ARQUIDIOCESE
DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA
PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR
ANO CV - Nº 924 - PREÇO AVULSO: R$1,00
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
www.fundacaonazare.com.br
Forte clamor à Divina MISERICÓRDIA
DIVULGAÇÃO
Medite com o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, sobre a data dedicada pela Igreja à Misericórdia Divina. Assume relevância maior ainda o clamor do povo de Deus diante da pandemia do coronavirus. CAD. 1, PÁG. 3 FOTOS: DIVULGAÇÃO
n A MISERICÓRDIA Divina é o tema central das reflexões da Igreja em todo o mundo neste domingo, 19 de abril
n CÔN. ROBERTO: benção com o Santíssimo Sacramento
M A R I A BELÉM sob a olha pelos proteção de ribeirinhos Jesus Cristo n MATERNO cuidado: imagem de Maria é conduzida pelos rios de Belém
Imagem Peregrina visiPandemia é razão da ta região insular de Belém benção de Belém. Côn. pelo fim da pandemia. Roberto, Cura da Sé, reza CADERNO 2, PÁGINA 4 pelos fiéis. CAD. 2, PÁG. 3
2
OPINIÃO
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
VEXILLA REGIS , um detalhe da Sagrada Cruz
"A
quela Cruz nua do Filho do Altíssimo está lançando ao mundo este pregão assombroso: A verdadeira grandeza está na humildade; a verdadeira vitória na paciência; a verdadeira felicidade no sacrifício; a verdadeira riqueza no desapego de tudo; o verdadeiro lucro em dar aos necessitados; a verdadeira glória no sofrimento; a verdadeira realeza no serviço de Deus; o verdadeiro progresso na renúncia de si mesmo; a verdadeira liberdade na sujeição ao dever; o verdadeiro gozo na imolação das paixões; a verdadeira habilidade na simplicidade do coração; a verdadeira sabedoria na loucura da Cruz”. (Trecho do Vexilla Regis, escrito por Dom Antônio de Macêdo Costa, 10º Bispo do Pará (1860-1890), quando de
sua prisão na Ilha das Cobras). Mundialmente famoso, o hino Vexilla Regis, é um dos maiores no tesouro da Igreja Latina e, “certamente um dos mais emocionantes de nossa hinologia” (Duffield). Foi escrito por Venantius Fortunatus, e foi cantado pela primeira vez numa procissão de 19 de novembro de 569, quando uma relíquia da verdadeira Cruz, enviada pelo Imperador Justino II do Oriente, a pedido de Santa Radegunda, foi realizada com grande pompa de Tours até o seu mosteiro de Saint-Croix, em Poitiers. Seu uso processional original é relembrado no Missal Romano na Sexta-feira Santa, quando o Santíssimo Sacramento é levado em procissão do repositório até o altar-mor.
D
epois do domingo de Páscoa, algumas pessoas me perguntaram qual minha sensação, o que eu experimentei, espiritualmente, assistindo, pela televisão, às cerimônias transmitidas ao vivo, fossem as da Catedral, ou as do Vaticano, com o papa Francisco à frente. Minha resposta cabia numa simples crase. Eu não assisti à missa. Eu assisti a Missa. Não assisti às cerimônias. Assisti as cerimônias. Pode parecer bobagem, um preciosismo gramatical, mas está longe disso. Bem longe por sinal. O verbo assistir possui, pelo menos, quatro sentidos: ver; ajudar
JOÃO CARLOS PEREIRA
Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)
PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO
Semana Santa: entre ver e participar ou participar; dar assistência, e morar. Quando a pessoa apenas vê, observa, olha, tem crase na letra a. Se ajuda, participa, dispensa-se a crase. Se é a ideia de morar, fica assim: “assisto em Nazaré”. Se
U
nção dos Enfermos é o Sacramento da saúde e da vida na luta do cristão contra a doença e a morte. Por esse sacramento Jesus dá alívio corporal e espiritual ao doente, e o ajuda recuperar a saúde da alma e do corpo. Como os outros Sacramentos, este também deve ser celebrado, se possível, na Igreja com a presença dos fiéis e amigos. Mas pode ser celebrado também nas casas ou no hospital. A Unção dos Enfermos é dada a quem está doente para receber especial força e energia para recuperar a saúde. A Unção, além de ser fonte de
for sentido de competência, “é um direito que assiste a mim e a mais ninguém”. Não é difícil, mas é preciso ter cuidado na hora de escrever ou de falar. Como eu vi tudo pela TV, deveria ser
na TV, mas não é uma atração, à que pessoa assiste, batendo um bolo ou lavando a louça. Nesta Semana Santa, participei ativamente de tudo que a TV mostrou, não olhando, mas fazendo
(antoniomattiuz@gmail.com)
CURSILHO DE CRISTANDADE
A Unção dos Enfermos vida corporal, também perdoa todos os pecados sem a confissão: é como se fosse um 2º Batismo. Muitos, quando caem doentes, ficam isolados, esquecido e deixado de lado. Muitos que freqüentavam e serviam a Igreja, agora se vêem esquecido. Isso é horrível e pavoroso! É obra de misericórdia visitar e confortar os doentes. É dever dos
familiares, dos ministros da comunhão e da visitação avisar o padre para ele visitar o doente, abençoálo e dar-lhe o belíssimo Sacramento da Unção dos Enfermos. É ridículo pensar que a Unção dos Enfermos é a passagem para a morte. Pelo contrário, é o sacramento da vida e da saúde.É crueldade alguém deixar seu fami-
liar sofrendo e morrendo sem esse belíssimo sacramento de vida. Pela Unção, Cristo vem associar-se aos sofrimentos do doente para salvá-lo, fortificá-lo e darlhe vida corporal e espiritual. Deus é o Deus da saúde e da vida (Mt 8, 16-17.9). Jesus expulsava as doenças, chamando-as até de demônios. As doenças não vêm de
BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)
HUMANUS
Discordar x desrespeitar situações, sair da consideração de um fato, comportamento ou post, para considerar a pessoa. Eu posso discordar de um fato, comportamento ou post e posso, ainda assim, admirar e gostar da pessoa; eu só não gostei do comentário, da atitude ou do post. Ou seja, eu posso “descurtir” uma ideia, comentário
Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita
ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ
com crase, mas preferi retirar acento grave, porque não me coloquei diante do aparelho para ver um programa. Missa ou tudo que se passa no altar não é programa de televisão. É bem diferente: passa
PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ
A
s redes sociais têm sido um espaço de encontros, reencontros e aproximações, mas também de muitos desencontros e, infelizmente, muitos conflitos, especialmente por uma baixa capacidade de compreensão e pela não diferenciação entre discordar e desrespeitar. Por vezes, o discordar é entendido como uma afronta ao expositor de alguma ideia ou comportamento, mas, não, eu posso discordar sem, necessariamente, desgostar da pessoa. Essa “confusão” ocorre devido ànossa capacidade de generalização que nos faz, em muitas
w CRISTO CRUCIFICADO – Pintura de Diego Velázquez, 1632.
PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará
ou comportamento e continuar “curtindo” a pessoa! Pensar diferente não é desrespeito, ao contrário, discordar é saudável, de forma assertiva e bem elaborada, sem “picuinhas” ou ofensas pessoais. A divergência é profícua, gera crescimento, evolução e aprendizado. Concordar com tudo pode
DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira
até massagear o ego do outro, mas não produz mudança. Então, expressar as suas ideias e discordar é importante, mas, como nada em excesso é bom, vale ter sabedoria. Ser o tipo de pessoa que discorda de tudo e de todos fará com que passe uma imagem de intransigência ou rebeldia, o que pode prejudi-
COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Sérgio Santos (DRT/PA 579) Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260
tudo que, se estivesse na igreja, faria. Levantava, sentava, me ajoelhava e, na hora da comunhão espiritual, recebia Jesus. Ao final, ficava tão feliz, como se se estivesse presente, porque não “via”, mas participava. A grande diferença desse tipo de transmissão para as que acontecem em outros momentos, fora da pandemia, é que todos que se colocavam na frente de um aparelho de TV sabiam que era a eles, diretamente, que o sacerdote se dirigia. Foi maravilhoso. Mas esse tema exige uma segunda reflexão. Fica para semana que vem. Deus, mas da fraqueza humana. Muitas vezes a Unção devolve a saúde e as energias vitais mesmo quando a medicina não tem mais nada a fazer. A Unção dos Enfermos sempre dá calma, serenidade e consolação ao doente, mesmo quando está partindo à casa do Pai. O apóstolo Tiago diz: ‘Quando alguém está doente, chamem os padres da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor; a oração salvará o doente...’(Tg 5,14-16). Chamar o padre para dar a Unção aos doentes é obra de caridade e de misericórdia. Sê tu também misericordioso!
car seus relacionamentos. Observe sempre que “divergir da ideia, do comportamento ou do post” não é “divergir da pessoa”. Concentre-se em defender o seu ponto de vista e desista de entrar em discussões acaloradas. Não tenha medo de dizer o que pensa e contribua com a sua opinião sempre que julgar necessário, pois você pode ter muito a agregar. Desfrute do seu direito de expressar as suas ideias e respeite o direito dos outros de fazerem o mesmo, daí, certamente, estaremos construindo um caminho para entendimento, diálogo e respeito. Vale, sim, discordar! Não vale, nunca, desrespeitar!
- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal
FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO
ARCEBISPO
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA
3
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
CONVERSA COM MEU POVO
D
urante a Quaresma, muitas vezes a Igreja cantou: “Misericórdia, Senhor, Misericórdia! Senhor, escuta o lamento e tem de nós compaixão, ao povo dá novo alento, a tua graça e perdão”. De repente, à luz da Páscoa, a Misericórdia virou festa! Continuamos limitados e pecadores, mas com a certeza de que a Ressurreição de Jesus nos trouxe vida nova, o perdão e a reconciliação. No tempo em que vivemos, quaresma terminada e quarentena continuada, é preciso lançar a luz da Páscoa de Cristo sobre as realidades pessoais e sociais, elevadas a condições planetárias, quando as forças da sociedade se despertam, para encontrar soluções, chamem-se elas respiradores, medicamentos, vacinas, cuidados imediatos ou paliativos. Tudo começa a respirar um clima novo, chamado
Senhor, escuta de nós o lamento e tem de nós compaixão, ao povo dá novo alento, tua graça e perdão solidariedade! Parece que o mundo acorda de um sono, infelizmente longo, feito de individualismo, interesses do ganho e do lucro, busca insaciável do prazer e daí por diante. A nós cristãos caberá testemunhar o plano de Deus, com o qual tudo pode concorrer para o bem dos que o amam. O Catecismo da Igreja Católica (Números 1 a 3) começa com algumas palavras da Escritura que podem indicar-nos o caminho: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17,3); “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2, 3-4); “Em nenhum outro há salvação, pois não existe de-
MISERICÓRDIA, Senhor! baixo do céu outro nome dado à humanidade pelo qual devamos ser salvos” (At 4, 12), senão o nome de Jesus. Diz o Catecismo que “Deus, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para torná-lo participante da sua vida bem-aventurada. Sempre e em toda a parte, ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família que é a Igreja. Para tal, enviou o seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos. Nele e por ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos e herdeiros da sua vida bem-aventurada. Aqueles que, com a ajuda de Deus, aceitaram o convite de Cristo e livremente lhe responderam, são impelidos, pelo amor do mesmo Cristo, a anunciar por toda a parte a Boa Nova. Todos os fiéis de Cristo são chamados a transmiti-lo, anunciando a fé, vivendo-a em partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração” (Cf. Catecismo, números 2 e 3). Fomos feitos para glorificar a Deus, para ser felizes e para transmitir aos outros a vida que vem de Deus! Ninguém está destinado a perder-se ou ser infeliz! A certeza de que somos chamados a ser felizes e realizados nos faz portadores do plano de Deus. E podemos ver como
São Paulo viu este plano: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo’ (2 Cor 1,3-5). O Pai das Misericórdias quer consolar, em Jesus Cristo, todas as pessoas, alcançando todas as situações humanas. De uma forma ou de outra, nos dias de crise que vivemos, haveremos de encontrar caminhos para que a bondade de Deus passe pelas Igrejas domésticas de nossas famílias, entre nos Hospitais de Campanha, suscite a fraternidade e a partilha. Há uma mística a ser oferecida, a fim de fortalecer-nos: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso”. O apelo de São Lucas (6,36), o escriba da mansidão de Cristo, como o definiu Dante Alighieri, é um emblema da moral evangélica, que tem no amor o seu coração. A lei divina da misericórdia, “a mais importante e talvez a única lei da vida da humanidade inteira”, como a definia o grande escritor russo Dostoevskij. O verdadeiro retrato de Deus é aquele autobiográfico que é proclamado no Sinai e
DIVULGAÇÃO
n RECORRAMOS ao Pai Misericordioso
que foi considerado como a “carteira de identidade” de Deus: “O Senhor, o Senhor, Deus misericordioso e compassivo, lento para a ira e rico de amor e fidelidade, que conserva o seu amor por mil gerações, que perdoa a culpa, a transgressão e o pecado, mas que não deixa sem punição, que castiga a culpa dos pais e dos filhos até à terceira e quarta geração” (Ex 34,6-7). Como é evidente, a justiça divina não é cancelada, antes é perfeita: três e quatro fazem sete, número bíblico da perfeição. Todavia, o perdão e a misericórdia que têm como cifra simbólica o mil, isto é, o infinito, são ilimitados” (Cf. Cardeal Gianfranco Ra-
n MÉDICOS e profissionais da saúde: desdobrem-se em misericórdia!
vasi, Retiro dos Bispos em Aparecida-SP,2016). Nasça em nosso coração uma verdadeira paixão pelas situações mais desafiadoras e difíceis. Cada pessoa poderá encontrar o seu campo de misericórdia para agir. Médicos e outros profissionais de saúde, e são tantos os exemplos recentes de verdadeira imolação, desdobrem-se em misericórdia sobre os doentes. Cientistas terão em laboratórios de pesquisa seu campo de misericórdia. Misericórdia será a acolhida às parcelas mais carentes da sociedade, especialmente as populações de rua. Misericórdia têm sido as muitas campanhas por cestas básicas para quem chega a passar fome. Misericórdia será a responsabilidade social de quem obedece a todas as normas estabelecidas pelas autoridades. Misericordioso será o que usa máscaras, ou que lava as mãos com frequência. Misericórdia será superar os gastos supérfluos, sendo mais pobres de bens e mais ricos de caridade. Misericórdia será nossa capacidade de vencer o orgulho de uma pretensa onipotência. Vejamos o
que constatou Frei Raniero Cantalamessa, na Homilia da Sexta-feira Santa: “A pandemia de corona vírus nos despertou bruscamente do perigo maior que sempre correram os indivíduos e a humanidade, o do delírio de onipotência. Bastou o menor e mais informe elemento da natureza, um vírus, para nos recordar que somos mortais, que o poderio militar e a tecnologia não bastam para nos salvar. “Não dura muito o homem rico e poderoso: – diz um salmo da Bíblia – é semelhante ao gado gordo que se abate” (Sl 49,21). E é verdade!”. Enfim, Misericórdia é a criatividade de nossas Paróquias, o zelo de nossos sacerdotes, o perdão espalhado no Sacramento da Penitência, as celebrações transmitidas pelos meios de comunicação. Os meios aparentemente limitados são revestidos do manto da misericórdia e trazem a paz, aquela que o Ressuscitado anunciou, mostrando suas chagas gloriosas: “‘A paz esteja convosco. Mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. ‘Como o Pai me enviou também eu vos envio’. Então, soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos’” (Cf. Jo 20,19-23).
Misericórdia, Senhor, Misericóridia!
