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Empresa do mês: Grupo TPB Pág. 19

Rui Alves, presidente da Casa do Povo em entrevista Págs. 8 e 9

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3426 de 15 de Novembro de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Ao serviço da comunidade Págs. 4 e 5



FÓRUM FICHA TÉCNICA

INDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos DIRECTOR-ADJUNTO: Pedro Costa EDIÇÃO: Carlos Santos Almeida CONSELHO DINAMIZADOR: Armando Costa Armindo Neves David Vieira Domingos Neves Fausto Neves Jaime Silva Joaquim Rodrigues Jorge Primitivo José Augusto Antunes José Carlos Rodrigues Lino Pereira Manuel Silva TEXTOS: Carlos S. Almeida Sónia Gomes FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra LubriFátima Socoliro Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Armindo Pereira e Neves, Lda. Hiperclima Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. Lenobetão IMPRESSÃO: Mirandela SA TIRAGEM: 2.500 exemplares

Escuteiros Sta. Catarina Jornalista publica livro Rui Alves em entrevista Centro Social ocupa férias Festival da Canção Marionetas na Freguesia Reforço na UDS TPB – Grupo de Sucesso

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Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando. Dependendo da disponibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3426, de 15 de Novembro de 2002, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Colectivamente fortes A VOZ DA SERRA volta a debruçar a sua atenção para o movimento associativo da freguesia. Com particular destaque para o trabalho desenvolvido pelo agrupamento de escuteiros da freguesia, procura-se trazer a público a dedicação prestada pelos seus responsáveis para a eficaz promoção da cidadania. Como fizeram questão de sublinhar os responsáveis do agrupamento, o principal objectivo da sua actividade passa por dotar os seus elementos de uma capacidade de vivência social impregnada de valores essenciais a uma cidadania responsável, solidária e humanista. Destaque ainda para a entrevista a Rui Alves, presidente da Associação da Casa do Povo da freguesia. Também neste caso torna-se evidente que a preocupação dos responsáveis desta colectividade, como de muitas outras da freguesia, é providenciar à comunidade, actividades e serviços que permitam o crescimento sócio-cultural da freguesia. De facto, é nas colectividades que cada vez mais se verifica a consolidação da identidade da comunidade, crescentemente minada pela individualidade que ganha espaço na sociedade actual.

ATENDIMENTO NA SECRETARIA DA JUNTA DE FREGUESIA Serviços próprios: Atestados e declarações para diversos fins Inscrição no recenseamento eleitoral Licenciamento de canídeos Actos notariais em autenticação de documentos

Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra

Serviços por protocolo ou contrato: Aceitação e pagamento de vales postais Cobranças postais: água, electricidade, contribuição autárquica, multas Venda de produtos postais Registo de cartas Preenchimento da declaração da produção de vinho Preenchimento da declaração do IRS

Horário de Atendimento Dias úteis: 1º período – das 9 horas às 12h30 2º período – das 14 horas às 17 horas Reuniões de Junta de Freguesia Obrigatória - 1ª segunda feira de cada mês Outras: Todas as vezes que for necessário com pré-aviso Contactos: Telefone – 244 741314 e 244 741550 Fax 244 741534 Endereço de email: jfscatarinaserra@clix.pt

