Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CVIII - Nº 998 - PREÇO AVULSO: R$2,00

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

www.fundacaonazare.com.br

JORNADA SOCIAL em Cotijuba Após passar pelo Baixo Acará e pela Área Missionária Murinin, a Jornada encerrou na Paróquia São Francisco das Ilhas, com Missa e oferta de serviços à comunidade, atividades realizadas com a participação de diversas instituições parceiras. CADERNO 2, PÁGINA 1 FOTOS: LUIZ ESTUMANO

n PROGRAMAÇÃO do evento sob a coordenação geral do Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, que também foi o celebrante da Santa Missa no local

Paróquia Cristo Rei em JUBILEU de Ouro Paróquia realizou a abertura do ano em preparação para o seu Jubileu de Ouro em 2022.

Outeiro inicia preparativos para CÍRIO

Santa Maria de Belém celebra MISSA na TV

A Paróquia de Nossa Senhora Conceição iniciou preparativos ao seu 68° Círio, que ocorrerá em dezembro.

Celebrações pelos benfeitores ocorre sempre às 16h, todas as sextas-feiras, ao vivo da Capela Nossa Senhora de Nazaré.

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CADERNO 1, PÁGINA 6

CADERNO 2, PÁGINA 6

n PARÓQUIA CRISTO REI localizada na Guanabara, Ananindeua

n CELEBRAÇÃO presidida pelo padre Emmanuel Subba, da Paróquia Santa Maria de Belém


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OPINIÃO

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

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os domingos nas celebrações nós proclamamos que cremos em Jesus Cristo e na sua Palavra. Crer não é só aceitar como verdade, mas assumir na prática o que proclamamos. Comunhão significa união. Todos os cristãos devem viver unidos como irmãos e como filhos da família de Deus. Jesus insistiu muito para ficarmos unidos a ele e aos irmãos como os ramos ficam unidos ao tronco da árvore. Quem se isola ou se separa da Igreja, seca, morre e apodrece – Jo 15, 1-6. São Paulo diz que devemos estar unidos a Cristo e aos irmãos como os membros estão unidos à cabeça e ao corpo. Sem unidade, um

PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ (antoniomattiuz@gmail.com)

CURSILHO DE CRISTANDADE

Creio na comunhão dos santos membro não serve para nada a não ser para apodrecer (1Cor 12, 12-27). Santos – significa diferente dos pagãos e parecidos com Cristo. Os santos formam a família de Deus. Por isso eles rezam Pai nosso e não Pai meu. No início da Igreja os seguidores de Cristo eram chamados ‘santos’ porque eram diferentes dos pagãos. Na Antioquia foram chamados

A

o nascer dependemos de outras pessoas, sejam nossos pais ou cuidadores, mas, com o decorrer do tempo, vamos, necessariamente, aprendendo a cuidar de nós mesmos e sermos mais independentes, em todos os aspectos: físico, alimentar, financeiro e, também, no emocional! A independência emocional tem a ver com a forma como você permite que as situações externas afetem o seu interior. Podemos começar perguntando: Será que você consegue ser livre emocionalmente, centrado em você ouestá sendo tão emocionalmente dependente a ponto de sua paz e equilíbrio estarem do “lado

‘cristãos’. Esse nome pegou e é usado até hoje. Os ‘santos’ ou os cristãos estão em três situações diferentes: na terra (militantes), no céu (triunfantes) ou no purgatório (padecentes). Mesmo assim formam a mesma e única Igreja, estão unidos entre si, e podem ajudar-se mutuamente. Os cristãos da terra podem ajudar os cristãos do purgatório. Os cristãos do paraíso e do

purgatório podem ajudar os cristãos da terra. É por isso que na missa nós recordamos todos eles, e nos unimos a eles nas súplicas, nos louvores e nas preces. A Eucaristia nos dá vida e unidade com Cristo e entre nós. Nela nós comemos e bebemos o próprio Cristo para nos embeber do seu espírito, da sua mentalidade, dos seus planos e das suas preocupações.

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

Independência emocional de fora”, nas circunstâncias externas? Conquistar a independência emocional é um processo diário e importante para a saúde mental posto que a medida dos impactos externos em você está em você mesmo. E essa conquista permitirá que você assuma as devidas responsabilidades e consequências relacionadas às suas decisões e escolhas, ao

invés de ficar “culpando” ou “responsabilizando” os outros por situações que você hoje possa estar vivendo. Então, vamos a algumas reflexões que pedem ajudar no desenvolvimento da independência emocional: Assuma a responsabilidade pelo que você faz com sua vida: o mundo, infelizmente, é cheio de injustiças e estagnar

na reclamação ou na culpa, não levará a nenhuma resposta ou mudança, mas somente à revolta interna, ao “vitimismo” e ao “coitadismo”; tome as rédeas da sua vida, corra os riscos dos fracassos e siga em frente! Foque em você: invista tempo em você, conheça-se, crie um propósito de vida e a partir disso, estabeleça seus objetivos

A unidade, a fraternidade e a solidariedade dos católicos é grande, mas em alguns precisam crescer mais. Por exemplo: na ajuda das capelas e paróquias mais ricas para as mais necessitadas; na ajuda solidária aos pobres, famintos e necessitados; na visita e conforto aos doentes... Quem crê na comunhão dos santos tem também a missão de agir para que essa união se fortifique sempre mais entre os cristãos. O Cursilho de Cristandade é excelente meio que o Espírito Santo nos fornece para sermos santos como Jesus disse: “Sede santos porque também o vosso Pai é Santo”. e projetos. deixe de “perder tempo” reclamando do que o outro não fez por você ou ocupando-se do que o outro está fazendo, construindo e mostrando nas redes sociais. Use o seu tempo para seu crescimento e desenvolvimento! Valorize-se e crie imunidade emocional: exercite o autoconhecimento, identifique suas forças, seus pontos fortes – acredite, todos temos! Por vezes, passando por situações de sofrimento chegamos a desacreditar de nós mesmos e acabamos nos inferiorizando, nos diminuindo. Esquecemos que todos os seres humanos temos qualidades e temos pontos a melhorar e desenvolver, essa é a jornada de desenvolvimento, a vida!

Conferência do padre JOÃO Mendonça em Belém VIGÁRIO da Catedral apresenta livros sobre espiritualidade de Madre Tereza e Teologia Trinitária

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enho sede: 40 dias com Madre Teresa de Calcutá”, de autoria do padre Joseph Langford, e “Deus Uno e Trino: uma introdução à Teologia Trinitária”, autoria do padre João Paulo de Mendonça Dantas (reedição revisada) são tema da conferência “As raízes trinitárias da sede de Deus, evento no dia 22, às 19h, no Salão dos Pontificais da Catedral Metropolitana de Belém. As duas obras católicas, recentemente publicadas pela editora “Cultor de Livros”

serão apresentadas pelo padre João Paulo, Vigário da Sé Catedral. A conferência interligará as temáticas centrais tratadas nas duas obras e serão detalhadas pelo padre João Paulo, professor de Teologia Sistemática da Faculdade de Teologia de Lugano, Suíça, e da Faculdade Católica de Belém. O evento será em formato híbrido, leia-se, presencial, obedecidas as limitações exigidas pelas autoridades sanitárias, e virtual, com transmissão ao vivo pelo canal da Catedral Metropolitana de SALIM WARISS

n PADRE João Paulo de Mendonça Dantas

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

Belém do YouTube. “Tenho sede: 40 dias com Madre Teresa de Calcutá” Escrito pelo Pe. Joseph Langford, sacerdote cofundador (juntamente com Madre Teresa) da “Congregação dos Padres Missionários da Caridade”, o livro menciona Santa Teresa de Calcutá, conhecida por seu amor e trabalho “entre os mais pobres dos pobres”. Mas qual foi sua motivação mais profunda? O que a levou a viver uma vida de radicalidade total? O livro “Tenho sede: 40 dias com Madre Teresa de Calcutá” responde a essas perguntas e também oferece ao leitor um itinerário de 40 dias com a santa dos pobres, ajudando-nos a crescer em intimidade com Deus. São 40 meditações, uma para cada dia, as quais foram reunidas nessa significativa de cunho espiritual. A obra

DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva

contém notas inéditas do autor que foram utilizadas em retiro sobre a espiritualidade de Madre Teresa, por ele regularmente pregado tanto para a “Congregação das Missionárias da Caridade” como para muitos outros grupos de religiosos e leigos. Padre Joseph Langford diz a respeito da temática do livro “Tenho sede...”: “É esta dupla sede, a de Deus pela humanidade e a de cada um de nós por Deus, a que Madre Teresa experimentou internamente e buscou comunicar a todos os que encontrava e tocava.”

fruto na descoberta” do que a doutrina da Trindade, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Iluminado por essas palavras do Doutor da Graça e animado pela necessidade real de oferecer, em língua portuguesa, uma síntese da doutrina bíblica, teológica e magisterial da doutrina trinitária, padre

Deus Uno e Trino: uma introdução à Teologia Trinitária Conforme Santo Agostinho, “nenhuma questão existe que ofereça mais risco de erros, mais trabalho na investigação e mais

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

João Paulo Dantas, doutor em Teologia Dogmática pela Faculdade de Lugano, Suiça, decidiu empreender uma pesquisa que o levou à apresentação deste pequeno manual. Nele, o autor mostra os fundamentos bíblicos e a evolução histórica da doutrina trinitária até a teologia contemporânea.