"Misericórdia será nossa capacidade de vencer o orgulho de uma pretensa onipotência"
4
IGREJA
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
PROF. RICARDINO LASSADIER Especialista em Filosofia e Especialista em Teologia
SERVINDO À VERDADE
O
lá,meu irmão e minha irmã. Há pouco vivemos uma Semana Santa bem diferente. Em razão da pandemia estamos em isolamento social. No Domingo de Ramos e da Paixão sentimos falta da procissão, o “hosana” não ecoou pelas ruas. Francamente? Pareceu que a “Paixão” foi mais sentida. Os mutirões de confissões não aconteceram. As procissões “do Encontro” e do “Senhor Morto” também fizeram falta. Não tivemos as encenações da Paixão de Cristo. N a Q u i n t a Fe i r a Santa, após a Ceia do Senhor, não tivemos a solene e silenciosa adoração eucarística. Aliás, também não houve o rito do “lava pés”. O “Sermão das Sete Palavras”, na Sexta Feira Santa, foi transmitido direto da Capela do Colégio Santo Antônio. O pregador foi o cônego Wladian Alves. O coral marcou presença, o povo não. Não pôde. O Silêncio, que é a característica do Sábado Santo, parece ter sido mais intenso. O “aleluia” pascal foi cantado com as igrejas vazias. Somado a tudo isso temos as dificuldades sociais e econômicas que tem resultado em aflições para muitas famí-
lias. Nossa liberdade de ir e vir está restringida. Quanto Sofrimento! O Frei Raniero Cantalamessa em sua pregação na ação litúrgica da Paixão de Cristo, na Sexta Feira Santa, no Vaticano disse: “A Cruz de Cristo mudou o sentido da dor e do sofrimento humano. De todo sofrimento, físico
Uma vida mais cristã e moral. Ela não é mais um castigo, uma maldição. Foi redimida pela raiz quando o Filho de Deus a tomou sobre si”. O sofrimento atual, portanto, precisa ser vivido com Jesus, em Jesus. Caso contrário o deses-
pero se instala. Disse Frei Raniero: “A pandemia do corona vírus nos despertou bruscamente do perigo maior que sempre correram os indivíduos e a humanidade : o do delírio de onipotência”.
Tudo isso por causa de um “bichinho” invisível classificado como vírus. Diante dele ficaram evidentes nossas limitações, notamos nossa fragilidade, nossa contingencialidade. Nosso orgulho civilizacional sofreu LUIZ ESTUMANO
PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
um nocaute certeiro. Frei Cantalamessa explica que ninguém pense, no entanto que esse flagelo (ou qualquer outro) seja vontade de Deus. O Senhor não é nosso adversário, não é nosso inimigo. Deus é nosso aliado, sofre conosco, pois é Pai. Mas em Sua infinita sabedoria, Ela sabe tirar um bem desse mal. Não há dúvida que temos um grande desafio, mas crescemos em solidariedade. Despertamos para maior fraternidade. Nas redes sociais multiplicam-se as iniciativas de evangelização, de catequese, de caridade, grupos de oração virtuais. Estamos no tempo pascal. Cristo Ressuscitou! Ele é nossa esperança e com fé, sairemos dessa situação para uma vida nova. Ou como nos diz Frei Cantalamessa: “depois desses dias, que esperamos que sejam curtos, ressuscitaremos e sairemos dos túmulos de nossas casas. Não para voltar para vida anterior como Lázaro, mas para uma nova vida, como Jesus. Uma vida mais fraterna, mais humana , mais cristã” . Sigamos em frente, pensando com a Igreja, no serviço da Verdade e da Misericórdia. Fique com Nossa Senhora e São José.
LITURGIA
HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Jo 20,19-31 19 Ao anoitecer daquele dia o primeiro dia da semana, estando fechadas...as portas...onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois...mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois... soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, eles lhe serão perdoados; a quem os não perdoardes,...”. 24 Tomé... um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe...: “Vimos o Senhor”! Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos...não acredita-
rei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos..., e Tomé estava... Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos... E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28 Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29 Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bemaventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais...31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. . B) COMENTÁRIO
“Ao anoitecer”, é o início do dia na criação, e referência ligada ao momento pascal original (Ex 12,6). Deus indica quando seja: no exato ângulo entre o dia e a noite,
se celebre a Páscoa. As bíblias traduzem: “ao por do sol”, “ao crepúsculo”...E uma espanhola diz “entre duas luzes”. Esta última aponta à “terra santa”, no monte Garizim; pois lá, se pode ver (no mês de “Nissan”/marçoabril) às vésperas da lua cheia, se vê o sol e a lua ao mesmo tempo, exatamente “ao anoitecer”! As “duas luzes” são como os dois olhos da criação (Gn 1,16) contemplando o ato cultual maior, do homem a Deus. Foi neste momento pascal exato, que o Ressuscitado apareceu aos discípulos (v 19); ocasião propícia! “Estando fechadas as portas... Jesus entrou e, pondo-se no meio deles...”. O modo de entrar Jesus indica seu estado diferente, não submisso às leis da natureza; ele rompe os limites do tempo e do espaço. Ele vem para o meio, o centro de nossa vida.
“A paz esteja convosco”. Esta é a saudação Pascal! Paz é dom de Deus! A paz é condição necessária para que a nova vida aconteça. Paz é o dom pascal de Cristo! Padecemos na falta dela. “Soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo” (v 22). O Sopro de Deus faz do homem um ser vivente (Gn 2,7); é Vida. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. A missão recebida e na medida em que a executamos é continuação daquela que Jesus recebeu do Pai. “As mãos e o lado” (vv 20.25.27), indicam que o Ressuscitado é o mesmo crucificado. A figura de Tomé contrasta com o grupo: “Vimos o Senhor”; é um testemunho coletivo frente ao individual que impõe condições. Jesus atende, mas repreende: é necessário confiar na comunidade de fé.
n 17/04 - SEXTA Cor (branca) Primeira Leitura (At 4,1-12) Salmo Responsorial (Sl 117,127a) Evangelho (Jo 21,1-14) n 18/04 - SÁBADO Cor (branca) Primeira Leitura (At 4,13-21) Salmo Responsorial (Sl 117,1Evangelho (Mc 16,9-15) n 19/04 - DOMINGO Cor (branca) Primeira Leitura (At 2,42-47) Salmo Responsorial (Sl 117) Segunda Leitura (1Pd 1,3-9) Evangelho (Jo 20,19-31) n 20/04 - SEGUNDA Cor (branca)
Primeira Leitura (At 4,23-31) Responsório (Sl 2) Evangelho (Jo 3,1-8)
n 21/04 - TERÇA Cor (branco) Primeira Leitura (At 4,32-37) Salmo Responsorial (Sl 92) Evangelho (Jo 3,7b-15)
n 22/04 - QUARTA Cor (branca) Primeira Leitura (At 5,17-26) Responsório (Sl 33) Evangelho (Jo 3,16-21) n 23/04 - QUINTA Cor (branca) Primeira Leitura (At 5,27-33) Responsório (Sl 33) Evangelho (Jo 3,31-36)
5 SETORJUVENTUDE
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)
MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO
A
crise provocada pela pandemia da COVID-19 é um convite incessante à reflexão em muitas dimensões. Neste texto quero convidá-lo a refletir esse fenômeno a partir da dimensão religiosa. A experiência de fé, na sua autenticidade, qual contribuição pode dar nesse cenário desolador? O que as religiões tem a oferecer à humanidade neste grave tempo de instabilidade, angústia, medo, tristeza e ansiedade? Devido à diversidade das sensibilidades religiosas, não encontramos uma única postura e nem, objetivamente, uma solução para o
A experiência de fé, na sua autenticidade, qual contribuição pode dar nesse cenário? problema. Estamos diante de um fenômeno mundial em que todos os recursos técnicos ainda são insuficientes. A universalidade das vítimas, em gênero, cor, cultura, religiões e condição econômica, demonstra que ninguém tem uma proposta técnica para a resolução do referido mal. Todavia, é justo que nos questionemos sobre aquilo que, de positivo e limitante, encontramos nas religiões diante dos dramas humanos. Cada religião traz consigo um sistema de crenças, valores, ritos, virtudes, atitudes e metas para os fiéis. Visto que a religião concebe o ser humano como um ser “metafísico”, não se fixa na ciência, mas ao mesmo
A PANDEMIA da COVID-19 e a questão religiosa (parte 3) tempo deve respeitar sua autonomia e interpretar seus dados à luz da fé.
