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SANTA CATARINA DA SERRA

18 de Julho de 2008

Este suplemento faz parte integrante da edição 452, do Jornal Notícias de Fátima, de 18 de Julho de 2008 e não pode ser vendido separadamente.

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Entrevista a Lino Pereira, Presidente da Junta de Santa Catarina da Serra

“Todos os caminhos vão dar a Fátima e quase todos passam por Santa Catarina da Serra” O objectivo deste trabalho é dar a conhecer melhor Santa Catarina aos leitores do Notícias de Fátima. Notícias de Fátima Inicio esta entrevista precisamente por perguntar o que existe em comum entre os residentes de Fátima e os de Santa Catarina? Lino Pereira - Acima de tudo somos pessoas. E somos pessoas com bastante capacidade de dinamizar e de trabalhar, exemplo disso é o relevo empresarial que existe nesta região. Santa Catarina, Fátima, S. Mamede e até uma parte da Atouguia, têm sem dúvida como característica forte o empreendorismo empresarial. Este aspecto reforça a união desta região. E como somos pessoas, podemos sempre aprender e fazer mais e melhor uns com os outros. NF - O que ainda pode ser feito para melhorar e aproximar as pessoas e os aspectos económicos? LP - As questões das divisões territoriais a meu ver não se coadunam com a realidade dos fluxos económicos e das pessoas. Quem vive em Santa Catarina repara que todas as manhãs existem fluxos muito grandes de pessoas que se deslocam para Fátima. Devia-se melhorar essa relação possivelmente através de reformas administrativas a nível territorial. Existem conversas informais que um dia podem ser formais e através disso reforçar as relações entre as duas localidades. NF - É correcto afirmar que em Santa Catarina se salientam dois aspectos, o dinamismo económico e o associativismo. O que a Junta tem feito para os desenvolver? LP - Concordo perfeitamente com essa afirmação. A nível económico a Junta ajuda sobretudo na agilização, uma conquista recente foi conseguir os apartados dos correios das empresas para a sede da Junta evitando deslocações, nomeadamente aos correios de Fátima. A Junta não tem meios económicos para fazer muito mais. Ao nível do associativismo, aí sim, temos feito um grande trabalho de envolvência da comunidade,

valorizando as equipas, as pessoas e os projectos em comum. NF - Qual é o objectivo da criação de uma macroassociação, que é a transformação Associação da Casa do Povo, a mais antiga da freguesia em Associação de Desenvolvimento e Melhoramento de Santa Catarina? LP - A nova associação objectiva envolver todas as associações da freguesia de forma a coordenar todas as actividades. A situação de ser a Casa do Povo a ser transformada ainda não é definitiva. Vamos seguramente encontrar uma situação que seja de conveniência de todas as associações, onde todas estejam representadas nos elementos da direcção para existir uma coordenação global dos eventos da nossa freguesia e que permita à comunidade envolver-se no seu todo, ajudando a freguesia a ganhar dimensão e visibilidade.

construção do Centro Cívico da nossa freguesia. NF - Quando é que formalizam a criação dessa associação? LP - Estamos em estudo com estatutos e compatibilizações e é aqui que ainda não sabemos se pode ou não ser a Casa do Povo, estamos na fase da legalização. NF - Mais vai ser até ao final deste ano? LP - Essa é a nossa ambição, mas não é fácil, pelo que ambicionamos que seja até ao final do nosso mandato.

NF - O Dia da Freguesia, a 25 de Novembro é marcado pelo Festival do Chícharo que este ano vai para a 3ª Edição. Qual é o balanço desta iniciativa? LP - É extremamente positivo, no primeiro ano foi um desafio que fizemos às associações locais e após a avaliação final avançou-se logo para uma segunda edição e criou-se uma comissão própria para organizar o NF - Essa associação evento. O ano passado os invai servir apenas para co- dicadores finais foram muito ordenar e calendarizar os bons; nos três dias do evento eventos das diversas co- recebemos gente de todo o lectividades ou também, país, passaram por lá mais de vai permitir concorrer a 10 mil pessoas e consumiusubsídios e programas se, só para ter uma ideia, que uma Junta de Fregue- mais de uma tonelada de basia não pode? calhau. Mas o objectivo ainLP - Essas da passa pela são sem dúconsolidação vida as duas do evento O Festival do finalidades e não pela Chícharo este porque nós temassificação. mos que olhar Estes eventos ano vai ter a para o futucada vez mais duração de ro com uma obedecem a cinco dias, p e r s p e c t iv a leis rigorosas de integração com novidades e c om o n o de recursos, ano passado, aproveitamenneste também to dos meios contratamos e não tem lógica que cada uma empresa de higiene e uma ande a mendigar finan- segurança alimentar. Interesciamentos para projectos sa-nos acima de tudo que as individuais. Actualmente pessoas gostem, que voltem e o planeamento e o ordena- reconheçam que gostamos de mento devem incluir uma receber. O Festival este ano estratégia definida por todas vai ter a duração de cinco as associações juntas, apro- dias, com novidades, vai havada pelas direcções e que ver um dia só dedicado à juas beneficie a todas. Esta ventude, com a criação de um associação vai potencializar fórum de discussão e, para o fortalecimento de algumas além da vertente gastronócandidaturas, exemplo disso mica e cultural também vai é a que está ligada ao plano ter a vertente empresarial, vai estratégico de defesa flores- haver stands empresariais. tal, outra está relacionada Este evento é importante com o Caminho dos Pere- porque coincide com a criagrinos e a outra ainda que é a ção da Paróquia, pelo que

também vai haver a cerimónia oficial na igreja e fazemos o reconhecimento de pessoas que por algum motivo se destacaram na comunidade. NF - Qual é o critério de selecção de pessoas? Já existem nomes para este ano? LP - Para já existem apenas as ideias. Note-se que não é a Junta que faz a selecção, mas sim uma equipa de pessoas da comunidade. Normalmente anunciamos 15 dias antes da data e após aprovação da assembleia de freguesia. NF - Como vê o projecto da construção do quartel pelas quatro freguesias, Santa Catarina, Caranguejeira, Arrabal e Chainça? LP - Com a maior satisfação, apercebi-me desde cedo que a freguesia sozinha não conseguia ter meios adequados, por isso debati-me logo por este projecto em comum e os outros presidentes da Junta aderiram e está-se a implementar. É notório o envolvimento que a comunidade está a ter. É um projecto conseguido. Esperamos que para o ano esteja concluído. NF - Qual é o plano estratégico de defesa florestal? LP - Temos um projecto que encomendamos há um ano, realça-se a abertura de asseiros, abrir alguns caminhos florestais, limpeza de algumas zonas de mato mais complicadas e a criação de pontos de água. Estamos à espera do QREN para nos candidatarmos a apoios. Mas já começamos a fazer algumas aberturas de caminhos, mas só com os meios da Junta e o apoio da população. NF - Está previsto a criação do Centro Cívico para a freguesia, para o qual vai transitar Centro de Saúde. Porquê essa solução? LP - O nosso Centro de Saúde em termos de pessoas funciona muito bem, a parte física é que não é a melhor. Quando pensámos em fazer um centro de saúde novo, pensámos logo em compatibilizar esse espaço com outros serviços de forma a economizar recursos, meios,

