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EXPOBASÍLICA no Centenário Basilical
PADRES Barnabitas realizam no dia 19 de julho a II edição da ExpoBasílica
Precioso símbolo de devoção mariana no coração da Amazônia, a Basílica Santuário de Nazaré completa 100 anos de título basilical. Para celebrar este histórico acontecimento, concedido a então Paróquia de Nazaré em 1923, os Padres Barnabitas realizam no dia 19 de julho a II edição da ExpoBasílica.
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O evento será um dia inteiro com programações evangelizadoras e expositoras que têm como objetivo apresentar as comunidades, ministérios, serviços, pastorais, movimentos e projetos sociais da Basílica Santuário de Nazaré.
A ExpoBasílica iniciará com a missa das 9h, na Basílica Santuário. Após, a programação continuará na Praça Santuário de Nazaré e contará com apresentações musicais, apresentações de danças, apresen- tações teatrais e orações. O evento culminará com a missa das 18h. Esse acontecimento expositor contará com uma organização em ordem cronológica na qual o participante poderá conhecer a história dessas forças vivas da Casa da Rainha da Amazônia. Para os pequenos, haverá o espaço kids com contação de histórias, brincadeiras e várias outras atividades infantis. Além disso, o evento contará com mais um ambiente, a áreade alimentação.
A II edição da ExpoBasílica será bem diferente da anterior, pois essa edição será comemorativa. Além de ser uma ótima opção de lazer, é também uma opção cultural e de bastante aprendizado para quem busca mais conhecimentos sobre a devoção mariana em Belém e sobre a história dos 100 anos de título basilical.
PROGRAMAÇÃO:
9h: santa missa na Basílica de Nazaré
10h: Entrada da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré e exposição até às ..
10h30 às 11h30: Animação musical
12h: oração do Angelus e oração do Centenário
12h15: Oficio da Imaculada Conceição (cantado)
13h às 14h: Animação musical
14h: Novena de Santo Antônio Maria Zaccaria
15h: Terço da Misericórdia (cantado)
16h: Animação musical
17h: Apresentação teatral e encerramento
18h: Santa Missa
100 ANOS DE HISTÓRIA e a comemoração do título basilical
No dia 19 de julho, a Casa da Rainha da Amazônia comemora 100 anos de título basilical. Considerado um lugar de paz e refúgio para aqueles que necessitam, a Basílica guarda a Imagem de Nossa Senhora de Nazaré achada por Plácido de Souza, em meados de 1700. Por este importantíssimo motivo, milhares de pessoas passam pelo templo em busca de uma maior proximidade com a Mãe de Deus e de toda a humanidade. E foi no dia 19 de julho de 1923 que um acontecimento marcaria a história de um templo dedicado a Virgem Maria e reforçaria a imponência do local sagrado: a então Paróquia de Nazaré era concedida o título de Basílica-Menor.
TÍTULO Uma Igreja recebe o título de “Basílica” por meio de uma concessão do Papa. Uma das razões é a importância espiritual e histórica para o povo da região na qual é localizada, item que a expressão da fé e a devoção dos paraenses explica muito bem, já que têm a Virgem de Nazaré como padroeira. Por isso, sentem-se intimamente ligados a ela.
Papa Pio XI foi quem concedeu tal honraria, e o Documento Papal relata: “Existe na cidade de Belém do Pará, Brasil, a igreja paroquial erigida em honra da Virgem, sob a invocação da Bem aventurada Virgem de Nazareth, que, pela imponência da construção, pelo esplendor das obras de arte, pelo brilhantismo do culto, celebérrima, outrossim, pela frequência e devoção dos fiéis, pode com justiça e direito ser enumerada entre os principais santuários consagrados em terra brasileira, à Bem aventurada Virgem Maria. [...] nos dignemos elevar esta igreja à categoria Basílica”.
O título obtido se refere a uma Basílica Menor, e Padre Paulo de Tarso conta, o porquê desta nomenclatura.
“É uma Basílica Menor. Existem as Basílicas Maiores que são apenas cinco no mundo, as que estão em Roma ligadas diretamente ao Papa, e gozam de prestígios, de isenções e de privilégios conseguidos pelo Papa. As Basílicas Menores, embora seja o Papa que deu o título, estão ligadas a arquidiocese”, afirma.
A igreja de longe se destaca devido à magnitude, importância religiosa e beleza arquitetônica. É um conjunto de fatores do qual quem os conhece não a esquece. Este ano, o título completa 100 anos e uma programação especial será realizada pelos Padres Barnabitas em função desta data que é de extrema relevância para os devotos da Mãe de Nazaré.
Bas Lica
Basílica vem do grego basilikós = casa real. Basílicas eram construções especiais com colunas e pórticos que na Grécia levavam esse nome, por estarem relacionadas ao rei (basileus). A Basílica na Pérsia era a sala de audiências do rei. Graças às suas características de cunho prático, estas salas imensas com mais de uma nave, sustentadas por pilastras, foram adotadas no Ocidente. Nas basílicas da cultura grega se reuniam os magistrados e os comerciantes. Posteriormente, na Roma antiga, vai designar o edifício amplo e de formato retangular, destinado a tribunais e local de encontro dos cidadãos. De fato, no século III a.C., a forma arquitetural da basílica grega foi introduzida em Roma. Com a liberdade de culto favorecida pelo imperador Constantino (313), e a posterior elevação do cristianismo como religião oficial (380), muitas basílicas passaram a serem templos cristãos. Atualmente, o título é conferido pelo Papa, através de um decreto. Existem quatro grandes basílicas maiores em Roma: São Pedro, São Paulo, São João Latrão e Santa Maria Maior. Todas as outras basílicas são chamadas menores, existindo cerca de 1.500 ao redor do mundo.