1
Religião e sofrimento A primeira questão diante da qual a humanidade se encontra atualmente é a experiência do sofrimento e da limitação dos seus recursos (físicos, científicos, econômicos etc). As religiões abraçam a totalidade do ser humano e dão sentido para tudo o que ele é, sente, pensa, adquire, busca, padece e o que acontece neste mundo. A religião não cria um mundo à parte, mas oferece-lhe um sentido, uma leitura, uma interpretação. Nos livros sagrados, as múltiplas visões e experiências de Deus, não constituem uma “vacina técnica” para o sofrimento humano. Apesar das mais variadas e profundas experiências de fé todos adoecem, sofrem e morrem. Nenhuma religião pode reivindicar o direito de ter o “elixir da vida perpétua” e sem sofrimento neste mundo. Cada religião tem sua forma de lidar com o sofrimento, o erro, a culpa, a doença e a morte. Sobre o sofrimento humano paira um mistério! Tanto o judaísmo, hinduísmo, budismo, islamismo e no cristianismo, com seus respectivos livros sagrados, encontramos abundantes referências ao ser humano com seus dons, potencialidades e limitações. A experiência religiosa traz consigo uma antropologia, ou seja, uma visão do ser humano. Para as religiões em geral, há uma relação muito íntima entre experiência de fé, ética, bondade, paz,
sacrifício, santidade, sofrimento, morte, vida, plenitude. Isso nos mostra o quanto é importante a religião para uma sociedade se ela for fiel aos seus princípios éticos fundamentais . Algumas respostas e muito mistério Para o hinduísmo o sofrimento é uma realidade congênita da condição humano, mas pode ser suportado através da virtude, do esforço para se chegar à excelência. É preciso a sábia gestão das nossas afeições e sentimentos. O sofrimento deve ser suportado com paciência! Quem permanece sereno e imperturbável tanto no prazer quanto no sofrimento, atinge a imortalidade (cf. Bhagavad Gita, Canto II, Revelação da Verdade, 14-15). No budismo são fortíssimas as referências ao sofrimento. O mundo está marcado por ele que abraça a totalidade das fases do desenvolvimento humano. O sofrimento pode ter muitas causas tais como os desejos desordenados, a ignorância, a obstinação, o egoísmo, as ilusões, as paixões... A superação da dor e do sofrimento não acontece magicamente, mas podem ser tratadas mediante a sua correta percepção, bons pensamentos, a boa palavra, a autodisciplina, virtudes e etapas de sabedoria... Esse é o caminho do Nirvana, o pleno estado de paz e tranquilidade. Para o Islamismo o ser humano é fraco e padece pelos infortúnios da vida (cf. Alcorão 10:12); apesar de causas humanas, provocados pelas fraquezas e pecado, nele há também um mistério permitido por
2
Deus, como aconteceu com Jó em que o sofrimento tem sua origem nas investidas de Satanás (cf. Alcorão, 38:40). Na Bíblia, envolvendo a tradição judaica e cristã, o sofrimento é consequência da criaturalidade humana, marcada pela limitação (pó!); mas Deus acompanha o ser humano e no sofrimento se faz presente e o liberta: «Eu vi muito bem a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, e conheço os seus sofrimentos” (Ex 3,7-8). Ninguém é poupado do sofrimento: padecem pequenos e grandes, pobres e ricos, cultos e iletrados, culpado e inocentes, também a natureza sofre (cf. Rm 8,19). Se por um lado o sofrimento acusa a condição de vulnerabilidade humana, por outro, a fé inspira-lhe confiança pois “Deus é fiel
e não permitirá que sejam tentados acima das forças que vocês têm. Mas, junto com a tentação, ele dará a vocês os meios de sair dela e a força para suportá-la”
(1Cor 10,13). Enfim, “os sofrimentos do momento presente não se comparam com a glória futura que deverá ser revelada em nós” (Rm 8,18). Quanto às causas do sofrimento, nem tudo se explica, nem tudo depende do mau uso da liberdade; é uma questão imersa em grande mistério; e onde está o amor ali também está o sofrimento. Mas também o sofrimento é passagem para glória (cf. Is 52,17; Fl 2,6-11). Apesar das respostas insuficientes, uma coisa é certa: a fé não é um antí-
doto para o sofrimento e nem para a dor. Mas pode oferecer ao sofredor a possibilidade de um significado. Visto que Deus é Pai amoroso e que só deseja o bem dos seus filhos, também está pronto para educá-los e isso pode vir também com o sofrimento: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor...; pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho. É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige” (Hb 12,5-7).
3
O lamentável charlatanismo Uma postura profundamente errônea da religião seria aquela de tentar, a todo custo, dar uma resposta técnica ao sofrimento ou prometer o fim do mesmo a partir de exigências preceituais. A COVID-19 está ceifando vidas de fiéis e líderes religiosos de todas as religiões. Esse drama está desmascarando o charlatanismo daqueles que, com seus cultos, prometiam a cura de toda espécie de doenças e males. E agora, onde estão eles? O profeta Jeremias, muito sensível à moral religiosa, denunciou no seu tempo os falsos profetas enganadores do povo que faziam da religião fonte de fantasias. «É mentira o que esses profetas falam em meu nome (...). Eles anunciam a vocês visões mentirosas, oráculos vazios e fantasias da imaginação deles” (Jr 14,14). Eles vendiam ilusões com palavras mentirosas que não traziam nenhuma solução para os reias problemas do povo (cf. Jr 7,6-8). Também os apóstolos
enfrentaram falsos mestres promotores de heresias, doutrinas dissolutas, vendas de ilusões por amor ao dinheiro fazendo das pessoas objetos de negócios (cf. 2Cor 11,13-15; 2Pd 2,1-3). Em geral, tais líderes tem um discurso fundamentalista e negam o dinamismo próprio da natureza e da ciência. Privilegiam os seus interesses pessoais. O papel da religião é aquele de dar sentido para a realidade, despertar para as virtudes, fomentar solidariedade, contribuir para a saúde mental, favorecer a resiliência, a serenidade, apresentar parâmetros éticos, estimular a esperança e um olhar que transcenda a realidade. PARA A REFLEXÃO PESSOAL: Quais são as possíveis respostas ao sofrimento humano? Como você vê o charlatanismo religioso diante do sofrimento? Qual é a verdadeira contribuição da religião em relação à experiência do sofrimento?
1 2 3
há sofrimento e limitação de recursos
Mas Deus acompanha o ser humano sofrimento e o liberta
INSCRIÇÕES PRORROGADAS para Capacitação da Pastoral Juvenil Que tal aproveitar o tempo em casa para estudar? Esse é o momento de alavancar os seus conhecimentos sobre a Igreja, os jovens e principalmente em como continuar alimentando a sua fé em tempos de isolamento social. A Comissão para a Juventude está constantemente atualizando a lista de cursos e a estrutura para oferecer uma formação de qualidade a todos os alunos. Atualmente, os cursos disponíveis são:
• Liderança de Jovens (Curso de extensão); • Assessores (Curso de extensão); • Políticas Públicas (Curso de extensão); • Sínodo da Juventude – Christus Vivit (Curso de extensão); • Pós-graduação em Pastoral Juvenil Os cursos são totalmente gratuitos e você pode realizar sua matrícula gratuitamente pela plataforma. Todos os cursos estão disponíveis na plataforma
EAD e são 100% online e gratuitos. Tanto as inscrições quanto a disponibilização de todo o material dos cursos serão feitas exclusivamente pela plataforma. Para se inscrever é preciso se cadastrar pela própria plataforma – ead. jovensconectados.org.br – e depois de criar uma conta com usuário e senha, e em seguida selecionar o curso que você deseja se inscrever. É possível realizar a inscrição em qualquer curso da Comis-
são para a Juventude. Se precisar de ajuda pra fazer o cadastro, é só buscar a ajuda da Comissão para o o passo a passo. Cada curso tem um prazo de até 3 meses para ser concluído e ficam disponíveis por 90 dias após a abertura das inscrições, durante este período o aluno deve realizar todo o curso. Todos os anos as inscrições/matrículas são abertas no início do primeiro e do segundo semestre, sendo apenas 2 turmas por ano. É
possível matricular-se em quantos cursos desejar e refazer o curso sempre que quiser. Após a finalizar o curso é possível emitir um certificado digital gratuito emitido pela Comissão da Juventude. Em alguns cursos, há também certificado de extensão universitária emitido pela UniSal, mas precisa ser solicitado 30 dias antes. Os cursos são no formato EAD (Ensino à Distância) e 100% online com vídeo-
aulas, subsídios, exercícios e fóruns. Em cada aula há atividades que serão avaliadas e ao final do curso o aluno terá acesso sua nota final de aproveitamento.
