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Encontro DEFINE ações da Pastoral Familiar
PROGRAMAÇÃO da 47ª Assembleia Nacional da Pastoral Familiar realizada em Brasília
Um momento de oração, partilha e troca de experiências da evangelização das famílias no Brasil. Foi assim que se finalizou a 47ª Assembleia Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), realizada entre 7 e 9 de julho, em Brasília (DF). Os coordenadores, assessores eclesiásticos e bispos referenciais de diversas partes do país participaram do encontro. Os novos integrantes da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – o bispo de Barreiras (BA), dom Moacir Silva Arantes, e o bispo auxiliar de Curitiba (PR), dom Reginei José Modolo, além do novo assessor da Comissão, padre Rodolfo Chagas Pinho – também estiveram presentes. Na ocasião, também foram discutidos os próximos passos a serem realizados na promoção da vida e da família.
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“Vivemos em um tempo bonito dentro da Igreja, que é o tempo da sinodalidade e o principal objetivo é ouvir. Dessa forma, escutamos os casais dos diferentes estados do Brasil, com o objetivo de ajudar as paróquias na contribuição para a Pastoral Familiar. Tudo o que diz respeito à família, a vida dela na Igreja e na sociedade, nós refletimos sobre es-
A)Texto:Mt13,1-23
1Naquele dia, Jesus... foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se...
3 E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu a semear.
4E enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5Outras... caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram... 6Mas quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. 7Outras... caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras... caíram em terra boa e produziram à base de 100, de 60 e de 30 fruto por semente. 9Quem ouvido ouça!” 10Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábo- sa realidade. Desde a educação das crianças, dos jovens, da família, dos recém-casados, esta é uma realidade que a Pastoral Familiar reflete e propõe caminhos para viver a fé dentro da família. A Igreja nos convida a fazer desse espaço um local de evangelização”, ressaltou o bispo de Campo Mourão (PR) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, dom Bruno Eliseu Versari.
ABERTURA
Na sexta-feira (7), o encontro começou com a celebração da Santa Missa. Presidiu a celebração o bispo de Barreiras (BA) e membro da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom Moacir Silva Arantes. Refletindo sobre a liturgia do dia, o bispo motivou os participantes a pedir a graça de vivenciar a assembleia e ser na vida das famílias o que Jesus foi na família de Mateus. Já no sábado (8), a assembleia recebeu a visita do secretáriogeral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, e do subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá.
ESCUTA
O casal coordenador nacional da Pastoral Fa- miliar, Alisson e Solange Schila, apresentou o resultado das escutas realizadas com grupos de regionais, nas quais foram expostas as riquezas e preocupações, possibilidades e desafios no trabalho de evangelização das famílias. Por sua vez, o casal vice-coordenador nacional, Milton e Lourdes Morais, facilitou um momento sobre o trabalho e a articulação com os movimentos eclesiais que atuam com as famílias. Por sua vez, padre Crispim Guimarães também apresentou os guias preparados pela Pastoral Familiar no último quadriênio, agora com todos os três setores contemplados. O casal coordenador nacional da Pastoral Familiar comemorou a realização do evento e o recebimento das contribuições. “A Assembleia Nacional tem o propósito n PARTICIPANTES da 47ª de trazer essa unidade e comunhão que construímos a cada dia no cuidado e na promoção da família, nessa atuação pastoral junto às famílias do Brasil”, comentou Solange Schila. “Com base nesse grande mosaico de informações recebidas dos encontros regionais, dos seus desafios e alegrias, as propostas que estamos debatendo aqui e vamos levar para que chegue a todas as paróquias, é a continuidade dos desafios em itinerários”, completou Alisson Schila.
DEBATE
No período da tarde, os coordenadores regionais se reuniram em pequenos grupos para debater as ações da Pastoral Familiar no Brasil em 2024. Na sequência, as propostas foram colocadas para votação. Os resultados foram:
Padre Romeu Ferreira
HOMILIA DOMINICAL las?” 11-12Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. 1323A semente que caiu em boa terra... produz fruto. Um dá 100, outro 60 e outro 30.
B) COMENTÁRIO
Jesus é o semeador divino: a semente é a palavra de Deus e o terreno é o coração humano. Há uma variedade de terrenos onde cai a mesma qualidade de semente com diversidade na produção, ainda que o local seja propício. Uns terrenos produzem mais e outros menos.
Nem todos são habilitados para semear, e nem toda semente vale para o plantio; assim como ao terreno requer condições à produção esperada.
O texto não trata da habilidade do semeador, pois é Deus; nem da semente, sua pa- lavra; e sim dos vários tipos de terrenos onde ela é lançada: nós!
Mesmo em terreno bom o resultado não é igual. Deus não é ambicioso; para Ele basta um 30% na produção. Se você tem pouco tempo, produza dentro de seu limite; o que não é valido é tornar-se infecundo diante da palavra de Deus.
É curioso ver que “semente”, em grego, língua original do Novo Testamento, se diz “sperma”, que por sua vez é a “semente humana”. E a palavra de Deus vem qualificar a vida do humano que a bem recebe.
O mestre estimula a capacidade de cada um a compreender e viver a substância de sua mensagem, quando diz: “Quem tem ouvido ouça”, ou seja, “quem for disposto atue”. A palavra de Deus é semeada em todo tipo de pessoa: todos terão chance de produzir. Não há exclu- são antecipada.
Deus é o único que semeia, mesmo sabendo que cai em terreno impróprio; sua generosidade excede a lógica e as condições do destinatário. O que mais conta é o empenho de cada um.
O ser humano é tido como receptor e anunciador da palavra. E qual é a nossa dramática responsabilidade? Não ser diante da palavra: “espinho”, “estrada”, nem “pedregoso”, mas procurar ser terra rica em disponibilidade e fecundidade cotidiana a bem de todos.
A omissão contamina as pessoas mais que a “Covid 19”. Não nos iludamos pensando “eu fico assim e ninguém é obrigado a imitar-me”, pois o mal é fácil a ser seguido. Os apóstolos foram enviados para serem testemunhas do Ressuscitado. Portanto, somente e na medida em que produzirmos outros também produzirão.
Nacional da
• Realização do Simpósio Nacional das Famílias nos dias 25 e 26 de maio de 2024, com o tema “Família e Amizade”;
• Encontro dos bispos e assessores entre os 2 a 5 de julho, com o apoio do bispo de Santa Maria (RS), dom Leomar Brustolin;
• O tema do Hora da Família Mensal será “Família, Casa da Participação”
• O tema do Hora da Família (para a Semana Nacional da Família) será “Família e Amizade”;
• O Hora da Vida (para a Semana Nacional da Vida) debaterá sobre o tema dos idosos.
Confraterniza O
Na noite de sábado, os participantes da assembleia fizeram uma visita à Secretaria Nacional da Pastoral
Familiar, em Brasília, para uma confraternização – com a degustação de quitutes de cada regional – e para verificar a reforma realizada no local. Na ocasião, também foi feita uma homenagem ao padre Crispim Guimarães, que deixou o cargo de assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB. Por fim, no domingo (9), cada um dos setores – Pré-Matrimonial, Pós- Matrimonial e Casos Especiais, além do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (Inapaf) – fez uma breve apresentação das perspectivas para os próximos anos. Além disso, foi apresentado o progresso dos preparativos para a realização do Congresso Nacional da Pastoral Familiar, na Paraíba, em 2025.