Voz de Nazaré - Edição nº 1056

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O Arcebispo

Esperanças renovadas no MAIOR dos círios

Arquidiocese em oração pelos fiéis DEFUNTOS

Os Bispos vão celebrar Missas em cemitérios de Belém. Em toda a Arquidiocese, os fiéis podem dirigir-se às suas comunidades para rezar em sufrágio da alma de seus entes queridos no dia de Fianados, 2 de novembro. Confira programação nas paróquias e áreas missionárias.

Encontro de Casais com

A segunda reunião nacional com todos os casais do ECC aconteceu na Arquidiocese

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR www.fundacaonazare.com.br ARQUIDIOCESE DE BELÉM ANO CIX - Nº 1056 - PREÇO AVULSO: R$2,00 O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022 LUIZ ESTUMANO
n CÍRIO do ano
2023
já tem tema escolhido pela Arquidiocese de Belém
A festividade de Nossa Senhora de Nazaré chegou ao fim como o maior dos círios em termos de participação dos fiéis, segundo dados da organização. "Foi o Círio da Alegria e do reencontro", declarou Dom Alberto na entrevista coletiva à Imprensa, realizada dia 24 de outubro, na Cúria de Belém. PÁGINA 12
n ENTREVISTA coeltiva á Imprensa: D. Alberto, Salame e padre Francisco falaram da festa mariana
PÁGINA 8
de Belém, na Paróquia Mãe da Divina providência localizada no bairro de Val de Cans. Assistente nacional, Dom Adair, participou. PÁGINA 8
CRISTO em Belém n CEMITÉRIOS serão lugar para Missa e para a visitação em homenagem à memória dos fiéis defuntos
de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, anunciou dia 23 de outubro o tema para o Círio de Nossa Senhora de Nazaré 2023 perante o público que participava dos momentos finais da festividade . PÁGINAS 6 E 7 para“Maria,sinaldeesperançaopovodeDeusemcaminho“ LUIZ ESTUMANO LUIZ ESTUMANO A beatificação de Benigna Cardoso da Silva eleva para a Igreja a jovem leiga mártir. Dia 24 de outubro passa a ser a data da memória litúrgica da nova Beata. PÁGINA 6 A Bem Aventurada MENINA BENIGNA

de termos percorrido todo o caminho de preparação para o primeiro sínodo arquidiocesano que teve sua assembleia geral realizada em 5 e 6 de agosto deste ano, estamos agora na fase de elaboração do novo Plano de Pastoral.

O que é um “Plano de Pastoral?” É uma espécie de mapa que mostra caminhos, indica as direções para se chegar à meta desejada. Todos nós, quando fazemos uma viagem, e não conhecemos o caminho, precisamos consultar o mapa para saber se estamos seguindo na direção certa, conforme as indicações que temos. É verdade que hoje em dia somos muito facilitados pelos diversos aplicativos que temos à nossa disposição e que podem nos indicar a estrada para o destino que desejamos dando-nos as condições da estrada,

Muitos cursilhistas atuam nas mais variadas pastorais da Igreja em suas comunidades. Uns são catequistas, outros agentes da misericórdia, outros no dízimo, outros na liturgia...

Nem todos os cursilhistas têm a devida capacitação para proclamar bem a Palavra de Deus. Muitos fiéis se queixam da incompetência dos leitores que proclamam mal a Palavra de Deus.

A boa vontade é importante, mas não

os engarrafamentos, os obstáculos e o tempo percorrido e quantos quilômetros ainda faltam para a chegada.

A nossa Igreja não está iniciando agora a sua caminhada. Ao contrário, está na sequência de uma longa história. De tempo em tempo, faz uma parada na caminhada, repensa suas estratégias, relembra seus objetivos gerais e específicos, e retoma a caminhada. É sempre esta a finalidade das “assembleias arquidiocesanas” e dos sínodos que acontecem periodicamente.

Em nossa assembleia sinodal, depois de termos considerado a caminhada feita, depois de termos nos colocado à escuta do

novo Plano de Pastoral

que o Espírito pede à Igreja nos tempos de hoje, percebemos os grandes desafios pastorais que se impõem, escolhemos algumas prioridades pastorais e agora vamos retomar a caminhada.

Na apresentação do último Plano de Pastoral da Arquidiocese, o Arcebispo Dom Alberto assim se expressou: “Nosso Plano Pastoral olha para o alto e para frente, renovando o impulso para a Missão. Há muita gente que aguarda a força missionária da Igreja, a ser vivida por todos nós, com generosidade e dedicação. Mas a Missão se realiza em comunhão, com o envolvimento de todas as forcças vivas da Igreja.

É claro que todos nós, para sermos missionários de acordo com o Coração de Cristo, procuraremos todos os meios para a necessária formação espiritual e pastoral, valorizando todas vocações e estados de vida. A missão, sendo coerente com o Evangelho, vai levarnos ao serviço da caridade, para que seja profético e corajoso nosso testemunho. Temos a certeza de que a espiritualidade dos discípulos missionários, que somos todos nós, com fundamento na Palavra de Deus será o óleo com que o Espírito vai ungir todas as atividades pastorais da Arquidiocese. Enfim, como nossa vocação é evangelizar, deveremos

ser bem preparados para comunicar a Boa Nova através de todos os meios”.

Estas palavras suas continuam muito atuais e servem para reanimar a todos nós na caminhada. Depois do Primeiro Sínodo Arquidiocesano, o novo Plano de Pastoral irá traçar as grandes linhas para que a nossa Arquidiocese possa, efetivamente, ser “IGREJA DE PORTAS ABERTAS”.

Convictos de que somente se “caminhamos juntos”, somos a verdadeira Igreja de Jesus Cristo, este novo Plano de Pastoral indicará, concretamente, a todas as forças vivas que compõem a Arquidiocese o seu modo de

agir para, efetivamente, ser Igreja sinodal. Na continuidade do Plano Pastoral da APA 2017, e na escuta do que o Espírito Santo pede à Igreja nos tempos de hoje, a Arquidiocese assumirá as suas linhas de ação para triênio 20232025, inspirada em Mateus 28, 16-20: “Os discípulos voltaram à Galileia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado. Quando O viram, prostraramse; mas alguns tiveram dúvidas. Jesus se aproximou deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide , pois, fazei discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”.

Vamos aguardar os próximos passos.

com fé e convicção.

6- Ler antes o trecho várias vezes, até sabê-lo quase de cor.

7- Quem tem voz de trovão, modere-se. Quem tem voz muito fraca, fale mais alto. Nunca exagerar em nada.

basta. A capacitação é necessária. É pavoroso saber que 50% dos católicos que vão à igreja em Belém saem insatisfeitos pelo mau uso do microfone, pela má proclamação da Palavra ou pelo canto mal executado.

Proclamar é quase declamar. Proclamar é ler a Palavra para o povo entender. Alguns lêem, mas os fiéis não entendem. Por isso muitos fiéis deixam de frequentar a Igreja.

A incompetência na proclamação da Palavra

e no uso do microfone é um espantalho que espanta fiéis da Igreja.

A má proclamação da Palavra se resolve fácil fazendo isto:

1- Manter o microfone uns 10 a 15 cm longe da boca.

2- Imaginar de ser

o Apóstolo ou profeta que está falando.

3- Pronunciar bem todas as palavras e também as últimas.

4- Nada de correria na leitura, mas ler espaçado.

5- Proclamar a Palavra com entusiasmo,

Menina Benigna é declarada BEM AVENTURADA

A luta ao feminicídio foi invocada pelo representante do Papa Francisco, cardeal Leonardo Steiner, na missa a beatificação de Benigna Cardoso da Silva. Depois de lida a biografia da jovem leiga mártir, o arcebispo de Manaus leu a carta apostólica assinada pelo Papa na qual se acolhe o pedido dos bispos para declarar Bemaventurada a Menina Benigna e se estabelece o dia 24 de outubro como data de sua memória litúrgica. Na sequência, sua relíquia foi levada ao altar por duas de suas irmãs de criação e por alguns jovens, enquanto se entoava o hino à nova Beata.

“Na tarde da sexta-feira, 24 de outubro de 1941, Benigna foi à fonte, em busca de água. Conhecia o caminho para matar a sede, ser-

vir aos da casa, regar as plantas. Lugar da água, da vida, tornou-se lugar da agressão, da violência, torna-se lugar da morte. Lugar da morte, fonte de resistência, de transparência, de fortaleza, de dignidade. Junto à fonte, Benigna oferece a sua vida na fidelidade a Jesus.”

Desde cedo, a Palavra e a Eucaristia foram bebida e alimento de Benigna. Dessa fonte, recebeu forças para perseverar, resistir, temperar-se, permanecer fiel aos desejos do seu coração.

Na sua tenra idade, lia as histórias da Sagrada Escritura, participava da comunidade, cuidava das tias doentes, mesmo sendo assediada e aconselhada a afastar-se para outro local. Cresceu na bondade, na generosidade, no cuidado das

pessoas idosas, aprendeu na infância a amar Jesus!

“O seu amor, a sua misericórdia, a levou ao martírio”, ressaltou Dom Leonardo, que citou na homilia inclusive o jovem Raimundo Raul Alves Ribeiro, por cujas mãos Benigna encontrou a morte a facadas.

“Bem ressoam as palavras do Apóstolo diante da brutalidade, mesmo dos nossos dias em relação às crianças abusadas e o feminicídio, e diante da figura iluminadora de nossa Beata: ‘Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados’.

“Hoje, portanto, a Bemaventurada é invocada como

defensora da dignidade de mulher, como ícone contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. De fato, destacou Dom Leonardo, neste mesmo dia da beatificação foi instalado o Juizado de Violência Doméstica e familiar contra a Mulher na Comarca de Crato, para garantir os direitos fundamentais das mulheres nas relações domésticas e familiares.

Se queres ser bom agente da liturgia estuda e pratica as orientações do livrinho “Iniciação Litúrgica” do Pe. Antonio Mattiuz. Esse livrinho é vendido a R$ 3,00 na Cúria Arquidiocese de Belém e também na secretaria de várias Paróquias.

