vozdaserra2002.04

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Tecedeira preserva arte Pág. 12 e 13

Empresa do mês: Hiperclima, S.A. Pág. 21

Isabel Damasceno em entrevista

Saneamento avança em 2003 Pág. 06 a 08

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3393, de 5 de Abril de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.



FÓRUM FICHA TÉCNICA

INDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

Histórias da História............................04

DIRECTOR-ADJUNTO: Pedro Costa

Entrevista Isabel Damasceno......06 a 08

EDIÇÃO: Carlos Santos Almeida

Coros em Loures...................................09

CONSELHO DINAMIZADOR:

PSD subiu.............................................10

Armando Costa Armindo Neves David Vieira Domingos Neves

Câmara apoia Rancho .........................11 Tecedeira matém a tradição ........12 e 13 Aposta social na Loureira ....................14

Fausto Neves

Velocidade controlada ..........................15

Jaime Silva

Visita Pascal agendada .......................16

Joaquim Rodrigues

Opinião .................................................17

Jorge Primitivo

Camadas jovens da UDS .....................18

José Augusto Antunes

Obras financiadas................................19

José Carlos Rodrigues

Hiperclima faz dez anos ......................21

Lino Pereira

Educação..............................................22

Manuel Silva FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso

PATROCINADORES PERMANENTES: Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra LubriFátima Socoliro Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Armindo Pereira e Neves, Lda. Hiperclima Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. Lenobetão

IMPRESSÃO: Mirandela SA TIRAGEM: 2.500 exemplares

Serviço público

Apoio ao leitor A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando.

Nesta segunda edição da VOZ DA SERRA, procuramos dar a conhecer quais os planos para Santa Catarina da Serra, daqueles que têm a seu cargo da tarefa de gerir os destinos do concelho. Na entr evista a Isabel Damasceno, presidente da Câmara Municipal de Leiria, fica patente que o dinamismo e a peculiaridade das gentes desta freguesia é reconhecido e tido em conta. Por outro lado, fica a garantia de que a melhoria da qualidade de vida da comunidade de Santa Catarina da Serra está entre as prioridades do executivo. O que se espera é que os planos e projectos que agora se preparam para moldar o futuro desta terra, avancem com a celeridade que se ambiciona para que o desenvolvimento seja acompanhado pela real e eficaz satisfação das necessidades básicas da população. Afinal, o desenvolvimento humano é uma das bases imprescindíveis para enfrentar os desafios que o futuro reserva ao concelho e ao País. Uma nota ainda para a tradição local que alguns, como a tecedeira Emília Marques, teimam em preservar. É que os usos e costumes herdados do passado são peças fundamentais para alimentar a identidade comum.

Esta revista é suplemento local que integra da edição n.º 3393, de 5 de Abril de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

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TRIBUNA

Histórias da História

Domingos Marques Santa Catarina da Serra teve as suas origens em pequenos povoados dispersos na serra, pertencentes aos termos de Leiria e Ourém. As pequeníssimas aldeolas do termo de Leiria pertenciam à freguesia de S. Martinho com igreja na então vila de Leiria e as de Ourém pertenciam à Colegiada de Ourém. Por serem zonas rurais e afastadas dos centros urbanos os seus moradores eram analfabetos. No ano de 1758 e de acordo com o manuscrito do cura João Pedro não existia na freguesia escola, colegiada ou convento, para a aprendizagem das artes de ler e escrever. Para uns, o ensino era feito em casa do pároco e para outros, os interessados teriam de sair da terra para junto de pessoas habilitadas. Este estado de coisas teria de mudar e na reunião da Junta de Paróquia do dia 18 de Junho de 1867, no tempo do pároco Domingos José Lopes, tendo como vogais Manuel Marques, do Pedrome e Joaquim Vieira, da Pinheiria, o regedor José Rodrigues Ferreira, da Loureira e algum povo representado pelo paroquiano José Antunes das Neves, de Siróis, foi deliberado pedir uma Cadeira Régia de Ensino Primário para esta freguesia que tinha 318 fogos e cerca de 115 meninos dos 6 aos 12 anos de idade e, existindo ainda a poente os lugares da

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Chaínça e Casal dos Lobos, pertencentes à freguesia do Reguengo e a norte os lugares das Matas, Ninho d’Águia, Vale Feto e Cercalinho, da freguesia de Espite, os meninos desses lugares poderiam aproveitar a escola a construir em Santa Catarina da Serra por ficarem aqui mais perto e serem melhores os caminhos das suas freguesias. Se o pedido fosse aceite dariam a casa para a aula, com uma sala de quatro metros quadrados, dois quartos, uma cozinha e um quintal, cuja casa pertencia à Igreja e ainda a mobília. De tudo isto foi dado conhecimento ao Excelentíssimo Senhor Comissário dos Estudos de Leiria, mas só no dia 2 de Fevereiro de 1877 é que o referido Comissário dos Estudos de Leiria, foi informado de que havia casa para a escola e esta foi posteriormente visitada e examinada pelo Delegado de Saúde que a não encontrou satisfatória para aí se leccionar o ensino, necessitando de obras, mas a Junta de Paróquia comprometeu-se a entregá-la capaz no prazo de 3 meses. Como as coisas se estivessem a demorar muito e para abreviar o funcionamento da escola, o pároco cedeu a sua residência para esse fim, cuja oferta foi aceite pelos Delegados Dr. Abílio Barreto Perdigão e Dr. Jordão, dando-se então início ao funcionamento da escola que seria utilizada apenas pelos meninos, já que as meninas estavam privadas de a frequentarem. No dia 6 de Setembro de 1903, novamente a Junta de Paróquia, da responsabilidade de Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves e seus vogais Luís Marques e António Francisco Gordo se interessou pela educação escolar e deliberou pedir a Sua Majestade a conversão desta escola só para meninos em escola mista, que serviria também para as meninas. (Continua no próximo número)