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ABERTURA

Sempre alerta para servir São conhecidos pelo agrupamento 1211. Durou cinco anos o período de formação do agrupamento de escuteiros de Santa Catarina da Serra, que foi oficializado a 29 de Junho último. No início apenas funcionava a segunda secção, de exploradores. “Éramos cinco chefes e tínhamos apenas um chefe investido, o padre Mário Verdasca”, explicam. De resto, foi ele quem deu início ao escutismo na freguesia. Actualmente, o agrupamento conta já com 11 chefes e são cerca de 80 os elementos que, no total, o compõem. Mas a solitária secção do início da actividade cresceu para as quatro secções que actualmente mobilizam os escuteiros da freguesia: Lobitos; Exploradores; Pioneiros e Caminheiros. A secção dos lobitos iniciou a sua actividade este ano. As secções funcionam de acordo com as idades. Os lobitos reúnem os seguidores de Baden Powell – pai do escutismo com idades compreendidas entre os seis e os de anos. A segunda secção – os exploradores - compreende elementos dos 10 aos 14 anos. Os jovens dos 14 aos 18 anos reúnemse na secção dos pioneiros e a quarta secção, os caminheiros, compreende elementos com idade adulta. Cada secção tem as suas actividades próprias, mas tem alguns pormenores que as distinguem. O lobitismo baseia-se na história da selva e do imaginário e tenta-se transportar a vivência dos animais para as vivências dos elementos que se dividem em bandos. “Estamos a dar os primeiros passos”, explica o chefe da primeira secção, David Alves. Um dos objectivos do escutismo é que as crianças possam ser homens de verdade para saber estar e vencer, refere por sua vez Patrícia Gonçalves, igualmente chefe da secção que reúne os lobitos. E explica, exemplificando: “Ensinamos que os lobitos não choram e que não podem fazer birras à frente de toda a gente. E houve uma

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criança que depois de ter sido castigada com uma palmada pela mãe não chorou, argumentando que os lobitos não choram”. Esta responsável sublinha ainda que o escutismo incute a importância do “ser” e não do “ter”. No que se refere aos exploradores, estão organizados por patrulhas que são baptizadas em função de nomes de animais. E têm de discutir as suas características e aprender a relacionar-se em equipa e a viver a natureza em espírito de aventura. Por sua vez, os pioneiros, organizados por equipas, orientam a sua acção pelo empenho na construção e descoberta. A simbologia dos pioneiros compreende um machado (simboliza a construção), uma rosa dos ventos (refere-se à descoberta )e a gota de água (simboliza a lealdade). Já os caminheiros orientam a sua acção no sentido de realizarem actividades proveitosas para a comunidade. Cada um deve escolher o caminho que pretende seguir para poder vir a ser um dos chefes. A importância e o dilema da escolha é patenteada no símbolo que os caracteriza: uma vara bifurcada.

Os caminheiros são divididos por equipas e procuram orientar a sua actividade pelo exemplo de uma personalidade pública, da qual devem conhecer os principais feitos da sua vida e transportá-los para a vida da equipa. Além dos elementos naturais da freguesia, o agrupamento conta ainda com escuteiros naturais de localidades vizinhas, nomeadamente de Fátima. De resto, têm-se recusado inscrições pelo facto de ser impossível ter tantos elementos. A aderência é muito acentuada porque o assistente – o pároco Mário Verdasca – “é dinâmico e tem criado muitos movimentos e grupos de jovens”. “As pessoas encontram eco e aderem. E somos um grupo unido. Sentimo-nos orgulhosos por conseguir criar um agrupamento a partir do nada”, refere Olinda Oliveira, chefe da segunda secção. Para já, o agrupamento funciona em instalações “emprestadas”. O edifício é da freguesia, mas está ao serviço dos escuteiros. “O nosso grande sonho seria ter instalações próprias”, diz ainda. “Nunca tivemos apoios pois tam-


ABERTURA Agrupamento 1211 Primeira Secção – Lobitos Chefes: David Alves Patrícia Gonçalves Fátima Verdasca (em formação) Segunda Secção – Exploradores Chefes: Olinda Oliveira Daniel Santos (Chefe Adjunto) Bruno Oliveira (em formação) Terceira Secção – Pioneiros Chefes: Fernando Costa Pedro Alves (Chefe Adjunto) Daniel Lopes (em formação) Quarta Secção – Caminheiros Chefes: Padre Mário Verdasca Pedro Alves (Chefe Adjunto) Divisa dos Chefes: “Sempre alerta para servir” Divisa dos escuteiros: “Sempre alerta