“Benigna nos anima a criar um ambiente familiar e social de cuidado, respeito e dignidade entre nós. Heroína da castidade! Que a sua santa alma converta esta paróquia e seja a proteção das crianças e das famílias. Estes são os votos que faço à nossa ‘santinha’” (Livro de batismo). São os votos que fazemos todos nós!”, concluiu o cardeal.

2 OPINIÃOBELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022 Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Alan Monteiro da Silva COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior - Presidente DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260 ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ - Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO CURSILHO DE CRISTANDADE (antoniomattiuz@gmail.com) PE. ANTÔNIO MATTIUZ, CSJ Proclamar bem a Palavra de Deus PE. HELIO FRONCZAK ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ... heliofronczak@gmail.com O
Depois
DIVULGAÇÃO n CARDEAL Leonardo Steiner

Sejamos bem vindos a Jericó, uma das cidades mais antigas do mundo, que pode ser vista como um símbolo para nossa aventura de fé. No “Cerco de Jericó”, foi conquistada pelos hinos de um povo vindo do deserto, conduzido pela voz de Josué (Cf. Js 1,1-6,27).

As informações davam conta de gigantes que habitavam na região! No entanto, o medo foi vencido! Ali habitava gente de toda qualidade. A porta foi aberta por nada menos do que uma prostituta, Raab! Durante a história, certamente algo como a fita escarlate foi dependurada na história de muitas pessoas que se deixaram envolver pela salvação que chegou para muitas “jericós” da vida.

Passado o Jordão, faz-se necessário tomar uma decisão: “Eu e minha casa serviremos o Senhor”, diz Josué (Js 24, 14-20). O povo que vem do deserto para a terra prometida deve escolher o Senhor! A história mostrará o quanto foram frágeis os compromissos assumidos, mas o Senhor, que “é Deus e não um homem” (Cf. Os 11,9), com amor gratuito e livre, sempre foi ao encontro de seu povo, com entranhas de misericórdia, mantendo-se fiel às promessas feitas àquele povo de cabeça dura!

Muito tempo depois, na Jericó das andanças de Jesus, havia um homem que tem o nome de cada um de nós, Zaqueu, baixinho, morador de Jericó, publicano, pecador público! Muitos problemas para a vida de uma pessoa! E lá na baixada de Jericó, na vizinhança do paganismo, uma cidade uma vez votada à destruição, com ruínas em seu entorno até os dias de hoje, este homem procurava Deus! Talvez nem soubesse bem o que incomodava seu coração, mas procurava! Em sua história estão todas as muitas histórias, nas quais também os nossos problemas se encaixam.

Vivemos neste mun-

As ESTRADAS da salvação

do, com tantos e crescentes desafios. Numa oração do Angelus, do dia 3 de Novembro de 2013, o Papa Francisco assim introduziu-nos em Jericó: “Em Jericó, acontece um dos eventos mais alegres narrados por São Lucas, a conversão de Zaqueu. Este homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um ‘excomungado’, porque é um publicano, é o chefe dos cobradores de impostos da cidade, amigo dos ocupantes romanos, ladrão e explorador. Impedido de aproximar-se de Jesus, provavelmente por motivo de sua má fama, e sendo baixo de estatura, Zaqueu sobe em uma árvore para ver o Mestre que passa. Este gesto, um pouco ridículo, exprime, porém, o ato interior do homem que procura colocar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus. O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo de seu gesto, mas o faz; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; conformase em vê-lo somente de passagem. Mas Jesus, quando chega perto daquela árvore, chama-o pelo nome: ‘Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa’. Aquele homem baixo de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus é como perdido no anonimato; mas Jesus o chama, e aquele nome, Zaqueu, naquelas línguas daquele tempo, tem um belo significado cheio de alusões: ‘Zaqueu’ quer dizer ‘Deus recorda’. E Jesus vai àquela casa de Zaqueu, suscitando as críticas do povo de Jericó. Porque também naquele tempo se fofocava muito, não é? E o povo dizia: ‘Mas como? Com tantas boas pessoas que há na cidade, vai hospedar-se justamente na casa de um publicano?’ Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: ‘Hoje entrou a salvação nesta

casa, porquanto também este é filho de Abraão’. Na casa de Zaqueu entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus. Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer gênero que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho sequer. Deus recorda sempre, não esquece nenhum daqueles que criou. Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de retornar à casa. Olhemos para Zaqueu hoje na árvore: é ridículo, mas é um gesto de salvação. E eu digo a você: se você tem um peso na consciência, se você tem vergonha de tantas coisas que cometeu, pare um pouco, não se desespere, pense naquele que o espera, porque nunca deixou de se lembrar de você, de pensar em você. E este é o seu Pai, é Deus. É Jesus que o espera! Suba, como fez Zaqueu; suba na árvore da vontade de ser perdoado. Eu lhe asseguro que não se decepcionará. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar. Assim é Jesus. Deixemo-nos também nós sermos chamados pelo nome por Jesus! No fundo do coração, escutemos a sua voz que nos diz: ‘Hoje devo ficar em sua casa; eu quero ficar na sua casa e no seu coração’, isso é, na sua vida. E vamos acolhê-lo com alegria! Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode livrar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor. Jesus pode fazê-lo. Deixe-se olhar por Jesus”.

Queremos acolher juntos a visita do Senhor na Jericó de nosso coração, certos de que muralhas cairão pela força da misericórdia. Em Jericó, as multidões acorriam a Jesus, as estradas estão repletas de gente. Eram muitas as carências das pessoas! Muitas delas

traziam a carga de seus próprios defeitos e pecados. Vale a pena pensar em todas as estradas percorridas em nossa vida, inclusive os eventuais caminhos escusos por onde passamos, vielas das quais não queremos lembrar! Deus se lembra delas, mas com amor. O Senhor veio, como companheiro seguro, participar conosco de todas as viagens. Ele está sempre perto, mesmo quando desejamos o anonimato diante sua presença, ou quando nos escondemos mesmo. É que nos agrada a multidão, perder-nos no meio de tanta gente, ainda que conduzidos, com grande frequência, pelo desejo de chamar a atenção. Deixemo-nos conduzir no meio da multidão dos homens e mulheres de todas as gerações que buscaram Jesus. Joguemos fora o acanhamento por sermos reconhecidos como pecadores.

Talvez as pessoas que vivem em nossas cidades nem subam em árvores para ver Jesus! Mas as procissões religiosas, como nosso Círio, os eventos sociais e políticos, as grandes movimentações de massa, os protestos, tudo faz as janelas e as sacadas de casas ou apartamentos se abri-

rem. As manifestações que têm sacudido periodicamente nosso país indicam que não basta ter o nível de consumo a que chegamos para ser felizes. Ainda quando não sabemos quais são as verdadeiras bandeiras existentes em tantas manifestações, lá dentro do coração humano existe uma sede de valores consistentes, sede de verdade e dignidade. Maior do que todas, há aí dentro uma imensa sede de eternidade. Não fomos feitos para rastejar no barro da vida, mas feitos para as alturas. Que bom saber que o Senhor enxerga dentro do coração das pessoas e identifica o desejo da verdade, a sinceridade de quem quer aprender, a verdadeira sede de Deus. Que bom saber que existe muita gente que não está longe do Reino de Deus!

Entretanto, olhando ao nosso redor, será possível identificar tantas pessoas cuja vida nos assusta, por não conseguirmos entender como chegaram tão baixo na prática da maldade e mesmo da iniquidade. A banalização da vida chega a níveis estarrecedores. A insensibilidade crescente anestesia as pessoas, fazendo-as capazes de as-

sistir cenas de crimes e de violência que beiram a barbárie com incrível frieza. E nós também somos feitos do mesmo barro que os outros e não podemos orgulharnos de ser mais perfeitos. Também em nosso peito bate um coração capaz do melhor e do pior. Por outro lado, há muitas surpresas reservadas para quem quer caminhar para Deus e não despreza os outros. De onde menos se espera, vem mais o bem do que o mal! Fatos maravilhosos de recuperação da história de muitas pessoas reacendem a esperança. Voltemos a Zaqueu. O que mudou em sua vida? A Salvação chegou, o perdão se realizou! Daí nasce um novo relacionamento com a sua história, já que tudo concorre para o bem dos que amam a Deus. As pessoas às quais fez algum mal, agora são irmãs e irmãos. Sua família certamente recebeu os frutos da presença de Jesus. A casa não era só de Zaqueu! Sua profissão, antes eivada de corrupção, será exercida de uma forma diferente. Os habitantes de Jericó terão encontrado um homem novo. Homem novo, Salvação, Vida Nova!

CONVERSA COM MEU POVO Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA 3ARCEBISPO BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022 3LIVROS
DIVULGAÇÃO n EM JERICÓ acontece a conversão de Zaqueu

No Evangelho de Mateus, o Sermão da Montanha é colocado logo após o início da vida pública de Jesus. A montanha é vista como símbolo de um novo Monte Sinai no qual Cristo, novo Moisés, oferece a sua “lei”. O capítulo anterior fala de grandes multidões que começaram a seguir Jesus e às quais Ele dirigia seus ensinamentos. Ao passo que neste discurso Jesus fala aos discípulos, à comunidade nascente, àqueles que mais tarde seriam chamados de cristãos. Ele introduz o “Reino dos Céus”, que é o tema central da pregação de Jesus1. As Bem-Aventuranças representam o manifesto programático da sua pregação, a mensagem da salvação, a síntese de toda a Boa Nova, que é a revelação do amor salvífico de Deus2.:

“Bem-aventurados os misericordiosos, pois eles

O que é misericórdia? Quem são os misericordiosos? A frase é introduzida pela palavra “bemaventurado(s)”3, que significa feliz, afortunado, e também assume o significado de ser abençoado por Deus. No texto, entre as nove bemaventuranças, esta se encontra na posição central.

Elas não querem representar comportamentos que serão recompensados, mas são verdadeiras oportunidades de alguém se tornar um pouco mais semelhante a Deus. De modo especial, os misericordiosos são aqueles cujos corações estão cheios de amor por Ele e pelos irmãos e irmãs, um amor concreto que se inclina para os últimos, os esquecidos, os pobres, para aqueles que necessitam desse amor altruísta: com efeito, a Misericórdia é um dos atributos de Deus4; o próprio Jesus é misericórdia.

“Bem-aventurados os misericordiosos, pois eles

alcançarão misericórdia.”

