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Empresa do mês: Construções J.J.R. & Filhos, Lda. Pág. 27

Arrancaram as obras na zona desportiva Pág. 21

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3422, de 18 de Outubro de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Casamentos em queda na freguesia Pág. 5



FÓRUM FICHA TÉCNICA DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos DIRECTOR-ADJUNTO: Pedro Costa EDIÇÃO: Carlos Santos Almeida CONSELHO DINAMIZADOR: Armando Costa Armindo Neves David Vieira Domingos Neves Fausto Neves Jaime Silva Joaquim Rodrigues Jorge Primitivo José Augusto Antunes José Carlos Rodrigues Lino Pereira Manuel Silva TEXTOS: Carlos S. Almeida Sónia Gomes FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria

INDICE Estórias da História Casamentos em baixa PIDDAC contempla freguesia Livro ilustra o concelho Perfil: José Ruivo Escuteiros recebem computador Bombeiros em assembleia Casa do povo reinicia actividades Vindimas mobilizam freguesia A festa dos 70 anos Obras na freguesia Junta e igreja tentam acordo Professora e alunos em convívio Arrancaram as obras na Zona Desportiva União da Serra em busca das vitórias A aposta na formação Opinião Educação J.J.R.: preparar futuro com dedicação

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PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra

Participe

LubriFátima Socoliro Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Armindo Pereira e Neves, Lda. Hiperclima Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. Lenobetão

IMPRESSÃO: Mirandela SA TIRAGEM: 2.500 exemplares

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3422, de 18 de Outubro de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando.

Obras em movimento Estão já a decorrer as obras da nova zona desportiva de Santa Catarina da Serra. Um projecto de sublinhada importância para o desenvolvimento equilibrado da freguesia e dos seus habitantes. Afinal, numa sociedade crescentemente vocacionada para o lazer, onde as actividades de desenvolvimento pessoal ganham espaço, é determinante dotar Santa Catarina da Serra das infra-estruturas necessárias para realizar esse propósito. Parece ser certo que quando for concretizado este novo espaço de desenvolvimento pessoal e comunitário, se registe um salto significativo nos índices de qualidade de vida. Por outro lado, é inegável que desta forma são criadas as condições para a cabal concretização dos objectivos dos atletas que ao longo do tempo têm vindo a defender as cores da União Desportiva da Serra, uma instituição crescentemente importante na divulgação do nome desta freguesia.

Rectificação Por lapso, na última edição da revista VOZ DA SERRA, ocorreu uma lamentável troca de fotos, nas páginas 10 e 11. De facto, apenas foram publicadas fotos referentes às actividades festivas decorridas na Quinta do Salgueiro. Consequentemente, o artigo referente às festas do sagrado coração de Jesus foi erradamente ilustrado com fotos que não se referiam às actividades que tiveram lugar durante esses festejos. Pelo facto, pedimos desculpa aos nossos leitores.

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TRIBUNA

Estórias da História (As capelas de S. Guilherme – Continuação)

Capela (3) da Magueigia No dia 29 de Abril de 1979 o pároco em santa Catarina da Serra Padre e Joaquim Carreira Faria, em representação do Vigário Geral da Diocese, benzeu solenemente a primeira pedra desta nova capela de S. Guilherme, no lugar da Magueigia. A planta de arquitectura foi da responsabilidade do Francisco Primitivo e aprovada pela Comissão de Arte Sacra, ficando com a porta principal virada para os Arrebentões, ao contrário do que é normal (a oriente), porque a configuração do terreno não permitia outro tipo de implantação. Ao fim de um ano de muito tra-

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balho e muitas canseiras e até desânimos as paredes estavam prontas para receber a telha. No dia 15 de Novembro de 1981 foi solenemente benzida pelo senhor Bispo de Leiria que aí celebrou missa, assistindo muito povo. Para a demolição e construção do novo edifício foi nomeada a comissão composta por José Jesus Pereira, Luciano Manuel Teixeira Antunes e David Pereira Gonçalves, respectivamente de Magueigia, Quinta da Sardinha e Pedrome. O serviço de pedreiro esteve a cargo de Francisco Pereira Novo, do lugar do Ulmeiro, mas a torre foi da responsabilidade do seu

irmão José, da comissão da capela. Certamente que existem muitas coisas para relatar mas devido ao reduzido espaço disponível não é possível ir mais além e terá de ficar para nova oportunidade. Para curiosidade dos mais novos e recordação dos mais idosos apresentamos aqui a fotografia da antiga capela, aliás muito linda que tristemente recordamos. Ao fim de tantos anos e de várias comissões de capela esta ainda se encontra registada na 1ª Repartição de Finanças de Leiria sob o artigo urbano nº 410 a favor da Fazenda Nacional. Domingos Marques das Neves


ABERTURA

Casamentos em queda

mesmo período de 1999. Ainda assim, e a nível nacional registou-se

Fonte: INE

O número de casamentos católicos realizados na paróquia de Santa Catarina da Serra caiu significativamente de 1999 a 2001. De acordo com as estatísticas divulgadas pela Diocese de Leiria/Fátima, em 1999 realizaram-se 38 casamentos na paróquia, um número que decresceu para 11 em 2001. Estes dados foram conhecidos na sequência da publicação do Anuário Diocesano. E ainda que se refiram aos casamentos católicos, seguem a tendência nacional ao nível do numero de casamentos registados em todo o país. De acordo com dados recentemente divulgados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, no primeiro trimestre de 2000, o número de casamentos celebrados em Portugal registou o valor de 8478, ou seja menos 6,7 por cento em relação ao

De acordo com o INE, o número de casamentos decaiu a nível nacional. E a região Centro – onde se integra Santa Catarina da Serra – não foi execepção

igualmente um decréscimento no número de casamentos dissolvidos por divorcio. Nesse período, e a nível nacional registaram-se 4550 divórcios, menos 4,3 por cento que em 1999. Ainda de acordo com os dados publicados no Anuário Diocesano, que não apresentam dados do número de casamentos na paróquia de Santa Catarina da Serra em 2000 -, a queda registada ao nível de casamentos também foi acompanhada pelo decréscimo no número de baptizados realizados. De facto, o número de baptizados caiu para cerca de metade entre 1999 e 2001. Em dois anos, o número decaiu de 63 (1999) para 32 em 2001. Contudo, e como salvaguarda a Diocese de Leiria/Fátima, responsável pela publicação do anuário, os dados estatísticos apresentados referem-se aos sacramentos celebrados em cada uma das paróquias, sem levar em linha de conta a residência de origem dos fieis. Isto é, da mesma forma que os católicos de Santa Catarina da Serra poderão optar por celebrar os sacramentos fora da paróquia, poderão os paroquianos exteriores a Santa Catarina da Serra, realizar os sacramentos na paróquia.