SERVIÇO CONFERÊNCIA “AS RAÍZES TRINITÁRIAS DA SEDE DE DEUS” CONFERENCISTA: Pe. João Paulo de Mendonça Dantas DATA: 22 de setembro - 19h LOCAL: Salão dos Pontificais (Catedral de Belém) TRANSMISSÃO AO VIVO: youtube.com/catedraldebelem Entrada gratuita INFORMAÇÕES: (091) 2121.3724/98559.1150 (WhatsApp)

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

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escola com a qual Jesus formou seus discípulos acontece ao longo do caminho, aproveitando os encontros com as pessoas e as eventuais falhas e perguntas de seus escolhidos (Mc 9, 30-37). O ambiente é da Galileia, vizinhança do paganismo, lugar provocante e desafiador para todos. Os discípulos tinham sido chamados, em sua maior parte, dentre a população das pequenas aldeias da região, vários deles pescadores curtidos pelo vento, o sol e o trabalho, portadores de muitas esperanças, cultivadas por séculos por todo o povo de Deus. Eram alunos de uma escola, destinados a amadurecerem como discípulos e apóstolos.

É necessário voltar à Escola de Jesus, aprender o beabá do Evangelho, começar a amar o próximo, escolher o serviço humilde, partilhar os bens O Mestre não quer propaganda, mas convivência respeitosa dos processos vividos pelo seu grupo de aprendizes de apostolado. Era tempo de cuidado especial com aqueles que escolhera. A eles, mais uma vez anuncia Jesus a dura realidade da paixão, morte e ressurreição. Era grande a dificuldade que para

CONVERSA COM MEU POVO entender esta etapa da formação, pois o projeto que traziam na mente era diferente, pela situação de opressão e sofrimento vivida por todo o povo da época. Era, como dizemos hoje, um grande “sufoco” que aguardava uma saída, e eles eram homens do povo, embebidos da mentalidade corrente, que os levava a aguardar um libertador poderoso. Sinal de que as pretensões incluíam um projeto de poder foi a discussão a respeito de quem era maior. Sabemos que os detalhes incluem um pedido de Tiago e João, acompanhados de uma mãe solícita, mas trazem consigo também o ciúme e a inveja do resto do grupo. Jesus lhes revela os critérios de seu Reino, com palavras diretas: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos, aquele que serve a todos” (Mc 9, 35). Era a inversão de tudo o que humanamente desejavam. De lá para cá, os discípulos de Jesus encontrarão sempre a oportunidade para mudar a mentalidade, o que se chama conversão! “Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: ‘Quem acolhe em meu nome uma destas crianças, a mim acolhe. E quem me acolhe, acolhe, não a mim, mas Àquele que me enviou’” (Mc 9, 36-37). O Senhor aponta um novo e revolucionário critério, que inclui crianças, pobres, cegos, coxos e aleijados, surdos e mudos, pecadores, marginalizados em geral, como encontramos em outras etapas da formação dos discípulos. Não é difícil encontrar as muitas lições a serem colhidas para a escola da vida a ser percorrida em nossos dias. Quando

LIÇÕES do caminho

DIVULGAÇÃO

n AS CRISES de toda ordem pelas quais passa nosso mundo foram plantadas pela liberdade humana

não se vive a Palavra de Deus, quando os critérios são pautados pelo egoísmo, ou a sociedade constrói casas e estradas baseadas na exploração dos mais pobres, com a vergonhosa situação de desigualdade existente em nosso tempo, o resultado não poderia ser outro além do que estamos assistindo. Se muitos dizem que o dinheiro sumiu, é hora de perguntar sobre o seu destino! Se todos mergulharam no engano do consumo proposto nos anos recentes, agora alguém (nós!) deve pagar a conta. Infelizmente não se veem sinais de humildade e reconhecimento das falhas da parte dos responsáveis pela situação de nosso país. A Liturgia da Igreja nos oferece, neste final de semana, palavras muito fortes, vindas da boca e da experiência de um dos apóstolos do Senhor, São Tiago (3, 16-4,3) que parecem escritas para nossos dias: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. A sabedoria, porém, que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia

e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, precisamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais, fomentais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão por que não possuís está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois o que pedis, só quereis esbanjá-lo nos vossos prazeres”. As crises de toda o rd e m p e l a s q u a i s passa nosso mundo foram plantadas pela liberdade humana, com as escolhas feitas no correr do tempo. Quando se planta egoísmo, os frutos não podem ser diferentes dos que estamos colhendo. Quando a sociedade se divide e apenas busca os culpados pelos problemas sempre do outro lado da rua, e n ã o dentro da própria casa, as consequências vão sempre aparecer. Se nos assustam as cenas de centenas de milhares de refugiados que se movimen-

tam hoje pela Europa, com países que precisam urgentemente acolher os mais sofredores, sabemos que os meios de comunicação mostram a cada momento um bem estar que atrai gente de toda parte. Não dá para expor ao mundo inteiro e continuar dizendo que só uns poucos continuam privilegiados. Vai continuar a invasão de povos chegados de outras regiões do mundo, trazendo seus hábitos, sua cultura, suas práticas religiosas! Os resultados vão aparecer nos próximos anos. Pode soar ingênuo, da parte de nós cristãos, pensar ou dizer que a acirrada competição, em todos os níveis, tem gerado o quadro social de desigualdade terrível em nosso país, mas basta olhar ao redor, para identificar que as lições do caminho, oferecidas por Jesus, foram desprezadas ou esquecidas, em nome de um progresso, cujo nome é consumo, correria, prazer desenfreado, vícios de todos os tipos, liberação das drogas, corrupção deslavada, governantes irresponsáveis, que não assumem os erros cometidos. Pelo visto, a escola foi outra! E não haverá

mudanças, senão naquele que é caminho, verdade e vida! Os cristãos são chamados a acreditar na força de uma minoria feita fermento, sal e luz, e começar de novo, a cada dia! É necessário voltar à Escola de Jesus, aprender o beabá do Evangelho, começar a amar o próximo, escolher o serviço humilde, partilhar os bens, abrirse à vida da Igreja, voltar à Comunidade Paroquial, retomar a oração diária. Receitas simples? São as lições do caminho, cheias de surpresas positivas! São as lições do caminho, cheias de surpresas positivas

Não é difícil encontrar as muitas lições a serem colhidas para a escola da vida a ser percorrida em nossos dias


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IGREJA

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)

MISCELÂNEA

Um PEQUENO grande livro (36)

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ontinuamos a ver o que se diz na carta de oito de maio de dois mil e vinte, uma sexta feira, do pastor batista Henrique Vieira ao monge beneditino Marcelo Barros, a propósito do episódio de Jesus no

Sabemos que os evangelhos são memórias contadas a partir de uma declaração de fé

Monte das Oliveiras. Então, escreve Henrique Vieira, Ele foi para o lugar de suas orações, onde tantas vezes já havia conversado com Deus. Mas dessa vez Ele foi triste. Se ajoelhou e pediu para não morrer. Um anjo apareceu para lhe (sic!) confortar, uma epifania. Ainda assim, continua o pastor batista, a angustia era tão grande que Ele chegou a suar sangue. Jesus está ali de joelhos com toda a humanidade, experimentando o drama da condição humana. Jesus de fato foi preso, interrogado, sentenciado, condenado, humilhado, torturado e executado. Na cruz, segundo a memória do evangelho: “e à hora nona Jesus exclamou em alta voz: Eloi, Eloi. Lama, Sabctani?”

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hoje é tudo. Devo dizer ao leitor, por uma questão de honestidade intelectual, que este texto consta inteiramente de citações. Shalom!

Jesus no Monte das Oliveiras

n JESUS no Monte das Oliveiras

(Marcos 15, 34). Que traduzido é: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” O teólogo e amigo Leonardo Boff me ajuda a entender a beleza e a profundidade desse texto. Jesus se entregou em confiança na bondade de Deus. Mesmo se sentindo abandonado (sentimento radical-

mente humano), afirma: “Deus meu, Deus meu”. Ao fim, Jesus exclama: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. No último segundo da sua vida, Jesus sentiu que apesar de tudo, o sentido da sua vida havia se realizado: o propósito de viver por amor. E por isso

ele pôde se entregar totalmente a Deus. Sabemos que os evangelhos são memórias contadas a partir de uma declaração de fé, não são textos históricos precisos, e é essa a minha interpretação: Jesus passou pela angústia, pelo medo e sentiu-se abandonado, mas insistiu na bondade, amou até o fim.” Por

Se ajoelhou e pediu para não morrer. Um anjo apareceu para lhe (sic!) confortar, uma epifania

Curso de DESIGN gráfico na Faculdade Católica A Faculdade Católica de Belém (Facbel) abriu nova turma do curso de Design Gráfico, com o professor Pe. Alan Henrique, graduado em Design gráfico e Pós-graduado em Direção de Arte. As aulas voltarão ao formato presencial e serão todas as quartas e sextas feiras,

iniciando sempre às 15h, na sala de informática da Facbel. O Curso de Extensão “Design Gráfico e Digital Lite” tem como meta fornecer conhecimento básico a nível teórico e prático sobre a área de Design Gráfico e Digital e sua importância para a Nova Evangelização.

