Janeiro/abril 2012
Ano XXXIV - N.ยบ 137
Assim caminha a
Humanidade!
Editorial
Trilhas de
Libertação
Janeiro/abril 2012
Ano XXXIV - N.º 137
Fundada em 3 de outubro de 1978, é uma publicação do Centro Espírita Fonte de Esperança.
o fé Grup Divulgando o Espiritismo Cristão
Adquira! As músicas são baseadas em comunicações mediúnicas, interpretadas pelo Grupo FÉ. Este CD, sem fins lucrativos, objetiva a divulgação da mensagem consoladora do Espiritismo.
ce e Centro Espírita
Fonte de Esperança
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Assuntos Abordados
Sugestão de Leitura
Ao longo de sua trajetória milenar, na face desse planeta-escola, o homem sempre se deparou com as dificuldades atinentes ao departamento do sexo. O autor, reconhecendo a fragilidade da natureza humana nesse aspecto, traz considerações acerca de temas como a homossexualidade, aborto, namoro, casamentos infelizes, adultério e prostituição, abstinência e celibato, sexo e religião entre outros, que vinculados à sexualidade, têm causado grandes pesares a bilhões de criaturas em processo de provas e de expiações na Terra.
Objetivos da Obra Apresentar uma abordagem com a chancela dos espíritos superiores que orientaram Kardec na codificação da Doutrina Espírita. Descortinar à Humanidade terrestre uma visão mais nítida e aprofundada sobre a temática do sexo, reformulando pensamentos e definições, desenvolvendo conceitos e considerações sem preconceitos e/ou tabus de quaisquer natureza.
Sumário Descritivo
Livro: “Vida e sexo” Autor: Emmanuel Médium: Chico Xavier Editora: FEB
Publicada em 1970, possui 26 capítulos. Propõe normas a serem respeitadas na prática sexual. Aconselha a educação dos indivíduos para o trato digno do sexo com respeito aos outros e a si mesmo. Alerta que a carga sensual não deve ser tratada de maneira livre, mas com disciplina e responsabilidade. Conforme ressalta o autor no prefácio: “(...) sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um”.
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“Nossa tarefa visa a esclarecer o ambiente geral do país, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque, se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da Humanidade.” Livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, autor Humberto de Campos, médium Francisco Cândido Xavier, Ed. FEB, 1938. Trecho do prefácio - autoria de Emmanuel.
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Assim caminha a Humanidade!
EDITORIAL
Os tóxicos não são o único grande problema da Humanidade em geral. É um entre os muitos que estão acionando o retorno da criatura aos tristes e escuros labirintos da animalidade. Sem exceção, todos são derivados dos falhos processos educativos aplicados à formação da personalidade, em todos os séculos e em todas as sociedades. Modificações sem conta se substituem nesses processos, no correr do tempo. No entanto, à feição de um barco perdido em mar alto, rodopiam em torno do mesmo eixo, sem alterações substanciais. Ainda, a educação do homem no mundo é para que ele vença o mundo e se cubra de glórias materiais, totalmente distanciado dos interesses eternos do espírito. Os povos possuem costumes diferentes, seguem programas sociais, políticos e econômicos diversos, mas a família humana, em qualquer latitude que se encontram seus membros, nos mais distantes rincões, está fortemente acometida de tão terrível doença. As modas se alternam, as ondas dos caprichos humanos se alteiam para sumir em espumas na areia do tempo, na praia da vida; no entanto, o tóxico parece que veio para ficar. Nós, espíritas, sabemos que não. A toxicomania é uma disfun ção social de origem espiritual. O equilíbrio da alma cessa a disfunção. O equilíbrio virá com a recomposição da família em bases evangélicas. E no presente capítulo da evolução social, o papel dos pais no processo educativo é preponderante. Eles são os agentes insubstituíveis da correção moral, da lapidação da personalidade. Janeiro/abril - 2012
Onde estão os gênios prometidos? Na década de 70, um excêntrico milionário americano empolgou a sociedade mundial com uma teoria fascinante: um banco de sêmen de cientistas contemplados com o Prêmio Nobel. Seria o início de uma nova era com a formação de gênios em gerações sucessivas. A notícia ocupou grandes espaços na mídia televisiva. Jornais e revistas de alcance internacional deram impressionante destaque ao banco de sêmen. Era uma expectativa válida. Seria a vitória do materialismo. A Doutrina Espírita, defensora da tese reencarnacionista, ver-se-ia mortalmente atingida, se a produção de gênios se constatasse. Passados cerca de 30 anos, a revista americana CALIFORNIA interessou-se pela verificação dos resultados obtidos nas 240 crianças, agora adultas, geradas por tal processo. As informações obtidas falam de um fracasso retumbante. Entre os entrevistados está Deron Blake, com 20 anos de idade. Não há nele qualquer sinal de genialidade. Estuda religião em uma universidade de segunda categoria. É adepto de Wicca,
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uma linha da bruxaria americana e leitor ávido de Harry Potter (figura), personagem de literatura infantojuvenil. Jamais se patenteou um único caso de transmissão de genialidade. Robert Graham, fundador do banco de sêmen acabou por fechá-lo, decepcionado com os sonhos mirabolantes alimentados por conceitos de eugenia, que se aproximavam perigosamente das ambições raciais de Hitler. A Dra. Vera Fehér, supervisora do banco de sêmen do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, afirma que “as características físicas são, com certeza, herdadas pelas crianças. Quanto a particularidades como a inteligência, ou dotes artísticos, ninguém sabe se são ou não transmitidos”. A declaração da cientista está em perfeita consonância com os ensinamentos espíritas: “O corpo gera o corpo. Mas o espírito não gera o espírito’’. O físico é transmissível em índices variáveis, porém o intelecto, os pendores artísticos, a moralidade são atributos da personalidade renascente conquistados ao longo de milênios.
