sabemos o que esperar mesmo que não esteja fun-
cionando muito bem, em alguns momentos, ou que nos incomode e nos peça mudar. E quando nos impele a mudar, entramos no Estado de Transição que é desconhecido, imprevisível, confuso e desorganizado e, por isso, costuma ser emocionalmente recheado de sentimentos como o medo (de não conseguir mudar), a raiva (por precisar mudar) e
o alívio (por ter conseguido mudar). Mudar exige que aceitemos novas perspectivas e aprendamos novas maneiras de nos comportar e isso é desafiador, pois as nossas tarefas e obrigações diárias não param e esperam por nossa mudança, não, elas continuam nos chamando ao diaa-dia enquanto nós buscamos o ir além
de nós e de nossos estados diários, para mudar e chegar ao Estado Futuro, onde estamos tentando chegar, onde estão os nossos desafios, é desconhecido, onde há uma chance de não sermos bem-sucedidos (e talvez, por isso, nos paralise). Estamos vivendo a Páscoa, a ressurreição de Cristo, e vale a pena refletirmos sobre
so Filho Jesus Cristo, Palavra de Vida, e nos chamais a acolhê-lo na fé, concedei-nos a graça de sermos discípulos missionários anunciadores da verdade do Evangelho em nossa Arquidiocese de Belém. Na fidelidade a Jesus Cristo nosso Senhor obedientes à vossa vontade, empenhemo-nos no serviço do vosso Reino, para que a nossa cidade se encha de alegria. Queremos também cuidar da Amazônia rica e bela para que seja sempre a casa de todos. O vosso Espírito Santo ilumine e fortaleça nossa missão, para que a comunhão, dom da vida divina, cresça cada vez mais em nossa lgreja de Belém e sejamos testemunhas do vosso amor. Ó Mãe e Virgem Maria, Senhora de Belém, intercedei por nós para vivermos a missão com alegria e perseverança. Amém”. o simbolismo e significado psicológico deste evento tão fundamental para nossa vida cristã, pois, todas as vezes que um antigo Eu dá espaço para um novo Eu, nós renascemos, nós mudamos de ciclos, de fases, de estado de vida. Onde e como você está hoje? O que você quer deixar para trás? O que você quer mudar, renovar? Lembre-se, mudar é um processo. Não se dorme de um jeito e acorda mudado... Não se muda somente querendo mudar... Mudar é decisão, é escolha, é esforço, é renúncia... é doloroso mas é, verdadeiramente, libertador! Fiquem bem!
Cáritas lança CARTILHA de saúde ambiental “Preservando Nossa Casa” Reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos sólidos norteiam a edição da cartilha de saúde ambiental para povos indígenas “Preservando Nossa Casa”. O manual foi produzido pelo projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras, da rede Cáritas, durante a execução de projeto piloto para gerenciamento de resíduos sólidos na comunidade indígena Tarau Paru, no município de Pacaraima, estado de Roraima e que contou com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional – USAID. Disponibilizada em três idiomas: português, espanhol e Taurepang, a cartilha de
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
DIVULGAÇÃO
saúde ambiental atendeu um pedido da comunidade, que desde 2019 acolhe integrantes do seu povo TaurepangPemon, que deixaram o território venezuelano para refúgio no Brasil. Dos 946 residentes na comunidade hoje, 607 são migrantes ou refugiados. Preservando Nossa Casa tem 27 páginas, todas ilustradas, com textos que fortalecem o pertencimento do território indígena ao seu povo originário e com jogos educativos sobre saúde ambiental. A cartilha foi lançada no último dia 16 de março, data que celebra o Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas, na comunidade Tarau Paru.
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior - Presidente
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva
DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho
DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
NOS PASSOS do Senhor Ressuscitado "E m meu leito, durante a noite, procurei o amado de minha alma. Procurei-o, e não o encontrei. Vou, pois, levantar-me e percorrer a cidade, pelas ruas e pelas praças, procurando o amado de minha alma. Procurei-o, e não o encontrei. Encontraram-me os guardas, que faziam a ronda pela cidade: “Acaso vistes, vós, o amado de minha alma?” (Ct 3,13). Com este texto do Cântico dos Cânticos, propomos fazer um caminho pelas ruas das cidades e da vida, ajudados pelas narrativas das aparições do Senhor Ressuscitado, que nos acompanham nesta Semana da Oi-
O Dia do Senhor, a presença de Jesus na Comunidade, a reconciliação pelo perdão, a recordação da paixão e o dom do Espírito tava da Páscoa, para encontrá-lo de novo e sempre mais! Justamente os guardas, aqueles que rondavam o sepulcro, foram envolvidos na primeira experiência da presença viva de Jesus (Mt 28,8-15). Já chama atenção o fato das mulheres o encontrarem, para que, discípulas fiéis, experimentarem a alegria que lhes tomou o coração e os passos e levarem a notícia aos outros discípulos. E recebem a recomendação de todos seguirem para a Galileia, o que
foi sempre entendido como sinal de que ele está presente em nosso dia a dia, marcado pelas lutas e empenhos que a vida oferece. Entretanto, o evento traz consigo a versão que correu a modo de boato, de que os discípulos teriam roubado o Corpo do Senhor. A preço de corrupção, até hoje a versão do burburinho das ruas pode provocar-nos, para que escolhamos a profissão de fé da Igreja e não o indiferentismo e o relativismo reinantes. A fé da Igreja no Cristo morto e ressuscitado de verdade nos faz alegres e ágeis para evangelizar. Ele está vivo, presente e atuante! No lugar que Jesus reconhece às mulheres, a experiência de Maria Madalena, Apóstola dos Apóstolos é única (Jo 20,11-18). Vejamos! Lágrimas que limpam os olhos, a visão dos anjos, a saudade sentida por aquela que experimentara os frutos da presença do Senhor, comunhão profunda que a faz reconhecê-lo pelo nome pronunciado: “Maria”! “Mestre!” “Eu vi o Senhor”, foi sua palavra aos discípulos. Faz bem lavar os olhos com lágrimas, olhar ao nosso redor, vendo aqueles que pensamos ser jardineiros ou outras tantas profissões, para chegar àquilo que não passa, a certeza da fé no Cristo Ressuscitado, que é reconhecido e imediatamente envia em missão! E tal missão continua hoje, com nossos gestos e palavras que levam o querigma a todos. S e m p re e s t r a d a ! Agora é o caminho de Emaús (Lc 24,13-35). Discípulos entristecidos, um peregrino talvez parecido com um andarilho, é portador da luz que ilumina as mentes e aquece os corações. Jesus presente no próximo desconhecido, Jesus
presente na Palavra que lhes é explicada. Corações que ardem pelo Senhor ainda desconhecido. A casa acolhedora, quando cai a noite, para chegar à plena revelação, quando Jesus parte o Pão com eles. Depois, o caminho de volta a Jerusalém, certamente feito com a presteza da alegria experimentada, e a Igreja reunida, com a notícia da aparição a Simão Pedro, testemunha qualificada. De fato, estrada, amizade, casa acolhedora, pão repartido, distâncias que se encurtam, Igreja reunida, sobejamente o Senhor nos oferece respostas ao perguntarmos pelo amado de nossa alma! Entretanto, também os outros discípulos passaram pela fadiga do medo e da dúvida (Lc 24,35-48). Se Maria Madalena pensou estar diante de um jardineiro, os discípulos de Emaús consideravam-no peregrino ou andarilho, justamente os apóstolos pareciam estar vendo um fantasma. Maria ouviu seu nome, em Emaús foi sinal o partir do Pão, agora, ao mostrar-lhes aos mãos feridas e os pés, come com eles um pedaço de peixe assado! Impressiona a delicadeza com que trata aqueles homens frágeis na fé, explicando-lhes também as Escrituras! Depois, deveriam sair pelos caminhos do mundo, certos de conhecer muitas pessoas a perguntarem sobre o Salvador. Eles mesmos, com todos os seus limites, recebem a missão de anunciar seu nome, a conversão e o perdão dos pecados. O caminho agora se faz quando as portas se escancararem para o mundo e a missão! Os Apóstolos, Pedro à frente, tinham muito a amadurecer. Desejaram pescar peixes de novo, quando já tinham sido feitos pescadores de homens, e trabalharam a noite