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ACTUALIDADE

Aquecimento em PIDDAC A freguesia de Santa Catarina da Serra foi contemplada com 50 mil euros, na distribuição das verbas do PIDDAC para 2003, recentemente apresentado pelo governo. Entre os 18,4 milhões de euros que o PIDDAC na óptica regionalizada dotou ao concelho de Leiria, conta-se esta verba. Um montante que se reporta às obras de instalação de aquecimento para as salas de aula para o ensino básico e secundário, na EBI de Santa Catarina da Serra. Recorde-se que esta intervenção contou com quase 100 mil euros no PIDDAC para 2002. Entretanto este novo ano lectivo ficou marcado pelo início das obras visando a instalação do aquecimento nas salas de aula. Recorde-se que o concelho de Leiria é aquele que maiores verbas tem inscritas para 2003 no distrito, com 11,6 por cento dos 158,16 milhões de euros do total distrital. São 18,4 milhões de euros (mais 2 milhões que o ano passado). As acessibilidades para o Euro 2004 (com 3 milhões de euros), as obras no Estabelecimento Prisional de Leiria (1,7 milhões de euros), várias intervenções no Instituto Politécnico de Leiria (na ordem dos 6 milhões de euros) e a beneficiação do IC2 (com 2,1 milhões de euros), são alguns dos mais relevantes projectos orçamentados. Com um crescimento na ordem dos cinco por cento, e uma subida de dois lugares - do 11º para o nono - no ranking nacional das verbas inscritas no PIDDAC – Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central para 2003, na perspectiva regionalizada, o distrito de Leiria registou uma tímida subida no contexto nacional em relação ao documento apresentado o ano passado.

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A instalação do aquecimento nas salas de aula está previsto no o Orçamento de Estado


ACTUALIDADE

Freguesia em sétimo O Orçamento de Estado para 2003, que deverá ser discutido e votado ainda este mês na Assembleia da República, faz ainda referência para as verbas a transferir para as autarquias, nomeadamente as freguesias. São as verbas relativas às transferências do Orçamento de Estado para as freguesias (FFF) em 2003, resultado da participação destas nos impostos do Estado. À freguesia de Santa Catarina da Serra foram afectos 64 588 euros, cerca de 4,3 por cento do total de verbas disponibilizadas para o concelho de Leiria. Um valor que se situa no sétimo lugar na tabela de transferências para as várias freguesias do concelho, como se pode constatar no quadro anexo. Naturalmente, a freguesia de Leiria lidera o montante das transferências para as freguesias no concelho, com mais de 115 mil euros., tal como se pode constatar no quadro em anexo.

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ACTUALIDADE

Ensaio sobre Leiria

Jorge Arroteia lança ensaio sobre o concelho de Leiria, a freguesia de Santa Catarina também é referida

“Retrato exaustivo e evolutivo do concelho” de Leiria, “Leirena – ensaio sobre a terra e o homem no concelho de Leiria” da autoria de Jorge Arroteia, “não pretende ser mais do que um simples contributo de alguém que, embora afastado, mantém interesse por esta terra”, diz o autor. Apresentada no passado dia 23 de Setembro, em Leiria, a obra, editada pelo Instituto Politécnico de Leiria, é assinada por Jorge Arroteia, natural de Monte Redondo e professor catedrático na Universidade de Aveiro. O autor considera que “trabalhos desta natureza devem ser constantemente actualizados com outros contributos”, pelo que gostaria que o obra fosse “encarada como uma afirmação das nossas raízes e um reconhecimento ao cidadão leiriense”. Para Luciano Almeida, presidente do IPL, a obra constitui um “verdadeiro roteiro de Leiria e das suas gentes”. Para a sua elaboração, Jorge Arroteia encontrou contudo algumas dificuldades, nomeada-

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mente na recolha de elementos estatísticos referenciados. A obra, que retrata o espaço natural do concelho, o povoamento, a população e a evolução da sociedade tradicional à sociedade de serviços, baseia-se em números, analisa-os e contextualiza-os. E, na opinião do autor, Leiria “tem um capital humano bastante elevado e com bastante preparação”. Por outro lado, considera que o concelho, enquanto “nó urbano”, ou “sistema nodal”, apresenta os melhores indicadores de centralidade no futuro”. Admite que os sistemas urbanos estão a ficar demasiado “inchados”, enquanto se assiste à desertificação das zonas rurais. Confrontado com a eventual falta de protagonismo de Leiria no todo nacional, o autor considera que, se existiu, aconteceu na década de 70 por não ter sabido aproveitar a criação de um estabelecimento de ensino superior. E defende que Leiria tem e pode “afirmar as suas mais valias”, já que existe “um conjunto de indicadores favo-

ráveis que potenciarão a afirmação de uma área metropolitana estruturada”. Um conceito que considera vantajoso se forem assumidas como “unidades concretas de planeamento e se lhes dermos os meios e autonomia para se desenvolver”.