As Bem-Aventuranças transformam e revolucionam os princípios mais comuns de nosso modo de pensar. Elas não são apenas palavras de consolação, mas têm o poder de mudar o coração, têm o poder de criar uma nova humanidade, tornam eficaz o anúncio da Palavra. É preciso viver a bem-aventurança da misericórdia também em relação a si mesmo, reconhecer-se necessitado daquele amor extraordinário, superabundante e imenso que Deus reserva para cada um de nós.

A palavra misericórdia 5 vem do hebraico rehem, “ventre”, e evoca uma misericórdia divina sem limites, como a compaixão de uma mãe por seu filhinho. É um amor que não mede, mas é abundante, universal, concreto. Um amor que procura suscitar a reciprocidade, objetivo principal da misericórdia. [...]Então, se tivermos sofrido uma ofensa, seja ela qual for, uma injustiça de qualquer tipo, perdoemos, e seremos perdoados. Sejamos os primeiros a usar de piedade, amostrar compaixão! Embora pareça difícil e ousado, perguntemo-nos,

diante de cada próximo: como trataria a mãe dele? Este é um pensamento que nos ajuda a entender e a viver em conformidade com o coração de Deus.6

“Bem-aventurados os misericordiosos, pois eles alcançarão misericórdia.”

Apósdoisanosdecasamento, nossa filha e seu marido decidiram se separar. Nós a recebemos de volta em casa e, nos momentosdetensão,procuramosamá-lasendopacientes,comoperdãoea compreensão em nossos corações,mantendouma relaçãodeaberturadiante delaedeseumarido,sobretudo procurando não julgar.Apóstrêsmesesde escuta,deajudadiscretae demuitasorações,elesvoltaramaconviver,comuma novaconsciência,confiançaeesperança.7

De fato, ser misericordioso é mais do que perdoar. É ter um coração grande, é estar ansioso por apagar tudo, queimar tudo o que possa dificultar o nosso relacionamento com os outros. O convite de Jesus para sermos misericordio-

sos quer oferecer um modo de nos reaproximarmos do projeto original, de modo que possamos nos tornar aquilo que era o objetivo para o qual fomos criados: sermos imagem e semelhança de Deus.

LETIZIA MAGRI

1Cf. Mt 4,23 e 5,19-20.

2LUBICH, Chiara. Um amor materno. Palavra de Vida, novembro de 2000.

3

Em grego: makarios/ makarioi, palavra usada tanto para descrever uma situação de sorte, de felicidade dos seres humanos, como para indicar a condição privilegiada dos deuses com relação à dos seres humanos.

4

Em hebraico: hesed, isto é, amor desinteressado e acolhedor, pronto a perdoar.

5Em hebraico: rahamim.

6Cit., LUBICH, Chiara. Um amor materno. Palavra de Vida, novembro de 2000.

7Experiência que se encontra no site www.focolare.org.

Dom Joel MOTIVA aprofundamento: a Campanha da Fraternidade

“Nós cristãos, que temos fome de Deus, somos convidados a refletir sobre o tema da fome”. A motivação é do bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, no 1º vídeo do curso sobre a Campanha

da Fraternidade 2023, oferecido pela Edições CNBB e o Setor Campanhas da Conferência. Segundo ele, a próxima CF convida a perguntar, no espírito quaresmal, “por que muitas pessoas na face da terra experimentam o flagelo da fome”.

Em cinco episódios,

a formação vai aprofundar o tema “Fraternidade e fome”, o qual animará a Campanha da Fraternidade do próximo ano.

A proposta é capacitar agentes promotores da Campanha da Fraternidade 2023, preparando lideranças regionais, diocesanas,

paroquiais e comunitárias para desenvolver a CF 2023 em suas realidades concretas, refletindo à luz da realidade e na Palavra de Deus, em vista da ação eclesial sociotransformadora.

FOME

O tema da CF 2023, ofereceu o questiona-

PADRE ROMEU FERREIRA

HOMILIA DOMINICAL

A)Texto:Lc19,1-10

1 Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. 3Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. 4Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. 5Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6Ele desceu depressa e recebeu Jesus com alegria.7Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8Zaqueu ficou de pé e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.9Jesus lhe disse: “Hoje

a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.

B) COMENTÁRIO

Aqui temos o encontro de Zaqueu com Jesus. Quem é Zaqueu? Como se deu tal encontro? Qual foi o resultado dele?

Zaqueu, era pessoa esforçada e decidida. E sendo assim, galgou a chefia em seu trabalho: era chefe dos cobradores de impostos e muito rico (v 2).Mas,a riqueza sem partilha, não tem valor de salvação!

Zaqueu queria crescer em conhecimento, já que não o era em estatura. Jesus era famoso, Zaqueu procurava ver quem era Jesus. Ver, no texto, significa Conhecer.

Ele queria conhecer Jesus, e Jesus já o conhecia, até pelo nome: “Zaqueu, desce

depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa” (v 5). Para ter a experiência com Jesus, é necessário descer, baixar do orgulho, a fim de encontrá-lo. Para ver o outro: fica no nível dele!Baixa de teu pedestal!

Antes do encontro com Jesus, Zaqueu estava cego, por dentro e por fora! Os pobres estavam sempre lá, e ele não os via. Era desonesto, e não percebia.

Após o encontro, diz: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (v 8).E Jesus conclui: “Hoje a salvação entrou nesta casa” (v 10), ou seja: “nesta vida!”

Jesus, abre os olhos aos cegos! E “o pior cego é aquele que não quer ver”! Zaqueu queria conhecer;“procurava ver quem era Jesus”! E nós, que procuramos na vida? Sendo cristãos, como atuamos no mundo hodierno? Qual

é nossa relação interna e externa com as pessoas: coerente e generosa? É necessário um exame de consciência, para se ter da Graça divina, a eficiência. É indispensável verificar o “eu” interno e externo, no agir diário, para que a salvação se realize!

No encontro com Jesus, Zaqueu mudou de vida! E nós? Será se nos encontramos realmente com Jesus?Jesus, não deixa seu benefício, para amanhã: “Em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43); e logo: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão.” (Lc 19,9).

“Ser filho de Abraão”, indica bênção e salvação, prometida por Deus aos descendentes dele [A.T] (Gn 12,1-3; 15; 17;). Gn 19: Em Sodoma, se salva os de Ló, parentes dele. E no [N.T], Jesus, salvador, é filho de Abraão (Mt 1,1).

mento sobre o motivo pelo qual as pessoas passam fome, “não aquela fome que todos nós temos, presente do Criador, um instinto de sobrevivência para que nosso corpo se mantenha, mas a fome que incapacita milhões e milhões de pessoas de terem acesso ao míni-

mo necessário para se alimentar”.

Em sua aula introdutória, dom Joel destaca a CF. “É o nosso modo de viver a Quaresma, buscando uma conversão pessoal, comunitário-eclesial e sociopolítica”. E a relação da CF- Quaresma é “irrenunciável”

LITURGIA

n 28/10 – SEXTA-FEIRA

Cor: Vermelho

1ª Leitura - Ef 2,19-22

Salmo - Sl 18,2-5

Evangelho - Lc 6,12-19

n 29/10– SÁBADO

Cor: Verde

1ª Leitura - Fl 1,18b-26 Salmo Sl 41,2.3.5bcd Lc 14,1.7-11

Evangelho - Lc 13,1-9

n 30/10 – DOMINGO

Cor: Verde

1ª Leitura - Sb 11,22-12,2

Salmo - Sl 1144,1-2.8-14

2ª Leitura -2Ts 1,11-2,2 Evangelho - Lc 19,1-10

n 31/10 – SEGUNDA-FEIRA

Cor: Verde

1ª Leitura - Fl 2,1-4 Salmo – Sl 130,1-3 Evangelho - Lc 14,12-14

n 01/11 – TERÇA-FEIRA

Cor: Branco

1ª Leitura - Fl 2,5-11 Salmo - Sl 21,26-32

Evangelho - Lc 14,15-24

n 02/11 – QUARTA-FEIRA

Cor: Roxo

1ª Leitura - Jó 19,1.23-27a Salmo - Sl 23,1-6

2ª Leitura -1Cor 15,20--28

Evangelho - Lc 12,35-40

n 03/11 – QUINTA-FEIRA

Cor: Verde

1ª Leitura - Fl 3,3-8a Salmo - Sl 104,2--7

Evangelho - Lc 15,1-10

ARQUIDIOCESE4 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)
“Bem-aventurados os misericordiosos, pois eles alcançarão misericórdia.” (Mt5, 7)
alcançarão misericórdia.”
CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA

e

INTRODUÇÃO

Oprocesso de educação e evangelização dos jovens desafia pais, educadores, evangelizadores e catequistas a serem sensíveis, criativos e estratégicos no desenvolvimento da própria missão. É necessário cultivarmos um profundo e dinâmico movimento de empatia para se chegar ao coração de quem se deseja educar e evangelizar, ou “evangelizar

resumo do conteúdo do livro, quero iniciar uma reflexão sobre a importância de darmos a máxima atenção a essa estratégia de promoção da pastoral juvenil. A pergunta fundamental é esta: por que é importante a promoção da experiência associativa (de grupos) dentro da pastoral juvenil?

da

educando e educar evangelizando”.

Para que isso aconteça é necessário dar a máxima atenção para com os anseios, as sensibilidades das novas gerações e a tudo aquilo que está profundamente atrelado naturalmente à psicologia juvenil. Uma das experiências que atrai o olhar, o coração e a mente dos jovens é a experiência de grupo.

Neste ano a Comissão Episcopal para a Juventude (Edições CNBB) lançou o livro com o título “Grupo Jovem Paroquial: jeito jovem de ser Igreja”. Além da versão impressa, há uma versão digital de fácil acesso disponível a todos em: jovensconectados.org. br/mdocs-posts/livrodigital-grupo-jovemparoquial-jeito-jovemde-ser-igreja

Nesta reflexão, sem a pretensão de fazer

1

O grupo é importante porque corresponde a uma necessidade humana

* O homem é um ser social. A experiência da vida em grupo ajuda os adolescentes e jovens a crescerem na sociabilidade, na capacidade de relacionamento, na interação com os outros.

* No grupo nos exercitamos na comunicação, no diálogo, na escuta, no pensamento, na arte de responder... O grupo interpela o indivíduo e o estimula ao crescimento saindo da sua comodidade.