inteira (Jo 21,1-14). Só que sem Jesus presente, nada de resultado! É como acontece conosco, se desejarmos estar na barca da Igreja sem o Senhor Jesus, mesmo se nos julgarmos competentes para convencer os outros! Na praia, uma figura, quem sabe um pescador ou um madrugador a caminhar. Um diálogo de longe, João que reconhece o Senhor, Pedro, sempre ele, pula na água e vai ao seu encontro. Pesca abundante, a rede da unidade da Igreja que não se rompe, e peixes nos quais alguns comentaristas viram um símbolo do Batismo. E ninguém se atrevia a fazer perguntas. Pois sabiam que era o Senhor. Com a fé no Cristo ressuscitado, tudo se transforma, e ele conduz a barca da Igreja à pesca abundante. No Sábado após a Páscoa a Igreja nos faz abrir também o Evangelho de São Marcos (Mc 16,9-15). Em poucos versículos, estão presentes Maria Madalena, os Discípulos de Emaús, as crises e as dúvidas e a aparição aos onze discípulos, repreendidos pela falta de fé e dureza de coração. Mas são eles mesmos os enviados: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!”. Começa o longo caminho, com a certeza de que o Senhor
não os abandona: “Os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20). E na Oitava da Páscoa, Domingo da Divina Misericórdia, a Igreja nos propõe meditar e viver duas aparições de Jesus Ressuscitado (Cf. Comentário da Bíblia do Peregrino ao texto de São João) aos seus discípulos (Jo 20,1931), com alguns traços que podem remeter a uma celebração eucarística: o Dia do Senhor, a presença de Jesus na Comunidade, a reconciliação pelo perdão, a recordação da paixão e o dom do Espírito. As portas trancadas são sinal da nova condição de Jesus, o medo é vencido com a saudação de paz pascal, a dúvida e o desânimo com a identificação corporal de Jesus, que atravessa as barreiras internas e externas do homem. A missão é ato soberano de Jesus para prolongar a própria missão, o sopro é como a criação do homem novo, dotado do alento do Espírito, na força da Ressurreição de Jesus. Alguns dias depois, outra aparição, com a presença de Tomé, incrédulo que pede provas palpáveis.Tomé o encontra quando está com a comunidade, onde poderia ver Jesus
e professar a fé. Ironicamente, torna-se testemunha excepcional, um aviso para os que no futuro viriam a crer pelo testemunho apostólico: “Meu Senhor e meu Deus!”. Os que creram sem ter visto agora querem ser felizes e sair pelo mundo anunciando a Ressurreição. Sabemos responder a quem vier ou for por nós procurado que já sabemos onde se encontra o amado e desejado pela humanidade e pela Igreja!
Aparições do Senhor Ressuscitado
E na Oitava da Páscoa, Domingo da Divina Misericórdia, a Igreja nos propõe meditar e viver duas aparições de Jesus Ressuscitado
4
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
Procissão anima FESTA da Misericórdia DEVOTOS podem participar da programação e também levar seus quadros para abençoar
FOTOS: ARQUIVO/LUIZ ESTUMANO
O
n QUADROS com a imagemde Jesus serão abençoados
Movimento Apostólico da divina Misericórdia da Arquidiocese de Belém realizará, novamente, a Festa da Divina Misericórdia na capital paraense. Dia 24, às 7h30, está marcado o reencontro dos fiéis com sua fé em Jesus Misericordioso. A procissão sairá da praça Waldemar Henrique em direção à praça frei Caetano Brandão, na frente da Catedral de Belém. Os devotos caminharão exaltando o tema da festa em 2022 "Mãe de misericórdia, Rainha da Família, rogai por nós!". Os fiéis podem levar consigo o quadro com a estampa de Jesus Misericordioso, no qual se lê a frase: "Jesus, eu
confio em vós", principal ícone da festa em homenagem à Divina Misericórdia. A procissão dos devotos da Divina Misericórdia seguirão em caminhada ao longo do Boulevrad Castilhos França, passando pelo complexo do VerO-Peso até chegra à Catedral de Belém. A chegada à Catedral é prevista para às 9h, e após o encerramento da procissão, os devotos adentrarão a Igreja Mãe para participarem da Santa Missa e também receber a benção final, ocasião em que tambpem serão abençoados os quadros com a estampa de Jesus Misericordioso ao final da celebração eucarística.
A FESTA
No Jubileu do ano 2 0 0 0 , o Pa p a J o ã o Paulo II solenemente proclamou que o primeiro domingo após a Páscoa, em toda a Igreja, “tomará o nome de Domingo da Divina Misericórdia”. A Festa da Misericórdia é uma celebração litúrgica, e vivenciar essa festa é acolher o próprio pedido de Jesus a Santa Faustina: “A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário de Santa Faustina, nº 699)
No Santuário, a Festa Nacional da Divina Misericórdia é um evento consolidado há 21 anos. a programação em 2022 inclui momen-
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
n PROCISSÃO poderá ter a presença dos devotos
tos oracionais voltados à espiritualidade, show do Alvaro & Daniel, e a Novena à Divina Misericórdia e a Santa Missa no decorrer do dia.
Os protocolos de prevenção à COVID19, permancem sendo respeitados pela c o o rd e n a ç ã o d o s eventos religiosos onde se realizam.
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 20,19-31
19Ao anoitecer daquele dia o primeiro da semana, estando fechadas, ..., onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondose no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21 Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo,... não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos,..
e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois... Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos... E não sejas incrédulo...”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!”. 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais... que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e... crendo, tenhais a vida em seu nome. B) COMENTÁRIO
“Ao anoitecer”. Esta expressão está ligada ao momento pascal original (Ex 12,6). Deus indica quando seja: no exato ângulo entre o dia e a noite, para a cele-
bração da Páscoa. Algumas bíblias traduzem: “ao por do sol”, “ao crepúsculo”, e uma espanhola diz “entre duas luzes”. Esta última aponta à “terra santa”, no monte Garizim, pois de lá, se pode ver (no mês de “Nissan”/março-abril/) às vésperas da lua cheia) o sol e a lua ao mesmo tempo, exatamente “ao anoitecer”. As “duas luzes” são como os dois olhos da criação (Gn 1,16) contemplando o gesto cultual maior, do homem a Deus. E foi neste momento pascal exato que o ressuscitado apareceu aos discípulos (v 19); ocasião propícia. “Estando fechadas as portas... Jesus entrou e, pondo-se no meio deles...”. Ora, o modo de entrar de Jesus, indica seu estado diferente, já não está submisso às leis da natureza; ele rompe com os limites do tempo e do espaço. Ele vem para o meio, o centro de nossa vida.
