Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CVIII - Nº 991 - PREÇO AVULSO: R$2,00

BELÉM, DE 30 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2021

www.fundacaonazare.com.br

Mais um CÍRIO de Nazaré no Maranhão

Município de Montes Altos prepara-se para realizar o seu primeiro Círio de Nazaré em homenagem à Rainha da Amazônia. Imagem Peregrina foi recebida pelos fiéis na Paróquia Sant´Ana. Segundo círio para reverenciar a Virgem Maria em solo maranhense será em setembro. CADERNO 2, PÁGINA 1 DIVULGAÇÃO

n ACOLHIDA no portal da cidade, a imagem Peregrina foi conduzida pelas ruas de Montes Altos até a Paróquia de Sant´Ana. Primeiro círio será em setembro próximo. LUIZ ESTUMANO

Ananindeua em festa por Santo Inácio de LOYOLA Missa, carreata com dade de Santo Inácio de imagem do padroeiro e Loyola, no Icuí, município cavalgada destacam-se na de Ananindeua. programação da festiviCADERNO 2, PÁGINA 1

Homenagem ao Servo de DOM ELISEU As Irmãs Missionárias de Santa Teresinha e os Padres Barnabitas celebraram dia 29 de julho, os 39 anos de Entrada na Glória

do Servo de Deus, Dom Eliseu Maria Corolli. A celebração eucarística foi na Basílica Santuário. CADERNO 2, PÁGINA 1

n CAVALGADA integrou-se à procissão com a imagem de Santo Inácio, padroeiro do Icuí-Guajará

Abertura do Mês VOCACIONAL

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Programação será marcada com uma celebração de abertura com terço vocacional. A transmissão será feita no dia 31 de julho. CADERNO 2, PÁGINA 1

Capuchinhos em CENTENÁRIO Uma programação com várias homenagens está sendo preparada pelos capuchinhos, incluindo-se nesse projeto centenário, as obras de restauro da paróquia. CADERNO 2, PÁGINA 2

n PARÓQUIA São Francisco de Assis


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OPINIÃO

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a vida acelerada que embala a nossa sociedade, faz-se extremamente importante entender a necessidade de dar pausas, de parar um pouco, de desacelerar; e isso pode ser experimentado, por exemplo, no ato de tirar férias que é o tempo de descanso, a mudança da rotina cotidiana que ajuda a restaurar a disposição. Comumente, é quase que inevitável pensar em férias e pensar em viagens distantes com toda a família, mas, na essência, o ato de sair de férias não tem a ver com viagens, mas sim com descanso. Férias é, por exemplo, fazer qualquer atividade que você não tem tempo de fazer na rotina diária; é almoçar na casa de amigos, ir a um museu, passear num parque, tomar um sorvete, ou seja, fazer aquilo que deseja, sem preocupação com o tempo, com o relógio, com “amanhã é

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

A necessidade de dar pausas segunda-feira”. Muitas pessoas, inclusive, saem de férias, mas não se desligam do trabalho; outras até dizem que não podem sair de férias porque sem elas “nada funciona”... Mas isso já outro assunto... O número de indivíduos com algum comprometimento na saúde mental cresceu significativamente e tem grande relação com a pressão para ser mais produtivo e fazer mais em menos tempo, de todo o processo competitivo do mundo do trabalho; mas é certo que depois de um período significativo na rotina de dias de trabalho, faz-

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mbora o título do texto que segue possa sugerir a continuação do assunto anterior, peço ao leitor que compreenda a saudade de ‘minha primeira leitora’, quando ora invoco os tempos em que juntos, participamos dos encontros para jovens, o então chamado ‘Congresso Marial’, cujo idealizador foi o dinâmico Padre, hoje Cônego Raul Tavares de Sousa, fundador da Comunidade Casa da Juventude (CAJU), idos de 1959. Os encontros eram realizados uma vez por ano, geralmente no quarto domingo de outubro. Na tarde da sexta-feira, a ga-

pensavam e julgavam isso um luxo, mas hoje, é uma necessidade de saúde pois precisamos descansar para continuar com nossa rotina. Talvez até você acredite que trabalhar sem parar é que gera mais produtividade e, ainda, que descansar é perda de tempo, mas, se pensa assim, atenção: Você está errado! Viver ou estar constantemente “ligado” não trará melhores resultados, mas poderá trazer, por exemplo, problemas de relacionamento social, familiar, estresse, ansiedade e outras doenças físicas/emocionais. Então, vamos a alguns dos

IVENS COIMBRA BRANDÃO Engenheiro civil e escritor (ivenscb@oi.com.br; ivenscb@gmail.com)

ENCONTRO FRATERNO

Minha primeira leitora (continuação) rotada era reunida no Colégio N. S. de Nazaré, onde esperavam o acesso aos vários ônibus que os aguardavam estacionados em frente ao Colégio. Tenho gravado na memória, o alegre vozerio daqueles jovens, ao adentrarem nos ônibus. Era uma alegria que contagiava. Certo ano cheguei

“Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”. (Mt 18,4)

Quem é o maior, o mais poderoso, o vencedor na sociedade, na Igreja, na política, no mercado? Essa pergunta perpassa as relações, orienta as escolhas, determina as estratégias. É a lógica dominante, à qual nós recorremos mesmo sem perceber, quem sabe no desejo de garantir resultados positivos e eficientes diante daqueles que nos rodeiam. Aqui o Evangelho de Mateus nos apresenta os discípulos de Jesus que, depois de terem acolhido o anúncio do Reino dos Céus, querem conhecer os requisitos necessários para serem protagonistas no novo povo de Deus: “Quem é o maior?” Como que numa reação desafiadora, Jesus faz um de seus gestos imprevisíveis: coloca uma criança no centro da pequena multidão. E acompanha esse gesto com palavras que não dão margem a equívocos: “Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o

a contar a participação de 22 grupos, constituídos em média por cerca de 20 jovens, moças e rapazes, dos quais, dois ou três eram dirigentes, portanto, mais experientes. Somava-se ao grupo um casal, carinhosamente chamado de ‘pai’ e ‘mãe’, encarregados do apoio logístico. O retorno a Belém ocorria na tarde de segunda-feira, o en-

cerramento acontecendo em uma Missa, no pátio externo do Colégio Nazaré. Minha esposa e eu participamos por vários anos, depois sendo chamados a cumprir outras tarefas. No entanto, a experiência foi importante para o nosso processo de conversão. Recentemente, em 2019, fomos convidados a palestrar com jovens

casais, a maioria já tendo alguma vivência na CAJU. O encontro ocorreu na Igreja São João Paulo II, na Tv. Mauriti, realização da já referida Comunidade. Diante da diferença de idade do casal palestrante e a dos ouvintes, precisávamos nos aproximar dos jovens casais. Foi quando, já no meio do tempo disponível, para sur-

CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA maior no Reino dos Céus”. Em oposição à mentalidade competitiva e autossuficiente, Jesus apresenta o elemento mais fraco da sociedade, aquele que não tem funções para se vangloriar, nem cargos a defender; aquele que é totalmente dependente e se entrega espontaneamente à ajuda de outros. No entanto, não se trata de aceitar uma postura indiferente, de renunciar a atitudes responsáveis e proativas; mas, sim, de praticar um ato de vontade e de liberdade. Jesus, na verdade, exige que nos façamos pequenos, exige de nós a intenção e o compromisso de realizar uma inversão decisiva de rumo. “Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”. Vejamos como Chiara Lubich detalhou as características da criança segundo o Evangelho: [...] A criança se abandona com

confiança a seu pai e sua mãe: acredita no amor deles. [...]

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

se fundamental ter um tempo para ser apenas você mesmo e relaxar corpo e mente.E, ainda, se não puder tirar 30 dias de férias, você pode organizar “miniférias”; pequenos, mas fundamentais momentos de desaceleração da rotina, de pausas, para que você se reequilibre. Na verdade, uma semana, um dia ou uma hora podem nos ajudar, dependendo da forma como aproveitamos essas pequenas pausas. Quando foi a última vez que você realizou aquela atividade de que tanto gosta, que você se desconectou dos problemas cotidianos? Antes muitos

benefícios de descansar, desacelerar: 1. Redução do estresse e da ansiedade: estresse elevado, cortisol elevado e cortisol elevado é porta aberta para doenças, por exemplo: Dores de cabeça, diminuição da imunidade, problemas digestivos; 2. Relacionamentos mais positivos: a rotina agitada e exigente nos leva, muitas vezes, a menos tempo para estar em família e com amigos. Assim, as pausas são ótimas oportunidades para fortalecer os laços com as pessoas queridas e importantes em nossas vidas;3. Aumento da felicidade e melhora da saúde: por meio do descanso adequado nossa mentelibera endorfina, o conhecido hormônio da felicidade, elevando nossa condição de equilíbrio, paz e tranquilidade e impactando fortemente na melhora da saúde. Bons descansos! Fique bem!

