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M E NSÁ R IO DE SA NTA CATA R INA DA S E R R A - M AI O 2 0 1 0 - 1 € P R EÇO D E C APA

Jovens esperança

Associações

Bento XVI visitou Os jovens são a esperança da sociedade e da Igreja. Esta é a incansável afirmação do nosso Pon fice Máximo, o Santo Padre em terras portuguesas. Na verdade se os jovens não oferecem esperança ao mundo e muito par cularmente à Igreja de hoje, onde é que a podem buscar os que tem trilhado os caminhos do humanismo e da fé, e onde podem projectar o futuro todos os que estão no entardecer da vida? É de facto sublime e maravilhoso quando os jovens oferecem ao mundo Ideais de vida e valores inabaláveis que não escurecem pela corrosão do tempo nem se obscurecem pela nebulosa do materialismo. Há alguns dias, olhando uma cruz cravada com os nomes de todos os que se crismaram no úl mo ano, eu pensava como é fácil deixar as névoas do comodismo e das preocupações impor-se sobre o Sim dado a Deus e à comunidade. Na verdade uma percentagem destes jovens deixou arrefecer a fé, esqueceu o dom oferecido pelo Espírito e o compromisso dado perante o bispo da diocese e o pastor da paróquia quando disse "Jesus Cristo e a Igreja podem contar comigo". Acho que esta "distracção" não provem de uma opção deliberada do seu coração jovem nem de uma negação de Jesus e da Igreja. Contudo parece-me que há um desleixo ou um deixar para segundo plano Deus, as descobertas e os valores pelos quais podemos ter a garan a de uma vida com sen do e com esperança para oferecer. A Igreja precisa dos jovens e precisa de acreditar nos jovens. Precisa da sua presença ac va nas ac vidades e serviços. Precisa de jovens formados com bagagem de conhecimentos e de experiência de Deus. Precisa de jovens que tenham respostas para as questões da esperança. Precisa de jovens que se apresentem... con nua na Pág. 3

Escuteiros solidários com Peregrinos

Fá ma

Pág.3

Cortejo de Oferendas da Ass. Bombeiros Pág.11

Desporto

Pág. 4

Festas da Padroeira

Santa Catarina Pág. 9

Carina Vicente sagra-se campeã Nacional Ana Oliveira com bons resultados Pág.13

Educação

Semana da Leitura Pág.10

Sociedade

Jovens preparam missão para Angola Pág.7

Pensamento do mês "Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la."

Paróquia peregrina à

Terra Santa

Fes val “O Chícharo da Serra” é Marca Nacional Pág.12

Pág.12

P. Borga cantou e encantou na Chaínça Pág.9


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Família Paroquial

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Longa foi a Vida 18/4 - Ana Clara de Sousa Caetano, filha de Carlos Caetano das Neves e de Ana Cláudia Santos de Sousa, da Loureira. Foram padrinhos: Filipe Miguel Caetano das Neves e Diana Caetano Ferreira. 18/4 - San ago Gomes Gonçalves, filho de Nuno Miguel Neves Gonçalves e de Patrícia Gaspar Gomes, da Chainça. Foram padrinhos: Paulo Alexandre Gaspar Gomes e Vanessa Vieira Mendes Costa Gonçalves.

17/4 - Nuno Filipe dos Reis Bap sta, de Formigal, Matas, Ourém, e Nicole Pereira Gonçalves, de Ulmeiro, Santa Catarina da Serra. Foram padrinhos: Pedro Miguel dos Reis Bap sta e João Miguel Caldeira Heitor; madrinhas: Dina Amanda Gonçalves e Vera Patrícia Pereira Faria

22/3 - Manuel dos Santos Polónio, viúvo de Maria Marques Lisboa, da Pinheiria. Par u para o céu aos 87 anos de idade. 13/4 - Faus no do Vale Alves, casado com Maria da Conceição Alves de Oliveira, da Barreiria, deixou inesperadamente este mundo na primavera dos seus 60 anos de idade; 26/4 - Maria Emília Marques Delgado, casada com António de Jesus Silva, de Siróis, par u para o Pai aos 68 anos de idade; 5/5 - Emília dos Santos Silva, casada com Manuel Gonçalves, da Loureira, par u para o Céu aos 82 anos de idade; 7/5 - Manuel Gonçalves, viúvo de Emília dos Santos Silva, da Loureira, terminou a sua peregrinação neste Mundo aos 84 anos de idade 13/5 - José Francisco, casado com Maria de Jesus Neves, do Ulmeiro, par u para o Céu no entardecer dos seus 77 anos de idade.

Maria José de Jesus N. 03.01.1913 F. 02.03.2010 Pedrome

A Família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que prestaram homenagem à sua úl ma morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Que a sua alma descanse em paz.

Paróquia peregrina a Fá ma

Eduardo Pereira N. 28-06-1918 F. 02-03-2010 Quinta da Sardinha Longa foi a vida Que lutaste Longo foi o caminho Que percorreste. A dura vida Que te ensinou a caminhar A lutar A ajudar A ajudar aqueles, Que ensinaste a crescer. Nem todos os que cresceram con go Te quiseram acompanhar no teu duro caminho. Alguns imaginaram que há coisas mais importantes na vida Talvez o dinheiro... Talvez o diver mento... Talvez porque pensem que já cresceram Tudo na vida, mas só quem Não te abandonou poderá con nuar A crescer... sem !

Foi no passado dia 25 de Março que o casal Guida e Carlos Marcelino festejaram as suas bodas de prata. Em ambiente descontraído reuniram família e amigos. Sandra Rojas

Testemunho de uma Catequista

A tua neta, Silvia Vicente

Aos familiares enlutados a Luz da Serra apresenta sen das condolências e une-se em oração de sufrágio.

A irmã Ma lde Ferreira Filipe, dominicana de Santa Catarina da Serra, natural do Vale Tacão, no dia 25 de Abril celebrou as bodas de ouro da sua consagração na Igreja de Santa Catarina da Serra, na Eucaris a das 11h30. Com os familiares mais próximos a festa con nuou com um almoço. Louvemos ao Senhor o dom da sua vocação. “Cantai ao Senhor porque Ele é bom, é eterna a Sua misericórdia”. Jacinta Neves

Envie-nos o seu anúncio, da secção da família paroquial, que nós prometemos publicar gratuitamente. Data limite de entrega: úl mo dia de cada mês Os anúncios publicados serão gratuitos, desde que cumpram os requisitos necessários para a publicação. luzdaserra@sapo.pt - 917480995

É bom dar catequese e ver os catequizantes crescerem. Como esta menina, a Dália Bap sta, que preparei para a Primeira Comunhão. Já casou e tem um filho de nome Gabriel e disse-me ela que eu ainda serei a catequista do seu filho. A Deus nada é impossível, ponho nas Suas mãos. Agora estou a preparar com a minha colega Dolcina a entrega do Pai Nosso às crianças de 7 anos. É um grupo pequenino, mas bom. Por vezes desanimo, mas estas crianças enchem-me de alegria e fazem com que os ensine o melhor que posso, que o Espírito Santo nos ilumine. Eles, por meio do computador e da Internet, já sabem muitas coisas. Em cada encontro par lhamos a nossa experiência de fé. Lúcia Teresa Alves Bemposta pub

Eram oito horas de domingo da Ascensão e as pessoas das seis comunidades da Paróquia com seus estandartes se reuniam junto à Igreja para a 81ª peregrinação ao Santuário de Fá ma. Iniciámos a caminhada com a oração da manhã, um louvor a Deus pela vida, pela fé e por tudo o que nos oferece dia a dia. Foi na Bemposta e na Loureira que a coluna engrossou para formar uma mul dão de largas centenas de crentes que caminhavam rumo à casa da Mãe. Entre nós havia muitos jovens e crianças e o silêncio e oração foram a grande tónica que pautou os passos caminhados. Os escuteiros man veram as pessoas nos trilhos por onde nos era dado caminhar e do carro do som saíam palavras e cân cos que nos animavam na fé e na solidariedade cristã. Foi uma caminhada que alimentou a fé dos que deixaram as comodidades do lar e foi também um testemunho vivido e proclamado. O Rosário e a Santa Missa no altar do recinto foram bem par cipados por todos nós, mas foi o Rosário que animamos na Capelinha e transmi do pela rádio, que levou o eco de uma comunidade viva e par cipa va às lareiras e camas dos nossos doentes e velhinhos que puderam acompanhar. Que a graça de Deus desça sobre toda esta comunidade cristã e fortaleça os nossos corações no amor e a fé. Que a bênção da Senhora de Fá ma, que desde há quase cem anos tocou a alma das gentes desta terra vizinha, desça sobre nós. pub


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Obrigado Santo Padre Bento XVI pela sua visita Quem é o Papa? – “É o Sucessor de Pedro, Bispo de Roma, Princípio perpétuo visível e fundamento da unidade que liga entre si, tanto os Bispos, como a mul dão dos fiéis”(L.G 23; CIC 882). “Em virtude do seu cargo de Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, o Pon fice Romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal que pode sempre livremente exercer”(L.G.22) Número de Papas até hoje: Desde S. Pedro até Bento XVI houve 264 Papas. Os 30 primeiros foram todos assassinados por ordem dos Imperadores romanos. Ao longo da história, vários morreram envenenados, outros foram perseguidos aberta ou veladamente. João Paulo II escapou por um triz. E Bento XVI, o que lhe estão a fazer os meios de comunicação social?.. O papa PIO IX foi aquele que teve o mais longo pon ficado: 31 anos e sete meses. O Papa Estêvão l, só viveu 3 dias após a eleição. Nem chegou a tomar posse. Urbano Vll só viveu 12 dias depois de tomar posse. Missão do Papa: presidir, orientar a Igreja e velar pela fé dos cristãos: “Pedro Eu rezei por para que a tua fé não desfaleça e tu confirma (a fé) os teus irmãos”(Lc.22,23). Igreja perseguida: JESUS CRISTO, o Fundador da Igreja, por ser fiel até ao extremo, à vontade de Seu Pai, que queria a Salvação de toda a Humanidade, foi condenado a morrer na cruz. Os Apóstolos foram todos mar rizados por serem fiéis ao projecto de Cristo. “Se Me perseguiram a Mim, também perseguirão a vós” (ver Jo15,20.21). O Império Romano tentou acabar com a Igreja, matando os 30 primeiros Papas e um número imenso de cristãos, mas “Sangue de már r é semente de cristãos” (Tertuliano). O Imperador romano Constan no Magno converteu-se ao cris anismo em 312. Em 313 deu aos cris-

tãos a liberdade e proibiu que fossem perseguidos. A par r daí, a Igreja começou a viver livremente a sua fé. Contudo, mais tarde as perseguições con nuaram aqui e acolá. Os tempos correram. O comunismo e outras organizações juraram morte à Igreja. Ainda hoje há cristãos nas prisões por causa da sua fé. Outros são perseguidos silenciosamente. Há conver dos ao cris anismo, que vivem a sua fé cristã às escondidas para poderem viver livremente. A Igreja Católica em nossos dias é perseguida de uma maneira mais ou menos velada. A perseguição disfarçada é a mais perigosa. Contudo, os piores perseguidores são os de dentro, os católicos “mais ou menos”, os católicos “tanto faz”, os católicos de “duas caras”.

Por que mo vo perseguem o Papa? – O Papa, para ser fiel à sua missão, não pode concordar com certos critérios do mundo de hoje: aborto, divórcio, adultério, eutanásia, união de pessoas do mesmo sexo, destruição da família, etc. Os defensores destes projectos, não podendo destruir a Igreja, procuram “sujar a cara” do representante de Cristo na terra. Mas, aquele que a ra lama à cara dos outros, antes de os sujar, suja-se a si próprio. Ninguém é obrigado a ser católico, a permanecer na Igreja que Jesus fundou. Perante tais pessoas, nós católicos devemos amá-las (amar não quer dizer gostar), respeitá-las, rezar por elas e dar-lhes o nosso testemunho cristão. Não tenhamos medo do dia

P. Serafim Marques

de amanhã.”As portas do inferno (os maus) não prevalecerão contra ela”(Mt.16,18). “Estarei convosco até ao fim”(Mt.28,20).” A vitória que vence o mundo é a nossa fé”(1Jo. 5,4.5).”Sêde corajosos e fortes na fé”(1Cor.16,13). Disse alguém que a Igreja Católica é uma bigorna que dá cabo de todos os martelos. Os seus

perseguidores vão embora, morrem e a Igreja vai adiante, apesar dos pecados dos cristãos. As obras, quando vindas de Deus, nem o diabo dá cabo delas, mas se forem obras dos homens acabarão com o tempo. Leia ( Act.5,35-40). A Igreja Católica foi fundada por Jesus Cristo, e con nua conduzida pelo Espírito Santo. Portanto, avante, BENTO XVI !! A Igreja te ama e confia em .