“A paz esteja convosco”. Esta é a frase primordial da Páscoa. A paz é condição fundamental para que a nova vida se concretize. Paz não apenas individual, mas relacional: com o outro, com os outros. “Soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo”(v 22). Ora, o sopro de Deus faz do homem um ser vivente (Gn 2,7); é vida. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. A missão que recebemos e na medida em que a executamos é continuação daquela que Jesus recebeu do Pai. “As mãos e o lado”(vv 20.25.27). A referência indica que o Ressuscitado é o mesmo que foi crucificado. E a figura de Tomé contrasta com o grupo: “Vimos o Senhor”; é um testemunho coletivo frente ao individual que impõe condições. Jesus atende, mas repreende: é necessário confiar na comunidade de fé.
n 22/04 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 4,1-12 Salmo - Sl 117, 1-2.4. 22-27a Evangelho - Jo 21,1-14 n 23/04– SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - At 4,13-21 Salmo - Sl 117, 1.14-16ab.18-21 Evangelho - Mc 16,9-15 n 24/04 – DOMINGO Cor: Branco 1ª Leitura - At 5,12-16 Salmo - Sl 117,2-4.22-27a 2ª Leitura - Jo 1,9-11-13.17-19 Evangelho - Jo 20,19-31 n 25/04 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Vermelho
1ª Leitura - 1Pd 5,5b-14 Salmo - Sl 88(89),2-3,6-7,16-17 Evangelho - Mc 16,15-20 n 26/04 – TERÇA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 4,32-37 Salmo - Sl 92, 1-2.5 Evangelho - Jo 3,7b-15 n 27/04 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 5,17-26 Salmo - Sl 33, 2-9 Evangelho - Jo 3,16-21 n 28/04 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - At 5,27-33 Salmo - Sl 33, 2.9. 17-20 Evangelho - Jo 3,31-36
5 BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
EDUCAÇÃO CATÓLICA: O Pacto Educativo Global e o impacto social da educação (Parte 16) INTRODUÇÃO
C
ontinuemos a nossa reflexão sobre o Pacto Educativo Global proposto pelo Papa Francisco. Esse desafio nos estimula a aprofundar a dimensão social da educação que brota da consciência da missão de promoção do Reino de Deus. A educação católica tem um potencial transformador que vai além do indivíduo, atinge a família, envolve a comunidade educativa e contribui para a mudança positiva da socie-
A educação católica reconhecendo que há uma só família humana deve estimular nos educandos a consciência da irmandade universal dade. Também através da educação a Igreja testemunhao seu compromisso de ser “sal da terra e luz do mundo”.
1
A educação como Bem comum Pensamos na necessidade de um Pacto Educativo Global (PEG) porque a educação é um bem comum. No PEG a educação é concebida como um bem universal que transcende as competências isoladas de um povo, de governos, da família, da sociedade, das instituições... Todos são corresponsáveis por ela. Portanto, é possível pensar num pacto mundial porque o desenvolvimento humano deve ser para todos os povos. Nessa perspectiva, a educação é um “bem comum”; é um “direito humano universal”; isso já está contemplado na Declaração universal dos direitos humanos,
no artigo XXVI (1948): “Todo homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, está baseada no mérito. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos”. A educação baseada no princípio da dignidade da pessoa humana é sempre de caráter universal, por isso suas exigências próprias devem valer para todos; então é preciso assegurar condições dignas para que a educação aconteça: profissionais bem formados, ambientes confortáveis, estruturas físicas necessárias, projetos pedagógicos estratégicos, grade curricular que responda às exigências da dignidade humana, meios técnicos adequados, plano de formação dos educadores...
2
A educação a serviço da sociedade A educação está a serviço da sociedade. Não se pode pensar na educação sem a sua finalidade social. A educação nos leva a crescer na tomada de consciência da nossa identidade humana. Só existimos na relação com os outros e essa experiência nos leva a tomarmos consciência dos nossos recursos, limitações pessoais e a compartilhar com os semelhantes nossos sentimentos, experiências de vida,
ideias e sonhos. Pelo fato de sermos naturalmente sociais, a educação é um recurso a serviço do próprio ser humano para que possa saber viver, saber conviver, saber crer, saber fazer,saber interagir, saber gerir seus sentimentos, saber dialogar, saber discernir, saber tomar decisões, saber administrar seus interesses em harmonia com o dos outros e os parâmetros da sociedade, pois nem tudo é possível. A educação está a serviço da sociedade porque conduz as pessoas à assimilação de valores, à experiência de virtudes; sem isso é impossível a harmonia social; como seria uma sociedade sem indivíduos virtuosos? Sem a confiança, honestidade, respeito, justiça, fidelidade, amizade,ho nradez,autenticidade, bondade, prudência, diligência, disciplina, cooperação, paciência, obediência?! Não é possível pensarmos numa sociedade sem virtudes. Portanto, isso significa que a educação tem uma dimensão moral e ética.
3
Educação profissional A educação nos possibilita a qualificação profissional; não existe profissional que não tenha passado por um processo de educação, de formação, treinamento... A nossa vida profissional tem uma dimensão social, depende da sociedade; a formação profissional é resposta às demandas ou necessidades da sociedade... Enfim, todas as dimen-
sões da pessoa devem ser formadas. Uma dimensão sem formação, ou maleducada, pode levar a pessoa a promover crimes; por isso há crimes na esfera afetiva, na dimensão sexual, profissional, religiosa, na comunicação etc. Todo crime está sempre diretamente relacionado à uma dimensão humana e com forte repercussão social. Quando a educação prescinde do dinamismo da sociedade, ela engana a pessoa; não a capacita para a vida, aliena, engessa, bitola, aprisiona; por isso,se fala nas famílias de formar para vida; formar homens e formar mulheres! A sociedade molda a educação, a condiciona e a educação, por sua vez, contribuição para a transformação da sociedadeatravés das ideias, de valores, parâmetros, exigências, critérios, modelos apresentados. Há uma íntima relação entre sociedade e educação. Por tudo isso a educação deve estar a serviço da sociedade!