* No grupo tomamos consciência de nós mesmos, percebemos nossas carências (medo, agressividade, desonestidade...) e potencialidades.

sejo de proteção e segurança

* Diz o ditado popular que “Juntos somos mais fortes!” e é verdade!A experiência associativa empodera o indivíduo psicologicamente. Ninguém vive sem o desejo de proteção e segurança, pois é uma das mais significativas necessidades humanas. O grupo é um ambiente de refúgio, abrigo, tutela, apoio, garantia.

boas práticas.

AO grupo possibilita ao indivíduo o amadurecimento moral

culos, desagregadas...

PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

2

O grupo é importante porque corresponde a uma necessidade afetiva

* Temos sede de amar, ser amados e servir; isso só é possível na interação com os outros. Amar é expor-se! Somos naturalmente impelidos ao encontro dos outros. O grupo é espaço para a experiência da afetividade, do amor, da amizade, do bem querer...

* O grupo nos oferece a oportunidade de dar e receber afeto, isso nos livra do mal da carência afetiva e do anonimato. O grupo nos leva a tomarmos iniciativas em prol das necessidades dos outros, portanto, a experiência associativa nos sensibiliza e nos oportuniza a possibilidade da experiência da solidariedade e do cuidado com os outros. .

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O grupo corresponde a um de-

* No grupo crescemos no senso de pertença, proteção e atenção aos outros. O grupo vai ao encontro da fragilidade do indivíduo e, este, por sua vez, coloca a serviço dos demais o que pode oferecer.

4O grupo favorece a educação através do confronto com o outro

* O grupo é ambiente de conhecimento, é uma escola, um lugar educativo, um espaço de múltiplas influências e condicionamentos. O grupo, segundoo psicólogo americano Lawrence Kohlberg criador da Teoria do Desenvolvimento Moral, é fonte das referências morais para os adolescentes, por isso, muitas vezes o que o grupo diz cada indivíduo acata, gerando conflito com os pais. Eis porque é importante a promoção de grupos com bons ideais e

* O psicólogo Lawrence Kohlberg nos alerta para a verdade de que o grupo é espaço de recepção de estímulos e, por isso, forja o indivíduo a desenvolver a capacidade de discernimento, senso crítico, reflexão pessoal, contestação e fundamentação das convicções pessoais sem entrar em conflito com os outros (sem rupturas) preservando a própria identidade com suas convicções.

* O grupo é o contexto em que cada indivíduo pode também testemunhar não somente os seus vícios e fragilidades, mas também valores, virtudes, boas ideias, iniciativas e lutas. O grupo traz consigo sempre uma relativa ambivalência, fruto das virtudes e limites presentes em cada pessoa. A saudável experiência de grupo ajuda o individuo a crescer no senso ético.

* A experiência educativa e religiosa em grupo, corresponde a uma necessidade do caminho eclesial. Somos comunidade, Igreja Sinodal, comunhão... Dessa convicção vem a experiência da corresponsabilidade, do mutirão, da colegialidade na liderança (grupo, equipe, comissão), do discernimento comunitário, da promoção dos conselhos pastorais etc.

7O grupo corresponde à necessidade missionária

* Jesus enviou seus discípulos “dois a dois” para evidenciar a dimensão comunitária da missão eclesial. Nenhum discípulo deve estar isolado evangelizando. Mesmo que alguém esteja só, não deve estar isolado.

1

Em sua vida você já fez parte de um grupo? Como foi a experiência?

2O que você destaca de importante na experiência de grupo?

Como você percebe hoje na sociedade e na Igreja a questão da experiência de grupo?

6

O grupo corresponde a uma necessidade eclesial

* A Igreja é uma família formada por pequenas associações de pessoas: famílias, grupos, associações, congregações, comunidades, paróquias, dioceses...Na Igreja não deve haver pessoas sem vín-

* Fora do sentido comunitário, fraterno e da comunhão não existe verdadeira evangelização. A evangelização é uma missão comunitária. A missão comunitária nos leva à convicção da necessidade da experiência de vida fraterna como expressão do Reino de Deus.

* O grupo é chamado a ser espaço de vivência dos valores do Reino de DEUS, portanto, do perdão, da misericórdia, da compaixão, da solidariedade, da partilha etc.

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org) DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO 5 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022 SETORJUVENTUDE
É necessário cultivarmos um profundo e dinâmico movimento de empatia para se chegar ao coração de quem se deseja educar e evangelizar
A IMPORTÂNCIA DO ASSOCIACIONISMO JUVENIL: Educar
evangelizar através
experiência de grupo (1)
Estratégia de promoção da pastoral juvenil
O grupo é chamado a ser espaço de vivência dos valores do Reino de DEUS, portanto, do perdão, da misericórdia, da compaixão, da solidariedade, da partilha etc.
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DIVULGAÇÃO
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Baseada no Capítulo 8, da Lumen Gentium, que versa sobre A Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja, a Arquidiocese de Belém anunciou dia 23, o tema para a Festividade de Nossa Senhora de Nazaré no ano que vem: “Maria, sinal de esperança para o povo de Deus em caminho”. As prévias do capítulo indicam que a fé se fortalece com a esperança na Graça, que é Jesus Cristo.

“Aprontai a vossa men-

MARIA, SINAL DE ESPERANÇA para o povo de Deus em caminho

o tema do Círio 2023

vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder.

Pois está escrito: “Sereis santos porque eu sou santo” (1 Pd 1,13-16).

LUIZ ESTUMANO te, sede sóbrios e colocai toda a vossa esperança na graça que vos será oferecida no dia da revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não moldeis a vossa vida de acordo com as paixões de antigamente, do tempo de vossa ignorância. Antes, como é santo aquele que

“O que esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça (2 Pd. 3,13).

CAPÍTULO VIII DA LUMEN GENTIUM

I. PROÊMIO

A Virgem mãe de Cristo

52. Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, levar a cabo a redenção do mundo, «ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de mulher, a fim de recebermos a filiação adotiva» (Gl 4, 4-5). «Por amor de nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo». Este divino mistério da salvação nos é relevado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como Seu corpo; nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos os santos, devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo».

A Virgem e a Igreja

53. Efetivamente, a Virgem Maria, que na anunciação do Anjo recebeu o Verbo no coração e no seio, e deu ao mundo a Vida, é reconhecida e honrada como verdadeira Mãe de Deus Redentor. Remida dum modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho, e unida a Ele por um vínculo estreito e indissolúvel, foi enriquecida com a excelsa missão e dignidade de Mãe de Deus Filho; é, por isso, filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo, e, por este insigne dom da graça, leva vantagem a todas as demais criaturas do céu e da terra. Está, porém, associada, na descendência de Adão, a todos os homens necessitados de salvação; melhor, «é verdadeiramente Mãe dos membros de Cristo, porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis, membros daquela cabeça». É, por esta razão, saudada como membro eminente e inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade; e a Igreja católica, ensinada pelo Espírito Santo, consagra-lhe, como a mãe amantíssima, filial afeto de piedade.

Intenção do Concílio

54. Por isso, o sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o divino Redentor realiza a salvação, pretende esclarecer cuidadosamente não só o papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo místico, mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de Cristo e Mãe dos homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de dirimir as questões ainda não totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos as opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que na santa Igreja ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós.

II. A VIRGEM SANTÍSSIMA NA ECONOMIA DA SALVAÇÃO

A mãe do Redentor no Antigo Testamento

55. A Sagrada Escritura do Antigo e Novo Testamento e a venerável Tradição mostram de modo progressivamente mais claro e como que nos põem diante dos olhos o papel da Mãe do Salvador na economia da salvação. Os livros do Antigo Testamento descrevem a história da salvação na qual se vai preparando lentamente a vinda de Cristo ao mundo. Esses antigos documentos, tais como são lidos na Igreja e interpretados à luz da plena revelação ulterior, vão pondo cada vez mais em evidência a figura duma mulher, a Mãe do Redentor. A esta luz, Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (Cf. Gn 3,15), feita aos primeiros pais caídos no pecado. Ela é, igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será Emmanuel (Cf. Is 7,14; Cf. Mq 5, 2-3; Mt 1, 22-23). É a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da promessa, se cumprem os tempos e se inaugura a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana, para libertar o homem do pecado com os mistérios da Sua vida terrena.

Maria na Anunciação

56. Mas o Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para mãe, precedesse a encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria Vida, que tudo renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão; e, por isso, não é de admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura. Enriquecida, desde o primeiro instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade singular, a Virgem de Nazaré é saudada

pelo Anjo, da parte de Deus, como «cheia de graça» (Cf. Lc 1,28); e responde ao mensageiro celeste: «eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). Deste modo, Maria, filha de Adão, dando o seu consentimento à palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção. por isso, consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens. Como diz Santo Ireneu, «obedecendo, ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o género humano». Eis porque não poucos, Padres afirmam com ele, nas suas pregações, que «o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé»; e, por comparação com Eva, chamam Maria a «mãe dos vivos» e afirmam muitas vezes: «a morte veio por Eva, a vida veio por Maria».

Maria na infância de Jesus

57. Esta associação da mãe com o Filho na obra da salvação, manifesta-se desde a conceição virginal de Cristo até à sua morte. Primeiro, quando Maria, tendo partido solicitamente para visitar Isabel, foi por ela chamada bem-aventurada, por causa da fé com que acreditara na salvação prometida, e o precursor exultou no seio de sua mãe (Cf. Lc 1, 41-45); depois, no nascimento, quando a Mãe de Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e aos magos o seu Filho primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade, mas antes a consagrou. E quando o apresentou no templo ao Senhor, com a oferta dos pobres, ouviu Simeão profetizar que o Filho viria a ser sinal de contradição e que uma espada trespassaria o coração da mãe, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos (Cf. Lc 2, 34-35). Ao Menino Jesus, perdido e buscado com aflição, encontraram-no os pais no templo, ocupado nas coisas de Seu Pai; e não compreenderam o que lhes disse. Mas sua mãe conservava todas estas coisas no coração e nelas meditava (Cf. Lc 2, 41-51).