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

O cristão autêntico, tal como a criança, acredita no amor de Deus, lança-se nos braços do Pai celeste, deposita nele uma confiança ilimitada. [...] As crianças dependem em tudo dos pais [...]. Também nós, “crianças evangélicas”, dependemos em tudo do Pai: [...] Ele conhece e nos dá aquilo de que precisamos, ainda antes que o peçamos. Até mesmo o Reino de Deus, não somos nós que o conquistamos: nós o recebemos como um presente das mãos do Pai. Chiara enfatiza ainda como a criança se confia totalmente ao pai, e dele aprende tudo. Da mesma forma: A “criança

evangélica” coloca tudo na misericórdia de Deus e, esquecendo o passado, começa a cada dia uma vida nova, disponível diante das sugestões do Espírito, que é sempre criativo. A criança não aprende a falar por si só, ela precisa de alguém que a ensine. O discípulo de Jesus [...] apren-

DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva

de tudo pela Palavra de Deus, até chegar a falar e viver de acordo com o Evangelho. A criança é levada a imitar seu próprio pai. Assim, a

“criança evangélica” [...] ama a todos, porque o Pai “faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz descer a chuva sobre justos e injustos”; ama primeiro, porque Ele nos amou quando ainda éramos pecadores; ama gratuitamente, sem interesses, porque é isso que o Pai celeste faz.1 “Quem se fizer pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus”. Na Colômbia, Vicente e sua família passaram pela provação da pandemia, num regime de quarentena muito rigoroso. Ele escreve: Quando começou o

toque de recolher, a vida cotidiana mudou de repente. Minha esposa e os dois filhos mais velhos tinham de se preparar para alguns exames universitários; o mais novo não

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

presa minha, Lourdes começou a cantarolar o refrão de uma música criada pelo então jovem Álvaro Fernandes, quando descobrimos ser ainda muito conhecida dos participantes de hoje. Todos cantaram juntos, em uma verdadeira explosão de alegria. Foi como se o Fogo do Amor incendiasse o ambiente. Eis o refrão, que minha esposa guardava como um tesouro: “Talvez seja assim / Tirei minha roupa, me vesti de amor, / Te segui sem pudor, / Fui e não vi, que haviam barreiras. / Percebi que teu signo, é o Amor”. Louvado seja Deus!

conseguia se acostumar com o estudo virtual. Em casa, ninguém tinha tempo para cuidar do outro. Olhando para esse caos, à beira de explodir, percebi que essa era uma oportunidade para encarnar a “arte de amar” na nossa “nova vida” do Evangelho vivido. Comecei a arrumar a cozinha, preparar a comida, organizar as refeições. Não sou um cozinheiro experiente, nem sou caprichoso para lavar a louça, mas percebi que, fazendo isso, ajudaria a diminuir a ansiedade rotineira. O que tinha começado como um ato de amor por um dia, estendeu-se por vários meses. Os outros membros da família, quando terminavam de cumprir seus próprios compromissos, também assumiam a louça, a arrumação das roupas, a limpeza da casa. Juntos constatamos que as palavras do Evangelho são verdadeiras e que o amor criativo sugere como colocar em ordem todo o resto. LETIZIA MAGRI

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LUBICH, Chiara. Aprender com as crianças. Palavra de Vida, outubro de 2003.

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

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DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

CONVERSA COM MEU POVO

Como acontece o CHAMADO de Deus? A Igreja no Brasil tem o costume de dedicar o mês de agosto às vocações. Vocação é chamado, e ocorre no maravilhoso mistério do diálogo de Deus com cada pessoa, contando com os meios habituais para discernir o bem, assim como outros instrumentos inspirados pelo Espírito Santo. Estamos, sim, no horizonte da fé, em que acreditamos na graça de Deus, capaz de vir ao encontro de cada pessoa sem violentar a liberdade com a qual todos fomos criados. É adequado considerar que a formação cristã começa com o ambiente de amor com o qual fomos gerados. Não existe “berço de ou-

É adequado considerar que a formação cristã começa com o ambiente de amor com o qual fomos gerados ro”, mas regaço de amor dado por Deus, para que se desenvolva plenamente um chamado de filhos e filhas de Deus. O primeiro ato “catequético” ocorre quando um homem e uma mulher geram uma nova vida. Ali, mediado pelo relacionamento de amor, o raio de luz que é o amor de Deus interfere no ato conjugal humano, levando em conta que a fé nos leva a considerar que cada alma humana é criada diretamente por Deus (Cf. Pio XII, Encíclica Humani Generis, número 36). Não somos apenas um fe-

nômeno físico-químico, mas pensados por Deus desde toda a eternidade para a felicidade e a plena realização. É claro que a experiência da fé cristã vivida com intensidade, no decorrer da vida de cada pessoa, pode e deve restaurar as eventuais falhas de amor com as quais pode ter acontecido a geração de uma vida! O mistério do amor de Deus ilumina os recantos de nossa vida, malgrado todas as lacunas descobertas em nossa história! O ambiente familiar, no qual nascem as pessoas, é o espaço privilegiado para identificar o chamado de Deus. Trata-se de descobrir que ninguém veio ao mundo por acaso, mas destinado a ser um dom de amor para os outros e receber tudo o que vem das outras pessoas com o mesmo amor. Os gestos com os quais os pais manifestam afeto e carinho aos filhos são canais por onde passa o próprio amor de Deus, fonte e raiz de todo chamado. E, pouco a pouco, começando pelo sorriso lindo das crianças, vai nascendo a reciprocidade ao amor que é oferecido. Este ambiente, talvez considerado demasiadamente idílico por muitos, é projeto de Deus para todos! Nasce a pergunta sobre os que não tiveram experiências positivas de família, e vem logo à tona a resposta, que são os muitos exemplos de homens e mulheres que encontraram na infância e na adolescência a experiência positiva do amor em pessoas que adotaram, cuidaram, foram exemplos positivos e edificantes. Há muitos que descobriram praticamente sozinhos seu lugar na Igreja e na Sociedade. Se em muita gente podem ter crescido sentimentos de revolta, muitos são os exemplos de

verdadeiros heróis, na superação de traumas e sofrimentos, tornando-se referência para outros, indicando que onde não se achou amor, o remédio foi colocar amor, para encontrá-lo em abundância, recordando uma feliz expressão de São João da Cruz. É ainda a família a grande escola e o espaço para o crescimento na capacidade de amar, pois todos somos chamados a encontrar nossa forma de nos doarmos. Isso é vocação! Sabemos que todo homem e toda mulher são uma obra-prima de Deus, seres únicos e irrepetíveis, criados por amor e lançados por amor na divina aventura da vida. Em família há de se desenvolver a capacidade de amar, a prontidão para o serviço e o autocontrole, que ajuda a pessoa a se purificar do egoísmo. Sem este exercício, o máximo que se conseguirá será a escolha de uma profissão, mas não a descoberta maravilhosa do plano de Deus. Quando uma pessoa alcançou certo equilíbrio, ao menos suficiente, e sabe sair do próprio egoísmo para doar-se, então é livre e se encontra nas condições normais para aceitar o chamado de Deus ao matrimônio ou à virgindade, castidade ou celibato. Sim, as duas formas de amar e de entregar a própria vida! Para levar adiante o discernimento, faz-se necessário verificar os dons que as pessoas têm, suas capacidades e o desenvolvimento das mesmas desde a infância, mas sobretudo na adolescência e juventude. Faz-se então necessário que a família se abra aos espaços de socialização em suas respectivas comunidades e especialmente na vida de Igreja. Uma

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n VOCAÇÃO é chamado, e ocorre no maravilhoso mistério do diálogo de Deus com cada pessoa

criança que passa pelo processo de iniciação cristã, vindo a receber os sacramentos a ela correspondentes, descobrindo a beleza da Palavra de Deus, a doutrina da Igreja e a graça da participação na Santa Missa terá abertas as possibilidades para fazer a pergunta sobre a vontade de Deus em sua vida, sobre vocação. Em família e na Comunidade cristã sejam desenvolvidos os valores da retidão, da honestidade, sinceridade, assim como a prática das virtudes. E é fundamental que tal processo seja preventivo, como magistralmente entendeu São João Bosco, para anteciparse à avalanche de contravalores existentes na sociedade. É bom que as famílias tomem consciência de que, encaminhando seus filhos à vida de Igreja, estão apenas e tão somente oferecendo o que existe de melhor, superando assim a ideia tão difundida quanto negativa de que seria necessário soltar os filhos para fazerem todo tipo de experiência. Com sabedoria e prudência, é necessário inclusive formar as novas gerações para um senso de limite, correspondente ao bem comum, às leis de Deus e, afinal de contas, à vocação

para o amor e não para o egoísmo, que Deus plantou no coração humano. Nos Evangelhos, existe uma forma de vocação, o chamado direto, feito por Jesus. Este pode e deve ser um caminho, graças a Deus presente também em nossas comunidades cristãs, quando alguém olha nos olhos de um jovem ou uma jovem e tem coragem para perguntar se alguma vez o chamado de Deus bateu às portas de seu coração! E os grupos, pastorais e movimentos de Igreja têm sido matriz para excelentes vocações ao matrimônio e para a consagração a Deus. Aliás, não é bom esquecer que o matrimônio exige, sim, vocação, prontidão para permitir que alguém entre na própria vida vinte e quatro horas por dia, a vida inteira! Dentre as realidades humanas, o matrimônio é sem dúvida a mais linda e a maior que Deus criou. Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou.É uma forma de consagrar-se a Deus! Se vale chamar alguém para uma vocação na Igreja, vale mais apelar para o dono da messe, orando insistentemente a fim de que tenhamos casais operários

da messe, religiosos e religiosas operários da messe, membros das novas comunidades que sejam mesmo operários, sacerdotes e diáconos verdadeiramente operários. Que Deus nos conceda ser um povo efetivo de trabalhadores em sua messe, abertos para os desafios do tempo presente, prontos a oferecer o melhor de nós mesmos para que cresça o Reino de Deus e sua Igreja.