Estímulo Fraternal
Presença de Emmanuel/Chico Xavier “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória por Cristo Jesus’’. Paulo (Filipenses, 4:19)
Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades. Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda. Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue. Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência. Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto. Detém-te para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar. Pára um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem teto. Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão. Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa. Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico. Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras. É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos. Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes, és realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém. Emmanuel Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura. Que a enfermidade e a tristeza nunca te impeçam a jornada. É preferível que a morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo. Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além... Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento. Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho. Livro “Fonte Viva”, cap. 73, Ed. FEB. Janeiro/abril - 2012
Bezerra de Menezes
Pensamentos Doutrinários XIX Da série publicada no jornal O PAIZ, no Rio de Janeiro, a partir de 1886.
Excertos da página “O CONHECIMENTO DA REALIDADE ESPÍRITA”
Quem não sente em si que o máximo do princípio inteligente e moral não é o que se alcança na Terra? A simples razão leva-nos à convicção inabalável de que o maior sábio do mundo não tem ciência, senão mínima, das leis que regem o mundo. Ora, se Deus criou o mundo com capacidade para compreender aquelas leis, e porventura as que regem mundos superiores, e até mesmo todas as da criação, o que concluir do fato de ninguém alcançar a ciência completa na Terra? Evidentemente, que o homem, não satisfazendo seu destino na Terra, tem de fazêlo além desse Planeta. Nele, faz o progresso que lhe é permitido, segundo o grau de desenvolvimento da
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Humanidade de seu tempo. Além, vai completar o que aqui mal iniciou. E aqui todos chegam ao mesmo ponto, por meio das vidas sucessivas e solidárias, porque, se assim não fosse, desigual, seria o destino dos homens. É intuitivo que o que é dotado de gênio faz-se um Laplace, um Sócrates, um Platão, não pode ter sido criado para destino mais alto que esses milhões de campônios, que olham para os fenômenos naturais, sem poder compreendê-los e que neste estado de ignorância acabam. Logo, para que haja igualdade e justiça na distribuição dos bens do Pai por todos os seus filhos, é preciso que o atraso de hoje, o campônio ignorante, possa ser amanhã
adiantado, o Laplace, o Sócrates, o Platão. E isto é que o Espiritismo demonstra experimentalmente, fazendo os espíritos revelarem quem foram em passadas existências. Por este modo se reconhece que o sábio respeitado, de nosso tempo ou de tempos passados, foi um boçal, que, mediante maior ou menor número de existências corpóreas, elevou-se às alturas do saber, que o faz respeitado. Assim, uns vão atrás, mas todos chegam ao mesmo ponto do saber possível na Terra, e quando tem chegado ao mais alto grau desse saber, que é o início do saber humano, passa a um mundo supe-
Pintura de Bezerra de Menezes
rior, onde novas faculdades o põem em relação com nova ordem de fenômenos, que da Terra nem presumir podiam que existissem.
Publicado na REVISTA ESPÍRITA, abril/1866, Ed. FEB, p.150-157
“(...) O Espiritismo contribui para a reforma da Humanidade pela caridade. Não é, pois, de admirar que os Espíritos preguem a caridade sem cessar; eles a pregarão ainda por muito tempo, enquanto ela não houver extirpado o egoísmo e o orgulho do coração dos homens. Se alguns acham as comunicações inúteis, porque repetem incessantemente as lições de moral, devem ser cumprimentados, pois são bastante perfeitos para delas não mais necessitarem; mas devem pensar que os que não têm tanta confiança em seu próprio mérito e tomam a peito o se melhorarem não se cansam de receber bons conselhos. Não busqueis, pois, lhes tirar esse consolo.” Allan Kardec Janeiro/abril - 2012
“Área Q” é um filme espírita? Definitivamente não! O filme não possui apelo doutrinário. Curiosamente alguns meios de comunicação estão noticiando que a referida película é de cunho espírita, inclusive com distribuição de cartazes em centros, federações e associações espiritistas espalhados pelo Brasil. Sabemos que a temática espírita proporcionou significativas bilheterias em nossos cinemas, e isso, sem dúvida, atrai interesses de todas as ordens. “Área Q” é co-produzido pela Estação Luz Filmes que fez “Bezerra de Menezes, o Diário de um Espírito”; “Chico Xavier”; “As Mães de Chico Xavier”. E mais, é também co-produzido pela Mundo Maior Filmes, da Fundação Espírita André Luiz, que realizou “O Filme dos Espíritos”. Talvez por essas credenciais a confusão se explique ou será que existem outros interesses? “Área Q” estreou em abril do corrente ano e possui apenas uma leve abordagem espiritualista, apesar de bem produzido, no referente ao conteúdo é uma película como outras do mercado cinematográfico.