ACTUALIDADE

Santa Catarina lembrada São várias as referências à freguesia de Santa Catarina da Serra, no livro de Jorge Carvalho Arroteia. A título de exemplo, a leitura deste estudo, permite perceber a evolução demográfica em Santa Catarina da Serra. Os 719 habitantes, repartidos por 222 fogos, na freguesia em 1732, cresceram para 1029 habitantes em 254 fogos em 1849. Na mesma obra, podemos perceber que em 2000, 65,5 por cento da população activa da freguesia se dedicava à actividade industrial. Ou que, por exemplo, no começo dos anos oitenta, de todas as localidades dos concelhos de Leiria, Pombal, Porto de Mós, Batalha e Marinha Grande, Santa Catarina da Serra ocupava o 19º lugar ao nível do número de funções centrais do sector público. “Leirilena – ensaio sobre a terra e o homem no concelho de Leiria”, é uma obra é da autoria de Jorge Carvalho Arroteia, natural de Monte Redondo, Doutor e agregado em Ciências Sociais pela Universidade de Aveiro e Professor Catedrático dessa universidade desde 1990.

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PERFIL

Dar à luz um jornal Em 1974, foi um dos fundadores do jornal “Luz da Serra”. Algumas pessoas da freguesia reuniram e decidiram avançar com a fundação do jornal. O primeiro número deste boletim informativo da paróquia foi editado em Janeiro de 1974. O director era o pároco Joaquim Carreira Faria. E José Jesus Pereira Ruivo em conjunto com António Vieira Rodrigues, compunham a administração. Dedicou 25 anos de trabalho ao jornal paroquial que durante muitos anos manteve a sua forma inicial, com quatro páginas. E recorda, inicialmente o trabalho era totalmente manual. Desde textos a moradas de assinantes, tudo era escrito à mão e assim enviado para a gráfica. Os emigrantes, bem como os soldados que combatiam no Ultramar eram dos mais assíduos e interessados leitores. Afinal, aquele era o veículo privilegiado de informação sobre a freguesia. Eram cerca de 500 os jornais que inicialmente eram enviados para os leitores. E depois de uma campanha de assinaturas, grande parte decidiu subscrever o boletim informativo da paróquia. Para poder colmatar as despesas da “Luz da Serra”, os responsáveis pediram o porte–pago, que se traduziu numa ajuda estatal nas despesas de envio do jornal aos assinantes. Foi um jornal que nasceu com muita carolice, explica José Ruivo. Mas nunca falhou um número. Mesmo quando pároco esteve doente, a “Luz da Serra” continuou a ser uma realidade mensal. Eram necessárias muitas horas de dedicação para manter a publicação. “Na altura eu trabalhava cerca de 20 horas por dia”, conta José Ruivo, que ainda assim, encontrava tempo para se dedicar ao boletim da paróquia. O tempo era distribuído pelo trabalhos nas várias empresas a que estava ligado, mas

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também pela “Luz da Serra”. Ingressou no mundo do trabalho com apenas 10 anos de idade. De uma serração, passou a trabalhar em Leiria, tendo gerido a empresa Evicar, Camiões Daff. Pelo meio ficou um curso tirado na Escola Comercial, bem como o curso de professor primário. Uma profissão que, no entanto, nunca chegou a exercer.

Colaboradores preciosos Por outro lado, as colaborações eram bastante positivas, pois ajudavam na elaboração dos artigos que compunham as edições. “Os artigos sobravam sempre”, explica a esposa de José Rodrigues que também ajudava a tarefa de todos os meses fazer “nascer” mais um número da “Luz da Serra”.

Apenas os soldados que estavam no Ultramar não pagavam a assinatura do boletim, mas a generalidade dos leitores contribuía monetariamente. “Os emigrantes ajudam muito o jornal”, explica. Por outro lado, as colaborações eram gratuitas e na freguesia a distribuição era feita manualmente. Estas condicionantes, conjugadas, permitiram que quando José Ruivo deixou as funções que desempenhava no jornal, há cerca de três anos, tenha “fechado” as contas com saldo positivo. A doença que o atingiu não lhe permitiu continuar a dedicar boa parte do seu tempo à “Luz da Serra”. Mas ainda assim, acredita que depois da convalescença que atravessa, lhe venha a ser possível retomar alguma colaboração com a publicação.


ACTUALIDADE

Computador para os escuteiros Os escuteiros da freguesia vão contar com um novo equipamento informático. É que o agrupamento de escuteiros de Santa Catarina da Serra vai receber um computador pessoal, uma impressora HP 990 Cxi e um scanner HP 5400C. A atribuição do equipamento informático, no valor de aproximadamente 1.400 euros foi realizada no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo Juvenil. O pedido do agrupamento de escuteiros nº 1211 de Santa Catarina da Serra foi recentemente analisado em reunião do executivo da Câmara Municipal de Leiria. O executivo concordou atribuir o equipamento para dinamizar a sede do agrupamento de escuteiros.

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ACTUALIDADE

Bombeiros em Assembleia

Balanço dos quilómetros, combustíveis e serviços de 2001 Quilómetros Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total

9701 8165 10055 8260 10942 6725 5496 6370 7478 7921 8566 8089 97768

Combustível consumido

A apresentação do Relatório e Contas do exercício relativo ao ano de 2001, foi um dos aspectos centrais da reunião do passado dia 20 de Setembro dos sócios da Associação de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra. De acordo com o documento de prestações de contas da associação, no ano de 2001 os proveitos e ganhos foram de aproximadamente 47 mil euros (47.095,78 euros), cifrando-se em 44.424,66 euros os custos e perdas nesse mesmo período. Desta forma, o resultado líquido do exercício do ano passado foi de 2.671,12 euros. Entre as rubricas mais significativas no campo das receitas, destaque para os cerca de 20 mil euros de donativos da Câmara Municipal de Leiria e cerca de 16 mil euros relativos ao serviço de ambulâncias. Por outro lado, os custos mais significativos prendem-se com as despesas com pessoal, na ordem

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dos 31 mil euros e no fornecimentos e serviços de terceiros, com aproximadamente 12.300 euros. De acordo com os responsáveis da associação, as receitas são provenientes da quotização dos sócios, do apoio económico da Junta de freguesia e da Câmara Municipal de Leiria. Referência ainda para os donativos diversos e ainda uma pequena parcela da receita referente ao transporte de doentes com ambulância da Junta, sendo a restante receita cobrada pelos bombeiros de Leiria “e por lá fica”. Amílcar Guerreiro, presidente da direcção da associação, refere que as receitas são escassas para fazer face às despesas correntes que a associação tem com as viaturas e pessoal da secção de Bombeiros Voluntários de Leiria. É que é esta associação que suporta financeiramente nesta freguesia a existência da referida secção de bombeiros, realça.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total