bém não os procuramos”, diz. Ainda assim, a Câmara de Leiria, “prometeu-nos equipamento informático e a Junta também já deu uma pequena ajuda”. O agrupamento apresentou, entretanto, o projecto para a criação de um parque com pequenas casas pré-fabricadas para a actividade das várias secções. Dois acantonamentos – que são actividades no campo, pernoitando-se dentro de um edifício – e um acampamento, são as grandes actividades que anualmente os escuteiros de Santa Catarina da Serra levam a cabo. O acampamento é mesmo a actividade mais importante. Trata-se de uma actividade que geralmente se subordina a um tema. A promessa realizada pelos escuteiros é outro dos pontos altos. É a altura em que se recebe o lenço. Algo que simboliza a formal entrada no mundo do escutismo, em jeito de ritual. Há mesmo escuteiros que dormem com o lenço, na altura da promessa, tal é a importância de que o acto se reveste para eles. Não há momento exacto para que realização da promessa. O momento é definido mediante a ultrapassagem de certas etapas por parte dos elementos do agrupamento. Os escuteiros de Santa Catarina da Serra podem ser vistos em “acção” todos os terceiros sábados de cada mês, animando a missa paroquial. É que o movimento escuteiro na freguesia é de cariz católico e pertence ao CNE – Corpo Nacional de Escutas. Também todos os sábados, os escuteiros da freguesia encontram-se na sede, entre as 15 e as 17 horas, distribuindo-se pelas diversas secções, que desenvolvem projectos autónomos.

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ACTUALIDADE

Jornalismo em livro Assembleia na Loureira O jornalista Carlos Camponez, a residir na freguesia de Santa Catarina da Serra, editou recentemente um livro denominado “Jornalismo de Proximidade”. Docente no Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra, explica na sua obra que a imprensa regional “tende a assumir um discurso comprometido com as causas próximas da região”. Contudo, acrescenta, “esse compromisso, levado às últimas consequências, pode transformar-se num discurso fechado e tão armadilhado quanto outro qualquer”. O estudo, publicado em livro, debruça-se sobre a atenção mediática concedida ao caso da co-incineração dos resíduos industriais perigosos na freguesia da Maceira, Leiria. Carlos Camponez, exerceu a profissão de jornalista nas revistas “África Hoje” e “África Confidencial” e nos jornais “Diário de Lisboa” e “A Capital”. Em 1991 regressou a Leiria de onde é natural. Integrou as redacções do “Jornal de Leiria” e “Região de Leiria” e foi correspondente dos jornais “Público” e “Diário de Notícias”.

No próximo domingo, dia 17 de Novembro, pelas 16 horas, decorre uma Assembleia Geral Ordinária da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira. A situação financeira da associação; o plano de actividades e o orçamento para o ano de 2003, e outros assuntos de interesse para a colectividade serão debatidos pelos sócios. No final da assembleia decorrerá um convívio - em que não faltarão castanhas e água pé - entre todos os presentes.

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ENTREVISTA

“Correr por gosto, não cansa” Rui Alves está ligado à Casa do Povo de Santa Catarina da Serra há seis anos. Sempre na direcção da colectividade, diz que o importante é conseguir concretizar os projectos possíveis, visando ajudar a população. Recentemente eleito presidente, exorta os jovens a interessarem-se pela causa do associativismo. Como está actualmente a Casa do Povo de Santa Catarina da Serra? Vai andando de vento em popa. Fazemos o que podemos. Temos alguns projectos em andamento e outros por desenvolver. Que actividades são desenvolvidas actualmente? Temos a ginástica, que começou em Outubro, as danças – divididas em quatro grupos, para crianças, adolescentes, jovens e adultos – que arrancaram no início de Novembro. No próximo mês teremos a vinda de um coro espanhol, em data a definir. Temos ainda os coros juvenil e infantil em pleno funcionamento. Entretanto este fim-de-semana, (sábado, dia 9, à noite) decorre um magusto nas nossas instalações. Mas há algumas actividades em preparação ? Sim. Estão a ser preparadas algumas actividades que de momento não podem arrancar. Faltam os apoios? Sim. Recentemente fui aos serviços desportivos da Câmara de Leiria. É que tínhamos feito um pedido para apoiar as actividades de ténis. Mas é um processo que está a atrasado. A Casa do Povo, enquanto instituição, consegue mobilizar a população da freguesia? As pessoas participam, embora nunca seja tanto quanto desejávamos. Por vezes as pessoas queixamse que não há actividades na terra. No entanto, quando realizamos acti-