A Facbel oferecerá conhecimento básico sobre a área do Design gráfico e digital a qualquer pessoa interessada, bem como apresentar uma ferramenta eficiente e eficaz para o processo de evangelização da Igreja dentro da dinâmica da Nova Evangelização apresentada

pelos últimos papas. São 25 vagas ofertadas nos encontros duas vezes por semana de forma presencial, respeitando todos os protocolos de segurança. Não perca tempo, você pode fazer a sua inscrição de forma presencial na Facbel ou pelo site facbel.edu.br

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 9,30-37

30Jesus e seus discípulos atravessaram a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. 32Os discípulos, porém não compreendiam essas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentouse, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”. 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçan-

do-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher está acolhendo não a mim, mas aquele que me enviou”. B) COMENTÁRIO

“Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” (v 35). Na vida há sempre o empenho da competição para ser o primeiro. Qual é a técnica de ser o primeiro no reino pregado e vivenciado por Jesus? Claro que o natural é buscar ganhar e nunca perder. Porém Jesus dizia que quem perdesse a sua vida, por razão dele ou do evangelho, iria ganhar, iria salvarse (Mc 8,35; Mt 10,39; 16,25; Lc 9,24). O que mais conta na vida é a razão pela qual fazemos as coisas, motivos que nos levam a agir desta ou daquela maneira. O modo de fazer e viver

como o Cristo ensinou, é certeza de vitória. Jesus é mestre das multidões e de um grupo todo especial, uma equipe seleta de doze homens: os apóstolos. Quando ele instrui a massa humana, o faz abertamente; no entanto muda de tática ao instruir aqueles que continuarão a sua obra; ele complementa o ensinamento em particular, em casa com eles (Mc 4,10-12; Mt 13,10-16). E neste sentido entende-se que Jesus ao sair com seus alunos pela Galileia “não queria que ninguém soubesse disso, 31 pois estava ensinando a seus discípulos” (v 30-31) e almejava estar a sós com eles. E então ele procura trabalhar na mudança da mentalidade que se tinha sobre o Messias descendente do rei Davi, o Cristo “filho de Davi” esperado, que seria uma figura dominadora, de força e determinação nas condições de superar qualquer

jugo, principalmente no domínio do político e social a bem do povo de Israel. Porém vendo que Jesus ensina a humildade e anuncia o sofrimento, ficam decepcionados mesmo com a ideia da ressurreição, que não consegue levantar os ânimos deles. E além do mais, entre eles se cultiva a rivalidade ou competição de um querer ser mais que o outro (v 34). E aqui o mestre apresenta a necessidade de uma conversão no pensamento e na ação, no desejo: “quem quiser, pode conseguir; quem quiser ser o primeiro, que seja o último”. O mestre expressa suas ideias em gestos e assim o fez: “pegou uma criança, colocou-a no meio deles” (v 36) e deu o seu recado. Quem acolhe uma criança, acolhe a Jesus e consequentemente o Pai. O vínculo se estabelece entre todos quando praticamos o bem.

n 17/09 – SEXTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - 1Tm 6,2c-12 Salmo - Sl 48,6-10. 17-20 Evangelho - Lc 8,1-3 n 18/09– SÁBADO Cor: Verde 1ª Leitura - 1Tm 6,13-16 Salmo - Sl 99,2-5 Evangelho - Lc 8,4-15 n 19/09 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Sb 2,12.17-20 Salmo - Sl 53,3-6.8 2ª Leitura - Tg 3,16-4,3 Evangelho - Mc 9,30-37 n 20/09 – SEGUNDA-FEIRA Cor:Vermelho

1ª Leitura - Esd 1,1-6 Salmo - Sl 125,1- 6 Evangelho - Lc 8,16-18 n 21/09 – TERÇA-FEIRA Cor: Vermelho 1ª Leitura - Ef 4,1-7.11-13 Salmo - Sl 18,2-5 Evangelho - Mt 9,9-13 n 22/09 – QUARTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Esd 9,5-9 Salmo - Tb 13,2- 5.8 Evangelho - Lc 9,1-6 n 23/09 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Ag 1,1-8 Salmo - Sl 149, 1-6a.9b Evangelho - Lc 9,7-9


5 BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

CATEQUESE no Catecismo da Igreja Católica (parte 5) INTRODUÇÃO

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Catecismo da Igreja Católica (CIC) é uma exposição sistemática da doutrina Católica publicado no ano de 1992. A apresentação do seu conteúdo está organizada em quatro partes, a saber, a fé professada (a explicação do Credo), a fé celebrada (a apresentação da liturgia da Igreja), a fé vivida (a moral ou exigências dos mandamentos) e a fé rezada (a vida de oração da Igreja). As bases que fundamentam toda essa

A catequese sensível à dimensão é uma catequese do Espírito Santo, Mestre interior da vida segundo Cristo, doce hóspede e amigo que inspira apresentação são: a Sagrada Escritura, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. As definições desse conteúdo constituem a riqueza do pensamento da Igreja sobre os mais variados assuntos e dimensões da vidada pessoa humana, da Igreja e da sociedade. Vale a pena todo bom católico conhecêlo na sua integridade, mais ainda para aqueles que servem na Igreja através da promoção da Catequese. Neste quinto artigo desta série sobre a catequese queremos lhe convidar a se interessar sobre a apresentação da catequese no Catecismo da Igreja Católica.

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A catequese e a transmissão da fé A definição de catequese presente no CIC é ampla. Dessa forma a catequese é vista como um “conjunto de esforços empreendidos na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crerem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, por meio da fé, tenham a vida em nome dele, para educá-los e instruílos nesta vida, e assim construir o Corpo de Cristo” (CIC, 4). “A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, a qual compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim deos iniciar na plenitude da vida cristã” (CIC, 5). “A catequese se articula em torno de determinado número de elementos da missão pastoral da Igreja que têm um aspecto catequético e que preparam a catequese ou dela derivam: primeiro anúncio do Evangelho ou pregação missionária para suscitar a fé; busca das razões de crer; experiência de vida cristã; celebração dos sacramentos; integração na comunidade eclesial; testemunho apostólico e missionário” (CIC, 6). O “símbolo da fé”, que é a coletânea das principais verdades da fé, é o ponto de referência primeiro e fundamental da catequese (cf. CIC, 188). A Catequese ensina e aprofunda o sentido daquilo no qual a Igreja acredita, celebra, vive e reza.

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Cristo é o centro da catequese O CIC afirma com muita firmeza que ao centro da catequese encontramos essencialmente uma Pessoa, a de Jesus de Nazaré, Filho único do Pai, que sofreu e morreu por nós e agora, ressuscitado, vive conosco para sempre... Por isso, catequizar é desvendar na Pessoa de Cristo todo o desígnio eterno de Deus que nela se realiza. E procurarcompre-

ender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais realizados por Ele. A finalidade definitiva da catequese é levar à comunhão com Jesus Cristo: só ele pode conduzir ao amor do Pai noEspírito e fazernos participar da vida da Santíssima Trindade (cf. CIC, 426). “Na catequese, é Cristo, Verbo Encarnado e Filho de Deus, que é ensinado - todo o resto está em relação com Ele; e somente Cristo ensina; todo outro que ensine, fá-lo na medida em que é seu porta-voz, permitindo a Cristo ensinar por sua boca” (CIC, 427). Consequência direta desse compromisso é que todo catequista é chamado a fazer o maior esforço possível para conhecer a pessoa de Jesus Cristo, para ser fiel no seu ministério a Igreja. Dessa forma, não ensinará uma doutrina própria e estará em sintonia com Jesus que disse: “Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou” (Jo 7,16). O CIC adverte os catequistas dizendo-lhes que não se trata de um conhecimento racional da pessoa de Jesus Cristo, mas de um envolvimento afetivo, amoroso com a pessoa do filho de Deus, do qual brota o desejo de anunciá-lo aos outros (cf. CIC, 428-429).

A catequese tem como missão desenvolver todas as riquezas do mistério de Cristo e circunstâncias da sua vida (cf. CIC, 513). Por isso é necessário que sejam capacitados, que tenham adequada formação na dimensão bíblica, comunicativa, pedagógica e dessa forma tenham a competência e o prestígio para poder servir com seriedade respeitando a integridade da fé (cf. CIC, 906-907).

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Catequese e liturgia O processo de formação catequética deve dar especial atenção à liturgia. “A liturgia é o ápice para o qual tende a ação da Igreja, e ao mesmo tempo é a fonte dondeemana toda a sua força. Ela é, portanto, o lugar privilegiado da catequese do povo de Deus”. “A catequese está intrinsecamente ligada a toda ação litúrgica e sacramental, pois é nos sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Cristo Jesus age em plenitude para a transformação dos homens” (CIC, 1074). A Catequese litúrgica tem como função estimular o processo de compreensão do sentido da celebração dos sacramentos e dossacramentais. A catequese da liturgia é importante porque

favorece aos fiéis catequizandos, desde cedo, vivenciarem a liturgia com mais consciência do significado de cada gesto, símbolo, rito.