Maria na vida pública e na paixão de Cristo

58. Na vida pública de Jesus, Sua mãe aparece duma maneira bem marcada logo no princípio, quando, nas bodas de Caná, movida de compaixão, levou Jesus Messias a dar início aos Seus milagres. Durante a pregação de Seu Filho, acolheu as palavras com que Ele, pondo o reino acima de todas as relações de parentesco, proclamou bem-aventurados todos os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática (Cf. Mc 3,35 e paralelo; Lc 11, 27-28); coisa que ela fazia fielmente (Cf. Lc 2, 19 e 51). Assim avançou a Virgem pelo caminho da fé, mantendo fielmente a. união com seu Filho até à cruz. Junto desta esteve, não sem desígnio de Deus (Cf. Jo 19,25), padecendo acerbamente com o seu Filho único, e associando-se com coração de mãe ao Seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima que dela nascera; finalmente, Jesus Cristo, agonizante na cruz, deu-a por mãe ao discípulo, com estas palavras: mulher, eis aí o teu filho (Cf. Jo 19, 26-27).

Maria depois da Ascensão

59. Tendo sido do agrado de Deus não manifestar solenemente o mistério da salvação humana antes que viesse o Espírito prometido por Cristo, vemos que, antes do dia de Pentecostes, os Apóstolos «perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, Maria Mãe de Jesus e Seus irmãos» (At 1,14), implorando Maria, com as suas orações, o dom daquele Espírito, que já sobre si descera na anunciação. Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (Cf. Ap 19,16) e vencedor do pecado e da morte.

III. A VIRGEM SANTÍSSIMA E A IGREJA

O influxo salutar de Maria e a mediação de Cristo

60. O nosso mediador é só um, segundo a palavra do Apóstolo: «não há senão um Deus e um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que Se entregou a Si mesmo para redenção de todos (1 Tm 2, 5-6). Mas a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece.

ARQUIDIOCESE6 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022 ARQUIDIOCESE anuncia
A bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja

A maternidade espiritual

61. A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade simultaneamente com a encarnação do Verbo, por disposição da divina Providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-o ao Pai no templo, padecendo com ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça.

A natureza da sua mediação

62. Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura sem interrupção, desde o consentimento, que fielmente deu na anunciação e que manteve inabalável junto à cruz, até à consumação eterna de todos os eleitos. De fato, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo.

Efetivamente, nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas, que participam dessa única fonte.

Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a aos fiéis, para mais intimamente aderirem, com esta ajuda materna, ao seu mediador e salvador.

Maria tipo da Igreja como Virgem e Mãe

63. Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, como já ensinava Santo Ambrósio. Com efeito, no mistério da Igreja, a qual é também com razão chamada mãe e virgem, a bem-aventurada Virgem Maria foi adiante, como modelo eminente e único de virgem e de mãe. Porque, acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai; nova Eva, que acreditou sem a mais leve sombra de dúvida, não na serpente antiga, mas no mensageiro celeste. E deu à luz um Filho, que Deus estabeleceu primogênito de muitos irmãos (Rm 8,29), isto é, dos fiéis, para cuja geração e educação ela coopera com amor de mãe.

A fecundidade virginal da Igreja

64. Por sua vez, a Igreja que contempla a sua santidade misteriosa e imita a sua caridade, cumprindo fielmente a vontade do Pai, toma-se também, ela própria, mãe, pela fiel recepção da palavra de Deus: efetivamente, pela pregação e pelo Baptismo, gera, para vida nova e imortal, os filhos concebidos por ação do Espírito Santo e nascidos de Deus. E também ela é virgem, pois guarda fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva virginalmente, à imitação da Mãe do seu Senhor e por virtude do Espírito Santo, uma fé íntegra, uma sólida esperança e uma verdadeira caridade.

Virtudes de Maria

65. Mas, ao passo que, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem mancha nem ruga que lhe é própria (Cf. Ef 5,27), os fiéis ainda têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família dos eleitos. A Igreja, meditando piedosamente na Virgem, e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, penetra mais profundamente, cheia de respeito, no insondável mistério da Encarnação, e mais e mais se conforma com o seu Esposo. Pois Maria, que entrou intimamente na história da salvação, e, por assim dizer, reúne em si e reflete os imperativos mais altos da nossa fé, ao ser exaltada e venerada, atrai os fiéis ao Filho, ao Seu sacrifício e ao amor do Pai. Por sua parte, a Igreja, procurando a glória de Cristo, torna-se mais semelhante àquela que é seu tipo e sublime figura, progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, e buscando e fazendo em tudo a vontade divina. Daqui vem igualmente que, na sua ação apostólica, a Igreja olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por ação do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os homens.

IV. O CULTO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM NA IGREJA

Natureza e fundamento do culto

66. Exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e homens, Maria que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial. E, na verdade, a Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de «Mãe de Deus», e sob a sua proteção se acolhem os fiéis, em todos os perigos e necessidades. Foi sobretudo a partir do Concílio do Éfeso que o culto do Povo de Deus para com Maria cresceu admiravelmente, na veneração e no amor, na invocação e na imitação, segundo as suas proféticas palavras: «Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque realizou em mim grandes coisas Aquele que é poderoso» (Lc 1,48). Este culto, tal como sempre existiu na Igreja, embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração, que se presta por igual ao Verbo encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo, e favorece-o poderosamente. Na verdade, as várias formas de piedade para com a Mãe de Deus, aprovadas pela Igreja, dentro dos limites de sã e reta doutrina, segundo os diversos tempos e lugares e de acordo com a índole e modo de ser dos fiéis, têm a virtude de fazer com que, honrando a mãe, melhor se conheça, ame e gloria fique o Filho, por quem tudo existe (Cf. Cl 1, 15-16) e no qual «aprouve a Deus que residisse toda a plenitude» (Cl 1,19), e também melhor se cumpram os seus mandamentos.

Espírito da pregação e do culto

67. Muito de caso pensado ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todas os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com ela, aprovados no decorrer dos séculos pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem

e dos santos. Aos teólogos e pregadores da palavra de Deus, exorta-os instantemente a evitarem com cuidado, tanto um falso exagero como uma demasiada estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus. Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias das Igrejas, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todos respeito a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade. Evitem com cuidado, nas palavras e atitudes, tudo o que possa induzir em erro acerca da autêntica doutrina da Igreja os irmãos separados ou quaisquer outros. E os fiéis lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes.

V. MARIA, SINAL DE SEGURA ESPERANÇA E DE CONSOLAÇÃO PARA O POVO DE DEUS PEREGRINANTE

Sinal de Esperança e de consolação

68. Entretanto, a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (Cf. 2 Pd 3,10).

Medianeira para a unidade da Igreja

69. E é uma grande alegria e consolação para este sagrado Concílio o fato de não faltar entre os irmãos separados quem preste à Mãe do Senhor e Salvador o devido culto; sobretudo entre os Orientais, que acorrem com fervor e devoção a render culto à sempre Virgem Mãe de Deus. Dirijam todos os fiéis instantes súplicas à Mãe de Deus e mãe dos homens, para que ela, que assistiu com suas orações aos começos da Igreja, também agora, exaltada sobre todos os anjos e bem-aventurados, interceda, junto de seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que todos os povos, tanto os que ostentam o nome cristão, como os que ainda ignoram o Salvador, se reúnam felizmente, em paz e harmonia, no único Povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade.

Ladainha de Nossa Senhora da “Lumen gentium”, baseada na Constituição Dogmática sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II:

Senhor, tende piedade de nós Cristo, tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós Santa Maria, Mãe de Deus, Filha predileta do Pai Mãe do Verbo encarnado, Templo do Espírito Santo Virgem escolhida desde toda a eternidade, Nova Eva, Filha de Adão, Filha de Sião, Virgem Imaculada, Virgem de Nazaré, Virgem envolvida pelo Espírito Santo, Mãe do Senhor, Mãe do Emanuel, Mãe de Cristo, Mãe de Jesus, Mãe do Salvador, Colaboradora do Redentor, Tu que acolheste a Palavra, Tu que deste ao mundo a Vida, Tu que apresentaste Jesus ao Templo, Tu que mostraste Jesus aos Magos, Tu que alegraste a mesa de Caná, Tu que participaste da obra da salvação, Tu que sofreste junto da Cruz, Tu que imploraste o dom do Espírito, Mãe dos viventes, Mãe dos fiéis, Mãe de todos os homens, Eleita entre os pobres do Senhor, Serva humilde do Senhor, Serva da Redenção, Peregrina no caminho da fé, Virgem da obediência, Virgem da esperança, Virgem do amor, Modelo de santidade, Membro eminente da Igreja, Imagem da Igreja, Mãe da Igreja, Advogada nossa, Auxílio dos cristãos, Socorro dos pobres, Mediadora da graça Elevada à glória celeste, Glorificada no corpo e na alma, Exaltada acima dos anjos e santos, Rainha do Universo, Sinal de consolação, Sinal de esperança segura, Sinal da glória futura, Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém

7ARQUIDIOCESE BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022

Casais com CRISTO participam de encontro

Asegunda reunião nacional com todos os casais do ECC aconteceu na arquidiocese de Belém, na Paróquia Mãe da Divina providência, localizada no bairro de Val de Cans, com o objetivo de traçar metas e trabalhos para o andamento do Encontro de Casais com Cristo nos próximos anos

O encontro contou com a participação de 21 casais de 19 regionais, além de 18 padres e 2 bispos, que compõem o Conselho Nacional do ECC, entre eles, o Padre

Severino João da Silva, que representou a Diocese de Nazaré, de Pernambuco, que também é o diretor espiritual do regional do nordeste 2 ECC.

Pe. Gelcimar Santos, Pároco da Paróquia Mãe da Divina Providência e Diretor Espiritual do ECC da Arquidiocese de Belém também estaca presente. Foi o anfitrião do encontro e durante a reunião os casais de várias regionais compartilharam desafios, informações e experiências, a exemplo de Emanuel Reis Sousa,

Casal da secretaria nacional ECC; o casal Alice Laranjeira, Casal da reunião do conselho nacional do ECC.

Tendo origem em 1970, o Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias, que procura constituir o Reino de Deus, aqui agora, a partir das famílias, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo.

NACIONAL

Bispo da Diocese de Formosa (GO) e assistente eclesiástico nacional do ECC, Dom Adair José Guimarães, esteve no encontro.