Reparação de uma mina A Junta é dona de um antigo lavadouro em Vale Tacão, designado por Fonte da Cal. Os proprietários dos terrenos anexos utilizavam as sobras das águas para as regas dos campos. Mas as coisas nem sempre foram pacíficas, o que levou a referida Junta a deliberar sobre essas águas. No dia 15 de Outubro de 1992 foi deliberado dividir a água em 18 períodos de 12 dias, com início no dia um de Abril de cada ano, terminando no dia dois de Novembro e distribuídos da forma seguinte: Os quatro primeiros dias de cada período pertenciam aos herdeiros de José da Silva, que foi do Sobral; os três seguintes pertenciam a Marcolino Marques, do Vale Tacão, os restantes cinco dias pertencem à utilidade pública. Esta divisão não foi muito de agrado de outros proprietários e trinta e cinco anos depois (24 de Novembro de 1957) a Junta teve de fazer uma outra distribuição daquelas águas, ficando da seguinte forma: As águas serão divididas em períodos de sete dias, sendo os quatro primeiros para Joaquim Francisco e os restantes três dias para Manuel Pereira das Neves. Os períodos começam às “Avé Marias” de cada segunda feira do ano, sendo obrigação dos interessados terem em boa conservação os boqueiros próprios, regando pelo fundo que está ao norte da presa de Joaquim Francisco e pelo mais elevado a poente de Manuel P. Neves, custeando em partes iguais a limpeza da presa. Entretanto, a fonte foi transformada em lavadouro e estas deliberações já não fazem sentido. Em 2001, uma das minas que abastece o lavadouro desabou, tendo havido uma intervenção no passado dia 19 de Março, colocando manilhas na parte final da mina, canalizando as águas para o tanque de lavagem.



ENTREVISTA

"Há um enorme dinamismo na freguesia"

Em entrevista ao VOZ DA SERRA, Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria, traça as grandes prioridades do executivo que lidera para a freguesia de Santa Catarina da Serra. Avançar com o saneamento básico em 2003 e apostar na criação de infra-estruturas desportivas, são as medidas que sublinha no plano de acção traçado para a mais serrana das freguesias do concelho. Pelo meio, a autarca deixa um rasgado elogio ao dinamismo que caracteriza Santa Catarina da Serra.

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Enquanto presidente de Câmara, que ideia associa a Santa Catarina da Serra? Quando penso em Santa Catarina da Serra, lembro-me das pessoas e do seu dinamismo. Há um enorme dinamismo, mobilizado para os interesses colectivos da freguesia. E a partir daí vem o resto. Talvez o facto de se tratar de uma freguesia que durante muitos anos sofreu de um certo isolamento, afastada da zona urbana e com algumas dificuldades acentuadas, criou uma capacidade natural das pessoas reagirem às vicissitudes. Actualmente isso não é tanto assim, e muitas das dificuldades foram ultrapassadas. Santa Catarina da Serra é uma freguesia em franco progresso e desenvolvimento, mas ficou o espírito de organização interna. Penso que a freguesia não tem características negativas. É evidente que tem uma ou outra dificuldade, inerente a questões materiais. O mais importante a desenvolver nos próximos anos para Santa Catarina da Serra é o saneamento básico. É uma freguesia que a muito curto prazo terá condições para avançar em termos de saneamento básico. Até porque toda aquela rede drena para uma estação de tratamento que está feita. Mas como é evidente, criar uma infra-estrutura de saneamento em Santa Catarina da Serra não é propriamente a mesma coisa que avançar com esse tipo de obras no Coimbrão ou em Monte Redondo. Há dificuldades devidas às características do terreno. Considera que a dinâmica da freguesia tem sido acompanhada pelo investimento público? Julgo que uma forma geral, sim. Mas nunca é o suficiente. Seria muito bom que a freguesia já tives-


ENTREVISTA se o saneamento básico e o equipamento desportivo necessário. Mas penso que nos últimos anos – mesmo antes do meu mandato – houve um desenvolvimento significativo em termos de investimento público em Santa Catarina da Serra. Por ser uma freguesia dispersa e grande, com muitas ligações, existe uma dificuldade natural que obriga a um investimento significativo em termos de arruamentos. Quando uma estrada está completa, há sempre uma outra que já não está em condições. É sempre necessário investir nas acessibilidades. Por outro lado, com esta perspectiva de avanço do saneamento básico e com as consequências que daí advêm, não é sensato andar a fazer grandes investimentos em estradas sem ter esta fase do saneamento ultrapassada. Mas interessa manter a qualidade para que se possa circular sem grandes problemas. Por outro lado, acho que se fez muito investimento ao nível das escolas e nas questões ambientais, sobretudo na zona central da freguesia, que acho que está um "mimo" do ponto de vista do que deve ser feito ao nível de arranjos exteriores. Acresce que a freguesia conta ainda com equipamentos sociais importantes - de apoio às crianças e idosos - e com a dinâmica das comissões de capela das várias localidades. Além do saneamento, que outros investimentos públicos estão programados para a freguesia? Na sequência do saneamento será remodelada alguma situação de água que não esteja em condições, surgindo também a reposição do pavimento das estradas. Há ainda um investimento a prazo que está muito bem encaminhado. Para mim já não é um sonho, e será uma realidade a curto prazo: trata-se do equipamento desportivo. Quando surgiu a escola em Santa