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ENTREVISTA

vidades, as pessoas acabam por ir para Fátima ou Leiria. Se organizamos festas ou eventos culturais, nem sempre temos as inscrições que esperávamos... mas podia ser pior. É fácil encontrar pessoas da freguesia dispostas a colaborar? Para a direcção é relativamente fácil. Quando é para trabalhar é um pouco mais difícil. São sempre os mesmos, mas isso é normal porque estamos numa terra com muitas actividades e um elevado número de associações. E é natural que surja alguma saturação por parte das pessoas. A título de exemplo, eu estou na Associação de Pais, já estive na União Desportiva da Serra, estive na Comissão da Igreja. Isto ilustra o facto de muitas vezes as pessoas serem sempre as mesmas, e vão rodando. Mas eu acho que precisamos de elaborar um trabalho que com algum esforço se consegue concretizar. Foi recentemente eleito presidente da Casa do Povo. O estado de coisas é como esperava, ou houve algo que o surpreendeu ? Eu já estava na direcção, e já sabia o que me esperava. Já tinha boa parte do trabalho, e apenas se registou uma mudança de cargo. Já previa as dificuldades que iria encontrar. E em termos oficiais, têm conseguido apoios? Até temos conseguidos alguns apoios. Quanto à Junta de freguesia – é óbvio que nunca é como queríamos – na medida do possível, não tem sido mau. Dispensa-nos a carrinha para algumas saídas, o que é muito bom, caso contrário teríamos de adquirir uma. E de quando em vez recebemos um subsídio, mas não é em demasia. Fizemos um telheiro, e queríamos fazer balneários e bancadas ao lado do ringue polidesportivo. Queríamos

fazer essas obras em conjunto com a Junta de freguesia. A autarquia tem umas casas de banho que pretende alterar e se fosse possível juntar o útil ao agradável... Já falámos sobre isso, mas são projectos que se vão arrastando. É que o dinheiro não estica e as colectividades estão a sofrer com as obras dos estádios. As juntas de freguesia e a Câmara dizem que o dinheiro vai para o estádio e as colectividades têm de esperar. O Euro 2004 está a prejudicar a melhoria das infra-estruturas desportivas em Santa Catarina da Serra? Eu penso que sim. Pelo menos vemos que se o dinheiro vai para um lado, não pode ir para outro. Os autarcas dizem que não há dinheiro e que não vêm verbas da Câmara. Qual é, no seu entender, a grande vocação da Casa do Povo? Deve continuar com as actividades que tem ou pode alargar horizontes? Estamos a fazer um bom esforço, graças à dedicação de várias pessoas. Se podemos ir mais além, isso depende dos apoios e das ideias das pessoas.Todos os projectos que sejam viáveis e do interesse da população e da associação são bem vindos. As actuais instalações são adequadas às necessidades? Para o trabalho que desenvolvemos estão mais ou menos adequadas. Mas há actividades que poderíamos realizar – por exemplo o futebol de salão – se tivéssemos balneários e bancadas. Em termos orçamentais, de onde provêm os fundos para o funcionamento da Casa do Povo? Do esforço das pessoas e dos apoios das autarquias. Os bombeiros funcionam em instalações nossas, mas não pagam renda. Pagam a electricidade que consomem e a