Recepcionado pelo padre Gelcimar, assessor arquidiocesano de Belém para o ECC, o pastor ministro pregações para os casais durante a reunião.

O ECC foi criado pelo padre Alfonso Pastore, em abril de 1970, desenvolvido em três etapas distintas.

Celebração pelo dia de FINADOS

A Arquidiocese de Belém convida o povo de Deus a rezar pela memória do seus fiéis defuntos no dia 2 de novembro. O Arcebispo Dom Alberto celebra Missa no Cemitério Recanto da Saudade, às 10h. O seu auxiliar, Dom Antônio preside Missa Cemitério Max Domini (Marituba) às 14h, e na Paróquia Nossa Senhora do Livramento (Icoaraci) às 19h. Algumas programação, você confere aqui.

Paróquia São Francisco de Assis - Capuchinhos

- Missa às 6h30, 7h30 e às 18h30- Paróquia

- Missa às 9h – Cemitério Santa Izabel

Paróquia São Jorge - Marambaia

- Missa às 7h e 18h - Paróquia

- Missa às 9h - Cemitério São Jorge Paróquia São Francisco de Assis-Tapanã

- Missa às 7h -Paróquia

- Missa às 8h e 16h- Cemitério do Tapanã.

- Missa às 9h- Cemitério Nazaré Paróquia Jesus Bom Samaritano- Tapanã

- Missa às 7h30 e 19h- Paróquia

- Missa às 8h - Cemitério

- Missa às 19h - Capela Sagrada Família Paróquia Nossa Senhora de Fátima- Icoaraci

- Missa às 7h- Paróquia

- Missa às 10h- Cemitério Santa Isabel Icoaraci Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças (Icoaraci)

- Missa às 6h30 – Paróquia

- Missa às 8h30- Cemitério Santa Izabel

Paróquia Nossa Senhora das Graças - Ananindeua

- Missa às 7h- Cemitério São Sebastião (Centro de Ananindeua)

- Missa às 19h- Paróquia

Paróquia Menino Deus- Marituba

- Missa às 8h - Cemitério Municipal

- Missa às 18h - Paróquia

Paróquia Santíssimo Sacramento- Marituba

- Missa às 8h –Cemitério Parque da Eternidade

Paróquia Nossa Senhora de Nazaré -Marituba

- Missa às 8h - Cemitério da colônia

- Missa às 18h- Cemitério José de Arimateia Basílica Santuário de Nazaré

- Missa às 7h, 9h, 12h,18h

Paróquia Santuário Nossa Senhora Aparecida

- Missa às 7h e 18:30

Paróquia Santíssima Trindade

- Missa às 7h, 10h e às 18h30- Matriz

- Missa às 8h30 - Igreja do Rosário

Paróquia São Francisco de Assis- Capuchinhos

- Missa às 6h30, 7h30 e às 18h30

Paróquia Santa Rosa de Lima - Benevides

- Missa às 7h

Paróquia Santa Paula Frassinetti.

- Missa às 7h e 18h

Paróquia São Pio de Pietrelcina

- Missa às 19h

Paróquia Nossa Senhora do Livramento.

- Missa às 19h

Paróqui a Nossa Senhora da Conceição- Mosqueiro

- Missa às 7h

Paróquia Nossa Senhora da Conceição- Cidade velha

- Missa às 18h

Paróquia Santíssimo Redentor

- Missa às 07h30 e 19h

Paróquia Santa Maria de Belém

- Missa às 19h

Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz

- Missa às 7h

Paróquia da Santa Cruz

- Missa às 8h e 19h

Paróquia Santa Rita de Cássia

- Missa às 7h e 18h30

Paróquia São Miguel – Cremação

- Missa às 7h30, 11h e 11h

Paróquia Transfiguração do Senhor

- Missa às 7h e 19h

Paróquia São Judas Tadeu- Missa às 19h

Paróquia Santo Afonso Maria de Ligório

- Missa às 7h e 19h

Paróquia Santa Luzia do Bom Futuro

- Missa às 19h

Área Missionária Nossa Senhora Maria Mãe da Igreja Missa às 15h- Comunicação Rainha dos Corações Missa às 19h- Comunidade Nossa Senhora Aparecida Paróquia de Cristo Redentor - Missa às 7h e 18h

Paróquia Santo Antônio de Lisboa

- Missa às 6h30 e 17h- Capela; 19h – Centrão Paróquia São José - Doca - Missa às 7h e 19h

Paróquia Coração Eucarístico de Jesus

- Missa às 07h

Paróquia Sagrada Família

- Missa às 19h

E nsina-nos a orar é um livro com orações para diversas ocasiões da pessoa e da família católica. Assim, a obra traz as orações mais tradicionais da Igreja, salmos para orar em diversas circunstâncias, orações aos santos, orações na luta contra o mal. É um livro para ajudar os fieis a tomar consciência da presença de Deus em suas vidas.

n ECOLOGIA E DECOLONIALIDADE

Sinivaldo Silva Tavares, Livro (Paulinas, R$ 41,90)

Discernir e analisar as intrínsecas e mútuas implicações entre desafios postos pelo novo paradigma ecológico e questões provenientes da perspectiva oferecida pela “viragem decolonial” é o objetivo deste livro. Como uma trama, enredada em torno de seis capítulos, este livro reúne textos concebidos sob a ótica da ecoteologia, isto é, daquele discurso teológico que procura potencializar ao máximo a reciprocidade das relações entre o grito dos pobres e os gemidos da Terra. Neste sentido, o discurso aqui apresentado parte do pressuposto de que a injustiça social e a crise ambiental ou climática são provocadas por um sistema de morte, deflagrado como produto de um paradigma civilizacional, caracterizado pelo poder hegemônico do mercado, da tecnociência e da mídia. A reflexão aqui desenvolvida se inspira na utopia de um novo e emergente paradigma, o ecológico. Por fim, o autor partilha com o leitor uma convicção que foi se impondo sempre mais no decorrer da confecção deste livro: a consciência de que desafios complexos postulam práticas e saberes integrais.

IGREJA8 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
BOA DICA
n SENHOR ENSINA-NOS A ORAR - Orações para todos os momentos Claudiano Avelino dos Santos / Mário Roberto de Mesquita Martins, Livro (PAULUS, R$ 20,00 )
TRÊS DIAS de intensas atividades na reunião nacional em
Belém FOTOS: LUIZ ESTUMANO
n PARTICIPAÇÃO de casais de diversas localidades n PROGRAMAÇÃO com o objetivo de traçar metas e trabalhos n DOM Adair, assistente Nacional do ECC

“A oração é a FORÇA DA PAZ”, diz o Papa

Com informações agência Ecclesia. O Papa apelou à oração pelas populações atingidas pela guerra, com referência especial à Ucrânia e Etiópia.

“A oração é a força da paz. Rezemos, continuemos a rezar pela Ucrânia, tão martirizada”, disse, no final da recitação do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no domingo, 23. Francisco recordou que, a 25 de outubro, vai deslocar-se ao Coliseu de Roma para “rezar pela paz na Ucrânia e no mundo”, junto de líderes cristãos e representantes de religiões mundiais no encontro ‘O grito da paz’, numa “grande

invocação a Deus”.

O encontro internacional organizado pela Comunidade de Santo Egídio começa este domingo, chegando à sua 36ª edição.

Francisco reafirmou este domingo a sua preocupação com a “persistente situação de conflito na Etiópia”, apelando à defesa da “população indefesa” e à busca de soluções “duradouras” de paz e de reconciliação.

“A violência não resolve as discórdias, mas apenas aumenta as suas trágicas consequências”, advertiu, convidando todos à oração, solidariedade e ajuda humanitária para o povo etíope.

O Papa lamentou ainda o impacto das recentes inundações

em vários países africanos, rezando pelas vítimas e os “milhões de desalojados”.

A intervenção evocou o início do novo Governo na Itália, pedindo orações “pela unidade e a paz” no país.

Antes da oração, Francisco convidou os católicos a “cultivar a sinceridade e a humildade de coração” na sua vida espiritual, para se apresentar a Deus “sem fingimentos”.

O Papa alertou, em particular, para a “soberba espiritual”, que leva a julgar os outros e a considerar-se melhor do que eles.

“Assim, sem perceberes, adoras o teu eu e apagas o teu Deus. É uma saída que volta a si mesmo, assim é a oração sem humilda-

de”, observou. No Dia Mundial das Missões, Francisco deixou votos de que todos saibam cultivar o “desejo de participar na missão universal da

Igreja, através do testemunho e do anúncio do Evangelho”.

O Papa recordou a beatificação, no sábado, 22, em Madrid, do padre redentoris-

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES: Papa aponta a novos horizontes

Com informações agência Ecclesia. A Igreja Católica celebrou no domingo, dia 23, o Dia Mundial das Missões, para o qual o Papa aponta novos horizontes “geográficos, sociais, existenciais” às comunidades católicas.

“Não existe qualquer realidade humana que seja alheia à atenção dos discípulos de Cristo, na sua missão. A Igreja de Cristo sempre esteve, está e estará ‘em saída’ rumo aos novos horizontes geográficos, sociais, existenciais, rumo aos lugares e situações humanos ‘de confim’, para dar testemunho de Cristo e do seu amor a todos

os homens e mulheres de cada povo, cultura, estado social”, escreve Francisco, na sua mensagem para esta celebração, divulgada a 6 de janeiro deste ano, solenidade da Epifania do Senhor e Dia da Infância Missionária.

O texto intitulado ‘Sereis minhas testemunhas’, inspirado numa passagem do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos (At 1, 8); o Dia Mundial das Missões celebra-se no penúltimo domingo do mês de outubro.

O Papa sustenta que a missão será sempre ‘também missio ad gentes’, considerando que “a Igreja terá sempre de

ir mais longe, mais além das próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo”.

“Na evangelização, caminham juntos o exemplo de vida cristã e o anúncio de Cristo. Um serve ao outro. São os dois pulmões com que deve respirar cada comunidade para ser missionária”, indica.

Francisco identifica como “fundamental, para a transmissão da fé”, o testemunho de vida dos cristãos.

Exorto todos a retomarem a coragem, a ousadia, aquela parrésia dos primeiros cristãos, para testemunhar Cristo, com palavras e obras, em todos os ambientes da vida”.