822,005 820,39 785,084 666,899 1159,659 623,558 685,6472 485,87 652,846 424,265 630,07 935,22 8691,51

Serviços realizados Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total

221 185 200 187 196 179 136 149 235 218 200 229 2335


ACTUALIDADE

Terreno em discussão Um dos assuntos de maior destaque, em discussão na assembleia do passado dia 20, foi a aquisição de um terreno para a construção das futuras instalações da associação. Os responsáveis referiram que a assinatura da escritura do imóvel deverá acontecer a breve trecho. O terreno em questão situa-se no sítio das Pimenteiras (à Bemposta) junto à estrada nacional e pertence a António Vicente. Actualmente, a associação de bombeiros não dispõe de toda a verba necessária, mas segundo Domingos Oliveira, secretário da associação, conta-se com a generosidade de toda a população para ajudar a suportar os custos da aquisição do terreno, bem como para a construção das futuras instalações. No final da reunião, a direcção esclareceu algumas questões levantadas pelos sócios e apelidou esta assembleia como sendo “a mais bem participada, o que demonstra o grande interesse da população”.

A assinatura da escritura está para breve diz Amilcar Guerreiro

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ACTUALIDADE

Casa do Povo com novas actividades Já tiveram início as actividades dos coros infantil e juvenil da Associação da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra. Aos ensaios deverão ter tido início no passado dia 5 de Outubro. E deverão ter arrancado as actividades de ginástica. De acordo com Rui Alves, presidente da direcção, há ainda projectos para dar início às actividades de danças (clássico-modernas), mas para que tal possa avançar será necessário preparar o respectivo espaço. Trata-se de uma nova actividade

da associação e que é destinada a crianças, jovens e adultos. E as inscrições já estão abertas. Segundo este responsável, aguarda-se ainda pela resposta da Câmara de Leiria em relação ao apoio pedido para poder concretizar o funcionamento da escola de ténis e de ténis de mesa. “Se não houver apoio da autarquia teremos nós de disponibilizar as verbas, o que poderá atrasar o início das actividades”, refere Rui Alves.

Apoio para floresta Um apoio de 2.100 euros destinado à ligação de mancha florestal, numa extensão de 1400 metros em Casal da Estortiga, foi disponibilizado no âmbito do Programa de Infra-estruturas Florestais para 2002 da Comissão Nacional Especializada de Fogos Florestais. No total, o concelho de Leiria recebeu uma verba de 17.700 euros para a reparação e beneficiação de caminhos florestais. A aplicação destas verbas foi transferida pela Câmara de Leiria para as respectivas Juntas de freguesia. E a beneficiação em Casal da Estortiga foi o um dos sete trabalhos a nível concelhio programados no âmbito desta programa.

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ACTUALIDADE

Boa vindima Semáforos ligados Os semáforos da Loureira já se encontram em funcionamento desde o passado dia 23 de Setembro. Apesar de nos primeiros dias de funcionamento os semáforos terem estado descontrolados, a situação já se encontra regularizada, como referiu à Voz da Serra Domingos Marques, presidente da Junta. A empresa responsável pela inspecção destes equipamentos já verificou e certificou os semáforos que se encontram agora ao serviço da população.

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Durante o mês de Setembro em várias vinhas de Santa Catarina realizaram-se as vindimas. O cenário repetia-se um pouco por toda a Serra: eram os tractores, os caldeiros repletos de uvas e as adegas que se preparavam para receber a nova colheita. No entanto, este ano, a chuva veio incomodar esta lide agrícola: “andou-se a vindimar debaixo de chuva para se aproveitar alguma coisa”, confessam alguns vitivinicultores que apontam também a chuva como a principal responsável pela deterioração de algumas uvas. Mesmo assim a colheita apresenta valores semelhantes aos dos anos anteriores.


ACTUALIDADE

A festa dos 70 anos Os Santa Catarinenses nascidos a 1932 estiveram reunidos em convívio no passado dia 7 de Setembro. O Encontro foi organizado por alguns septuagenários, que quiseram juntar todos os que nasceram em 1932. “Muitos de nós já não nos encontrávamos há vinte anos, desde a festa dos 50 anos”, justificam. Do programa fez parte uma missa que foi celebrada às 10 horas pelo padre Serafim. Seguiu-se uma visita ao cemitério onde foi deixada uma lápide em homenagem a todos os colegas falecidos. Depois destes momentos de culto, o convívio pros-

seguiu com um almoço realizado no Funpark em Boleiros (Fátima). O almoço, que acabou por se prolongar pela tarde foi sobretudo um

momento de partilha de experiências e emoções daqueles que há muito não se encontravam e que tinham muito para contar.

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ACTUALIDADE

Direito formalizado O presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, Domingos Marques, assinou recentemente a escritura de direito de superfície à Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira no terreno onde esta construiu a sua sede. De acordo com informação disponibilizada pela Junta de Freguesia, esta formalização que decorreu no Primeiro Cartório Notarial de Leiria, surgiu na sequência de uma deliberação da Junta de Freguesia e confere o direito de superfície por um período de 50 anos.

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Obras na freguesia São 86.109,74 euros em obras que a Câmara de Leiria delegou recentemente à Junta de freguesia de Santa Catarina da Serra. A construção de um pontão sobre a ribeira de Espite, para efectuar a ligação das localidades de Vale Feto (na freguesia do Cercal) a Casal Novo (na freguesia de Santa Catarina da Serra) é uma das obras previstas, e que implicará um investimento de 7.200 euros. Contudo, a requalificação da estrada do Vale Sumo, orçada em cerca de 26 mil euros, é a obra mais avultada do pacote agora aprovado pela autarquia. Contam-se ainda a construção de um muro de suporte de terras na estrada do Casal do Couto, da

Quinta do Salgueiro/Olivais no valor de 4.500 euros, os passeios de Santa Catarina da Serra, no valor de 24 mil euros, a beneficiação dos jardins de infância de Quinta da Sardinha, Loureira e as escolas do primeiro ciclo de Loureira e Magueigia, num total de 23.909 euros. Apesar das verbas e das obras transferidas para a alçada da Junta de Freguesia, o presidente Domingos Marques salienta no entanto o facto da Câmara de Leiria não ter disponibilizado qualquer verba para o arranjo dos caminhos da freguesia, apesar de o ter solicitado. Domingos Marques confessa-se preocupado com o facto dessa intervenção ter ficado de fora dos planos da autarquia leiriense.