nossa, o que não é mau. É mais um serviço prestado pela Casa do Povo à população? Exactamente. Mas recebemos a renda relativa à extensão de saúde de Santa Catarina da Serra, que está instalada no nosso imóvel. A renda é pequena, mas dá para as despesas. E o futuro da associação? No que se refere aos jovens, não os vejo muito interessados em desenvolver associações. Actualmente o esforço associativo é de pessoas de outro escalão etário. Pode ser que um dia pensem nisso. Esta é uma actividade que “rouba” algumas horas de lazer ... Mas quem corre por gosto não cansa. Sinceramente, gosto de andar nestas actividades, e de ajudar a população. E a nossa equipa tem bons elementos que disponibilizam o seu tempo à Casa do Povo. Desde que está ligado à Casa do Povo, considera que esta associação tem crescido ? Tem tido altos e baixos. As pessoas saturam-se e deixa-se andar e não há a mesma dedicação. O nosso trabalho é gratuito. Fizemos o ringue com o nosso trabalho, aos sábados, e como isso tudo o mais. E às vezes satura? Mas com boa vontade faz-se tudo. O que é bom é que quem não gosta, não critique. Nem sempre as pessoas compreendem o esforço? Exactamente. As pessoas que criticam, se dessem a cara e viessem para a frente era bom. Seria uma mais-valia. Mas temos de sofrer. Não posso é deixar de agradecer publicamente a quem trabalha comigo e aos sócios, o esforço que tem sido feito. E que ajudem esta direcção porque é bom para a terra.

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ACTUALIDADE

Férias ocupadas As férias de Natal são o mote para mais um projecto do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra. Esta instituição está empenhada em ocupar os tempos livres das crianças da freguesia, aproximando-as e promovendo o convívio com a população mais idosa. As actividades de tempos livres estão programadas para decorrer entre os dias 18 de Dezembro e 2 de Janeiro. O projecto pretende perceber da necessidade de haver tempos livres nas férias. Dependendo da adesão nesta primeira fase “partiremos para projectos futuros com uma iniciativa que venha a abranger as restantes férias do ano”, explica Isabel Reis directora do Centro

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Social. O objectivo é promover a “aproximação entre as crianças e idosos”. E as actividades programadas para Dezembro irão culminar na realização de uma festa conjunta no Natal, explica ainda. Jogos diversos, actividades ao ar livre, rally paper, teatro, música, desporto, pinturas e colagens, natação, bem como visitas ao Castelo de Leiria e ao museu etnográfico do Arrabal, são algumas das actividades programadas. O projecto implica a ocupação dos tempo livres das crianças, diariamente, das 10 horas às 18h30 e destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos.


ACTUALIDADE

Pedir o bolinho A celebração do dia de Todos os Santos ainda vai resistindo, e nalguns lugares a tradição vai-se cumprindo. Foi o que aconteceu no passado dia 1 de Novembro na nossa freguesia. Como manda a tradição, alguns grupos de crian-

ças juntaram-se ao longo do dia para "pedir o bolinho" (que agora já não é bolinho, mas sim dinheiro ou guloseimas). Percorreram as casas do lugar, com as sacas na mão a cantar: "Ó Tia dá Bolinho!!" e lá juntaram alguns cêntimos que

no final do dia se somaram e se transformaram em Euros. Da parte da tarde foi a vez de alguns dos adultos se juntarem em grupo e percorrem as casas a provar os bolinhos feitos propositadamente para celebrar este dia.

