ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CVIII - Nº 984 - PREÇO AVULSO: R$2,00
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
www.fundacaonazare.com.br
CARITAS com ação social no Souza A Cáritas Arquidiocesana de Belém, núcleo da Paróquia São João Paulo II, no bairro do Souza, está realizando uma campanha para arrecadar alimentos para formação de cestas básicas a serem doadas para famílias impactadas pela pandemia do novo coronavírus . CADERNO 2, PÁGINA 5 DIVULGAÇÃO
n PÁROCO Padre Paulo Vítor, à frente da campanha da Caritas na Paróquia São João Paulo II, no bairro Souza, em Belém DIVULGAÇÃO
Icuí faz festa pela atuação da AFIS Há 12 anos a comunidade do entorno da Paróquia São José Operário convive com a nova realidade para a comunidade paroquial, principalmente crianças e jovens, assistidos pela Associação Filantrópica Icuí Solidário. Missa e programação cultural celebraram o aniversário que contou com a presença do Bispo Auxiliar, Dom Antônio. CAD. 2, PÁG. 1
n CELEBRAÇÃO do aniversário da AFIS reuiniu a comunidade para Missa e atividade cultural com a presença de Dom Antônio DIVULGAÇÃO
Visita ao CARMELO
LUIZ ESTUMANO
Arcebispo de Belém, Dom Alberto realizou visita canônica ao Carmelo Santa Teresinh, em Benevides. CADERNO 2, PÁGINA 6
Missa pela Família NAZARÉ n VISITA canônica de Dom Alberto ao Carmelo Santa Terezinha
Paróquia do Perpétuo Socorro rezou pelos benfeitores da evangelização. CAD. 1, PÁG. 6
n PADRE Leonilson presidiu a Santa Missa
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OPINIÃO
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
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uitas são as expressões relacionadas ao coração que são usadas pelo povo para expressar as qualidades ou defeitos de uma pessoa. É comum ouvir: “Aquela pessoa tem um coração de pedra”. Ou: “Aquela pessoa tem um grande coração”. A primeira expressa uma pessoa má; a segunda, uma pessoa bondosa. E quando vemos alguém que agride fisicamente ou psicologicamente uma outra pessoa dizemos: “Esta pessoa não tem coração!”. Na verdade, esta expressão significa que a pessoa que maltrata um semelhante seu não tem amor e nem bondade em seu coração. Das muitas formas de espiritualidade cristã, uma que teve (e continua tendo) grande êxito ao longo da história da
PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com
ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...
Dilatar o coração! Igreja é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, cuja festa litúrgica celebramos neste mês de junho. Conhecidíssimas em todo mundo são as breves fórmulas de oração: “Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós”; e, “Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”. O coração é considerado a sede dos sentimentos da pessoa. É o centro de onde brotam coisas boas e más. E como nós cristãos devemos olhar para Jesus Cristo como nosso mestre, nosso mo-
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os domingos nas celebrações nós proclamamos que cremos em Jesus Cristo e nos seus ensinamentos. Crer não é só aceitar como verdade, mas assumir na prática o que proclamamos. A Bíblia diz que Jesus Cristo é o filho único de Deus. Ele se fez homem para nos salvar. São Paulo (Gl 4, 4-5) diz que Deus Pai enviou Jesus para nos libertar do pecado e nos adotar como filhos. Jesus nasceu em Belém no tempo do rei Herodes, foi carpinteiro e pregador ambulante, foi perseguido por causa dos seus ensinamentos, foi preso, flagelado
delo, encontramos em seu coração a inspiração para nossa vida de discípulos-missionários seus. O coração de Jesus nos mostra o coração de Deus. Ao conhecermos como Jesus viveu entre nós quando esteve na terra alcançamos o coração de Deus, pois Ele nos revela as atitudes divinas da misericórdia de Deus que se expressa em todas as suas palavras e atos, como registrados no Novo Testamento. O coração de Jesus se rompeu na cruz, mas Ele ressuscitou e o seu coração continua pulsando
e dando-nos vida plena. Entrando no coração de Jesus entramos no coração de Deus. Certamente, a melhor devoção ao Sagrado Coração de Jesus é “entrar em Seu coração”, é sentir o amor que queimava n’Ele; é sentir-nos amados por Ele, é aprender que o caminho do verdadeiro seguimento não é um ato de piedade, mas uma atitude de vida no amor. É descobrir que a verdadeira devoção ao Sagrado Coração de Jesus não se restringe a uma simples prática de piedade, como poderia ser
“confessar e comungar nas nove primeiras sextas-feiras”, mas está no aprender a amar como Ele nos amou. O que realmente precisamos é dilatar o nosso coração segundo o Coração de Jesus. E como podemos dilatar nosso coração? A resposta é simples, mas exige empenho constante. Tratase de amar a cada um que de nós se achega, como Deus o ama. E, dado que estamos no tempo, amemos ao próximo um por vez, sem guardar no coração resquícios de afeto pelo irmão encon-
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
Creio em Jesus Cristo seu filho e condenado a morrer na cruz. Para confirmar que Jesus dizia a verdade, o Pai o ressuscitou no terceiro dia. Nós cremos que Jesus é o Filho de Deus feito homem (Jo 13, 3ss). O anjo Gabriel pediu a Maria e a José para dar-lhe o nome Jesus. Jesus significa ‘Deus salva’ (Lc 1, 31 e Mt 1, 21). De fato, Jesus salva a humanidade de todo o pecado, da malda-
de e da morte eterna. Cristo significa o Ungido, o Consagrado, o Messias enviado. S e u Fi l h o Ú n i c o – Jesus é realmente o Filho único de Deus, a 2ª pessoa da Santíssima Trindade que se fez homem para nos salvar do pecado, da maldade e da morte eterna. Iluminado pelo Espírito Santo Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo”. Jesus aceita e responde: “Não foi um ser humano que te revelou isto, mas foi o Pai do céu” – Mt 16, 17. No Batismo e na transfiguração de Jesus, Deus Pai aparece em forma de nuvem e nos disse: “Este é o meu filho querido. Ouvi-o”. Nosso Senhor –Senhor significa o soberano do universo, o dono de tudo, o Deus em pessoa (Jo 21,7.17).
É por isso que usamos muito a palavra Senhor aplicada a Jesus e a Deus Pai. Crer em Jesus como Senhor é aceita-lo como Deus e como o nosso modelo de vida. Quem crê em Jesus torna-se filho de Deus – 2Pe 1, 4. Jesus é verdadeiro Deus e também verdadeiro homem, igual a nós em tudo, menos no pecado. Ele se fez homem sem deixar de ser
trado um minuto antes. Afinal, é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas, se o resquício fica é porque amamos o irmão de antes por nós mesmos ou por ele, não por Jesus. E aí está o problema. Para que nosso amor seja verdadeiro precisamos manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo segundo a medida do Coração de Jesus e amar a todos. Fazendo assim, não somente imitamos Jesus, mas o revivemos. E, revivendo Jesus, mostramos ao mundo que Ele está vivo entre nós; assim construímos o Reino Deus. Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso. membro da Santíssima Trindade. Ele é o criador do universo. Tudo foi feito por ele e nada do que existe foi feito sem ele – Jo 1, 2. Como homem, Jesus tinha corpo igual ao nosso que cresceu em tamanho, idade e em sabedoria. Ele tinha todas as nossas tendências e tentações, mas sempre fez em tudo a vontade do Pai. Ele disse: “O meu alimento é fazer a vontade do Pai”. Diante da morte disse também: “Pai, se for possível, afasta de mim este cálice sem que eu beba; mas não se faça a minha vontade e sim a tua” (Mt 26, 42 e Lc 22, 42).
Assembleia do LAICATO no formato on-line tem um resultado histórico A 39ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) terminou no dia 5 de junho e contou com a participação de 209 cristãos leigos e leigas de todo o país. O recado dado pelo padre Alfredinho, assessor do encontro, de que “os leigos e as leigas devem conquistar os espaços e não aguardar pela concessão destes” foi assumido pelos participantes como desafio para a ação do laicato após a realização da 39ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato (CNLB). Durante três dias, de 3 a 5 de junho, mais de 200 delegados leigos e leigas de todas as regiões do País participaram da Assembleia que debateu o tema “Cristãos leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios”.
Para o sacerdote, em um mundo de relações polarizadas é crucial o papel dos cristãos leigos e leigas na desconstrução dos muros a fim de que outras formas de posicionamento possam ser percebidas. O padre reconheceu que em muitos lugares, o clero cria dificuldades à atuação dos leigos e defendeu ser necessário “ocupar espaço, não esperar que ele seja concedido e sim conquistá-lo”. O encontro, caracterizado como um espaço para animar os cristãos leigos e leigas a celebrar sua vocação, missão e protagonismo na Igreja, contou com a participação como delegados com direito a voz e voto os membros do Colegiado Deliberativo, da Presidência, do Conselho Fiscal e do Conselho Econômico; 5 delegados de cada CNLB regional e 3 delegados
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
de cada organização filiada. Também participante da coletiva de encerramento, a representante da Comissão Nacional de Formação, Marilza Schina, defendeu que os leigos e as leigas não podem ser vistos apenas como sujeitos para participar dos cursinhos. Segundo ela, é “urgente e necessário” desenvolver um programa de formação continuada que tenha no laicato o seu alvo. Marilza Shuina destacou que o lugar dos cristãos leigos e leigas é atuar no mundo da política, da economia, da educação e na defesa da Casa Comum. “Que não briguemos para ficar dentro da Igreja e sim para sermos Igreja atuando no mundo”, reforçou. Os coordenadores destacaram que as avaliações iniciais da 39ª Assembleia do Laicato Brasileiro, realizada no for-
DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva
DIVULGAÇÃO
n EVENTO contou com a participação de 209 cristãos leigos e leigas de todo o país
mato on-line, apontam para um resultado histórico. Na modalidade remota, o evento alcançou participantes de muitos lugares e, dessa forma, propiciou ouvir vozes de cristãos leigos e leigas que estavam distantes. A 39ª Assembleia Geral aprofundou assuntos como o Grito dos Excluídos e Excluídas e do Pacto pela Vida
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
e pelo Brasil. O encontro reforçou os compromissos dos cristãos leigos e leigas do Brasil na luta por Terra, Teto e Trabalho; e exigência da vacina contra a Covid-19 como forma de pela defesa da vida, reafirmando também a defesa do Sistema Único de Saúde (SUC) do Brasil e o auxílio emergencial neste tempo da pandemia.