Catarina da Serra, na minha opinião teria sido obrigatório a construção de um pavilhão polidesportivo. Na altura existiriam algumas restrições financeiras e não foi feito. Há uma população escolar que tem uma necessidade absoluta de um equipamento para a prática de desporto. Existe ainda a dinâmica da União Desportiva da Serra e das colectividades da freguesia. Trata-se de um investimento desportivo, que numa primeira fase consistirá num pavilhão polidesportivo. E temos a garantia de que vai ter procura. O Plano Director Municipal está em fase final de elaboração. O que pode esperar a população da freguesia desta nova versão do Plano? É evidente que vai resolver muitas questões. Mas o PDM é um plano de ordenamento do território, e vai ter restrições. É bom que as pessoas percebam que pelo facto do PDM estar a ser revisto, não significa que tudo venha a ser permitido. Antes

pelo contrário. O que nós percebemos é que o actual documento tinha erros grosseiros, e sobretudo não previa a dinâmica que caracteriza o concelho. Agora, estamos a prever núcleos industriais em várias zonas. Nessa medida Santa Catarina da Serra também vai beneficiar. Mas que ninguém pense que por ter um terreno que lhe parece que é bom para construir, – mas que ninguém duvida que é reserva ecológica, e vai continuar a ser – que vai poder fazê-lo. Santa Catarina da Serra já é vila e está no limite do concelho e do distrito. No que se refere às questões da segurança, já se justificava a instalação de um quartel da GNR na freguesia? Acho que se justificava. Existe um projecto muito sensato e que deve ser reconhecido por não ser vulgar, uma vez que resulta de uma proposta concreta de quatro Juntas de freguesia, Arrabal, Chainça, Caranguejeira e Santa Catarina da Serra. Os

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ENTREVISTA Jorge Gameiro, presidente da Associação do Desenvolvimento Social da Loureira

quatro presidentes uniram-se e fizeram uma proposta no sentido de criar um quartel que servisse as quatro freguesias. Foi feito um estudo geográfico e uma indicação hipotética do sítio em que poderia ser instalado o quartel. O processo foi entregue ao senhor Governador Civil, para seguir os trâmites normais. Acho que é uma pertinência perfeitamente lógica, até porque há uma capacidade de organização colectiva excepcional. Seria muito bom que esta questão fosse satisfeita. Ainda em relação à localização geográfica da freguesia, há uma questão recorrente que aponta para a eventualidade da freguesia de Santa Catarina da Serra ser incluída num futuro concelho de Fátima... Será o que as populações quiserem. Eu não me oporei ao que as populações quiserem. Estas questões das divisões administrativas são muito delicadas e eu sou defensora de referendos para estes casos. Se se realizam consultas para decidir a localização de um polidesportivo, porque não se pode fazer um referendo sobre esta questão? Assim, se um dia isso vier a acontecer, e se a população de Santa Catarina da Serra vier a decidir

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nesse sentido – e eu tenho muitas dúvidas, porque do contacto com as pessoas percebo que há muito maior afinidade com Leiria que com Fátima – aceitarei com toda a tranquilidade.

Perguntas dos outros Domingos Marques, presidente da Junta de Santa Catarina da Serra Quando é que os moradores de Santa Catarina da Serra podem contar com o saneamento e com uma zona industrial? Estamos convictos que até ao final do ano temos um novo PDM, que vai incluir um pólo industrial. No que se refere ao saneamento, a freguesia será abrangida proximamente. A zona de Caranguejeira, Arrabal e Santa Eufémia está a ser abrangida pelo saneamento. E acredito que para o ano iniciaremos o saneamento em Santa Catarina da Serra, porque damos prioridade às zonas abrangidas pelas ETARs – Estações de Tratamento de Águas Residuais, já existentes.

O que pensa fazer durante este mandato ao nível de estruturação do movimento associativo, visto não existir uma entidade concelhia que supervisione esta realidade? Mas existe. A associação que o senhor Jorge Gameiro dirige tem características múltiplas. E nós temos uma organização dedicada a tudo quanto é associativismo cultural e desportivo. Essa associação tem, sobretudo, um cariz de associativismo social. E dentro dessa componente social, teve um apoio significativo. Entrou em funcionamento uma creche com apoio da Câmara, porque entendemos que essa é uma valência importante. Mas não faz sentido haver uma entidade que agregue todo esse movimento associativo mais especifico. Cada pelouro da Câmara tem a sua organização de maneira a atender às necessidades desse associativismo. Aquela associação é sobretudo de características sociais e como tal tem sido apoiada.

Joaquim Mendes, Rancho Folclórico de São Guilherme Tendo em conta a proximidade de Fátima, importante destino turístico, como encara o projecto de criação da Casa Museu, da iniciativa do agrupamento folclórico? Encaro de forma positiva. Essa questão já me foi colocada. O rancho tem um projecto de recuperação de uma casa antiga, para fazer algo de semelhante ao que está a ser concluído no Arrabal, que é a criação de uma Casa Museu. O Rancho de S. Guilherme tem um espólio muito interessante e de qualidade, e eu acho que é um projecto para acarinhar com toda a força. A Câmara vai apoiar? Com certeza que sim.