ACTUALIDADE

Tentativa de acordo Está a ser estudada a possibilidade de acordo no caso que opõe a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e o pároco local na disputa da posse dos terrenos relativos ao poço, coreto e parte do adro da igreja local. Esteve agendado o início do julgamento do caso no passado dia 1 de Outubro, no Tribunal de Leiria. Contudo, as partes acordaram avançar com uma tentativa de entendimento neste caso. A tentativa de acordo que actualmente se ensaia foi confirmada à VOZ DA SERRA por Mário Verdasca, pároco local. O pároco acrescenta ainda que esta possibilidade foi sugerida pela Junta de Freguesia. Domingos Mar ques, presidente da Junta de Freguesia de Santa Cata- O coreto é um dos imóveis em disputa rina da Serra, confirmou a existência de um proacordo são o vigário-geral da diocecesso de tentativa de acordo. O se, a presidente da Câmara de Leiautarca explica que “há uma proria, a Junta de Freguesia de Santa posta da Junta para resolver defiCatarina da Serra e a Comissão nitivamente e amigavelmente a fabriqueira da igreja paroquial. questão”. E acrescenta que as pesAliás, estes responsáveis reunisoas que os intervenientes no

ram esta semana para debater o caso.

Caso antigo A possibilidade de acordo deixa em aberto a eventualidade de resolução extrajudicial de um caso que se arrasta há cerca de três anos. Recorde-se que esta situação foi despoletada em Novembro de 1998. Na altura, o pároco Mário Verdasca foi alertado para a publicação de diversas escrituras no jornal “ Vo z d e D o m i n g o ” . Escrituras de justificação, - que invocam o direito de propriedade adquirida por usucapião - de património que o pároco afirma não ser propriedade da autarquia. Mário Verdasca argumenta que os bens são da igreja, existindo mesmo, afirma, um auto de entrega dos imóveis à igreja com cerca de 50 anos. Contudo, admite, na altura não terá sido realizada a escritura dos bens.

Junta aprova apoios para colectividades e escolas Quase 11 mil euros foram recentemente atribuídos pela Junta de Santa Catarina da Serra às associações da freguesia e outras instituições, incluindo escolas. A Associação de Bombeiros da Serra, nomeadamente a actividade de transporte de doentes da freguesia, foi a destinatária do apoio mais avultado, 2.494 euros. Montante idêntico foi canalizado para o Rancho Folclórico de S. Guilherme, para repartir pelas actividades culturais (997 euros) e a implementação da casa-museu (1.496 euros).

O apoio ao desporto das classes jovens da União Desportiva da Serra conta com uma verba de 1.496 euros. Foram ainda atribuídos apoios individuais de 997 euros para a Associação Desportiva e Social da Loureira, a Associação Casa do Povo e Grupo Desportivo de São Guilherme. À Assul – Associação do Ulmeiro foram atribuídos 498 euros, o agrupamento 1211 de escuteiros recebe 250 euros e as escolas do primeiro ciclo do ensino básico e jardins vão receber um apoio de 4,49 euros por criança para visitas de estudo.

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ACTUALIDADE

Alunos e professora em convívio Foi com o objectivo de reunir e rever todos os que foram seus alunos que a professora Maria Guilhermina Prata Abrantes Malagueta organizou um convívio que decorreu na tarde de domingo 22 de Setembro no salão paroquial de Santa Catarina da Serra. Todos os ex-alunos da referida professora foram convidados a comparecer no salão, a participarem no convívio e sobretudo a recordar os tempos antigos. A professora Malagueta, como é mais conhecida entre os seus alunos, leccionou durante vários anos na freguesia, passando por várias escolas. Foram, por isso, muitos os alunos de Santa Catarina, que aprenderam a ler e a escrever com esta professora. Agora, alguns anos mais tarde, foi o momento de recordar como se vivia e estudava há 20, 30 ou mesmo 40 anos atrás. E foi com o objectivo de avivar a memória desses tempos que a professora expôs, durante o convívio, o seu álbum de fotografias que contemplam as várias turmas e escolas por onde a professora passou. Para além desta exposição, do convívio fez também parte a reza do terço na Igreja paroquial de Santa Catarina, seguida de uma visita ao cemitério, onde se homenagearam os colegas falecidos. Seguiu-se um lanche no salão oferecido pela professora a todos os presentes.

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DESPORTO

Obras arrancaram

No terreno vizinho ao Campo da Portela vai nascer a Zona Desportiva Já arrancaram as obras na Zona Desportiva de Santa Catarina da Serra. Actualmente estão a decorrer os trabalhos de movimentação de terras. Trabalhos de terraplanagem, que vão permitir a criação de uma zona de estacionamento, e que orçam em cerca de 75 mil euros. De seguida avançarão as obras de construção de um pavilhão multiusos. E espera-se igualmente a concretização da construção da piscina/tanque de aprendizagem. Uma infra-estrutura coberta e que proporcionará a aprendizagem da natação, em água aquecida. Jaime Silva, presidente da direcção da União Desportiva da Serra, entidade responsável pelas obras, sublinha a importância deste projecto para o clube e para a freguesia. “Estamos a cumprir o que idealizamos para o clube”, explica. Contudo, deixa claro que o evoluir do processo vai depender da concretização das promessas que foram feitas ao clube. Jaime Silva

ressalva que a concretização deste importante projecto para o clube será levado a cabo com o cuidado de evitar o endividamento da UDS. “Não está tudo ao nosso alcance, mas prometemos que iremos fazer o possível para que o projecto seja concretizado. Foi essa a promessa que fizemos aos sócios”, reforça. Recorde-se que as obras dependem de financiamentos comunitários, no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio. O pavilhão multiusos, cuja construção se estima venha a demorar cerca de um ano, tem já a comparticipação comunitária aprovada e a sua construção implicará um investimento superior a 500 mil euros. Por sua vez, o investimento inerente à construção da piscina/tanque de aprendizagem, - já com a primeira fase da candidatura aprovada – poderá ascender a um valor de 750 mil euros. Trata-se de um projecto que a UDS planeia levar a cabo através de uma parceria com a Junta local. “Estas serão infra-

estruturas muito importantes para o clube, sobretudo para os escalões de formação, mas também para toda a freguesia”, sublinha Jaime Silva.