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
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odos dependem do serviço prestado pelos que trabalham a terra, homens e mulheres a serem profundamente valorizados e respeitados. Entendemos os motivos pelos quais o trato da terra se torna muitas vezes conflitivo, justamente porque tantos querem ter um pedaço ou grandes áreas de terra. Entendemos também o quanto é delicado e exigente o cuidado com a mãe terra, a atenção ao meio ambiente a ser cuidado e não explorado de forma a satisfazer ganância e busca de proveito a qualquer custo. Dependemos do racional e justo uso da terra, desejamos que todos tenham o sustento e o alimento necessários e especialmente os mais pobres encontrem a devida assistência e a possibilidade de cultivar seu chão.
Há uma presença misteriosa do Reino de Deus, onde menos se espera. Encontramos em pessoas marcadas pelo vício, o pecado e a maldade, lá dentro, um desejo de fazer o bem Se pensarmos em nossa terra paraense, será difícil encontrar famílias que não tenham, em gerações muito próximas, raízes em nosso interior, no cuidado da terra e de criações de todo tipo, tanto que a muitas agrada ir buscar em seu rincão originário descanso, inspiração
CONVERSA COM MEU POVO e forças para a vida na cidade. Aliás, faz bem saber que muitos jovens têm casas na cidade, onde vivem para estudar, esforço de muitos pais e avós que as adquiriram a custo de muito suor. Muitos diplomas foram fruto de tais heróis e heroínas! E não nos cansamos de ver familiares do interior mandando para os filhos estudantes o resultado de seu trabalho e os frutos da terra. Parece um refrão ouvir um pai dizer que deseja ver seus filhos estudarem mais do que eles conseguiram! São gestos silenciosos e extremamente frutuosos. Podem não ser vistos aqui, mas Deus sabe e sabe bem! E Jesus, que entende de terra, sementes, plantas, frutos e gente, usou e abusou das comparações tiradas do ambiente rural. Neste final de semana, o Evangelista São Marcos nos oferece algumas dessas pérolas, para iluminar nossa participação na Eucaristia Dominical (Cf. Mc 4,26-34). Jesus sempre apresenta o Reino de Deus, uma verdadeira paixão, através de comparações simples tiradas do cotidiano, envolvendo a natureza e as pessoas. Desta feita, o Reino de Deus é primeiro comparado com a semente espalhada na terra, que vai caindo, caindo, caindo, como ouvi cantar um grupo de crianças. Quanto a gente pensou que está morta, vai brotando, nascendo e crescendo! Há uma presença misteriosa do Reino de Deus, onde menos se espera. Encontramos em pessoas marcadas pelo vício, o pecado e a maldade, lá dentro, um desejo de fazer o bem, tantas vezes esmagado pelas circunstâncias da vida. Olhando para a natureza, nem é difícil encontrar flores que vicejam à margem de canais de água suja! E é maravilhoso saber da capacidade incrível de recuperação de rios e igarapés, tantas vezes
O ROÇADO de Deus
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n O REINO DE DEUS é comparado com a semente espalhada na terra, que vai caindo, caindo
fustigados pelo mau trato, lixo e esgoto! Com as pessoas, é necessário abrir os olhos, os braços e o coração para identificar tais sinais de Deus, que estão presentes em toda parte. Se Jesus diz que seu Pai trabalha sempre (Cf. Jo 5,17-30), cresça em nós a certeza de que ele está plantando continuamente, pela ação do Espírito Santo, as sementes do bem. Basta olhar ao nosso redor ou deixar que se torne interior o nosso olhar para identificar a virtude no meio da lama que tanto nos assusta no mundo. Quanto às plantas, semente, cultivo, crescimento, tempo da colheita! Homenagem se preste a tantos olhares luminosos que resplandecem quando chegam aos nossos portos e trapiches, ou nas feiras de nossas cidades, o fruto da terra e do trabalho humano, e que ele se transforme em vida e crescimento para as respectivas famílias e comunidades. Bom é recordar que quando Jesus fala de colheita, há sempre uma referência à colheita final, no fim dos tempos. A liturgia do domingo enriquece nossa reflexão com a palavra de São Paulo: “Todos temos de comparecer, às claras, perante o tribunal de Cristo, para cada um
receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito, de bem ou de mal, ao longo de sua vida corporal” (2 Cor 5,10). A colheita de Deus será maravilhosa: “Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram. Aquele que está sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas’” (Ap 21,4-5). Voltemos à plantação de Deus, que parece muito pequena e frágil, se pensarmos em todas as forças que intervêm em nosso mundo altamente convencido de ter respostas e soluções para tudo, mesmo quando se depara com os desafios dos tempos atuais. Uma pequena semente, um grão de mostarda, no dizer de Jesus, pode tornar-se maior do que todas as hortaliças, com ramos tão grandes e capazes de abrigar as aves do céu. O que Deus faz, e ele é todo-poderoso, pode parecer pequeno e limitado, mas abriga muita gente! Na hora dos desafios, podemos perceber como se procura a Igreja, mesmo quando as ideias estão confusas. Digam isso os sacerdotes que são procurados por gen-
te de perto e de longe, com histórias de confessionário que ficarão guardadas no segredo do amor de Deus pelas pessoas até a eternidade. Pudessem falar as lâmpadas ao lado dos sacrários, que contemplam lágrimas e lamentos, pois os tabernáculos espalhados pelo mundo inteiro, pequenos e do tamanho da eternidade, são repositórios de tantas esperanças. Ali, as aves que somos nós, podemos nos abrigar à sombra das asas de Deus! Ali, podemos rezar com o salmista: “Tu que estás sob a proteção do Altíssimo e moras à sombra do Onipotente, dize ao Senhor: ‘Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, em quem confio’. Ele te livrará do laço do caçador, da peste funesta; ele te cobrirá com suas penas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te servirá de escudo e couraça. Não temerás os terrores da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que vagueia nas trevas, nem a praga que devasta ao meiodia” (Sl 90,1-6). Ao ouvir e ler as parábolas dos Evangelhos, abramos os olhos e os corações, para recolher os tantos ensinamentos, palavras de vida eterna, postos pelo
Senhor à nossa disposição. E não deixemos de descobrir outras parábolas contadas pelo Espírito Santo na Igreja e na história humana.
A colheita de Deus será maravilhosa
Ao ouvir e ler as parábolas dos Evangelhos, abramos os olhos e os corações, para recolher os tantos ensinamentos, palavras de vida eterna, postos pelo Senhor à nossa disposição
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IGREJA
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)
MISCELÂNEA
Um PEQUENO grande livro (24)
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omo prometi no finalzinho da edição passada de “ M i s c e l â n e a ” , começaremos a ver, a partir desta, a atuação do nosso Hélder Câmara já como bispo. Padre Hélder foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro aos quarenta e oito anos, no dia 03 de maio de 1952 pelo papa Pio XII e ordenado, então se dizia sagrado, em 20 de abril do mesmo ano, pelas mãos de Dom Jaime de Barros Câmara, arcebispo do
Solicitando apoio a seu ambicioso plano de criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Rio de Janeiro e de seus bispos auxiliares Dom Rosalvo Costa Rego e dom Jorge Marcos de Oliveira. A título de curiosidade: antes de ser transferido para o Rio
de Janeiro, Dom Jaime foi arcebispo de nossa arquidiocese, o quinto, por apenas um ano: de 1942 a 1943. Ainda era nosso arcebispo quando entrei no Seminário em 1943. Não havia esse dia em que ele não fosse ao Seminário, para ver com seus próprios olhos como ia tudo, a modo um detetive, ou um cão farejador. Chegava de mansinho, para não ser notado. Ninguém no Seminário, ao que me parece, gostava dessas incursões, mas sobre elas nenhuma palavra, uma vez que ele tinha seus informantes, uns quantos seminaristas trazidos por ele de Mossoró e depois levados para o Rio de Janeiro. Lembro-me de, certa manhã, em que nós seminaristas menores trabalhávamos, sob sua orientação na retirada de entulhos de recente construção ficada a meio, ter sido severamente repreendido por ele por falar demais: “ô menino, você fala muito. É filho da preta do leite?” Vo l t a n d o a D o m Hélder: em 1950, ainda como simples p a d re , e n t r o u e m
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gado do episcopado brasileiro, até 1992. Também esteve presente na segunda Conferência Geral do Episcopado L atinoAmericano (Medellin, 1968), na terceira, em Puebla (1979) e na quarta, em Santo Domingo (1992). No Celam exerceu os cargos de presidente e vice-presidente. O mais, pois que ainda o há, veremos em nossas próximas edições, se for vontade do bom Deus. Até por lá. Shalom.