4
A educação católica e a sociedade Há uma íntima união entre a Igreja e toda a família humana. Isso foi afirmado no Concílio Ecumênico Vaticano II, na Constituição Gaudium Et Spes, afirmando: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias
dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história” (GS,1). Dessas consistentes afirmações podemos extrair diversas importantes conclusões: * A educação está profundamente encarnada na história; não há autêntica educação sem historicidade e quando isso acontece torna-se alienada e alienante; * Significa que a Igreja, os discípulos de Jesus Cristo, não formam uma sociedade à parte, mas fazem parte da mesma história na qual vivemos juntos, com outros que não fazem parte da Igreja, mas formamos a mesma família humana; * Tudo o que a Igreja faz, tem um impacto social: a liturgia tem consequências comunitárias, a doutrina tem uma dimensão social, a educação católica é portadora
de uma força transformadora da sociedade; * A educação católica reconhecendo que há uma só família humana deve estimular nos educandos a consciência da irmandade universal, da fraternidade e o dever da promoção da experiência da solidariedade e da empatia em todas as circunstâncias; * A educação católica na escola ou na universidade, ou em qualquer outra instituição, não deve se fechar numa redoma, mas estimular internamente a consciência da ação conjunta e da responsabilidade social; * A consciência da responsabilidade da educação gera a criatividade na promoção de novas práticas pedagógicas estimulando, assim, um mutirão para a transformação interna e da sociedade em vista da transformação do mundo.. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
1 2
O que significa dizer que a educação é um bem comum? Como é o diferencial da educação católica para a transformação da sociedade? Porque há uma íntima relação entre a educação católica e a sociedade?
3
Aprofundar a dimensão social da educação
Há uma íntima relação entre sociedade e educação. Por tudo isso a educação deve estar a serviço da sociedade
6
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
A contemplação PRESENCIAL dos mistérios
PASSADO O RIGOR ante a pandemia, fiéis acompanharam, presencialmente, a programação
D
epois da massiva presença dos fiéis na abertura da Semana Santa no Domingo de Ramos, a Arquidiocese de Belém esteve acompanhada dos fiéis em toda a programação que marcou a Semana Santa na capital paraense. O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, presidiu as celebrações na área central de Belém e na Catedral de Belém. O Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro também presidiu celebrações da Semana Santa em comunidades diocesanas e nas áreas missionárias da Arquidiocese de Belém. Flexibilizadas as medidas sanitárias de prevenção à pandemia em razão da covid-19, as programações da Arquidiocese contaram com a presença dos fiéis, após dois anos ausentes em razão do protocolo sanitário que impediu a celebração presencial de eventos coletivos, incluindo os religiosos. A programação foi integralmente transmitida ao vivo pelos meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém (TV Nazaré, Rádio Nazaré e redes sociais). MISSA DO CRISMA Quinta-feira pela manhã, dia 14. As portas da Catedral de Belém estavam abertas para receber o clero arquidiocesano que foi àquela celebração para renovar as suas promessas sacerdotais e receber os santos óleos que foram consagrados pelo Arcebispo Dom Alberto e entregues aos sacerdotes para
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n CLERO adentra a Catedral de Belém para a Missa do Crisma
serem utilizados nas celebrações com Sacramentos ao logo do ano. O povo de Deus pode participar da celebração, de forma presencial. CEIA DO SENHOR Como era de costume, a Catedral de Belém também celebrou a Ceia do Senhor, recordando a instituição da Eucaristia pelo próprio Jesus. Durante a Missa, o Arcebispo Dom Alberto retomou o rito do Lava-pés, momento em que “evidencia-se a vocação missionária dos discípulos de Jesus, a partir do exemplo de humildade dado pelo próprio Mestre", ressaltou Dom Alberto. PROCISSÃO DO ENCONTRO Era notável a saudade dos fiéis para encontrar-se pessoalmente com o Senhor, na companhia materna e familiar propiciada pela Santa Madre Igreja. E eles es-
n LAVA PÉS fiéis presentes à Catedral participaram do rito
n ENCONTRO ds imagens do Senhora Senhor e de sua Mãe
SERMÃO DAS SETE PALAVRAS O Sermão das Sete Palavras também contou com a presença dos fiéis após dois anos de pique da pandemia da covid-19. No único dia em que não é celebrada a Santa Missa, a Capela do Colégio Santo Antônio ficou repleta de pessoas que foram ouvir O Sermão das Sete Palavras em sua 143ª edição. O pregador, padre Glaudemir Simplício de Lima, Prefeito de Estudos dos seminários arquidiocesanos. O Sermão, composto pela meditação das Sete Últimas Palavras proferidas por Jesus Cristo, quando suspenso no madeiro da Cruz, em suas “Três Horas da Agonia”. A meditação revestiu-se de emoções também, pois o padre Glaudemir associou às suas reflexões os últimos fatos mundiais que tem colocado em cheque a vida e a morte, a conversão dos pecadores e a vida eterna conquistada para a Igreja pelo sacrifício perfeito de Jesus na Cruz. Por fim, a vida pessoal do sacerdote Glaudemir, motivou as suas últimas palavras. Recordando-se da recente jornada pessoal em que seu pai fez a Páscoa definitiva, ele agradeceu a Dom Alberto pela confiança em fazer este sermão em que muitas palavras escrevi ao lado SERMÃO DO ENCONTRO de mue pai. Agradeço a força da Virgem As emoções dos fiéis alcançaram Maria, por me fazer suportar muitas doo ápice no momento do encon- res para concluir esta missão". tro das duas imagens na Igreja das Mercês, no bairro do Comércio. Lá, o padre Cleiton Liker, vice-diretor do Seminário São Pio X, proferiu o Sermão do Encontro. Ratificando o poder do silêncio da Virgem Maria, traspassada pela dor de ver o seu Filho a caminho do Calvário, o sacerdote associou esse momento crucial na vida da Mãe de Jesus e rogou, em nome dos fiéis, que a Senhora também intercedesse “junto a Jesus pelos momentos de dor dilacerante, vividos por nós, seus filhos nestes tempos de pandemia e de guerra. São muitas chagas traspassando, como espada, a vida da Igreja. Tenhamos a força que a Mãe teve de contemplar as dores de seu Filho, por amor a todos nós”, disse o pregador, muito emocionado, na presença do Arcebispo Dom Alberto. O pastor viveu grandes emoções durante a pregação do padre Cleiton. “Ver o nosso povo, novamente presente, podendo expressar sua fé, é graça de Deus”, na observação de Dom Alberto. n PE. GLAUDEMIR As sete Palavras tiveram presentes. A procissão do Senhor dos Passos deixou a Basílica Santuário conduzida pela Guarda de Nossa Senhora de Nazaré. Acolhendo o convite da Arquidiocese de Belém, o povo de Deus seguiu, atrás da imagem de Jesus, recolhida em orações nos seus corações. “A gratidão é só o que tenho a dizer. Ele morreu em nosso lugar”, disse Nonato Santos, que veio de Ananindeua participar da procissão. Piedosas mulheres eram em maior número na procissão que se deslocou da igreja de São João, na Cidade Velha, com destino à Reitoria de Nossa Senhora das Mercês. “É impossível a gente não se emocionar, depois de tudo o que passamos nesses dois em que a pandemia nos abriu tantas dores. Vim encontrar nela, a força para continuar”, manifestou-se Bianca Andrade, que recordava-se de familiares e amigos que faleceram em conseqüência da covid-19. Ela estava na procissão que levaria a imagem de Nossa Senhora das Dores para o encontro com a imagem do Senhor dos Passos.