ACTUALIDADE

Coros em Loures Os coros da Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra (ACPSCS) deslocaram-se a Santo António dos Cavaleiros, Loures, para uma nova participação no encontro de coros que aí decorreu, promovido pela Junta Local. O evento decorreu no passado dia 24 de Março e contou com a participação de corais vindos de outras partes do País e de Espanha. Recorde-se que são dois os coros da ACPSCS. O Coro Juvenil foi fun-

dado em 1997. Conta com a participação de 20 elementos. É o único coro jovem feminino da nossa região. Por sua vez, o coro infantil é um coro misto composto por 40 elementos. Foi fundado em 1994.

Escola de Loureira recebe briquetes A escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Loureira é uma das duas escolas do concelho de Leiria contempladas com briquetes produzidas a partir da valorização dos pinheiros de Natal recolhidos no início do ano. As árvores foram recolhidas pela Câmara Municipal de Leiria e transformadas no Centro de Biomassa para a Energia, no âmbito de um protocolo celebrado com a Enerdura – Agência Regional de Energia da Alta Estremadura. As briquetes, entregues esta semana às escolas, servirão para aquecer as salas de aulas no próximo Inverno.

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ACTUALIDADE

Apoio aprovado O executivo camarário de Leiria vai avançar com um subsídio de 46.241 euros para a custear a cobertura, instalações e sistema eléctrico da sede social da União Desportiva da Serra. A atribuição deste apoio, no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo, foi deliberado em reunião de Câmara no passado dia 19 de Março e insere-se num pacote de apoios atribuídos a 14 colectividades do concelho.

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PSD subiu Com uma subida de quase nove pontos percentuais, o PSD um reforçou a votação relativamente ao registado em 1999. Foram mais 329 votos nos socialdemocratas, que contrastaram com a descida acentuada na votação no Partido Socialista. Se em 1999, 331 eleitores optaram por conceder o seu voto ao PS, desta feita apenas 201 eleitores votaram no partido da rosa. Um facto que relegou o partido para a condição de terceira força mais votada, tendo sido ultrapassado pelo CDS/PP, que ainda assim não evitou uma descida na votação, passando de 301 votos (13,57%) em 1999, para 278 votos (11,49%) nas eleições de

Março passado. Este ano, acorreram às urnas mais 202 eleitores que em 1999, sendo que a abstenção desceu de 27,78 para 23,71 por cento.

Legislativas 2002 PARTIDOS PPD/PSD CDS-PP PS B.E. PCP-PEV P.H. MPT PPM PCTP/MRPP POUS Abstenção Brancos Nulos

VOTOS % 1836 75,87 278 11,49 201 8,31 19 0,79 7 0,29 6 0,25 5 0,21 5 0,21 4 0,17 3 0,12 23,71 1,20 1,12


ACTUALIDADE

Câmara apoia rancho

O rancho folclórico conseguiu apoio para aquisição de imóvel para instalar o Museu No passado dia 26 de Março, a Câmara de Leiria aprovou um apoio a conceder para o projecto de criação da primeira Casa Museu da freguesia de Santa Catarina da Serra. O município deliberou

suportar com uma verba de 25 mil euros a aquisição do imóvel destinado à instalação do museu etnográfico do Rancho Folclórico de São Guilherme. A compra está orçada em 65 mil euros.

Subsídios atribuídos A Câmara Municipal de Leiria deliberou na reunião do executivo, que decorreu dia 26, atribuir um subsídio no valor de 485,55 euros para ajudar a custear o pagamento do ramal de água da Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra. Na mesma reunião, a autarquia deliberou elaborar um protocolo de delegação de competências com a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra com vista à construção de novas casas de banho na escola do 1.º ciclo do Ensino Básico de Loureira. Para o efeito transferiu para a Junta 5.469 euros.

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TRADIÇÃO

O algodão que não engana

Emília Marques está apostada em preservar a tradição Para Emília Marques é o fio que conta. Tecedeira porque gosta, lembra os tempos de solteira em que aprendeu esta arte que agora está por um fio. Não fosse o facto de ter transmitido o seu saber às suas filhas e de também a sua irmã dominar o ofício, tudo estaria em vésperas de se extinguir. Com 70 anos que deixam inveja, Emília tece os desejos dos fregueses. Mas sempre com o melhor fio de algodão, explica. Afinal, é aí que reside boa parte do segredo deste negócio, cuja alma é, tão só, o saber fazer acumu-

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lado há gerações. Prova disso é o facto de também ela ter aprendido por lá, na terra onde continua a morar – e que nunca deixou – o engenho que lhe garante dias preenchidos. "Mas agora há pouca gente a praticar esta arte. Há 20 ou 30 anos, por aqui quase todas eram tecedeiras, mas agora preferem estar empregadas", diz. É bem certo que os padrões e os materiais vão sofrendo algumas evoluções, mas esta tecedeira de Vale Tacão – que uma dúzia de vidas trouxe e ajudou a criar para este