energia, etc. Como está previsto ser construído onde é actualmente a Casa do Povo, vai albergar as actividades desta associação, portanto ter salas de música, auditório para 250 pessoas, ser a sede da futura Associação de Desenvolvimento e Melhoramento de Santa Catarina, ter espaços para algumas associações e ainda receber os serviços da Junta. Vai ter espaços comerciais para alugar, consultórios, escritórios, exposições e um snack-bar a ser concessionado. Trata-se de um edifício e investimento arrojado, calculamos que vai custar mais de dois milhões de euros. NF - Onde vão buscar o financiamento? LP - Vamos concorrer aos diversos quadros comunitários, mas mais importante que isso é que o projecto se encontra em fase de conclusão, teve de ser compatibilizado com todos os serviços que pretendemos e entidades envolvidas, como é o caso Direcção Regional de Saúde. Já o vamos apresentar à Câmara dentro de três meses e contamos com o apoio da Associação do Desenvolvimento de Municípios da Alta Estremadura. Pretendemos todos em conjunto concorrer a fundos de modo a executa-lo. NF - Quais os projectos imediatos para o parque escolar da freguesia? LP - Efectuar os arranjos exteriores do Jardim da Pinheiria, do Vale Sumo e da Loureira. O da Loureira está com um problema no telhado em que chove lá dentro e ainda hoje lá estive. Estamos a ver se resolvemos a questão e no final desta semana será entregue à Câmara um relatório da situação. Se tudo correr bem, estabelecemos um protocolo e nestas férias serão executadas estas obras. Em relação aos primeiros ciclos, com a carta educativa de Leiria está-se a prever criar mais salas de aulas na EBI de Santa Catarina. NF - Trata-se da criação do Pólo Educativo ? LP - Sim é a reorganização educativa da freguesia, estamos a tentar que todo

o primeiro e segundo ciclo passem para esse pólo. Os jardins-de-infância ficam onde estão. O pré-escolar não deve ser misturado com o primeiro e o segundo ciclo. NF - Mas já é do conhecimento público que não existe financiamento para os 13 pólos que Leiria apresentou na Carta Educativa. LP - O que eu sei da parte da Câmara é que de facto existem outras freguesias de maior prioridade, mas Santa Catarina não está excluída. Nós vamos continuar a exigir para as nossas crianças os mesmos direitos que em qualquer outro lugar e a Câmara vai ter de arranjar soluções. Vai chegar a nossa vez, sobretudo no que diz respeito ao primeiro ciclo. NF - O mau estado das estradas deve-se ao mau relacionamento entre a empresa adjudicada ou com a Câmara? Trata-se de uma obra que está com largos meses de atraso. LP - Nós não fizemos uma reclamação em relação ao atraso dos trabalhos, o que nós reclamamos foi a má execução dos trabalhos. E reclamos a quem de direito; foi a quem empreitou, os serviços municipalizados e demos conhecimento à Câmara através de vários ofícios. Após várias tentativas de comunicação com o empreiteiro, a nossa Assembleia de Freguesia fez uma Moção de Censura aos trabalhos e mandou-a para a comunicação social, para a Câmara, para a Assembleia Municipal, Serviços, o empreiteiro, etc. e de facto depois notou-se uma melhoria nos cuidados da reparação dos trabalhos. Já estamos a negociar verbas para repor pavimento que está em mau estado. A estrada municipal que liga Quinta da Sardinha a Fátima não vai levar uma camada de betuminoso final porque ainda falta uma parte do saneamento, as ruas dentro da freguesia que já o têm é que vão levar a camada final. Não estamos contra a empresa, mas claro que reclamamos o mau serviço. NF - E melhorias para a principal estrada de acesso a Fátima pelos peregrinos?


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Quatro freguesias num novo quartel

LP - Temos feito muita pressão junto da Câmara para que se crie um projecto de passeios, o que não é fácil porque existem muitos muros e casas construídas nas bermas. Agora, a Junta está empenhada num projecto que é a abertura de um caminho alternativo que passa pelo Vale da Laje, que entra nos Olivais e vai sair junto ao cemitério de Santa Catarina, para que se torne uma alternativa às estradas nacionais. NF - Qual é a sua opinião sobre o traçado do IC9? LP - Olhe é a primeira vez que me perguntam a opinião sobre o IC9, até me admira alguém se preocupar com as Juntas de Freguesia sobre os traçados vias estruturantes. É de facto uma pena que quem projecta não se preocupe com as entidades locais. Apareceu o estudo do IC9, apareceu o estudo de impacto ambiental, chamaram-nos à Câmara a transmitir isso. Não vamos dizer que não a queremos na nossa terra, como é evidente, já que somos atravessados pela A1 vamos também ser atravessados pelo IC9. Agora, quem tem de saber tirar partido desse planeamento são as Câmaras, elas é que têm de saber negociar as mais bem feitorias para a nossa região. Infelizmente só vão aparecer cá quando for para perguntar de quem são os terrenos para se fazer a expropriação. NF - Com tantas empresas de diversas áreas dispersas pela freguesia, não se justifica a criação de um parque empresarial? LP - Esse é um assunto importante para a nossa região, mas não se vislumbra para já uma solução. Nos tentamos junto à Câmara com o nosso PDM criar uma zona para esse efeito e o que nos disseram é que não existem indicadores de que Santa Catarina tenha necessidade de uma zona empresarial. Arregaçamos as mangas e estamos a fazer um plano de desenvolvimento estratégico onde não só se pretende incluir uma

zona empresarial, mas sobretudo criar uma linha de orientação para o futuro. NF - Como está o projecto de loteamento da Fazarga? Quantos faltam vender e onde pensam aplicar as verbas angariadas? LP - O loteamento está a correr bem, já está na fase de enterramento das tubagens de saneamento, faltam-nos vender sete lotes, mas não vai sobrar muito dinheiro dali, porque a Junta só ficou com 10 lotes e vai ter de custear as infraestruturas o que só para isso são 400 mil euros. Vai-nos libertar cerca de 70 mil euros que vão ser aplicados na compra dos terrenos que ficam em frente da Associação da Loureira, apoiar a União Desportiva da Serra na conclusão do parque desportivo e apoiar a nova associação dos bombeiros na compra dos terrenos do novo quartel. NF - À recente subida do União da Serra à II Divisão Nacional, como é encarado este novo desafio? LP - Com bastante orgulho, porque o nível de mediatização de Santa Catarina passa a ser outro. Mas quero sobretudo louvar o trabalho das direcções do União da Serra, com especial enfoque nesta última, porque o que importa salientar é o aspecto da formação que envolve mais de 200 jovens atletas Além disso criou-se um parque desportivo que nos orgulha imenso. NF - Existem projectos em comum entre esta