Atuação do nosso Hélder Câmara já como bispo
n PAPA Paulo VI
contato com o subsecretário do Vaticano Monsenhor Giovanni Batista Montini, futuro papa VI, solicitando apoio a seu ambicioso plano de criação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, luminosa ideia sua, criativíssimo que ele era. Montini não só apoiou como aprovou, em 1952, a criação dessa providencial e oportuníssima conferência, salvo
engano a primeira do mundo. Sua Sede era no palácio São Joaquim, palácio arquiepiscopal do Rio de Janeiro. Dom Hélder foi seu secretário Geral – um grande, eficiente e operoso secretário – até 1964. Dom Hélder foi, sem favor nenhum, um grande promotor do colegiado dos bispos e da renovação da Igreja Católica, fortalecendo-lhe a dimensão do
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
compromisso social. Em 1955 ocorreu a criação do Conselho Episcopal LatinoAmericano, Celam, com sede em Bogotá. Sua fundação foi durante a Primeira Conferência Geral do Episcopado L atinoAmericano, realizada no Rio de Janeiro, tendo Dom Hélder como articulador. Ele participou das Conferências Gerais do Celam, como dele-
Dom Hélder foi, sem favor nenhum, um grande promotor do colegiado dos bispos e da renovação da Igreja Católica
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 4,26-34
26Jesus disse à multidão: “O reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-
se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo. B) COMENTÁRIO
Qual mensagem Jesus traz ao mundo? A do “Reino de Deus // dos céus”! E o que é este “Reino”? É algo, cuja dinâmica é similar à da semente que se propõe ao crescimento, a do fermento que também faz crescer. No início do livro da vida, disse Deus ao homem: “crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,28). E ao “Homem Deus”, é dito no Livro, que “o menino crescia em graça e sabedoria” (Lc 1,40). Esta dinâmica do crescimento é destacada no texto (v 27. 32), assim como os benefícios advindos do processo vital, natural. O texto apresenta
duas parábolas com mensagem unívoca: a da atividade do homem ao lançar a semente... (v 26-29); e a do contraste entre a diminuta semente e a árvore resultante... (v 30-32). As parábolas destacam a vitalidade da semente, sem excluir a normal atividade humana do agricultor que trabalha na terra para a boa produção do que fora semeado. É bom considerar cada elemento constitutivo: 1. O homem; 2. A terra; e 3. A semente. O homem cumpre sua tarefa de semear, e deixa que o terreno e a semente façam a sua. Ele desconhece o segredo eficiente e “magico” dos outros elementos da relação; resta-lhe esperar com paciência o bom resultado. A terra tem uma atuação que lhe é própria, que lhe cabe por natureza. Por outro lado, a pequena semente tem oculta em si uma ener-
gia de tornar-se uma grande árvore. Em confronto com a mensagem do mestre, comenta Paulo: “Eu plantei... aquele que planta nada é; aquele que rega nada é; ...somente Deus, que dá o crescimento” (1 Cor 3,7s). Jesus convoca os ouvintes a observar o ritmo da natureza criado por Deus, para melhor entender a dinâmica da Palavra Dele no homem. Nossa missão é a de não adulterar a semeadura. Devemos semear não nossa palavra e sim a Palavra de Deus, pura, no coração humano. O Reino pregado por Jesus previa acolher qualquer pessoa (v 32 – os rabinos viam nos pássaros, símbolo dos pagãos). A explicação a sós com os discípulos (v 34) significa as informações necessárias do conhecimento deles sobre o Reino que deveriam anunciar e continuar em lugar do mestre.
n 11/06 – SEXTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Os 11,1.3-4.8c-9 Salmo - Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R.3) 2ª Leitura - Ef 3,8-12.14-19 Evangelho - Jo 19,31-37 n 12/6– SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - Is 61,9-11 Salmo - 1Sm 2,1.4-5.6-7 8abcd (R. cf. 1a) Evangelho - Lc 2,41-51 n 13/06 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Ez 17,22-24 Salmo - Sl 91,2-3.13-14.15-16 (R. Cf. 2a) 2ª Leitura - 2Cor 5,6-10 Evangelho - Mc 4,26-34
n 14/06 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 6,1-10 Salmo - Sl 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 (R.2a) Evangelho - Mt 5,38-42 n 15/06 – TERÇA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 8,1-9 Salmo - Sl 145,2. 5-6. 7. 8-9a (R. 1) Evangelho - Mt 5,43-48 n 16/06 – QUARTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 9,6-11 Salmo - Sl 111, 1-2. 3-4. 9 (R. 1a) Evangelho - Mt 6,1-6.16-18 n 17/06 – QUINTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - 2Cor 11,1-11 Salmo - Sl 110,1-2. 3-4. 7-8 (R. 7a) Evangelho - Mt 6,7-15
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SETORJUVENTUDE
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ
São Paulo e a COMUNHÃO ECLESIAL (parte 2) DIVULGAÇÃO
INTRODUÇÃO
A
pesar das fragilidades internas presentes no grupo dos Doze, Onze compreenderam a essência da exigência da Comunhão e suas consequências. Lamentavelmente, aquele que nada assimilou traiu o Mestre e, por orgulho, rompeu com a Igreja, isolou-se, saiu para satisfazer suas ilusões e teve um fim dramático (cf. Mt 27,1-5). Judas Iscariotes é símbolo da vaidade e da autorreferencialidade que sempre contribui para o fracasso do sujeito. Judas Iscariotes conti-
Com essas e tantas outras preocupações apresentadas por São Paulo, chegamos à conclusão de que a comunhão eclesial é dom de Deus nua ainda vivo na Igreja e se manifesta nas múltiplas atitudes daqueles que pretendem acertar sozinhos, democraticamente, isolados, seguindo seus critérios, mas negando a comunhão com Cristo e a Igreja. Dessa forma, negam as manifestações do Espírito Santo que a guia. A pessoa ou grupo que, na Igreja, segue seus próprios interesses desconexos do senso de sinodalidade (do caminhar juntos, que exige paciência!), não está em sintonia com os ensinamentos e nem com as atitudes de Jesus que sempre esteve em obediência e comunhão com o Pai, animado pelo Espírito Santo. Não há comunhão onde a fé se esfriou, os interesses pessoais ou grupais se fortaleceram, o democratismo doutrinal promoveu o relativismo e perdeu-se de vista o dinamismo do Reino de Deus. Em geral, isso acontece,
quase sempre, a partir de uma visão distorcida e fragmentada da pessoa de Jesus Cristo e da identidade da Igreja. Nesta reflexão concentremos o nosso olhar sobre a sensibilidade de São Paulo para com o tema da Comunhão.
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As exigências do batismo O compromisso de comunhão é fruto da fé em Cristo, abraçada conscientemente, da qual decorre um novo modo de viver ou um estilo de vida que não mais se deixa pautar pela moral da cultura, nem pelas solicitações dos próprios interesses e nem pelos impulsos pessoais. O batismo traz consigo o compromisso de vida nova, que brota do dinamismo do Amor da Santíssima Trindade. Nos ensinamentos de São Paulo há uma fortíssima atenção sobre a qualidade do relacionamento dos batizados. Isso deve distinguir a comunidade dos discípulos de outros grupos. Na carta aos Romanos, São Paulo os convida a tomarem consciência dessa nova moralidade, como sendo a aurora de um novo modo de viver: “já é hora de vocês acordarem: a nossa salvação está agora mais próxima do que quando começamos a crer. A noite vai avançada, e o dia está próximo. Deixemos, portanto, as obras das trevas e vistamos as armas da luz. Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. Mas vistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não sigam os desejos dos instintos egoístas” (Rm 13, 11-14). As obras das trevas significa um comportamento que não leva em conta o dinamismo da caridade, mas, simplesmente, os instintos, os próprios interesses, paixões, caprichos pessoais. Disso decorrem consequências como briga, divisões, disputas, ciúmes... Segundo São Paulo, não vive a comunhão quem segue os “desejos dos instintos egoístas”. Não existe espaço para a
n COMUNHÃO ECLESIAL é dom de Deus e, ao mesmo tempo, depende da formação humana, do esforço pessoal e da corresponsabilidade fraterna
comunhão onde cada um segue seus puros sentimentos, impulsos e ideias pessoais. Na Carta aos Coríntios, a fragilidade da comunhão aparece bem acentuada, por isso, o apóstolo suplica: “Eu lhes peço, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo mantenham-se de acordo uns com os outros, para que não haja divisões. Sejam estreitamente unidos no mesmo espírito e no mesmo modo de pensar” (1Cor 1, 11). E na Segunda Carta, declara: “Tenho receio de que entre vocês haja discórdia, inveja, animosidade, rivalidade, maledicências, falsas acusações, arrogância, desordens” (2Cor 12, 20). Na carta aos Efésios encontramos a mesma firmeza do apóstolo quando fala da necessidade da passagem do “homem velho” para o “homem novo”, referindo-se ao antes e ao depois do batismo. Em nome do Senhor Jesus Cristo os efésios são solicitados a não viverem como os pagãos: de mente vazia e cega, longe da vida divina, duros de coração, ignorantes, insensíveis, libertinos, ávidos por todo tipo de imoralidade (cf. Ef 4, 17-19). E conclui, recomendando-lhes: “vocês devem deixar de viver como viviam antes, como homem velho que se corrompe com paixões enganadoras. É preciso que vocês se renovem pela transformação espiritual da inteligência, e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santida-
de que vem da verdade” (Ef 4, 22-24). Não é possível a experiência da comunhão onde cada um apela para a própria liberdade e não se deixa orientar pela inteligência iluminada pela fé que nos apresenta o dinamismo da vida divina. Onde não há espaço para obediência, é impossível a comunhão. Quem não é capaz de comunhão, porque está centrado nas próprias ideias, não sente a transformação espiritual da sua inteligência, e tudo segue outra lógica, aquela do direito pessoal, da própria vontade e liberdade. Aos Gálatas São Paulo faz o apelo à necessidade da gestão emocional e das paixões pessoais. Certamente, essa comunidade, como aquela de Corinto, tinha muitos problemas de relacionamentos porque o apóstolo é enfático, dizendo-lhes: “se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, tomem cuidado! Vocês vão acabar destruindo-se mutuamente” (Gl 5, 16). Nesse contexto lhes mostra o poder maléfico dos instintos egoístas e da impulsividade desgovernada que gera conflitos, desobediência, libertinagem, idolatria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo... (cf. Gl 5, 17-32). Para que a Igreja viva a comunhão é preciso que cada um não se deixe arrastar pelos ressentimentos, descontrole emocional e
nem impérios dos instintos. São Paulo nos estimula a pensar que a experiência da comunhão não é automática, mas pressupõe formação humana, esforço pessoal e treinamento nas virtudes. Onde há ressentimentos não há comunhão e nem paz.