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
da Paixão de Jeus Cristo em Belém do Pará
7
da Semana Santa em Belém. Todas as comunidades diocesanas realizaram eventos próprios. LITURGIA DA PAIXÃO DO SENHOR A Liturgia da Paixão do Senhor começou às 17h, na Sé Catedral, presidida pelo Arcebispo de Belém. Nas paróquias diocesanas também houve liturgia semelhante, a cargo de padres e vigários de acordo com programação própria. Na Catedral, a recordação do momento da morte de Cristo no Calvário, com destaque para a oração universal da Liturgia da Paixão do Senhor, recomendação do papa Francisco convida a Igreja no mundo a invocar o Senhor “pelos governantes para que ilumine as suas me n t e s e c o r a ç õ es para buscar o bem comum em verdadeira liberdade e paz”, referindo-se aos combates bélicos no planeta. Dom Alberto destacou a Sagrada Escritura, pedindo que os fiéis que acolhessem o convite divino: “Aproximemo-nos da Cruz, de onde jorra toda a fonte da vida e fim das nossas tristezas”!
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n ADORAÇÃO DA CRUZ no gesto do Arcebispo Dom Alberto e do Cura da Sé, cônego Roberto Cavalli
SERMÃO DO DESCENDIMENTO DA CRUZ Concluída a Liturgia da Paixão, o padre André Teles, co-pároco na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no bairro do Jurunas, proferiu o Sermão do Descendimento
da Cruz. “Possamos acolher o extremo amor de Nosso Senhor por toda a sua Igreja”. E associou sua meditação aos tempos atuais em que as conseqüências da pandemia e da guerra dilaceram nossos corações, testemunhando tantas dores pela vida de nossos irmãos sendo escarnecidas”. E a cada reflexão, o sacerdote conduzia o rito de descida da imagem do Senhor morto da Cruz, no presbitério da Catedral de Belém. Após o Sermão, a procissão do Senhor Morto saiu, acompanhado da imagem de Nossa Senhora das Dores, até a Igreja de São João (São Joãozinho). VIGÍLIA PASCAL O Sábado da Vigília Pascal na Noite Santa teve programação em todas as paróquias, com programação própria. Na Catedral de Belém, às 20h, o Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, iniciou a celebração e uma novidade se registrou: a procissão do Jesus Ressuscitado após a vigília, no entorno da Praça Frei Caetano Brandão. DOMINGO DE PÁSCOA A Missa de Páscoa foi celebrada em todas as paróquias da Arquidiocese de Belém com programação própria. O dia santo mais importante da Igreja reflete o Anúncio de Páscoa, a ressurreição de Nosso Senhor. E é devolvido aos sacrários das Igrejas do mundo inteiro nas hóstias consagradas, recordando que Nosso Senhor Jesus Cristo, após sua ressurreição, está de volta em nosso meio.
n PE. ANDRÉ proferiu o Sermão do Descendimento
n CURA DA SÉ côn. Roberto saúda os fiéis na Catedral
n SOELNES momentos das celebrações pascais emocionaram os fiéis
n ENCORAJADOS pelo Cristo que vivo está, o povo de Deus, confiante, foi às celebrações pascais na Catedral de Belém
8
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
Marambaia EM FESTA com São Jorge TV NAZARÉ transmite Missa solene do padroeiro no dia 23, ao vivo, às 15h
A
matriz da Paróquia de São Jorge, no bairro da Marambaia, está em festa para celebrar o padroeiro São Jorge. A TV Nazaré transmitirá ao vivo a Missa Solene a ser presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa no dia 23, às 15h, direto da paróquia. A festividade começou no dia 17 de abril segue até o dia 23 come extensa programação litúrgica e cultural, com arraial ainimado por atracões musicais e venda de alimentos
diversos com o obejtivo de ajudar nas obras de evangelização da comunidade paroquial. Padre Raimundo Ribeiro Martins, paroco da igreja, está à frete da festividade e acolhe o povo de Deus junto com os padres da Congregação Joseleitos de Cristo, responsáveis pela paróquia desde 2004 até o presente tempo. A Paróquia São Jorge fica localizada na avenida Dalva, n° 445, no bairro da Marambaia, desde a sua fundação, em janeiro de 1968. A festividade em honra ao padroeiro da
matriz, ocorre à luz do tema “Com São Jorge, em sinodalidade, educar para a participação e missão", em alusão ao Sínodo Arquidiocesano que ora vivencia o povo de Deus na Arquidiocee de Belém. A programação inclui, além da Santa Missa, a novena do padroeiro que nesta sexta-feira, 22 de abril, conta com a participação das famílias da paróquia, conduzida pelo padre Roberto Junior, meditando o tema "Cristo Ressuscitado, penhor de abundância, comunhão e
ARQUIVO / LUIZ ESTUMANO
n PARÓQUIA São Jorge celebra o padroeiro este mês
partilha numa Igreja sinodal". O mesmo sacerdote preside a Missa das 19h.
Participe da festividade de São Jorge. Para obter mais informações, acesse as
redes sociais da paróquia. No dia 23, sábado, haverá Missas em vários horários.
Arquidiocese continua em VISITAS PASTORAIS às comunidades DIVULGAÇÃO
n PARÓUIA Nossa Senhora do Carmo recebe vista de Dom Antôni
RÁDIO NAZARÉ
Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, segue acompanhando as comunidades diocesanas em período de visita pastoral da Arquidiocese de Belém. Depois de visitar a Paróquia do Divino Espírito Santo, na Cidade Nova 8, em Ananindeua, o pastor esteve na Paróquia Santa Luzia, em Belém. Agora, Dom Antônio dedica-se à convivência pastoral na Paróquia Nos-
sa Senhora do Carmo, em Benevides, região metropolitana da capital paraense, onde permanecerá em companhia dos paroquianos até o dia 29 de abril, ciceroneado pelo pároco, padre Helio Fronczack. O bispo relata "que tem sido um tempo de redobrado desafio, pois a evangelização e as comunidades vivenciam os reflexos do difícil período mais crítico estabelecido pela pandemia. Nossas comunidades se res-
BOA DICA
FM 91 .3 MHZ
n PROGRAMA CURA-ME SENHOR Acompanhe pela Rádio Nazaré FM o Programa “CURAME SENHOR”.Diariamente às 5h da manhã o Cônego Sebastião Fialho convida os ouvintes a uma maior intimidade com o Senhor, através
de cantos e momentos de oração. - Todas os Dias, às 5h da manhã. Sintonize 91,3 MHz e participe! Rede Nazaré de Comunicação integrando a Amazônia a Serviço a Vida.