Junta e a de Fátima? LP - Projectos claros não, apenas intenções e conversas informais. Podem passar a projectos formais, nomeadamente na zona do Cabeço da Fazarga relacionado com a reabilitação daquela zona. Fátima já tem um projecto, já está mais avançado do que nós, mas temos ainda é que falar com os privados de forma a estarmos todos compatibilizados. Gostava de ver mais projectos em comum com Fátima porque temos todos a ganhar com isso. Mas as Câmaras são quem têm de fazer esse tipo de abordagem. NF - A freguesia tem dois Parques de Merendas. Quem faz a manutenção e porquê? LP - O do Vale Mourão é a Comissão do Património da Associação da Loureira, o do Vale Maior é a própria população de lá. Nós damos o nosso contributo monetário e emprestamos equipamento sempre que necessário. Estamos a criar mais um de um parque na zona do Vale Sumo e Olivais onde estamos a envolver a Associação de S. Miguel. NF - Há quem afirme que a Junta devia prioritariamente adquirir um autocarro para servir as instituições locais, as escolas, os atletas, o rancho folclórico etc. O que pensa disso? LP - É de facto uma prioridade, agora que seja a Junta a adquiri-lo é que já é mais complicado. A questão nem é o custo do autocarro, é a manutenção

e a orientação, para além de se ter de contratar profissionais adequados A criação da macro associação tem esse objectivo. NF - Vai recandidatar-se com a mesma equipa para um próximo mandato? LP - Não, e já é do conhecimento de todos. Quando ganhei disse que o povo de Santa Catarina podia contar comigo por quatro anos. Penso que não defraudei as expectativas da população nesta equipa. Hoje sinto que existem condições para mudar pessoas nela, o que passa por ser eu dar a vez a outro para ser presidente. Não, porque não considere que seja motivante, mas a minha vida profissional não mo permite fazer de forma mais participativa. Gostava de continuar a fazer parte deste trabalho, mas fazendo parte da Assembleia de forma a continuar a ajudar. Espero que um dos meus colegas tenha disponibilidade para o fazer, deixo aqui esse desafio. Aliás deixo ainda outro, espero que o novo elemento a entrar na equipa seja um elemento feminino porque faz muita falta a parte feminina numa equipa destas. Eu, continuo a dar todo o meu apoio. NF - Faço-lhe um desafio, comente a frase: “Todos os caminhos vão dar a Fátima”. LP - É verdade, todos os caminhos vão dar a Fátima e quase todos passam por Santa Catarina da Serra.

O dia 6 de Julho de 2008 Câmara de Leiria, Isabel não marcou a história de Damasceno. uma localidade, mas de quaPresente também, o autor tro freguesias que tiveram do projecto, o arquitecto João a coragem de não pensar Neto que informou que este individualmente, mas numa era uma oferta sua à populógica de funcionamento lação local. Refira-se ainda, colectivo e numa perspectiva que a empresa Dualidade de rentabilização de recursos (Grupo Lena), colaborou criaram os meios para cons- gratuitamente nos levantatruir um quartel que as vai mentos topográficos de base servir a todas. para a realização do projecto. A ideia de construir um Aliás, em todos os discursos quartel em conjunto nasceu das entidades presentes, foi entre a antiga Associação efectuado um agradecimento Humanitária dos Bombei- à população que aderiu em ros de Santa Catarina da massa ao cortejo de angariaSerra e o actual executivo da ção de fundos para a nova Junta desta Freguesia, que obra que vai servir mais de 12 apresentou a mil pessoas. ideia aos preUm agrade1ª Pedra sidentes da cimento em abençoada em Juntas da Caforma de aperanguejeira, lo, dado que, mar de gente do Arrabal desconhecenque aderiu à e da Chaíndo-se ainda ça, ideia que cerimónia e ao em concreto d e u f r ut o s o custo final cortejo e pass ados desta, tamtrês anos é bém não foi constituída a ainda referido Associação dos Amigos da os valores que as entidades Secção Sul do Concelho de vão efectivamente atribuir. Leiria e abençoada em sessão Certo é, que o custo do solene a primeira pedra da terreno foi de 160 mil euros e construção do novo quartel cada freguesia participa pronos Cardosos. porcionalmente á respectiva A cerimónia contou com população, cabendo 33, 4 por a presença do presidente cento à Caranguejeira, 23,46 da nova associação, Virgí- por cento ao Arrabal, 31,89 lio Gordo, com os quatro por cento a Santa Catarina e presidentes das Juntas en- 11,25 por cento à Chaínça. volvidas, do Comandante O novo quartel vai ser da Associação Humanitária composto por parte operados Bombeiros Voluntários cional, social e administratide Leiria, Almeida Lopes, do va, sendo prioritário a consPresidente da Federação dos trução da parte operacional, Bombeiros de Leiria, José com parqueamento, camaraFerreira, do Comandante tas e instalações sanitárias, a Distrital das Operações de qual se prevê que comece já Socorro em representação do em Outubro. Governo Civil, José Moura e ainda da presidente da


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É hoje o passeio de encerramento do ano escolar

Serra Limpa é sucesso a repetir

Uma aposta na valorização intergeracional

Bairro Escutista com 4ª casa quase concluída

O Centro Social Paroquial é uma instituição com mais de 50 anos e na sua génese esteve sempre patente a solidariedade e o apoio social aos paroquianos de Santa Catarina. Os seus serviços destinam-se à infância e ao idoso. A creche tem capacidade para 33 crianças que vêm não só da própria freguesia como também de Fátima e da Chaínça. Depois dos três anos as crianças transitam para os quatro Jardins Infantis existentes em Santa Catarina e que estão sob a tutela do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra ou para os existentes nas freguesias vizinhas. “Para já, os Jardins Infantis existentes absorvem as crianças que saem da nossa creche e este aspecto aliado ao facto do número de nascimentos da freguesia se manter estável, não justificam nem o aumento do número de salas, nem a criação de um Jardim”, explica Isabel Reis, coordenadora do Centro. Esta IPSS ainda não sofreu os graves cortes financeiros impostos pela actual legislação, o que não impede