Con nuação da pagina 1

Editorial Precisa de jovens que se apresentem disponíveis para amar e servir os mais pobres e as crianças. O Mundo precisa de mãos e corações que apontem para um futuro risonho e feliz ou, como afirma o Concilio Va cano II precisa de mãos e corações para construir a civilização do Amor. O Papa acredita nos jovens. A Igreja acredita nos jovens. O Mundo acredita nos jovens. É preciso que os jovens acreditem nos jovens. É preciso que cada jovem acredite em si próprio e na capacidade geradora do Espírito que Deus lhes

oferece sempre que abrem o coração e a mente à vida e ao Amor. João Paulo II dizia, com vigor, "Jovens não tenhais medo de Cristo". Acomodar-se num negócio obscuro, numa vida dúbia ou numa união de facto não é assumir a fé que nos foi oferecida e comunicada pelos jovens de outras eras. Apaixonar-se por Cristo é apaixonarse pelo amor na dimensão da Cruz e dar a vida e o coração pela felicidade e salvação dos outros. O Mundo precisa de loucos apaixonados por Cristo.

P. Mário de Almeida Verdasca

Escuteiros solidários com peregrinos O lema do Escu smo é estar sempre Alerta, sempre prontos a ajudar o próximo. Assim como nós, existem muitas outras organizações a nível nacional e internacional. Uma delas, os PCI – Paramédicos de Catástrofe Internacional, uma organização sem fins lucra vos, com o objec vo de ajudar o outro, a nível de cuidados de saúde, dos mais diversos pos, defesa dos direitos humanos, apoio pré-hospitalar. Esta organização ainda é recente, actuando principalmente a nível internacional. Este ano, assim como o ano passado, par ciparam na Operação Fá ma, dando apoio aos Peregrinos. Para que este apoio, se pudesse realizar, os PCI contaram com a ajuda de voluntários, quer profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, quer com a ajuda de pessoas com vontade ajudar o próximo. E é neste sen do que os Escuteiros foram chamados para colaborar neste projecto. O Agrupamento 1211, de Santa Catarina da Serra, assim como outros agrupamentos da Região de Leiria, foram convidados a fazer parte deste projecto. Como não poderia deixar de acontecer, colocamo-nos à disposição para colaborar. Para que tudo corresse bem,

foi-nos dada formação na área. Assim, no passado dia 24 de Abril, em Santa Catarina da Serra, juntaram-se a nós os Agrupamentos de Caxarias, Ourém e Misericórdias e algumas mães, para um dia de formação sobre Suporte Básico de Vida e sobre a Operação Fá ma – Apoio aos Peregrinos. A formação foi-nos dada pelo Sr. Jorge, voluntário nos PCI, e com uma vasta experiência ao nível da formação e socorro a terceiros. O apoio aos peregrinos iniciou-se no dia 7 de Maio, com um briefing sobre a organização do trabalho, horários e regras de funcionamento, para que nada falhasse. Do dia 8 ao dia 13 de Maio, es veram em funcionamento 4 postos de atendimento aos Peregrinos, onde se trataram de bolhas e feridas fruto de muitos dias de caminhada, assim como

massagens para o alívio das dores musculares. Mas a principal ajuda para os Peregrinos que passaram por aqui, foi a forma simpá ca com que foram recebidos e atendidos. Para além do alívio sico, foram com o espírito renovado, rumo ao seu des no, Fá ma, local de Fé e Oração. A experiencia foi muito posi va para todos nós, sen ndo que demos o nosso tempo e trabalho para quem mais precisa. Ficamos desde já disponíveis para outras inicia vas deste género, pois fazem para do nosso ideal, Sempre Alerta para Servir. Canhota Amiga,


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No 10º Aniversário da Bea ficação de Jacinta e Francisco, pastorinhos de Fá ma, o Papa Bento XVI visitou Portugal de 11 a 14 de Maio. Realizando uma missa no Terreiro do Paço em Lisboa a 11 de Maio, no dia 12 deslocou-se a Fá ma, para a grande celebração e a bênção das velas do 13 de Maio. A úl ma celebração foi no dia 14, na Avenida dos Aliados no Porto. Transcrevemos aqui a Homilia do Papa Bento XVI na Esplanada do Santuário de Fá ma, Quintafeira, 13 de Maio de 2010. Queridos peregrinos, «A linhagem do povo de Deus será conhecida […] como linhagem que o Senhor abençoou» (Is 61, 9). Assim começava a primeira leitura desta Eucaris a, cujas palavras encontram uma realização admirável nesta devota assembleia aos pés de Nossa Senhora de Fá ma. Irmãs e irmãos muito amados, também eu vim como peregrino a Fá ma, a esta «casa» que Maria escolheu para nos falar nos tempos modernos. Vim a Fá ma para rejubilar com a presença de Maria e sua materna protecção. Vim a Fá ma, porque hoje converge para aqui a Igreja peregrina, querida pelo seu Filho como instrumento de evangelização e sacramento de salvação. Vim a Fá ma para rezar, com Maria e tantos peregrinos, pela nossa humanidade acabrunhada por misérias e sofrimentos. Enfim, com os mesmos sen mentos dos Beatos Francisco e Jacinta e da Serva de Deus Lúcia, vim a Fá ma para confiar a Nossa Senhora a confissão ín ma de que «amo», de que a Igreja, de que os sacerdotes «amam» Jesus e n’Ele desejam manter fixos os olhos ao terminar este Ano Sacerdotal, e para confiar à protecção materna de Maria os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os missionários e todos os obreiros do bem que tornam acolhedora e benfazeja a Casa de Deus. São a linhagem que o Senhor abençoou… Linhagem que o Senhor abençoou és tu, amada diocese de LeiriaFá ma, com o teu Pastor Dom António Marto, a quem agradeço a saudação inicial e todas as atenções com que me cumulou nomeadamente através de

Papa Bento XVI na Capelinha após ter oferecido uma rosa de ouro ao Santuário de Fá ma

seus colaboradores neste santuário. Saúdo o Senhor Presidente da República e demais autoridades ao serviço desta Nação gloriosa. Idealmente abraço todas as dioceses de Portugal, aqui representadas pelos seus Bispos, e confio ao Céu todos os povos e nações da terra. Em Deus, estreito ao coração todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fá ma, se faz encontrar mais sensivelmente. A nossa grande esperança lance raízes na vida de cada um de vós, amados peregrinos aqui presentes, e de quantos estão em comunhão connosco através dos meios de comunicação social. Sim! O Senhor, a nossa grande esperança, está connosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu povo: um futuro de comunhão consigo. Tendo experimentado a misericórdia e consolação de Deus que não o abandonara no fa gante caminho do regresso do exílio de Babilónia, o povo de Deus exclama: «Exulto de alegria no Senhor, a minha alma re-

Visita do Papa Bento XVI a Portugal jubila no meu Deus» (Is 61, 10). Filha excelsa deste povo é a Virgem Mãe de Nazaré, a qual, reves da de graça e docemente surpreendida com a gestação de Deus que se estava operando no seu seio, faz igualmente sua esta alegria e esta esperança no cân co do Magnificat: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador». Entretanto não se vê como privilegiada no meio de um povo estéril, antes profe za-lhe as doces alegrias duma prodigiosa maternidade de Deus, porque «a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem» (Lc 1, 47.50). Prova disto mesmo é este lugar bendito. Mais sete anos e voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora «vinda do Céu», como Mestra que introduz os pequenos videntes no conhecimento ín mo do Amor Trinitário e os leva a saborear o próprio Deus como o mais belo da existência humana. Uma experiência de graça que os tornou enamorados de Deus em Jesus, a ponto da Jacinta exclamar: «Gosto tanto de dizer a Jesus que O amo. Quando Lho digo muitas vezes, parece que tenho um lume no peito, mas não me queimo». E o Francisco dizia: «Do que gostei mais foi de ver a Nosso Senhor, naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus!» (Memórias da Irmã Lúcia, I, 40 e 127). Irmãos, ao ouvir estes inocentes e profundos desabafos mís cos dos Pastorinhos, poderia alguém olhar para eles com um pouco de inveja por terem visto ou com a desiludida resignação de quem não teve essa sorte mas insiste em ver. A tais pessoas, o Papa diz como Jesus: «Não andareis vós enganadas, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?» (Mc 12, 24). As Escrituras convidamnos a crer: «Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29), mas Deus – mais ín mo a mim mesmo de quanto o seja eu próprio (cf.

Papa Bento XVI na celebração na Capelinha das Aparições, no Santuário de Fá ma

Santo Agos nho, Confissões, III, 6, 11) – tem o poder de chegar até nós nomeadamente através dos sen dos interiores, de modo que a alma recebe o toque suave de algo real que está para além do sensível, tornando-a capaz de alcan-

Bento XVI atravessa o recinto do Santuário Mariano de Fá ma na procissão das velas.

çar o não-sensível, o não-visível aos sen dos. Para isso exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma (cf. Card. Joseph Ratzinger, Comentário teológico da Mensagem de Fá ma, ano 2000). Sim! Deus pode alcançar-nos, oferecendo-Se à nossa visão interior. Mais ainda, aquela Luz no ín mo dos Pastorinhos, que provém do futuro de Deus, é a mesma que se manifestou na plenitude dos tempos e veio para todos: o Filho de Deus feito homem. Que Ele tem poder para incendiar os corações mais frios e tristes, vemo-lo nos discípulos de Emaús (cf. Lc

24, 32). Por isso a nossa esperança tem fundamento real, apoia-se num acontecimento que se coloca na história e ao mesmo tempo excede-a: é Jesus de Nazaré. E o entusiasmo que a sua sabedoria e poder salvífico suscitavam nas pessoas de então era tal que uma mulher do meio da mul dão – como ouvimos no Evangelho – exclama: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Contudo Jesus observou: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prá ca» (Lc 11, 27. 28). Mas quem tem tempo para escutar a sua palavra e deixar-se fascinar pelo seu amor? Quem vela, na noite da dúvida e da incerteza, com o coração acordado em oração? Quem espera a aurora do dia novo, tendo acesa a chama da fé? A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo. «A linhagem do povo de Deus será conhecida […] como linhagem que o Senhor abençoou» (Is 61, 9) com uma esperança inabalável e que fru fica num amor que se sacrifica pelos outros, mas não sacrifica os outros; antes – como ouvimos na segunda leitura – «tudo desculpa, tudo acredita, tudo espera, tudo suporta» (1 Cor 13, 7). Exemplo e es mulo são os Pastorinhos, que fizeram da sua vida uma doação a Deus

e uma par lha com os outros por amor de Deus. Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor. De modo par cular, a beata Jacinta mostrava-se incansável na par lha com os pobres e no sacri cio pela conversão dos pecadores. Só com este amor de fraternidade e par lha construiremos a civilização do Amor e da Paz. Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profé ca de Fá ma esteja concluída. Aqui revive aquele desígnio de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios: «Onde está Abel, teu irmão? […] A voz do sangue do teu irmão clama da terra até Mim» (Gn 4, 9). O homem pôde despoletar um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompêlo… Na Sagrada Escritura, é frequente aparecer Deus à procura de justos para salvar a cidade humana e o mesmo faz aqui, em Fá ma, quando Nossa Senhora pergunta: «Quereis oferecervos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele mesmo é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?» (Memórias da Irmã Lúcia, I, 162). Com a família humana pronta a sacrificar os seus laços mais sagrados no altar de mesquinhos egoísmos de nação, raça, ideologia, grupo, indivíduo, veio do Céu a nossa bendita Mãe oferecendo-Se para transplantar no coração de quantos se Lhe entregam o Amor de Deus que arde no seu. Então eram só três, cujo exemplo de vida irradiou e se mul plicou em grupos sem conta por toda a super cie da terra, nomeadamente à passagem da Virgem Peregrina, que se votaram à causa da solidariedade fraterna. Possam os sete anos que nos separam do centenário das Aparições apressar o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da San ssima


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Agradecimento tardio Já lá vão uns tempos depois da celebração do chícharo na nossa freguesia. Mas o que importa é não esquecer os factos. Nessa data a D. Sandra sempre disposta a colaborar no bem das colec vidades e artes de bem fazer, teve a feliz inicia va de trazer à nossa festa um belo grupo de confrades da gastronomia de Portugal em favor das nossas cada vez mais pobres crianças da África Ocidental. Já estas crianças nham do outra colaboração para a construção de uma escola no Togo, em Asramá, com a inicia va do Sr. P. Mário, nosso pároco, que deixou os missionários e crianças muito gratas e felizes. Então como agora, os mo vos são os mesmos. Agradecer profundamente a todos, mas destacando esta ocasião o grupo dos escuteiros (as) que deram uma simpá ca e alegre colaboração ao evento. A sua recepção, cantando o seu hino, foi um momento muito atrac vo e elogiante para estes jovens com Espírito de serviço.