Daniel Dunglas Home
“Por certo, se alguém fosse capaz de vencer a incredulidade por efeitos materiais, este seria o Sr. Home. Nenhum médium produziu um conjunto de fenômenos mais surpreendentes, nem em condições mais honestas (...)”. Kardec, Revista Espírita, set./1863.
Nasceu em 15 de março de 1833, na Escócia. Segundo Kardec o Sr. Home era de costumes simples, modesto, de caráter afável, benevolente, possuía nobres sentimentos e uma alma elevada. Aos 6 meses seu berço balançava sozinho e mudava de lugar, ainda bebê os brinquedos vinham e se colocavam ao seu alcance, com 3 anos já tinha visões espirituais. Adulto, produziu manifestações ostensivas, bem como comunicações inteligentes. Por meio de sua mediunidade excepcional eram realizados fenômenos como: ruídos, agitação do ar, movimentação de objetos leves e pesados, levitação própria e de objetos a metros de altura, sons melodiosos que surgiam de instrumentos musicais, aparição de espíritos etc. Dunglas Home ficou muito famoso por ter realizado com êxito várias experiências perante o Imperador Napoleão III, último imperador francês e sobrinho de Napoleão Bonaparte. D.D. Home é considerado o maior médium de efeitos físicos do século XIX e dos maiores do todos os tempos.
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Vianna de Carvalho responde ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA Médium: Divaldo Pereira Franco Pergunta:
O desenvolvimento tecnológico provocará alterações nos princípios religiosos atuais? Resposta: O ser humano, mesmo sem dar-se conta, aproxima-se cada vez mais de Deus. Ao identificar o macrocosmo e todos os seus desafios, ao penetrar no microcosmo e todas as suas interrogações, conclui que o acaso não pode ter produzido tão intrincada rede de equilíbrio e perfeição que se manifesta mesmo no aparente caos. O materialismo desfalece ante a ausência da matéria nos termos em que sempre foi concebida, enquanto o espiritualismo ressurge em outras dimensões mais compatíveis com o conhecimento e a razão. É inevitável, portanto, que o avanço tecnológico conduza a mente humana à Divindade e, portanto, os princípios religiosos ingênuos das velhas tradições cedam lugar aos postulados eloquentes da imortalidade e da reencarnação, da pluralidade dos mundos habitados e da Majestade de Deus, que são os alicerces da Doutrina Espírita, cuja mensagem é de sabor eterno. O Espiritismo é, portanto, a ponte que une a ciência à religião e reciprocamente, facultando o ininterrupto crescer do conhecimento lógico sem o desaparecimento dos valores ético-morais disso decorrentes. Fundamentando toda a sua moral ensinada e vivida por Jesus, o Espiritismo propicia o encontro da criatura com seu Criador, e elucida os enigmas do ser, da sua evolução e progresso do seu passado e do seu futuro, apontando os rumos superiores que serão alcançados pela tenacidade de todos quantos se empenharem pela conquista do infinito. Janeiro/abril - 2012
CU R I O S I DAD E S Q U E E D I F I CA M Extraídas da obra “Missionários da Luz”
Autoria de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Ed. FEB.