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Catequese e moral Outra questão muito significativa colocada pelo CIC, com muita clareza e insistência, é a profunda relação que existe entre catequese e moralidade (cf. CIC 1454). A fé tem consequências morais, ou seja, deve qualificar a vida do discípulo de Jesus Cristo através da vida prática do Amor a Deus e ao próximo. A catequese deve apresentar com clareza aos catequizandos o caminho da salvação. Isso significa estimulá-los a dar importância às decisões morais em vista da vida eterna. “Há dois caminhos, um da vida e outro da morte; mas entre os dois há grande diferença”. Importa, na catequese, revelar com toda clareza a alegria e as exigências docaminho de Cristo. Trata-se da catequese da “vida nova” (Rm 6,4) em Cristo que significa estimular o catequisando a identificar-se com a pessoa de Cristo percorrendo um caminho de santidade. A catequese sensível à dimensão é uma catequese do Espírito Santo, Mestre in-

terior da vida segundo Cristo, doce hóspede e amigo que inspira, conduz, retifica e fortifica esta vida” (cf. CIC, 1697); uma catequese da Graça, pois é pela Graça que somos salvos, e é pela Graça que nossas obras podem produzir frutos para a vida eterna; uma catequese das bemaventuranças, pois o caminho de Cristo se resume às bemaventuranças, único caminho para a felicidade eterna, à qual o coração do homem aspira; uma catequese do pecado e do perdão...; uma catequese das virtudes humanas, que faz abraçar a beleza e a atração das retas disposições em vista do bem; uma catequese das virtudes cristãs da fé, esperança e caridade, que se inspira comprodigalidade no exemplo dos santos; uma catequese do duplo mandamento da caridade desenvolvido no Decálogo; uma catequese eclesial, pois é nos múltiplos intercâmbios dos “bens espirituais” na”comunhão dos santos” que a vida cristã pode crescer, desenvolver-se e comunicar-se; uma catequese centrada em Jesus Cristo, que é “ocaminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6) (cf. CIC, 1867.1698.1972). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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Como o CIC define a Catequese? Qual é a relação entre catequese e liturgia? Porque a Catequese deve se interessar pela dimensão moral? Apresentação da catequese no Catecismo da Igreja Católica

A catequese deve apresentar com clareza aos catequizandos


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

FAMÍLIA NAZARÉ

FamíliadoNazaré na ORAÇÃO da Paróquia Santa Maria bairro da Terra Firme reza pelos benfeitores da evangelização PARÓQUIA

n PÁROCO e demais membros da Paróquia Santa Maria de Belém

n PARTICIPANTES da celebração eucarística

S

eguindo alinhada às recomendações das autoridades, concernentes à pandemia, a Arquidiocese de Belém, celebrou, mais uma vez, no dia 10, a Missa em Ação de Graças pela Família Nazaré, os benfeitores da evangelização realizada pela Fundação Nazaré de Comunicação. Transmitida ao vivo, direto da Capela Nossa Senhora de Na-

zaré, situada nas instalações da Fundação, a celebração foi presidida pelo padre Emmanuel Subba Rao Giddi, pároco da Paróquia Santa Maria de Belém, situada na Terra Firme, em Belém. As celebrações pelos benfeitores acontecem sempre às 16h, todas as sextas-feiras, transmitidas ao vivo pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30. A Santa Mis-

sa também pode ser acompanhada, simultaneamente, pelas redes sociais da Fundação Nazaré, por onde o povo de Deus pode interagir A homilia de padre Subba centrou-se no tema do discipulado e na atitude do julgamento, ao meditar sobre as

leituras sagradas e sobre aquele que segue Jesus Cristo e, como o Mestre, procura seguir seu modelo de comportamento pessoal e fraterno. E conclamou a todos, a vivência do amor misericordioso no cotidiano da Igreja. “Todos nós, que seguimos Cristo como modelo perfeito de cristão, deveríamos prestar atenção nesta Palavra: Jesus chama de cegos aqueles que julgam os outros sem olhar para seus próprios defeitos”. O sacerdote continuou: “Jesus nos ensina que devemos ter o hábito da introspecção antes de dizer a um irmão que ele tem algo a ser corrigido. Ele refere-se aos elementos cisco e trave, como ensinamento de que devemos olhar sempre primeiro para nós. A Igreja nos ajuda com o Sacramento da Confissão. E para livrar-nos do julgamento alheio, possamos viver sempre com o olhar puro e misericordioso de Nosso Senhor. Assim, podemos encher a vida humana de com o amor e a paz de Cristo”. Seguiu-se o rito da Comunhão. Padre Subba agradeceu à Fundação Nazaré de Comunicação pela oportunidade de rezar pelos benfeitores da evangelização. “Esta-

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

n PADRE Emmanuel Subba Rao Giddi

mos aqui, rezando pelos irmãos benfeitores junto com a Paróquia Santa Maria de Belém, onde sou pároco. Aqui está a equipe da Liturgia, representando toda a nossa paróquia”. PIME – Padre Subba apresentou-se também aos fiéis. “Venho de um país longe, a Índia. Lá, eu era professor da escola média, quando, maravilhosamente, Deus me chamou a ser sacerdote e levar a sua mensagem de amor pelo Evangelho

aos confins da terra. Estudei nove anos e fui ordenado na Catedral de Milão, pois foi lá que estudei”, contou. Ele atua pelo Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), organismo da Igreja em missão no Brasil desde 1946. Padre Suba ordenou-se em Milão, na Itália, em 1918, e foi destinado às missões do PIME, sendo designado a servir na Igreja no Brasil, onde chegou em 2019, e atualmente é o pároco da Paróquia Santa Maria de Belém.

Grupo responsável pela missa na próxima semana, dia 24/9: Encontro de Casais com Cristo da Paróquia São José de Queluz

NOSSOS ANIVERSARIANTES Raimunda Melo de Oliveira Maria de Nazaré Pena Bahia Raimunda de Souza Falcão Regina de Souza (In Memorian) Maria de Fátima Ferreira de Sousa Raimundo Álvares Moreira Junior Regina Anaissi Luiz Carlos Pinto de Carvalho Roberto Carlos Dantas Andrade Ristiane Chagas Ximenes Moreira Cristiane Ximenes Benieriton Monteiro Barbosa Raimunda Fernandes Mendes Georgina Souza Lima Jocelina Cravo da Costa Maria do Perpétuo Socorro Silva Almeida Amélia Tavares Xavier Márcia Conceição Oliveira e Silva Maria Tereza Gurgel Murta Arquimimo de Oliveira Cardoso Junior Lucimar Auxiliadora Monteiro Lima Paes Neusalina do Socorro Monteiro Muribeca Jose Luiz Rodrigues Matos Andrea Solon Maria Zenaide Sampaio Batista Januaria Constancia da Costa Almeida Manoela Marroquim de Sousa Bernadete Maria Pereira Lima Claudionor Cardoso de Carvalho Maria Silva Gurjão Augusto Daniel Barata Ferreira Ângela Maria Maués

Maria do Socorro Bastos Bitencourt Raimundo Germano Silva de Amorim Ana Cristina da Silva Tavares Laelcio Pereira da Silva Rita de Cássia Pinheiro Souza Rejane Nazaré Santos de Souza Kellen Cristine Souto Silva Danin Neyla Rosa Nascimento Laranjeira Casal Marco Antonio Texeira e Ciane Helena do Nascimento Cardoso Nazaré Lima de Melo Benedita Rosiclair Corrêa Pinheiro Alaíde Maria Ferreira Elizabeth de Fátima Portugal Roberto Porpino de Oliveira Nelson Oliveira da Costa Ana Maria Soares Pinho Fernandes Lavínia Pereira Coutinho Socorro de Nazaré Martins Belarmino Ivani Silva Pamplona Gilcelia Melo Costa Filogenia Pinto Maria Solange Costa de Souza Marlene Torres de Lemos Raimundo Passos de Souza Raimunda Fátima Costa Martins Raimunda das Graças Gomes dos Reis Raimundo Nonato Silva Nobre Leonice Lima Silva Celso Alves de Oliveira Giacomo Aleo

Maria Santiago Monteiro Telma do Carmo Corrêa Sergio Ferreira dos Santos Francisca Silva Ribeiro Maria Auxiliadora Cardoso Simone Amador do Nascimento Waldery Ferreira Arraes Alberto de Sousa Cordeiro Romany Afonso Duarte Jardelina Rodrigues de Oliveira Mercedes Monteiro de Araújo Moacir Dias da Silva Augusta Ribeiro de Almeida

Teclalina de Lima Raiol Celina Silva do Rozario Tecla do Carmo Barbosa e Silva Jose Wilson e Marília Coelho de Souza Aria de Betânia Paes Rodrigues Maria do Perpetuo Socorro Leão Cunha Lopes Sandra Lucia Lima do Nascimento Maria Alice da Silva Lopes Leila Maria de Queiroz Pinheiro Antonio Marques Secco Neto Joyce Da Silva Macedo Brabo Bruno Delano Chaves do Nascimento Eliana Campos Pojo Luiza de Nazaré Almeida Lopes Ronivaldo Pereira

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 17/09 – Diác. Benedito Balieiro da Silva 18/09 – Diác. Milber das Merces Corrêa Dias 21/09 – Pe. Frei Francineto Alves Pinheiro 21/09 – Pe. Mark Anthony Baquero Pondoc 22/09 - Pe. Olímpio Rhotem 23/09 – Pe. Edilson Moreira da Silva 23/09 – Pe. José Maria da Silva Santos 23/09 – Diác. José Wilson de Souza

n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 17/09 – Diác. Emanuel Nazareno Martins Brito 17/09 – Pe. Paolo Andreolli 21/09 – Diác. Amarildo de Jesus Lameira Moraes 21/09 – Diác. Ronald Augusto Barra Cordeiro 23/09 – Diác. João Fabiano Tavares de Souza