Muito bem caiu o entoar do hino nacional e merecem, acima de tudo, parabéns sinceros como estes; fi-lo na altura a alguns individualmente, mas ficoume a falta do reconhecimento chegar a todos. Não posso deixar em branco o bom chefe David Pereira Alves de S. Catarina que foi de uma compreensão e abertura singular. A alma do desenvolvimento da acção. Os visitantes saíram muito contentes e com o conhecimento das nossas coisas, sempre a crescer. Ficaram com o nosso B.I. força e coragem no futuro e com a certeza de que quem não vive para servir, não serve para viver. A vida é um serviço. Vivam os escuteiros que o são de alma e coração. Que não metem na gaveta o seu lema. Bem hajam, D. Sandra, Senhor David e o grupo de escutas sempre alerta. Maria Conceição

Tr3vo 3 Deparo-me muitas vezes com várias personalidades em passadas largas, ajeitadas pelo corpo, desfilando na calçada entrando ao som dos sinos no mais exemplo de fé. Mas será mesmo assim? Será exemplo de fé o mais correcto? Esse exemplo de fé é o mais viável para a pureza e não condenação humana? Não será mais proveitoso aqueles que dão o corpo, a alma e a cabeça pelos outros e não vagueando pela calçada, pé ante pé esperando pela ressurreição do corpo? O que mais penso é que saindo desse desfile de fé exista algum resto de palavra, algum gesto, algum sorriso transposto daquela pedra para a sociedade. Aquela palavra ouvida será o início de uma vida nova para o modelo como para a pessoa que o observa de fora. Penso que em muitos dos casos sim. Aquilo

que se passa dentro daquelas quatro paredes passa cá para fora como exemplos de solidariedade, amizade, compreensão, pois também custa a crer que todos aqueles que passam com a sua cruz de dor, magoa, fé ou agradecimento, não levassem nada no seu coração a não ser os golpes de uma caminhada cansa va e resistente. Que seja o desejo que dentro das nossas pedras, no meio de uma calçada também, as pessoas consigam rar o melhor proveito para construir o mundo que cá fora se torne melhor, que nos tornemos melhor. “Que aquilo que ouves, seja para o teu sorriso e para a alegria de outros”.

Leitor iden ficado

Aprender a lidar com a diferença No dia em que recebi a no cia de que o meu filho nha sido ví ma de um acidente, a minha vida mudou completamente. Estava em estado grave no hospital de Santa Maria. Os médicos não lhe davam esperança de vida, nham de o manter em coma. Custoume lidar com a indiferença dos médicos que agiam profissionalmente quando tratavam dele, sendo apenas mais um doente, que no fundo era o meu filho. Naquela unidade do hospital havia muitos doentes, jovens, adultos e idosos. No fundo eu sen a que Deus não me ia abandonar, nha que ter coragem. Agora era apenas eu, os médicos, o meu marido e o meu filho. Foram as três piores semanas da minha vida. Agora digo que valeram a pena, porque finalmente o meu filho acordou. Começava então uma nova etapa da minha vida. A recuperação. No princípio não se sabia como ele iria ficar, nha que o ajudar a fazer tudo. Um movimento, um sorriso ou uma palavra por mais insignificante que fosse para os médicos, era tudo para mim. Comecei a dar mais valor à vida e ao trabalho dos profissionais de saúde que muitas vezes julgamos inconscientemente. Agora que passei por este “inferno”, todos os proble-

mas que nha eram insignificantes. Dando o tratamento hospitalar por terminado, era chegada a hora de iniciar a fisioterapia. O Pedro foi transferido para a Tocha, onde recuperou razoavelmente bem, mas revoltou-se por estar longe de casa. O Pedro ficou com a tudes um pouco mais infan s e com elas ve de aprender a lidar com um filho diferente. Não é fácil assis r a uma mudança desta forma. Fico deprimida. Mas quando olho para o meu filho sinto uma força que nunca pensei que pudesse exis r e quando alguém nos diz: “eu imagino o que estás a sen r”, não faz a mais pequena ideia do que é o sofrimento de uma mãe nesta situação. Tive que organizar a minha vida em função do Pedro e ajudá-lo a integrar-se na sociedade consoante as suas capacidades. Aprendi a viver um dia de cada vez. “Por muito que possamos pensar que estamos preparados. Nunca estamos preparados”.

Olinda Clemente Chaínça

AMIGOS DA

LUZ DA SERRA Com uma nova gestão, torna-se necessário destacar todos os amigos do Jornal. A par r desta data tencionamos publicar aqui todas as ofertas (o pagamento das assinaturas não são publicadas) que chegam à redacção do Jornal. O Jornal agradece. Chegaram os seguintes dona vos ao Jornal:

Diaman no Reis Pereira David Marques Neves

França 10 € França 35 €

Achas que sabes Dançar? O jovem Bruno Marques do Vale Tacão par cipou nas audições do programa da SIC “Achas que sabes dançar?” no passado mês de Abril. O programa passou em horário nobre no dia 2 de Maio. As audições veram lugar no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria onde Bruno Marques não conseguiu passar à fase seguinte com a dança do kuduro.

Incêndio em Vale Maior Na noite de 25 para 26 do passado mês de Abril houve um incêndio no Vale Maior. Segundo apurado, foi um curto-circuito no cilindro de aquecimento de águas que esteve na origem deste incidente na habitação de Maria do Rosário. Alertada pelo la r dos cães, conseguiu sair atempadamente e alertar as en dades de socorro. Ocorreram ao local os bombeiros que ex nguiram imediatamente o incêndio. A proprietária agradece a todos os vizinhos que a ajudaram.

Farmácia com novos horários A Farmácia de Santa Catarina da Serra terá novos horários a par r do próximo dia 1 de Junho. A par r desta data estará aberta de Segunda a Sextafeira das 9h às 20h, Sábados das 9h às 19h e Domingos e feriados das 9h às 13h. Qualquer informação necessária, poderão contactar 244 741 474

Passeio de Pasteleiras Mais de 50 pessoas par ciparam, no dia 25 de Abril, no primeiro passeio de pasteleiras (bicicletas an gas), promovido pelo Clube de Montamora, Fá ma. No evento par cipou Agos nho Vieira, de 66 anos, natural da Loureira, que levou consigo um grupo de colegas que também par lha o gosto pelas bicicletas an gas. O passeio fez-se, sem pressas, ao longo de 10 quilómetros sempre com animação e boa disposição. Agos nho Vieira adepto deste po de passeios, também é coleccionador, tendo já 18 bicicletas an gas.

Passeio pedestre da ASSUL Foi no passado dia 18 de Abril que se realizou um passeio pedestre organizado pela Associação Social do Ulmeiro. O passeio teve inicio às 8h30, no ponto de encontro combinado, na ASSUL, seguindo a trajectória. Os par cipantes caminharam em direcção ao Pavaqueiro, seguindo pelo Pedrome e Vale das Namoradas. Chegando ao Vale da Laje, os par cipantes fizeram uma pausa para comerem a merenda, onde houve bifanas, vinho e águas. Retomando o passeio, os par cipantes dirigiram-se para a Cova Alta, Sobral e Quinta da Sardinha, regressando, depois, à meta inicial. O passeio terminou por volta das 12H30, onde se seguiu de um almoço na Associção do Ulmeiro.

Freguesia invadida por esquilos Segundo a Associação de Caçadores da Serra, a freguesia foi invadida por esquilos em grande número. Anualmente é normal o surgimento desta espécie, mas este ano a quan dade é superior ao normal. Estes animais são proibidos de caçar e não dão prejuizos significavos nas culturas, uma vez que o seu habitat são as florestas recentes existentes na freguesia.


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Semana Santa a caminho Ir ao coração da Igreja de San ago de Vivemos numa correria missão como cristã e como constante e desenfreada, membro de uma comuniCompostela onde não temos tempo nem dade, na qual tenho um

No dia 27 de Março, num grupo de 34 jovens da diocese Leiria-Fá ma, sai de Leiria rumo a Valença de modo a começar a procura da minha própria Fé, numa caminhada de 120 km dividida em 5 etapas (de 6 dias), até chegarmos a San ago de Compostela. Está viagem por vezes foi bastante di cil, com dores de pernas ou bolhas nos pés, mas, apesar de tudo isso, sempre com um sorriso nos lábios por parte de todos nós e ajudando sempre o nosso companheiro de caminhada. De alguma forma, também vemos uma grande ajuda por parte da nossa equipa de apoio, que nos preparava as refeições e tratava das nossas malas nos albergues onde dormíamos. Contudo também nhamos a ajuda espiritual de três magníficos padres que sempre nos acompanharam. Vivendo um pouco a Semana Santa e com um guião nas mãos, reflec ndo as leituras de São Pedro, todos nós percebemos que Deus está sempre connosco e isso foi mostrado em duas importantes etapas da nossa caminhada. No quarto dia, a eucaris a do lava-pés em

Ficha Técnica Jornal Luz da Serra Nº428 - Maio de 2010 Ano XXXVI

ERC 108932 - Depósito Legal Nº 1679/83

que todos nós percebemos que Deus estava ali a lavarnos os pés como pecadores que somos e que caminha sempre ao nosso lado. O outro momento bastante marcante foi a nossa chegada à Catedral, onde pudemos abraçar o túmulo de São Tiago. Mas o mais marcou foi o facto de termos caminhado sempre debaixo de grandes chuvas e no momento da nossa chegada, Deus recebeu-nos de braços abertos com o céu nublado mas sem chuva, de forma que pudessemos entrar mais profundamente naquele espaço de Fé. Portanto, nós com esta vivência percebemos que temos os caminhos de Deus para seguir. Porém o que mais me marcou foram as seguintes palavras “Deus está sempre comigo e precisa de mim mesmo sendo pecadora”. Concluindo, re rei uma grande experiência desta peregrinação, eu não irei abandonar o meu Deus, pois sei que ele também não me abandonará. Inês Neves Loureira

espaço para nada!... Andamos constantemente preocupados com tudo, num frenesim interminável, onde por vezes valorizamos banalidades, que não interessam, e esquecemo-nos do mais importante: do amor que Jesus tem por nós, e do nosso papel como cristãos!... Será que, no meio de toda esta azáfama, já alguma vez nos ques onámos acerca disto?... Afinal, que sen do tem para nós a Igreja?... Como é que vivemos a nossa fé?... A carta do nosso Bispo é um maravilhoso convite a irmos ao encontro da Igreja e do seu coração. Só assim, com os olhos do amor e da fé, é que a poderemos conhecer verdadeiramente. De facto, como é que poderemos amar algo que não conhecemos?... A leitura desta carta fez-me reflec r acerca da minha

papel a desempenhar. Não podemos pensar que a Igreja é só o Pároco, o Bispo, ou o Papa... A Igreja sou eu... és tu... somos todos nós!... É importante que cada um encontre o lugar, tão especial, que Deus lhe reservou no seio da Igreja, e esta carta ajuda-nos nessa maravilhosa descoberta! No terceiro capítulo da sua carta, o nosso Bispo apresenta-nos a Igreja segundo três vertentes, e que podem servir de modelo para a nossa comunidade. Primeiro, apresenta-nos o grupo dos discípulos reunidos em oração no Cenáculo, na companhia de Maria e dos fiéis de Jesus. É um belo exemplo de uma comunidade viva, unida em oração, e com um objec vo em comum: exprimir a sua confiança no Senhor, e abrir o seu coração à Sua palavra e ao Seu chamamento.