O agrupamento de escuteiros está a terminar o ano escutista e no fim-de-semana passado realizou o seu ACAGRUP, o acampamento final que durou quatro dias e que se realizou no Agroal. O agrupamento conta já com 110 elementos nas diversas secções, sendo que os pioneiros são os que concentram o maior número. Dentro do planeamento das actividades ao longo do ano, o agrupamento desdobra-se em acções comunitárias, destacando-se a “Campanha Serra Limpa”, realizada nas vésperas da grande peregrinação dos dias 12 e 13 de Maio que “objectivou sensibilizar os peregrinos que passam pela freguesia em direcção a Fátima a não deitarem o lixo para o chão, uma campanha que pretendemos repetir para o ano”, explica o padre Mário Verdasca, presidente do agrupamento, “vamos continuar a distribuir con-

a necessidade de ser gerida de forma equilibrada entre uma “Casa acolhedora e uma empresa” e Isabel Reis reconhece que, “ O futuro passa por desenvolver projectos que ajudem no financiamento da instituição através de uma diversificação da oferta de serviços na área dos idosos,

especialmente residências para uma população mais exigente, que vai deixar de trabalhar mais cedo e que procura mais do que é oferecido pelas instituições actualmente, nomeadamente o serviço do Centro de Dia, Apoio Domiciliário e Centros de Convívio.” Como o Centro tem as actividades das crianças para

o exterior limitadas pela falta de transporte adequado e condutores habilitados, as actividades da instituição estão cada vez mais centradas na promoção do convívio intergeracional. A remodelação das instalações efectuadas recentemente e as actividades promovidas ao longo do ano

são pensadas de forma que os mais novos convivam directamente com os mais velhos e vice-versa. O passeio de encerramento do ano escolar é hoje, com uma visita ao Jardim Zoológico de Lisboa e a festa de encerramento é na tarde do próximo domingo.

tentores para o lixo e placas apelativas à limpeza”. Outra actividade bem sucedida e apreciada foi o enriquecimento da tradicional Via Sacra Olivais/Fátima, este ano com uma animação através da pintura, recorrendo a telas e ao teatro de sombras. Acantonamentos também são realizados e na comemoração do 11º aniversário na primavera passada, o agrupamento acantonou em Santiago de Compostela. Para além das actividades comunitárias e das que são realizadas em conjunto com outros agrupamentos,

o grande projecto do 1211 de Santa Catarina continua a ser a criação do seu Bairro Escutista, um projecto que, “já tem três casinhas, uma para cada secção, estando neste momento a ser concluída a quarta. Após terminarmos a construção desta, só falta a arena para os eventos em conjunto”, explica o padre Mário, “um projecto que levou muitos anos, mas que se encontra em fase terminal, dotando o agrupamento de um verdadeiro local de trabalho”.

A Nossa Terra Quer… Caminhos dos Peregrinos! A Nossa Terra Quer é o nome do novo programa televisivo que a SIC está a promover, com apresentação de Barbara Guimarães. Trata-se de um concurso a nível nacional, no qual as freguesias e instituições podem concorrer com um projecto que represente as aspirações da comunidade local. Vão à final três projectos por cada distrito e o vencedor receberá um prémio no valor de 30 mil euros para ajudar à execução do mesmo.

A Junta de Freguesia, a Associação de Desenvolvimento e Melhoramento de Santa Catarina e o Agrupamento de Escuteiros candidataram-se ao programa com o projecto de reabilitação do Caminho dos Peregrinos, que objectiva sobretudo tornar-se uma alternativa segura a quem se desloca a Fátima a pé. As filmagens para o programa decorreram na quarta-feira da semana passada. Aguarda-se decisão sobre este concurso.


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PIM envolve 40 crianças e jovens de toda a região

Por ocasião do seu 45º aniversário

Casa do Povo encerra ano lectivo com espectáculo grandioso

Rancho inaugura Casa Museu já a 28 de Setembro

A Associação da Casa do Povo que envolve cerca de 80 pessoas nas suas actividades desenvolve há alguns anos vários projectos como o Coro Infantil e o de adultos mais conhecido por Vivavoz. Depois da criação dos coros, há sete anos nasceu o PIM – Projecto de Intervenção Musical, que envolve cerca de 40 crianças e jovens de toda a região. Trata-se de um projecto que objectiva desenvolver o gosto musical leccionando aulas de instrumentos, entre os quais, piano, órgão, guitarra e baixo. Este projecto que é desenvolvido em parceria com a Casa do Povo e a Paróquia, este ano teve um espectáculo de encerramento do ano lectivo verdadeiramente grandioso porque envolveu todas as vertentes leccionadas e ainda alguns artistas

e professores convidados. Intitulado “Recantos”, o espectáculo foi projectado de forma a contar a história de um músico através de momentos musicais intercalados com teatro e dança. Tendo sido o primeiro ano que foi organizado com esta dimensão, o que é certo é que levou mais de 300 pessoas a assistir ao mesmo e durante duas horas o encantamento envolveu toda a assistência. Uma experiência que se espera repetir para o ano que vem. A Casa do Povo paralelamente desenvolve também, o Festival da Canção que este ano vai ser integrado na festa do Sagrado Coração de Jesus no segundo fim-de-semana do próximo mês de Agosto, decorrendo no dia 10 às 21h00 junto à Igreja Paroquial.

A Associação do Rancho Folclórico de S. Guilherme que criou o projecto da construção da sua Casa-Museu na Magueigia há seis anos, vai finalmente, em Setembro abrir portas e mostrar à comunidade o seu trabalho. Este projecto fundamenta-se, segundo Bruno Luís “numa consciência alargada da missão de um Rancho Folclórico, que não se baseia apenas no cantar e dançar, mas acima de tudo, preservar as tradições, usos e costumes de uma comunidade. Hoje tem carácter urgente pelo facto da modernidade se instalar e levar os aspectos etnográficos de um povo para o esquecimento”. É dentro desta perspectiva que o Rancho adquiriu recentemente uma junta de vacas Mirandesas, que pertenciam ao Sr. Oliveira de Santa Catarina, que sendo única na região, está ser utilizada em filmagens que a associação está a efectuar e que objectivam a criação de filmes formativos a ser mostrados na Casa-Museu e a ficar à disposição da comunidade, mais especificamente

das escolas para acções educativas. Quem visitar a CasaMuseu, para além de poder apreciar a própria Casa que retrata fielmente uma casa rural clássica dos finais do século IXX, incluindo o lagar e os currais dos animais domésticos, também tem oportunidade de visitar o núcleo museológico onde estará exposto o espólio etnográfico do Rancho. Este projecto foi apoiado inicialmente pela Câmara, que atribuiu uma verba de 25 mil euros para a aquisição da Casa e do terreno e o restante dos custos têm sido suportados pela associação, um investimento que já ul-

14h30 – Missa Solene e Procissão Abertura do Arraial com jogos tradicionais, Venda de Bolos, Quermesse e Insufláveis 21h00 – Actuação do Grupo Musical “Já te Digo” 24h00 – Encerramento dos Festejos Segunda-feira, 21

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trapassou os 100 mil euros. A sede social da associação transitará para as novas instalações.