mundo – mantém o que mais genuíno tem esta arte; o empenho e o suor individual. Nos tempos de casada, enquanto criva os filhos, o tear foi esquecido. Mas agora que o tempo sobeja, no anexo da sua habitação, a tradição ainda é o que era. Tapetes e mantas, são as principais encomendas. De clientes habituais, de toda a freguesia e mesmo de fora dela, a jovens que querem ver a tradição a cobrir soalhos e camas, o trabalho não falta. "O trabalho nunca faltou", explica. No local onde Emilia trabalha é possível comprar directamente o produto saído do entrelaçar de fios e tecido, em teares de madeira, também eles fabricados na freguesia. Lá é igualmente possível deixar a encomenda para depois poder desfrutar de uma manta ou de um tapete ao gosto de quem compra. O tempo que gasta a tecer é medido em comprimento. Em média, cada metro implica uma hora de trabalho. Já a manta, é o tipo de trapos e o facto de ser ou não alcochoada que faz variar o tempo de trabalho. Mas é quase certo que uma manta leva um dia a tecer. Mas afinal, porque se teima em dar continuidade a uma prática que além de mais morosa que as modernas industrias, ainda está agarrada a antigas formas de trabalhar ? A resposta é simples e vem da boca de Emilia. "Estas mantas e tapetes duram mais. Nós tecemos para as freguesas e elas gostam do trabalho bem feito e usamos algodão bom. A diferença está no fio". Isto é, o algodão aqui não engana. E porque o bom algodão, como explica esta tecedeira, é meio caminho andado para garantir que os tapetes ou as mantas tem pela frente uma vida longa, Emília não quer trocar de fio. É que assim, os tapetes podem durar cinco ou seis anos e as mantas mais de 20.


TRADIÇÃO Teares da casa Também os teares foram feitos no lugar de Vale Tacão. É um carpinteiro, vizinho de Emília, que os repara quando algo corre mal, porque também foi ele que os fabricou. Actualmente com duas destas ferramentas de madeira, que há vários anos são a base do seu trabalho, Emília conta que um dos teares, o mais antigo, já deixou a oficina. Actualmente, está exposto na casa museu de Aljustrel, Fátima. Hoje em dia já não é muito fácil encontrar teares. Mas mesmo assim, Emília insiste que não cede à tentação de enveredar por uma utilização de máquinas eléctricas. Até porque "isto não dá para máquinas eléctricas que não conseguem trabalhar com trapos que por vezes vêm partidos", explica.

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ACTUALIDADE

Aulas para estrangeiros A Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira prepara o início de aulas para cidadãos estrangeiros da freguesia. Segundo Jorge Gameiro, presidente da colectividade, os contactos com o Centro de Área Educativa de Leiria já foram estabelecidos, tendo sido já manifestada disponibilidade por parte dos docentes. O acerto de horários entre alunos e professores marcará o horário que regerá o funcionamento das aulas.

Espaço internet Brevemente vai estar disponível na sede da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira um espaço dedicado à informática, com cinco computadores ligados à internet. A iniciativa decorre no âmbito do programa “Geração Millennium”. A implementação deste programa é da responsabilidade da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI), em colaboração com o Instituto Português da Juventude (IPJ) e o Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) e visa estimular a criação, desenvolvimento e promoção de espaços públicos de acesso e formação em tecnologias de informação e comunicação.

Faleceu ex-autarca Mário Pinheiro, o primeiro presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra no pós 25 de Abril, faleceu no passado dia 26 de Março. O ex-autarca residia na Loureira e estava ligado à actividade industrial.

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Aposta social na Loureira A Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira avançou recentemente com mais uma valência que reforça a vocação social desta colectividade. Arrancou em Março passado o serviço de apoio domiciliário. Nesta fase inicial, o serviço tem seis utentes, residentes na Loureira e zonas limítrofes da localidade. “A intenção é alargar o serviço em termos de quantidade e qualidade”, explica Jorge Gameiro, presidente da colectividade. Actualmente o apoio domiciliário é prestado cinco dias por semana. Contudo, “pensamos, talvez ainda este ano, alargar o serviço para 24 horas por dia, através do sistema de tele-alar me”, refere Jorge Gameiro. O sistema funcionará com o reencaminhamento das chamadas dirigidas à Cruz Vermelha para o serviço de apoio domiciliário, explica. Esta nova valência surge poucos meses depois da colectividade ter colocado ao serviço da população um serviço de creche, que arrancou em Setembro do ano passado e que actualmente conta com 24 crianças, provenientes da Loureira e localidades vizinhas. “A creche e o apoio domiciliário vêm dar mais qualidade de vida para as populações”, adianta este responsável que refere que as novas valências implicaram um investimento na ordem dos 175 mil euros. Actualmente a instituição tem 15 funcionários. As instalações da colectividade, com uma área total superior a dois mil metros quadrados, só estão ser utilizadas em cerca de 30 por cento. Além do bar e do salão de festas já em funcionamento, ao nível do rés-do-chão existe um espaço que será vocacionado para Centro de Convívio. Existe ainda uma área reservada

para as futuras instalações da extensão de saúde local. O edifício tem ainda um espaço reservado para um auditório, e para um ginásio e actividades de fisioterapia. Há ainda uma sala destinada para a biblioteca. Contudo, explica Jorge Gameiro, a finalidade para já destinada a estes equipamentos poderá ser alterada face às necessidade que venham a surgir. O grosso das obras já realizadas na sede da colectividade monta em cerca de meio milhão de euros, estima o presidente. E foram realizadas sem apoios oficiais significativos, que terão rondado dez por cento do total do investimento. Apesar da forte componente social, a colectividade tem ainda actividades de índole cultural, de que o grupo coral é um exemplo.