6
D
FUNDAÇÃO NAZARÉ
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
iante dos efeitos da pandemia do coronavírus, a Arquidiocese de Belém segue o trabalho de transmissão da Santa Missa a fim de manter viva a espiritualidade e a fé do povo de Deus em tempos de isolamento social. Iniciado dia 17 de março de 2020 na Rede Nazaré de Televisão, a transmissão da Santa Missa ao vivo ensejou alterações na programação da emissora arquidiocesana de maneira a dar pleno destaque às celebrações eucarísticas. Além do que já existia em termos de transmissõe de Missas, a grade passou a contar com mais uma celebração, às 12h, de segunda a sexta-feira, direto da Residência Episcopal. A modificação possibilita ao povo de Deus acompanhar as Missas transmitidas de segunda a sexta-feira às 7h, 12h e 18h. Para assisti-las, os fiéis devem sintonizar o canal 30.1 (ou na sintonia de sua cidade). A mudança na programação da Rede Nazaré de Televisão integra a determinação da Arquidiocese de Belém, divulgadas dia 17 de março, para manter-se em sintonia com as recomendações das autoridades médico-sanitárias e com expressões de co-
FAMÍLIA NAZARÉ
Seguem MISSAS ao vivo na TV Nazaré PROGRAMAÇÃO possibilita aos fiéis contar com a Missa diariamente FRAME TV NAZARÉ
aos ouvintes a transmissão simultânea com a TV Nazaré. Outra possibilidade é a celebração transmitida ao vivo pela TV Nazaré, de segunda a sexta-feira, às 12h; sábado, às 9h, 12h, 15h e 18h, e domingo, às 7h, 10h e 18h. MISSAS: PORTAL NAZARÉ E REDES SOCIAIS
n DIARIAMENTE o Arcebispo Dom Alberto, e seu auxiliar, Dom Antônio, presidem Missas na TV
munhão nas diversas partes do Brasil, a pedido da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A partir das mudanças, os fiéis passam a contar
com a Santa Missa pela TV Nazaré nos seguintes horários: 7h, 12h e 18h (segunda a sexta-feira), aos sábados às 9h, 12h, 15h e 18h e aos domingos 7h, 10h e às 18h.
As alterações na programação influenciam também o telejornal "Nazaré Notícias", jornal diário da TV Nazaré, que agora é exibido às 11h, de segunda a sexta-feira.
RÁDIO NAZARÉ FM EM SINTONIA TAMBÉM
A Rádio Nazaré FM (91,3 Mhz) também alterou a programação para proporcionar diariamente
Acompanhe as Missas também pela internet, em tempo real, pelo Portal Nazaré, de segunda a sexta-feira às 7h, 12h e 18h e domingos às 7h, 10h e às 18h. A página da Fundação Nazaré no Facebook também transmite as celebrações diárias da Basílica de Nazaré, de segunda a sexta-feira às 7h, 12h e 18h, além das Missas Dominicais. Assista às Missas pelo Portal Nazaré e nossas redes socais nos mesmos horários já citados.
NOSSOS ANIVERSARIANTES Guaraci Fabiano P Guimaraes Sebastiana Lobato Pinheiro Belmira Del Castilho Maria Suely Assef Sousa Jose Rocha Da Silva Jane Bezerra Machado Maria Das Gracas Abreu Ana Elisabeth De Oliveira Barros Dulcirene Dos Reis Dias Valquiria Silva Garcez Maria Do Socorro Damasceno Santos Sandra Sueli Moreira Ramos Maria Jose Costa Martins Veronica Pereira Lamarao Irlan Rodrigues De Melo Maria Da Gloria J. Castro Ana Lidia Felix De Lima Afonso N R Dam ranklin Rabelo Da Silva Doroti Pinto Debs Joao Bosco De Lima Campos Teresinha De Sousa Rodrigues Elvina Dos Santos Gomes Esmeralda De Oliveira Almeida Osvaldino Brasil Brito Domingas Maria Nunes Da Piedade Correa Maria Das Gracas Rodrigues Saavedra Maria De Fatima Soares Silva Hilda De Goes Cardoso Jose Ferreira Espirito Santo Maria Antezaldina Magno Alves Luzia De Fatima Peixoto Vasconcelos
Telcilene Guimaraes Correa De Melo Albanize Reis De Abreu Pina Leonardo Lima De Oliveira Jose Marinho Gemaque Junior Erica Fernanda Pinto Correa Ermelinda Joaquina Pereira De Carvalho Maria Crinaurea De Souza Silva Luiz De Gonzaga Lima Fontenele Izamir Carnevali De Araujo Bartira Da Conceicao Feio Francisco Augusto Nunes M. Da Silva Osvaldino Vieira Da Silva Debora Celeste Cunha Santa Brigida Rosangela Do Socorro Catuaria Da Silva Ferreira Rosa Maria Serra Portal Jail Jose Alves Silva Junior Izabella Iris Machado Martins Maria Tereza Ferreira De Sousa Marilena Bandeira Costa Olinda Antunes Maria De Lourdes Da Silva Garcia Maria Jose Santos Mesquita Iracema Da Silva Feitosa Marcela De Lima Melo E Familia Joao Iara Daibes Raimundo Walter Ribeiro De Paiva Maria Das Gracas Monteiro Da Silva Cleonice Barbosa Lopes Maria Das Gracas Melo Machado
Pedro Paulo Oliveira De Vasconcelos Antonio Flavio Pereira Americo Elcyr Antonio Godinho De Souza Junior Bismarck Lima Da Conceicao Rodrigo Jose De Araujo Rocha Ivana Maria Das Dores Silva Izete Santana Tadaiesky Narciso Correia Pinto/Ivanilde Ferreira Pinto Maria De Fatima Neves Capela Bisbo Maria De Nazare Lima Borges Maria Teuria Barreto Gomes Ana Lúcia Silva Rodrigues Raimunda Trindade Ferreira Jose Gomes Batista Mariel Candida Martins De Oliveira Mary Helena Pinheiro Soares
Vera Lucia Nunes Rodrigues Aridea De Assis Moreira Josefa Lisboa Da Silva Jorge Raimundo De Aquino Maria Das Gracas Soares Martins Jose Jorge Da Silva Maria De Fatima Souza Sirotheau Correa Maria Dairza De Souza Antonia Do Nascimento Monteiro Vera Maria Mattos Antonio Jorge Da Silva Costa Anete Maria Valente Barros Nazare Eufrazia Alvim Silva Maria Ursulina Ferreira Gemaque
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 19/04 - Pe. Marco Antônio de Souza 19/04 - Diác. Fábio Lobato Cândido Silva 19/04 - Diác. José Maria de Araújo 20/04 - Pe. Edinaldo Duarte Sobrinho 23/04 - Diác. Jorge Raimundo de Aquino n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 18/04 - Padre Valdemir Batista de Sena Júnior 23/04 - Pe. Antônio Arcanjo Cruz
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
A
CADERNO DOIS
programação da Semana Santa na Arquidiocese de Belém do Pará ocorreu de maneira especial, com boa parte das atividades religiosas na Catedral Metropolitana, levada a público pelos veículos de comunicação arquidiocesanos, visto que é tempo de isolamento social devido à pandemia do coronavírus. As celebrações pascais foram realizadas sem a presença de fiéis, presididas pelo clero nas paróquias e, pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, e seu Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, entre a Sé Catedral e a Residência Episcopal. Momentos muito especiais integraram os fiéis nas transmissões, como na Sexta-feira Santa. A 141ª edição do Srmão das Sete Palavras na Capela do Colégio Santo Antônio, foi proferida pelo às 12h, pelo cônego Vladian Alves, Reitor da Faculdade Católica de Belém, e pároco da Paróquia da Santíssima Trindade, em Belém. Meditando as últimas palavras de Jesus na cruz, Vladian relacionou a Paixão de Cristo ao desafio da humanidade diante
SEMANA SANTA EM BELÉM, refletiu sobre a Paixão do Senhor e efeitos da pandemia do coronavirus SEM PRESENÇA dos fiéis, a Arquidiocese de Belém centrou a sua evangelização por meios virtuais
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n CÔN. VLADIAN proferiu o Sermão das Sete Palavras - Colégio Santo Antônio
de hercúleos esforços para enfrentar e combater a pandemia da covid-19: “Com o sofrimento de Jesus Cristo,
todo sofrimento tornou-se redentor”, explicando o sacerdote que Jesus veio a Terra para salvar a hu-
manidade. Depois do Sermão, o Arcebispo Dom Alberto Taveira
Corrêa, presidiu a Ação Litúrgica da Paixão do Senhor na Sé Catedral.