XXIII Festival Nacional de Folclore no dia 2 de Agosto Reconhecido a nível nacional, no próximo dia 2 de Agosto, a partir das 21h00, as danças e cantares, a etnografia e a tradição vão alegrar Santa Catarina da Serra, com a realização do XXIII Festival Nacional de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico de S. Guilherme. O evento vai decorrer junto à futura Casa-Museu na Magueigia.

Festas do Vale Tacão começam neste domingo Os grandiosos festejos em Honra de N. Sra. da Purificação no Vale Tacão, vão começar neste domingo com o seguinte programa: Quinta-feira, 17 20h15 – Missa Sexta-feira, 18 17h30 – Confissões Domingo, 20

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19h00 - Missa Solene Abertura do Arraial com jogos tradicionais, Venda de Bolos, Quermesse e Insufláveis. Actuação do Grupo Musical “Manuel Brás” 23h30 – Sorteio das Rifas 24h00 – Encerramento dos Festejos


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GENTE DA TERRA

Como cidadão, refira um ponto forte e um ponto fraco em relação a Santa Catarina João Ferreira Ponto Forte: O dinamismo, principalmente da juventude. Ponto Fraco: Falta uma infra-estrutura que tenha um bom auditório para as nossas actividades. Está em projecto, aguardamos que se concretize.

António Oliveira

Daniel Santos

Ponto Forte: É uma terra de gente dinâmica, com forte associativismo e com grande determinação em fazer as coisas.

Ponto Forte: Subida de Divisão do Desportivo da Serra.

Ponto Fraco: Devia de existir um bom centro cultural para as actividades da população de todas as idades. Um espaço com salas de reuniões e um grande auditório.

Cidália Antunes Ponto Forte: O serviço de Bombeiros. Ponto Fraco: Como vila, devia ter um comércio mais desenvolvido.

Ponto Fraco: Falta uma zona empresarial porque existem muitas empresas na freguesia, mas não têm um local infra-estruturado para elas.

José Augusto Ponto Forte: A qualidade das pessoas, esta, é uma freguesia em que as pessoas são muito unidas. Existe muito valor humano. Ponto Fraco: O Centro de Saúde actualmente funciona mal, devia de ter mais médicos e as obras de saneamento estão a complicar o tráfego há demasiado tempo.

Ponto Forte: Capacidade das pessoas em ir buscar conhecimento fora e voltar para os aplicar em proveito da terra. Ponto Fraco: O individualismo começa a instalar-se e as pessoas já só começam a aderir a iniciativas muito bem estruturadas. Santa Catarina ainda carece de iniciativas de carácter mais intelectual e de organização espacial.

Mariana Ribeiro

Isabel Vieira Ponto Forte: O Centro Social Paroquial funciona muito bem, é muito organizado. Ponto Fraco: Devia-se de melhorar as instalações e os serviços do nosso Centro de Saúde.

Ponto Forte: É uma freguesia com um povo unido e comunicativo. Ponto Fraco: São sempre os mesmos a organizar, a trabalhar e a participar.

Ponto Forte: A força do associativismo. Ponto Fraco: A falta do empenhamento dos jovens em prol da freguesia.

Ponto Forte: Especificamente, penso que não há, está é agora a começar a proliferar as actividades culturais e recreativas, fruto de um trabalho que se começou a desenvolver há 10 anos porque as associações começaram a trabalhar com jovens. Ponto Fraco: Sendo uma freguesia de passagem entre Fátima e Leiria, tem muito movimento de pessoas de fora, mas como vila, ainda lhe falta locais de agregação dos moradores. Existe muito emprego, mas ao fim-desemana como não existe aqui infra-estruturas que prendam as pessoas, vai tudo para fora.

Miguel Marques

Jorge Gameiro

Maria João

Maria Fátima Narciso Olinda Oliveira Ponto Forte: O dinamismo social que abrange todas as faixas etárias. Ponto Fraco: O estado das estradas. Existe falta de calçadas, arruamentos, sistema de recolha de lixo, enfim, falta limpeza e embelezamento.

Ponto Forte: O Centro Paroquial e a Associação da Loureira funcionam muito bem. Ponto Fraco: As estradas estão muito más.

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE E EDITOR Notícias de Fátima, Lda., NICP: 502168560, Número Registo na ERC 113874 DIRECTOR A. Rodrigues Freitas SEDE DE REDACÇÃO Avª Beato Nuno, Edifício Primitivo, nº 415, 1º Andar, Porta D, 2495-401 FÁTIMA CONTACTOS Tel.: 249 532 538 , Fax: 249 534 363, info@noticiasdefatima.pt INTERNET www.noticiasdefatima.pt TIRAGEM 3000 exemplares IMPRESSÃO FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020-265 COIMBRA COORDENAÇÃO Sandrina Reis REDACÇÃO Sandrina Reis PAGINAÇÃO Hugo Azevedo PUBLICIDADE Célia Cristina - Tlm.: 934 583 752, publicidade@noticiasdefatima.pt Notícias de Fátima, Lda. - Edição nº 452, de 18 de Julho de 2008.


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Faltam mais profissionais para o processo de construção da escola inclusiva

União da Serra inicia trabalhos na segunda-feira para equipa começar a conhecer-se

Cinco princípios são a chave do sucesso da Escola Básica Integrada

“ Quando o União da Serra e o Fátima se cruzarem, vão ser dois grandes jogos”!