O costume de dedicar o mês de agosto às vocações

O mistério do amor de Deus ilumina os recantos de nossa vida, malgrado todas as lacunas descobertas em nossa história


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IGREJA

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CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)

MISCELÂNEA

Um pequeno GRANDE livro (31)

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oje procurarei ver o que se diz – espero que dê para ver tudo – no pequeno grande livro aí do título, a respeito de dom Hélder Câmara, sobre quem ultimamente venho falando. Relembrando: a obra assim por mim chamada aí em cima intitulase “O monge e o pastor – diálogos para o mundo melhor, editora Objetiva, primeira edição, Rio de Janeiro, setembro de 2020 - consta de 27 cartas, 14 do monge beneditino Marcelo Barros

Todos os dias ele acordava de madrugada – não porque não tivesse sono

e 13 do pastor batista Henrique Vieira, intercambiadas por email durante a quarentena a que todos submetidos devido à pandemia do Covid 19. Essa correspondência vai de 04 a 21 de maio de 2020. Chamo o livro de pequeno por ele ser um pouco maior que um livro de bolso e ter apenas 175 páginas, e grande devido à importância de seu conteúdo. Sem mais, ao que escreve Marcelo Barros sobre Dom Hélder a Henrique Vieira na carta de seis de maio de 2020, uma quarta feira. Nela ele chama dom Hélder de “Meu querido mestre” e diz que o conheceu de perto e com ele trabalhou como secretário para ecumenismo e relações com as outras religiões, acrescentando que Dom Hélder sempre lhe deu

a impressão de saber conjugar bem uma vida de muitos compromissos sociais com a disciplina de certa solidão interior. Todos os dias ele acordava de madrugada – não porque não tivesse sono – porque queria, em oração diante de Deus, rever o dia que passara e se preparar espiritualmente para o que começava. Sobre isso escreve Dom Hélder: “O que seria de mim sem a Vigília? [...] A experiência ensina que, apesar das melhores resoluções e dos mais decisivos apelos de unidade, podemos acabar o dia esquartejados, de vez que nossos pedaços foram ficando aqui e ali, enquanto as horas passavam. Sem perder a serenidade e a paz [...] tentemos salvar a unidade antes de dormir. Se ela

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n DOM Hélder em oração

não se recompõe, tenhamos a segurança de dormir tranquilos e aproveitemos a vigília na madrugada e a celebração (da Santa Missa) para o reencontro.” (Apud Zildo Rocha. “papel da Vigília na espiritualidade de Dom Hélder.

“In irmão dos pobres e meu irmão. Presença de Dom Hélder em minha vida” . Recife: edição do autor. 2019. Fiquemos por aqui: na próxima edição de Miscelânea continuaremos a falar sobre Dom Helder. Shalom!

Sobre quem ultimamente venho falando

Dom Hélder sempre lhe deu a impressão de saber conjugar bem uma vida de muitos compromissos sociais com a disciplina de certa solidão interior

PRÓXIMA Jornada de Oração e Missão pela Paz será dedicada à paz na Terra Santa Em maio deste ano, o Papa Francisco expressou sua preocupação para uma região tão especial para os católicos e cristãos: a Terra Santa. Em sua mensagem, o Santo Padre chamou

a atenção para os conflitos armados na Faixa de Gaza, em Israel, responsável por inúmeras mortes, inclusive, segundo ele, a morte inaceitável de crianças. Segundo o Papa, os conflitos

geram uma onda de violência, numa espiral infinita dificultando a cura das feridas por meio do respeito e do diálogo. Por isto, o próximo dia 1º de agosto será dedicado pela

Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que so-

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

fre (ACN), a rezar na Jornada de Oração e Missão pela Paz na Terra Santa. A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série que coloca o valor da oração como “agir missionário” e

propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar por determinado país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelaterrasanta

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 6,24-35

24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade eu vos digo, estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou. 30 Eles perguntarem: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes?

31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. 32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” B) COMENTÁRIO

Aqui temos Jesus e a multidão, com um certo vínculo (v 25). Um casal de matrimônio, namorados, pais e filhos, pede informações: Onde esteve? Quando chegou? Indagações típicas de vínculos. Isto mostra certo elo do povo com Jesus, que cativa, que atrai.

“Rabi, quando chegaste aqui?” E o mestre, não diz a hora; mas faz uma reflexão para levá-los ao conhecimento e valor de sua pessoa. Ele os induz a uma segunda questão: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” E logo uma terceira: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?” E a quarta: Que obra fazes? O povo pede um sinal (v 30). E vê o sinal só em clave natural e quer encontrar o Moisés redivivo. Tudo é visto em perspectiva messiânica: O primeiro libertador (Moisés) fez descer o Maná; e agora o novo libertador (Jesus) apresenta o pão do céu. Jesus proclama que a esperança da multidão se cumpre nele (v 32-35). Os judeus leem na Escritura: Ele (Moisés) “deu” (passado) o pão do céu (v 31) e agora se lê: Deus Pai (não Moisés) “dá” (tempo presente) o verdadei-

ro pão do céu (v 32). Eles só entendem em dimensão material e Jesus responde clara e solenemente: Eu em pessoa sou o pão da vida (v 35). A multidão entende que para obter o alimento eterno haveria de “cumprir com a obra de Deus” (v 28). Jesus responde que a obra de Deus é a fé em Cristo. Nutrir-se do pão da vida, que é Cristo como sabedoria de Deus descida do céu a terra para alimentar os homens, significa “ir a ele”, “crer nele” (v 29). O presente do verbo “crer” em paralelismo com obra, leva a entender que não são apenas atos, momentos de fé; e sim uma vida inteira na fé. Ora, a Palavra de Deus (A.T.) e a sabedoria divina, são geralmente descritas com o simbolismo da fome, da sede e do banquete (Am 8, 11-13; Ecl 24, 19-22; Pr 9,1-6). Jesus é este alimento.

n 30/07 – SEXTA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Lv 23,1.4-11.1516.27.34b-37 Salmo - Sl 80,3-6ab. 10-11ab Evangelho - Mt 13,54-58 n 31/07– SÁBADO Cor: Branco 1ª Leitura - Lv 25,1.8-17 Salmo - Sl 66, 2-3. 5. 7-8 Evangelho - Mt 14,1-12 n 01/08 – DOMINGO Cor: Verde 1ª Leitura - Ex 16,2-4.12-15 Salmo - Sl 77,3.4bc.23-25.54 2ª Leitura - Ef 4,17.20-24 Evangelho - Jo 6,24-35 n 02/08 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Verde

1ª Leitura - Nm 11,4b-15 Salmo - Sl 80,12-17 Evangelho - Mt 14,13-21 n 03/08 – TERÇA-FEIRA Cor: Verde 1ª Leitura - Nm 12,1-13 Salmo - Sl 50, 3-7. 12-13 Evangelho - Mt 14,22-36 n 04/08 – QUARTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Nm 13,1-2.2514,1.26-29 Salmo - Sl 105,6-7a. 13-14. 21-23 Evangelho - Mt 15,21-28 n 05/08 – QUINTA-FEIRA Cor: Branco 1ª Leitura - Nm 20,1-13 Salmo - Sl 94,1-2.6-9 Evangelho - Mt 16,13-23


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SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

A comunhão promove a COLEGIALIDADE: viver e trabalhar juntos!

INTRODUÇÃO

N

a Igreja ninguém deve trabalhar sozinho e, quando isso acontece, é porque o sujeito da ação não está em sintonia com o verdadeiro dinamismo eclesial. Na Igreja vivemos e trabalhamos em colegialidade, ou seja, em colaboração, em sinergia, em espírito de corresponsabilidade. Quando cremos na importância da comunhão, refletimos e caminhamos juntos fraternalmente. Isso é sinodalidade! As consequências da mesma fé são muitas para a Igreja Católica. De diversas formas e em diferentes níveis, todos os batizados são chama-

Na Igreja vivemos a colaboração, ...todos os batizados são chamados à comunhão... participar de processos decisórios, porque somos uma família dos à comunhão e tem o direito de participar dos processos decisórios e são chamados ao senso de corresponsabilidade em níveis diferentes. Na Igreja Católica, quando falamos de colegialidade, significa a dinâmica da sinergia, convergência de esforços, de participação das lideranças e envolvimento de múltiplos sujeitos em processos de discernimento e tomadas de decisão em questões relativas à vida e missão da Igreja. Da consciência de comunhão decorre o “princípio da colegialidade”. Na Igreja os líderes e nem qualquer outra força viva não devem trabalhar isoladamente. Mas na prática, a colegialidade não se reduz a uma questão de processos decisórios, trata-se do dinamismo da vida da Igre-

DIVULGAÇÃO

ja porque somos uma família que vive em espírito de fraternidade.

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A função da Colegialidade O “princípio da colegialidade” nos apresenta o colégio, ou seja, o grupo, como sujeito responsável pela ampliação da visão e da profundidade do tratamento de uma questão, muitas vezes, em vista de uma tomada de decisão. A colegialidade é um forte remédio contra a prepotência do “eu já sei o que fazer” de um líder. Quem no serviço de liderança, em qualquer contexto, tem a presunção de saber tudo acaba incorrendo em graves males como aquela da ditadura. O “princípio da colegialidade” favorece o aumento das possibilidades de acertos, diminuindo a margens de erros, prejuízos, desvios, omissão. Onde há um só, ou poucos que mandam, lá corre-se mais perigos de erros. O “princípio da colegialidade” tem como finalidade promover a segurança, evitando a fragilidade das decisões autocráticas. A colegialidade diminuiu a miopia na visão da realidade e, por outro lado, oportuniza uma percepção mais profunda possível da mesma. Para a Igreja, porém, o “princípio da colegialidade”, não se identifica com a democracia. No espírito democrático a maioria tudo decide; na colegialidade eclesial todos contribuem honestamente para que a decisão seja correta e a mais sábia possível. Na Igreja a colegialidade não é opcional, mas é uma exigência da estrutura e dinâmica de governo da mesma em todos seus níveis. A colegialidade eclesial, evidencia a corresponsabilidade para com a Igreja, a necessidade da preservação do espírito de comunhão e serviço cooperativo no enfrentamento de desafios.