Missa da Santa Ceia do Senhor abre o Tríduo Pascal Na Quinta-Feira Santa, 9 de abril, a Missa da Ceia do Senhor presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, na Catedral Metropolitana, abriu oficialmente o Tríduo Pascal da Semana Santa 2020. Por questões sanitárias, devido a pandemia do novo coronavírus (COVID19), omitiu-se a cerimônia do lava-pés, a procissão e o Santíssimo Sacramento permaneceu guardado no Sacrário. A celebração da Quinta-feira Santa guarda três acontecimentos muito importantes: a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição do novo mandamento do Amor. Jesus Cristo em sua última Ceia, na noite em que foi traído, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e de vinho (Ins-
tituição da Eucaristia) e as deu aos apóstolos como alimento e mandou aos seus sucessores no sacerdócio fazerem disso a oferta, dizendo “Fazei isso em memória de mim” (Instituição do Sacerdócio Ministerial). Tradicionalmente nessa noite, em todas as Igrejas do mundo, a hóstia consagrada, corpo de Cristo, é retirado e posto em um local digno fora das Igrejas e capelas. Mas, como foi mencionado acima, o rito teve modificações conforme decreto do dia 25/03/2020, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com uma atualização das indicações e sugestões sobre as celebrações da Semana Santa. Durante a celebração, antes da instituição da eucaristia, Dom Alberto recordou este mo-
n DOM ALBERTO na presidência das celebrações
mento, quando Jesus lavou e beijou os pés de doze pessoas, mesmo número dos discípulos de Jesus, recordando quando Ele instituiu os Apóstolos como sacerdotes da Nova Aliança: “Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade” (Jo 17, 17s). Os ministros ordenados, sobretudo pela celebração da Eucaristia, perpetuam sacramentalmente o sacerdócio de Cristo e, assim, levam aos fiéis ao sacrifício de seu Esposo. É também o simbolismo do amor que Jesus amou a humanidade, um simples gesto de humildade e serviço ao próximo. Na homilia, Dom Alberto recordou o momento atual vivido de isolamento social, mas que, os fiéis de suas “igrejas domésticas” unem-se em na grande
celebração da Paixão de Cristo. Em seguida, o Arcebispo fez distinções do tempo de Deus do tempo do calendário e questionou: “Como dar sentido ao tempo? Tendo amado os seus que estavam no mundo, Jesus amou-os até o fim. Também para nós, a fim de que o tempo não seja apenas o correr das horas, dias, meses ou anos, também para nós o tempo precisa ser preenchido, com atos de amor com saídas de nós mesmos. Aí esse tempo humano se torna tempo de Deus, se torna tempo cristão” Em seguida, Dom Alberto voltou-se para o gesto do LavaPés, quando Jesus instituiu o ministério da caridade e considerou “hoje somos convocados a descobrir mil maneiras de lavar os pés dos irmãos. Uma pessoa
me disse que o lava-pés para ela nesses dias dada sua condição limitada de saúde é rezar pelos outros. Que beleza! Que serviço impressionante e indispensável na Igreja. O lava-pés pode ser vivido hoje com as atenções que cada pessoa conseguir estabelecer com seus familiares.” Por fim, o Arcebispo considerou o mandamento novo de Jesus: o do amor. “Depois de fazer o gesto do lava-pés, Jesus nos deixa poucas, mas profundas, palavras, o que nós podemos chamar de sermão do mandato, o sermão do mandamento novo. E as palavras de Jesus dirigidas a nós hoje nos dão a condição para que o mundo conheça que somos seus discípulos se amarmos uns aos outros. Amor, saída de nós mesmo para fazer a caridade”, concluiu.
n CATEDRAL DE BELÉM: lugar das celebrações, sem a presença dos fiéis
2C
IGREJA
aderno2
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
CONSAGRAÇÃO pelo fim da pandemia FÉ E DEVOÇÃO marcam cerimônias religiosas FOTOS: DIVULGAÇÃO
C
n AMÉRICA LATINA: consagrada a Nossa Senhora de Guadalupe
idade do Vaticano Os contágios do coronavírus na América Latina superaram a cifra dos 60 mil, com mais de 2.500 mortos. O Brasil é o país mais atingido. “Hoje voltamos a sentir-nos pequenos e frágeis diante da doença e da dor para pedir a proteção para todos os homens, sobretudo para seus filhos mais frágeis: os anciãos,
as crianças, os doentes, os indígenas, os migrantes,” rezou Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte. O presidente do Conselho Episcopal LatinoAmericano (Celam) dirigiu-se à Virgem Maria, no dia da consagração dos Povos da América a Nossa Senhora de Guadalupe. Arcebispo Metropolitano de Trujillo e presidente da Conferência Episcopal
Peruana (CEP), agradeceu ainda aos bispos mexicanos pela adesão à proposta do Celam e pelo ato de consagração e a Missa no domingo, 12, presidida pelo primaz do México, Cardeal Carlos Aguiar Retes. BRASIL - A consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus foi feita em 1931 pelo Cardeal Sebastião Leme, na inau-
guração do monumento, hoje símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil. Domingo de Páscoa, 12, o Card. Orani João Tempesta renovou o ato para “consagrar nossas vidas e a humanidade inteira ao nosso Senhor". CRISTO REDENTOR - A consagração do país ao Sagrado Coração de Jesus foi feita em 1931 pelo Cardeal Sebastião Leme, na inauguração do monumento, hoje símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil. Domingo de Páscoa, 12, o Card. Orani João Tempesta repetiu a consagração. BELÉM – Cura da Catedral Metropolitana de Belém, cônego Roberto Cavalli, conduziu o Santíssimo Sacramento pelas ruas do Centro histórico, nos arredores do bairro da Cidade Velha, onde também está a sede da Igreja Mãe, com o objetivo de abençoar o povo e consagra-lo a Jesus Cristo, ato que se deu no domingo de Páscoa, dia 12 de abril.
NAZARÉ REPÓRTER DOMINGO DA MISERICÓRDIA
Neste domingo, 19 de abril, às 9h, a Paróquia da Santíssima Trindade, na Campina, transmite ao vivo pelas redes sociais, a Santa Missa da Divina Misericórdia. O Papa João Paulo II, em 2000, instituiu a Festa da Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o
Segundo Domingo da Páscoa passasse a chamar-se Domingo da Divina Misericórdia. Após o término da missa cônego Vladian Alves, pároco na Trindade, sairá em carro aberto pelas ruas da paróquia com o Santíssimo Sacramento, abençoando os lares e pessoas da comunidade.
FESTIVIDADE CANCELADA Seguindo recomendações da Arquidiocese de Belém e do Governo do Pará, a Paróquia de São Jorge suspendeu todas as atividades da Festividade do seu Santo Padroeiro, evitando aglomeração de pessoas, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), mediante a pandemia do coronavírus. O pároco Raimundo Martins, entretanto, reafirma a importância de se manter hábitos de oração e devoção dentro dos lares, como a novena em homenagem ao santo padroeiro, a partir de 14 até 23 de abril. “Iniciamos nossa novena assim, como fazemos na oração em cada família”, destaca o padre. A paróquia continua a transmitir as missas dominicais pelo facebook (https://www.facebook.com/saojorgeigreja/), bem como a Missa solene no dia 23 de abril. Informações: (91) 91337150/3277-4641 e parsaojorge@yahoo.com.br
RIFA VIRTUAL n RIO de Janeiro
n BELÉM: Côn. Roberto conduz Santíssimo
PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR
O Grupo “Unidos pela Trindade”, da Paróquia da Santíssima Trindade, bairro da Campina, com objetivo de arrecadar fundos para custear as despesas paroquiais está organizando uma rifa virtual no valor de R$ 20,00. Serão sorteados no dia 25 de abril três prêmios: Uma Smart TV 32”, um forno elétrico e um relógio masculino. Para participar basta acessar o link (https://rifa.link/etk) e adquirir um dos números disponíveis. O pagamento é efetuado por boleto bancário ou cartão de crédito. Participe!
n SANTA MISSA DIÁRIA Você é o nosso convidado especial para participar, diariamente, em casa e junto com sua família, da Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, e pelo Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, às 12h, ao vivo, direto da Capela da Residência Episcopal. Participe pelo Portal Nazaré
(www.fundacaonazare.com.br), pelo nosso canal no Youtube:/FNComunicacao e pela nossa página no Facebook:/FNCBelem. Ajude-nos a realizar essa e outras transmissões e levar o Evangelho mais longe fazendo parte da Família Nazaré. Ligue (91) 4006-9211 ou envie uma mensagem para o número: (91) 99315-5743 (WhatsApp).