BELÉM, DE 17 A 23 SETEMBRO DE 2021

CADERNO DOIS

ENCERRRAMENTO do Mutirão pela vida FOTOS: LUIZ ESTUAMANO

EM COTIJUBA, Arquidiocese de Belém en-

cerrou a Jornada Social da Pastoral das Ilhas

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exemplo das anteriores, a Arquidiocese de Belém concluiu dia 11, a Jornada Social (Mutirão pela vida) em Cotijuba. É a participação da Igreja particular de Belém na VI Semana Social Brasileira, mobilização nacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o tema “Mutirão pela vida: por terra, teto e trabalho”. Após passar pelo Baixo Acará e pela Área Missionária Murinin, a Jornada encerrou-se na Paróquia São Francisco das Ilhas, tendo como anfitrião o padre Joseildo Zeferino. Missa e serviços à comunidade foram ofertados com participação de diversas instituições parceiras, coordenadas pelo Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis. "Quisemos participar Semana de modo intenso. A Arquidiocese de Belém levou a Jornada Social para a parte mais afetada por este período de pandemia, que tem tornado tudo mais difícil para todos, mas, certamente, a região das ilhas, foi muito mais impactada”, observa o bispo Dom Antônio. "Fortalecemos também a fé com Missa, Confissão, atendimento e orientação ao povo de Deus, propiciadas pela Arquidiocese de Belém", completou o bispo. A ginecologista Iliana Ramos, mexicana, é uma das voluntárias. “Sempre tiro um tempo

de minha vida pessoal para deixar o México e sair para onde há necessidade dos meus serviços. Gosto muito de vir ao Brasil, já é a segunda vez que venho para a Amazônia. Na primeira vez, fui a uma aldeia indígena”, conta a médica, que também já atuou, voluntariamente, em unidades da Fazenda Esperança. A ilha Boa Vista, no Baixo Acará, recebeu a jornada na Igreja Santa Maria; a Igreja São Francisco de Assis, no Murinin, recebeu o mutirão na Área Missionária Benfica, em Benevides, motivanado a Paróquia São Francisco das Ilhas, em Cotijuba, a fazer o mesmo. “A Jornada Social foi, para nós, a atividade escolhida para, primeiramente sensibilizar a sociedade a nos ajudar a levar esses serviços para os

n SANTA MISSA em Cotijuba, o começo da última de três jornadas

nossos irmãos que vivem longe da área central de Belém e, por isso, enfrentam grandes dificuldades. Graças a Deus, muitas instituições aderiram, e conseguimos levar às comu-

nidades uma boa prestação de serviços”, relata o diácono Raimundo Nonato, presidente da Caritas Arquidiocesana de Belém, que esteve à frente do mutirão.

Cássio Lobato, que participou da jornada em Cotijuba. “A Arquidiocese de Belém chegou com essa jornada e nos ajudou muito", constatou o morador da ilha.

n EQUIPE arquidiocesana atavessou de barco até a ilha de Cotijuba para realizar a Jornada

n ATENDIMENTOS em saúde e emissão de documentos foram parte dos serviços oferecidos à comunidade

n BEM ESTAR, atendimentos diversos, além de um bazar solidário também fizeram parte das atividades na ilha de Cotijuba

n CUIDADO pessoal entre as atividades ofertadas aos moradores

n A ESPIRITUALIDADE foi um cuidado evidenciado nas jornadas


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IGREJA

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 10 A 16 DE SETEMBRO DE 2021

FOTOS: DIVULGAÇÃO

MARIA ELISA BESSA DE CASTRO Advogada e teóloga e-mail: bessadecastroadv@gmail.com

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EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO

Santíssima Virgem Maria é reconhecida como Rainha dos Mártires, pois suportou o maior martírio que se possa padecer depois das dores do seu Filho Jesus Cristo. Com efeito, Nossa Senhora foi mártir não pelas mãos dos torturadores, mas, em razão da acerba dor de sua alma, vez que muito embora não tenha o seu corpo sido dilacerado pelos golpes dos algozes, seu coração bendito, porém, foi transpassado pela Paixão de seu Santíssimo Filho, um verdadeiro martírio da alma. Ensina Santo Afonso de Ligórioque tal como a rosa que cresce por entre os espinhos, a Mãe de Deus cresceu por entre as dores. E como crescem os espinhos à medida que a rosa desabrocha, cresceram também em Maria, a Rosa Mística do Crucificado, os penetrantes espinhos das aflições (in Glórias de Maria. 25ª Edição. Editora Santuário: Aparecida - SP. 2012. P. 360).Na mesma obra, Santo Afonso explicita quatro aspectos que diferenciam o martírio da Virgem Puríssima de todos os outros martírios,

Stabat Mater sobre os quais discorremos resumidamente no presente escrito. 1) Os mártires sofreram tormentos no corpo, Maria sofreu-os na alma: Enquanto os mártires sofreram torturas no corpo por meio do fogo e do ferro, Maria Santíssima padeceu o martírio na alma. Eis porque Simeão disse-lhe no Templo, a quando da Apresentação do Menino-Deus: “e a ti, uma espada traspassará a tua alma!”. No dizer de Arnoldo de Chartres, citado por Santo Afonso, “Por ocasião do grande sacrifício do Cordeiro Imaculado, que morria por nós na Cruz, poderíamos ter visto dois altares: um no Calvário, no Corpo de Jesus, e outro no Coração de Maria. Enquanto que o Filho sacrificava seu Corpo pela morte, Maria sacrificava sua alma pela compaixão”. 2) Os mártires sofreram imolando a própria vida, enquanto Maria sofreu oferecendo a vida do seu Divino Filho: a este títu-

lo, Santo Antonino (também citado pelo fundador dos Padres Redentoristas) assim preleciona:“Maria amava a vida do seu Filho muito mais do que a sua própria vida. Sofreu por isso no espírito tudo o que no corpo padeceu o Filho”.A Virgem padeceu em seu coração todos os suplícios com que viu atormentado o seu amado Jesus. Todos os tormentos, açoites, espinhos, cravos e a cruz afligiram, juntamente com o Corpo de Jesus, o Coração de Maria para lhe consumar o martírio. O que Jesus suportou no Corpo, Maria o sofreu na alma. No mesmo sentido, São Boaventura nos diz que as mesmas chagas que estavam espalhadas pelo Corpo de Jesus, se achavam todas reunidas no Coração de Maria. 3) Os mártires sofreram consolados. Maria padeceu sem consolo: Nossa Senhora não somente sofreu dores indizíveis em razão do sofrimento do Filho na Cruz, como também as sofreu sem alivio algum. Os mártires padeciam tormentos

a que os condenavam os maus tiranos, o amor de Jesus, porém, lhes tornava as dores amáveis e suaves. A Virgem, entretanto, não achou consolo no amor a seu Filho e na lembrança de seus sofrimentos, pois, segundo Santo Afonso foi justamente esse padecimento o motivo de sua maior dor. Único e crudelíssimo algoz lhe foi tão somente o amor que consagrava ao Filho. De fato, todo o martírio de Maria consistiu em vê-lo, amado e inocente, sofrer tanto, em compadecer-se de suas dores. Tanto mais acerba e sem alívio lhe era a dor, quando mais o amava. Enquanto que o Martírio de São Paulo é representado pela espada e o de São Lourenço pela grelha, o martírio da Virgem Dolorosa é representado pelo Filho morto nos seus braços, magnificamente expressada pela Pietá de Michelangelo e lembrada poeticamente no antigo hino da Via Sacra “Do madeiro vos tiraram, e a Mãe vos entregaram, com que dor e compaixão, com

n IMAGEM de Nossa Senhora das Dores

que dor e compaixão”. 4) Maria recompensa a veneração de suas dores:Santo Afonso medita, ainda, sobre a gratidão que devemos devotar ao grande amor de Nossa Senhora por nós, fazendo-o por meio da meditação de suas crudelíssimas dores. Refere Santo Afonso que, em revelação particular a Santa Brígida, a Virgem queixou-se que muitos poucos são os que dela se compadecem, sendo que a maior parte dos homens vive como que esquecido de suas aflições. Recomendoulhe, em seguida, insistentemente, que dessas dores guardasse contínua memória. Trata-se uma meditação de agradável odor ao Imaculado Coração da Santíssima Virgem e ao Sagrado Coração de seu Filho. À Guisa de Conclusão: Façamos a experiência

BOA DICA

RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ

n O MISTÉRIO DO DEUS PRÓXIMO Saverio Gaeta, Livro (PAULUS, R$ 18,40 )

n JUVENTUDE COM MARIA #NOAR Pelo segundo ano consecutivo, o Programa “Juventude com Maria”, com apresentação do Setor Juventude, da Arquidiocese de Belém, leva a devoção mariana, a fé e informações sobre Círio 2021 em uma linguagem juvenil, pelas ondas da emissora cató-

lica. O objetivo é preparar este público para a festa da Rainha da Amazônia. Sintonize a Rádio Nazaré FM – 91,3 e acompanhe “Juventude com Maria”, de 15 de Setembro a 13 de Outubro, das 20h as 21h. Os ouvintes podem interagir através dos

TV NAZARÉ CANAL 30.1

n SUA COMUNIDADE É ASSUNTO DAS NOTÍCIAS PASTORAIS Telejornal Notícias Pastorais visa divulgar os eventos e festividades das Paróquias, os trabalhos Pastorais da Igreja e especialmente evidenciar as atividades da Arquidiocese de Belém. Exibição: Sába-

do 7h, 12h30, 19h e Domingo 7h, 12h30, 19h. Sugestões de pautas e eventos, podem ser enviadas pelo telefone (91) 98802-3444, ou pelo e-mail: jornalismo@fundacaonazare.com.br