ACTUALIDADE

Nova designação

Velocidade controlada Estão a decorrer na Loureira os trabalhos de instalação de semáforos controladores de velocidade. A velocidade excessiva, habitual em certos automobilistas, e a conse-

quente sinistralidade daí decorrente, levaram à necessidade de implementar esta medida preventiva. As obras orçam cerca de 25 mil euros.

Louriferragens - Domingos Cruz, Lda. é a designação da empresa liderada por Domingos Cruz, substituindo a actividade que desenvolvia em nome individual. A nova empresa tem sede social na rua de Fátima nº1-A, Loureira e um capital social de 50 mil euros. A empr esa dedica-se à comercialização de ferrragens, torneiras, bem como vários e artigos e mobiliário para a casa de banho.

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ACTUALIDADE Visita Pascal Está já a decorrer a habitual visita pascal, tendo sido iniciada no domingo de páscoa na zona do ramo de Santa Catarina da Serra. De acordo com uma nota aos paroquianos, emitida pelo pároco Mário Verdasca, as visitas pascais ainda por realizar vão seguir a seguinte ordem: Dia 5 de Abril, a partir das 17 horas em Quinta da Sardinha e Vale Maior; sábado, dia 6, a partir das 9 horas, no ramo da Loureira; domingo de Pascoela, no ramo da Chainça, com início às 11 horas. No sábado, dia 13, a visita prossegue no ramo de Vale Sumo e no dia seguinte no ramo de Vale Tacão.

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A Capela que Vale A gestão dos equipamentos da igreja é uma das principais competências da Comissão da Capela de Vale Sumo. José Moreira, que até Janeiro passado era um dos responsáveis por aquela entidade, adiantou ao VOZ DA SERRA que a recuperação da capela da localidade é uma das principais tarefas que esperam os actuais responsáveis da Comissão da Capela. Para já, o novo salão paroquial, com mais de 400 metros quadrados de área e onde se realizam várias actividades festivas, é um dos principais equipamentos sob a alçada da comissão, cujos dirigentes são nomeados para períodos de três anos. São os peditórios pelas várias

localidades que compõem o ramo de Vale Sumo que facultam os fundos necessários ao desenvolvimento das suas actividades. Contudo, algumas localidades vizinhas, das freguesias de Caranguejeira, Arrabal, Espite, também costumam ajudar. Por outro lado, as festas religiosas também são da responsabilidade da Comissão. A Festa de S. Miguel, agendada para 24 e 25 de Agosto, e a Festa do Espírito Santo, no Domingo de Pentecostes, são algumas das datas festivas. A catequese, que envolve cerca de meia centena de crianças, é outra das actividades que conta com o apoio da comissão.


OPINIÃO

O nosso futebol juvenil Desde o início da existência da União Desportiva da Serra e da altura em que o S. Guilherme optou pela extinção de equipas seniores, que várias têm sido as equipas das duas colectividades a participar nas camadas jovens do futebol distrital. Desde então, centeVirgílio Gordo nas de jovens quer da freguesia quer até das freguesias vizinhas, têm passado ano após ano por uma ou por outra equipa. Os resultados desportivos nem sempre foram de acordo com o trabalho desenvolvido. Aliás, na minha opinião, no futebol jovem um dos factores mais importantes passa pela existência de valores individuais, que por vezes vão aparecendo. Quando esses valores aparecem em simultâneo, isto é, no mesmo escalão e em posições chave que qualquer equipa tem, os resultados melhoram a olhos vistos. Outro dos factores decisivos prende-se com a continuidade. É também minha opinião que o que se passa neste momento é disso a maior e melhor prova. Atente-se ao que está a acontecer nesta época a todos os títulos brilhante, quer no que diz respeito ao trabalho desenvolvido, quer por consequência nos resultados até agora obtidos. Assim, no que diz respeito aos tais resultados, ao fim destes anos todos, ainda não houve qualquer título de campeão distrital, quer para a UDS, quer para o S. Guilherme. Se a memória me não falha, já existiram várias vitórias nas séries ou zonas, presenças em algumas fases finais dos respectivos campeonatos e algumas subidas de divisão. Se estou certo, o S. Guilherme já disputou uma final do campeonato de juniores e uma subida nos iniciados. A UDS disputou uma final da taça de juvenis e conseguiu dois segundos lugares em fases finais de juniores. Em termos de aproveitamento ou de total sucesso de jogadores que jogaram nos seniores ou atingiram outros clubes de maior nomeada é que os frutos se contam pelos dedos de uma só mão. Sobre esse delicado tema, pronunciar-me-ei numa próxima oportunidade, pois dá pano para mangas, como sói dizer-se. Para terminar este meu raciocínio, os resultados desta época: Os juniores da UDS comandam a par do Óbidos a zona Sul, garantindo a duas jornadas do final da 1ª fase do campeonato, a presença na fase final. Os juvenis do S. Guilherme, desde de há muitas jornadas que garantiram a sua presença na fase final do seu campeonato, onde

mantêm a invencibilidade e o 2º lugar. E estão espectacularmente nas meias finais da Taça da categoria. As escolas da UDS, a provar de que "em menino é que se torce o pepino" , obtiveram onze vitórias consecutivas, liderando o respectivo campeonato. É caso para dizer que longe vão os tempos em que os nossos jovens futebolistas eram permanentemente goleados.