BOA DICA n A CRUZ - a imagem do ser humano redimido – Livro (Paulus, R$ 23,00)
C
ada vez mais, a cruz coloca diante de nossos olhos a imagem do verdadeiro ser humano, que une em si todos os opostos. Ela é sinal do amor de Deus e, ao mesmo tempo, um constante protesto contra a repressão do sofrimento. Com escritos cativantes, a obra inspira nova reflexão teológica e espiritual sobre a cruz, explanando sua simbologia e conduzindo o leitor a lidar, de modo mais consciente, com as muitas cruzes presentes no cotidiano.
n LIVRES DO MEDO - Cortando o mal pela raiz para uma verdadeira cura – Livro (Paulinas, R$ 14,80)
V
R A
essurreição de Jesus’ mostra-nos que a morte não têm a última mundo; a vida faz. Cristo ressuscitou, por isso, é possível ter uma visão positiva sobre todos os eventos de nossa existência, mesmo os mais difíceis e os responsáveis pela angústia e incerteza. (14 de abril) rrepender-se significa que retornam à fidelidade. Hoje vamos pedir a graça de olhar para além da nossa própria segurança, e para ser fiel mesmo diante do túmulo e do colapso de tantas ilusões. Permanecendo fiel não é fácil. Que o Senhor nos manter fiéis. #HomilySantaMarta (14 de baril)
ivemos numa sociedade marcada pela violência, corrupção, desastres naturais... Dessas chagas decorrem inúmeros medos, que a existência, tiram a paz, desestabilizam os indivíduos, nutrindo-se das emoções e energias das pessoas, separando-as de si mesmas e afastando-as de Deus. A obra contém ideia das principais manifestações e formas de como o medo se reflete em nosso cotidiano, e aponta o caminho para livrar-nos dele, reaproximando-nos de Deus, desde que estejamos espiritualmente dispostos a ouvir o que Deus diz e predispor-se a fazer.
ARQUIDIOCESE
Caderno2
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
3
CNBB e Cáritas Brasileira lançam Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil
FOTOS: DIVULGAÇÃO
INICIATIVA busca gestos concretos de ajuda humanitária ante a pandemia
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deu início, a partir do Domingo de Páscoa, à Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, uma iniciativa nacional que tem como lema ‘É tempo de cuidar’ e busca estimular a solidariedade, por meio de gestos concretos, como a arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza. Além de levar ajuda material às pessoas, a Campanha também busca promover o cuidado no campo religioso, humano e emocional. Em sintonia com esse propósito, o Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, Dom Walmor Olivei-
ra de Azevedo, gravou um vídeo convocando a todos a viver a alegria do tempo pascal na experiência da solidariedade. “É tempo da Páscoa. Que nossos corações sejam inundados pela força do amor de Deus, à luz amorosa da presença de Cristo ressuscitado”. No vídeo, Dom Walmor salienta que o tempo é propício a reacender a esperança nos corações por depositarmos nele grande confiança. “A Páscoa é tempo de renovação pela força da alegria e por um novo olhar sobre a vida, lançando o olhar sobre o nosso mundo, sobre a nossa humanidade fragilizada, mas que nutre no coração a esperança da vitória, da vida sobre a morte, p o rq u e E l e , Crist o , re s -
n PRESIDENTE da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo
suscitou”, disse. Na ocasião, Dom Walmor afirmou que a alegria da Páscoa tem nomes: diálogos, solidariedade, respeito, compromisso com a vida e com o dom. “Por isso mesmo a nossa Conferência Nacional dos Bispos do Brasil através do seu organismo, a Cáritas, convoca a participação na ação solidária emergencial”, disse. O p re s i d e n t e d a CNBB reiterou que
muitos estão precisando de ajuda e que, especialmente neste momento, todos são chamados de modo muito especial a percorrer o caminho de nossas ruas indo ao encontro dos pobres, para ajudá-los. “Agora é hora de viver a alegria do tempo pascal na experiência da solidariedade. Participe aí na sua comunidade de fé, na sua paróquia, desta ação bonita de toda a nossa Igreja,
anunciando a alegria da Páscoa pela solidariedade com os pobres, com os enfermos, com os vulneráveis e com as famílias que precisam do nosso apoio, da nossa palavra”, convoca Dom Walmor. “É tempo de reconstruir, de abrir um caminho novo. É tempo de viver uma nova experiência de solidariedade, vamos juntos dar as mãos e ir ao encon-
tro deles, dos que necessitam mais, para assim darmos ao mundo testemunho daquilo que de fato é, a razão e o selo de autenticidade da nossa fé cristã católica, abertos a todos os segmentos da sociedade e de todos aqueles que professam a fé em Cristo e que se abrem ao amor de nosso Deus. Seja solidário, participe!”.
QUARTA-FEIRA: #RezemosJuntospelo fim da pandemia A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem convidado a comunidade católica brasileira a rezar o Terço da Esperança e da Solidariedade toda quartafeira, com transmissão pela TV e redes sociais. Na Itália, a corrente de oração de quarta-feira, 15, também transmitida ao vivo, foi concluída com a Súplica a Nossa Senhora do Santo Rosário de Pompeia. Pela quinta semana consecutiva, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil convidou os fiéis a rezar o Terço da Esperança e da Solidariedade na quarta-fei-
ra, 15, como aconteceu nos dias 1º e 8 de abril, por exemplo. A corrente nacional de oração está ocorreu às 15h30 em comunhão com toda a Igreja no país. REZE JUNTO NO BRASIL - O momento de oração é transmitido pelos canais de TV de inspiração católica, emissoras de rádio e pelos perfis da CNBB no Facebook e no YouTube. Para compartilhar a união em oração pelas redes sociais, os bispos convidam a usar a hashtag adotada pelo Papa Francisco: #RezemosJuntos. Diante da pandemia
do Covid-19, o Terço da Esperança e da Solidariedade também entra em comunhão com o Pontífice no compromisso de intensificar as orações neste período unindo os fiéis do Brasil. Já na Itália, a comunidade católica reúnese em oração às 21h, hora italiana, (16h no horário de Brasília). REZE JUNTO NA ITÁLIA - A oração foi conduzida pelo delegado pontifício, o Arcebispo Tommaso Caputo, e concluída com a Súplica a Nossa Senhora do Santo Rosário de Pompeia. Os fiéis podem rezar junto seguindo
n INICIATIVA convida nações a unirem-se em oração pelo fim da pandemia
a transmissão ao vivo pelo canal italiano católico TV2000, pela emissora InBluradio e pela página do Pontifício
Santuário da beata de Pompeia no Facebook. A
iniciativa ainda conta com o apoio do jornal católico Avvenire, Sir,
Federação dos Semanários Católicos, Corallo e secretaria-geral da Conferência dos Bispos da Itália (CEI).