TV NAZARÉ CANAL 30.1
n SAGRAÇÃO EPISCOPAL DO MONSENHOR CID A Rede Nazaré de Televisão transmite ao vivo a sagração episcopal do Monsenhor Cid no sábado, dia 23 de abril, às 9h, direto da Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Icoaraci. O anúncio do no-
me de Monsenhor Raimundo Possidônio Carrera da Mata, como bispo-coadjutor para auxiliar Dom Jesus na Diocese de Bragança (PA) foi feito no dia 16 de março passado. A posse em Bragança ocorrerá dia 30 de abril.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n MISSA DA FAMÍLIA NAZARÉ COM A PARTICIPAÇÃO DAS PARÓQUIAS Toda sexta-feira, a Fundação Nazaré de Comunicação realiza a missa da Família Nazaré com a participação das paróquias, gurpos e comunidades pertencentes a nossa arquidiocese. A celebração acontece a partir de 16h, na Capela Nossa Senhora de Naza-
ré, localizada na Avenida Governador José Malcher, 915, prédio da Cúria Metropolitana. A celebração eucarística é transmitida, ao vivo, pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare. com.br) e pela nossa página no Facebook:/FNCBelem.
sentem de várias consequencias, dentre elas, as condições estruturais e econômicas que acabam interferindo na realidade missionária". Diante das diversas situações e dos contextos diferenciados em cada comunidade, Dom Antônio conseidera que "estas visitas tem ajudado a nós, bispos, um olhar mais ampliado sobre a Igreja de Belém. Verificamos a necessidade dessa presença mais perto de nossos irmãos".
n OBRAS COMPLETAS - VOL 10 São Luís Maria Grignion de Montfort, Livro (PAULUS, R$ 84,00 )
A
obra reúne, num único volume, todos os escritos de São Luís Maria Grignion de Montfort, com introduções e comentários a cada título. O leitor encontrará aqui, além de obras mais conhecidas (como o Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, O segredo admirável do santo rosário, O amor da Sabedoria eterna, O segredo de Maria, a Carta Circular aos Amigos da Cruz, entre outras), a totalidade das cartas, dos sermões e dos cânticos do santo. n ETTY HILLESUM - Humanidade enraizada em Deus Michael David Semeraro, Livro (Paulinas, R$ 25,80)
E
m nossa inquietante busca de Deus, a trajetória da jovem Etty Hillesum é um convite a encontrá-lo no mais profundo de nós mesmos. Setenta anos são muitos e, ao mesmo tempo, poucos para fazer da vida uma pedra milenar na evolução da nossa humanidade, para que seja sempre mais à imagem e semelhança do Criador de todas as coisas. Entretanto, nesta duração de tempo a semente da vida de Etty Hillesum se tornou uma enorme árvore, na qual tantas pessoas encontraram refúgio e conforto, atingindo abundantemente o bálsamo necessário para as muitas feridas da vida. Certamente, as feridas que nos foram dadas, mas também aquelas que experimentamos com a nossa superficialidade, o nosso egoísmo e a nossa indiferença. Na leitura, atenta e prazerosa, desta obra, o leitor encontrará alento e coragem para descobrir a presença do Deus infinito que habita na profundeza do nosso ser.
VATICANO
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
9
Mensagem Urbi et Orbi: A PAZ É POSSÍVEL
CERCA de 100 mil fiéis presentes na cerimônia, que pôde finalmente ser celebrada na Praça
C
om informações Vatican News. “Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa! Jesus, o Crucificado, ressuscitou!” Assim o Papa Francisco saudou os fiéis presentes na Praça São Pedro e todos os que acompanharam a missa de Páscoa conectados pelos meios de comunicação em todo o mundo, no domingo, 17. Cerca de 100 mil fiéis participaram da cerimônia, que pôde finalmente ser celebrada na Praça, após dois anos de pandemia, com os tradicionais enfeites florais para acolher o anúncio da ressurreição de Cristo. Após a Missa, o Papa se dirigiu à sacada central da Basílica Vaticana, de onde dirigiu a a mensagem Urbi et Orbi (à cidade de Roma e a todo o mundo) e concedeu a Bênção Apostólica. Ele estava acompanhado pelos cardeais Renato Raffaele Martino e Michael Czerny.
O Pontífice repetiu as palavras de Cristo contidas no Evangelho de João, diante dos olhos incrédulos dos discípulos: «A paz esteja convosco!». “Também os nossos olhos estão incrédulos, nesta Páscoa de guerra”, disse o Papa. Com todo o sangue e violência que vimos, temos dificuldade em acreditar que Jesus tenha verdadeiramente ressuscitado. “Terá porventura sido uma ilusão?”, questionou Francisco, que imediatamente respondeu: “Não. Não é uma ilusão!”. E hoje, mais do que nunca precisamos Dele, no final de uma Quaresma que parece não ter fim. Ao invés de sairmos juntos do túnel da pandemia, demonstramos que existe ainda em nós o espírito de Caim, que vê Abel não como um irmão, mas como um rival. Por isso temos necessidade do Ressuscitado para acreditar na vitória
FOTOS: DIVULGAÇÃO
do amor, para esperar na reconciliação. Só Ele o pode fazer. VÍTIMAS DA GUERRA
O Papa então dirigiu o seu olhar para todas as realidades que necessitam do anúncio pascal. Falando da “martirizada” Ucrânia, usou termos como crueldade e insensatez e pediu mais uma vez que não se habitue à guerra. De modo especial, citou o sofrimento das crianças não só ucranianas, mas também “as que morrem de fome ou por falta de cuidados médicos, as que são vítimas de abusos e violências e aquelas a quem foi negado o direito de nascer”. Pediu paz no Médio Oriente, em particular entre israelenses e palestinos, no Líbano, na Síria e no Iraque. Paz também para a Líbia e para o Iêmen, para Mianmar e para o Afeganistão. Paz para todo o continente africano, particularmente na região do Sahel, na Etió-
n PAPA da sacada central da Basílica Vaticana, a mensagem Urbi et Orbi
pia, na República Democrática do Congo. “GUERRA” SOCIAL
Olhando para o continente americano, a oração do Papa é para que “Cristo ressuscitado acompanhe e assista as populações da América L atina, que, em alguns casos, viram piorar as suas condições sociais nestes tempos difíceis de pandemia, agravadas
também por casos de criminalidade, violência, corrupção e tráfico de drogas”. Falou também do Canadá, para que o Senhor ressuscitado acompanhe o caminho de reconciliação que a Igreja Católica no país está percorrendo com os povos autóctones. Francisco concluiu recordando que cada guerra traz consigo
consequências que envolvem toda a humanidade: do luto ao drama dos refugiados, até à crise econômica e alimentar de que já se veem os primeiros sintomas. Cristo, todavia, nos exorta a não nos render ao mal e à violência. “Deixemo-nos vencer pela paz de Cristo! A paz é possível, a paz é um dever, a paz é responsabilidade primária de todos!”