A mensagem pontifícia sublinha o “caráter universal” da missão dos discípulos de Jesus e a natureza missionária da própria Igreja.

“A missão realiza-se em conjunto, não individualmente: em comunhão com a comunidade eclesial e não por iniciativa própria”, observa.

Francisco escreve que, “em última análise, a verdadeira testemunha é o ‘mártir’, aquele que dá a vida por Cristo”, antes de evocar as “perseguições religiosas e situações de guerra e violência” que afetam hoje muitos cristãos, “constrangidos a fugir da sua terra para outros países”.

“Estamos agradeci-

dos a estes irmãos e irmãs que não se fecham na tribulação, mas testemunham Cristo e o amor de Deus nos países que os acolhem”, indica.

O Papa acrescenta que a presença dos fiéis de várias nacionalidades “enriquece o rosto das paróquias, tornando-as mais universais, mais católicas”.

“O cuidado pastoral dos migrantes é uma

atividade missionária que não deve ser descurada, pois poderá ajudar também os fiéis locais a redescobrir a alegria da fé cristã que receberam”, refere.

A mensagem conclui-se com um agradecimento aos “inúmeros missionários que gastaram a vida para ‘ir mais além’, encarnando a caridade de Cristo por tantos irmãos e irmãs que encontraram”.

Papa Francisco é o PRIMEIRO inscrito na JMJ Lisboa 2023

Abrem-se hoje as inscrições para a 37ª Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar em Lisboa em agosto de 2023. Convidei dois jovens portugueses para estarem aqui comigo enquanto também me inscrevo como peregrino. Eu me inscrevi! Queridos jovens, convido-vos a participar neste encontro no qual, depois de um longo período de distanciamento e isolamento, redescobriremos a alegria do abraço fraterno entre os povos e entre as gerações, do qual temos tanta necessidade.

«Maria levantouse e partiu apressadamente» (Lc 1, 39) foi a citação bíblica escolhida pelo Papa Francisco como lema

da Jornada Mundial da Juventude 2023. A JMJ se consolidou como uma grande peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil.

Peregrinos de mais de 50 dioceses do Brasil já estão se preparando para o evento, que será o primeiro após a pandemia do coronavírus.

O evento que reúne jovens do mundo inteiro foi instituído pelo Papa João Paulo II:

“O evento visa promover o encontro dos jovens com o Papa e ser um momento de renovação da fé.”

Na Carta enviada ao cardeal Eduardo Francisco Pironio por ocasião do Seminário

de Estudos sobre as Jornadas Mundiais da Juventude realizado em Czestochowa, em maio de 1996, o Papa Wojtyla escreveu:

O objetivo principal das Jornadas é recolocar no centro da fé e da vida de cada jovem a pessoa de Jesus, para que Ele se torne seu ponto de referência constante e seja também a verdadeira luz de todas as iniciativas e todo compromisso educativo para com as novas gerações. É o “refrão” de cada Jornada Mundial.

A JMJ teve sua primeira edição em Roma no ano de 1986 e se realiza a cada 3 anos, já passando por mais de 20 cidades em 3 continentes diferentes. Buscando o protagonismo jovem, a Jornada Mundial da Ju-

ventude também busca promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo.

No ato simbólico de domingo, 23, Papa Francisco deu início ao período de inscrição da JMJ. Todas as infor-

mações sobre a JMJ Lisboa 2023, podem ser acessadas através do site: https://www. lisboa2023.org/pt/.

Aoração é aquela força humilde que dá #paz e desarma os corações do ódio. (25 de outubro)

Amanhã, terça-feira 25 de outubro, irei ao Coliseu para rezar pela paz na Ucrânia e no mundo, junto com os representantes das Igrejas e Comunidades cristãs e das Religiões mundiais, reunidos em Roma para o encontro “O grito da paz”. #RezemosJuntos (24 de outubro)

Eu me inscrevi na 37ª Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Lisboa em agosto de 2023. Queridos jovens, convido-vos a inscreverem-se na #Lisboa2023 para reencontrar a alegria do abraço fraterno entre os povos. (23 de outubro

9VATICANO BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
ta Vincente Nicasio Renúncio Toribio e onze companheiros, mortos em 1936 durante a perseguição contra os cristãos na guerra civil.
FRANCISCO convidou os católicos a “cultivar a sinceridade e a humildade de coração"
DIVULGAÇÃO
n PAPA perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro

O GLÓRIA da Senhora de Nazaré

QUEM visita a Basílica de Nazaré pela primeira vez, impacta-se com o glória

Estimado leitor, desde o Antigo Testamento há relatos da ajuda de anjos a nós, homens. Por exemplo, temos no Livro de Tobias o relato do Arcanjo Rafael e de como ele desempenhou sua missão junto ao jovem Tobias. O mesmo acontece com os outros dois denominados de Arcanjos, Miguel e Gabriel. Contudo, há uma infinidade de anjos que Deus concede, a cada um de nós, para nos reger, guardar, governar e iluminar.

Mas, qual a finalidade dos anjos em nossa vida? Eles são instrumentos da Providência. A Carta aos Hebreus (1, 14) nos informa que “os anjos são todos espíritos a serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a fa-

vor daqueles que hão de herdar a salvação”. Com isso, podemos entender a seguinte declaração do Pe. Serge Bonino - “tudo o que fazem é fruto de sua própria caridade para conosco”.

O artigo 329, do Catecismo da Igreja Católica, citando Santo Agostinho, afirma: “Anjo é nome de ofício, não de natureza [...] Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo fato de contemplarem, continuamente, o rosto do Pai que está nos céus (Mt 18, 10) ”. Eles são “os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra (Sl 103, 20) ”.

Assim, entendemos o porquê que a Igreja tanto enaltece os anjos. Isso é perceptível nas mais variadas construções onde

se encontram imagens de anjos presentes em retalhos, vitrais, foros, altares, imagens, dentre outros. Em nossa Basílica de Nazaré, “tesouro da Amazônia”, que no próximo ano comemorará Cem anos do seu título Basilical, a Rainha da Amazônia, encontra-se envolta, com todo merecido esplendor, em seu denominado glória. O escultor, Antônio Bozzano, buscou nos deixar abismados com seu pensamento sobre o desconhecido, isto é, sobre o céu. E para isso, servindo-se da sua criatividade, impactou-nos com o belo glória esculpido em mármore, onde todos os anjos se encontram admirados olhando e guardando, formando uma espécie de proteção, a bela Virgem

Núcleo de Projetos Sociais oferece CURSO GRATUITO

O Núcleo de Projetos Sociais da Paróquia de Nazaré (NUPS), em parceria com o SENAR

– Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, promoverá mais um curso gratuito com o objetivo de profissio-

nalizar pessoas que necessitam de uma renda de trabalho.

O curso em questão é o de Artesanato em Sandálias. Durante o período, os alunos aprenderão todo o processo criativo, técnicas da confecção e descobrirão quais são os materiais que devem ser utilizados.

A inscrição é gratuita e terminará somente quando as 20 vagas ofertadas forem preenchidas. O interessado pode fazer a inscrição no Centro Social de Nazaré, das 8h às 11h, e de 14h às 17h. Os documentos necessários são:

– RG

– CPF

– Comprovante de residência

O período das aulas será de 31 de outubro até dia 11 de novembro. Para mais informações, entre em contato: 4009-8424

Maria, a Mãe de Deus, a Senhora de Nazaré.

Quem visita nossa Basílica de Nazaré pela primeira vez, impacta-se com o glória,

pois reflete, para nós, um pouco do que os anjos contemplam face a face, a glória de Deus e a beleza de Maria. Que neste

Círio de Nazaré, tenhamos contemplado, aqui e agora, um pouco do que no céu encontraremos: o triunfo de Deus.

Basílica de Nazaré RETORNA aos horários tradicionais

Após quinze dias de programação intensa devido a programação da 230ª edição do Círio, a Basílica Santuário de Nazaré retorna à sua normalidade, bem como os tradicionais horários de funcionamento de cada setor essencial para o Santuário da Rainha da Amazônia. Confira:

SANTA MISSA:

• Segunda a sexta-feira:

7h (transmissão ao vivo via TV Nazaré, Facebook e Youtube), 9h

12h

18h (transmissão ao vivo via TV Nazaré, Facebook e Youtube)

Sexta-Feira:

9h (transmissão ao vivo via YouTube e Rede Vida de Comunicação)

• Sábado às 7h, 9h, 12h e 17h

• Domingo as 6h30

8h (transmissão ao vivo via YouTube e TV Cultura)

10h (transmissão ao vivo via Facebook e Youtube) 12h 16h

18h (transmissão ao vivo via Facebook e Youtube) 20h

ADORAÇÃO:

• Quarta-feira as 19h30 (transmissão ao vivo via Facebook e Youtube)

• Quinta às 16h e 19h30 (transmissão ao vivo via Facebook e Youtube)

• Sexta às 16h

Batizados:

• Comunitário: 15h

FUNCIONAMENTO DA IGREJA

• Segunda a Sexta: 6h às 20h

• Quarta: 6h às 21h

• Sábado: 6h às 19h

• Domingo: 6h às 13h e de 15h às 21h

SETORES BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

• Atendimento: segunda a sexta-feira: 7h às 19h sábado 7h às 18h domingo de 7h às 12h e de 15h as 20h

• Lírio Mimoso: segunda a sexta-feira: 7h30 as 19h30 sábado e domingo 7h30 as 13h30

•Centro Social: segunda a sexta-feira: 8h às 12h e de 14h às 18h

• Núcleo de Projetos Sociais: segunda a sexta 8h às 12h e de 14h às 18h

• Memória de Nazaré: segunda a sexta 9h às 12h e de 14h às 17h30 sábado e domingo somente por agendamento

EM NAZARÉ10 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

Celebração eucarística pela

AArquidiocese de Belém, por intermédio da Fundação Nazaré de Comunicação (FNC), celebrou a gratidão a Deus pelos benfeitores da Família Nazaré. Mais uma vez, e como de costume, a Santa Missa semanal pelas pessoas que contribuem com a manutenção dos veículos de Comunicação da Igreja de Belém, aconteceu na Capela Nossa Senhora de Nazaré no dia 21 de outubro.