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Diversos níveis de colegialidade

n IGREJA diversos níveis de colegialidade promovem a comunhão

Na Igreja há diversos níveis de colegialidade: o universal que contribui para o bom serviço de animação e governo do papa contando com a ajuda dos cardeais e suas comissões; em segundo lugar temos as conferências episcopais em vários níveis, por exemplo, por continentes, nações e regiões; esses níveis de colegialidade, que também tem suas organizações internas, contribuem para a comunhão e consolida da Igreja no enfrentamento dos desafios pastorais comuns nos continentes (Europa, África, Ásia, Oceania, América) e países estabelecendo atitudes de atuação, prioridades pastorais, posicionamentos diante de determinados temas e situações concretas de cada país ou região. Isso é muito importante porque cada região do mundo tem suas características próprias que desafiam a evangelização. Há ainda a colegialidade em nível diocesano. Em cada diocese também o bispo não governa sozinho. Dependendo de cada diocese (da sua história e tamanho) há diversos conselhos como, por exemplo: o conselho episcopal, o conselho presbiteral, o conselho de cônegos, o conselho pastoral, etc. Todos tem como função contribuir com a animação pastoral, gestão administrativa e governo da Igreja através dos conselhos ao bispo diocesano que após, ouvir deve tomar as decisões convenientes. Outro nível de colegialidade é aquele paroquial. Esse ní-

vel de colegialidade vamos aprofundá-lo na próxima reflexão falando da importância do Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e do Conselho para Assuntos Administrativos e Econômicos (COPAE). Visto que a paróquia, em muitos contextos, é composta por uma rede de comunidades locais, reconhecemos outro nível de colegialidade que é aquele da liderança local. Quando numa comunidade se vive essa experiência da colegialidade, o coordenador da comunidade também não trabalha sozinho, mas vive a experiência da liderança através de uma equipe. Quando numa comunidade local há uma equipe coordenadora (por exemplo, o coordenador, vice, secretário e tesoureiro) a mesma tem mais consistência, abertura e espírito fraterno. Esse é o ideal. Enfim, a experiência da colegialidade significa a prática da liderança cooperativa, que preserva o senso de corresponsabilidade pastoral, alimenta o sentido de pertença, provoca o envolvimento, a participação, a fraternidade e preserva-se assim o zelo para com a fidelidade à comunhão eclesial.

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Jesus Cristo e a colegialidade A sensibilidade para com a questão o viver, pensar, trabalhar e caminhar juntos, tem sua fonte na identida-

de, palavras e atitudes do próprio Jesus Cristo. Antes de tudo, recordemos que Jesus é sujeito integrante de uma comunidade, a Santíssima Trindade e por isso, nada fez isoladamente. O senso comunitário da Igreja tem a sua fonte na Santíssima Trindade, a comunidade de Jesus. A Igreja, comunidade dos discípulos de Jesus Cristo, deve ter os olhos fixos no seu Mestre: em suas palavras, atitudes, sensibilidade, modo de agir, ensinar, pregar... No que diz respeito à liderança, Jesus não agiu sozinho, não foi centralizador, dominador, paternalista; Jesus não foi populista, autocrata e nem “herói solitário”, mas convocou pessoas em sua missão, as capacitou, as envolveu, as acompanhou, as educou para o sentido de corresponsabilidade, sentido de pertença; Jesus compartilhou com seus discípulos a sua nobre missão de Salvar a humanidade (cf. Mt 9-10; Mc 3,1319; Lc 6,12-16; Lc 10,1-9; Jo 21,15-19). Quando Jesus envia seus discípulos “dois a dois” está dando ênfase à dimensão comunitária da missão. Os discípulos participaram ativamente da missão de Jesus e deram continuidade a ela. Hoje somos nós os responsáveis pela promoção da missão da Igreja! A dinâmica de corresponsabilidade, comunhão e sinergia deve perma-

necer! Participamos da mesma missão, em variados níveis de responsabilidades... (cf. Jo 21,15-19; 1Cor 3,59; 1Cor 12,5). Também os apóstolos tiveram colaboradores, não trabalharam sozinhos. Fieis às atitudes e aos ensinamentos de Jesus, também as primeiras comunidades promoveram o espírito de corresponsabilidade, colaboração, solidariedade na missão, colegialidade no serviço de liderança. Não eram somente os apóstolos os responsáveis pela vida das comunidades: havia diáconos, ministros, pregadores, colaboradores, benfeitores... etc. Os colaboradores dos apóstolos eram pessoas contagiadas pelo Espírito (cf. At 11,28; 13,2-4), movidos por grande paixão missionária. Escrevendo aos Coríntios São Paulo afirma que todos colaboram e se afadigam na mesma obra que é a edificação da Igreja em vista do Reino de Deus; somos colaboradores que juntos trabalham na obra de Deus! (cf. 1Cor 1,8-9; 1Cor 16,16: 2Cor 6,1). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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O que significa a colegialidade eclesial? Por que é importante viver, trabalhar, pensar e decidir juntos? Quais são os males de uma liderança autocrática, herói solitário?

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Na Igreja há diversos níveis de colegialidade

universal, conferências episcopais, diocesano, paroquial, liderança local


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 30 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2021

FAMÍLIA NAZARÉ

Marituba rezou pela FAMÍLIA Nazaré dia 23 PARÓQUIA Nossa Senhora das Vitórias participou da Missa em intenção dos benfeiotores

A

próxima sextafeira, 8 de agosto, será dia da Missa em Ação de Graças pelos benfeitores da Família Nazaré, na Capela da Fundação Nazaré de Comunicação, localizada na Avenida Governador José Malcher, Edifício Paulo IV, no bairro de Nazaré. O compromisso de todas as sextas-feiras da Arquidiocese de Belém contará com a participação da Paróquia Nossa Senhora do Loreto para elevar a Deus a prece de gratidão pela Família Nazaré, os benfeitores da evangelização. A Ação de Graças dáse semanalmente para que a Arquidiocese reze em intenção das pessoas que todo mês cumpre, fielmente, o compromisso de ser um sócio

evangelizador, e pelo gesto de doar recuros à Igreja de Belém em favor da Fundação Nazaré de Comunicação, ajuda a propagra a mensagem de Deus não apenas em Belém, mas em toda a Amazônia Legal, e pelo mundo, uma vez que a ação evangelizadora desta Igreja particular está disponível também na internet. A Família Nazaré é formada então por esses membros que, pela sua generosidade, ajuda a manter o trabalhoda Fundação Nazaré de Comunicação. Cada pessoa que decide-se por fazer parte da Família Nazaré, torna-se um sócio evangelizador. "Ainda que você possa contribuir com apenas um pouco, nós precisamos da sua preciosa

nPE. REINALDO presidente da Santa Missa

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n AJUDE A FUNDAÇÃO! Pedido do celebrante aos telespectadores

ajuda", afirma o Arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa, presidente da Fundação Nazaré. A Fundação Nazaré propaga a evangelização da Arquidiocese de Belém pela comunicação: Rede Nazaré de Televisão, Rádio Nazaré FM, Portal Nazaré e o Jornal Voz de Nazaré. A gratidão da Arquidiocese, manifesta-se na Missa, às 16h, ao vivo, direto da capela da instituição, transmitida pela Rede Nazaré de Televisão, todas as sextas-feiras. A Missa do dia 23 foi presidida pelo padre José Reinaldo Ferreira, acompanhado de equipe litúrgica da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, localizada no Residencial Almir Gabriel, em Marituba, onde ele é pároco. Durante a celebração, padre Reinaldo expressou o que significa

a Fundação Nazaré. "É uma obra de Deus. Quero colocar no coração de nosso Senhor esta instituição que tanto bem faz para a nossa Igreja de Belém, as pessoas que emprestam seus dons profissionais a serviço do Reino de Deus".

O sacerdote evidenciou também o incentivo que a Fundação é para cada comunidade diocesana enalteceu a Família Nazaré. "Graças a você, irmão que faz suas doações, esta Missa pode ser partilhada com muitos, permite

que rezemos ple nossa paróquia no residencial Almir Gabriel". Concluindo a Missa, padre Reinaldo convidou o povo de Deus para a festividade de sua paróquia, que inicia em agosto para 15 dias festivos na comunidade.

n PAROQUIANOS presentes à celebração

Grupo responsável pela missa na próxima semana, dia 6/8: PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO LORETO

NOSSOS ANIVERSARIANTES Lidia Pereira de Oliveira Palmiro Rodrigues do Carmo José Gomes de Moura Berenice Tavares de Souza Francisca Gomes da Silva Wanda de Nazaré Matos da Silva Maria Marta da Silva Aarão Ruberval Nazareno Nascimento dos Santos Ana Célia Campos Rodrigues Ailton Celso Oliveira Marcio Mutran Costa Joana Taveira dos Santos Darcy Alves Serrão Juraci dos Santos Serrão Maria de Nazaré Rodrigues Teixeira Helena Savino da Paz Vera Lucia Oliveira Marjane Azevedo Serra Florenzano Ieda dos Reis Ribeiro Thelma de Fátima Fadel Dias Casal Alexandre Ribeiro e Simone Maria do Vale Neves Machado Narcely Nascimento Laranjeira Terezinha do Rosário Medeiros Vieira Ivone de Aquino Costa

Lucimar Alves Maciel Maria da Gloria Holanda Lima Maria de Nazaré do Nascimento Sandra Helena Isse Polaro Sandra Maria Silva Selma do Socorro Ferreira da Silva Cristiane Margareth Barreiro dos Santos Raymunda de Siqueira Mendes Vallinoto Andre Luiz Dax das Chagas Djean Rodrigo Miranda Figueira Luciano Ramos Maia Maria Regiane Duarte de Sousa Joana Caldas Barros Elisabete Benal da Rocha Moreira Rosilda Oliveira Martins Orlando Roldão Miranda Anna Celina Penin Favacho Maria de Lourdes de Oliveira Lima Benedito Costa Cordeiro Afonso Tadeu Santos Oliva Joana Selma Nascimento da Silva Gazola Orivaldo Benedito de Souza Laudomiro Soares de Amorim Junior Rita Gorete Soares Rodrigues da Silva Lucia Castro Nascimento Mara Cristina Nogueira Viana Vivian da Silva Lobato Carla Beatriz de Lacerda Nunes

Ivan Costa de Carvalho Jurandir Barroso de Souza Gilka Pimenta Lima Ruth Cecília Palmeira Gonçalves Ana Maria Dias Brito Eliete Andrade Lopes Maria de Nazaré Alves Rodrigues Daniel Silva Lobato Eliana da Silva Teixeira Ilailson Junior Cunha Alves Dejeane Layne Pereira Jardim Erandina Lima Guerreiro Nailsa Lima de Matos Maria de Nazareth Pena de Vasconcelos Raimunda Soares de Lima