Com um projecto educativo assente em cinco princípios fundamentais: o sucesso escolar, escola inclusiva, escola para e com a comunidade, edução para a cidadania e combate ao abandono escolar, a Escola Básica Integrada de Santa Catarina é um claro exemplo de rentabilização da gestão de meios e recursos. O ex libris desta instituição passa pelos resultados obtidos e ao fim de 12 anos, no ranking das provas nacionais, em 2006/7 tornou-se a primeira do concelho de Leiria e a terceira do distrito. Em 2007/8 o sucesso escolar nas provas de aferição para os quartos e sextos anos de Língua Portuguesa e Matemática situou-se nos 91,01 por cento, contra os 80 por cento da média nacional. O sucesso da avaliação interna para os restantes anos situouse acima dos 92 por cento, com o nono ano a atingir os 100 por cento. A Escola Básica Integrada centraliza os serviços do Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra, o que implica a coordenação de quatro escolas do primeiro ciclo, a da Chaínça, da Loureira, do Vale Sumo e a escola sede. Ao nível dos Jardins-de-Infância, também coordenam os

serviços de quatro espaços, o da Loureira, da Magagia, Vale Sumo, sendo que o da Pinheiria tem duas salas. Não foi necessário esperar por 2008 para que todos os anos das escolas do 1º ciclo fossem contemplados com o ensino da língua inglesa nas actividades de enriquecimento extracurricular, esta actividade está incluída desde 2000.Outro aspecto também relevante, é que a escola conta sempre com dois professores de substituição que estão sempre disponíveis para ocupar o lugar de um colega que falhe, desta forma, os alunos nunca estão sem acompanhamento. A inserção da comunidade é fundamental para a

instituição, a EBI faz parte da Associação de Promoção da Freguesia de Santa Catarina, utiliza as instalações desportivas do União da Serra, que se localiza ao lado e, para os alunos com dificuldades de aprendizagem têm protocolos com o Centro de Recuperação Infantil de Fátima no programa Escola Aberta e com a Cooperativa de Ensino e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Leiria. Dificuldades também existem, na perspectiva do processo da construção de uma escola inclusiva, a falta de recursos humanos é notória, a EBI necessita urgentemente de uma psicóloga a tempo inteiro e de mais professores de ensino especial.

Clube de Automóveis Antigos programa exposição a nível nacional Criado há cinco anos e com instalações próprias, o Clube de Automóveis Antigos está a organizar uma mega exposição e feira com o objectivo de dar a conhecer os carros dos associados e fazer feira de peças e acessórios. Já estão a ser convidados outros clubes de todo o país, comerciantes de peças e acessórios, revistas da especialidade e apreciadores de miniaturas de carros e motas. O evento é aberto a toda a população e permite ao público contemplar máquinas raras e preciosas. O Clube actualmente reúne 105 sócios e tem

mais de 300 veículos, sendo que o modelo mais antigo data de 1901. Tem uma parceria com o Clube Português de Automóveis Antigos e é o único do país a fazer inspecções periódicas a este tipo de viaturas. Oferece aos seus associados aconselhamento técnico, apoio na comercialização e restauro e também trata dos documentos de

legalização. Estes serviços trazem a esta associação pessoas de todo o país e estrangeiros. Desde a sua fundação que já promoveu 16 passeios a nível nacional e até ao final deste ano, para além da mega exposição vai ainda organizar três passeios pela região.

“Quando o União da Serra e o Fátima se cruzarem, vão ser dois grandes jogos, de muita festa e simpatia, porque temos muitos sócios que o são dos dois clubes”! É este o comentário que José Augusto, director do departamento de futebol do União Desportiva da Serra faz ao facto do União ter subido à II Divisão Nacional e vir a cruzar-se com o Desportivo de Fátima tornou-se num acontecimento incontornável para a próxima época. O dia 8 de Junho levou o Estádio do União da Serra ao rubro com a vitória sobre o Marinhense, tendo o clube terminado em grande uma época irregular e em que a política da direcção nos anos anteriores se pautou pela contenção, numa estratégia em que a criação de infra-estruturas era prioritária. Actualmente o União da Serra mobiliza cerca

de 200 crianças e jovens atletas, nos vários escalões, incluindo escolinhas, escolas, iniciados, infantis, juniores e seniores. São jovens que vem de Santa Catarina e das freguesias vizinhas, uma situação que segundo José Augusto, “está a superar as nossas próprias expectativas”. Também tem equipa de veteranos e ponderam em criar equipas de desporto de salão, nomeadamente futsal e uma equipa feminina de futebol 7. Financeiramente, face à nova posição do clube, o orçamento vai ter de se ajustar à nova realidade, perspectivam-se subidas por causa das deslocações, “sendo um campeonato diferente, vai ter preços diferentes”, explica o director e acrescenta, “a questão do “play-off ” é muito desgastante, são mais 10 jogos depois do campeonato nacional, portanto o esforço financeiro é muito elevado. Os

clubes que não estiverem bem organizados administrativamente e sem orçamentos realistas, não vão resistir, esperamos vir a ter mais apoios, especialmente das empresas. O nosso objectivo acima de tudo é manter e fazer um campeonato tranquilo”. Quanto a mudanças técnicas, Ricardo Moura vai manter-se, somando-se um treinador adjunto e um treinador guarda-redes. Na segunda-feira, o novo plantel vai começar a trabalhar e a conhecerse. Da equipa anterior mantém-se 50 por cento, havendo um reforço de mais 9 ou 10 jogadores. Saíram apenas os que não puderam treinar a tempo inteiro e dentro dos novos, aparecem nomes como Pedro Duarte (ex-Fátima), Carioca, (ex-Barreirense) e Rui Costa (ex-Abrantes).

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Notícias de Fátima

“2010 vai ser um ano muito importante para a Loureira”

A ADSL - Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira vai comemorar o seu aniversário no próximo dia 14 de Agosto e nos dias seguintes. O local vai ser no Parque do Vale Mourão que até à data vai estar dotado de mais infra-estruturas para o efeito. Quem assume a gestão e manutenção do parque é precisamente a Comissão do Património Rústico e Lazer que funciona da ADSL e que segundo Jorge Gameiro, presidente da Associação, “é uma iniciativa que está a ser muito bem sucedida e que demonstra a postura da associação em acolher ideias novas de quem quer trabalhar nomeadamente da parte da juventude”. Actualmente a ADSL é uma instituição que oferece à comunidade local três valências, o serviço de creche para a infancia, centro de dia para idosos e apoio domiciliário. Recebe pessoas de toda a freguesia e das vizinhas, como

Fátima, S. Mamede e Cha- natural da freguesia. ínça. Emprega 27 pessoas Até lá, também se espea tempo inteiro e gere um ra que o arranjo urbanístico orçamento anual na ordem do espaço em frente da dos 500 mil euros. ADSL já esteja concluído Apesar desta boa ges- e transformado em espaço tão optimizada pela actual de lazer, jardim e parque de direcção, projectos a médio estacionamento. O estudo e longo prazo já estão deli- prévio efectuado encontraneados, Jorse na fase de ge Gameiro conclusão e Aniversário da da aquisição informa Associação da que, “2010 d o s t e r re vai ser um nos, tratanLoureira vai ano muito do-se de decorrer no importanuma área de Parque Vale te p ar a a 1300 metros Mourão Loureira quadrados. porque dois “Uma situaniversáação delicarios vão marcar a terra, é a da dado pertencer a sete comemoração dos 20 anos proprietários, mas que da ADSL e a comemoração estão sensibilizados para dos 400 anos do nasci- a situação”, esclarece Jorge mento do lugar”. Já está a Gameiro, confiante que até ser criada a comissão de à data vai estar tudo confestejos que envolve a ADSL cluído. O passo seguinte e a Comissão da Capela e às será apresentar o projecto quais já se juntaram várias a uma candidatura a funpessoas individuais. Pre- dos comunitários, situação tende-se nessa altura lançar que também já está a ser um livro sobre a história da tratada. Loureira, um trabalho que está a ser elaborado por Vasco Silva, historiador