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n DIVULGUE SUA COMUNIDADE CONOSCO Faça parte da produção do Portal Nazaré. Envie sua sugestão de pauta, programação da festividade ou a programação de sua paróquia para o e-mail: portal@ fundacaonazare.com.br. Atenção!! É indicado que as pautas estejam de acordo com a missão da Fundação Nazaré de Comunicação: “Promover a formação integral da pessoa humana e a defesa

da vida, à luz do evangelho, através dos meios de comunicação”. Acesse nosso portal: www. fundacaonazare.com.br e nossas redes sociais: Facebook:/FNCBelem e Twitter: @FundacaoNazare e fique por dentro! Faça parte da Família Nazaré e nos ajude a levar mais longe o Evangelho pelos números número: (91) 4006-9211/ (91) 99315-5743.

mística de transportar-nos ao cenário da acerbíssima dor sofrida por Maria, ao ver seu Filho Sacrossanto expirando no madeiro da Cruz. E, assim, meditando sobre o profundo significado desta dor da alma que a Puríssima Virgem padeceu, unida ao sofrimento do Crucificado, possamos devotar-lhe contínuo amor e gratidão. Em humilde silêncio, concluímos com as belas estrofes do antigo Hino de Nossa Senhora das Dores, cuja memória foi vivenciada em 15 de setembro último. Estava a Mãe Dolorosa, Junto à Cruz lacrimosa, Enquanto o Filho pendia. Mãe de Jesus traspassada, de Dores aos pés da Cruz, Rogai por nós, Rogai por nós a Jesus.

"P números 4006-9253/ 4006-9254 ou ainda pelo WhatsApp 9.8814-0275. Participe!

edir a Jesus que nos faça santos não é vaidade nem audácia, porque é o mesmo que desejar amá-lo com grande amor.” Francisco Forgione, que se tornará famoso no mundo inteiro com o nome de padre Pio, nasceu em Pietrelcina (Benevento, Itália), em 1887. Admitido no noviciado capuchinho em 1903, foi ordenado sacerdote em 1910. Em 8 de setembro desse ano, teve pela primeira vez os estigmas invisíveis, que se transformariam, em 20 de setembro de 1918, em chagas visíveis nas mãos, nos pés e na lateral do tronco. Desde 1916, residiu no convento de San Giovanni Rotondo (Foggia, Itália), onde morreu em 23 de setembro de 1968. Depois de uma intervenção pessoal do papa João Paulo II, em 1983 foi aberto o processo canônico sobre a vida, as virtudes e os milagres de padre Pio, que se concluiu com a beatificação (em 2 de maio de 1999) e a canonização (em 6 de junho de 2002) do primeiro sacerdote estigmatizado da história. n LAÇOS ENTRE NÓS Cleiton Viana da Silva , Livro (Paulinas, R$ 21,50)

O

livro tem como base as reflexões acerca da evangelização e da vida familiar decorrentes do Sínodo dos Bispos sobre a Família, realizado entre 2014 e 2015, e da exortação apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco, publicada em 2016. Ele aborda problemas reais de casais em crise conjugal e familiar, de modo a iluminar as situações concretas pelo exercício de questionamento, avaliação e discernimento. Não se trata de dar respostas prontas ou oferecer uma fórmula mágica, mas propor que os cônjuges analisem seu relacionamento com coragem e esperança. Ao longo de cinco breves capítulos, o autor trata daquilo que cada cônjuge herda de seus pais em termos de caráter, cultura e medos, das mudanças que ocorrem ao longo do casamento. Ao final, lembra que a missa, os sacramentos e a Palavra de Deus são essenciais para a superação das dificuldades e que a comunidade oferece exemplos vivos e ideias criativas de como lidar com os desafios da vida conjugal.


ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

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EUROPA: Papa faz viagem à Hungria e Eslováquia PAPA Francisco já realizou 33 viagens internacionais, nas quais visitou 50 países

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om informações agência Ecclesia. O Papa iniciou no domingo, 12, a sua primeira visita à Hungria e Eslováquia, onde ficou até 15 de setembro, passando por Budapeste, cidade que acolhe o Congresso Eucarístico Internacional. “Peço-lhes que me acompanhem com a oração e confio esta visita à intercessão de tantos heroicos confessores da fé que testemunharam o Evangelho naqueles lugares no meio de hostilidades e perseguições”, escreveu na sua conta do Twitter. A agenda incluiu um encontro com o presidente húngaro, Janos Ader, e com o primeiro-ministro Viktor Orban, seguindo-se uma reunião com bispos católicos e um encontro com representantes do

Conselho Ecuménico das Igrejas e comunidades judaicas, sempre no mesmo local. Da Hungria, Francisco partiu rumo a Bratislava, onde vai promover um encontro ecumênico; como habitualmente acontece nas viagens internacionais, acontece um encontro privado com membros da Companhia de Jesus (Jesuítas). A cerimônia oficial de boas-vindas aconteceu em 13, no Palácio Presidencial em Bratislava, seguindose a visita de cortesia ao chefe de Estado eslovaco e o encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e o corpo diplomático. A Catedral de São Martinho, em Bratislava, recebeu o encontro do Papa com bispos,

sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e catequistas da Eslováquia; de tarde, Francisco fez uma visita privada ao “Centro Belém” em Bratislava, antes de encontrar-se com a comunidade judaica na Praça ‘Rybné námestie’. O segundo dia de viagem, visitas do presidente do Parlamento e do primeiro-ministro eslovacos à Nunciatura Apostólica. No dia 14, Francisco seguiu para Kosice onde presidiu à Divina Liturgia Bizantina de São João Crisóstomo; de tarde, o Papa encontrou-se com a comunidade cigana no bairro Lunik IX, antes de uma celebração com os jovens eslovacos no Estádio Lokomotiva. No último dia da viagem, 15, no San-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n RECEPÇÃO boas-vindas no Aeroporto Internacional de Budapeste

tuário Nacional de Sastin, que São João Paulo II visitou em 1995, momento de oração e a celebração da Missa. A cerimônia de despedida, no Aeroporto Internacional de Bratislava. Francisco já realizou 33 viagens internacionais, nas quais visitou 50 países, passando

pelo Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Co-

l ô m b i a , M i a n m a r, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão e Iraque, entre outros locais.

Papa CELEBRA no 52º Congresso Eucarístico Internacional

n PAPA celebrou missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico

Com informações Vatican News. O Papa Francisco celebrou, no domingo, 12, a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, na Praça dos Heróis, em Budapeste, na Hungria. Segundo as autoridades locais, participaram da missa cem mil pessoas nos setores organizados. «E vocês, quem dizem que eu sou?» Esta pergunta de Jesus aos discípulos e também a nós hoje norteou a homilia do Santo Padre. Marca uma virada no caminho de sequela do Mestre. Os discípulos conheciam bem Jesus, “conviviam familiarmente com Ele, foram testemunhas de muitos dos milagres realizados, ficavam maravilhados com o seu ensinamento. Contudo, ainda não pensavam como Ele. Faltava uma passagem decisiva, ou seja, da admiração por Jesus à imitação de Jesus”. Esta pergunta de Jesus, dirigida a cada um de nós, “pede não apenas uma resposta exata do ponto de vista do Catecismo, mas uma

resposta pessoal, de vida. Dessa resposta, nasce a renovação do discipulado”. Segundo o Papa, esta “renovação realiza-se através de três passagens que fizeram os discípulos e que podemos realizar também nós: o anúncio de Jesus, o discernimento com Jesus e o caminho atrás de Jesus”. IDENTIDADE PASCAL A resposta de Pedro a essa pergunta de Jesus é «Tu és o Messias». “Em poucas palavras, Pedro disse tudo. A resposta está certa, mas surpreendentemente, depois de tal reconhecimento, Jesus ordena severamente que «não dissessem isto a ninguém».” Por quê? “Por uma razão concreta: dizer que Jesus é o Messias, o Cristo, é exato, mas incompleto. Existe sempre o risco de anunciar um falso messianismo: aquele segundo os homens e não segundo Deus. Por isso, a partir daquele momento, Jesus começa a revelar a sua identidade: a identidade pascal, aquela que encontramos na Euca-

ristia. Explica que a sua missão havia certamente de culminar na glória da ressurreição, mas passando pela humilhação da cruz. Jesus impõe silêncio sobre a sua identidade messiânica, mas não sobre a cruz que o espera.” “Diante do anúncio do Senhor, a reação de Pedro é tipicamente humana: quando aparece a cruz, a perspectiva do sofrimento, o homem se revolta. Pedro se escandaliza com as palavras do Mestre e tenta dissuadi-Lo de prosseguir o seu caminho. A cruz nunca está na moda: ontem, como hoje. Mas cura por dentro”, disse o Papa, acrescentando: LÓGICA DE JESUS Ofuscado por esta perspectiva, Pedro chama Jesus à parte e começa a repreendê-Lo. Pode acontecer também conosco chamar o Senhor «à parte», colocá-Lo num canto do coração, continuando a considerar-nos pessoas religiosas e boas, e prosseguir pelo nosso caminho sem nos deixarmos conquistar pela lógica de Jesus. Entretanto, Ele nos

acompanha nesta luta interior, porque deseja que nós, como os Apóstolos, escolhamos a sua parte. Há a parte de Deus, como há a parte do mundo… A diferença não está entre quem é religioso e quem não o é; a diferença crucial está entre o Deus verdadeiro e o deus que é o nosso eu. Que grande distância existe entre Aquele que reina silenciosamente na cruz e aquele falso deus que gostaríamos de ver reinar pela força e reduzir ao silêncio os nossos inimigos! Como é diferente Cristo, que se propõe a nós só com amor, comparado com os messias poderosos e vencedores, lisonjeados pelo mundo! “Jesus nos sacode, não se contenta com declarações de fé, pedenos que purifiquemos a nossa religiosidade diante da sua cruz, diante da Eucaristia. Faz-nos bem permanecer em adora-