Luiz Correa Junior Luiz de Franca Solon Maria Terezinha Castro Daibes Alvanir da Silva Carvalheiro Maria Noelia Souza da Silva Ana Maria Moreira Monteiro Domingas Rodrigues Cabral (In Memorian) Maria Ivete Lima dos Santos Maria Virginia Soares Antonio Maria Brigido de Araujo Maria Neves da Costa Mussio Francisco Golenhesky da Luz Carmem Julia Reis Maria do Socorro de Oliveira Lisboa Glaucia de Sousa Oliveira Gisely Castro

n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 30/07 – Pe. Pedro Saul Ruiz Alvarez 30/07 – Pe. Vicent Inalegwu Isa 31/07 – Pe. João Mometti 02/08 – Pe. Edmir José da Silva 04/08 – Pe. Antônio Cézar Augusto de Souza 05/08 – Diác. Alberto Alexandre Gonçalves Martins 05/08 – Diác. Manoel Onildo Botelho de França


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CADERNO DOIS

Maranhão prepara mais um CÍRIO de Nazaré FOTOS: DIVULGAÇÃO

DIRETORIA DA FESTA de Nazaré conduziu

imagem Peregrina à cidade de Montes Altos

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emonstrações de fé e devoção marcaram a visita da imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à cidade de Montes Altos, sudoeste do Estado do Maranhão, no dia 24 de julho. São os preparativos entre a Arquidiocese de Belém e a Diocese de Carolina, visando a realização do primeiro Círio de Nazaré na cidade de Montes Altos, a realizar-se de 4 a 12 de setembro deste ano no território maranhense, que já realiza o círio na capital, São Luiz, há 28 anos. A imagem chegou no portal da cidade de Montes Altos, conduzida por integrantes da Diretoria da Festa de Nossa Senhora de Nazaré, da Arquidiocese de Belém, Roberto de Oliveira Corrêa e Giselle Botelho Corrêa, acompanhados dos Guardas de Nazaré, Sidney Ferreira de Souza e Rafael Souza Dias. Animados por forte clima de fé, um pelotão de frente, formado por crianças vestidas de anjos, saudaram a imagem da Rainha da Amazônia com uma chuva de pétalas de rosas. Religiosos e fiéis em geral completaram as boas-vindas à Peregrina que lhes foi apresentada e, em seguida, levada em procissão até à a porta da Paróquia de Sant´Ana. À chegada da procissão à paróquia houve outra saudação especial à imagem Peregrina, acolhida com uma

apresentação musical de um grupo de jovens, nova chuva de pétalas de rosas do alto da torre da igreja e salva de fogos, seguida da celebração de Missa Solene. A Diocese de Montes Altos recebeu de presente uma réplica da imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré que, após a Missa, foi entronizada em um altar da igreja, preparado especialmente para ela. Em seguida, os fiéis organizaram-se em fila a visitá-la. “Missão cumprida! O povo de Montes Altos está de parabéns pela bela acolhida que fez à imagem de Nossa Senhora de Nazaré, o que foi muito lindo, muito maravilhoso, vê-la ser recebida pelas crianças vestidas de anjos, jogando pétalas de rosas. Depois, pelas ruas, o momento de benção para as pessoas”, comentou Roberto, representante da Diretoria da Festa de Nossa Senhora de Nazaré, de Belém. O diretor complementou que acredita que a cidade de Montes Altos está preparada para realizar com êxito o seu primeiro círio. “O povo de Montes Altos está de parabéns e conseguirá, sim, fazer do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em setembro, o mais belo da região”, finalizou. Bastante emocionado, o pa-

n CHEGADA da imagem Peregrina a Montes Altos

dre L u zi mar M o u ra da Luz, pároco daParóquia de Sant´Ana, disse que a chegada da imagem Peregrina a Montes Altos representa muito para a cidade e região, como o fortalecimento da fé. “Acredito que Maria traz para esta região, o Evangelho vivo, apresenta Jesus para este povo. Neste período de pandemia, nosso povo precisa de muita esperança, e estar junto de Maria, reforça esta mensagem de comunidade, de fortalecimento da fé e, sobretudo, de um recomeço”, avaliou o sacerdote. Dom Francisco Lima So-

ares, Bispo da Diocese de Carolina, a qual está vinculada a comunidade diocesana de Montes Altos, também mostrou-se muito feliz com a visita da imagem Peregrina ao povo de Deus naquela cidade. “O povo de Montes Altos é um povo de muita fé”, disse o pastor, feliz, com a repercussão da visita da imagem Peregrina ao seu rebanho.

Altos marca, ainda, o início de um novo tempo para a cidade, que com a realização do seu primeiro Círio de Nazaré, passará a ser um roteiro do turismo religioso, além do belo complexo postal eclesial que forma a Igreja Matriz, em estilo arquitetônico gótico, com umatorre réplica da famosa Torre de Pisa, existente na Itália. Montes Altos fica também, estrategicamente, localizada a pouco mais de 100 km do Parque Nacional da Chapada das Mesas e de Carolina, a cidade das águas.

TURISMO RELIGIOSO A visita da imagem Peregrina a Montes

n MISSA campal para homenagear a Rainha da Amazônia

n PE. LUZIMAR, o anfitrião

Oração do TERÇO marcará celebração de abertura do Mês Vocacional XCom os corações sensíveis à escuta do chamado e a certeza vocacional de que “Cristo nos salva e nos envia”, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresentou o tema do Mês Vocacional 2021, a ser celebrado em agosto. A temática vem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Christus Vivit, dentro do projeto do Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil (ChV 118-123). O lema é “Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna” (cf. Jo 5,24).

Para dar início as comemorações do Mês Vocacional, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, juntamente com o Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil, realizará uma celebração de abertura com um terço vocacional. A transmissão será feita no dia 31 de julho, às 17h, por meio das redes sociais da CNBB (@cnbbnacional) e Edições CNBB (@cnbbedicoes). O momento terá uma acolhida e motivação inicial que será feita pelo bispo auxiliar de Manaus e referencial da Pastoral Vocacional, dom Jo-

sé Albuquerque. O início do terço vocacional e o anúncio de cada ministério será feito pelo assessor da Comissão, o padre João Cândido Neto. Os demais mistérios serão rezados por membros do Serviço de Animação Vocacional/Pastoral Vocacional do Brasil. E dom João Francisco Salm, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, encerrará o momento. Padre João Cândido Neto explica que o momento será oportuno para rezar pelas vocações. “O melhor modo de promovermos a

cultura vocacional e o incentivo para a realização do Mês Vocacional em todo o Brasil é através da oração e faremos isso rezando o ter-

ço, confiando todo o nosso trabalho ao coração imaculado da Virgem Maria, contando com a sua intercessão”, finaliza.


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ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

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CENTENÁRIO da bênção da Paróquia São Francisco de Assis CAPUCHINHOS buscam ajuda para reforma da paróquia, abençoada em 1922

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o dia 3 de outubro de 1922 aconteceu a inauguração da Igreja de São Francisco de Assis-Capuchinhos, com a bênção solene da igreja edificada, contando com a participação de muitos fiéis que, após a bênção, entraram para participar da primeira celebração eucarística ali realizada. Em 2022, esse evento completará 100 anos e uma programação com várias homenagens está sendo preparada pelos capuchinhos. E, ainda, dentro desse projeto comemorativo do centenário, incluise as obras de restauro do prédio religioso. A igreja, em seu conjunto, apresenta as marcas profundas da passagem do tempo, precisando, portanto, de urgente restauração. Nesse sentido foi criado o Projeto Centenário, para estudos e planejamento de tudo que será necessário para a concretização da obra de restauração.

Serão priorizadas as obras com maior urgência, como telhado, sistema elétrico, altar mor, pintura interna e externa, sistema de som e, também, uma limpeza geral. Dado o custo necessário para a concretização da obra, os capuchinhos bem sabem da importância da união de todos, considerando que a igreja, ao longo de cem anos, tem acolhido tantas e tantas gerações, ‘alimentando sua fé em Jesus Cristo com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia’. No dia 2 de outubro de 1910 foi lançada a primeira pedra da igreja “em extraordinária solenidade”, como registrou na época o jornal A Província do Pará. Em 2 de outubro de 2010, foi celebrado o centenário de fundação da igreja. “Deus louvado!”, disse Frei Daniel de Samarate. “Nossa homenagem e nossa gratidão aos missionários capuchinhos lombardos, idealizado-

res e realizadores desse sonho: construir aqui uma igreja para a disseminação da semente de Cristo, e a todos os frades e religiosos da Ordem Capuchinha, que, aqui nesta igreja, serviram e servem a Deus e aos irmãos, com dedicação e zelo franciscano, ao longo destes 100 anos”, destacam os capuchinhos. Frei Luis Rota, pároco, juntamente com os frades e religiosos da fraternidade capuchinha que servem na paróquia, estão trabalhando no sentido de sensibilizar a todos no projeto de restauração da igreja. E muito além da comunidade paroquial, envolver também não paroquianos, empresas, profissionais diversos, como engenheiros, arquitetos, eletricistas, pintores, operários da construção civil, entre outros, num esforço coletivo para atingir o objetivo pretendido para a restauração dessa centenária igreja. “Quem sabe, juntos,

RÁDIO NAZARÉ

LUIZ ESTUMANO

n UMA VASTA programação de comemoração do centenário

poderemos realizar este sonho?”, destacam os capuchinhos. Os trabalhos já começaram. As demandas de autorização e licenças junto ao Departamento de Obras da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) já estão em andamento. Outra ação que também integra esse momento é o lançamento do concurso para a criação da logomarca do Projeto Centenário, cujo resultado foi apresentado na última festa junina da paróquia, sendo um dos eventos para levantar recursos finan-

ceiros. Outros eventos já estão programados até o próximo ano, culminando com a festa do Centenário. CONCERTO No dia 5 de agosto, às 19h, acontece o “Centenário in Concert”, uma apresentação com cantores e músicos paraenses. O espetáculo pode

ser visto diretamente na igreja, pelo telão instalado na pracinha ou pelas plataformas digitais YouTube e Facebook. “Você pode colaborar! Seja um patrocinador! Muito obrigado por sua colaboração! São Francisco de Assis abençoe a todos!”, destaca o pároco, Frei Luiz Rota.