Obras apresentadas em assembleia O arranque das obras foi um dos assuntos tratados na Assembleia da UDS que decorreu no passado dia 13 Setembro. Na altura, para além da apresentação do relatório de contas referente a 2001/2002, os sócios poderam tomar contacto com a maquete do complexo desportivo que irá nascer no terreno anexo ao campo da Portela. As principais etapas de todo o processo foram explicitadas, tendo sido esclarecidos os objectivos subjacentes à criação da Zona Desportiva.

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DESPORTO

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2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0

1 1 0 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1

0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 2 2 2

6-1 3-1 6-4 5-3 6-5 4-3 3-2 8-6 4-2 3-3 2-3 1-3 2-5 2-5 0-4 1-6

PONTOS

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

1 3 1 1 0 1 1 1 GOLOS

Valcovense Fig. Vinhos C. Couce Guiense Pernelhas SL Marinha Sp. Estrada Vieirense DERROTAS

CLASSIFICAÇÃO 1.Alq. Serra 2.Juncalense 3.Sp. Estrada 4.U. Serra 5.Fig. Vinhos 6.Praia Vieira 7.Bombarralense 8.Alcobaça 9.C. Couce 10.Marrazes 11.SL Marinha 12.Guiense 13.ARCUDA 14.Valcovense 15.Pernelhas 16.Vieirense

2 3 1 1 3 2 2 4

EMPATES

venceu o Valcovense, na viagem ao sul do distrito. A equipa orientada por Fernando Mateus marcou dois golos, por Sérgio e Marco Alves. Na terceira jornada, num jogo emotivo, o Figueiró dos Vinho impôs uma igualdade a três golos no Campo da Portela, impedindo a segunda vitória da União da Serra. Dia 13 de Outubro, a União da Serra joga para a Taça Distrito de Leiria frente ao Sport Lisboa e Marinha, equipa também da divisão de Honra. O campeonato regressa a 20 de Outubro, com a equipa de Santa Catarina a ter uma complicada deslocação a Chão de Couce.

Praia Vieira U. Serra Marrazes ARCUDA Alq. Serra Juncalense Bombarralense Alcobaça

JOGOS

O campeão da época de 2001/2002, União da Serra, ainda está à procura da sua melhor forma no novo campeonato da divisão de Honra. A equipa de Fernando Mateus, à passagem da terceira jornada, encontra-se em quarto lugar, a dois pontos dos dois primeiros classificados, o Alqueidão da Serra e Juncalense. A União da Serra soma uma vitória e duas derrotas nos jogos disputados, tendo começado o campeonato com uma igualdade, em casa, frente ao Praia da Vieira. No segundo jogo do campeonato, a equipa de Santa Catarina da Serra

DIVISÃO DE HONRA 3ª JORNADA

VITÓRIAS

União da Serra à procura da melhor forma

7 7 6 5 5 5 5 4 4 4 2 2 2 1 1 1


DESPORTO

A fonte da juventude São alguns dos rostos do esforço de formação da União da Serra. João Dias, secretário da direcção do clube e responsável pela logística e pela ligação entre a direcção e as camadas jovens, Bruno Neto, coordenador das camadas jovens (até aos iniciados), deram conta à VOZ DA SERRA das dificuldades e dos méritos de uma actividade que planeia deixar as sementes para o futuro da UDS: a formação. João Dias lembra a crescente importância da formação no clube. “De início tínhamos só os juniores ou juvenis, nos últimos anos as coisas melhoraram e conseguimos que as pessoas aderissem mais”, refere. Consequentemente, este ano vão funcionar todos os escalões de formação: escolinhas (idades inferiores a oito anos, sob a supervisão de Bruno Neto); escolas (oito a dez anos sob a supervisão de Paulo Dias); infantis (dos dez aos doze anos, sob a supervisão de Pedro António); iniciados (dos 12 aos 14 anos, sob a supervisão de David Bento e Ricardo Ferraz); juvenis (do clube de São Guilherme dos 14 aos 15 anos, sob a responsabilidade de Marco Ferreira) e juniores (sob a supervisão de Virgílio Gordo). São cerca de 120 os atletas envolvidos nos escalões de formação. A maioria são naturais da freguesia de Santa Catarina da Serra, ainda que também se contem alguns elementos provenientes de Pinhel, Atouguia, Chainça e lugares vizinhos. João Dias está ciente que os escalões de formação são uma forma de garantir o rejuvenescimento do clube, bem como a sua sobrevivência. “Os escalões de formação são uma forma do clube nunca acabar”, explica. Afinal, adianta, mesmo que os jovens acabem por não ingressar numa carreira futebolística, “ficam com uma ligação ao clube, gostam de vir aos

João Dias e Bruno Neto dois dos rostos da actividade de formação da UDS jogos e mantêm a ligação”. Por outro lado, “é uma forma de conseguir mais e melhores jogadores para a equipa sénior”, acrescenta. Assim se explica que nesta época sejam já cinco os jogadores que fazem parte da equipa sénior, saídos do esforço de formação do clube.

Formar cidadãos De acordo com Bruno Neto, não só se aposta na formação dos atletas como jogadores de futebol, como também enquanto pessoas e ao nível dos tempos livres. Uma componente que é muito trabalhada, até porque muitos poderão nunca ser jogadores a nível profissional, acrescenta. “O sonho deles é serem o Figo”, revela, mas têm a consciência de que será muito difícil conseguir uma carreira de sucesso nesta área, diz ainda.