Há alguns anos, a medicina tradicional desconhecia integralmente as funções psíquicas da EPÍFISE. Detinha-se no aspecto controlador da atividade sexual. “Não passava de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana.” (Cap. 2) André Luiz agora nos revela que a epífise, é a glândula da vida mental, que “é foco sagrado de forças criadoras”. (Cap.2) Demonstra que o exercício da mediunidade depende desta glândula, também chamada de “pineal”, por parecer com uma pinha. É 10 Janeiro/abril - 2012
através da EPÍFISE ou pineal “que a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção dos raios peculiares à nossa esfera” completa o autor. (Cap. 1) Pela primeira vez, na literatura religiosa do mundo ocidental, o VAMPIRISMO é mostrado em toda a extensão de sua dolorosa realidade. Não se trata de reproduzir fantasia do baixo misticismo de seres-morcegos, de dentes enormes e pontiagudos, residentes de sepulturas. Mostra-nos que há espíritos perturbados e sugadores do fluido vital de encarnados e desencarnados, desencadeando processos
obsessivos da maior gravidade. Agregam-se às pessoas invigilantes e nutrem-se de suas energias, como fazem as ervas daninhas que sobrevivem roubando a seiva das árvores. (Cap 4) No capítulo 13 da REENCARNAÇÃO, André esmiúça a teoria com detalhes técnicos de impressionar. O retorno de Segismundo suscita esclarecimentos como a redução da forma perispiritual, o mapa genético, tempo para concretização do processo reencarnatório, a condição mental dos pais como fator decisivo para o reencarnante. Estabelece diferença entre “destino fixado” e “plano construtivo”, entre fatalismo e livre-arbítrio... O autor, no capítulo 10, revela ricos e minuciosos detalhes que envolvem o fenômeno de MATERIALIZAÇÃO que tanto empolga pesquisadores, desde o século XIX, a partir das experiências do sábio Sir Willian Crookes, como está na obra
“Fatos Espíritas” (foto). É de uma complexidade de espantar, tornando explicável a raridade do fenômeno. O ectoplasma ou força nervosa, a organização do ambiente humano, as operações magnéticas, a ação perturbadora de entidades inferiores, a influência dos pensamentos, da alimentação etc. Os esclarecimentos servem, também, para orientar os coordenadores de reuniões de passes, desobsessão, tratamento mediúnico... Janeiro/abril - 2012
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Publicado há 22 anos
Os riscos do elitismo Elitismo em bom português quer dizer sistema que favorece as elites com prejuízo da maioria e o substantivo elite refere-se àquela minoria que exerce influência sobre pessoas ou grupos em detrimento de objetivos comuns. De imediato, percebe-se que o sentimento cristão, coluna mestra da Doutrina Espírita, é de todo incompatível com qualquer tendência elitizante. Daí porque Chico Xavier, muito oportunamente, advertiunos sobre os riscos do elitismo no Movimento Espírita. Somos todos herdeiros de vícios e preconceitos seculares que, por estarem estratificados na alma, transferem-se com facilidade para os atos da presente vida. Os impulsos do autoritarismo, da idolatria, dos ritos, do fanatismo, da paramentação, do elitismo, brotam naturalmente. A presença do elitismo nas atividades doutrinárias vai se intensificando perigosamente, expondo-nos à possibilidade de termos, a médio prazo, a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, ricos, intelectuais, incultos, homens, mulheres, negros... só que isoladamente. Exagero? Basta-nos uma vista d’olhos na grandeza material e no excesso de conforto de certas institui12 Janeiro/abril - 2012
ções para guardamos a certeza de que os emigrantes das classes marginalizadas da sociedade foram esquecidos e nelas certamente não entrarão com medo da humilhação. Em “Palavras do Infinito”, psicografia de Chico Xavier, Emmanuel orienta: “As massas trabalhadoras do Brasil reclamam leis que assegurem o conforto que lhes tem sido negado pelos elementos da política administrativa. Que o supérfluo das suntuosidades do Estado seja empregado com o necessário”. Isto nos faz meditar na obrigação de simplificarmos os templos espíritas, porque se a espiritualidade condena “o supérfluo das suntuosidades” nas ações mundanas, o que dizer desse comportamento em nossas casas que pretendem ser de amor e fraternidade, que se dispõem a acolher os “pequeninos”, os aflitos, os que têm sede e fome, tão lembrados por Jesus? O quadro torna-se mais grave ainda quando sabemos que o dinheiro para essas construções faustosas vem de todas as camadas sociais, inclusive das mais carentes, que acreditam na seriedade de propósito dos dirigentes. Estaríamos revivendo a prepotência das catedrais de outros tempos que os benfeito-
res recomendam sepultar para sempre? De contradição em contradição, vamos esmaecendo o brilho do Consolador, a última esperança da Humanidade. Outra ameaça do elitismo: determinados tipos de eventos espíritas organizados para médicos, jornalistas, juízes, engenheiros, psicólogos etc., restringem a entrada daqueles que, possuidores de cultura geral, de interesse doutrinário, de bom nível de inteligência, não detêm formação superior ou específica. Julgamos que o ideal é que os congressos, simpósios, encontros, sejam estruturados em cima de temas ou assuntos, abertos a todos, tais como: congresso sobre jornalismo, simpósio sobre medicina espírita, encontro para estudo da psiquiatria... e por aí vai. Assim não perderemos a noção
da ética fraternal, quando nos dizemos cristãos. Caso contrário, Francisco Cândido Xavier (foto), Divaldo Pereira Franco, tanto quanto no passado Léon Denis, que era caixeiro-viajante, não poderiam participar desses conclaves, sob pena de se sentirem desambientados e constrangidos, por não terem a titulação conferida pelas universidades do mundo. Para não falarmos do próprio Cristo, que não passou da condição de modesto carpinteiro. Quando tratamos de temas e não de profissionais, pressupõe-se que todos estão convidados e cada um participará nos limites possíveis. Dessa maneira nos anteciparemos às autoridades do nosso país que têm pregado a desvalorização do diploma como forma de enaltecer o conhecimento.