Será que nós, à semelhança dos apóstolos e de Maria, temos o nosso coração suficientemente aberto e disponível, para ouvirmos aquilo que o Senhor tem para nos dizer?... Será que sabemos acolher sempre a Sua palavra?... Depois, é-nos apresentado o maravilhoso acontecimento do Pentecostes, em que o Espírito Santo desce sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, mudando para sempre as suas vidas e os seus corações. Por acção do Espírito Santo, todos ouviram falar de Jesus na sua própria língua. Também nós, no dia do nosso Bap smo, recebemos o Espírito Santo e passámos a pertencer à Igreja. É importante que, em Igreja, mantenhamos acesa em nossos corações a chama desse Espírito, que nos dá vida, que nos ajuda a vencer o medo, que nos fortalece e encoraja a seguirmos a nossa caminhada, por vezes

Bullying… Maldade/... é o que é! Hoje em dia, ouve-se falar muito nesta primeira palavra. Lemos e ouvimos diariamente esta palavra “inglesada”, que mais não é do que uma maneira de fazer sofrer alguém. Maldade não é a tradução à letra, mas quem já foi ou é alvo dessa acção sofre na pele, no corpo e na mente essa maldade. Sim é uma maldade. Nada se faz. Mesmo com suicídios pelo meio. Porque … quando a pessoa já não consegue aguentar mais e até sabe porque razão lho fazem, o caminho mais fácil que encontra é o suicídio. Não é só nas escolas que se

pra ca essa maldade. Nas empresas também se usa. É a arma que patrões usam para atacar funcionários, para que sejam eles a sair do emprego sem custos. Nos lares, onde os maridos usam e abusam das esposas. Não é só a agressão sica que dói. Essa até passa. A agressão mental é a que leva ao fim, ao suicídio. Maridos, companheiros que fazem tudo para que todas as janelas e portas se fechem ao redor delas. Sem dinheiro, sem oportunidade para o ganhar e ainda fazem cerco a quem quer ajudar. Isto Bullying. É cortar a vontade e a própria vida a pes-

soas humanas. Estamos em tempo de reflexão e consciência. A Páscoa é a meta do percurso de um verdadeiro cristão. Ser cristão não é só ir à missa e colocar no ces nho uma esmola grande. É perdoar, amar e viver a vida sem prejudicar o nosso próximo, o nosso vizinho, o nosso parceiro. Uma Santa Páscoa para todos os reconciliados. Os outros, que Deus tome conta deles (as). Isabel Gameiro

tão dura e tão árdua! Por úl mo, fala-nos da comunidade fraterna. Por acção do Espírito Santo, as primeiras comunidades cristãs passaram a juntar-se para, em comunidade, viverem e alimentarem a sua fé: reuniam-se para ouvir a palavra dos Apóstolos, par lhavam os seus bens entre si e uniam-se para orar e celebrar a Eucaris a. E como é que cada um de nós vive e manifesta a sua fé em comunidade? O nosso Bispo faz-nos um convite à oração comunitária, através da Eucaris a, que é um importante alimento para a nossa vida, como cristãos e filhos de Deus. Que esta carta ajude cada um de nós a encarar a Igreja como mistério de comunhão e de amor... Só com este olhar podemos desfrutar verdadeiramente da beleza e da alegria de sermos e de nos sen rmos Igreja! Célia Ferreira

Quer expressar a sua opinião neste espaço? Envie-nos a o seu comentário até ao final de cada mês por email: luzdaserra@sapo.pt ou entregue na redacção ( ForSerra - Edi cio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra ) Nota: Os textos deverão ter no máx. 2000 caracteres e deverão chegar à redacção devidamente iden ficados com nome, morada e contacto do autor, mesmo que a publicação se pretenda anónima.

Propriedade Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra - Administração e Edição ForSerra - Associação de Desenvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra - forserra@gmail.com - www.forserra.com - Fundador Pe. Joaquim Carreira Faria - Director Pe. Mário Almeida Verdasca - Contacto: (00351) 244 741 197 - Redacção e Composição Miguel Marques - Colaboradores Fernando Valente, Virgílio Gordo, Vasco Silva, Marco Santos, Hélio Alves, Pe. Serafim Marques, Prof. António Oliveira e Isaque Pereira (ass. clínica geral), Liliana Vieira (Psicóloga) - Contactos Telefone (00351) 244 744 616 | Fax (00351 ) 244 741 534 Correio electrónico luzdaserra.forserra@gmail.com - Impressão Coraze - Oliveira de Azemeis - Tiragem 1700 Exemplares - Periocidade Mensal - Preço de assinatura: 10 Euros - Con nente e Ilhas | 15 Euros - Europa | 20 Euros - Resto do Mundo Pagamento de Assinaturas: ForSerra (edificio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra) NIB:5180.0010.00000921394.45 | IBAN PT50 5180 0010 0000 0921 3944 5 BIC/SWIFT CODE:CDCTPTP2 - Banco: Caixa de Crédito Agricola Mutuo de Leiria


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Jovens preparam missão para Angola Somos três jovens de Santa Catarina da Serra que, há já algum tempo, encorajados pela amizade e fé que nos une, desejávamos par r em missão para algum sí o em que o nosso trabalho e presença pudessem fazer sorrir quem tão poucos mo vos têm para tal. Assim, já quase no final do ano passado, começámos a procurar organizações ou ordens religiosas que nos permi ssem inserirmo-nos num projecto recto e concreto, tarefa não muito fácil por só termos disponibilidade nas férias de Verão. Ao fim de muita insistência vemos conhecimento do projecto Missão Angola que tem vindo a realizar-se há já alguns anos a cargo das Irmãs Doroteias, seguidoras dos ideais de Santa Paula Frassine que dedicou a sua vida à evangelização, através da educação, com preferência pelos jovens e pelos mais pobres. Estas irmãs, presentes em cerca de 17 países de todo o Mundo, estão também instaladas há já vários anos em África, onde têm escolas, lares e toda uma comunidade educa va já organizada e na qual se inserem os voluntários que partem em

missão. Ao longo destes meses, num grupo total de 15 jovens de todo o País, temos vindo a preparar-nos com formações de relações humanas, afectos e desejos, questões espirituais, encontros de oração, entre outras ac vidades, para que também nós estejamos aptos a viver e a trabalhar nesta mesma comunidade. Em campo, mais propriamente na cidade de Benguela e nalguns bairros da periferia, pretendemos dar formação a professores nas áreas do Português, Matemá ca e Informá ca, de forma que também eles saibam passar os seus conhecimentos do modo mais adequado a cada faixa etária com que trabalham, organizar debates acerca dos mais variados temas juvenis ainda tão pouco abordados nos seus meios e, por fim, dar auxílio num lar de idosos que, no seu dia-a-dia, se vêem tão longe da alegria e entusiasmo que todos nós par lhamos. Para tal, nesta altura do campeonato, deparamo-nos com a mais di cil das tarefas: a angariação de fundos que são necessários para as

Passeio Pedestre Casa do Povo

viagens, alimentação e materiais, a qual prevemos que ronde os 25.000€. Andrea, Vera e Valdo

Almoço de Angariação de Fundos Entre as várias acções que temos vindo a realizar, até agora com principal incidência na zona de Coimbra e Lisboa, está um almoço já no próximo dia 23 de Maio, às 13 horas, no restaurante do campo de futebol da UDS ao qual convidamos todos a par cipar para que este sonho se torne uma conquista. Para aquisição de bilhetes ou qualquer informação adicional: 912 198 488

ForSerra prepara site da Freguesia A ForSerra em conjunto com a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra estão a preparar o site da freguesia que ficará alojado no sí o www.santacatarinadaserra.com. Este site é já uma necessidade dos tempos actuais e uma mais-valia para a freguesia. Actualmente estão a ser preparados conteúdos

de todas as áreas e vertentes da freguesia que vão desde a cultura, associa vismo, infra-estruturas não esquecendo o fes val “O Chícharo da Serra”, autarquia e cada lugar da freguesia. Neste site haverá também lugar ao arquivo histórico da freguesia. Reunido pela ForSerra, tratamse de fotografias, revistas e

publicações de outros tempos como é o caso da revista “Voz da Serra”. A sua apresentação está prevista para o próximo dia 23 de Junho no auditório da freguesia de Santa Catarina da Serra, pelas 21h.

A Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, cumprindo o plano de ac vidades para este ano de 2010, realizou mais um passeio pedestre no passado dia 25 de Abril. Este que contou com cerca de 60 caminhantes. O dia prome a até porque não havia promessa de chuva, o que se veio a confirmar com um dia bastante quente para a época. Mais uma vez e à semelhança do ano passado, este percurso foi realizado fora da nossa freguesia. Tentámos valorizar o conhecimento dos lugares limítrofes da nossa região, com paisagens desconhecidas da maioria das pessoas par cipantes. O percurso do Casal Farto, foi o escolhido desta vez. Era um percurso de dificuldade média com previsão de execução de cerca de 4 horas, mas liderados por um mestre de caminhadas já habituado às andanças dos

escuteiros. Ao fim de três horas já todos estávamos na úl ma etapa. Foram 13Km a andar e, por vezes nhamos que esperar pelos mais lentos, mas todos chegamos ao fim cansados, ainda que renovados e com vontade de bisar. As fotos, já online no site da Casa do Povo - www.vivavoz.eu -, atestam a beleza da paisagem e a sa sfação dos caminhantes. Já no final, no parque de merendas junto

ao parque eólico, os grelhadores já ardiam para que o estômago fosse compensado por todo aquele esforço. Depois do almoço e de um breve descanso, ainda houve tempo para passar no bar do Joaquim Bento, onde uma ginja da sua autoria aqueceu a garganta a todos. Para o ano fica a promessa de explorarmos, desta vez, os caminhos da nossa freguesia.

ForSerra pomove formação e processo RVCC A ForSerra con nua a promover e a realizar formações e processos RVCC em parceria com a Escola Profissional de Leiria e a Escola Profissional do Sicó. Todas as formações são realizadas na freguesia de Santa Catarina da Serra. Pode inscrever-se pela internet no site www.forserra.com ou obter mais informações pelo telemóvel 917 480 995. Estas formações abrangem actualmente aproximadamente meia centena de pessoas que frequentam, e aproximadamente duas dezenas que já viu os seus conhecimentos cer ficados através do processo RVCC.

Processo RVCC Obtenha a equivalência ao 6º, 9º e 12º ano de escolaridade com o que aprendeu ao longo da vida.

Formações Modulares - Nível II Para pessoas com o mínimo de 6º ano Electrónica - Corrente Con nua - Iniciação - 50H horas Electrónica - Automa smos e Autómato programáveis - 50 Horas Informá ca - Processador de texto - 50 Horas Informá ca - Evolução - 25 Horas Informá ca - Folha de Cálculo - 50 Horas Informá ca - Sistema de Gestão de Base de Dados - 50 Horas Matemá ca para a Vida - 50 Horas

Formações Modulares - Formação Nível III Para pessoas com o mínimo de 9º ano Contabilidade - IVA - 50 Horas Contabilidade - IRS - 25 Horas Contabilidade - IRC - 50 Horas Recursos Humanos - Vencimentos - 25 Horas Línguas - Inglês Iniciação - 50 Horas Línguas - Inglês Con nuação - 50 Horas pub


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Animação no Canto dos Santos BEM-VINDOS! Foi assim que os moradores do Canto dos Santos receberam todos quantos por ali passaram durante os dias 16, 17 e 18 de Abril. Numa rua especialmente engalanada, sem carros e, a certas horas, cheia de gente, na sua maioria, ves da com traje an go, foi realmente um cenário único e maravilhoso, apesar de alguma chuva que, não tendo sido convidada, fez questão de aparecer. No dia 16, à noite, houve uma linda procissão das velas, muito concorrida, a que se seguiu um jantar de confraternização, preparado e servido pelas briosas e briosos habitantes do Canto dos Santos. Nos dias seguintes, num regresso ao passado, dançouse na eira do Pereira ao som dos tambores e das concer nas; beberam-se uns copos no alpendre do José Santo e os almoços e os jantares foram no alpendre do Manuel e da Celeste. O pá o do José Pereira guardou e expôs as alfaias agrícolas. Foram muitas horas, dias, semanas e alguns meses de trabalho realizado generosamente, por homens e mulheres, num verdadeiro espírito de união e entreajuda. O resultado ali estava: ruas limpas e engalanadas por milhares e milhares de flores. Lá em cima, estava a tabanca da Ginjinha que o Francisco Fartaria preparou.

Depois, vinha a exposição das rendas e dos bordados em casa da Maria Oliveira. Do outro lado da rua, podia visitar-se a exposição de fotografias an gas naquela que fora a casa do José da Viúva. Mais abaixo, ficava a quermesse para quem quis arriscar a sorte. Os Gaiteiros do Vidigal percorreram a aldeia, chamando o povo e andaram rua a baixo rua acima. As tardes e as noites de Sábado e de Domingo foram bem animadas pela música do Jorge, pelo Grupo de Concer nas da Caranguejeira, pelo Grupo de Concer nas da Conceição e pelos talentos promissores do Rodrigo, do Bruno e do Eduardo, assim como do Leandro, da Samanta e da Cris ana. No Domingo à noite, ouviram-se algumas engraçadas “pantominas” de gosto aldeão e umas salpicadas quadras que andaram de porta em porta para fazer a entrega do tal “chouriço” que ninguém queria. Estão de parabéns todos os moradores e todas as moradoras do Canto dos Santos que tão bons momentos proporcionaram às gentes da nossa terra e a muitos forasteiros. Ao José Carreira e à Fá ma, primeiros responsáveis da organização, aqui ficam também os merecidos parabéns.