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Virtudes a cultivar A Comunhão não é uma virtude isolada. Ela só é possível para quem tem relativa maturidade humana, senso eclesial e robusta fé. Por isso, as inúmeras orientações que o apóstolo Paulo dava às comunidades estão relacionadas a diversas dimensões da vida. Isso nos diz que a Comunhão eclesial tem muitas dimensões: afetiva, espiritual, doutrinal, política (governo), pastoral, econômica, administrativa, missionária, etc. Trata-se de uma realidade profunda e transversal. No que diz respeito à afetividade, Paulo recomenda como ingrediente da comunhão a sinceridade do afeto, o carinho, a mútua estima, o zelo no serviço, o fervor de espírito, a firmeza nas dificuldades, a prática da hospitalidade, a solidariedade (cf. Rm 12, 9-13). Aos Romanos ainda lhes pede para não levarem em conta o mal sofrido, a serem solidários, gratuitos, buscar a harmonia, a serem modestos, a não se deixarem vencer pelo mal, mas vencer o mal com o bem (cf. Rm 12, 14-21) e conclui, afir-
mando que “o amor não pratica o mal contra o próximo, pois o amor é o pleno cumprimento da Lei” (Rm 13, 10). Os Gálatas são estimulados a saborear os frutos do Espírito que “é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si” (Gl 5, 22). Na carta aos Efésios, recorda-lhes a dignidade da vocação que receberam e, por isso, lhes pede que “sejam humildes, amáveis, pacientes e suportem-se uns aos outros no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade do Espírito” (Ef 4, 3). Com essas e tantas outras preocupações apresentadas por São Paulo, chegamos à conclusão de que a comunhão eclesial é dom de Deus e, ao mesmo tempo, depende da compreensão das exigências batismais, da profundidade da fé, da formação humana, do esforço pessoal e da corresponsabilidade fraterna. PARA A REFLEXÃO PESSOAL:
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Por que São Paulo fala tanto do potencial maléfico dos nossos “instintos egoístas”? Por que não é possível a comunhão eclesial sem a formação humana? Por que a comunhão eclesial tem muitas dimensões?
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A sensibilidade de São Paulo para com o tema da Comunhão
Nos ensinamentos de São Paulo há uma fortíssima atenção sobre a qualidade do relacionamento dos batizados
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FUNDAÇÃO NAZARÉ
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Ícone com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré do Perpétuo Socorro esteve em lugar de destaque na Missa em Ação de Graças pela Família Nazaré, celebração ocorrida dia 4, com a participação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. E por estar em festividade paroquial, e no período de peregrinação, a Cúria Metropolitana e a Fundação Nazaré de Comunicação receberam o ícone da padroeira do bairro do Telégrafo. A Missa em intenção da vida dos sócios evangelizadores na Arquidiocese de Belém foi celebrada na Capela Nossa Senhora de Nazaré, situada no prédio João Paulo VI, no bairro de Nazaré, na avenida Governador José Malcher, 915, nas instalações da Fundação Nazaré de Comunicação. A celebração foi presidida pelo padre Leonilson Brandão às 16h reunindo funcionários da Fundação, voluntários da instituição, e
FAMÍLIA NAZARÉ
Gratidão e Missa pela FAMÍLIA NAZARÉ AÇÃO DE GRAÇAS contou com participação da Paróquia do Perpétuo Socorro, do Telégrafo parte da equipe da diretoria da festividade de Nossa Senhora do Perpétudo Socorro. Às 15h, o icone chegou ao prédio e logo foi entronizado na capela para a celebração iniciada às 16h. Em sua homilia, o padre Leonilson destacou a liturgia do dia, e ressaltoua importância da Fundação Nazaré na evangelização da Igreja da Amazônia. A parceria qu envolve a Fundação Nazaré e a Paróquia do Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é importante para a Arquidiocese de Belém, uma vez que a emissora arquidiocesana transmite, ao vivo, a novena em honra da Mãe do Perpétuo Socorro, todas as terçasfeiras, ás 15h. As Missas pela Família Nazaré foram retomadas pela Fun-
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n PRESIDÊNCIA da Santa Missa foi do padre Leonilson Brandão
dação Nazaré no dia 7 de maio, quando o padre André Teles, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, e vigário
n PAROQUIANOS da paróquia P. Socorro presentes à celebração
episcopal da Região São Vicente de Paulo, presidiu aquela Eucarsitia. A pausa nas celebrações deu-se pela reforma na capela, iniciada no segundo semestre de 2020. A ação de graças pela Família Nazaré conta com padres diocesanos como André Teles, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, e vigário episcopal da Região São Vicente de Paulo. Dia 14 de maio foi a vez de padre Thiago, assistente eclesial da Renovação Carismática Católica de Belém (RCC) da Região São João Batista, e membro da Comunidade Sementes do Ver-
bo. Padre Nilton Cezar Reis, pároco da Paróquia Cristo Peregrino, celebrou a Missa dia 21
de maio. Seja um sócio evanglizador. Seja Família Nazaré. Ligue para (91) 4006-9211.
NOSSOS ANIVERSARIANTES Sonia Gonçalves Ferreira Sulamita Ferreira De Araujo Maria de Nazaré Moreira Martins Antonia Rodrigues Ribeiro Regina Nazaré Lara Sonia Maria Gavinho de Oliveira Paulo Fernando Cerqueira e Graziela de Oliveira Gomes Regina Claudia de Souza Nagaishi Esmerina Sarges Feio Márcia da Silva Rodrigues Antonio Sergio Teixeira Santiago Vilma Bastos Amanajas Jose Emmanuel dos Santos Barbosa Raimundo Caldas Furtado Neidirce Gomes Rodrigues Adolfo da Silva Pereira Lima Antonia Garcia da Paixão Rodrigues Francisca Francinete da Silva Lopes Clea da Veiga Aguilar Rios Mario Jorge Alves da Silva Juana Rodrigues da Silva Raimunda Inez da Silva Ferreira Antonio Carlos Tavares do Rosário Domingos Sávio Alves de Campos Andrea Marilene Vasconcelos Gama Anderson Santos dos Santos Sheule Rogério Souza Mororo Raimundo da Silva Barra
Rosa Maria Fiúza de Mello Mendes Raimunda Machado Monteiro Martinha Antonia Raposo Silva Solange Marlene de Sousa Lopes Antonio Cunha Coutinho Antonia Felizarda e Costa Marideusa Mendes Ferreira Iolita Alencar de Souza Maria de Lourdes Barbosa Morais Therezinha de Jesus da Silva Lopes Yolanda Deise Xavier Veloso Veronica da Costa Gonçalves Maihra de Fidalgo Alves Rafael de Oliveira Mattos Tereza Dias Oliveira Osmarina Maia de Macedo Antonina Menezes dos Santos Maria das Neves Seixas Maria de Lourdes Ferreira Zeira Carneiro de Figueiredo Maria Celia Silva Sarmento Antonio Lobato Miriam Chaves Pinheiro Francisca das Chagas Silva Luiz Guilherme Soares Moura Joaquim Jose Nogueira Neto Silvia Cristina Braga Dantas
Lena Claudia Monteiro Ribeiro Nathalie Rodrigues Coutinho Thamires de Lourdes Batista Nascimento Aurelia Mendes de Araújo João Santos de Mendonça (In Memorian) Ruth Mary do Amaral Seawyrigth José Walllace Corrêa Pantoja Joveniano Batista Fernandes Francisco R. da Silva Edineide Pessoa de Matos
Fernando Geovane Maciel da Silva Marcelim Soares do Nascimento Junior Solana Villacorta Tavares Isolda Maria de B Rebello Santos Ana Maria Figueiredo Gonçalves Ana Alice Sacramento Mendes Junior Oliveira
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 12/06 – Diác. Antônio Iran Gonçalves Ribeiro 13/06 – Pe. Antônio Moraes Oliveira 13/06 – Diác. Antônio Fabiano Fonseca Bastos 13/06 – Pe. Antonio José Garcez de Oliveira 14/06 – Pe. Vandilson Sousa Lima 16/06 – Diác. Aroldo Vitor dos Anjos Monteiro 16/06 – Diác. Aroldo Vitor dos Anjos Monteiro 16/06 – Pe. Ederaldo da Mata Silveira n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 14/06 – Diác. José Otávio Alves Maia 15/06 – Pe. Flavio Piccolim 15/06 – Pe. Fábio Luiz Quintal Gama 17/06 - Dom Antônio de Assis Ribeiro (Presbiteral)
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CADERNO DOIS
AFIS celebra 12 anos de serviço à comunidade FOTOS: DIVULGAÇÃO
MISSA e apresentação de dança destacou a data no Icuí-Guarajá
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Doze anos de serviços prestados à comunidade se passaram e no dia 6, a Associação Filantrópica Icuí Solidário (AFIS) celebrou esse momento de sua história com uma Santa Missa, em Ação de Graças, que contou com a presença do Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, e atividades lúdicas como apresentações de balé e dança regional protagonizadas por crianças, jovens e adultos atendidos pela entidade. A AFIS é uma entidade sem fins lucrativos que faz gestão das obras sociais da Paróquia São José Operário, localizada no IcuíGuajará no município de Ananindeua (PA), fundada com esse objetivo em 6 de junho de 2009 pelo padre Marino Gabrielli (sacerdote fidei donum da diocese Turim. Itália). Por alguns anos a presença das Irmãs Missionárias da Consolata impulsionou o trabalho, especialmente na evangelização junto às famílias assistidas. Atualmente, o projeto está sob a presidência do diácono Rui Costa, auxiliado por mais quinze pessoas que compõem a atual diretoria e o corpo técnico.