“Penso nas guerras ocultas, que ninguém VÊ, que estão longe de nós" Com informações agência Ecclesia. O Papa disse em entrevista à televisão pública italiana (Rai) na sexta-feira, 15, que o mundo “está em guerra”, alertando para conflitos “ocultos” que acontecem em vários países por causa de uma lógica armamentista. “Penso nas guerras ocultas, que ninguém vê, que estão longe de nós. Tantas. Porquê? Para explorar? Esquecemos a linguagem da paz: esquecemo-nos dela. Fala-se de paz. As Nações Unidas fizeram tudo, mas não tiveram êxito”, referiu, numa conversa de cerca de 50 minutos emitida nesta Sextafeira Santa, no programa ‘À Sua Imagem’. Francisco evocou em particular “a Síria, o Iémen, os Rohingya, expulsos, sem pátria”. “Em todo o lado há guerra. O genocídio ruandês há 25 anos. Porque o mundo escolheu – é difícil dizê-lo – mas escolheu o esquema de Caim e a guerra é implementar o cainismo, ou seja, matar o irmão”, assinalou, evocando um episódio do primeiro livro da Bíblia, o Génesis, em que Caim mata o seu irmão Abel. Neste momento, na Europa, esta guerra atinge-nos mui-
to. Mas olhemos um pouco para mais longe. O mundo está em guerra, o mundo está em guerra!”. No dia em que a Igreja Católica evoca a morte de Jesus, o Papa declarou que Cristo “está em agonia nos seus filhos, nos seus irmãos, sobretudo nos pobres, nos marginalizados, nas pessoas pobres que não se podem defender”. “Na cruz estão os povos dos países da África em guerra, do Médio Oriente em guerra, da América Latina em guerra, da Ásia em guerra. Há alguns anos eu disse que estávamos a viver a terceira guerra mundial em pedaços. Mas ainda não aprendemos”, lamentou. Fr a n c i s c o d i s s e compreender” os governantes que compram armas”, por causa do atual sistema internacional. “Não os justifico, mas compreendo-os. Porque temos de nos defender, porque [é] o esquema cainista de guerra. Se fosse um esquema de paz, isto não seria necessário. Mas vivemos com este esquema demoníaco, [que diz] para nos matarmos uns aos outros por causa do poder, por causa da segurança, por causa de muitas coisas”, advertiu.
Regresso ao Calvário. Lá, Jesus fez tudo. Ele tentou com piedade, com benevolência, convencer os líderes e [em vez disso] não: guerra, guerra, guerra contra ele! Por mans i d ã o, o p õ e m - s e à guerra pela segurança. ‘É melhor que um homem morra pelo povo’, diz o sumo sacerdote, porque, caso contrário, os romanos virão. E a guerra”. VÍTIMAS
A conversa recorda as celebrações a que o Papa presidiu em cemitérios militares da Itália, na comemoração dos fiéis defuntos (2 de novembro), junto das vítimas das guerras mundiais. “Vi e chorei”, confessa Francisco, pedindo que todos lembrem os 30 mil soldados mortos no desembarque da Normandia, na II Guerra Mundial. “A guerra cresce com a vida dos nossos filhos, dos nossos jovens. É por isso que digo que a guerra é uma monstruosidade”, observou. A entrevista aborda ainda a pandemia de Covid-19 e o momento de oração a que o Papa presidiu, no dia 27 de março de 2020, numa Praça de São Pedro vazia, aquando do primeiro confinamento. “Procurava, sentia o drama daquele mo-
n PAPA “Em todo o lado há guerra, o mundo escolheu o esquema de Caim
mento, de tantas pessoas”, lembrou. Francisco deixou uma mensagem de esperança e deseja que a Páscoa seja um momento de “alegria interior”. “Os meus votos são que não se perca a esperança, a verdadeira
esperança – que não desilude –, e pedir a graça de chorar, mas o choro da alegria, o choro da consolação, o choro da esperança”, acrescentou. No final, a entrevistadora, Lorena Bianchetti, pergunta ao Pa-
pa como se deve viver a Sexta-feira Santa e, em particular, a hora em que a Igreja Católica recorda a hora da morte de Jesus, neste ano, e Francisco permanece em silêncio, visivelmente emocionado, sem responder.
O
Senhor ressuscitou! Não nos demoremos ao redor dos túmulos, mas vamos redescobri-Lo a Ele, o Vivente! E não tenhamos medo de O procurar também no rosto dos irmãos, na história de quem espera e de quem sonha, na dor de quem chora e sofre: Deus está lá! (19 de abril)
A
alegria pascal não é para ser guardada só para si. A alegria de Cristo se fortalece ao doála, multiplica-se ao compartilhá-la. Se nos abrimos e levamos o Evangelho, nosso coração se expande e supera o medo. #EvangelhoDeHoje (Mt 28, 8-15) (18 de abril)
D
eixemo-nos vencer pela #paz de Cristo! A paz é possível, a paz é um dever, a paz é responsabilidade primária de todos! (17 de abril)
10
EM NAZARÉ
BELÉM, DE 15 A 21 DE ABRIL DE 2022
CURSOS GRATUITOS durante todo o ano NÚCLEO de Projetos Sociais da Paróquia de Nazaré promove diversos cursos e formações
O
Núcleo de P rojetos Soc i a i s d a Pa róquia de Nazaré (NUPS) com a colaboração de instituições parceiras promove diversos cursos e formações que enriquecem profissionalmente inúmeras pessoas que buscam essas ações ao longo do ano. Neste mês de Abril, dois cursos foram ofertados em parceria com o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Com o objetivo de proporcionar profissionalização para mulheres e homens que buscam novas alternativas de complementar a renda familiar, o Núcleo de Projetos Sociais (NUPS) da OSPAN (Obras Sociais da Paróquia de Nazaré) promoveu o curso de Capacitação de Produção de Alimentos, com foco no preparo de diversos salgados fritos e de forno e o curso de capacitação em crochê. Uma das instrutoras do curso de Capacitação de Produção de Alimentos, Antônia Lima, acredita que o curso é muito im-
portante para quem participa, pois é realmente uma nova fonte de renda. Ela conta ainda que diversos alunos seus, hoje em dia trabalham no ramo dos salgados. “Esse curso trás conhecimento para pessoas que querem comercializar seus produtos, com vendas de pastel folhado, semi folhado, coxinha, catarina, baurú e até mesmo a empada conseguimos fazer com as massas que ensinamos no curso. Tenho alunos que trabalham já no ramo dos salgados, devido ao curso.” Dona Antônia conta ainda, que o seu maior prazer é ver as pessoas que fizeram o curso com ela, ter uma renda através da comercialização dos sa lg ad o s. “ I s so me deixa muito feliz, ver as pessoas ganhando seu dinheiro, gerando de renda através do que eu ensino, me sinto muito satisfeita” comemora ela. A instrutora do curso de capacitação em crochê, Celita Lima, acredita que o crochê ajuda na autoestima, concentração e em-
ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
n CURSOS com o objetivo de proporcionar profissionalização para mulheres e homens
penho. Ela diz ainda que, no crochê, cada peça sempre será diferente da outra, e que cada aluna artesã ao final do curso terá a sua identidade. “Quando nos empenhamos no crochê, descontraímos e nos sentimos bem porque fazemos peças lindíssimas e individualizadas, mesmo fazen-
n CAPACITAÇÃO em crochê ajuda na autoestima e concentração
do praticamente a mesma coisa, mas nenhuma peça será igual, pois cada peça será da forma de cada aluna.” Todos os meses, o
NUPS promove cursos profissionalizante e as inscrições para os cursos são gratuita, das 8h às 11h, e de 14h às 17h, no Centro Social de Nazaré. Os
documentos necessários são:RG, CPF e Comprovante de residência. Para mais informações, entre em contato: 4009-8424 / 98409-1904
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
11
FAMÍLIA NAZARÉ
Fundação em AÇÃO na Semana Santa manteve atendimento aos fiéis que cgegavam para ouvir o Sermão das Sete Palavras INSTITUIÇÃO
A
entrada da Capela do Colégio Santo Antônio foi o espaço onde a Fundação Nazaré de Comunicação acolheu com alegria os fiéis que chegavam àquela igreja para acompanhar, presencialmente, o Sermão das Sete Palavras. Também ali, a Rede Nazaré de Televisão transmitia, ao vivo, o programa especial com a participação da religiosa Ir. Câmara e do diácono Théo Cruz, que comentavam a programação especial de cobertuda da Semana Santa pelos veículos da Fundação, tendo à frente as equipes da mídia arquidiocesana. Enquanto tudo se preparava para a pregação do sermão pelo padre Glaudemir Lima, uma equipe do setor da Família Nazaré também auxiliava aqueles que buscavam saber mais da Fundação Nazaré de Comunicação e também como ser um integrante da família de benfeitores da evangelização na Arquidiocese de Belém.