ção diante da Eucaristia, para contemplarmos a fragilidade de Deus. Dediquemos tempo à adoração”, disse ainda o Papa. “Deixemos que Jesus, Pão vivo, cure os nossos fechamentos e nos abra à partilha: nos cure da rigidez e de nos fecharmos em nós mesmos, nos livre da escravidão paralisante da defesa da nossa imagem e nos inspire a segui-Lo para onde Ele nos quer conduzir. Assim chegamos à terceira passagem.” O CAMINHO “O caminho cristão não é uma corrida ao sucesso, mas começa com um passo atrás, com a descentralização que liberta, com o retirar-se do centro da vida. Então Pedro reconhece que o centro não é «o seu Jesus», mas o verdadeiro Jesus. Voltará a cair, mas de perdão em perdão irá reconhecendo cada vez melhor o rosto de Deus e passará duma admiração

estéril por Cristo à imitação concreta de Cristo”, disse ainda o Papa que fez a seguinte pergunta: “O que significa caminhar atrás de Jesus?” É avançar na vida com a sua própria confiança, a de sermos filhos amados de Deus. É percorrer o mesmo caminho do Mestre, que veio para servir e não para ser servido. A isto nos impele a Eucaristia: a sentir-nos um só Corpo, a fazer-nos em pedaços para os outros. “Deixemos que o encontro com Jesus na Eucaristia nos transforme, como transformou os grandes e corajosos Santos Estêvão e Santa Isabel. À semelhança deles, não nos contentemos com pouco; não nos resignemos com uma fé que vive de ritos e repetições, abramonos à novidade escandalosa de Deus crucificado e ressuscitado, Pão partido para dar vida ao mundo”, concluiu.

A

cruz exige um testemunho claro. Pois a cruz não quer ser uma bandeira elevada ao alto, mas a fonte pura duma maneira nova de viver: a do Evangelho, a das Bem-aventuranças. (14 de setembro)

A

cruz era instrumento de morte, e contudo dela veio a vida; era algo que ninguém queria contemplar, e todavia revelou-nos a beleza do amor de Deus. Por isso, o santo povo de Deus a venera; e a Liturgia celebra-a na festa de hoje. (14 de setembro)

A

bênção do Altíssimo derrama-se sobre nós, quando vê uma família de irmãos que se respeitam, se amam e colaboram entre si. No meio de tanta discórdia que polui o nosso mundo, podemos ser sempre testemunhas de paz. (13 de setembro)


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CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

EM NAZARÉ

Romaria da Juventude: realizada MISSA DE ENVIO DAQUELES que estão à frente da coordenação da romaria. Missa foi presidida pelo Padre Francisco

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ovens, filhos de Maria, na casa da Mãe de Nazaré”, esse é o lema da Romaria da Juventude para o ano de 2021. Na noite de domingo, 12, foi realizada a missa de envio daqueles que estão à frente da coordenação da romaria que, em tempos comuns, conta com a participação de centenas de pessoas que compõem a juventude católica de Belém. A celebração foi presidida pelo Reitor da Basílica Santuário e Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante. A partir de agora, o s p re p a r a t i v o s s e intensificam ainda mais. É indiscutível

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

e admirável o esforço e dedicação dos coordenadores que, incansáveis desde o ano passado, elaboraram estratégias para que uma programação especial fosse idealizada e concluída, seguindo sempre todas as recomendações dos órgãos de saúde. Até o dia 16 de outubro (dia da Romaria da Juventude), reuniões e espiritualidades fazem parte do calendário dos participantes. Em breve a programação será divulgada. Que Nossa Senhora de Nazaré interceda pela juventude de Belém que dedicam suas vidas em prol da evangelização!.

n PADRE FRANCISCO com representantes da juventude

CÍRIO 2021: Exposição dos Carros de Promessas Considerados grandes ícones do Círio de Nazaré, os Carros de Promessas são elementos fundamentais durante a procissão do segundo domingo de outubro, tendo com finalidade recolher os ex-votos dos fiéis que neles depositam seu agradecimento ou pedido com o coração repleto de esperança e fé.

Desde o ano passado, por conta do cenário pandêmico, esses ícones permanecem na Estação dos Carros, sem o tradicional transporte que é realizado para a Companhia Docas do Pará (CDP), mas para acalentar os devotos da Virgem Maria os Padres Barnabitas, por meio da Diretoria da Festa de Nazaré

(DFN), mantiveram o mesmo formato de exposição do ano passado ao instalarem dois carros na Praça Santuário de Nazaré, onde ficarãoem exposição até o dia 24 de outubro. Os ex-votos depositados serão recolhidos e entregues na Basílica Santuário de Nazaré. A Praça Santuário funciona das 8h às 22h.

Faça parte da ADENAZA Fazer parte da Associação de Devotos de Nossa Senhora de Nazaré é estar em família. Família é quem apoia, ampara, cuida e retribui com amor. Tudo isso, atribui-se aos cuidados para com a Basílica Santuário de Nazaré. Graças aos associados é possível realizar importantes ações evangelizadoras e assistenciais. É possível angariar recursos dedicados à manu-

tenção, à aquisição de equipamentos e contratação de profissionais que realizam as transmissões da Santa Missa pela TV Nazaré, TV Cultura e redes sociais da Igreja. Já as ações assistenciais amparam pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social tanto em Belém quanto no município de Ananindeua, onde participam de atividades

socioeducativas executadas por profissionais qualificados, com foco central em crianças e adolescentes que fazem parte dos projetos sociais do Santuário. Para se tornar um associado, realize o seu cadastro. Acesseo site: www.basilicadenazare.com.br ou pode entrar em contato pelo número: 4009-8448. Que Nossa Senhora de Nazaré interceda por você!

n CARROS de Promessas são elementos fundamentais na procissão


IGREJA

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

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As VAGAS para a Assembleia – final INDICAÇÕES devem chegar à CNBB até o dia 25 de setembro

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oncluímos as informações sobre as vagas para as representações da Igreja na Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe. O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu-se dia 18 de agosto, de forma virtual, e definiu a distribuição das 314 vagas para representantes do Brasil na assembleia, marcada para novembro no México. O número destinado aos participantes do Brasil foi definido pelo Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), organizador da assembléia, que também estabeleceu uma quantidade de participantes para cinco categorias, a partir de suas vinculações eclesiais: bispos; padres e diáconos; religiosos e membros de institutos seculares; fiéis leigos; e pessoas em situação de periferia, conforme texto a seguir: SITUAÇÃO DE PERIFERIA O último grupo considerado entre as cinco categorias de participantes é a representação das pessoas em situação de periferia. A Caritas Brasileira indicará 31

participantes. As indicações devem chegar à CNBB até o dia 25 de setembro para encaminhamento à organização da Assembleia Eclesial, marcada para o período de 21 a 28 de novembro, de forma virtual. CONSEP Na reunião do Consep, além da Assembleia estiveram em pauta outros assuntos. A Análise de Conjuntura social, apresentada pelo bispo de Carolina (MA), Dom Francisco Lima Soares, com o título "O passado, presente e futuro da casa comum – Biomas brasileiros e a construção do Eldorado no Século 21". A análise focou na “gestão dos recursos naturais ou os efeitos ambientais decorrentes da atividade social, política e econômica”, um tema estrutural na realidade brasileira, junto com outras questões também urgentes. Após a apresentação, os bispos partilharam impressões e sugeriram novas abordagens. Sobre o momento atual brasileiro, “de convergência de múltiplas crises”, Dom Francisco esclareceu em nome do grupo que prepara as

análises, que a equipe está atenta aos acontecimentos atuais no contexto político e econômico e “produzindo reflexões conjuntamente sobre esses e novos fatos e que em breve serão discutidos”. ENCONTRO COM PARLAMENTARES O assessor político da CNBB, padre Paulo Renato Campos, partilhou sobre os últimos preparativos para o 1º Encontro com Parlamentares Católicos, realizados dias 16 e 17 de setembro. A realização parte de uma motivação do

papa Francisco e também inspirada num encontro semelhante promovido pelo Celam. Foram convidados 93 parlamentares a partir de indicações de comissões da CNBB e organismos vinculados. O encontro terá interações de bispos e os convidados refletem um equilíbrio na representação partidária. ANO VOCACIONAL O bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom

1ª ASSEMBLEIA ECLESIAL DA AMÉRICA LATINA E CARIBE PARTICIPE!!

João Francisco Salm, falou sobre 3º Ano Vocacional do Brasil. Ele partilhou o tema, “Vocação: graça e missão”, e o lema, “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33), definidos e aprovados no mês passado. Marcado para ocorrer de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, o ano vocacional deve ser oportunidade para uma “verdadeira catequese vocacional, objetiva e clara”, apontada como necessária para a Igreja no Brasil. Dom Salm ressalta que é preciso informar, instruir, tirar dúvidas, explicar, encantar para as vocações.