Promover uma alternativa de oportunidades para a comunidade do seu entorno foi o que motivou o nascimento da AFIS, a partir da constatação dos seus fundadores da necessidade que o bairro tinha demandas urgentes, e uma realidade marcada pela violência e carente da presença do poder público. “Não havia nenhuma alternativa de atividades sócio-educativas voltadas a trabalhar o potencial das crianças e jovens. A partir desta inquietação, nasceu o projeto “Criança Amada, Criança Educada” que, atualmente, atende 135 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, e mais de 700 famílias em projetos de assistência alimentar. Sua principal missão é o resgate da pessoa humana na sua integralidade, inclusive na evangelização. Todas as atividades são mantidas por esforço da comunidade, e por parcerias que ajudam a desenvolver o trabalho além de voluntários e amigos do projeto. “Sempre digo que nossa instituição é no bairro um “ponto de luz”, dentro de uma realidade social difícil e, que o Espirito Santo vem nos conduzindo ao longo desses anos. Além de oportunizar e cuidar das pessoas, temos a missão de provocar a sociedade local e o poder público para as necessidades de nosso povo, que não se limitam aos serviços da que desenvolvemos, mas vão além e perpassam por políticas públicas sérias e comprometidas com a transformação sócia”, observa o diácono Rui Costa. Hoje, são desenvolvidas atividades voltadas para a música, como a flauta doce e violão, fruto
n BISPO Dom Antônio de Assis Ribeiro esteve presente ao aniversário da AFIS
da parceria com o Instituto Carlos Gomes; aulas de teclado balé, reforço escolar, esporte e dança regional para crianças, jovens e adultos. Também são disponibilizados cursos de capacitação em parceria como o (SENAC) e de geração de renda com o (SENAR), SESC (Mesa Brasil), palestras e serviços como acompanhamento psicológico e encaminhamentos para serviços de assistência e garantia de direitos. A história da AFIS perpassa por diversos testemunhos que podem ser contados e vistos do bem que é feito, entre eles a jovem Camila Pureza. Ela iniciou no balé aos nove anos. Hoje faz faculdade de dança e contribui com o projeto da AFIS como monitora do baby class, turma que abrande crianças de 2 a 6 anos. Voluntaria e amiga do projeto, Rosalba Leite, conheceu o projeto ao trazer seu filho especial João Pedro para participar das
aulas de karatê, pois ele tinha problemas de desenvolvimento. Melhorou tanto que, inclusive, ficou curado de um problema de coração. Desde então ela se tornou voluntária e amiga da AFIS. “Um belíssimo testemunho!”, celebra diácono Rui. AJUDE!!! A AFIS celebra 12 anos com a comunidade, razão de sua existência, e com muita gratidão pelos parceiros que tem ajudado. “Mas os desafios são imensos, precisamos ir mais adiante e, para isso, toda ajuda é bem vinda!”, atesta o diácono Rui. Durante o festejo com numero reduzido de pessoas, e cuidados sanitários
redobrados devido à pandemia, uma feijoada foi vendida para arrecadar recursos para a manutenção das atividades da entidade. O evento contou com a presença do Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, que deixou uma mensagem de perseverança e esperança. A AFIS tem sede no conjunto Carnaúba, alameda A, número 32, IcuíGuajará, Ananindeua (PA). Informações: (91) 3265-1289, 98517-2858, e-mail projetoafis@hotmail.com, ou acesse o perfil da AFIS no instagram e facebookafisicui. Quem desejar doar valores, também pode fazer sua doação através do PIX 91 98517-2858.
n LIDERANÇAS dos projetos da AFIS receberam homenagens
n JOVENS asistidos pela AFIS mostraram seus talentos na programação
n MISSA em ação de graças precedeu a comemoração do aniversário
n CRIANÇAS acompanhadas pela AFIS também participaram
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IGREJA
CADERNO DOIS
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Identidade visual da CF 2022
NAZARÉ REPÓRTER
A IDEIA é promover um diálogo sobre a realidade educativa
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m março deste ano, a CNBB lançou o edital para a escolha da identidade visual da Campanha da Fraternidade (CF) 2022 cujo tema é “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Cf Pr 31,26). O edital oferecia elementos teóricos que ajudavam na elaboração da arte além de estimular a criatividade dos artistas. O certame informava, dentre outras coisas, que o cartaz deveria conter os dizeres do tema e lema da CF 2022, dando ênfase à passagem bíblica. Pensando a educação em todos os âmbitos da vida, a identidade visual da Campanha da Fraternidade de 2022, feita pelo leigo Antonio Batista de Souza Júnior, tem como inspiração o capítulo oitavo do Evangelho segundo João, eco do lema que é proposto. No cartaz, diante da mulher, surpreendida em flagrante adultério, e que está prestes a ser apedrejada, Cristo, Divino Mestre e Educador,
apresenta um novo ensinamento que se revela como um verdadeiro ato de esperança no ser humano. Jesus educa de maneira pedagógica, integral e a partir de uma ação repleta de sabedoria e amor. Este é o único momento em que o Evangelho mostra Jesus escrevendo. Não se sabe o que Ele escreveu. Sob a luz da espiritualidade quaresmal, o autor apresenta uma releitura da cena com uma possível escrita sobre o chão: AMOR E SABEDORIA palavras retiradas do lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31, 26). As pedras espalhadas pelo chão resumem parte do desfecho daquilo ensinado por Jesus. “Vai e não peques mais.” Palavra que inaugura um novo estilo de vida marcado pela conversão. O cartaz direciona o interlocutor ao Mestre Jesus, o centro da fé. Convertidos pela Palavra e comprometidos com a vida, dom e compromisso, nosso olhar se dirige a Jesus que é mostrado em perfil, em pé e com
FESTIVIDADE SÃO PEDRO E SÃO PAULO
disposição corporal curva em direção a mulher posta a juízo. A cabeça de Jesus, emoldurada por um círculo, auréola, é o eixo do cartaz, lugar onde parte a inteligência, a sabedoria e por consequência, a “Palavra de vida eterna.” (Jo 6.68). A disposição da mulher, também curva no cartaz, se coloca a ouvir, aprender e percorrer uma nova vida que brota da Cruz. Sua cabeça é aparelhada com os pés da Santa Cruz, esta que aparenta suave como marca d’água ao fundo do cartaz. Duas cores predominam no Cartaz, verde e Laranja. A cor verde a lembrar o que é vivo e a cor laranja a instigar a fidelidade criativa, própria do seguimento. Estas duas
RÁDIO NAZARÉ
cores darão a qualidade visual de todo material da CF, a fim de induzir a lembrança ao tema e ao lema escolhidos para o ano de 2022. Tanto a mulher, quanto Jesus tem-se na área peitoral, o repouso da mão, gesto que reflete a interação pedagógica de quem ensinou e de quem aprendeu. Sobre o peitoral de Jesus, um pequeno coração em cor vermelha, este, a comprimir o gesto misericordioso e educador refletido nesta arte. Inspirados por Ele, todos são convocados a pensar a integralidade da educação. Ela perpassa todos os aspectos da vida humana. “Com Cristo, aprendamos a falar com sabedoria e ensinar com o amor. Eis o tempo de conversão e
“Com Pedro e Paulo, unidos a São José somos chamados a testemunhar nossa fé.” É o tema escolhido para a Festividade 2021 da Paróquia São Pedro e São Paulo, que acontecerá de 26 de junho a 4 de julho no bairro do Guamá. No dia 9 de maio houve a apresentação do cartaz oficial da festividade durante a Santa Missa presidida pelo pároco, padre José Antônio Silva. A temática está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana, e acolhe pedido do Papa Francisco que convocou o “Ano de São José” através da Carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”, publicada em dezembro de 2020, por ocasião dos 150
FM 91 .3 MHZ
BOA DICA
n CAMPANHA “JUNHO VERMELHO” Este será o tema abordado no Programa Saúde e Cidadania na próxima segunda-feira, 14. A campanha visa mobilizar doadores de sangue, no intuito de abastecer o estoque dos Hemocentros do país. Um representante da Fundação Centro de Hemotera-
pia e Hematologia (Hemopa), vai falar sobre o assunto e também sobre a doação de medula óssea. O Programa Saúde e Cidadania vai ao ar as segundasfeiras, de 16h às 17h30. Envie suas dúvidas para o WhatsApp 9.8814-0275. Participe!!!