SERVIÇO AJUDE ESSA OBRA!!! A parte cultural do Projeto Centenário dia 5 de agosto, às 19h, poderá ser vista pelo telão na pracinha, e pelas plataformas digitais da Paróquia São Francisco de Assis no YouTube e Facebook.

FM 91 .3 MHZ

BOA DICA

n CAMPANHA JULHO VERDE A conser vação e a preser vação dos manguezais foi abordada no programa Educação e Cidadania de quarta-feira, 28. A campanha celebra o Dia Mundial de Proteção dos Manguezais. O litoral dos Estados do Amapá, Pará e Maranhão abrigam 75% das florestas de mangue do Brasil (MMA, 2018), área

que corresponde a maior e mais preservada faixa contínua de manguezais do mundo, cerca de 7.500 quilômetros quadrados. A oceanógrafa Maura Sousa conversou com Jota Cardoso. Participe dessa mobilização e também das nossas discussões da Rádio Nazaré. (91) 8814-0275 (zap)/4006-9253.

TV NAZARÉ CANAL 30.1 n NAZARÉ NOTÍCIAS O telejornal Nazaré Notícias, da Rede Nazaré de Televisão, voltou a ser apresentado pelo jornalista Marcos Valério, que retornou de férias. A primeira edi-

ção continua às 12h até o dia 30 deste mês. A reexibição é às 19h e 22h. Sugestões de pautas e entrevistas podem ser enviadas pelo whatsapp (91) 98802-3444.

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n ORAÇÃO DO ROSÁRIO, AO VIVO Acompanhe de segunda a sexta-feira a Oração do Rosário, ao vivo, do Estúdio da Fundação Nazaré de Comunicação, às 17h, com transmissão pelo Portal Nazaré (www.fundacaonazare. com.br), Facebook (facebook. com/FNCBelem) e pelo canal

do Youtube (youtube.com/FNComunicacao). Participe conosco enviando seu pedido de oração pelos nossos números de WhatsApp: (91) 98814-0275 ou (91) 993155743 e pelos veículos de comunicação da Rede Nazaré!

n A BÍBLIA DA FAMÍLIA Padre José Bortolini, Livro (PAULUS, R$ 34,40)

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ocê conhece Raquel e José, Gabriel e Débora? São grandes personagens bíblicos. Mas são também os nomes de uma bela família, que ama a Bíblia e vive momentos ótimos. Raquel e José querem nos conduzir pelos caminhos da Palavra de Deus, contando grandes histórias. Chame o papai, a mamãe e seus irmãos e vamos descobrir juntos com Gabriel e Débora, as fantásticas histórias da Bíblia. n HUMANO NA DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO Joana Teresinha Puntel, Livro (Paulinas, R$ 21,50)

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este livro, o Congresso on line de Comunicação realizado pelo Paulinas Cursos EAD e o Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC) oferecem o conteúdo profundo de vários palestrantes, que promove uma formação humana e cristã com o tema “O humano na dinâmica da comunicação” para “um jeito novo e criativo de evangelizar”. “O tônus do Congresso, contudo, não foi um espaço de lamentação, antes, de indignação; não foi um tempo de confissão da impotência humana diante do caos pandêmico, antes de coragem em elucidar caminhos novos e ousados, como respostas aos desafios, ou seja, àquilo que incita a fazer algo. O desafio é uma incitação à ação. Aliás, esse é o melhor sentido da palavra esperança, porque ela, a um só tempo mistura, saudavelmente, indignação diante de algo e ousadia, destemor, na ação. É a esperança em ato” (Dom Joaquim G. Mol) Organização de Joana T. Puntel e Equipe do Sepac. Textos de D. Joaquim G. Mol, Elizabeth Saad, Helena Corazza, Ismar O. Soares, Joana T. Puntel, Luís M. Sá Martino, Moisés Sbardelotto.


VATICANO

CADERNO DOIS BELÉM, DE 30 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2021

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"um dos maiores DESAFIOS hoje é vencer a fome" PAPA FRANCISCO junto à Pré-Cúpula sobre os sistemas alimentares da ONU

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om informações Vatican News. “P roduzimos comida suficiente para todas as pessoas, mas muitas ficam sem o pão de cada dia. Isso ‘constitui um verdadeiro escândalo’, um crime que viola direitos humanos básicos”, denuncia o Papa Francisco junto à Pré-Cúpula sobre os sistemas alimentares da ONU na tarde da segunda-feira, 26. O Pontífice recorda que é “dever de todos extirpar esta injustiça através de ações concretas e boas práticas, e através de políticas locais e internacionais ousadas”. O Papa Francisco, através de uma mensagem, também participa da Pré-Cúpula sobre sistemas alimentares da ONU que começou também na segundafeira, 26, em Roma, junto com representantes de mais de 110 governos do mundo, entre eles, o Brasil. A

programação aconteceu até quarta-feira, 28,– em formato híbrido, presencial e virtual – preparam o maior evento global sobre o tema agendado para setembro, na Assembleia Geral das Nações Unidas. O texto em espanhol do Pontífice foi lido pelo secretário para as Relações com os Estados do Vaticano, dom Paul Richard Gallagher, e dirigido ao secretário geral das Nações Unidas, António Guterres. Na mensagem, Francisco começa destacando “como um dos nossos maiores desafios hoje é vencer a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição na era da Covid-19”, uma pandemia que projetou ainda mais as injustiças, “minando a nossa unidade como família humana”, sobretudo os pobres e a casa comum. É necessária “uma mudança radical”,

FOTOS: DIVULGAÇÃO

alerta o Pontífice, diante da exploração da natureza com o uso irresponsável e o abuso dos bens. DESPERDÍCIO ALIMENTAR Nessa perspectiva, continua o Papa na mensagem, a “correta transformação dos sistemas alimentares desempenha um papel importante” para fortalecer economias locais e reduzir o desperdício alimentar, por exemplo. Para garantir “o direito fundamental a um padrão de vida adequado” para alcançar a Fome Zero até 2030, “não basta produzir alimentos”, comenta Francisco, mas é preciso “uma nova mentalidade e uma nova abordagem integral e projetar sistemas alimentares que protejam a Terra e mantenham a dignidade da pessoa humana no centro; que

n PAPA FRANCISCO às Nações Unidas em imagem de arquivo

garantam alimentos suficientes globalmente e promovam o trabalho digno em nível local; e que alimentem o mundo de hoje, sem comprometer o futuro”. O Papa, então, orienta para a recuperação do setor rural como ação fundamental na pós-pandemia e para corrigir “as raízes do nosso sistema alimentar injusto”. O Papa fi-

naliza a mensagem: “Ao longo deste encontro, temos a responsabilidade de realizar o sonho de um mundo onde o pão, a água, os remédios e o trabalho fluam em abundância e cheguem primeiro aos mais necessitados. A Santa Sé e a Igreja Católica estarão a serviço desse nobre objetivo, oferecendo a sua contribuição, unindo for-

ças e vontades, ações e sábias decisões.” E um vídeo especial intitulado “Comida para todos: um apelo moral”, com uma prévia lançada na segunda-feira, 26, foi exibido na sessão da PréCúpula que o Vaticano sediou na terça-feira, 27, o Papa Francisco reforça a preocupação com as vítimas da fome e da desnutrição no mundo.

40 dias de oração preparam VISITA de Francisco à Eslováquia Com informações Vatican News. Quarenta dias de oração, para se preparar espiritualmente para a visita do Papa: esta é a iniciativa lançada pelas Pontifícias Obras Missionárias da Eslováquia, país que Francisco visitará de 12 a 15 de setembro próximo. A “maratona” de oração será realizada de 7 de agosto a 15 de setembro. É pedido a cada fiel que reze diariamente o Rosário na igreja, em casa ou na própria comunidade. “Convidamos as

pessoas de boa vontade - escrevem os organizadores em uma nota - a participar na preparação de um ‘buquê espiritual’, no qual cada fiel depositará, de preferência uma flor, por meio de uma oração pela Eslováquia e pelo Papa”. Os bispos eslovacos, por sua vez, encorajam os fiéis a olhar o exemplo da Virgem Maria e de São José, seu Esposo, que “nos guiam no seguimento de Jesus e nos levam a reconhecer os traços da sua presença

na nossa vida, nas expectativas e nos desejos mais profundos do nosso coração”. E “a este caminho de vida, a esta peregrinação continuam os prelados - todos somos convidados: indivíduos, famílias, comunidades. O próprio Papa Francisco participará em setembro e nos encorajará pessoalmente”. Ta m b é m o b i s p o auxiliar de Bratislava, Dom Jozef Ha?ko, responsável pela preparação espiritual da visita papal de setembro, convida os fiéis a

n O PAPA será recebido pelo presidente da Eslováquia no Palácio Presidencial de Bratislava

rezar o Rosário todos os dias, para que as palavras que o Pontí-

fice pronunciará na Eslováquia “caiam em terreno fértil e deem,

como fruto, uma relação mais profunda com Jesus Cristo”.

TÓQUIO 2020: Papa pede que Jogos Olímpicos sejam «sinal de esperança» Com informações agência Ecclesia. O Papa enviou em 25 de julho passado uma mensagem aos participantes e organizadores dos Jogos Olímpicos que decorrem em Tóquio, desejando que o evento seja um “sinal de esperança”. “Neste tempo de pandemia, que Estes

jogos sejam um sinal de esperança, um sinal de fraternidade universal, na senda da sã competição”, referiu, depois da recitação do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano. Francisco rezou para que Deus abençoe os organizadores, os

n PAPA enviou bênção aos participantes e organizadores

atletas e todos os que colaboram nesta “grande festa do desporto”. A cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio, adiados por um ano devido à pandemia de Covid-19, decorreu na última sexta-feira. O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou a mudança do lema que marcam os Jogos, somando ao desafio ‘Mais rápido, mais alto, mais forte’ a palavra ‘juntos’. A ‘Athletica Vaticana’, o primeiro organismo desportivo do Vaticano, considerou esta mudança um “sinal de solidariedade” sugerido pela encíclica ‘Fratelli tutti’, escrita pelo Papa Francisco e publicada em outubro de 2020.