Artigo publicado na REVISTA O ESPÍRITA, número 67, 1990.
Trecho do livro “A Personalidade de Jesus”, cap.1- autor Leopoldo Cirne, FEB. “Falamos nas controvérsias de que tem sido objeto, através dos séculos, a personalidade de Jesus. Muito, de fato, tem sido ela discutida pelos homens de todos os tempos, desde os que, na sua desvairada obstinação em apagar os traços luminosos da verdade com a cinza vã do ódio e do embuste, pretenderam negar-lhe a própria existência, atribuindo-lhe apenas um caráter virtual de mito, sem personificação real - mera simbolização de uma doutrina, de uma aspiração abstrata, cujas tradições remontam à mais alta antiguidade -, até aos que, aproximando-se da verdade, pelo menos tanto quanto a penetramos e sentimos, reconhecem que ‘a grande figura de Jesus ultrapassa todas as concepções do pensamento’ .1” Cristianismo e Espiritismo, Léon Denis, cap. 2, Ed. FEB.
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Verificação de Conhecimentos
Doutrinários
Baseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.
Assinale a opção correta e confira o resultado na página 24: 1. Que evento marcou a história do Espiritismo, com a queima de trezentos volumes de diversos títulos espíritas em praça pública na Espanha, em 1861, mas que reversamente colaborou para a sua divulgação? Auto de Fé de Madri Auto de Fé de Valença
Auto de Fé de Barcelona Auto de Fé de Sevilha
2. Autor de “A Nova Revelação” e “A História do Espiritismo” entre outras, era médico e famoso escritor britânico. Foi importante figura na divulgação da Doutrina Espírita, em seus primórdios, nos referimos a:
Arthur Conan Doyle. William Crookes. Daniel Dunglas Home. Emanuel Swedenborg.
3. Qual obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco, que ao tratar dos desregramentos humanos, faz referência ao Marquês de Sade e suas perturbações?
Vida e Sexo Tormentos da Obsessão Sexo e Obsessão Nas Fronteiras da Loucura
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4. Humberto de Campos, no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, publicado pela FEB, relata que ao reencarnar, Allan Kardec contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares na obra da Codificação, designados particularmente para coadjuvá-lo. Foram eles: J.B. Roustaing, Léon Denis, Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Camille Flammarion, Bittencourt Sampaio e Léon Denis. Gabriel Delanne, Léon Denis e Bezerra de Menezes. Gabriel Delanne, Chico Xavier, J. B. Roustaing e Camille Flammarion. 5. No livro “A Caminho da Luz”, Emmanuel fala de um dos maiores apóstolos de Jesus que reencarnou na Terra com o objetivo de encaminhar a Igreja romana ao caminho da verdade, mas o seu exemplo de simplicidade e amor não foi compreendido. Trata-se do iluminado:
João Calvino. Imperador Teodósio.
Francisco de Assis. Papa Pio VII.
6. Qual dos grandes difusores da Doutrina, lançou, em 1905, a primeira edição do jornal “O Clarim”, e em 1925, o primeiro número da “Revista Internacional do Espiritismo”? Cairbar Schutel Ewerton Quadros Francisco Raitani Euripedes Barsanulfo 7. Do ponto de vista religioso, o Espiritismo fundamenta-se nas seguintes verdades:
Deus, o céu, o inferno, as penas eternas. Deus, a reencarnação, a imperfectibilidade da alma. Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras. Deus, o espírito, o perdão das dívidas mediante o arrependimento.
8. Contribuiu para a popularização da astronomia e foi grande divulgador do Espiritismo, suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados, estamos falando de:
Gabriel Delanne. Angel Aguarod.
Charles Richet. Camille Flammarion. Janeiro/abril - 2012
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Parábola do Joio e do Trigo (Mateus, 13: 24-30)
O Reino dos Céus... Disse Jesus docemente: - É semelhante a um homem Que semeou boa semente;
Ele assim lhes respondeu: - Foi certamente um inimigo Que semeou este joio No meio do meu trigo.
Mas, enquanto seus servos Dormiam, despreocupadamente, Alguém veio ao seu campo E agiu maldosamente;
Os servos prosseguiram: - Quereis, senhor, então, Que arranquemos o joio Plantado neste chão?
Semeou grãos de joio Em meio aos grãos de trigo E retirou-se, sorrateiramente, Como só faria um inimigo.
- Não. – Respondeu ele – Para que não aconteça Que, em arrancando o joio, O trigo também desapareça.
Quando a erva cresceu E o trigal frutificou, Apareceu, enfim, o joio Que seus frutos também deitou.
Deixai que cresçam juntos Até a época de ceifar, E, no final, direi aos ceifeiros Quando esta ocasião chegar:
Os servos deste senhor, Observando o que sucedera, Perguntaram-no na ocasião Como aquilo acontecera:
Arrancais primeiro o joio E em feixes seja atado; Depois de tudo isso, Levai-o para ser queimado.