As Comemorações dos 400 anos da Loureira andam agora de canto em canto. Primeiro, foi o Canto dos Santos; depois, foi o Canto dos Caetanos. A seguir, será o Canto do Termo de Leiria. A julgar pela animação de que hoje se dá conta, as Comemorações vão de vento em popa … e recomendam-se.

Animação no Canto dos Caetanos FOI UM FIM-DE-SEMANA INESQUECÍVEL! Depois de semanas e semanas de preparação intensiva com o levantamento das floreiras à entrada das ruas que servem o Canto dos Caetanos, com a preparação do Largo do Ma nho, consumidos vários rolos de plás co colorido com que se fizeram mais de 20.000 flores em tons de verde e branco vermelho e amarelo, colocadas nos muros de todas as ruas e nas paredes das casas, chegou o jantar-convívio da Sexta-feira, dia 7 de Maio. Ficou, desde logo provado que o povo da Loureira iria aderir em massa como acontecera no Canto dos Santos. No Sábado à tarde, teve lugar o primeiro grande desfile que simulava o an go regresso dos campos, o regresso da Charneca. À car-

rada de mato, bem feita e nada “pensa”, sobre o carro volante, puxado pelas vacas, juntaram-se mais de uma centena de figurantes ves dos à moda an ga. Feixes de erva à cabeça, cestos de favas no braço, molho de cascas de eucalipto para a fogueira, vassouras de moita para varrer a eira, baraços de feno para atar o pasto, máquina de sulfatar e “trupilha” de enxofrar, etc., etc., tudo concorreu para emprestar ao evento uma originalidade jamais vista na Rua da Floresta. No Domingo e com mais aprumo se realizou um segundo e mais concorrido desfile para gáudio dos espectadores e admiração das autoridades autárquicas que nos visitaram. Destes e de muitos outros mo vos dão conta as fotos e os vídeos que se fizeram para memória futura. Ao

meio dia e à noite, no Restaurante improvisado à entrada da Rua do Outeiro Figueiras, não houve mãos a medir para servir tantos e tão felizes convivas da terra e de fora. No Sábado e no Domingo foi grande a animação das ruas. Pelo palco improvisado junto à casa do Mário e do moinho por ele posto em movimento passou também o grupo de Cavaquinhos da Moita Redonda que animou a festa e ajudou ao pezinho de dança. Também foi concorrido o alpendre da Ginja saborosa e muito visitada foi a sala das Recordações fotográficas instalada na casa da Maria Moleira. Ao Canto dos Caetanos havia sido pedido uma mostra de carros de bois que outrora ali se fizeram em abundância nas carpintarias do João e do António Cae-

tano. Foi assim que se pode visitar com muito apreço essa mostra e em par cular a mostra de tantas e tão variadas ferramentas u lizadas pelos carpinteiros de antanho. O Anastácio caprichou na preparação da casa do avô Manuel Simão, onde se pôde ver para além da exposição dos carros e das ferramentas, uma casa posta à moda an ga, o forno do pão, o lagar do vinho e os currais do gado. Aqui ficam, pois, os parabéns aos moradores do grande Canto que se estende do Outeiro Figueiras até à Barrada. Foi bem visível, em todos, o contentamento pelo muito sucesso do evento. Honra seja feita a todos, sem esquecer os primeiros responsáveis que foram o Mário Neves e a Virgínia Gonçalves. pub


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Festa em honra de Santa Catarina Padre Borga cantou e encantou na Chaínça Padroeira da nossa Paróquia

Mês de Maio, mês de Maria. A Paróquia de Santa Catarina da Serra iniciou este mês, honrando a sua Padroeira. Esta festa, organizada pelas mulheres e homens de 50 anos, teve o seu início na Quinta-Feira, com as confissões, e terminou na Segunda-Feira, dia 3 de Maio, com a Eucaris a e uma homenagem no cemitério aos nascidos em 1960. No Sábado, após a missa vesper na, foi aberta a quermesse e o bar. O jovem músico da freguesia, Isidro Alves, animou a noite. No Domingo, dia 2 de Maio, foi o momento forte da festa. Para enriquecê-la ainda mais, celebrou-se também o Dia da Mãe. Na Eucaris a, na altura do ofertório, foram apresentados alguns símbolos como oferta do melhor que há em cada um, que são os dons que Deus depositou no coração de todos ao longo destes cinquenta anos de caminhada. Uma caminhada de cansaço, de projectos, sonhos e conquistas. Uma caminhada por vezes di cil, mas iluminada pela Palavra

de Deus e olhada com a ternura de Maria, a Mãe que ama e acolhe a todos com amor. Foram levados, assim ao altar, a vela, a Bíblia, o terço, um relógio, um jolo, um coração e as ofertas, símbolos da solidariedade da comunidade cristã. Na Acção de Graças, voltados para o olhar carinhoso e atento de Nossa Senhora, foi rezada uma bela oração a Maria e foi oferecida uma flor às mães presentes na celebração. A tarde foi vivida num clima de alegria e também de par lha. Venderam-se os andores e foi oferecido um lanche a todos os presentes. À noite houve ainda a oportunidade de ouvir um duo musical jovem, vindo de Óbidos. Realizou-se também o sorteio. Apesar de, na paróquia haver um grupo razoável (mais de cem) que nasceu em 1960, foram poucos (cerca de cinquenta) aqueles que decidiram colaborar e par cipar nesta festa, organizada com simplicidade, mas também com muito amor. Contudo, os que par ciparam gostaram muito.

Um obrigado a todos e, de um modo muito par cular, àqueles que vieram de longe.

Resultado do Sorteio: 1º Premio - 1 Carneiro Nº4482 – António José – Vila Viçosa 2º Prémio – 1 Cabrito Nº154 – (não iden ficado) 3º Prémio – 1 Galo Nº1191 – António Pinto – Lomba D’égua 4 Prémio – Surpresa Nº4891 – Ezequiel Mateus – Cova Alta

A Comissão de Festas dá como data limite de reclamação dos prémios o dia 18 de Junho de 2010. Após essa data, a comissão reserva-se ao direito de se apropriar do prémio.

A comunidade de Chaínça reuniu-se no passado dia 25 de Abril para a assis r àquele que é provavelmente o espectáculo do ano de 2010. A direcção da Associação promoveu um espectáculo para os associados e para toda a comunidade, convidando para actuação o cantor Padre José Luís Borga. O convite estava feito para o almoço e para assis r ao espectáculo com o Padre Cantor. Mais de duas centenas de pessoas es veram presentes no auditório da Associação, onde puderam ouvir temas bem conhecidos do autor como “põem tua mão” entre muitos outros. Foi uma tarde de boa disposição e convívio com mais de 2 horas de música e de pequenas histórias. O intervalo foi marcado pela homenagem e entrega simbólica de uma pequena lembrança a todos os an gos presidentes da associação, foram eles:

Maria Luísa dos Santos presidente nos anos de 1975, 1980, 1983 e 1984; Jaime Ferreira Jacinto, nos anos de 1976, 1977 e 1990; José Rodrigues Jacinto, em 1978 e 1979; Ezequiel António Marques nos anos de 1981 e 1982; Francisco Rito, de 1985 a 1989: José Augusto Filipe Costa Santos, nos anos 1991, 1992, 1995, 1996 e 1997; José Jesus Carreira em 1993 e 1994; Eugénio Vieira Pires nos anos 1998 e 1999; Ramiro Carreira das Neves do ano 2000 a 2007; José

Henriques Nunes Ferreira no ano de 2008; e Francisco Fetal Pires de 2008 a 2010. Foram estas as pessoas homenageadas pela actual direcção, que de uma forma simbólica foram lembradas pelo esforço e envolvência da associação promocional da Chaínça, não deixando de agradecer também a todos aqueles que acompanharam os presidentes e a todos os sócios e não-sócios que de uma forma geral contribuíram para o seu desenvolvimento.

Freguesias presentes na Feira de Maio 2010 Santa Catarina da Serra está presente, uma vez mais, na Feira de Maio na cidade do Lis. Esta presença con nua foi assegurada pelas associações da freguesia, que, uma vez mais, se organizaram e se repar ram na abertura ao público do espaço. Pela primeira vez presente na Feira de Maio esteve a freguesia de Chaínça. Apresentou um novo projecto designado por: “Século XXI, Sonho, Projecto Intergeracional”. Este é um projecto que tem por fim dar resposta às várias problemá cas vividas e sen das na freguesia, como isolamento social, número elevado de doentes, crianças com necessidades educa vas especiais de com um Centro de Dia, aberto a todos os que sentem necessidade de apoio, com funcionamento todos os dias, diurno e nocturno.

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Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra

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Semana da Leitura para todos Decorreu de 17 a 24 de Abril a "Semana da Leitura para Todos", uma inicia va conjunta das bibliotecas escolares do concelho, da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira e da Câmara Municipal de Leiria. Um conjunto alargado de bibliotecas de Leiria juntou-se e preparou um intenso programa para que pessoas de todas as faixas etárias, de crianças a idosos, passando por pessoas com necessidades especiais, leiam. O programa incluiu teatro, histórias infan s, drama zação de lengalengas, recitação de poesia, hora do conto. O nosso agrupa-

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Campeã distrital de Corta-Mato

mento par cipou nesta inicia va tendo o professor bibliotecário Luís David apresentado no Agrupamento da Caranguejeira a história do Pato Patareco de Daniel Adalberto. As crianças do jardim de infância de Santa Catarina 1 e 2 assis ram à peça O Capuchinho Vermelho, na biblioteca municipal. Por outro lado, a nossa escola recebeu a professora Helena Silva, do Agrupamento de Escolas da Maceira, que apresentou aos mais novos, no auditório, duas histórias que prenderam a atenção dos nossos alunos.

A aluna Carolina Oliveira, do 9ºB, este ano lec vo tem do uma excelente performance despor va. Par cipou em oito provas e consagrou-se campeã distrital de corta-mato escolar. A escola atribui-lhe um voto de louvor pelo seu desempenho nos úl mos anos nas provas de corta-mato escolar, representando assim a escola ao mais alto nível. É atleta do Clube da Juventude Vidigalense, onde treina 1 a 2 vezes por semana. No entanto, ao fimde-semana, em casa, também faz os seus treinos. Gosta de pra car atle smo, ler, ouvir música, jogar com-

putador e conviver com os amigos. Consegue conciliar os estudos com a sua ac vidade despor va, alcançando por isso excelentes resultados despor vos e bons resultados escolares. Ques onada sobre as causas do seu sucesso, referiu o «gosto de pra car atle smo e o treino semanal; quem quiser seguir o atle smo tem que ter muita força de vontade e trabalhar muito.» Parabéns, e felicidades despor vas e académicas!

Concurso literário “ Momentos de Poesia”

I Encontro de An gos alunos da EBI de Santa Catarina da Serra

No âmbito da “Semana da Leitura”, e com objec vo de mo var os alunos do 3º ciclo para a escrita e criação

Decorreu no dia 3 de Abril, no Auditório da Escola Básica e Integrada de Santa Catarina da Serra, o I Encontro dos An gos alunos deste Agrupamento, para o qual

poé ca, a biblioteca escolar promoveu um concurso de poesia in tulado “Momentos de Poesia”. Foram apre-

sentados 35 trabalhos, subordinados a diversas temá cas propostas. Foram premiadas, com livros, as alunas Daniela Santos, do 8ºB e Samanta Ba sta, do 8ºA.

também foram convidados os alunos do 9º ano e respec vos pais/encarregados de educação. Para além do convívio, foi objec vo deste encontro promover o diá-

logo e a troca de experiências escolares e profissionais entre os alunos.

O nosso agrupamento na Internet QUEM ME DERA … Quem me dera ser livre, livre e poder voar, e viver o sonho de um dia te poder encontrar.

AMOR para sempre No meio de tudo e de todos, só tu brilhas, só tu me dás forças para lutar. Mas nunca estás presente e o meu maior presente era ter-te aqui. Quantas vezes sozinha, me lembro de , quando me dizias coisas, que até hoje as ouço. Tempos e tempos, lá vão, mas todo o tempo que foi, acredito que não

foi em vão. És e sempre serás do meu sangue. Meu desejo era ter-te aqui, perto de mim. No meio dos impossíveis, vejo num quarto escuro, as memórias de um dia te voltar a ver. O que sinto é Amor, um amor tão forte que jamais deixarei morrer. Daniela Santos, 8ºB

Quem me dera sorrir sempre e não chorar, nunca te men r e eternamente te amar. Quem me dera murmurar com o vento ou gritar com o sol. Quem me dera fugir ao relento e ficar presa no teu anzol. Quem me dera cantar, depois dançar, e a seguir triunfar, alcançar a paz, sen r e pensar que tu vais ser capaz. Samanta, 8ºA

O Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra tem um novo endereço electrónico: h p://aejs.ccems.pt . Neste novo site, o agrupamento dá a conhecer à comunidade educa va as ac vidades realizadas, os projectos desenvolvidos, as ofertas educa vas. Estão também

disponíveis documentos inerentes à vida escolar tais como o projecto educa vo do agrupamento, o projecto curricular de escola, o plano anual de ac vidades, os critérios de avaliação. Os pais/encarregados de educação poderão também consultar as ementas da es-

cola, os horários de atendimento dos directores de turma, o quadro de honra, informações sobre exames nacionais, etc.