Os JO 2020 terminam a 8 de agosto, seguindo-se a 16ª edi-

ção das Paraolimpíadas, de 24 de agosto a 5 de setembro de

2021, também adiada por um ano devido à pandemia.

N S

este tempo de pandemia, que as Olimpíadas de Tóquio sejam um sinal de esperança, um sinal de fraternidade universal sob a bandeira da competição saudável. (25 de julho)

eria belo nos perguntar todos os dias: “Hoje, o que levo a Jesus?”. Ele pode fazer muito com uma nossa oração, com um nosso gesto de caridade pelos outros. Deus ama agir assim: faz grandes coisas a partir daquelas pequenas, gratuitas (25 de julho)

Q

ueridas avós, queridos avôs, qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto (25 de julho)


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BELÉM, DE 30 DE JULHO A 5 DE AGOSTO DE 2021

EM NAZARÉ

CADERNO DOIS

AGOSTO: mês das vocações

n Por Don André Patrick Maria do Nascimento

DEVEMOS em tudo, por amor ao próximo, nos santificar mutuamente

O

mês de agosto é propício para refletirmos sobre as vocações. Esta iniciativa deu-se inicio em 1981, na 19ª Assembleia Geral da CNBB, tendo como objetivo conscientizar-nos de que todos nós somos vocacionados. Em outras palavras, nasce para fomentar a vocação eclesial na comunidade. Por isso, cada domingo é dedicado a um tipo de vocação. O primeiro, por exemplo, é dedicado as Vocações Sacerdotais, assim como o próximo será dedicado a Vocação Familiar; o terceiro as Vocações Religiosas. Concluindo o mês, estaremos unidos para celebrarmos as Vocações Laicais.

De fato, todos nós, batizados, e, portanto, filhos de Deus, chamados a vida nova, necessitamos buscar a vocação universal, isto é, a santidade (Cf. Lv 19,2; 1Pd 1,15), independente da forma que seja e onde quer que ocorra; sendo sacerdote, religioso (a), assim como, um pai ou uma mãe de família, como também, um leigo consagrado. Devemos em tudo escutar (shemá) a Nosso Senhor. No entanto, alguns pontos fazem-se necessários. Em primeiro lugar, é Nosso Senhor que nos chama, assim como fez com Samuel (Cf. 1Sm 3,4-11), ou ainda, com os discípulos (Cf. Mc 1,16-20; Mt 4,18-22; Lc 5,1-11); em segundo lugar, es-

te chamado deve ter por objetivo o outro. A vocação, qualquer que seja, deve ter como base o próximo. Ninguém se casa sozinho e tampouco os casais devem se individualizar, caso contrário, o chamado vocacional, não se consumaria, já que o individualismo predominaria; assim como os sacerdotes, religiosos (as), leigos (as) consagrados (as), não devem se individualizar, e sim, por em prática o primeiro mandamento. Por fim, os vocacionados, certos de que foram chamados por Deus ao serviço do próximo, devem contribuir, à salvação de todos. Os casais, por exemplo, devem conceber sua união, não

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

n O MÊS de agosto é propício para refletirmos sobre as vocações

como um martírio e sim como meio à santificação. Do mesmo modo os sacerdotes e/ ou religiosos. Devemos em tudo, por amor ao próximo, nos santificar mutuamente; eis o objetivo e a exigência que cabe a todos nós,

uma vez que abraçamos livremente um modo de vida. Dessa forma, percebemos como ao longo da história, Deus suscitou santos homens. Santas e Santos fundadores de várias congregações, que por

meio de um estilo de vida, buscaram livremente abraçar a vocação recebida de Deus, juntamente com todas as consequências que pudessem surgir, tendo sempre em vista a o amor e a salvação de todos.

CAMPANHA de renovação dos equipamentos de transmissão continua! Os Padres Barnabitas subverteram a condição desafiadora vinda do cenário pandêmico para a favorável missão de utilizar a comunicação como ferramenta de evangelização. Pela tela da televisão, computador ou celular, os fiéis

podem acompanhar as celebrações realizadas na Basílica de Nazaré com a qualidade necessária para participarem da Santa Missa ainda que estejam em casa. Dando continuidade a este propósito, a comunidade barnabítica

n OS FIÉIS podem acompanhar as celebrações

CONTRIBUA CONOSCO Obras Sociais da Paróquia de Nazaré – CNPJ 04.746.442/0001-32 Banco Bradesco (237) Agência 23981 / Conta Corrente: 3-5 Banco do Brasil (001), Agência: 16861 / Conta Corrente: 122005-5 Caixa Econômica Federal (104), Agência 0820 / Conta Corrente: 501-3 PIX: 04.746.442/0001-32

que administra o Santuário, tem investido, com a ajuda dos devotos, em equipamentos de comunicação modernos para assim promover a fortaleza do encontro com Cristo ao povo cristão, a partir das transmissões das santas celebrações realizadas na Igreja. A campanha de renovação dos equipamentos de transmissão continua. Ajude-nos! Contribua para com a modernização das transmissões no Santuário da Rainha da Amazônia. Faça sua doação online, acesse: www.basilicadenazare. com.br ou através de transferência bancária.

n CAMPANHA de renovação dos equipamentos

Acompanhe os horários das celebrações transmitidas: Segunda a sexta-feira: 7h e 18h (TV Nazaré, Facebook e YouTube) Sexta-Feira: 9h (Rede Vida de Comunicação) Domingo: 8h (TV Cultura do Pará e YouTube) 10h e 18h (Facebook e YouTube)

IMPLANTADA missa em honra a Santo Antonio Maria Zaccaria Santo Antonio Maria Zaccaria é o fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo (Barnabitas), da Congregação das Irmãs Angélicas e dos Casais de São Paulo. Tornou-se primeiramente médico, que sempre cuidou do corpo e da alma dos fiéis que nele buscam auxilio.

Para honra-lo, os Padres Barnabitas que atuam na Basílica Santuário de Nazaré decidiram que, a partir de julho, celebrarão uma missa em ação de graças ao jovem santo. A celebração acontecerá sempre na primeira quinta-feira de cada mês, às 7h, no Santuário da Rainha da Amazônia.

A Santa Missa é presencial e, dentro do Santuário, deve-se respeitar as orientações da Organização Mundial da saúde quanto as normas de segurança para que a saúde de todos seja preservada. Além disso, conta com transmissão ao vivo pelas plataformas digitais (Facebook e youtube), e TV Nazaré, canal 30.


ARQUIDIOCESE

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o dia 27 de julho, às 20h, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) promoveu uma live para desenvolver o processo de Escuta da Assembleia da América Latina e Caribe. A live pode ser acompanhada, ao vivo, da página do CNLB no Facebook: @conselhodeleigos. A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe tem como lema “Somos todos discípulos missionários em saída” e será realizada de 21 a 28 de novembro de 2021, presencialmente no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, e de forma remota em outros lugares da América Latina e do Caribe. COMO PARTICIPAR: A escuta é uma proposta aberta a todos, na qual é possível participar através de atividades comunitárias, fóruns temáticos e contribuições individuais, com inscrições feitas através da utilização de uma plataforma de colaboração on-line, no website da Assembleia Eclesial, na seção “Escuta”. É necessário um cadastro

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CNLB ajuda a promover o processo de escuta da assembleia eclesial O PRAZO FINAL para encaminhar as contribuições termina no dia 30 de agosto no endereço para oferecer a contribuição na plataforma. Para o processo foram elaborados materiais que já se encontram disponíveis no site da Assembleia da América Latina e do Caribe. O Documento para o Caminho em português, está organizado no método pastoral de “ver”, “julgar” ou “iluminar” e “agir”. O prazo final para encaminhar as contribuições para o processo de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, organizado pelo Conselho Episcopal Latino Americano (CELAM), termina no dia 30 de agosto. Esse prazo foi estendido em quase dois meses – a pedido de várias conferências episcopais – para que a participação nessa atividade fosse mais ampla e permitisse reunir as vozes do Povo de Deus de todo o continente. No Brasil, a equipe nacional de animação pastoral da Assembleia tem se mobilizado junto às arquidioceses, dioceses, pastorais,

organismos e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na promoção de atividades de formação e de orientação sobre o processo de escuta que pode ser realizado através de atividades comunitárias ou em contribuições individuais diretamente no website da Assembleia Eclesial.

1ª ASSEMBLEIA ECLESIAL DA AMÉRICA LATINA E CARIBE PARTICIPE!! Site oficial: https://assembleiaeclesial.com.br Instagram: instagram.com/assembleaeclesial/

Facebook: facebook.com/assambleaeclesial

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCemS45Mntgzhnr uQeLH5csQ?view_as=subscriber

Twitter: twitter.com/Aeclesial

F

oi no século XVI que surgiu, no período da Reforma e da Pós-Reforma, o primeiro tratado sistemático do conceito de “Sensus fidei fidelium”. “Os reformadores enfatizaram a primazia da Palavra de Deus na Sagrada Escritura (Sola Scriptura) e do sacerdócio dos fiéis. Segundo eles, o testemunho interior do Espírito Santo dá a todos os fiéis a capacidade de interpretar por eles mesmos a palavra de Deus. Essa convicção, no entanto, não os impediu de dar instrução nos sínodos e produzir catecismos para a instrução dos fiéis. As suas doutrinas colocavam em questão, entre outras coisas, o papel e o estatuto da Tradição, a autoridade de ensino (o Magistério) do papa e dos bispos, e a infalibilidade dos Concílios. A fim de responder a afirmação deles, segundo a qual a promessa da presença