UDS perde o sócio Faleceu no passado dia 11 de Março, vítima de doença fatal, um dos mais fiéis seguidores do popular clube de Sta. Catarina. O Sr. Joaquim Gaspar Francisco do Cercal da Gordaria, sócio há mais de vinte anos, era de facto um dos Santacatarinenses, que mais vezes acompanhava a equipa de futebol da UDS, a qualquer local quer do concelho de Leiria, quer até do mesmo distrito. Foi ainda no meu tempo de jogador que me habituei a ver ao redor do campo em que jogávamos, a figura do Joaquim Francisco.

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DESPORTO

U. Serra: sucesso nas camadas jovens João Dias, responsável pelas camadas jovens da União da Serra, define como “um sucesso” o trabalho das equipas de formação do clube, que movimentam cerca de 80 miúdos. Nas escolas, não há mãos a medir para tantos jogadores que aprendem a dar os primeiros pontapés na bola. Uma única equipa nesse escalão movimenta 50 jogadores e quase todas as semanas aparecem novos atletas. Os resultados da equipa, que soma apenas uma derrota e leva já várias dezenas de golos marcados, ajudam a que todos queiram que a popularidade cresça e todos sejam contagiados pela vontade de entrar na União da Serra. Mas os resultados do trabalho feito não atingem apenas os mais novos. Nos juniores, o campeonato distrital da I divisão corre bem à União da Serra, que está a lutar pela subida à divisão de Honra, onde, tudo indica, vão competir na próxima temporada. Em juvenis, a outra equipa de formação do clube que está inscrita, ao abrigo de um protocolo celebrado, pelo S. Guilherme, as coisas também correm bem, com um segundo lugar no respectivo campeonato e a qualificação para as meias-finais da Taça Distrito de Leiria. João Dias lembra também os resultados positivos em infantis,

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onde a União da Serra está “a fazer um campeonato agradável”. E adianta que, depois de na corrente época não ter havido iniciados, para o ano deve aparecer uma equipa desse escalão, além de uma outra de escolas, para aproveitar o elevado número de jovens jogadores. Praticamente todos os atletas são de Santa Catarina da Serra, mas há, nos juniores, alguns de Fátima, que passaram para a União depois do Centro Desportivo ter acabado com a sua equipa. Com os mais jovens trabalham, nos juniores, o treinador Virgílio Gordo, que conta com a ajuda de David Gordo, Luís Batista e Jorge Neto. Os juvenis são orientados por José Gordo e Álvaro Ferreira, com Augusto Gordo como director. Os

infantis e escolas são da responsabilidade de Jorge Neto, que coordena o trabalho com Paulo Dias, Pedro António e Hugo Feliciano.

Futebol jovem Cerca de uma centena de jovens jogadores participou no passado sábado num convívio organizado pelo departamento de futebol jovem da União Desportiva da Serra. A iniciativa reuniu equipas do clube da casa, do Ouriense e do Vasco da Gama num mini-torneio que serviu para os jogadores menos utilizados esta época poderem também mostrar o que valem.


DESPORTO

Apoio em protocolo Tudo aponta para que dentro de um mês a obra esteja concluída. A construção dos novos balneários da União Desportiva da Serra (UDS) está a avançar em bom ritmo. "Tratase de uma infra-estrutura que permitirá facultar as necessárias condições aos atletas da colectividade", explica Jaime Silva, presidente da colectividade. Eleito como uma das prioridades da direcção da União Desportiva da Serra, o financiamento das obras de construção dos novos balneários foi formalizado na passado dia 13 de Março. Na cerimónia de assinatura do protocolo, o governador civil do distrito

de Leiria, Carlos André, sublinhou a dinâmica da UDS, referindo que o apoio agora entregue é mais do que merecido, tendo em conta o trabalho já aí realizado sem apoio estatal. A candidatura apresentada pela colectividade de Santa Catarina da Serra é - entre as 106 apresentadas por colectividades de todo o distrito uma das dez que contaram com o apoio financeiro da Administração Central. Orçadas em cerca de 50 mil euros, as obras contam com uma comparticipação estatal que ronda os 30 mil euros e que surge no âmbito do PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da

Carlos André na assinatura do protocolo Administração Central. Caberá à colectividade, Câmara de Leiria e Junta de Freguesia local, suportar os restantes custos da obra.

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A Junta de Freguesia saĂşda todos os habitantes de Santa Catarina da Serra A Junta de Freguesia


HIPERCLIMA

Clima de sucesso A Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A. está prestes a cumprir a primeira década de actividade. E com sucesso, garantem os seus responsáveis. Neste mês de Abril, quando a empresa completar os dez anos de actividade, deixará o registo de um primeiro ano de actividade em que a facturação rondava 1,5 milhões de euros, para um volume de negócios anual bem acima dos 20 milhões de euros. É que em 2001, a Hiperclima registou um volume de negócios na ordem dos 21,4 milhões, sendo de esperar um crescimento entre cinco a dez por cento para 2002. Esta importante empresa no ramo da climatização, sediada em Pousos, Leiria, tem também ligações à freguesia de Santa Catarina da Serra. David Vieira, um dos sócios e administradores da empresa, é natural da freguesia. Trata-se de mais um projecto a que está ligado, explica. Além da sua actividade na presidência da Associação da Casa do Povo, e da sua ligação à União Desportiva da Serra e à Assembleia de Freguesia, David Vieira empenha neste sector o seu esforço profissional. E considera que esta tem provado ser uma boa aposta. Ainda que actualmente se viva uma situação de recessão económica, Joaquim Meneses, sócio e administrador responsável pela área comercial, está optimista. Afinal a empresa está entre as maiores do País a operar neste ramo e este é um negócio em expansão. “Este deixou de ser um produto tido como luxuoso para ser considerado um bem necessário”, acrescenta. Mas esse facto não explica tudo. Para este responsável, o sucesso reside na estratégia acertada que tem sido seguida pela empresa. A associação - em 1994 - a um dos maiores fabricantes europeus do ramo de aquecimento central e ar condicionado, o grupo Férroli - Itália, através da cedência de 25 por cento do capital à sua associada espanhola