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Associação dos Amigos da Secção de Bombeiros do Sul do Concelho de Leiria No mês em que se realizou o segundo “Cortejo de Oferendas e Dona vos” a favor desta Associação, na qual par ciparam, de forma ac va, as quatro freguesias, uma referência apenas para o que decorreu em Abril. Concretamente a excursão ao teatro Politeama, em Lis-

boa, para visualizar a grande comédia. “A Gaiola das Loucas”, cujo resultado em termos de angariação de fundos, foi de 1700 euros. Para além de ter sido uma jornada diferente de tantas outras, foi sobretudo uma tarde/noite de muito convívio, alegria e boa disposição.

Obrigado a todos os que ajudaram com a sua presença, a que esta inicia va tenha sido mais um êxito.

Cortejo de Oferendas Rela vamente a esta forma de manifestar a união entre a Associação/Freguesias e Bombeiros, as palavras que vos quero transmi r, são de grande regozijo por parte da Direcção/Bombeiros e de todos os que es veram neste evento, que normalmente se realiza de dois em dois anos em muitas das Associações de Bombeiros por esse País fora. Pessoalmente, desde que assumi este cargo nada fácil, mas enormemente gra ficante, pouco ou nada tenho a lamentar em termos de apoios. Quer da população, quer das empresas que coabitam esta vasta região (4 freguesias) em que estamos inseridos. É verdade que podemos fazer sempre um pouco mais, mas seria ingra dão da minha parte e das equipas que ao longo destes seis anos me têm acompanhado, se após mais uma manifestação, como aquela que muitos de nós deram na tarde do úl mo domingo dia 9, nos viéssemos las mar. Não! Antes pelo contrário. Obrigado a todos e foram muitas as centenas que passaram pelos Cardosos. Sem a vossa ajuda, não seria possível erguer as obras do novo quartel no patamar em que se encontram. Quando a direcção se pro-

pôs realizar este cortejo, foi decidido fazer um “Porta a porta” a sério. Felizmente não nos enganámos. Sempre percebemos de que a população sempre tem estado connosco ao longo dos anos. Primeiro na freguesia de Santa Catarina, agora nas restantes três freguesias que também elas anseiam pelo novo quartel. Face aos números até agora contabilizados, pois os defini vos só no próximo mês serão tornados públicos, pudemos afirmar alto e bom som que valeu a pena. Sei e percebo que tanto eu próprio como a maioria dos que me acompanham na direcção e nos respec vos núcleos, estamos algo cansados de tanta luta e labuta. Mas perante esta realidade, só temos de con nuar disponíveis para que o tão ambicionado e necessário quartel de Bombeiros seja uma realidade até ao final deste ano civil. Que por acaso coincide com as eleições dos órgãos sociais para o próximo triénio, 2011/2013. Acredito, acreditamos, podeis acreditar que é isso que vai acontecer. Só se as en dades do Estado nos virar as costas até lá. Aqui ficam os números do Cortejo, apurados até agora e por freguesia:

Santa Catarina da Serra – Porta a porta: 11.000 euros. Caranguejeira – 8.700 euros. Arrabal – 6.000 euros. Chainça – 3.000 euros. Total: 28.700 euros. Santa Catarina – Dona vos empresas: 8500 euros, madeira e diversos materiais de construção. Restantes freguesias – Madeira e diversos materiais de construção. Leilão das oferendas e comes e bebes – cerca de 4.000 euros. No próximo mês, publicarei as contas mais em pormenor. Obrigado a todos, sem excepção. A Direcção da Associação de Bombeiros vai estar representada nos Estados Unidos num almoço de angariação de fundos, promovido por um grupo de emigrantes naturais da nossa freguesia. Esse almoço/convívio, realiza-se neste Domingo dia 23. Vão estar presentes, o presidente da direcção, o vice do Arrabal, o presidente do Conselho Fiscal da Associação e o Adjunto de Comando, chefe da Secção, representando os Bombeiros. Virgílio Gordo

IC 9 – VISTORIAS ÁS HABITAÇÕES Informa-se a população que está em curso uma operação de vistoria técnica ás habitações e outras edificações existentes na chamada zona de risco da obra IC9. A operação está a cargo da empresa OTERIN PORTUGAL e o responsável é o arquitecto RUI COSTA tel. 936576418. Os proprietários serão contactados directamente pelos técnicos. 2ª CORRIDA “VENCER O CANCRO” A Associação Humanitária dos Doentes com Cancro organiza a 2ª corrida “vencer o cancro” a realizar no Parque das Nações no próximo dia 13 de Junho ás 10H30. É uma corrida solidária, não compe va, de âmbito nacional e aberta a toda a população. Pretende sensibilizar para a problemá ca da doença e angariar fundos. XVII ENCONTRO NACIONAL DE COMBATENTES - 2010 Cerimonia nacional no próximo dia 10 de Junho, dia de Portugal, junto ao monumento dos Combatentes do Ultramar, em Belém, Lisboa. O programa está afixado na vitrina da Junta de fregue-

sia. Para informações adicionais contacte a Comissão Execu va (937026693). SESSÃO DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO Decorreu no passado dia 15 de Maio, no auditório, uma sessão de esclarecimento público sobre protecção civil e contra incêndios, segurança, poços e linhas de água. Como oradores es veram presentes o Comandante Almeida Lopes (Bombeiros voluntários) e Engº Caravela da ARH – Centro. Foram bastantes os presentes que veram ali a oportunidade de esclarecimento e de rar dúvidas. LIMPAR LEIRIA, 5 DE JUNHO A nossa freguesia associouse á inicia va da Câmara Municipal “Limpar Leiria”, uma acção de limpeza de lixeiras que terá lugar no dia mundial do ambiente (5 de Junho), sábado. A concentração de voluntários será ás 08H30 em frente ao salão paroquial de Santa Catarina da Serra. Lanche convívio no parque de merendas de Vale Maior pelas 12H30. A acção tanto abrange áreas publicas como privadas desde que não vedadas. Apelamos á compreensão, colaboração e envolvimento

dos cidadãos. Inscreva-se na secretaria da Junta de Freguesia ou em www.forserra.com REUNIÃO PÚBLICA A Junta de Freguesia Informa que vai realizar no póximo sábado dia 29 de Maio, pelas 18h, uma reunião pública no lugar de Cercal (Rossio) junto da casa do Sr. António Domingos Marques, (Borralho). Assuntos: - Discussão sobre a parcela de terreno público no lugar; - Outros Assuntos; Convida-se a população a aparecer.

VACINAÇÃO E CHIP DE CANÍDEOS Estará um veterinário da Câmara Municipal de Leiria presente nos seguintes locais para vacinação e controlo de canídeos: 7 Junho 10h - Santa Catarina Serra 11h - Quinta da Sardinha 14h - Loureira 30 Junho 14h30 - Vale Sumo 16h - Sobral

Bênção do novo cemitério de Santa Catarina da Serra Estão concluídas as obras de ampliação do cemitério de Santa Catarina da Serra. No próximo dia 13 de Junho, às 15H00, o nosso pároco procede à bênção, pelo que se convida a população a assis r á cerimónia. Lanche convívio no parque de merendas de Vale Maior; organização da população local. pub


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Paróquia Peregrina Paróquia em viagem a Israel Tivemos a felicidade de poder par lhar com outros 52 membros da nossa comunidade paroquial, uma enriquecedora e inesquecível peregrinação aos Lugares Santos de que ouvimos falar desde os primeiros passos na catequese e, é nessa qualidade que sen mos a obrigação, e até o dever, de estender essa par lha aos que, educados na mesma fé, gostariam de realizar o que pensamos ser o sonho natural de todo o Cristão: Percorrer os caminhos de Jesus. O conjunto diversificado de pessoas que se juntou à par da, rapidamente se transformou num grupo coeso, solidário e homogéneo, par lhando a mesma ansiedade, igual expecta va e disponibilidade para colaborar com a organização que, deve dizer-se, foi exemplar e merecedora dos maiores elogios. Foram 8 dias muito intensos de história e emoção, com uma viagem longa, centenas de kms percorridos em Israel e muitas dezenas de visitas a locais sagrados para nós Cristãos, e a outros par cularmente queridos para os judeus, como o Museu do Holocausto; arrepia qualquer coração, o memorial aos milhares de crianças mortas pelos nazis, apenas pelo “crime” de nascer judia, oferecido por um dos pais sobrevivente. Contactamos com a cultura e com a ac vidade civil e económica de um país evoluído onde se respira organização e segurança e, depois das festarolas e improvisos próprios de quem se quer diver r, ainda vemos alguns momentos para descansar. Tudo isto dominado por três palavras-chave que foram certamente as mais pronunciadas em toda a viagem: Mistério, Amor e Família. O Mistério da fé, porque é aí que está o sen do dos Locais Bíblicos que visitámos, aceitando-os como a materialização e prova da doutrina que nos foi ensinada. Percorrendo a rota dos locais Sagrados, desde as casas de Maria e José, o local da anunciação, as deslocações da Sagrada Família a Jerusalém, a gruta do nascimento de Jesus, os locais mais significa vos da missão com os Apóstolos e dos milagres, a entrada triunfal em Jerusalém e todos os passos da condenação, morte, ressurrei-

“O Chícharo da Serra” é marca nacional O Fes val “O Chícharo da Serra” é agora uma marca nacional. Com um processo com a duração de mais 4 meses, foi aprovado no passado dia 14 de Maio, em publicação do Ins tuto de Registo Propriedade Industrial A ForSerra registou o grafismo do evento e o nome como marca nacional, protegendo assim o evento e

ção e ascensão; fica mais reforçada a fé na veracidade e no Mistério dos evangelhos. Faz todo o sen do ver para além das igrejas, das grutas, das basílicas e das outras construções, que transformaram o que há 2000 anos era a terra prome da onde viveu Jesus, e sen r a carga emocional que ainda hoje se respira no Monte das Oliveiras, no mar da Galileia, no mar Morto, no rio Jordão, em Caná, em Nazaré e em toda a cidade velha de Jerusalém, incluindo o Muro das Lamentações, apesar do fundamentalismo judeu que pesa no local. O amor na diferença, peça chave no relacionamento entre todos os povos, está nega vamente espelhado nos constantes conflitos que a história relata dessa região. Desde a perseguição dos Judeus através dos tempos, que ainda prossegue nos nossos dias, como confirma o recente muro construído na fronteira de Israel, passando pelas várias destruições e reconstruções de Jerusalém, impondo cada ocupante o seu cunho próprio, e de outra cidades históricas como Cesareia do Mar e Kafarnaum, que também vemos oportunidade de visitar. A disputa e a par lha dos mesmos Locais por Cristãos, Ortodoxos e Judeus, que existe de facto, è um exemplo do que deve ser a tolerância e o respeito pelas diferenças.