Profissão de fé Várias dezenas de adolescentes da Paróquia de Santa Catarina da Serra realizaram a sua Profissão de Fé no passado dia 27 de Outubro, na Igreja Paroquial de Santa Catarina da Serra. Os 76 jovens - 38 rapazes e 38 raparigas nascidos em 1990 - cele-

braram na manhã de domingo mais um passo na sua vida de cristãos. A celebração cumpriu com a tradição uma vez que todos os adolescentes se vestiram a rigor, com as longas túnicas brancas. O uso destas túnicas já faz parte da celebração há

muitos anos. A celebração da Profissão de Fé não terminou com a Eucaristia, uma vez que à tarde todos os adolescentes, familiares e comunidade foram convidados a rezar o terço na Igreja de Santa Catarina da Serra.

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ACTUALIDADE

Canção em festival A Associação da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra abriu já as inscrições para a realização da segunda edição do Festival da Canção. O evento deverá ter lugar em data a definir no próximo mês de Abril. As participações no festival são divididas em dois escalões: músicas inéditas e músicas não inéditas. De acordo com a organização, os concorrentes poderão ser individuais ou colectivos (com um máximo de seis elementos). E as canções não deverão exceder os cinco minutos de duração. O prazo de entrega das canções está fixado para o dia 31 de Janeiro do próximo ano, sendo que os temas entregues serão sujeitos a

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uma pré-selecção. As inscrições para o festival podem ser envidas por correio para a Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra; Rua do Jardim, nº 7; 2495-186 Santa Catarina da Serra. Os trabalhos e as inscrições podem ainda ser entregues pessoalmente na sede dos bombeiros voluntários, bem como na casa paroquial local. As inscrições devem incluir os seguintes indicadores: nome dos participantes; idade; morada completa; contacto telefónico; autor da letra e música (para os trabalhos inéditos); escalão de candidatura; músicas gravadas e letras inéditas dactilografadas.

Jantar dos 45 anos Os Santa Catarinenses nascidos em 1957 reuniram-se em convívio na noite do Sábado dia 12 de Outubro. O convívio realizou-se nas instalações da União Desportiva da Serra, onde decorreu um jantar para todos os jovens dos 45 anos e respectivos acompanhantes. O convívio não terminou com o jantar e prolongou-se pela noite num ambiente de "paródia" e recordação dos "bons e velhos tempos". Estes convívios, que se têm vindo a repetir com todas as idades, servem sobretudo para que as pessoas com a mesma idade se possam juntar com mais frequência e conviver.


ACTUALIDADE

Actividades no Ulmeiro A Associação Social do Ulmeiro, está a levar a cabo diversas actividades de cariz social. Como explicou à VOZ DA SERRA Célia Gordo, presidente da direcção, às segunda feiras a associação promove a deslocação à piscina de Fátima. Uma iniciativa complementar às actividades de ginástica que decorrem nas instalações da Associação, às quinta feiras. E às terças-feiras decorrem as actividades de bordados, que reúnem cerca de duas dezenas de pessoas, com idades compreendidas entre os 25 e os 60 anos. Funciona ainda, ao fimde-semana, o café da colectividade. Entretanto, no passado dia 1 de Novembro a associação promoveu um baile do dia do bolinho, que foi bastante participado, refere Célia Gordo. Esta responsável, recorda ainda o projecto de melhoria das instalações no pavilhão da associação. “Actualmente aquele espaço comporta servir 500 pessoas, mas pretendemos aumentar o pavilhão para arrumos”, explica. Ainda assim, a colectividade aceita inscrições para a realização de festas para grupos. Para já “não há fundos para obras, vai-se fazendo pouco a pouco”. As obras far-se-ão à medida que surgirem fundos .

Marionetas na freguesia “Cómicos de La Legua” é o nome da peça de Los Titiriteiros de Benifar (Espanha) que é exibida no próximo dia 23 de Novembro, pelas 16 horas, na sede da Associação da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra. O espectáculo tem lugar no âmbito da Quinta Semana de Marionetas, que de 16 de Novembro a 9 de Dezembro decorre nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Pombal e Ansião e é organizada pelas respectivas câmaras municipais. Este festival incluiu ainda a passagem de mais um espectáculo pela freguesia. Desta feita, a dois de Dezembro, o Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde – M. Lafontana apresenta o “Mamulengo do João Redondo”, pelas 13h30 no Centro paroquial de Santa Catarina da Serra.