Joaquim Meneses, Vítor Almeida e David Vieira, administradores da Hiperclima Férroli Espanha, S.A., permitiu a implementação da marca, que conta com boa penetração no mercado europeu. Por outro lado, o marketing, os serviços de assistência técnica e de pósvenda têm proporcionado as condições que sustentam a evolução positiva da empresa. “Todo este serviço combinado tem permitido o incremento do volume de vendas e o crescimento da empresa”, refere. E ainda que se possa argumentar que o clima português não facilita a expansão do negócio, Joaquim Meneses garante que a realidade é bem diferente. “É que os invernos têm picos com baixas temperaturas, mesmo com temperaturas negativas. E no verão as temperaturas são elevadas”, explica. Assim se explica a necessidade de expandir o negócio. E a Hiperclima conta já avançar com a abertura de novas instalações em Viseu, o que deverá acontecer ainda durante o mês de Abril. Durante este ano deverão ser construídas novas instalações no Porto, em terrenos que foram adquiridos para o efeito. Da mesma forma, a empresa prepara a ampliação das suas actuais instalações em Pousos, Leiria, aguardando a conclusão do processo de legalização da urbanização.

Empresa do mês Designação Hiperclima- Central de Distribuição Térmica de Portugal, SA

Data de fundação 20 de Abril de 1992 - Entrada da Hiperclima, S.A. na actividade de distribuição de equipamentos e materiais de climatização e aquecimento

Volume de negócios 21,4 milhões de euros em 2001

Funcionários 78 Principais mercados Todo o País

Outros dados A Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, SA tem o seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado desde Março de 2000. Desde 1998, a empresa foi, por quatro vezes, galardoada com a distinção de PME Excelência - Comércio.

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ENSINO

Dentro do princípio de uma “Escola para todos”, tem sido preocupação do Conselho Executivo proporcionar aos alunos com dificuldades de aprendizagem (NEE) a integração no mundo do trabalho, preparando-os para a vida activa. No âmbito dessa filosofia, tem vindo a estabelecer protocolos com empresas ou instituições da região, onde os alunos, devidamente acompanhados, cumprem um horário laboral em paralelo com as actividades curriculares disciplinares ou de enriquecimento curricular, na Escola, cumprindo o seu currículo escolar próprio.

Plano de Emergência/ Exercício de evacuação Decorreu, no passado dia 5 de Março, na escola sede, mais um exercício de evacuação de acordo com o plano de emergência. No local, estiveram presentes o senhor Carlos Montes, adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Leiria, que elaborou o plano, e a secção dos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra, que aí se deslocaram, de imediato, após o alarme. Pretende-se com estes exercícios testar os objectivos do plano que sumariamente são: - sensibilizar a comunidade educativa para normas de segurança; - limitar as possíveis consequências de um acidente; - criar automatismos de defesa e protecção; - envolver a comunidade educativa no cumprimento das normas de segurança. Findo o simulacro, houve lugar a uma reunião com os elementos do Conselho Executivo, dos quais faz parte o delegado para a segurança, o senhor Carlos Montes em representação dos bombeiros e a chefe do pessoal auxiliar, para fazerem a leitura

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Foto de Arquivo

Uma escola para todos

Limitar as consequências de acidentes é um dos objectivos do simulacro da acção e indicarem as alterações necessárias. Ficou determinado que no 3º período será feito novo exercício de simulação.

Actividades no mês de Março • Participação no projecto da C.M.L. “Vamos à Música” • Jogo de badminton (iniciados) na E.B.2,3 José Saraiva • Execução de cartazes e panfletos publicitários (Dia do consumidor) • Acção de Formação “Educ. Sexual” • Concurso “De quem é o texto?” • Visita de Estudo - Representação de uma peça pelo grupo teatral TIL • Exposição de trabalhos alusivos à Primavera • Exposição de selos e fotografias (desmistificar a Matemática) • Exposição de biografias de Autores Portugueses • Selecção e exposição de obras de autoria feminina (Dia internacional da mulher) • Plantação de árvores

• Comemoração do dia do Pai (convite aos pais para tomar café na escola) • Separação dos resíduos sólidos • Reciclagem de papel • Actividades no âmbito do projecto Europeu Conselho Executivo da EBI de Santa Catarina da Serra

Vale de Sumo pelo ambiente Os alunos do 4º ano da escola do 1º ciclo de Vale Sumo participaram com dois trabalhos no concurso organizado pela Fundação da Criança no âmbito da exposição “Planeta Azul”, patente em Leiria durante cinco dias. Os trabalhos, um de artes plásticas com base em materiais recicláveis e outro de composição literária, vão agora ser levados à final do concurso nacional promovido pela Fundação. Em Leiria, concorreram apenas três estabelecimentos de ensino, dois dos quais do ensino pré-escolar.




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