A Família como célula base de qualquer sociedade em qualquer das suas vertentes. Para nós “Grupo Catarina” (era assim que se iden ficava), funcionou desde o primeiro dia com as caracterís cas das melhores famílias, a tal ponto que o guia local, um judeu Argen no, ao segundo dia já não chamava o grupo mas sim a “Família”. Como em todas as famílias, também esta tem o seu líder, que esteve sempre á altura dessa responsabilidade, superando as melhores expecta vas, com o respeito, a dinâmica e a humildade que culminou com a renovação do seu próprio bap smo por um dos seus paroquianos; Parabéns Pe. Mário Verdasca. Referências a famílias históricas e aos seus locais de residência foram muitas desde o rei Davi, de Lazaro, de Marta, de Maria, de José, até aos Apóstolos, com descrições das suas caracterís cas e modos de vida. Este é necessariamente um resumo, muito resumido, do que foram alguns passos mais objec vos desta viagem, que cada um sen u à sua maneira e de acordo com as convicções doutrinais, mais ou menos sólidas, que possui. Tantos locais, tanta informação, imensas histórias foram para alguns a confusão que ainda organizam, e para outros, a “cereja em cima do bolo” para uma fé sólida e consciente. António e Graciete Rodrigues pub

permi ndo valorizar o esforço financeiro e o inves mento intelectual u lizado na concepção de novas marcas, em que confere o direito exclusivo que permite impedir que terceiros, sem o consen mento do tular, produzam, fabriquem, vendam ou explorem economicamente a marca registada

“O Chícharo da Serra” na Assembleia da República Decorreu nos dias 15 e 16 de Abril, na Assembleia da Republica, uma exposição de artesanato e turismo e uma mostra de produtos de Leiria. A inicia va par u dos deputados da Nação eleitos pelo círculo de Leiria, cuja intenção era dar a conhecer a oferta turís ca, gastronómica e cultural da região. A ForSerra – Associação de Gestão e Desenvolvimento de Património de Santa Catarina da Serra esteve presente na tarde do dia 16 no restaurante do novo edi cio, com a presença da Sr. Presidente de Junta, Sr. Joa-

quim Pinheiro e a Sr.ª Presidente da Associação, Maria da Luz Rodrigues. Estes veram a oportunidade de divulgar e promover o Fes val “ O Chícharo da Serra”, ofertando queijadas e tartes de chícharo, bem como uma pequena amostra da leguminosa. Foram ainda distribuídos panfletos publicitários com a divulgação do próximo fes val, a realizar nos dias 25 a 29 Novembro do corrente ano.

Fes val “O Chícharo da Serra” recebe Menção Horrosa A Confraria Gastronómica Pinhal do Rei – Leiria é uma en dade que pretende promover e preservar os sabores gastronómicos da Região de Leiria, ao exemplo de algumas centenas espalhadas pelo nosso País. Designados por “Capítulos”, os encontros destas confrarias realizam-se anualmente estando presentes outras confrarias de outros pontos do País e ilhas. Pelo esforço desenvolvido em prol da leguminosa “Chícharo”, a ForSerra recebeu na pessoa de Maria de luz Rodrigues, sua presidente, uma menção horrosa

de “Confrade de Mérito” pelo trabalho de tem desenvolvido na preservação e divulgação da iguaria designada por “Chícharo”, como se pode ler no convite. A cerimónia realizou-se no Teatro Miguel Franco, em Leiria, seguindo depois para o Salão Paroquial da Igreja da Cruz da Areia, para almoço onde o Chícharo esteve presente com doces e flyers de divulgação do evento.


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Desenvolver a pessoa VS Desenvolver o jogador Todas as crianças precisam de aprender que a vida é uma con nua viagem sem des no pré-determinado e que o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Será ú l, com o treinador e o apoio dos pais, para os jovens jogadores, a definição de pequenas metas com um foco de desenvolvimento, tentando melhorar o desempenho e, progressivamente os pequenos incrementos. Para muitos jovens jogadores o fracasso está muitas vezes ligado a um resultado final, expecta vas irrealistas ou parentais. Jogadores, treinadores e pais devem

compreender que o desenvolvimento é crescente, do baixo para cima. Durante os períodos di ceis, os jogadores precisam de apoio dos pais e treinadores. Os jogadores também precisam de paciência e determinação e não devem esperar pelo sucesso instantâneo ou elogios injus ficados. Os jovens jogadores precisam de aprender a organizar-se. Tarefas fáceis como por exemplo o verificar do respec vo saco despor vo. Ter a certeza que o equipamento

Marco Santos Tec. Despor vo

está limpo e em ordem antes dos treinos e jogos terá de passar a ser uma ro na e não uma obrigação. Na formação de que necessitam para ser incluídos no processo de decisão, os responsáveis devem, oportunamente, deixar os jogadores decidirem. Eles podem ser convidados a perceber que num espaço estão a trabalhar numa ac vidade própria ou que uma das equipas que compõem deve alcançar um resultado específico. Tudo isso fornece jogadores jovens com um quadro em que é transmi do respeito, confiança e responsabilidade.

Demonstrado respeito, confiança e responsabilidade, os jovens jogadores podem começar a compreender que o jogo não lhes deve nada, sendo uma excelente oportunidade para sair e se expressar de uma forma es mulante e cria va. Se eles apreciarem isso correctamente, então podem ter uma oportunidade de desenvolvimento, evoluindo como jogadores e pessoas.

Ao contrário do que era meu desejo, vou adiar para os próximos dois meses o que gostaria de ter escrito para este mês. Razões? Disponibilidade, (pouca), vários temas a abordar e sobretudo a indefinição quanto ao futuro direc vo da União Despor va da Serra. Assim vou referir-me quase por exclusivo à boa, época realizada pelos seniores da UDS. Apesar de alguma tremedeira na parte final da época, mais em termos classifica vos, do que em termos técnicos/tác cos, acabou por ser uma época em que se cumpriu aquilo que previ no seu início.

Quem foi lendo os meus ar gos aqui no nosso jornal, ou nos comentários aos jogos que presenciei e que descrevi no “Diário de Leiria”, ou no site “ODerbie”, facilmente concordará comigo ao afirmar que foi uma época tranquila e muito posi va da equipa excelentemente comandada por Ricardo Moura e sua equipa técnica. Embora também seja verdade que, no que diz respeito à polí ca despor va do clube, discorde aqui e ali, é nas assembleias-gerais do clube, onde gosto de intervir em primeiro lugar. Como estamos numa fase em que

nada está definido em termos direc vos, pois a direcção encontra-se demissionária, vou adiar como atrás afirmei outros temas, que não a época dos seniores. Até porque são assuntos com alguma per nência. De uma vez por todas é necessário e imprescindível, que todos os que amámos e andamos há longos anos no clube, tenhamos coragem para definir o que queremos para o futuro. Se em termos despor vos (resultados) se pode con nuar, já no que diz respeito à tal polí ca despor va, tenho (temos) dúvidas. A maioria, de que as coisas

Carina Vicente sagra-se Campeã Nacional Júnior de Pentatlo Moderno Nos dias 8 e 9 de Maio, na Golegã, foi disputado o Campeonato Nacional Júnior e Sénior de Pentatlo Moderno em simultâneo com a Taça Internacional de Pentatlo Moderno, estando atletas de outras nacionalidades em compe ção também. Para quem não sabe o que é o Pentatlo Moderno aqui vai uma breve explicação. O Pentatlo Moderno é uma modalidade cons tuída por 5 modalidades dis ntas entre elas: a natação (200 metros), a esgrima, o hipismo (percurso de obstáculos com cavalo sorteado) e o combinado ( ro e corrida intercalando, ou seja, ro + 1000 m corrida + ro + 1000 metros corrida + ro + 1000 metros corrida). Carina Vicente, que representa Empenho & Carisma – Clube de Pentatlo Moderno, sagrou-se campeã nacional júnior ao terminar a prova com 4188pontos, contra

3280 pontos da segunda classificada (Joana Jacinto – ACR Maceirinha) e 3064 pontos da terceira (Alexandra Paula – Clube PentatJovem). Com uma prova de esgrima que deixou a desejar (616 pontos) bem como um combinado onde não conseguiu fechar nenhuma caixa de ro, apesar da excelente corrida (15:01 – 1396 pontos), a pentatleta da Loureira deu a volta à situação com um recorde pessoal na distância a percorrer

na natação (200 m livres em 2:31,44) e com uma estreia no hipismo que apenas por extravasar 2 segundos do tempo limite não lhe deu a pontuação máxima, isto é, em 1200 pontos obteve 1192 pontos. Carina encontra-se agora concentrada na próxima compe ção que será o Campeonato da Europa de Juniores de Pentatlo Moderno, a realizar-se entre 24 e 30 de Maio na Golegã .

con nuem a funcionar como funcionam, sobretudo no que à época finda diz respeito. Quanto ao futebol das camadas jovens, deixo para o Marco Santos, a sua opinião, embora os júniores do São Guilherme, mereçam neste meu espaço de opina vo, uma palavra de apreço pela boa época que fizeram.

Ana Oliveira com bons resultados Ana Oliveira, atleta iniciada do Grupo de Atle smo de Fá ma, obteve dois resultados de al ssimo nível no Torneio Olímpico Jovem distrital, numa prova realizada em Abrantes. No salto em comprimento obteve a marca de 5,71 m, a melhor marca nacional do ano e recorde distrital de iniciadas e juvenis. Saltou 1,70 m em altura, a melhor marca nacional do ano e recorde distrital de todas as categorias. A atleta bateu, pela 2ª vez esta época, o recorde nacional do heptatlo com a boa marca de 4.309 pontos, mais 267 pontos que anteriormente. A atleta obteve a 1ª posição no escalão de iniciadas nas provas que decorreram em Faro, enquadradas no Nacional do Atleta Completo. pub


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SANTA CATARINA DA SERRA EM 1758 Na centúria de Setecentos há uma preocupação cada vez mais evidente por parte das autoridades em conhecer, de forma rigorosa, o território português. Em 1721, a Academia Real da História, fundada por D. João V (1706-50), procura obter no cias de todas as paróquias do Reino de Portugal. Mais tarde, em 1747-51, na transição do período joanino para o reinado de D. José (1750-77), Luís Cardoso, padre, procura organizar uma obra que pudesse abranger todas as freguesias do Portugal de antanho. Apesar de tudo, publicaramse, tão-só, os tomos I-II. Em 1758-79, sob autorização do Marquês de Pombal (16991782), novos inquéritos permi ram a Luís Cardoso a elaboração de um trabalho em 43 volumes. As informações rela vas a Santa Catarina da Serra, cuja recolha de dados foi efectuada por João Pedro, cura da paróquia, a 7.4.1758, encontra-se no tomo 34, n.º 143, no IAN/TT, Ins tuto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, em Lisboa. Na "Memória Paroquial de Santa Catarina da Serra", já publicada e devidamente rec ficada, o clérigo caracteriza a freguesia a diversos níveis. Santa Catarina que, em termos civis, estava dividida por dois concelhos, Leiria e Ourém, a 22 léguas de Lisboa e a 2 de Leiria, sendo propriedade régia, à excepção do casal episcopal que exis a em Pedrome, pautava-se, no âmbito religioso, pela existência da Igreja Matriz e várias ermidas. O templo, de invocação de Santa Catarina da Serra, nha 5 altares. No altar-mor encontravam-se as imagens de Santa Catarina, do Divino Espírito Santo, de Nossa Senhora da Conceição e São Sebas ão. Nos altares laterais, ao longo do corpo do edi cio, exis am, no lado da Epístola ou direito, as imagens de Nossa Senhora do Rosário, de São Francisco e de Santo António. Por outro lado, no do Evangelho observavam-se as figuras de Nossa Senhora da Purifica-

ção, de São Silvestre e Santo Amaro. Nos dois restantes, que João Pedro não localiza, estava a imagem de Jesus Cristo, crucificado, e um painel das Almas. Tinha 3 irmandades: a do San ssimo Sacramento, a de Nossa Senhora do Rosário e a das Almas. Hoje, porém, apenas existe a das Almas, de capas verdes, e a do San ssimo, vermelhas. O pároco da freguesia era cura «ad nutum», como refere o documento, ou seja, apresentado pelos paroquianos. Tinha uma renda de cerca de 100$000 réis. Por úl mo, no âmbito religioso é fundamental salientar a existência de 6 ermidas: Santa Teresa, em Chaínça, e Santa Marta, em Loureira, dentro dos lugares; São Guilherme, Pedrome, pertencendo aos «habitadores» da aldeia e aos de Ulmeiro, de Siróis, de Magueigia, Vale Tacão e Sobral; São Miguel, Vale do Sumo, pertencia, de igual modo, aos aldeãos de Cercal, Gordaria, Casal da Estor ga e Casal da Fon nha, hoje Olivais. A quinta ermida, a da Virgem San ssima do Rosário, junto à Quinta do Salgueiro, era de Jorge Pereira, padre. Por fim, a sexta, de invocação de Santo António, pertencia a António Pereira e ficava posicionada em Barreiria, onde o clérigo morava. A freguesia da Serra incluía os lugares de Chaínça, com 15 fogos; Loureira, 45; Pedrome, 21; Ulmeiro, 18; Siróis, 11; Vale Tacão, 13; Sobral, 12; Casal da Estor ga, 6; Vale do Sumo, 34; Cercal, 10; Gordaria, 8; Barreiria, 10; Cova Alta, 8; Donairia, 6, e Pinheiria, 18. Por sua vez, os casais incluíam o Covão Grande, hoje Loureira, com 1 fogo; Fonte da Pedra, 1; Magueigia, 3; Alagoa, 3; Fon nha, 3, e Vale Maior, 2 fogos. Totalizava 248 fogos e meios-fogos (viúvos/as e solteiros/as) para 870 pessoas. Em relação à geografia sica, a paróquia serrana caracteriza(va)-se pela presença de outeiros e vales. A Loureira ficava num planalto, com vales muito