- Amo, se semeastes Em vosso campo boa semente, De onde, pois, veio o joio Que cresceu tão de repente?
O trigo será por fim Colhido por derradeiro; Que ele seja empilhado E guardado no meu celeiro.
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Nos embates políticos “Nenhum servo pode servir a dois senhores.” Jesus (Lucas, 16:13)
Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor. Só o espírito possui eternidade. Distanciar-se do partidarismo extremado. Paixão em campo, sombra em torno. Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade. O despistamento favorece a dominação do mal. Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei. O discernimento é caminho para o acerto. Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos. O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos. Não comerciar com o voto dos companheiros de ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer alguma influência. A fé nunca será produto para o mercado humano. Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos. Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica. Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial. A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana. Livro “Conduta Espírita”, capítulo 10, autor André Luiz, médium Waldo Vieira, Ed. FEB. Janeiro/abril - 2012
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Extraídas da obra “Vida e sexo”, autoria de Emmanuel e psicografia de Chico Xavier.
Frases que merecem
meditação
“O sexo se define, desse modo, por atributo não apenas respeitável mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle.” “Por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da Vida Superior.” “Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou perfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo.” “Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas.” “A sexualidade no casal existe, sobretudo, em função de alimento magnético entre dois corações que se integram um no outro e daí procede a necessidade de vigilância para que a harmonia não se perca, nesse circuito de forças.” “O Espírito, quando retorna ao plano físico, vê nos pais as primeiras ima18 Janeiro/abril - 2012
gens de Deus e da Vida.” “De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.” “Instituído o ajuste afetivo entre duas pessoas, levanta-se, concomitantemente, entre eles, o impositivo do respeito à fidelidade natural, ante os compromissos abraçados, seja para a formação do lar e da família ou seja para a constituição de obras ou valores do espírito.” “Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações.” “O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins.”
Tribuna Livre Pergunta: Os regimes de governo adotados pela Humanidade, a seu tempo, não lograram êxito? Na opinião de “O ESPÍRITA”, o Espiritismo influenciará para que um novo sistema surja na Terra? Resposta: A autocracia - egocracia mantida por déspotas e ditadores ao longo da história é bem o reflexo do estado de barbárie de povos que se deixam empolgar por figuras carismáticas e violentas. Com o passar dos séculos, o jugo absolutista reduz-se gradativamente e surge a aristocracia em que os nobres recebem fatias do bolo da autoridade política e dividem o poder. Há mais de dois séculos, com a eleição de George Washington, em 1789, para a presidência dos Estados Unidos, nasce a democracia como fruto da vontade popular, abre-se espaço para mais progresso econômicosocial e induz-se outras nações a seguirem o vitorioso exemplo
O ESPÍRITA responde desse país vizinho. Com a queda do marxismo no leste europeu, a democracia capitalista fechou o milênio conduzindo a quase totalidade das pátrias. No entanto, nem sempre o povo acerta na escolha de seus mandatários. Com o sossegar das guerras e o amainar das ambições, o Espiritismo soprará ideia de um novo sistema baseado no valor sócio-moral das criaturas. É a meritocracia, onde a sociedade humana distinguirá seus mais eminentes filhos pelos sucessos no lar, na profissão e na vida pública. As campanhas políticas, os partidos, as ideologias desaparecerão e nada se gastará com a corrupção das consciências na compra de votos. Com a prevalência do espírito sobre a matéria, como acontece na espiritualidade superior, ’’Nosso Lar’’ é um exemplo disso, é possível que em futuro remoto os governantes sejam sugeridos por benfeitores excelsos, num processo infalível que podemos denominar de teocracia, instalando definitivamente o reino de Jesus no mundo. Janeiro/abril - 2012
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Não há como tolerar militância política dentro das hostes espíritas Jorge Hessen - DF