Câmara já garantiu ajudas para circuito de manutenção

1º Aniversário do Parque Vale Mourão marcado por passeio pedestre O final da tarde do passado dia 1, precisamente o dia em que o Parque de Merendas do Vale Mourão comemora o seu aniversário, reuniramse mais de 200 pessoas de todas as idades, que acorreram às actividades organizadas pela Comissão do Património Rústico e Lazer da Loureira, que funciona na Associação para o Desenvolvimento Social. A principal iniciativa do dia foi a realização de um passeio pedestre, o qual contou com cerca de 200 pessoas inscritas. Teve início no próprio Parque às 20h00 e o circuito de seis quilómetros pelos vales vizinhos também terminou no Parque, onde foi possível efectuar um rastreio ao colesterol, ser-

viço prestado pelos Bombeiros, comer uma filhós e ainda dançar ao som da banda da freguesia, os Granizés. O objectivo da organização do passeio, que superou as expectativas dos organizadores, foi angariar fundos para pagar o campo de jogos que foi inaugurado nesse mesmo dia. Actualmente o Parque do Vale Mourão está equipado com serviços de churrasqueira, bar de apoio, casas de banho, parque infantil, campos de petanca, de mini-golf e outros jogos. O próximo passo é a construção de um circuito de manutenção que já se encontra projectado e com uma verba aprovada pela Câmara de Leiria que cobre 40 por cento dos custos previstos.

O restante vai ser angariado através de iniciativas organizadas pela comissão estando já a decorrer os preparativos para a comemoração do 18º anivesário da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira no próximo dia 14 de Agosto. O Parque do Vale Mourão é notoriamente um caso de sucesso, cada vez é mais procurado por pessoas que visitam a região, por instituições locais que o utilizam para convívios, nomeadamente de escolas, catequese e grupos de terceira idade e até pelos moradores locais, que ao fim-de-semana o aproveitam para fazer lanches e passear com os filhos.


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Casa Costa

Jofeper

“Precisamos de um parque empresarial”

Aposta na gestão familiar e personalizada

Em 1980 José Carreira Silva Costa foi pioneiro ao abrir em Fátima um armazém de produtos alimentares, de higiene e limpeza. Nessa altura, com o crescimento da área hoteleira, era uma necessidade urgente e os armazéns mais próximos localizavam-se em Ourém, Torres Novas, Tomar ou Leiria. Pouco tempo depois, as necessidades específicas de uma hotelaria de qualidade, levou José Costa a representar várias marcas que há 25 anos só existiam em Lisboa, uma ligação que permanece até hoje, porque ainda as representa e são a imagem da Casa. Há 10 anos, a Casa Costa abriu com novas e melhores instalações, mas José Costa não pensou em mudar de residência e continua a morar no Cercal, de Santa Catarina. “São as raízes familiares que pesam e não penso em mudar, o facto de trabalhar num local e residir noutro até é bom porque quebra a rotina e percorrer diariamente

José Ferreira Pereira criou a Jofeper em 1990 já em conjunto com os seus filhos. Uma decisão sábia porque já exercia a actividade de comércio de materiais de construção desde 1985, tendo adquirido o knou how noutra empresa da mesma área onde iniciou a sua vida profissional. O percurso de José Pereira na área empresarial é sequência do saber criar e aproveitar as oportunidades que a vida oferece. Nascido na Loureira em 1940, em 1961 ingressou na Marinha de Guerra Portuguesa que o levou a conhecer as várias províncias ultramarinas. Em 1969 regressou à sua aldeia e iniciou a actividade comercial na área dos materiais de construção. No ano de 1985 escolheu a Lameira para abrir a sua primeira loja e armazéns. Mudar de freguesia aconteceu simplesmente pelo facto da sua esposa ser natural deste lugar. 10 anos após a abertura da primeira loja, abriu uma segunda ao público, com um vasto espaço de exposições, localizado praticamente no centro de

uns 16 quilómetros não me custa”. O mau estado das vias de acesso entre as duas freguesias são uma preocupação, mas o que realmente preocupa José Costa é a ausência de um parque empresarial nesta região, o empresário específica que, “Para cumprir a nova legislação preciso de mais quatro mil metros quadrados e aqui onde estou não me permitem construir”. A esperança passa pelo novo traçado do IC9 mas,

“Há dois anos falou-se nisso aqui em Fátima, mas está tudo parado e nós as empresas não podemos parar, as entidades têm de criar condições para atrair novas empresas e resolver questões de logística, definitivamente, precisamos de um parque empresarial”.

Fátima. O “pai” da Jofeper defende que o segredo da empresa está na aposta de uma gestão familiar com um atendimento personalizado. José Pereira advoga aos filhos que “a melhor maneira de trabalhar é colocarmo-nos sempre no lugar do cliente” e espera que seja sempre esta a postura encontrada de quem os procura. Satisfeito com o percurso da empresa, o empresário não deixa de estar preocupado com a situação actual, não se gosta de falar de crise, mas ela existe e instalou-se na área da construção civil. Defende que, “o Estado tem de favorecer os jovens que estão a iniciar a sua vida a ter acesso ao dinheiro de forma mais barata”. Con-

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sidera ainda que a criação de um parque empresarial e industrial na região, dadas as circunstâncias económicas actuais, “não é prioritário, as empresas não têm dinheiro para mudar, mas podia-se pelo menos terminar as obras de saneamento que duram à anos e nunca mais terminam, estas estradas estão uma vergonha”. Em relação a Santa Catarina, José Pereira diz que não há criticas a fazer, “tanto sou daqui, como dali e até sou sócio do União da Serra e do Fátima”. Uma curiosidade em relação a este cidadão é que numa breve passagem pela Junta de Santa Catarina após o 25 de Abril, tornou-se o recenseado nº 1 com residência na Loureira.