profundos a Nordeste, em direcção a Ourém, numa extensão de 2,5 mil metros. O lugar de Chaínça ficava próximo da Charneca de São Mamede e, a Norte, estendia-se até aos vales de Charia e Pousada; o primeiro terminando no segundo e este em Vale Maior, indo até Freixial. Da Igreja Matriz par am (e partem) dois vales: o de Almagra, para Noroeste, que vai até Vale Maior, e o das Namoradas, que segue entre Pinheiria e Pedrome, primeiro, entrando, logo a seguir, no Vale de Cova Alta (hoje, Vale das Lajes). O Vale do Sardão «vai dezembocar ao dito Valle Maior», salienta João Pedro. O Vale Tacão segue até à ribeira de Caranguejeira. De Santa Catarina da Serra observava-se a paisagem que seguia em direcção a Abrantes. Dos lados Norte e Noroeste, as paróquias de Carvide e Monte Real, a 15 mil metros, mas também Souto da Carpalhosa e Milagres, a 2 léguas. No que se refere aos lugares mais próximos, é de salientar os de Caranguejeira, Souto e Caldelas, a 5 mil metros; o de Barrocaria, na freguesia de Olival, a 1 légua, e Vila de Ourém, a 2. Por sua vez, junto à paróquia da Serra ficavam os lugares de Freixial, Casal dos Ferreiros e Cardosos, na freguesia de Arrabal, e Pereiras e Casal Vermelho, em Caranguejeira. Para lá dos vales de Loureira situavam-se os povoados de Fontainhas e Várzea, da então Colegiada de Ourém. Rela vamente aos recursos hídricos, a Serra caracterizava-se pela escassez de água, com poucas e pequenas fontes, lagoas e charcos, secando, alguns/mas, no Verão. Em termos climá cos, a presença constante de correntes eólicas caracterizava, por exemplo, o espaço junto à Igreja Matriz, posicionada num outeiro frio e «dezemparado de todas as partes». No âmbito económico, João Pedro refere que a paróquia produzia azeite e que as oliveiras eram as «plantas que

Vasco Jorge Rosa da Silva Historiador

ha em mais abundancia nesta freguezia». Nos outeiros e vales, os moradores cul vavam cereais (milho, trigo). Na pastorícia destacase a «munta creaçam de gado meudo, que vem a ser ovelhas e cabras», enquanto coelhos, lebres e perdizes cons tuíam espécies cinegé cas. O comércio resumia-se a um pequeno mercado que se fazia junto à Igreja, no 1.º Domingo de Maio. Não era muito concorrido, na medida em que os mercadores não só não vinham de muito longe, como não montavam «logeas grossas», grandes. Ainda que fosse franca, ou seja, livre de certos impostos, não durava o dia inteiro. Por fim, o pároco salienta que em armas, virtudes, ou letras há memória de ser ter destacado, tão-só, o Tenente-Coronel Manuel de Torres, de Vale Maior, na área da Matemá ca e «engenhos». Vasco Jorge Rosa da Silva transcreveu as Memórias Paroquiais do concelho de Alcanena e as do concelho de Ourém, para além de algumas referentes já ao município de Torres Novas. De Ourém refere-se a "Memória Paroquial de Espite" (Cercal, Espite e Matas), a de Fá ma, a de Formigais, a de Freixianda (Casal dos Bernardos, Freixianda e Ribeira do Fárrio), a de Olival (Gondemaria, Olival e Urqueira), a de Rio de Couros e a de Seiça (Alburitel, Caxarias e Seiça). Quem es ver interessado em consultar, contacte a ForSerra pelo contacto 917 480 995 ou 244 744 616.

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Cartoon

Edital Nº 03/2010

por: Marta Moniz

Maio 23 Paróquia Santa Catarina da Serra Festa do Espírito Santo ( Festa do Pão ) 30 Paróquia Santa Catarina da Serra Festa do Idoso e do Doente

Junho 5 Ass. S. Miguel V Encontro Acordeão e Concer nas 6 Ass. S. Miguel

O alargamento da Rua de Santa Catarina da Pinheiria está a ser bem visto pela população. Anteriormente encontravase um muro de pedra em contante perigo. Só graças à generosidade do proprietário do terreno foi possível, o alargamento da via e com isso mais segurança para quem circula

V Encontro Acordeão e Concer nas Paróquia Santa Catarina da Serra Festa do San ssimo e Primeira Comunhão 12 Ass. Pedrome Sardinhada

(Cemitérios da Freguesia – Limpeza) JOAQUIM PINHEIRO LAINS DE OLIVEIRA, Presidente da Junta de Freguesia de SANTA CATARINA DA SERRA, Concelho de Leiria, de acordo com o que estabelece a alínea c) do nº 6 do ar go 34º da Lei de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que:

13 Ass. Pedrome Sardinhada

No sen do de promover uma cultura de zelo e arrumação nos cemitérios da freguesia não é autorizada a existência de qualquer objecto ou acessório solto, em sinal de andandono e não incorporado ou iden ficado com as estruturas das campas ou jazigos.

P.M. Vale Maior Lanche oferecido pela população

A Junta de Freguesia procederá à remoção do que es ver fora do local próprio e não assume a responsabilidade por eventuais danos causados.

Clube Automóveis An gos de Santa Catarina da Serra Passeio do piquenique

Para constar e para os devidos efeitos se elaborou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos locais públicos de costume. Santa Catarina da Serra, 10 de Maio de 2010

Cupão de Assinatura

Nome:

Portugal 10 Euros - Europa 15 Euros Resto do Mundo 20 Euros Pagamento por Cheque:

Morada:

pub

Localidade:

Cód. Postal:

-

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MAIO

LUZ DA SERRA

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2010

Entrevista ao Padre José Luis Borga aquilo. Entretanto devem ter caído na real ter feito as suas opções e aí sim encontram na Igreja um interlocutor como se fosse significante para a sua vida e o que tem acontecido é que só muito tarde nós vimos as pessoas a descobrirem a fé lá para os 50, 60, 70 anos, parece que nessa altura é que tem piada. Eu gostava de ver a juventude ainda a

José Luís Borga, é este o nome do famoso Padre cantor que diz que é um padre que trabalha com a música e não um cantor que é padre. Pároco de uma freguesia do Entroncamento, dedicou-se à música no ano 2000, e desde então nunca mais parou. Realizou um bonito espectáculo no passado dia 25 de Abril na Chaínça. O Jornal Luz da Serra foi entrevista-lo. LUZ DA SERRA (LS): Como é que a música entrou na sua vida? PADRE BORGA (PB): Desde que me conheço, ouço gente cantar, a cantar de forma que me agrada, ver gente que eu gostava de seguir, gente que me desagrada. A música quase que faz parte na no experiência humana. Nós não éramos capaz de imaginar a nossa vida sem música, seja ela do simples palpear, às músicas que marcaram verdades da nossa vida. Outras que no desafiam e outras que nos inquietam. Tudo isto faz parte, há uma melodia no nosso coração: o ritmo, a harmonia, a sintonia, são exigências próprias de viver bem, portanto, a música é a respiração do divino. LS: É algo que se impõe? PB: É Natural, é tão natural como a nossa sede, como a nossa respiração LS: A sua carreira já tem alguns anos, em breves palavras como é que descreve a sua carreira no mundo da música? PB: Comecei a editar discos no ano 2000, é evidente que já cantava, já animava. Fui do centro regional de Escuteiros, nha que fazer da can ga uma arma como o 25 de Abril era possível dizêlo, sempre foi uma exigência até do meu ministério, porque pouca gente saberá que o não poder cantar ou não saber cantar era impedimento para ser Padre, aqui há uns anos...portanto a gente cantava missa, era a

missa cantada, e era sempre com maior qualidade, porque o canto tem a ver com o divino entre nós e também tem a ver com a expressão litúrgica, e portanto acaba por ser algo tão associado ao meu ministério quanto necessário. De repente sou confrontado com uma disposição de uma editora, o que não é, para quem anda nesta vida, não é nada vulgar, a que estava disposta a inves r num projecto, sendo que não sabia quem é que o havia de protagonizar. Tinham na altura um reportório para propor, mas deixou-se carta verde sem nunca me ter ouvido cantar. Mas de facto naquele ano 2000, o ano do Jubileu, aconteceu que o convite e a disponibilidade de todos os instrumentos necessários para sair um disco ainda nesse ano foi muita, e depois porque o disco que era feito e foi feito com a maior descontracção, sem nenhuma ambição em termos comerciais. Acabou por ser um disco de ouro logo no primeiro ou segundo mês, o que significou que se passou uma responsabilidade, as coisas não podem ficar diante de uma recep vidade destas ficar depois na gaveta, era preciso dar con nuidade e foi daí que veio a necessidade de ir para os espectáculos. A editora a desafiar para novos trabalhos e já lá vão 10 anos. São 5 discos e muitas centenas de espectáculos por todo o mundo o que significa que é uma tarefa, uma ceara, que

é preciso trabalhadores e eu graças a Deus tenho-me sen do como um peixe na água. Portanto não há nenhum espaço nem nenhuma fuga ao assumir da minha missão e um prolongar diria assim neste registo daquilo que vou fazendo como padre. LS: Qual é a principal mensagem que pretende transmi r com as suas músicas? PB: A alegria como um território mais natural dum cristão. Ninguém nos pode debater nesse capítulo. Há gente que associa ter fé, com um movimento triste, aba do superando com as cruzes todas do Mundo, o que não é verdade. O grande anúncio quer do nascimento de Jesus no Natal, quer da Páscoa, foi sempre “alegrai-vos”, ter uma boa no cia para vocês, portanto na alegria e na boa disposição os cristãos deviam ser imba veis.

LS: Considera que haja alguma distanciação dos jovens em relação à Igreja? PB: O que me preocupa não são os jovens, são os adultos da vida, os que deviam já ter as suas opções feitas, deviam ter estabilidade nas suas opções e que não os vejo surgir, portanto os jovens são por natureza uma fase instável. Na nossa juventude estamos disponíveis para tudo, quem nos aponta, nós vamos atrás. O jovem é talvez o lugar da mais generosidade e também da maior inconsciência, porque é capaz de ir atrás das coisas mais absurdas, nós vemos jovens a passar por movimentos de extremistas, de grande violência, desde o futebol até às violências da droga, do diver mento que é uma coisa profunda tristeza ver-se e basta ver o resultado no dia a seguir das ressacas. E eles vão porque sonham com

fazer os seus disparates que é a altura própria para isso, da inconsciência, mas sobretudo os adultos, dos jovens adultos quando querem já estabilidade, coerência de vida, projectos de vida, encontrarem na Igreja pelo menos um interlocutor que fosse interessante, não necessariamente para ser seguido mas até para ser contestado mas entretanto ser confrontado e aí, é aqui que eu acho que a Igreja ainda não conseguiu escolher bem o registo para acolher para interpolar, para convidar, para ser atraente, basta ver o que são os casais novos que até são capazes de mandar os filhos à escola porque isso foi assim que quiseram mas ainda não perceberam muito bem o que é que estão a fazer. O que é que isso implica com a vida deles? Enquanto existe uma geração, ou duas gerações atrás de mandar os filhos à escola era tão natu-

ral como a sua própria opção de vida, estranhamente os casais novos, mandam, mas eles não vão, o que significa que há aqui uma incoerência profundamente vazia de conteúdos. Portanto, a Igreja não tem de andar preocupada a fazer coisas para os jovens gostarem de estar cá, ela tem que ser é sobretudo interessante para quem quer levar interessantemente a vida. E aqui eu acho que a geração da juventude é própria para certos desvarios, não é por acaso que o filho pródigo está no evangelho que é bem expressão daquilo que habitualmente nas nossas juventudes facilmente acontece. LS: Quer deixar alguma mensagem em especial aqui para os leitores do jornal e para as pessoas aqui de Chaínça e Santa Catarina da Serra? PB: Deixo a mensagem, primeiro de gra dão da forma como me acolhem e portanto só tenho que ser reconhecido e agradecido e a segunda é aquilo que eu digo e transmito faça algum sen do ou pelo menos faça algum proveito para quem me escuta, porque eu não quero só apenas entreter as pessoas, quero levar as pessoas em vez de entreter, converter. E portanto isso é um trabalho mais simples, menos ambicioso porque quem faz o essencial não sou eu, é Deus, e portanto a gente semeia, mas Ele é que faz crescer. Eu espero que as pessoas que vêm aos espectáculos pelo menos guardem alguma boa recordação desta tarde e depois no seu segredo, no seu silêncio, nos seus espaços isto con nue a fazer a sua história. Miguel Marques

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