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O

papa S. João Paulo II, na Novo millennio ineunte, n. 43, afirmou com autoridade: “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera ... se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo”. E, em seguida, o papa explicita o que isto significa concretamente. Diz: “Antes de programar iniciativas concretas, é preciso promover uma espiritualidade da comunhão, ... onde se educam os ministros do altar, os consagrados, os agentes pastorais, onde se constroem as famílias e as comunidades”. E enumera os pontos essenciais da espiritualidade da comunhão: 1- ter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade; 2- a capacidade de sentir o irmão de fé ... como «um que faz parte de mim», para saber partilhar as suas alegrias e os seus so-

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE BELÉM

Pastoral de Conjunto e caminho sinodal frimentos, para intuir os seus anseios e dar remédio às suas necessidades, para oferecerlhe uma verdadeira e profunda amizade; 3- a capacidade de ver antes de mais nada o que há de positivo no outro, para acolhê-lo e valorizá-lo como dom de Deus; 4- saber « criar espaço » para o irmão, levando « os fardos uns dos outros » (Gal 6,2) e rejeitando as tentações egoístas que sempre nos insidiam e geram competição, arrivismo, suspeitas, ciúmes”. Imediatamente após estas indicações adverte seriamente: “Não haja ilusões! Sem esta caminhada espiritual, de pouco servirão os instrumentos exteriores da comunhão. Revelar-se-

iam mais como estruturas sem alma, máscaras de comunhão, do que como vias para a sua expressão e crescimento”. Destes pontos se conclui claramente que é sobre a comunhão que se joga o presente e o futuro da Igreja. A pergunta a esta altura é: O que precisamos fazer para que este ideal da comunhão efetivamente aconteça em nossa Igreja Arquidiocesana e em nossas comunidades locais? É claro que se existir a comunhão nas comunidades (nas comunidades locais de uma paróquia e em todas as paróquias) existirá comunhão na Arquidiocese como um todo. Em outras palavras, na medida em que cada paróquia sintoniza sua caminhada com as

propostas de evangelização da arquidiocese contribui para a realização da “pastoral de conjunto”, ou seja, expressa visivelmente “o caminho sinodal” que somos chamados a percorrer. De fato, a “PASTORAL DE CONJUNTO” é o anseio de ser Igreja “sinodal”, isto é, ser o povo de Deus que faz o caminho juntos no testemunho e construção do Reino de Deus. Efetivamente este “caminhar juntos” acontece quando todas as organizações, departamentos e agências da Igreja local conseguem articular-se como “um só corpo” em todos os seus âmbitos (arquidiocese, região episcopal, paróquia, comunidade, setor, pequeno grupo) na realização do objetivo comum da evangelização.

A “PASTORAL DE CONJUNTO” é uma experiência eclesial onde “já e ainda não” se mesclam constantemente, pois se é verdade que, de certo modo e em certos aspectos, já vivemos uma comum união institucional, também é verdade que ainda não estamos realizando de modo pleno a comunhão afetiva e efetiva à qual somos chamados. Podemos sempre crescer na vivência de comunhão em todos os níveis. O Plano de pastoral propõe e orienta as ações pastorais que a Arquidiocese assume, em um tempo determinado, para viver a sua permanente missão de evangelizar. A “PASTORAL DE CONJUNTO” é expressão visível da

estreita colaboração entre todos os organismos que fazem parte do Corpo de Cristo presente na Arquidiocese. Tal colaboração se torna concreta somente se cada um dos sujeitos – ministérios, serviços e carismas – reconhece a vocação particular dos demais e procura fazer a própria parte na comum responsabilidade pela Igreja, conscientes do que lemos na Carta do apóstolo Paulo aos romanos: “assim como o corpo humano tem muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo ...” (cf. Rm 12,4-5). Neste tempo de “caminho sinodal” somos todos convocados a retomar o Plano de Pastoral e rever se de verdade estamos caminhando junto com os outros ou se estamos caminhando sozinhos, por nossa própria conta sem importarnos dos outros. É tempo de “novo recomeço”.


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CADERNO DOIS

BELÉM, DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2021

ARQUIDIOCESE

CORDA do Círio de Nazaré chega a Belém UMA PARTE da corda ficará em exposição em alguns locais da cidade

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pós alguns dias na estrada, chegou à capital paraense na quinta-feira, dia 16, a Corda do Círio, um dos principais ícones da festividade, que normalmente seria usada nas duas maiores e mais tradicionais procissões, o Círio e a Trasladação. Por conta das mudanças que permanecem este ano no Círio, com a ausência das procissões e da Imagem Pere-

grina nas ruas, a corda será apenas exposta para que os fiéis que normalmente fazem seus pagamentos de promessas com ela, possam dar prosseguimento a esta tradição, mesmo que de forma diferenciada. Uma parte dela ficará em exposição em alguns locais da cidade, que ainda serão definidos pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), e a outra seguirá uma programação definida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, entre as 95 paróquias de Belém. No sábado, dia 25, a corda será vistoriada pela Diretoria da Festa de Nazaré no colégio Santa Catarina. A corda foi produzida em Santa Ca-

tarina, como nos anos anteriores. A empresa responsável é a Itacorda e a Expresso Vida Transporte foi a responsável pela chegada em Belém. Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro. A corda chega em Belém dividida em duas partes de 400 metros. Ela permanece adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias. HISTÓRICO A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla

MINHA PARÓQUIA MINHA VIDA

Paróquia Cristo Rei abre tempo de JUBILEU de Ouro

n EVENTO prestigiado pelas comunidades paroquiais

A Paróquia Cristo Rei adentra o período festivo e dia 8 de setembro realizou a abertura do ano em preparação para o seu Jubileu de Ouro em 2022. A evangelização da paróquia conduzida pelos Padres Orionitas na Arquidiocese de Belém

completa 49 anos de missão. Localizada no bairro da Guanabara, às margens da rodovia Br-316, a celebração eucarística presidida por Dom Antonio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, e concelebrada pelos padres da paróquia.

O momento celebrativo foi prestigiado pelas comunidades paroquiais e destacou “as alegrias, as angústias e os desafios, bem como um momento de “olhar para o futuro com esperança”, disse Dom Antonio por ocasião da homilia. “Louvemos e agradeçamos a Deus pela Paróquia Cristo Rei que durante quase meio século tem sido um sinal de do Cristo Ressuscitado em Ananindeua e circunvizinhança através dos paroquianos e Ministros ordenados que são as suas forças vivas”, destacou Dom Antônio.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n CORDA um dos principais ícones da festividade de Nazaré

desde próximo ao Vero-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem

puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde en-

tão, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis, sendo um importante ícone durante as procissões.

FESTIVIDADE da Imaculada Conceição, em Outeiro Domingo, 12, a Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no Distrito de Outeiro, deu início, oficialmente, ao seu 68° Círio, que ocorrerá no dia 5 de dezembro com o tema “Salve Maria, Mãe do Redentor e Esposa de São José”. Na ocasião, dois eventos aguardados pelos paroquianos foram realizados. O primeiro foi o festival de prêmios em prol da construção da cozinha paroquial, que deve ficar pronta até o tempo da festividade. O segundo momento, na área externa da igreja, foi a divulgação do cartaz oficial do círio. Neste ano, a escolha foi diferente, através de concurso para a escolha da arte. Este é o primeiro ano que o pároco, padre Paulo Felipe dos Santos, estará à frente da festividade. Ele agradece e conta com a participação de toda a comunidade. “A partir de agora, os trabalhos de nossa paróquia se voltam tendo em vista a festa da Imaculada. Até lá, iremos realizar diversas ações, eventos e movimentações

com o intuito de ter a melhor festividade possível e contamos com a ajuda de todos os paroquianos e arquidiocesanos”. Para atender as determinações de

saúde dadas pelas administrações públicas e Arquidiocese de Belém, não ocorrerão as grandes procissões do círio, mas uma carreata e ciclomotorromaria.

FORMAÇÃO sobre a Catequese na Área do Perpétuo Socorro Uma formação para catequistas da Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Canaã, ocorrida dia 1º de agosto originou o processo de formação da catequese a serviço da Iniciação Cristã na comunidade localizada em Marituba, onde a Arquidiocese de Belém expande sua ação evangelizadora.

A formação para a Iniciação à Vida Cristã é realizada em periodicidade quinzenal. Cada encontro é em uma comunidade diferente, contemplando todas as comunidades em nove encontros de formação, com conteúdos da catequese de Iniciação à Vida Cristã. A catequista Rita do Socorro Oliveira Andrade, a convite de

Karla Santiago Sousa Diniz, coordenadora da Catequese da área missionária, é quem realiza a formação. Rita vem repassando à comunidade sua vivencia de 10 anos, formada pela Arquidiocese de Belém desde 2012. Recebeu o Minisério de Catequista e foi enviada em missão para ajudar paróquias, comunidades e áreas

missionárias no processo de formação. As formações envolvem catequistas das sete comunidades da Área Missionária no bairro Canã: Nossa Senhora Auxiliadora, São Judas Tadeu, São Vicente de Paulo, São Francisco de Assis, Perpétuo Socorro, Mãe Rainha e Santo Antônio.

n FORMAÇÃO em período quinzenal


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