TV NAZARÉ CANAL 30.1 n LOUVOR AMAZÔNIA A partir da próxima semana a TV Nazaré exibe durante a sua programação clipes musicais com diversas bandas locais dentro do projeto “Louvor Amazônia”. O projeto tem como objetivo dá visibilidade aos mais diversos grupos de músi-
cas católicas. Um dos grupos que vai integrar esses horários é o “Ministério Vida e Cruz”, que são músicos a serviço de Deus, anunciando o evangelho através da Música. Acompanhe os novos clipes musicais da TV Nazaré pelo Canal 30.
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
n ENVIE SUA SUGESTÃO DE PAUTA Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 993155743 e pelos veículos de comunicação da Rede Nazaré! Faça parte da produção do Portal Nazaré. Envie sua sugestão de pauta, programação da festividade ou a programação de sua
paróquia para o e-mail: portal@ fundacaonazare.com.br. Atenção! É indicado que as pautas estejam de acordo com a missão da Fundação Nazaré de Comunicação: “Promover a formação integral da pessoa humana e a defesa da vida, à luz do evangelho, através dos meios de comunicação”.
anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica! A paróquia já se mobiliza para a festividade e já estão à venda as cartelas do sorteio de prêmios da Festividade, cujo valor é de R$5,00 a cartela. Os participantes concorrem a 10 super prêmios, sendo um deles, o valor R$1.000,00. Para adquirir as cartelas, dirija-se à secretaria paroquial ou no plantão do dízimo. Haverá plantão de todas pastorais em frente à paróquia no horário das missas. Outras informações nos canais de comunicação paroquial. A igreja fica na rua Barão de Igarapé Miri, 430 - Guamá. Telefone: (91) 3283-6021.
n SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA: por onde passa, entusiasma Domenico Agasso Jr., Livro (PAULUS, R$ 17,60 )
A
obra de Domenico Agasso Jr. é uma linda recordação da história de um dos santos mais amados, Santo Antônio. Os principais acontecimentos de sua vida, desde o nascimento em Portugal, até os últimos dias de sua vida, em Pádua, na Itália, são marcados por exemplos de virtudes como simplicidade, humildade e franqueza, que o tornam ainda mais santo e amado por tantos fiéis. Na história de Antônio, entretanto, não faltaram problemas e dificuldades, até os últimos dias de sua vida, mas ele sempre soube superá-los com resignação, sem se esquecer jamais da caridade com aqueles que mais necessitavam. n COMPREENDER E ACOMPANHAR A PESSOA HUMANA Alessandro Manenti, Livro (Paulinas, R$ 63,90)
N
o rastro de elementos teóricos essenciais, o livro ilustra em detalhes e com exemplos concretos os métodos mais comuns para este tipo particular de intervenção: como dar início aos colóquios, como coletar os dados, como enfrentar as resistências. O objetivo é duplo: interceptar as questões que se escondem na descrição dos fatos e familiarizar-se com a complexidade da dimensão interior das pessoas. “O acompanhamento - explica o autor - tende a uma integração psicoespiritual que não deve ser compreendida como meta para o amanhã, mas como processo do hoje; não como harmonia, mas como dilatação do coração que pode permitir-se a alegria de permanecer ambivalente sem, por isso, perder-se. É agradável liberdade de permanecer simplesmente humanos e de observar que, justamente nesta simplicidade, às vezes Deus também escreve”
VATICANO
CADERNO DOIS
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
“A EUCARISTIA é o pão dos pecadores"
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O PAPA disse antes do ângelus, rejeitando a ideia de que o sacramento seja reservado a “santos”
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om informações agência Ecclesia. O Papa disse antes da recitação do ângelus no domingo, 6, que a Eucaristia é o “o pão dos pecadores”, rejeitando a ideia de que o sacramento seja reservado a “santos”. “Jesus conhece-nos, sabe que somos pecadores e cometemos muitos erros, mas não desiste de unir a sua vida à nossa. Ele sabe que precisamos, porque a Eucaristia não é a recompensa dos santos, não, é o pão dos pecadores”. Francisco falava sobre a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, celebrada na última quinta-
feira, no 60.° dia após a Páscoa; na Itália e outros países, contudo, por não ser feriado civil, celebra-se no domingo seguinte. O Papa falou do sacramento da Eucaristia como a manifestação de Deus na sua fragilidade. “A fragilidade é força: a força do amor que se torna pequeno para ser acolhido e não temido; força do amor que parte e partilha para alimentar e dar vida; força de amor que se fragmenta para nos unir a todos na unidade. E há outra força que se destaca na fragilidade da Eucaristia: a força de amar quem erra”, indicou.
A intervenção convidou a imitar o estilo de vida de Jesus, na sua “capacidade de se partir e doar-se aos irmãos”. “Dá-nos a coragem de sair de nós próprios e de nos inclinarmos com amor para com as fragilidades dos outros. Como Deus faz conosco”, acrescentou. Esta é a lógica da Eucaristia: acolhemos Jesus que nos ama e cura as nossas fragilidades, para amar os outros e ajudá-los nas suas fragilidades”. O Papa ressaltou que, na Última Ceia, Jesus “não distribui pão em abundância para alimentar as multidões, mas parte-se a si mes-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n PAPA FRANCISCO antes da recitação do ângelus, no domingo, 6
mo, na refeição da Páscoa com os discípulos”. “Jesus mostra-nos assim que o objetivo da vida é doar-se, que a maior coisa é servir. E hoje encontramos a grandeza de Deus num
bocado de pão, numa fragilidade que transborda de amor e de partilha”, observou. Esta festa litúrgica começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246,
na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de Missa e ofício próprios.
SANTA SÉ entra na OMS como Observador Permanente Com informações Vatican News. Na sessão plenária da 74ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde em Genebra, foi aprovada a resolução com a qual a Santa Sé torna-se formalmente Estado observador não-Membro da Organização Mundial da Saúde. Esta decisão reflete a relação contínua da Santa Sé com esta Organização desde 1953 Na segunda-feira, 31 de maio de 2021, através de um “Comunicado à Imprensa” a
Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que adotou, por consenso, a “Resolução intitulada ‘Participação da Santa Sé na Organização Mundial da Saúde’ apresentada pela Itália, que formaliza a participação da Santa Sé nos trabalhos da Organização Mundial da Saúde como Estado Observador não-Membro”. O amplo consenso que levou à adoção testemunha o apreço da comunidade internacional pelas obras
da Igreja no campo da saúde, da caridade e da assistência às pessoas necessitadas, e o compromisso da Santa Sé com a promoção do diálogo multilateral no mundo. Assim como o compromisso da família das nações de enfrentar, através do diálogo e da solidariedade internacional, os desafios globais de saúde que afligem a humanidade. Desde 1953 a Santa Sé tem participado das sessões da Assembleia Mundial da Saúde como Observador
n SEDE da Organização Mundial da Saúde, em Genebra
ad casum, seguindo os convites especiais do Diretor Geral da
OMS. A Santa Sé também era convidada regularmente para
as reuniões dos órgãos dirigentes da Organização.
Papa CONVIDA “batizados a sentirem-se parte de uma única Igreja” Com informações agência Ecclesia. O Papa convida “cada batizado a sentir-se parte de uma única Igreja”, como diz num vídeo do primeiro mês de campanha para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado a acontecer em 26 setembro de 2021. “Independentemente do local onde se encontrem ou do motivo, todos
os batizados são membros de pleno direito da comunidade eclesial local, membros de uma única Igreja, habitantes de uma única casa, membros de uma única família”, afirma Francisco no vídeo. A iniciativa ouviu testemunhos de migrantes oriundos do Quebec, Filipinas e Colômbia que dão a conhecer
neste vídeo como estão integrados na comunidade católica local e se sentem acolhidos. “O testemunho direto de alguns migrantes que, graças ao acolhimento recebido numa paróquia, se sentem parte deste nós, demonstra que o sonho do Papa Francisco se pode realizar”, destaca
o comunicado. O tema escolhido pelo Papa para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado de 2021 é Rumo a um “nós” cada vez maior e, para responder ao seu apelo e assegurar que “no fim, oxalá já não existam ‘os outros’, mas apenas um “nós”, a cada mês vão ser lançados materiais diferentes.