ARQUITETURA
É notória a admiração dos que visitam a Basílica Santuário de Nazaré pela primeira vez. No olhar daqueles que a visitam diariamente, é possível perceber a mesma contemplação. Esse deslumbre é comum para os filhos e filhos de Maria, o que não é o conhecimento a respeito da construção deste magnifico templo.
São duas as figuras que se destacam na edificação do templo, ambas são os Padres
Barnabitas: Luiz Maria Zoja e Afonso Maria Di Giorgio. Cada um desses sacerdotes contribuíram de maneira direta com a obra e voltaram todas as suas energias para que a casa da Mãe de Nazaré fosse erguida.
Padre Giovanni Maria Incampo relata, com emoção, como surgiu a vontade de fazer uma igreja digna da Rainha da Amazônia: “Padre Zoja, quando perguntado que tipo de igreja queria, res- pondeu “eu sou Barnabita, Clérigo Regular de São Paulo, que é nosso padroeiro!Gostaria que tivesse, mais ou menos, o estilo daquela Igreja, quase uma transferência de uma igreja patrona dos Barnabitas para o Brasil”.”, relembra Padre Giovanni. Em Roma, existe a grande Basílica de São Paulo Fora dos Muros.
Em continuidade ao relato, o sacerdote demonstra admiração em relação a como o andamento da construção foi rápida. “É incrível como a ideia foi se concretizando! Em 1905 PadreZoja visitou Belém, planejou, discutiu, começou a fazer os desenhos e em 1909 já colocou a primeira pedra! Ele foi a impulsão da construção, contagiou os padres de lá e os daqui. Ele foi a força que determinou todo mundo a se mexer para pensar nessa Basílica assim”, fala com entusiasmo.
Não houve duvidas que Nossa Senhora de Nazaré esteve presente nessa condução. Quatro anos depois, apenas, já iniciava a construção. Essa ascensão da estrutura durou ate 1920.
Agora só restava a questão de como seria adornada e “então entra o padre Afonso. Assim começou a história de ornamentação da Basílica, que custou mais tempo e, ao mesmo tempo, mais paciência, do que fazer uma construção puramente mural, puramente de engenharia.
Agora era fazer a arte italiana entrar na Basílica de Nazaré. Onde fazer? Quem fazer? Onde buscar? Esse era o desafio”, diz Padre Giovanni.
Eram essas as respostas que Padre Afonso tinha que responder quando assumiu o cargo de diretor das obras de construção da Basílica de Nazaré. O sacerdote então estudou com dedicação a estrutura e as possibilidades, consultou arquitetos e então decidiu que cobriria a igreja com os mais belos mármores e artes preciosas, mesmo que tivesse de enfrentar qualquer tipo de adversidade. “Em 1920, não tinha toda essa força comunicativa que possuímos agora, aí nós vemos que a genialidade do Padre Afonso foi dúplice: primeiro que ele alcançou de Zoja e dos padres da Itália, que eles planejassem lá todo enfeite da Basílica. O material já vinha da Itália sob medida, tudo numero para que, quando chegasse aqui, fosse montado de acordo”. O segundo, ainda de acordo com o Padre Giovanni, vinha da habilidade de convencimento do padre Afonso que induzia as pessoas a se comprometerem a finalizar a obra: “franzino, mas tinha uma coragem de ir de porta em porta cobrando em nome de Nossa Senhora de Nazaré, assim distribuía as várias partes da basílica a cada um dos que podia”.
Descri O
As linhas arquitetônicas da Basílica Santuário de Nazaré apresentam o estilo romano, bem como a decoração interna e externa. O frontão triangular apresenta grande painel feito em mosaicos, onde a imagem de Nossa Senhora de Nazaré aparece no meio do cenário amazônico, sendo notável, no canto direito, as figuras do fundador da cidade e personalidades de eras antigas, junto às do prefeito e do governador da época da inauguração, em trajes modernos (paletó). Na bacia do Ábside, limitada por um arco romano, temos uma faixa em mosaico de ouro de um metro de altura, onde aparecem, entre folhas e flores, sete brasões: Pio XI (no centro), Brasil, Pará, Belém, Barnabitas (PTA), Dom Santino Coutinho (1º Bispo do Pará) e Dom Irineu Jofily.
A Basílica Santuário de Nazaré tem 62 m de comprimento, 24 de largura e 20 de altura; duas torres com 42 m de altura, 36 colunas de puro granito maciço, 54 vitrais, 38 medalhões em mosaico de 1,5 m de diâmetro, 19 estátuas de mármores de Carrara, dois candelabros de bronze (vindos de Milão), 24 lampadários venezianos, nove sinos eletrônicos, um órgão (com três teclados e 1.100 tubos) e 11 altares. Em 1992, a Basílica foi colocada entre as mais belas construções tombadas pelo Patrimônio Histórico do Pará.