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ACTUALIDADE Curso de artes decorativas Está a ser ministrado, nas instalações da antiga escola primária de Santa Catarina da Serra, um curso de artes decorativas. A iniciativa conta com 20 participantes, sendo 17 mulheres e três homens. O curso teve início no passado dia seis de Novembro. Esta acção formativa que está a decorrer na freguesia de Santa Catarina da Serra é da responsabilidade da Coordenação Concelhia da Extensão Educativa de Leiria.

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Imigrantes aprendem português Estão a ser preparados cursos de língua portuguesa e de formação para a cidadania, destinados aos emigrantes de Leste. A iniciativa vai decorrer em Santa Catarina da Serra. As aulas serão ministradas na EB 1,2,3 em duas salas, cedidas pela direcção da escola. De acordo com informação disponibilizada pela Junta de Santa Catarina da Serra, o número de inscritos é de 25, com residência provisória na freguesia. Os inscritos são todos portadores de passa-

porte com visto de autorização de permanência em Portugal e com contractos de trabalho. Ainda de acordo com a autarquia, as profissões que estes imigrantes possuíam nas suas terras de origem eram de motoristas, pedreiros, professores de educação física e de desenho, carpinteiros, engenheiros de informática, batechapas, médicos de clínica geral e dermatologia, contabilistas e electricistas.


DESPORTO

Ricardo Parracho é o novo reforço da União Desportiva da Serra. O novo jogador é um defesa central de 23 anos e iniciou a época no Portomosense, onde esteve nas duas épocas anteriores. O defesa central iniciou a sua carreira nas camadas jovens do clube da Marinha Grande, Sport Lisboa e Marinha. As suas exibições a nível das selecções distritais e no campeonato nacional de juvenis despertaram o interesse de alguns “grandes” de Lisboa, mas foi o Belenenses que acabou por garantir as prestações do jogador. Depois de duas épocas ao serviço do clube do Restelo, Parracho foi emprestado ao Fátima na época 1998/99. Na época seguinte, depois da descida do seu anterior clube à III divisão, o jovem defesa rumou à Marinha Grande, sua terra natal, para vestir a camisola do Atlético Clube Marinhense. Uma época algo azarada, com lesões à mistura levaram-no a sair do clube da cidade vidreira e também a desvincular-se em definitivo do Belenenses, tendo sido contratado pelo Portomosense.

Arquivo

UDS reforçada

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ENSINO

Agrupamento comemora S. Martinho No passado dia 11 de Novembro, foi uma manhã colorida e movimentada a que viveu a Escola sede do Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra. Chegados que foram, os alunos acompanhados pelos professores, educadoras e auxiliares, eram distribuídos pelos espaços, previamente definidos numa alternância coerente de modo a cumprir o programa. Enquanto uma turmas acendiam a fogueira para assarem as castanhas, outras tinham acção activa na sala de informática, na mediateca, no atelier de pintura e

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no laboratório. Paralelamente a estas actividades, assistiam rotativamente a sessões do teatro de Sombras Chinesas e à Cúpula, espaço insuflável onde as crianças de forma lúdica e inovadora tinham aprendisagem de temas relacionados com a ciência, meio físico e história: como os astros, a terra, a água e as explorações espaciais. Esta movimentação está inserida num projecto, cujos objectivos são fortificar os laços de toda a comunidade educativa numa unidade organizacional que é o agrupamento.