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Notícias de Fátima

“Vale a pena lutar por objectivos” Domingos Oliveira Neves em Leiria e frequentou o nasceu em Santa Catarina liceu até ao 6º ano. Fátima há 49 anos, no seio de uma recebe-o como aluno no anfamília de sete irmãos. O tigo CEF que funcionava nos proprietário da Clinifátima e Dominicanos onde concluiu do futuro Hoso 7º ano. Dopital Particumingos NeDe uma lar de Fátima ves entrou formação faconsidera que no mundo o seu percurso miliar passada do trabalho profissional é com 16 anos, entre Fátima e iniciando-o um percurso Santa Catarinormal. Fez a no dia 1 de escola primáJunho de na, ficou semria na Loureira 1975 com pre o gosto e desse tempo um estágio de participar de meninice fino Tribunal cou-lhe sempre Judicial de activamente “o tempo pasLeira. No dia na formação sado a brincar 1 de Junho cívica da no Canto dos de 1977 coSantos e nas meça a trasociedade tardes de dobalhar num mingo, ia-mos gabinete de ao cinema que advogados. era ir ao café do senhor Ma- Nessa altura, começa tamtinho, o único da aldeia que bém em part-time a trabalhar tinha televisão”. como Cobrador de Seguros. Aos 11 anos foi para o Novamente o dia 1 de Junho Seminário dos Franciscanos torna-se importante, quando

em 1980 inicia a carreira profissional na Companhia de Seguros Tagus. E não sendo de estranhar, é precisamente no dia 1 de Junho já do ano de 1992 que se torna gerente da companhia de seguros onde trabalhava. No dia 31 de Maio termina a carreira Profissional de Seguros e no dia 1 de Junho de 2001, passa assumir a gestão da Clinifátima a tempo inteiro em conjunto com a sua esposa, Fátima Gameiro, também ela natural de Santa Catarina. A esta empresa, somam-se mais duas, a Segurmet e a Segurcontol. Domingos Neves e Fátima Gameiro, actualmente com três filhos, têm presentemente em mãos um dos projectos mais ambicionado para a região, o Hospital Particular de Fátima, uma empresa que vai criar directa e indirectamente trabalho para cerca de três centenas de pessoas.

De uma formação familiar passada entre Fátima e Santa Catarina, ficou sempre o gosto de participar activamente na formação cívica da sociedade, em Santa Catarina foi membro fundador e dirigente da antiga Associação Humanitária de Bombeiros

de Santa Catarina da Serra e actualmente em Fátima, é presidente do Grupo de Atletismo de Fátima. Domingos Neves acredita que, “quanto mais a juventude estiver envolvida e motivada para projectos de valorização pessoal e social melhor é

para a sociedade em geral e nesse sentido os jovens devem ser acompanhados e apoiados”. Conta ainda, que o segredo para ser bem sucedido na vida é, “Ser optimista e acreditar que vale a pena lutar por objectivos”.


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“Já passei por muitas crises, aprendi há muito que o tempo é que diz tudo” A J.J.R.& Filhos, SA é uma empresa de âmbito internacional que tem a sede na Rua da Capela, nº 4 na Quinta da Sardinha. O fundador desta empresa com mais de 30 anos de experiência na construção, beneficiação e conservação de rodovias é José Jesus Rodrigues, nascido nesta terra no ano de 1937. Hoje, José Rodrigues está retirado de uma vida empresarial activa, deixou-a para os seus quatro filhos que têm a missão de prolongar a actividade da empresa que emprega 270 pessoas, sendo que, meia centena são residentes na freguesia de Santa Catarina. José Rodrigues acedeu a uma pequena conversa onde, empresa à parte, conversamos sobre sua experiência de vida e a relação com a sua terra. Notícias de Fátima Aos 10 anos o que é que o senhor fazia? José Rodrigues – Aos 10 anos, como éramos e somos sete irmãos que ainda estamos todos vivos, deixei de ir à escola como era habitual nessa altura e comecei a ajudar o meu pai nos trabalhos do campo. Santa Catarina era uma freguesia rural e emigrava-se muito. NF – E aos 20 anos? JR - Bom, desde os 18 anos que já negociava com bacelos e viveiros de eucaliptos e comecei a fazer umas feiras. Como fazia plantações para grandes quintas, tive de comprar máquinas para as plantações e quando não se

estava na época de plantio, comecei também a alugar essas máquinas. NF – E aos 30 anos? JR - Aos 30 anos já tinha constituído família. Profissionalmente, andava numa luta muito grande porque os italianos estragaram o negócio da destilaria do eucalipto. Comecei então a utilizar as máquinas que tinha para fazer terraplanagens aos empreiteiros que começaram a aparecer. Os emigrantes voltavam e investiam bem o que ganhavam, a freguesia desenvolveu-se bem nessa altura. NF – E com 40 anos, nessa altura já tinha ocor-

rido o 25 de Abril, as coisas na freguesia modificaram-se? JR - Olhe, esta freguesia é privilegiada, se nos anos 60 e 70 houve muita emigração e até faltou a mão-de-obra, depois do 25 de Abril, com os retornados das ex-colónias, voltou-se tudo a compor. Depois do 25 de Abril já se conseguia ter alvarás mais facilmente, eu consegui o meu ainda antes, há data da revolução já tinha umas 40 pessoas a trabalhar comigo. Foi também nessa altura que nasceu o União da Serra e recordo-me muito bem que para se fazer o campo mandaram muito saibro para lá. NF – Na década e 80, com 50 anos, torcia pelo União da Serra e o que fazia mais? JR - Continuava a trabalhar e a trabalhar muito porque a empresa já contava com muito mais gente. A década de 80, especialmente de 1981 até 1985 foram anos de muita crise neste sector, o período político não era estável, mas depois com a entrada na Comunidade Europeia em 1986, tudo mudou. As relações com a terra mantiveram-se

sempre boas, sempre gostei de colaborar em tudo, ajudar quer para a Igreja quer para a sociedade civil faz parte dos meus valores.

de Santa Catarina, agora estimo-me mais, tenho uma propriedade onde tenho um pomar, gosto da apicultura e da caça.

para manter. Já é muito bom conseguir aguentar as coisas, como já passei por muitas crises, aprendi há muito que o tempo é que diz tudo.

NF – E com 60 anos, o que fazia? JR - Com 60 anos continua-se a trabalhar, mas começa-se a ter consciência que não somos insubstituíveis, portanto, deixei a minha família assumir a responsabilidade da empresa, por motivos de saúde, encerrei a empresa em nome individual e criamos a J.J.R.& Filhos, SA. E continuo a gostar muito

NF – Com 71 anos, que conselho deixa aos mais novos? JR – A vida nunca é fácil, deve-se saber encarar a vida com realismo e humildade.

NF – E quanto a Santa Catarina, pode dizer um ponto forte e um ponto fraco desta freguesia? JR - Bom, um ponto forte é que o pessoal desta terra é muito lutador e empreendedor. Um ponto fraco…olhe menina, eu conheço terras que ao pé desta estão muito pior!

NF – Como empresário, aconselha a apostar em que áreas de negócio? JR - Neste momento o que aconselho é calma, é


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Not铆cias de F谩tima

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