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

SÍNODO ARQUIDIOCESANO DE BELÉM

O Sensus Fidei na história da Igreja GREJA – 2 de Cristo e a ação de guia do Espírito Santo foi dada a toda a Igreja, e não somente aos Doze, mas também a cada batizado, os teólogos católicos foram induzidos a explicar mais completamente em que sentido os pastores estão ao serviço da fé do povo. Ao fazer isso, eles concederam uma atenção crescente à autoridade magisterial da hierarquia” (n. 29). “O Concílio de Trento apelou ao julgamento de toda a Igreja para defender os artigos controversos da doutrina católica, e “os teólogos do período pós-tridentino afirmam a infalibilidade da Ecclesia (pelo qual eles entendiam a Igreja toda, incluindo seus

pastores) in credendo, embora ele distingam de forma bastante clara os papéis da “Igreja docente” e da “Igreja discente” (n. 33). O século XIX foi outro momento decisivo para a doutrina do sensus fidei fidelium. Ele viu acontecer na Igreja Católica a consciência da historicidade, o ressurgimento do interesse pelos Padres da Igreja e pelos teólogos medievais, e um renovado estudo do mistério da Igreja, em parte como resposta às críticas provenientes dos representantes da cultura moderna e cristãos de outras tradições e, em parte, em virtude de um amadurecimento interno. ...Os teólogos começaram a iluminar

o papel ativo de toda a Igreja e, especialmente, a contribuição dos fiéis leigos na preservação e transmissão da fé da Igreja (n. 34). “A Constituição Dogmática Pastor Aeternus do Concílio Vaticano I, que definia o magistério infalível do Papa, não ignorou o sensus fidei fidelium; pelo contrário, ela a pressupôs. ...E a que a assistência especial dada ao Papa não o coloca a parte na Igreja e não exclui nem a consulta nem a cooperação. A definição da Imaculada Conceição foi um exemplo, segundo ele, de um caso “difícil, em que o Papa julgou necessário, para sua informação, interrogar os bispos, como meios ordinários, sobre

o pensamento das Igrejas” (n. 40). “No século XX, os teólogos católicos examinaram a doutrina do sensus fidei fidelium no contexto de uma teologia da Tradição, de uma eclesiologia renovada e da teologia do laicato. Eles enfatizaram que “a Igreja” não se identifica com seus pastores; que toda a Igreja, pela ação do Espírito Santo, foi o sujeito ou o “órgão” da Tradição; e que os leigos têm um papel ativo na transmissão da fé apostólica. O Magistério assumiu estes desenvolvimentos tanto na consulta, que levou à definição da gloriosa Assunção da bem-aventurada Virgem Maria, quanto

no Concílio Vaticano II, que restabeleceu e confirmou a doutrina do sensus fidei (n. 41). “Yves M.-J. Congar (1904-1995) trouxe uma contribuição significativa para o desenvolvimento da doutrina do sensus fidei fidelis e do sensus fidei fidelium. ... Ele descreveu o sensus fidelium como um dom do Espírito Santo, “concedido ao mesmo tempo à hierarquia e a todo o corpo de fiéis”, e ele distinguiu a realidade objetiva de fé (que constitui a Tradição) de seu aspecto subjetivo, a graça da fé. Onde no passado os autores haviam enfatizado a distinção entre a Ecclesia docens e a Ecclesia discens, Congar teve o cuidado de mostrar a sua unidade orgânica. “A Igreja que crê e ama, isto é, o corpo dos fiéis, é infalível na posse viva da fé, e não em um ato ou em um juízo particular”, escreveu ele. O ensino da hierarquia está a serviço da comunhão” (n. 43).


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ARQUIDIOCESE

Ananindeua festeja Santo Inácio de LOYOLA PROGRAMAÇÃO litúrgica envolve Missas, procissão e cavalgada em homenagem ao santo jesuíta

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Paróquia de Santo Inácio de Loyola, localizada no Icui-Guajará, em Ananindeua, realiza a sua festividade em homenagem ao padroeiro até o dia 31 deste mês, com programação litúrgica e cultural, tomando todas as medidas de segurança contra a pandemia. A programação daparóquia se destaca na Regiõa Episcopal São Vicente de Paulo, como explica o pároco, padre Edvaldo Amaral. "Nossa paróquia está situada em uma região da área metropolitana de Belém, e nossa comunidade guarda muito de costumes ainda vistos em igrejas do interior, peculiaridades tratadas com muito carinho por nós". Tradicionalmente, a evangelização que antecede a festa do padroeiro vem sendo realizada com limitações por conta da pandemia, mas as forças vivas seguem animando a programação.

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

A reportagem do Jornal Voz de Nazaré acompanhou domingo, 25, um dos marcantes moentos da festividade deste ano. Após a Santa Missa da manhã, a comunidade paroquial reuniu-se para acompanhar a procissão com a imagem do padroeiro pelo bairro. Saindo da igreja Matriz, a imagem de Santo Inácio de Loyola foi conduzida em carro aberto e acompanhada por devotos cavaleiros, inspirados pela fé na intercessão do padroeiro. CAVALGADA DE FÉ Padre Edvaldo conta que a cavalgada em homenagem a Santo Inácio foi uma iniciativa de alguns paroquianos há quatro anos. "Eles escolheram um aspecto da vida de santo Inácio e decidiram realizar a cavalgada, pois o santo foi um competente cavaleiro". Também influiu na opi-

n PADRE EDVALDO esteve á frente da procissão pelo Icuí

ninião dos idealizadores, o fato de que Ananindeua é uma cidade do interior, está localizada em área de costumes que recordam a vida no interior, e por isso, quiseram instituir a cavalgada, também porque alguns paroquianos tem na equitação um hobby. Duas comitivas foram formada para a homenagem a Santo Inácio. Kerrey Fortes foi um dos que participou. Afirma que é um monento que alia duas coisas importantes para sua vida: a fé e o gosto pela cavalgada. "Interessante este aspecto da vida de Santo Inácio. Valoriza nossa ligação com o aspecto rural da vida em Ananindeua, ao mesmo tempo que é algo difrente emn nossa festividade" Yandra Duarte, outra paroquina que gosta de cavalgar, viu na procissão uma oportunidade também para manifestar sua fé e "incentivar a importância do cuidado com os animias, além de ser uma atitude cristã de amar as criaturas n SANTA MISSA deun início à programação dia 25 e a natureza, dom de Deus para nós".

O PADROEIRO Ofundador da Companhia de Jesus nasceu no Castelo de Loyola, em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491. Filho de família cristã da nobreza rural, batizado como Iñigo, mas depois mudou seu no-

me: Inácio. Em 1506, aproximadamente 15 anos, colocou-se a serviço do reinado de Fernando de Aragão. Foi um exímio cavaleiro, inclinado a aventuras militares. Em combate, foi ferido e na convalescença, converteu-se.

n CAVALGADA tradição há 4 anos

Homenagem a DOM ELISEU Maria Corolli As Irmãs Missionárias de Santa Teresinha e os Padres Barnabitas celebraram dia 29 de julho, os 39 anos de Entrada na Glória do Servo de Deus, Dom Eliseu Maria Coroli. A passagem da data será celebrada com Missa na Basílica Santuário de Nazaré, às 18h, presidida pelo pároco, padre Francisco Cavalcante. O FELIZ MISSIONÁRIO DA AMAZÔNIA Dom Eliseu Maria Coroli nasceu em Castelnuovo, pequeno povoado da Província de PiacenzaItália, a 9 de fevereiro de 1900. De família humilde, Eliseu conheceu a dureza da vida de lavrador. C re s c e u n u m a m biente sadio, onde o

trabalho, o respeito e a oração frequentes uniam a família. O desejo de encontrar a verdadeira felicidade levou o pequeno Eliseu a ingressar na Escola Apostólica da Congregação dos Padres Barnabitas. No dia 15 de março de 1924 foi ordenado sacerdote. Vindo como Padre para o Brasil, começou para o jovem missionário uma vida de grandes lutas apostólicas que se tornaram um grande desafio para sua fé e coragem. Eleito Bispo da Prelazia do Guamá, tendo como sede a cidade de Bragança-PA, passou a dirigi-las como amor, caridade e alegria. Percorria as vastas paróquias da Prelazia, a pé, por ramais

feitos por moradores, de barco ou a cavalo. Na região Amazônica, especialmente no Pará, desenvolveu longa vida de ação laboriosa, cheia de amor a Deus e ao próximo, e repleta de boas obras. P re o c u p o u - s e d e tal modo com o desenvolvimento integral da pessoa humana que fundou obras, as quais, mais tarde, seriam a continuação do seu ideal, como Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, Escolas, Hospital e Escola Radiofônica. O que mais caracterizou a sua vida foi o espírito de oração e profunda alegria que ele transmitia a todos que dele se aproximavam. Seu sorriso constante foi a grande marca de sua personalidade. O sorriso de

OBSERVAÇÃO Quem conseguir alguma graça por intermédio de Dom Eliseu, favor escrever ou comparecer no seguinte endereço: Avenida Magalhães Barata 52. Nazaré. Irmãs Missionárias de Santa Teresinha Ou pelo telefone do Memorial de Dom Eliseu: (91) 3425-1448/(91)98315-4443 E-mail: ilda38 moreira@hotmail.com

Dom Eliseu era uma oração, e seu sorriso contínuo era a sua oração contínua. A caridade fraterna a toda prova, e o ardente zelo apostólico fizeram parte integrante de sua ardorosa vida missionária. Após intensos trabalhos e sofrimentos, vividos na Região Amazônica, Deus o recebeu na sua morada, no dia 29 de julho de 1982, para premiá-lo pelos inúmeros sacrifícios, feitos com amor, e por todo o bem que semeou na Igreja.

Novena à SAGRADA FAMÍLIA Sagrada Família, Jesus, Maria, José, pelos privilégios que concedestes ao Servo de Deus, Dom Eliseu Maria Coroli, pelas milhares de vezes que ele invocou os vossos nomes benditos; pela sua união constante com Jesus, imolado nas Santas Missas; pelo seu sorriso contínuo, num contínuo ato de amor infinito; pela alegria que ele vos deu aqui na terra, com seus pequenos e grandes sacrifícios, oferecidos com jubiloso amor filial e pelos louvores que ele vos dá agora no Paraíso, concedei-me esta graça… (Faz-se o pedido)

Pai nosso, Ave Maria e Glória ao Pai... (Com Aprovação Eclesiástica)


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