A celebração eucarística foi presidida pelo padre Rafael Brito, pároo da Paróquia

A Santa Missa pela Família Nazaré é transmitida ao vivo pela Rede Nazaré de Televisão, canal 30, às 16h, todas as sextas-feiras, direto da capela na sede da Fundação nazaré de Comunicação, que está localizada na avenida Governador José Malcher, 915, bairro de Nazaré. Também pode se acompanhar a celebração pelas redes sociais da Fundação, em tempo real.

O celebrante estava acom-

panhado de uma equipe de paroquianos que animaram a liturgia.

FESTIVIDADE

"São Judas Tadeu, ensina-nos a educar com amor e aflar com sabedoria" é o tema da festvidade do padroeiro dos fiéis no bairro da Condor, em Belém. Padre Rafael

NAZARÉ

aproveitou a oportunidade da Missa para convidar o povo de Deus.

A festividade abre nesta sexta-feira, 28 de outubro e segue até 6 de novembro com programação litúrgica e cultural.

Participe da programação! A paróquia fica na avenida Alcindo Cacela, 4195, próximo à avenida Bernardo Sayão.

n RETORNO DA SANTA MISSA, ÀS 12H, AO VIVO, PELA REDE NAZARÉ DE TELEVISÃO, DIRETO DA RESIDÊNCIA EPISCOPAL

A Coordenação da Rede Nazaré de Televisão comunica ao povo de Deus que, após a realização do Círio, a programação da TV Nazaré volta também ao normal.

Dessa forma, uma das principais programações da emissora da Arquidio-

cese de Belém, a Santa Missa, exibida de segunda a sexta-feira, sempre às 12h, direto da Residência Episcopal, volta a ser transmitida pelo canal 30.

A celebração da Missa pela TV recomeçou na terça-feira, 25 de outubro.

Sintonize e reze!

NOSSOS ANIVERSARIANTES

Olinda Cordeiro dos Santos

Luzia Rodrigues dos Santos Leite

Lgarina Barata Almeida

Antonia Seixas dos Santos Leão

Maria Dulce Silva de Aquino

Lucila Lira Menezes

Fernando Luiz Costa Maia

João Batista de Melo Mota

Marilene Duarte Minas

Edgar Souza Nazare

Afonso Henrique Macedo de Franca

Evarista Soares Costa

Evaristo Seguins Gomes

Inês Barros da Silva

Graziela Maciel do Nascimento

Dalcy Coelho

Maria Iara de Oliveira

Maria do Carmo Silva de Oliveira

Sebastião Borges Guedes

Maria Terezinha Pantoja de Nazaré Rodrigues

Carmem do Socorro Nascimento Almeida

Edvaldo do Carmo Nogueira

Sandra Maria Pantoja

Givanildo Alves

Ângela Maria Sousa de Brito

Tereza Vitorino Cavalcanti

Maria Celeste Guerreiro Pereira

Maria Aurora de Carvalho Santos

Raimundo Viana de Oliveira

Alberto Lino Almeida

Lucimar Cabral Cunha Sonia Maria Mendes Maués

Sandra Suely Ferreira da Silva

Roseane Duarte dos Santos

Bruno Gomes Pedroso

Raimunda Moraes Gomes

Edna Moreira Barros Monteiro Leinda Maria Abreu Silva

Maria Marly da Silva Modesto

Nilce Nazaré dos Santos

Julio Antonio Gouvêa Grandi

Maria Jonilda Lima Brito

Merian Nazaré Nunes Sabbá

Nilce Nazaré dos Santos Sena

João Carlos Figueiredo Saldanha Alessandro Nonato Medeiros Lima Denise da Costa Brito Vinicius dos Santos Silva

Palmira Cardoso de Moraes

Julieta Albuquerque Mendonça

do Carmo Reis

Maria José Ramalho do Espírito Santo Carmen Teles Fernandes

Florinda de Oliveira Amaral

Walquiria de Nazaré Araujo

José Xavier da Silva

Maria Martins e Martins

Joana Darc Ferreira Batista

Ângela Maria Siqueira Duarte Lucimar Rosa da Rocha

Raimundo de Nazaré Ferreira Moreira Silvia Regina Menezes dos Santos

José Augusto Saraiva

Rabelo de Castro

Jucilene Silva Oeiras Viviane Cristina Ribeiro Amaral Cesar Augusto Ferreira dos Santos

Maria Odilon Oliveira Francisco Pereira Ladislau Raimundo Borges de Lima Lecy Maria Barbosa Velosa

Paulo de Tarcio dos Anjos Farias Cleise Alina Raiol Pinheiro Adolfo Gemaque dos Santos de Almeida

Carmen Cerdeira Barata do Amaral

Rita Freire Viegas

Benino Gomes de Oliveira

Lucymar da Conceição Resende da Costa Adilia Maria de Castro Abe

Maria das Graças Sousa de Oliveira

Maria das Graças do A. Tavernard

Zacarias Martins de Souza e Maricilda de Souza Souza Silvia Oliveira

Jandira Ediane Ferreira

Azenilda Silva do Nascimento Paulo Cunha Rubim

Gilberto Jader Serique Filho

Cayo Rafael Leão Lima

de Abreu Ramos

Henrique Campos Silva

Carlos de Araújo Castro

Santos

Martins

11FUNDAÇÃO NAZARÉ BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
FRAME TV NAZARÉ CRONOGRAMA DE MISSAS - SEGUNDO SEMESTRE n MISSA na Capela, ao vivo pela TV Nazaré
FAMÍLIA
PARÓQUIA São Judas Tadeu rezou na intenção da vida dos benfeitores da evangelização em Belém FAMÍLIA NAZARÉ
São Judas Tadeu, igreja localizada em Belém, no bairro da Condor. n PAROQUIANOS acompanhavam o padre Rafael
Ceci
31/10 – Diác. Pedro
01/11 – Pe. Alan
01/11 – Diác. Luiz
01/11 – Pe. Manoel Francisco dos
03/11 – Pe. Raimundo Ribeiro
n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS
n CELEBRANTE padre Rafel Brito

RECÍRIO encerra a festividade de Nazaré

Aúltima procissão da festividade nazarena de 2022 foi segundafeira, 24 de outubro. A Missa campal na Praça Santuário, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, celebrou, oficialmente, o emcerramento dos 15 dias da Festividade Nazarena. Antes da Missa e da saída da romaria, a imagem Original de Nossa Senhora de Nazaré subiu para o Glória, por volta de 6h30.

A 13ª procissão da festividade conduziu em um andor a imagem Peregrina da Virgem de Nazaré por aproximadamente 800 metros, o menor trajeto das romarias oficiais. Os devotos acompanharam a imagem pela passagem Dom Alberto, contornaram a Praça Santuário, seguiram pela travessa Generalíssimo Deodoro, avenidas Nazaré e Magalhães Barata, finalizando na Capela do Colégio Gentil Bittencourt.

O percurso durou cerca de 1h, acompanhado por cerca de 50 mil pessoas.

ÚLTIMA procissão da festividade nazarena de 2022

PROCISSÃO DA FESTA

A Festividade do Círio de Nossa Senhora de Nazaré em 2022 aproximou-se dos momentos finais no dia 23 de outubro, com a Procissão da Festa. Era o clima de despedidas se iniciando para os fiéis e para as homenagenas para a Rainha da Amazônia. Tratase da penúltima romaria, realizada há mais de 100 anos pela Arquidiocese.

A Procissão da Festa também é a terceira mais antiga romaria da programação do Círio de Nazaré e acontece pela manhã, com participação estimada de cerca de 5 mil pessoas.

Antônio Sousa, diretor de procissões, afirma que a Procissão da Festa reúne todas as instituições, organismos da área da segurança e da saúde que contribuem com a realização dos eventos nazarenos do Círio.

A Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) explica que a caminhada da procissão sempre é realizada com um trajeto diferenciado, todos os anos, a exemplo do que ocorre com a Romaria da Juventude. A missa que

antecedeu a procissão às 7h foi presidida por Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar da Arquidiocese.

A Procissão da Festa deste ano saiu às 8h Comunidade Sagrado Coração de Jesus, na Rua dos Caripunas, e seguiu pela travessa Quintino Bocaiúva, avenida Conselheiro Furtado, travessa Benjamin Constant, avenida Nazaré, encerrando-se na Praça Santuário após percorrer 2,4 km por volta de 2h de duração.

Arquidiocese fala sobre o maior dos círios: BALANÇO da festividade

A considerar os dados oficiais das intituições que analisam os eventos religiosos, Dom Alberto Taveira Corrêa, disse que o Círio de Nossa Senhora de Nazaré "foi o maior dos círios que já realizamos, com apoio de muitas mãos e com a graça de Deus".

O comentário do Arcebispo Metropolitano

de Belém foi durante a coletiva de imprensa orreu no auditório da Cúria Metropolitana, na avenida Governador José Malcher.

O balanço da festividade de Nazaré deste ano contou com a participação tambémdo o Diretor do Círio 2022, Antonio Salame, e do Reitor da Basílica Santuário de Nazaré, pa-

dre Francisco Assis.

O Círio de Nazaré envolve uma programação com 13 romarias oficiais, e diversos eventos engajados.

Dom Alberto ressaltou ainda que o Círio 230 foi de Alegria e celebrou a retomada da festa presencial. Ele também agradeceu à Imprensa e a instituições de segurança pela

cobertura dos eventos.

Antonio Salame evidenciou as incertezas para realizar o Círio, "mas graças a Deus, conseguimos, após dois anos de pandemia".

"A intensa participação do povo de Deus, o fortalecimento de sua fé, todas as Missas na Basílica lotadas" foi o destaque do reitor da Basílica, Pe. Francisco.

ARQUIDIOCESE12 BELÉM, DE 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2022
FOTOS: LUIZ ESTUMANO
13ª PROCISSÃO conduziu em um andor a imagem Peregrina da Virgem de Nazaré QUEIMA de fogos marca encerramento da festividade no domingo, 24
n COLETIVA Salame, D. Alberto e
Pe.
Francisco
FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ A IMAGEM Original de Nossa Senhora de Nazaré subiu para o Glória PERCURSO o menor trajeto das romarias oficiais CHEGADA percurso de cerca de 1h e pelo menos 50 mil participantes
FOTOS: LUIZ ESTUMANO

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