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Francisco: “A VIDA é repleta de milagres ”

O PAPA durante sua alocução se deteve sobre dois aspectos, antes da oração do Angelus

Com informações Vatican News. Sob um sol de 35 graus, o Papa rezou com os fiéis na Praça São Pedro a oração do Angelus. Antes, porém, comentou o Evangelho deste XIV Domingo do Tempo Comum, 09, que propõe uma oração muito bela de Jesus, que se dirige ao Pai dizendo: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11,25).

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Em sua alocução, Francisco se deteve sobre dois aspectos: as coisas pelas quais Jesus louva o Pai e os pequeninos que sabem acolhê-las. O Papa retrocedeu alguns versículos do Evangelho de Mateus, onde o Senhor recorda algumas de suas obras: “Os cegos voltam a ver, os leprosos são purificados, aos pobres é anunciado o Evangelho” (Mt 11,5), e revelou o significado, dizendo que são os sinais do agir de Deus no mundo.

A mensagem então é clara, afirmou o Pontífice: Deus se revela libertando e curando o homem com um amor gratuito que salva. Por isto, Jesus louva o Pai, porque a sua grandeza consiste no amor e jamais atua fora do amor.

“Mas esta grandeza no amor não é compreendida por quem tem a presunção de ser grande e constrói um deus à própria imagem: poderoso, inflexível, vingativo. Em outras palavras, não consegue acolher Deus como Pai quem está cheio de si, orgulhoso, preocupado somente com os próprios interesses, convencido de que não precisa de ninguém.”

Jesus cita, a propósito, os habitantes de três cidades ricas do tempo, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, onde realizou muitas curas, mas cujos habitantes ficaram indiferentes à sua pregação.

Para eles, os milagres foram só eventos espetaculares, úteis para fazer notícia e alimentar as fofocas: terminado o interesse passageiro, os arquivaram, talvez para se ocupar de qualquer outra novidade do momento. Não souberam acolher as grandes coisas de Deus.

Os pequeninos, ao invés, sabem acolhê-las e Jesus louva o Pai por eles: “Eu te louvo porque revelastes o Reino dos Céus aos pequeninos”. Louva pelos simples, que têm o coração livre da presunção e do amor próprio. Os pequeninos são aqueles que, assim como as crianças, se sentem necessitadas e não autossuficientes, estão abertas a Deus e se deixam maravilhar pelas suas obras. Eles sabem ler os seus sinais, maravilhar-se pelos milagres do seu amor.

Francisco concluiu convidando os fiéis a se questionarem: na maré de notícias que nos submergem, eu, como nos mostra Jesus hoje, sei contemplar as grandes coisas que Deus realiza? Deixo-me ma- ravilhar como uma criança com o bem que silenciosamente transforma o mundo? E louvo o Pai todos os dias por suas obras?

“Que Maria, que exultou no Senhor, nos torne capazes de nos maravilhar com o Seu amor e louvá-Lo com simplicidade.”

SÍNODO 2021-2024: Vaticano divulga elenco de participantes

Com informações agência Ecclesia. O Vaticano divulgou no dia 07 passado o elenco de participantes na XVI

Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, sobre o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’, que vai decorrer em outubro, com um número recorde de mulheres.

Uma das novidades deste encontro é a presença de 70 membros não-bispos, pela primeira vez com direito a voto num Sínodo, nomeados pelo Papa a partir de uma lista inicial de 140 pessoas identificadas pelos sete organismos internacionais das Conferências Episcopais.

Este grupo de “tes- temunhas do processo sinodal”, assim designadas pela Santa Sé, inclui 42 mulheres (60% do total) – 28 leigas e 14 religiosas -, 13 leigos e 15 sacerdotes, diáconos e consagrados.

O Papa nomeou nove presidentes-delegados da Assembleia, incluindo duas mulheres.

Estes delegados presidem aos trabalhos da Assembleia Sinodal “em nome e por autoridade” do Papa, quando este não está presente.

Francisco designou um grupo de 55 membros de nomeação pontifícia, entre eles cinco religiosas e uma leiga.

Direito A Voto

Os cerca de 450 par- ticipantes na próxima Assembleia Sinodal incluem os 20 chefes dos Dicastérios da Cúria Romana, 20 patriarcas e representantes das Igrejas Orientais Católicas, 178 representantes de Conferências e organismos episcopais – incluindo o presidente e vice-presidente da CEP, os membros do Conselho Ordinário do Sínodo dos Bispos e os seus dois subsecretários, bem como dez representantes da União dos Superiores Gerais dos Institutos de Vida Consagrada, dos quais cinco são religiosas, também com direito a voto.

A eles somam-se, sem direito a voto, 12 representantes de outras igrejas e comunidades cristãs (delegados fraternos), oito convidados especiais e colaboradores da Secretaria-Geral do Sínodo.

Outras 57 pessoas, entre elas 20 mulheres, vão participar como peritos, à imagem do que acontecia no passado ou

“facilitadores”, ou seja, “pessoas especializadas cuja missão é facilitar os trabalhos nas diferentes fases”, sem direito a voto.

Na sequência de uma inédita consulta global às comunidades católicas, lançada pelo Papa em outubro de

2021, sete assembleias continentais aconteceram. A primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos acontece de 4 a 29 de outubro de 2023; Francisco decidiu que a mesma terá uma segunda etapa, em 2024.

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