VATICANO
VATICANO: prorrogadas até 3 de maio medidas anti-Covid-19
A PARTIR DE 13 DE ABRIL, as normas relativas à con-
tenção da pandemia estão renovadas por mais vinte dias
C
idade do Vaticano As medidas adotadas pela Santa Sé, segundo as disposições do Governo italiano, para conter a difusão da pandemia de coronavírus, foram prorrogadas até o dia 3 de maio. A extensão foi comunicada terça-feira, 14, pela Sala de Imprensa
da Santa Sé como em outras ocasiões. Portanto, as atividades das entidades vaticanas prosseguirão, mas com a presença reduzida ao mínimo e incentivando o trabalho de casa o máximo possível, a fim de “limitar a circulação de funcionários e, ao mesmo tempo,
garantir o exercício do ministério petrino”. Permanece fixa, conforme o rescrito de 2 de abril, assinado pelo secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, a suspensão das atividades judiciais no Estado da Cidade do Vaticano, em 4 de maio, inicialmente marcada para 3 de abril.
n ITÁLIA segue adotando medidas de prevenção à pandemia
4
Caderno2
EM NAZARÉ
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
NAZARÉ EM DESTAQUE
IMAGEM PEREGRINA da Senhora de Nazaré visita população ribeirinha de Belém do Pará FOTOS: DIVULGAÇÃO
LEVAR o alimento da Palavra de Deus aos ribeirinhos
L
evar o alimento da Palavra Viva do Evangelho à população ribeirinha foi o objetivo
da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), junto aos Padres Barnabitas, ao realizaram uma procissão
n OBJETIVO é a oração pelos ribeirinhos
fluvial com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré no dia 11 deste mês. Conduzida pelo Presidente da DFN e Reitor da Basílica Santuário, padre Luiz Carlos Maria Gonçalves, a imagem da Virgem de Nazaré percorreu as águas do rio Guamá visitando a Ilha do Combu, Furo Paciência e Madre de Deus, para abençoá-los diante a fragilidade social na qual o mundo tem vivido, em função do COVID-19. Também estiveram presentes nesse momento Albano Martins, Co-
n IMAGEM Peregrina conduzida pelo pe. Luiz Carlos
ordenador do Círio de Nazaré e mais três Diretores: Mário Tuma, Diretor de Procissões, Ronaldo Pinheiro de Souza,
Diretor de Engenharia e Patrimônio, e Antonio Souza, integrante da Diretoria de Eventos. A DFN já realizou o
projeto “Círio nas nuvens” para abençoar os bairros da região metropolitana de Belém e municípios do Estado do Pará
PADRES BARNABITAS vivenciaram Semana Santa em meio à pandemia do coronavírus Pensando na segurança e bem-estar dos fiéis, e seguindo as recomendações das organizações oficiais de saúde, as celebrações da Semana Santa deste ano foram vivenciadas de uma maneira diferente. Os Padres Barnabitas se dedicaram intensamente desde o Domingo de Ramos para levar a comunhão e o preparo espiritual para
todos os cristãos através das redes sociais por meio das transmissões das cerimônias que culminam na Páscoa do Senhor. Direto da própria capela, cada cerimônia conduzida pelos sacerdotes permaneceu com sua beleza e seu significado, fazendo com que os fiéis vivessem profundamente o mistério da Paixão,
Morte e Ressurreição de Cristo, mesmo que em suas casas. Os Padres Barnabitas, que administram com amor e fé o Santuário da Virgem de Nazaré, agradecem pela sua participação em todas as cerimônias que se passaram e desejam a todos uma Santa e abençoada Páscoa do Senhor! n GRATIDÃO Padres Barnabitas são gratos pela participação dos fiéis
BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ adapta horários de transmissão
n MISSAS seguem como prioridade
Os Padres Barnabitas, que administram a Basílica Santuário de Nazaré, se unem em oração ao povo do mundo inteiro rogando a intercessão de Maria Santíssima neste momento de dificuldade. Seguindo as recomendações das instituições oficiais de saúde, as celebrações ocorrem na Capela junto à Basílica Santuário. A Santa Missa é transmitida por meio das redes sociais da Basílica Santuário e Rede Nazaré de Te-
levisão. De segunda a sábado, são três Missas diárias: às 7h, às 12h e às 18h. Aos domingos,
as Missas das 10h e das 18h também são transmitidas, ao vivo, pela TV Nazaré, Facebook e YouTube. Além disso, são feitas celebrações exclusivas pelo Facebook e YouTube, de segunda a sábado. Às 9h, Novena do Santo e Médico Antônio Maria Zaccaria; às 11h30, Novena de Nossa Senhora de Nazaré; às 15h, Terço da Misericórdia; às 17h, Terço Mariano e, às quartasfeiras, às 19h30, Adoração ao Santíssimo Sacramento.
n CAPELA é local da Missa ao vivo
Caderno2
ARQUIDIOCESE
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
VIGÍLIA PASCAL no Sábado Santo, 11 NOITE das noites celebrada de maneira especial na Catedral de Belém
N
o Sábado Santo, 11, na programação da Semana Santa 2020 da Arquidiocese de Belém, celebrou-se de forma solene e reservada a Vigília Pascal, conhecida como a “Mãe de todas as Vigílias”, na Catedral Metropolitana com a presença do Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, seu Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, e alguns sacerdotes e diáconos. A celebração foi transmitida pela Fundação Nazaré de Comunicação que desde o início da Semana Santa vem transmitindo os momentos solenes. Como se sabe, este ano todas as celebrações e momentos da Semana Santa tiveram alterações por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Assim também aconteceu com a Vigília Pascal. A recomendação foi a que, das suas residências, os fiéis vivessem a Vigília em família, acompanhando o acender-se do Círio, o Precônio Pascal (texto da proclamação da Páscoa), Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal (renovação das promessas batismais) e Liturgia Eucarística. Em sua saudação inicial, Dom Alberto afirmou que apesar da distância, nada impediu irmãos e irmãos de estarem reunidos em nome de Jesus: “irmãos e irmãs,
nessa noite santa em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da Morte à Vida, a Igreja convida seus filhos e filhas dispersos por toda terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Paixão do Senhor ouvindo Sua Palavra e celebrando seus mistérios podemos ter a firme esperança de participar do Seu triunfo sobre a Morte e de Sua Vida em Deus.” No decorrer da celebração houve a proclamação da palavra do Antigo e Novo Testamento que conta brevemente a história de Cristo, a salvação e os sacramentos. As quatro principais partes da Vigília (Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística) recordam a caminhada do povo de Israel e apresenta Jesus como Salvador, o Messias que nos leva à salvação. Na noite da Vigília, todos os anos são proclamados sete leituras e entoados os sete salmos. Mas este ano, em ocasião da saúde mundial, na Liturgia da Palavra, foi reduzido o número de leituras para o que é previsto como essencial. Na celebração do sábado, ocorre todos os anos, o Batismo de crianças, jovens e adultos, entretanto, foi feita somente a renovação batismal. Em sua homilia, Dom
5
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n CELEBRAÇÃO presidida pelo Arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa
Alberto destacou que a alegria do anúncio da ressurreição de Cristo sobrepunha-se sobre qualquer situação: “Não existe qualquer sepulcro, ou morte, ou pandemia, ou crise, nem mesmo a força do pecado, nada será capaz de impedir o eco do anúncio de vida deste cristo ressuscitado. O Senhor nos precede e nos guia, nos acompanha e nos segue, vai a nossa frente e ao nosso lado, vai atrás de nós para nos guardar. Devemos só segui-lo com todas as nossas forças com disposição para viver a vida nova.” Após a homilia, Dom Alberto conduziu o mo-
mento da renovação das promessas batismais e a liturgia prosseguiu com a comunhão. CÍRIO PASCAL O Círio Pascal é a grande vela acesa que simboliza Cristo Ressuscitado e recorda Jesus, a luz que ilumina a noite da humanidade. A palavra “círio” vem do latim “cereus”, de cera. O Círio Pascal traz inscrita a cruz acompanhada do ano e letras do alfabeto grego Alfa e Ômega, indicando a Páscoa de Jesus. Nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de todos, Senhor do tempo e da história! O Círio Pascal
tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz. As cinco chagas de Cristo: a coroa de espinhos; o prego da mão direita; o prego da mão esquerda; o prego dos pés e o corte feito no lado direito do seu peito. Como recomenda o Missal Romano, ao ser feita a incisão da cruz e dos outros sinais, o sacerdote aplica no círio cinco grãos de incenso, formando uma cruz e dizendo “1.Por sua santas chagas, 2.suas chagas gloriosas, 3.o Cristo Senhor, 4.nos proteja, 5.e nos guarde. Amém”.
n CÍRIO PASCAL aos cuidados de Dom Alberto
n RITO da Vigília, no detalhe, com Dom Alberto
n DOM ANTÔNIO também concelebrou a Vigília Pascal
6C
IGREJA
aderno2
BELÉM, DE 17 A 23 DE ABRIL DE 2020
Semana SANTA em Belém do Pará
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n DOMINGO DE RAMOS
n PAIXAO DO SENHOR
n MISSA DA CEIA DO SENHOR
n PAIXAO DO SENHOR
n SERMÃO DAS SETE PALAVRAS
n VIGÍLIA PASCAL n VIGÍLIA PASCAL
n VIGÍLIA PASCAL
n VIGÍLIA PASCAL