A coleção reúne ainda mais três livros do Arcebispo - "Conversas com Nossa Senhora", "Aos pés do Senhor" e "Sacerdotes seguindo Cristo no caminho das bem aventuranças". A obra já está disponível para os leitores nas livrarias católicas de Belém e pelo site oficial das Edições Sementes do Verbo. A arrecadação da venda será revertida em prol das obras de evangelização da Arquidiocese de Belém, especialmente a Fundação Nazaré de Comunicação e a Comunidade Sementes do Verbo, anuncia o autor. O novo livro de Dom Alberto pode ser adquirido ao preço de R$ 40,00 o exemplar. Os veículos da Arquidiocese são a televisão, rádio, portal e jornal impresso que formam a Rede Nazaré de Comunicação.
n EQUIPE da Fundação Nazaré presente na ações da mídia arquidiocesana
ACOMPANHE AS CELEBRAÇÕES EM INTENÇÃO DA FAMÍLIA NAZARÉ Por ocasião das celebrações da Semana Santa não houve a Santa Missa pela Família Nazaré. A Fundação Nazaré retoma as cele-
LANÇAMENTO
A Comunidade Sementes do Verbo também encontrava-se no local, incumbida da divulgação da obra de autoria de autoria do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, organizado pelas Edições Sementes do Verbo, e lançado pelo pastor durante a Missa do Crisma, na Catedral de Belém. Trata-se do livro "O Evangelho da Misericórdia - nas fontes da Palavra com o Evangelho de São Lucas", obra que compõe a coleção "Aos pés do Senhor".
FOTOS: ALAN MONTEIRO
brações eucarísticas com a participação de comunidades diocesanas, conforme tabela abaixo. Sintonize o canal 30 ao vivo e acompanhe pela TV Nazaré.
CRONOGRAMA DE MISSAS - PRIMEIRO SEMESTRE
n NOVO livro de Dom Alberto já disponível
NOSSOS ANIVERSARIANTES Izete Santana Tadaiesky Narciso Correia Pinto/Ivanilde Ferreira Pinto Maria De Nazaré Lima Borges Maria Teuria Barreto Gomes Ana Lúcia Silva Rodrigues Raimunda Trindade Ferreira José Gomes Batista Mariel Cândida Martins de Oliveira Mary Helena Pinheiro Soares Vera Lucia Nunes Rodrigues Josefa Lisboa da Silva Maria de Nazaré Oliveira Albuquerque Jorge Raimundo de Aquino Maria das Graças Soares Martins José Jorge da Silva Maria de Fátima Souza Sirotheau Corrêa Maria Dairza de Souza Antonia do Nascimento Monteiro Vera Maria Palheta Mattos Lucia Sales Antonio Jorge da Silva Costa Anete Maria Valente Barros Nazaré Eufrazia Alvim Silva Jorge de Jesus Farias Soares Maria Ursulina Ferreira Gemaque Itamir da Rocha Cardoso Dea de Azevedo Flavia de Paula Cardoso Madalena Siqueira Franco Maria da Graça Costa Miranda
Maria Iracy Lola de Souza Manoel Américo Bittencourt da Silva Maria de Sousa Gomes Oscarina da Silva Souza Nilce Maria Pinheiro Evandro Jose Pinho da Silva Josemar Pinheiro de Andrade Alice Imbiribad de Souza Gomes Maria Arlete Nascimento Nerilda Nery dos Santos Marília Hadma Montoril Santiago Maria Jose Teixeira de Souza Eurides Rodrigues dos Santos da Silva Valdinea Olivier E Silva Celso A. Trierweiler Carmem Lucia C. de Moraes Angela Carla Pardal Possas Fabio Cleiton Vansconcelos Fabio Cleiton Vasconcelos Santos Deise de Nazaré Silva Castro Thatyara Raiol do Nascimento Ivete Preciosa Figueiredo Costa Maria Conceição dos Santos Luiz Silva Santos Maria dos Santos Antonio Nelson Felix Nascimento Carlos Martins Azevedo Cecília Alves Rodrigues Maria Iramalia Braga Oliveira Cleonice Mendes Ferreira Maria da Piedade Barbosa Tavares
Sandra Maria Serrão Loureiro Ivanete do Socorro Abracado Amaral e Familia Carlos Alberto Cardoso Brito Elizete Araujo Moreira Sandro Oliveira de Lima Angelina Nazaré Simões Maria de Lourdes Silva das Chagas Oneide da Silva Tavares Zita Dezincort da Silva Antonio Cesar Azevedo Neves Maria Irismar Sales Paula Maria Clara Almeida da Silva Francisco Assis do Amaral Costa Janete de Sousa Ramos Galvão Mario Silvino da Paixão Monteiro Franci Olga da Conceição Pinheiro
Andrea Cristiane Cales Casal Jose Erivan Souza da Fonseca e Ana Maria dos S. Oliveira Eliel Rodrigues Damasceno 28/04 Victal da Cruz Pinheiro Maria Terezinha Brito Oliveira Rosivaldo Mareco Queiroz Clara Virginia Falcão Garcia Maria Izabel Lucena Raimundo Amaral Portal Sheila Diana Castro Ribeiro Maria de Fátima Leal Moraes Luiz Fernando Duarte Reis Rodrigo Soares de Freiras Maria Clarice Santo dos Santos
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 23/04 – Diác. Jorge Raimundo de Aquino 26/04 – Diác. Iacyr Milhomem Fernandes 27/04 – Pe. Idair Bonadiman
n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 23/04 – Pe. Antônio Arcanjo Cruz 24/04 – Pe. Frei Josimar Aguiar Lameira, OAR 24/04 – Pe. Vanildo Padoin
12
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 22 A 28 DE ABRIL DE 2022
CELEBRAMOS a Páscoa da Ressurreição!
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n MISSA DO CRISMA abre a intensa programação do tríduo pascal na Caterdral de Belém
n PRESENÇA dos fiéis animou a Santa Semana nos ritos solenes das celebrações pascais na Arquidiocese de Belém
n FLEXIBILIZAÇÃO das medidas de controle da pandemia tornaram possível a presença dos fiéis nas celebração coletivas, como procissões
n EMOÇÃO foi um sentimento intenso demonstrado na procissão e Sermão do Encontro
n PE. GLAUDEMIR Sermão das Sete Palavras
n PROFUNDO encontro com o Senhor na Ação Litúrgica da Paixão - Catedral
n VIDA em evidência - a vigília pascal encerra-se com a procissão de Jesus Ressuscitado
n CORAL da Catedral: animação litúrgica