O Portal do G1 realizou, conforme matéria publicada em 29 de janeiro de 2011, uma enquete na Câmara dos Deputados a fim de saber qual a religião dos parlamentares. Dos 414 deputados consultados, 309 se declararam católicos e 43 evangélicos. Os parlamentares que se declararam “espíritas”(!?) foram 8. Outros 13 disseram ser cristãos, mas não especificaram se seguem uma religião. Oito se disseram agnósticos. Para nós, os espíritas, esse quadro estatístico nada significa. Por uma questão muito elementar: “não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana”, segundo André Luiz: “ A Doutrina Espírita não estimula o engajamento em ideias e políticas partidárias. Não coloca sua tribuna a serviço da propaganda política de candidatos, de partidos ou de movimentos políticos”. 1 Em que pese a ideia de que “o problema não é de como o espírita entra na política, mas de como dela sai”, o espírita, se estiver vinculado a alguma agremiação partidária, se deseja concorrer como candidato a cargo eletivo, tem total liberdade de ação, mas que atue bem longe dos ambientes espíritas, para que tudo que fizer ou disser, dentro da Instituição Espírita, não venha a ter uma conotação de atitude de disfarçada intenção, visando à conquista dos votos de seus confrades. É inadmissível trazer para dentro dos Centros ou Instituições Espíritas a política partidária, embora, como cidadão, cada espírita tenha a liberdade de militar no universo fragmentado das ideologias políticas. Mas o Espiritismo não é fragmento da política partidária, e nem tampouco envolve-se com grupos políticos sectários, que utilizam meios incoerentes com os fins de poder. A política do legítimo espírita é a favor do ser humano e de seu crescimento espiritual. Não se submete e não se omite diante do poder político, e nem tampouco assume o lugar de oposição ou de situação. Elucida Emmanuel que “o discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido. O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis, embora”.2 A rigor, “iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados”3. Por isso mesmo, sabem à saciedade que “a missão da doutrina é consolar e instruir, em Jesus, para que todos mobilizem as suas possibilidades divinas no caminho da vida. Trocá-la por um lugar no banque20 Janeiro/abril - 2012
te dos Estados é inverter o valor dos ensinos, porque todas as organizações humanas são passageiras em face da necessidade de renovação de todas as fórmulas do homem na lei do progresso universal”4. Se o mundo gira em função de políticas econômicas, administrativas e sociais, não há como tolerar militância política dentro das hostes espíritas. Os benfeitores espirituais nos advertem que não se sustentam as teses simplistas de que só com a nossa participação efetiva nos processos políticos ao nosso alcance ajudaremos a melhorar o mundo. Recordemos que Jesus cogitou muito da melhora da criatura em si. Não nos consta que Ele tivesse aberto qualquer processo político-partidário contra o poder constituído à época. Nossa conduta apolítica não deve ser encarada como conformismo. Pelo contrário, essa atitude é sinonímia de paciência operosa, que trabalha sempre para melhorar as situações e cooperar com aqueles que recebem a responsabilidade da administração de nossos interesses públicos. É importante lembrarmos que, nas pequeninas concessões, vamos descaracterizando o projeto da Terceira Revelação. Por isso mesmo urge que façamos uma profunda distinção entre Espiritismo e Política. Somos políticos desde que nascemos e vivemos em sociedade. Isso é real, porém a Doutrina Espírita não poderá, jamais, ser veículo de especulação das ambições pessoais, nesse campo. Pela transformação do comportamento individual, lutando pelo ideal do bem, em nome do Evangelho, os espíritas não estão alheios à Política; engana-se quem pensa o contrário. Os ESPÍRITAS honestos, fiéis à família, aos compromissos morais, são integralmente cidadãos ativos, que exercem o direito e/ou obrigação (depende do ponto de vista) de votar, porém sem vínculos com as querelas e questiúnculas partidárias. O Espiritismo não pactua com irrelevantes e transitórios interesses terrenos. Estamos investidos de compromisso mais imediato, em vez de mergulhados no mundo da política saturada por equívocos lamentáveis. Referências bibliográficas: 1 Vieira, Waldo. Conduta Espírita, espírito André Luiz, FEB, 2001, cap. 10. 2 Xavier, Francisco Cândido. Vinha de Luz, espírito Emmanuel, Ed. FEB, 1999, cap. 59. 3 Xavier, Francisco Cândido. Vinha de Luz, espírito Emmanuel, Ed. FEB, 1999, cap. 60. 4 Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, espírito Emmanuel, Ed. FEB, 1984, perg. 60. Janeiro/abril - 2012
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O atestado das ações
Jesus, nosso Mestre Maior, teve toda Sua Vida pautada pela coerência entre o falar e o agir... Seguir o Meigo Zagal Celeste – em espírito e verdade – será, também, manter o mesmo padrão de harmonia entre o verbo e a ação. Faz-se, pois, mister, expungir o coração de todo pensamento mundano ou fútil vez que “a boca fala do que está cheio o coração” e alinhar todos os atos, sem exceção, entre as balizas das boas palavras, “falando”como aconselha Paulo - “somente para a edificação”. Por isso mesmo, tornase extremamente oportuno verificar algumas realidades muito corriqueiras, mencionadas por Marco Prisco1 e diagnosticar nossa posição com relação a esse assunto: 22 Janeiro/abril - 2012
Rogério Coelho - MG
“Você se afirma cristão e vacila na fé; acredita-se generoso e nega compreensão ao primeiro espírito que o ofende; acha-se detentor da verdade e caminha entre as sombras do erro; proclama o amor sem limite e partilha o pão da cólera; exalta a alegria e mergulha a alma na angústia; participa do Evangelho e situa a conduta longe dele; enuncia sentenças orientadoras e segue sem roteiro definido; promete trabalhar pela Causa do Bem e abraça o comodismo; prega a liberdade e vive no labirinto das paixões. Você já pensou nisto? Quem tem a luz da crença vive permanente claridade. Verifique seus atos, recorde a exemplificação do Mestre e entenderá que a maior lição de sabedoria universal ainda é o atestado das ações, no campo do Ideal.” Livro: Glossário Espírita-Cristão Autor: Marco Prisco Médium: Divaldo Franco Editora: Leal