PAPA pede aos jovens ‘alternativa à economia consumista’ Com informações agência Ecclesia. O Papa recebeu no sábado, 5, no Vaticano os jovens do “Projeto Policoro” da Conferência Episcopal Italiana, pelos 25 anos de fundação, pedindo criatividade para “alternativas ao consumismo”. “Aos jovens não falta criatividade: eu encorajo-vos a trabalhar por um modelo de economia alternativo ao consumista. A partilha, a fraternidade, a gratuidade e a susten-
tabilidade são os pilares sobre os quais se baseia uma economia diferente”, disse Francisco, no seu discurso. A intervenção, divulgada pelo Vaticano, destacou a importância de oferecer a todos a dignidade do trabalho. “É uma questão de dignidade. A dignidade da pessoa não vem do dinheiro, não vem das coisas que se sabem, vem do trabalho. O trabalho é uma unção de dignidade. Quem não trabalha
não é digno. Assim, simples”, indicou. O Papa sublinhou que “o Projeto Policoro foi e continua a ser um sinal de esperança, especialmente para muitas áreas carentes de trabalho do sul da Itália”. Neste caminho de ajuda aos jovens Francisco lançou quatro verbos: animar, habitar, apaixonar e acompanhar, que depois foi explicando o propósito de cada um.
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s nossas Eucaristias transformam o mundo, na medida em que nós mesmos nos deixamos transformar tornando-nos pão partido para os outros. (8 de junho)
ão podes partir o Pão do domingo, se o teu coração estiver fechado aos irmãos. Não podes comer este Pão, se não deres o pão aos famintos. Não podes partilhar deste Pão, se não partilhas os sofrimentos de quem passa necessidade. (7 de junho)
E
stes momentos difíceis representam um forte apelo para todos nós, a nos afastarmos do modelo colonizador e caminharmos lado a lado no diálogo, no respeito mútuo e no reconhecimento dos direitos e valores culturais de todas as filhas e filhos do Canadá. (6 de junho)
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CADERNO DOIS
BELÉM, DE 11 A 17 DE JUNHO DE 2021
EM NAZARÉ
Sagrado Coração de Jesus realiza FESTIVIDADE ESTE ANO conta com a presença dos fiéis respeitando todos os protocolos de segurança
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FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ
om o tema “Coração de Jesus, Filho de São José” a Comunidade Sagrado Coração de Jesus, da Paróquia de Nazaré, promove a festividade em honra ao padroeiro, que acontece até o dia 13 de junho. Este ano, a programação conta com a presença dos fiéis que podem participar das celebrações respeitando todos os protocolos de segurança em prevenção a Covid-19. A comunidade está localizada na Rua dos Caripunas, 2200, bairro Cremação. Para mais informações ligue 3222 5940. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO: DIA 11/06: Dedicado ao Sagrado Coração de Jesus: 13h às 17h45: Adoração Eucarística 18h – Missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus 19h – Carreata em honra ao Sagrado Coração de Jesus 12/06 – Santa Missa às 19h (Drive Thru de comidas típicas) 13/06 – Missa de encerramento da festividade e retorno da Imagem, 19h (Drive Thru de comidas típicas).
n TEMA “Coração de Jesus, Filho de São José”
SINOS da Basílica Santuário de Nazaré DÍZIMO leva palavra de completam 91 anos dia 15 de junho de 2021 fé e amor às comunidades O primeiro conjunto de sinos eletrificado do país é um dos maiores ícones que representam a devoção mariana na capital paraense. O badalar do conjunto de sinos da Basílica Santuário de Nazaré marca a rotina de quem mora próximo à Igreja. Tornaram-se, ainda, mais um instrumento de evangelização àqueles que escutam as tradicionais melodias que ecoam as ruas da cidade. No
dia 15 de junho, completam 91 anos desde a sua inauguração. As peças são conhecidas por entoarem diariamente a canção “Vós Sois o Lírio Mimoso”, canto dedicado à Virgem de Nazaré, e relembrarem a emoção da Grande Festa da Rainha da Amazônia. Além disso, entoam, também, o histórico hino que compõe o rito da Santa Missa durante o Ato Penitencial: “Misericórdia, Senhor”. n CADA SINO traz um nome de padroeiro
n SINOS instrumento de evangelização
Para complementar a beleza dos sinos, cada um traz o nome de padroeiro que corresponde a uma nota musical. Na peça maior: São José, e nos outros oito: O Sagrado Coração, a Imaculada Conceição, São Gabriel, São Miguel, São Joaquim e Santa Rosa de Li-
ma, Sant´Ana e Santa Isabel. Foram produzidos pela empresa Barigozzi, de Milão e abençoados em 1930, por Dom Irineu Joffily. Segundo registros de livros sobre a história da construção da Basílica, os sinos foram consagrados no dia 15 de junho de 1930.
COMUNIDADES da Paróquia de Nazaré retornam com missas dominicais As celebrações dominicais realizadas nas comunidades que integram a Paróquia
de Nazaré retornaram. As atividades estavam suspensas por conta da pandemia.
Agora, os fiéis podem participar da Santa Missa de forma presencial respeitando
todas as orientações do protocolo de segurança em prevenção ao coronavírus.
O dízimo é, antes de tudo, um compromisso de fé e de amor com a comunidade, onde se vive o espírito da partilha fundamentados no mandamento do amor, centro do Evangelho. A prática da devolução do Dízimo revela, não apenas, o cuidado que os fiéis dizimistas têm com a Paróquia de Nazaré, mas também auxilia no trabalho religioso, missionário, caritativo e eclesial que compõem as dimensões da Pastoral do Dízimo. AS DIMENSÕES DO DÍZIMO w A dimensão Religiosa se constitui no reconhecimento dos Dizimistas de sua pertença a Deus. Tudo é d’Ele. Ao contribuir com o Dízimo, demonstramos a consciência que temos de nossa espiritualidade e comunhão a Ele, manifestando sua Fé, gratidão e sua conversão. w Dimensão Missionária: “Só podemos nos considerar cristãos de fato se, como Jesus, irmos ao encontro de todos para anunciar, sem imposição, quem é Jesus e no que consiste o Evangelho por Ele anunciado”. (Papa
Francisco) w A dimensão Caritativa se constitui no serviço aos mais pobres, assistindo-os e promovendo-os. Como Jesus, a Igreja dedica-se a eles de um modo especial porque são os que mais precisam. Neles Jesus é encontrado, amado e servido. w A dimensão Eclesial se constitui na sustentação da comunidade. Somos Igreja e juntos somos corresponsáveis pela nossa Comunidade/ Paróquia/ Diocese. Toda estrutura física, celebrativa e pastoral deve ser assumida por todos. Ao devolver o Dízimo, assumimos o nosso ser Cristão e o nosso ser Igreja. FAÇA PARTE DA PASTORAL DO DÍZIMO Ligue: 4009-8448 ou entre em contato pelo WhatsApp: ( 91) 9 85194265 Acompanhe as transmissões das celebrações realizadas no Santuário da Rainha da Amazônia, pelas plataformas digitais oficiais, Facebook e YouTube. www.facebook.com/ basilicadenazareoficial www.youtube.com/basilicadenazare
ARQUIDIOCESE
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Pandemia: CÁRITAS cria núcleos em paróquias A PARÓQUIA SÃO JOÃO PAULO II está realizando campanha para arrecadar alimentos
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Cáritas Arquidiocesana de Belém, núcleo da Paróquia São João Paulo II, no bairro do Souza, está realizando uma campanha para arrecadar alimentos não perecíveis com objetivo de montar cestas básicas para distribuição entre as famílias carentes que ficaram sem renda em razão do desemprego provocado pela pandemia do novo coronavírus na capital paraense. Muitas paróquias de Belém já têm esses núcleos, entre as muitas ações da Cáritas mundial. O núcleo da Caritas na paróquia do bairro do Souza é coordenado pelo pároco, padre Paulo Vitor Oliveira, auxiliado pelo voluntário Wilson Costa com um grupo de casais que atua na igreja. Ele explica que a primeira edição da campanha ocorreu no final de abril e que, como experiência, já foi bastante expressivo, pois conseguiram fazer 30 cestas básicas que foram imediatamente distribuídas entre os carentes da paróquia. “Agora é a segunda edição. Faremos esse trabalho sempre no terceiro domingo de cada mês, que é o dia da coleta, porém, as pessoas podem fazer doações em qualquer dia da semana. Basta trazer o que puder colaborar aqui na igreja ou pedir que a gente providencia para ir buscar, onde quer que seja. A gente precisa fazer as cestas, porque tem pessoas que não têm absolutamente nada para sobreviver e a fome
FOTOS: DIVULGAÇÃO
dói”, explica Wilson Costa, acrescentando que o grupo começou com poucos voluntários, mas hoje já conta com mais de 20 participantes. Segundo o coordenador do núcleo Caritas, “qualquer pessoa pode participar, basta ter a vontade de ajudar. Muita gente não tem condições de colaborar doando alimentos, mas pode se doar na ajuda na hora montar e de entregar as cestas. Todos são bem-vindos”, ressalta Wilson. PROJETOS - Outra atividade que o grupo pretende fazer, dentro em breve, será a organização de cursos profissionalizantes no intuito de reinserir no mercado de trabalho pessoas idosas que perderam o emprego desde que a pandemia se instalou no país. Serão promovidos cursos de servente de pedreiro, pedreiro, instalador de energia predial, pintura predial, além de instruções para quem quer ser garçom profissional. “Vamos começar com cursos voltados para a construção civil, já temos um engenheiro que se dispôs a nos ajudar, mas também vamos estudar sobre atividades que possam contemplar também as mulheres, que necessitam trabalhar, voltar ao mercado de trabalho”, concluiu Wilson Costa. PAINEL - Depois da criação desses cursos, será instalado, na Paróquia São João Paulo II, o painel de Oportu-
n PARÓQUIA, situada no bairro do Souza, trabalha para segunda edição da campanha
nidades & Habilidades com o fim de mostrar as oportunidades de trabalho e indicará ao lado quem tem habilidade para se aventurar nessas oportunidades. Trata-se de uma atividade da paróquia para ajudar a comunidade, dentro dos ensinamentos de Jesus Cristo quanto a atender aos mais necessitados.