Mas Bruno Neto recorda que não é nestas idades que se pode perceber se um jogador pode vir a ser um bom profissional. “Vão registar-se muitas alterações físicas e sociais na sua vida, que poderão deitar tudo a perder ou a ganhar”, refere. O clube, a família, a escola e a sociedade que rodeia o atleta são só alguns dos factores que moldarão o futuro jogador, explica. Ainda assim, já é possível perceber que existem bons valores individuais e de equipa. A que não será estranha a conquista do Campeonato de Série de Escolas, no segundo ano de trabalho. O mais importante é trabalhar a maneira de ser do atleta e a componente técnica, revela Bruno Neto. Um trabalho que pretende incutir o espirito de equipa, a boa educação e o respeito pela instituição e pelas pessoas mais velhas.

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OPINIÃO Com pedido de publicação, recebemos a seguinte carta da autoria de Virgílio Gordo que de seguida transcrevemos

Fraque e Papillon Depois de ver o “pomposo” título na nova revista da freguesia editada pelo semanário “Região de Leiria”, “Ser Vila é como ter gravata” e de ler atentamente e algumas vezes a entrevista do presidente da junta da nossa freguesia, não posso calar uma vez mais, o espanto e o propósito de alguns esclarecimentos e perguntas que a dita entrevista me sugerem. A mim próprio e a muitos santacatarinenses, que tal como eu se sentem defraudados, quer com tal título, quer com algumas partes da entrevista. Quem ler a dita cuja e não conhecer o passado de algumas afirmações que aí são feitas, fica julgando que quando o actual presidente da junta tomou posse, a freguesia pouco ou nada era. Ora isto, na minha opinião não é rigorosamente verdade, pese embora o facto do muito que tem sido feito desde então. Por exemplo, quanto ao terreno para a construção da escola EB, foi a junta de freguesia que comprou o terreno para a sua construção, sim senhor, mas foi ainda ao tempo da junta anterior, presidida pelo Sr. Manuel Lourenço dos Olivais. Ora quem lê a notícia, fica julgando que foi o actual presidente da junta. O seu a seu dono. Outro dos esclarecimentos e das sugestões que gostaria de fazer, não só em meu nome, como até de muitos santacatarinenses, alguns com conhe-

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cimento de causa e até de participação activa em algumas obras, como por exemplo no que diz respeito ao Salão paroquial e parque actual envolvente, porque é que o Sr. Presidente não teve a humildade de reconhecer publicamente que tem tido grandes ajudas particulares, na resolução do muito que fez. Mas que poderia ter feito muito mais, ou como é que tinha feito tanto em 12 anos se não tivesse beneficiado dessas ajudas particulares. Como explica por exemplo estes dois factos existentes ultimamente na freguesia. Finalmente, as obras do futuro complexo desportivo, arrancaram em grande ritmo. Não fora a conhecedora e dinâmica direcção actual da U. da Serra e quantos anos mais íamos esperar, não pela sua concretização, mas pelo seu começo. Quanto a terrenos, já na questão do terreno da escola EB, teve a participação da então direcção unionista na concretização da sua aquisição. Um outro facto, não só de espantar, como inadmissível, aconteceu no jardim de infância da Pinheiria. Afirma o Sr. Presidente da junta que quanto às escolas e jardins de infância, muito fez nos seus mandatos. É um facto indismentível. Lembro-lhe no entanto, que não fora na maioria das vezes a pressão, quer dos pais, professores ou educadoras

de infância, que por vezes como mendigos, conseguiram muitos dos trabalhos que foram realizados pelas “suas juntas” sucessivas, talvez muitas dessas obras não se teriam executado com a “rapidez” necessária. Foi o que aconteceu agora no jardim de infância da Pinheiria. Não fora a recém criada “Associação de pais” e a grande maioria dos santacatarinenses, desconhecia não só as deploráveis condições do exterior da escola, como a negligência, para não lhe chamar outra coisa pior, do Sr. Presidente em relação a essas mesmas condições de falta de higiene e limpeza. Teve que ser a associação dos pais a chamar a atenção dos serviços da Câmara, afim de que viessem fazer o trabalho, que competia à junta fazer, ou mandar fazer. Já sei de que a substituição da areia existente no local foi executada pela junta, mas não fora a intervenção dos pais e educadoras, que condições os filhos desta terra que aí permanecem durante o horário escolar, tinham para brincar? Para finalizar, só mais um esclarecimento e uma sugestão. Então só porque somos vila, deixámos de ser ”Serranos”? Onde está a afronta? Na gravata ou na falta dela? Ou é necessário passarmos todos a usar para além da gravata, “Fraque e Papillon”!!!.


ENSINO

A escola sociocritica Num mundo crescente de equívocos em que a realidade e a incoerência caminham par a par num paradoxo difícil de explicar, também a Escola de hoje enfrenta desafios onde se pretende - a construção da identidade dos alunos - seja obstaculizado por incoerências que só a o voluntariado e profissionalismo dos que vivem, no campo, a educação, conseguem ultrapassar. Na realidade, a escola de hoje assente numa nova concepção de currículo, pressupõe uma visão de escola privilegiada a participação e co-responsabilização dos diferentes actores educativos numa acção articulada e coerente. Na passagem que queremos de uma escola mera transmissora, para uma escola sociocrítica não basta um enunciado de intenções despachadas por decretos. É necessário criar condições estruturais a longo e conjunturais a médio prazo para que o discurso entre a teoria e a realidade, entre o que se pretende e as condições que se dão para, se aproximem. O órgão de gestão, apoiado pelos profissionais do Agrupamento de Santa Catarina da Serra, pretende, no ano 2002/2003, na continuidade do seu Projecto Educativo e Projecto Curricular de Escola, consumado nos projectos curriculares de turma, criar condições de forma a enriquecer o curriculo dos alunos transvasando a importante, mas não suficiente, actividade curricular disciplinar. Assim, no âmbito do apoio social, além do ASE, foi alargada a equipa do gabinete de apoio com a inclusão de professores, por voluntariado, além da psicóloga. Como estruturas de apoio, foi criada a sala de estudo, que os alunos utilizam sempre que o solicitem. A mediateca, renovada, e a sala de informática, são espaços privilegiados para apoio às informações transdisciplinares.