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Notícias comentadas Uma guerra dos infernos “O acirramento da guerra dos pastores se dá num momento em que a Universal, de Macedo, perde fiéis e receita aos borbotões para a Mundial, de Valdemiro. Estima-se que, em catorze anos, o segundo tenha conquistado mais de 20% de seguidores do primeiro. (...) Habilidoso, Valdemiro deu um passo atrás e resgatou o modelo primitivo que deu origem ao fenômeno da Universal: a luta contra Lúcifer e a promessa de curas milagrosas de toda ordem – pilares que Macedo mais tarde substituiu pela ‘teologia da prosperidade’.” (VEJA, 28/3/2012) A reportagem evidencia a simonia, que as instituições tratam a fé como um mero negócio, exacerbando a competição entre os dois pastores por fiéis e seus dízimos. O tema é delicado, mas deve ser enfrentado com firmeza. O cap. XXI de “O Evangelho segundo o Espiritismo” é todo voltado para os sinais da verdade ou não naqueles que se dizem mensageiros e investidos em poderes das esferas superiores. Jesus alertou: “Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de ovelha e que por dentro são lobos rapaces. - Conhecê-lo-eis pelos seus frutos. Podem colher-se uvas nos espinheiros ou figos nas sarças?” (Mateus, 7:15-16). Nesse mesmo capítulo, item 8, complementam os espíritos superiores: “(...) É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer: Estes são realmente enviados de Deus. Desconfiai, porém, das palavras melífluas, desconfiai dos escribas e dos fariseus que oram nas praças públicas, vestidos de longas túnicas. Desconfiai dos que pretendem ter o monopólio da verdade!(...)” Guardemos as lições para nós outros, sendo severos e verdadeiros em nossos atos, dirigidos para o bem, e indulgentes e benévolos para com as demais pessoas, mas jamais aceitando a mistura dos assuntos relativos à fé e ao comércio das coisas do mundo. Janeiro/abril - 2012
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Espírito, consciência e cérebro O livro “O cérebro espiritual – Uma explicação neurocientífica para a existência da alma” do neurocientista canadense Mario Beauregard apresenta um debate em favor da dissociação entre os fenômenos da consciência humana e as estruturas cerebrais, sobretudo referentes à espiritualidade, dos meros mecanismos cerebrais. (...) Para ele, “a alma é o princípio imaterial e pensante de toda entidade dotada de vida. A alma faz parte integrante da Fonte (Deus) de tudo o que existe no universo.” (revistacult.uol.com.br/home/2010/12) Para nós espíritas, até parece que o cientista canadense estudou atentamente o contido nas questões 361 de “O Livro dos Espíritos”: as qualidades morais da criatura são as do espírito; 367: a matéria é o envoltório do espírito; e, 370: “Da influência dos órgãos se pode inferir a existência de uma relação entre o desenvolvimento das do cérebro e o das faculdades morais e intelectuais? Não confundais o efeito com a causa. O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias. Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.” O que ressalta de importante nesse livro do cientista é que a ciência aos poucos vai comprovando o que a Codificação já revelou há tempos: a consciência reside no espírito, que se manifesta pelo perispírito, que por sua vez irradia pelo cérebro, quando encarnado; e, reciprocamente, em caminho inverso, recebe as impressões do cérebro para o perispírito e deste para o espírito, resultante das experiências materiais, mas sob o domínio da mente espiritual, ou seja, o cérebro é sempre instrumento e nunca sede da consciência.
Respostas Verificação de conhecimentos doutrinários Páginas 14 e 15
Q.1 - Auto de Fé de Barcelona Q.2 - Arthur Conan Doyle. Q.3 - Sexo e Obsessão Q.4 - J.B. Roustaing, Léon Denis, Gabriel Delanne e Camille Flammarion. Q.5 - Francisco de Assis. Q.6 - Cairbar Schutel Q.7 - Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras. Q.8 - Camille Flammarion. 24 Janeiro/abril - 2012
Carta ao atual e futuro
ASSINANTE MANTENEDOR Querido(a) irmão(ã), A revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 33 anos de existência. Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propostas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo. Cabe colocar, que muitas casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍRITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciência, que contribua anualmente com um valor sugerido de R$ 15,00 (quinze reais), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as três edições da revista (abril/ agosto/dezembro), as postagens dos exemplares que serão remetidos em seu nome e a distribuição gratuita para centenas de instituições espíritas. Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabilizará a continuação deste trabalho e apoiará os editores, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte dos custos desta produção, sem nada receberem pelos serviços prestados. Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, entendendo que a luta pela vitória do bem é da responsabilidade de todos.
Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita. Preencha o formulário no verso. Janeiro/abril - 2012
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