SERVIÇO Para contribuir com a campanha da Caritas, procure a Paróquia São João Paulo II, localizada da avenida João Paulo II, s/nº, bairro Souza, em Belém. Mais informações: (91) 99249-7328.
n NÚCLEO DA CARITAS da paróquia, na primeira edição da campanha
Pastoral da CRIANÇA prepara atuação nas áreas missionárias de Belém
n ATUAÇÃO se dará em várias áreas missionárias
A Pastoral da Criança na Arquidiocese de Belém prepara-se para implantar núcleos de atuação desse organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nas áreas missionárias diocesanas, espaços onde a evangelização requer urgente serviços, face à criação
de novas comunidades como capelas e futuras paróquias, algumas já oficialmente instaladas, e em pleno processo de contrução e organização dos seus espaços físicos. Alicerçada na organização da comunidade e na capacitação de líderes voluntários que vivem nessas áreas,
a Pastoral da Criança, por meio de sua coordenadora arquidiocesana, Maria Eurides Borges, deu início a esse trabalho no mês passado, a partir da Área Missionária Canaã, no município de Marituba, região metropolitana de Belém. A Pastoral da Criança assume a tarefa de orientar e acompanhar as famílias vizinhas em ações básicas de saúde, educação, nutrição e cidadania tendo como objetivo o “desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso”, em conformidade com a orientação da coordenação nacional do organismo na CNBB. A coordenadora Maria Eurides esteve recentemente naquela área, promovendo pelo período de uma manhã
uma conversa inicial com os coordenadores das comunidades para tratar da implantação da Pastoral da Criança na Área Canaã. E saiu otimista do encontro. “Foi uma reunião agradável e positiva, visto que as pessoas presentes, tiveram a oportunidade de conhecer a Pastoral da Criança através das orientações da coordenação arquidiocesana. Durante a reunião com as lideranças houve apresentação das ações da Pastoral da Criança por meio de um vídeo mostrando toda a trajetória da Pastoral em 35 anos de atuação do organismo junto à Igreja no Brasil, sempre defendendo como prioridade a vida, além de detalhamento do Guia do Líder. “Sabemos que é grande a necessidade de acompanhar crianças e gestantes, desde a concepção até os seis anos de idade. É de suma impor-
tância esse acompanhamento, pois a Pastoral da Criança existe para promover o desenvolvimento das crianças à luz evangélica e com opção preferencial pelos pobres. Que possamos continuar inspirados em Maria Santíssima, a primeira missionária, exemplo que nos inspira a tomar como prioridade este desafio de implantar a Pastoral da Criança nas nossas áreas missionárias”, comenta Eurides.
NOTAS RÁPIDAS AJUDE A COMUNIDADE "SEMENTES DO VERBO"
FESTIVIDADE DE SANTO ANTÔNIO
“O amor abre-te às surpresas: o amor é sempre uma surpresa entre quem ama e quem é amado.” (Papa Francisco) – Esta citação do Santo Padre anima a promoção "Alegria do Amor", da Comunidade Sementes do Verbo. Visando arrecadar recursos para ajudar na formação de 11 seminaristas, aquela casa de formação estará disponibilizando em número limitado kits celebrativos para entrega no Dia dos Namorados,12 de junho. Para encomendar os kits, entre em contato, previamente, pelos números (91) 98277-5801 / (91) 98239-4214. Ajude a formar novas vocações na Arquidiocese de Belém! Ligue e faça seu pedido!
A Paróquia Santo Antônio de Pádua, no Coqueiro, em Ananindeua, está em festividade pelo seu padroeiro até o dia 13, à luz do tema "Santo Antônio, diletíssimo filho da Virgem Maria", à frente o pároco, padre Fabrício Albuquerque. A programação envolvendo trezena, Missas diárias, carreatas, ciclo romarias, e arraial, podem contar com a presença da comunidade, visto que estão sendo resguardados todos os cuidados sanitários contra a pandemia. A paróquia fica localizada na rodovia Mário Covas, próximo à garagem de empresas de ônibus coletivos.
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ARQUIDIOCESE
Irmãs CARMELITAS recebem visita Canônica ARCEBISPO Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, visitou Carmelo em Benevides
n DOM ALBERTO durante a visita no Carmelo
A
s irmãs Carmelitas do Carmelo Santa Teresinha, localizado em Benevi-
des do Pará, recebeu nos últimos dois dias, 8 e 9, Visita Canônica do Arcebispo Metropolitano
de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. O Mosteiro do Carmelo atualmente conta com 18 irmãs e 30 jovens em preparação vocacional e, no próximo mês de julho, completará 45 anos de instalação na Arquidiocese de Belém. Em sua origem teve instalação na casa das Irmãs Legionárias no dia 16 de julho de 1977, com missa celebrada pelo então Arcebispo Metropolitano Dom Alberto Gaudêncio Ramos. Já o início da construção do atual Mosteiro das Carmelitas em Benevides iniciou em 1980. Durante a visita do Santo Padre São João Paulo II ao Brasil, foi benta a primeira Pedra do Carmelo, na Capela do Seminário São Pio X, onde as Irmãs foram
FOTOS: DIVULGAÇÃO
n O MOSTEIRO do Carmelo atualmente conta com 18 irmãs e 30 jovens
para encontrar com o Santo Padre no dia 08 de julho de 1980, com permissão de Dom Alberto Ramos. No Carmelo está o “Coração da Igreja”,
onde as Irmãs Carmelitas vivem em orações e contemplação perpétua. É comum que o Arcebispo faça Visita Canônica, assim como de
costume realiza visita pastoral às Regiões Episcopais, Áreas Missionárias e Paróquias, faz parte do ofício do Arcebispo acompanhar seu rebanho de perto.
Síndrome de Burnout, tema na FACULDADE CATÓLICA Terça-feira, dia 15, às 15h, a Faculdade Católica de Belém (Facbel) promoverá a palestra “Síndrome de Burnout – Como lidar com o esgotamento emocional”, ministrada pelo psicólogo Rômulo Araújo Oliveira, doutorando em Stress e resiliência familiar, mestre em Psicologia Clínica e Especialista em Síndrome de Burnout. Trata-se de uma oportunidade aberta à participação do público em geral, interessado em saber mais sobre a síndrome, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. O termo em inglês “bournout” indica “esgotamento” e está associado a um estado de estresse crônico misturado à depressão, um distúrbio emocional com sensação de exaustão completa no trabalho, estresse, esgotamento físico, entre outras definições semelhantes. Os efeitos desse mal fazem a pessoa “esgotada” sofrer de ansiedade, podendo levá-la
ao isolamento, à perda de amigos, ao afastamento da família, a pedidos de demissão ou perda do emprego. A participação dos interessados na palestra é mediante inscrição, a qual poder ser feita de forma presencial na Facbel ou pelo site da instituição (https:// facbel.edu.br/sindrome-deburnout-facbel/ ) até o dia 15 de junho ao valor de por apenas R$15, porém, alunos da Facbel estão isentos do pagamento. A palestra é totalmente online e o link de acesso do participante ao ambiente virtual será enviado pelo e-mail disponibilizado no ato da sua inscrição. A carga horária é de 2h complementares. Alunos da Facbel deverão procurar os seus representantes de turma para obter o link de inscrição. Para obter mais informações, envie e-mail para extensao@facbel.edu.br ou mensagem para o número 91-984621581(WhatsApp).
JORNADA SOCIAL: convocação de um mutirão pela vida A VI Semana Social Brasileira acontece neste ano 2021 com o tema “Mutirão pela Vida: por terra, teto e trabalho” e a sociedade é convidada a renovar o compromisso pela promoção da dignidade da pessoa humana dando especial atenção à vida das pessoas sem terra, sem casa e sem trabalho. "A Arquidiocese de Belém engaja-se ao evento que visa estimular toda a sociedade brasileira para a necessidade de renovarmos o nosso compromisso com a promoção da dignidade humana dando atenção às suas necessidades básicas. O tema da Semana Social Brasileira
nos convida ao compromisso concreto de renovar o nosso olhar para os graves efeitos da pandemia nos mais variados contextos", explica o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro. A pobreza aumentou, cresceu o número dos moradores de rua, o desemprego está forjando milhões de pessoas à vivência de graves humilhações. Por outro lado, o impacto psicológico, é enorme causando em grande parte da população, uma grave situação de adoecimento mental, continua Dom Antônio. A Arquidiocese de Belém
renova seu compromisso de promoção da dignidade humana em todos os contextos, através das suas pastorais, grupos, movimentos e serviços caritativos. Mas também, aproveita essa especial ocasião para ir além das suas atividades ordinárias, convocando parceiros para a promoção da qualidade de vida, indo ao encontro daquelas pessoas que vivem na situação de vulnerabilidade social. Neste ano, considerando o contexto pandêmico, a Pastoral das Ilhas quer dar especial atenção às populações que vivem na região do baixo Acará, Cotijuba e
n PREPARATIVO da jornada envolve diversas lideranças
Outeiro. Considerando os múltiplos desafios e carências do povo, aproveitando o estímulo da Semana Social Brasileira, que se inicia no mês de agosto, queremos
promover em cada uma das referidas áreas, uma extraordinária Jornada de serviços sociais, em diversas dimensões, informa Dom Antônio.