Projectos como o Europeu, troca de culturas, PES, Prosepe, e os clubes como o das Artes, Dança, Informática, Rádio, são espaços de enriquecimento curricular, que conjuntamente com as áreas curriculares

disciplinares e não disciplinares permitem ao aluno, como ser activo, construir o seu saber, não só questionado o quê? Mas sobretudo porquê? E para quê? Isto é, a sua identidade. Para os alunos com Necessidades Educativas Especiais,(NEE) a escola Básica, sede do Agrupamento, em comunhão com as forças vivas da comunidade envolvente, celebrou contratctos pré-laborais de modo a que estes façam a sua aprendizagem para a vida activa. Pais e encarregados de educação, parceiros fundamentais, na construção da identidade dos seus formandos, além de integrarem os diversos órgãos da escola, partilham connosco os problemas do ensino, no Projecto Escola/Família/Comunidade. Esta vai ser a realidade e com o esforço de todos, pretendemos que seja com coerência. Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra

Serviço de refeições repartido Em todas as escolas e jardins de infância da freguesia de Santa Catarina da Serra está implantado o fornecimento de refeições e prolongamentos para os alunos inscritos na modalidade. As verbas para o referido apoio serão suportadas, em parte, pela Câmara de Leiria através da Junta local e Associações de Pais. O restante será da responsabilidade dos encarregados de educação. Assim, a Associação de Pais das escolas dos Olivais e Vale de Sumo será responsável pelo Jardim de Infância dos Olivais e da escola do primeiro ciclo do Vale de Sumo. Por sua vez, caberá à Associação de Pais das escolas da Loureira suportar o referente à escola do Primeiro Cilclo da Loureira. E a Associação de Pais dos Jardins de Infância da Pinheiria será responsável pelo Jardim de Infância da Pinheiria. A Junta de Freguesia será responsável pelos jardins de infância da Quinta da Sardinha e da Loureira e pela escola do Primeiro Ciclo de Magueigia. A autarquia adiantou já ter contratado seis funcionárias para os serviços de refeitório e de animação cultural.

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J.J.R.

O crescimento em construção As actividades relacionadas com a movimentações de terras em surribas e na construção de pequenas barragens de terra marcaram o início da actividade da empresa José Jesus Rodrigues. Foi no dia 2 de Janeiro de 1973 que a empresa, em nome individual, fundada por José Jesus Rodrigues e Clementina Carreira dos Santos iniciou formalmente a actividade. Estava lançada a “carreira” de uma entidade empresarial que quase 30 anos mais tarde emprega 180 pessoas e conta com um volume de facturação na ordem dos 20 milhões de euros. Mas até chegar à realidade actual, a empresa passou por um crescente alargamento do leque de actividades desenvolvidas, nomeadamente para a construção e manutenção de vias de comunicação. Da entidade empresarial em nome individual, evolui-se para a constituição de uma nova empresa, Construções J.J.R. & Filhos, Lda. Foi em 1989 que se deu esta transformação que se traduziu numa sociedade por quotas de José Jesus Rodrigues e os seus quatro filhos. As duas empresas – de nome individual e a sociedade por quotas – avançaram para um processo de fusão em Outubro de 1999. Em simultâneo, a empresa obteve a reclassificação do alvará. O último passo na evolução da empresa deu-se em Julho de 2000, com a sua transformação em sociedade anónima, adquirindo a denominação actual. Presentemente, a sua actividade centra-se na beneficiação, manutenção e conservação de vias de comunicação. E assume uma posição de vanguarda na área dos pavimentos a frio e a quente, refere José Carlos Rodrigues, um dos administradores da empresa. Este responsável acredita que esta é uma importante área de negócio no futuro.

Crescimento de instalações A construção de um novo complexo técnico e administrativo, na Quinta da Sardinha, acompanhada da reestruturação de toda a zona de oficina, armazenamento e parqueamento, foi apenas uma das componentes do crescimento físico da empresa. A implantação de três centros de produção – em Sobral do Chão, no concelho de Alvaiázere, e em Mouriscas e Zambujal, no concelho de Abrantes – foi mais uma das componentes do crescimento da empresa. Para perceber a dinâmica destas infra-estruturas, basta dar conta que o centro de produção em Sobral Chão é composto por uma instalação de exploração e britagem de inertes de calcário, com uma produção média de 300 toneladas / hora, uma central de fabrico de misturas betuminosas a quente a uma razão de 140 toneladas/hora e uma outra de mistura de betuminosas a frio, com um capacidade de 60 toneladas / hora. Em Zambujal, são crivados inertes de seixo à razão de 300 toneladas/hora sendo depois, em Mouriscas, britados numa instalação com capacidade produtiva de 150 toneladas/hora e posteriormente utilizados no fabrico de misturas betuminosas a quente, a uma razão de 120 toneladas/hora. Esta é uma actividade que é desenvolvida com sublinhados cuidados ambientais, sendo que todas as centrais de misturas

betuminosas estão dotadas de filtros ecológicos e os óleos queimados e todos os consumíveis são enviados para reciclagem.

A aposta na internacionalização Actualmente a empresa está apostada numa estratégia de internacionalização, criou, em Maio passado, um Agrupamento Complementar de Empresas, em Moçambique, graças a uma parceria com uma empresa da área do saneamento. Um outro importante passo para o futuro da J.J.R. é o processo de certificação de qualidade em que a empresa está envolvida.

Designação Construções J.J.R. & Filhos, SA

Fundação A génese da empresa foi em Janeiro de 1973, sendo que a sua designação actual data de Julho de 2000

Volume de negócios Cerca de 20 milhões de euros facturados em 2001

Funcionários 180

Principais clientes Instituto de Estradas de Portugal e diversas autarquias. A sua actividade desenvolve-se em todo o País.

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