OPINIÃO

“A vontade enérgica é uma esperança meia realizada” Pouco depois de me ter sido procurado se tinha alguma noticia para publicar na Voz da Serra sobre a Associação, pus-me a pensar com os meus botões e decidi escrever não tanto sobre a Associação, mas mais sobre as pessoas, os humanos, que muitas vezes mais não fazem que complicar, a sua existência, e a dos outros, nos curtos momentos passados sobre este planeta. Faltam apenas dois meses para completarmos doze anos sobre o dia em que foi benzida a primeira pedra para a construção da sede da nossa Associação. A obra está de pé, cerca de 400 000 euros já foram gastos, não chega a 40 000 euros a parte oferecida por entidades oficiais. Foi do suor de cada habitante, vizinho ou amigo da Loureira que fez crescer, dia após dia, essa obra de que tanto nos orgulhamos. Depois de estar um salão de festas e um bar a funcionar, continuava evidente que os benefícios eram poucos para tanto esforço. Em 2001, uma nova valência entrava em funcionamento, a creche. Trinta crianças diariamente passam o dia connosco, onde profissionais competentes, asseguram aos pais um dia a dia saudável aos seus filhos. Março de 2002, e uma nova valência entra em funcionamento, o Apoio Domiciliário. É a vez daqueles, que depois de uma vida de luta, merecem descansar das canseiras da vida duma forma digna e onde o carinho e o bem estar não sejam apenas palavras, mas sim o brilho do seu olhar e alegria estampada nos rostos onde os muitos outonos fizeram aparecer as rugas. Tanto a Creche como o Apoio Domiciliário foram iniciados sem o acordo financeiro com os serviços de Solidariedade e Segurança Social, assumimos todas as responsabilidades financeiras, dado que em termos de licenciamentos e obras tudo está conforme a lei. Foram doze anos que nos foram habituando a fazer primeiro e esperar que nos ofereçam depois. O acordo com os serviços de Solidariedade distrital foram confirmados e assinados, ficamos a aguardar a sua execução. Era preciso não parar, havia demasiada gente que precisava de todo este equipamento a ser útil. Fomos em frente, tentamos dar o melhor de nós, também nos deram o melhor que podiam sempre que pedimos ajuda. E porque nos deram o melhor, nós temos a obrigação de dar o melhor, com a máxima qualidade e o maior empenho e dedicação. Não queremos fazer por fazer, nenhuma das pessoas que no dia trabalham connosco, trabalha apenas para ocupar um lugar, tra-

balha com dedicação e gosto pelo que faz. Ninguém está a mais. Um ano depois de iniciarmos a nossa actividade ainda esperamos pelo apoio financeiro. Não foi razão para faltar alguma coisa que seja a cada um dos nossos utentes, quer material, quer carinho e dedicação. Não no passado, não o será no futuro. Temos sabido fazer chegar o pouco que temos. Mesmo com a “ajuda” dos “ profetas da desgraça” a nossa obra e o nosso trabalho vai continuar, no sentido de nos aperfeiçoarmos cada vez mais no rumo de mais qualidade de vida a cada um dos utentes e dos seus familiares, no caminho da excelência. Não serão dificuldades, financeiras ou outras, que nos vão fazer parar. Jorge Gameiro, presidente da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira

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TPB

Liderança em pavimentos Criado em 1999, o grupo TPB, atingiu a “velocidade de cruzeiro”, e ocupa uma posição de liderança no mercado nacional na área dos pavimentos industriais. Trata-se de um grupo que se dedica ao fabrico e comercialização de produtos para a execução de pavimentos industriais. E como enfatizam Rui Macedo, administrador, e Pedro Alves, director financeiro, a confortável posição no mercado fica a dever-se ao dinamismo do fundador Jaime Dias da Silva. “Trata-se de uma pessoa com muita experiência neste sector”, explicam. O grupo tem apenas três anos. É composto pela empresa TPB – referente à execução de obra, JRP – na área de fabrico e comercialização de produtos e Transour – vocacionada para a área dos transportes. Mas a experiência no sector não é nova. É que, contam, Jaime Dias da Silva fundou em 1981 um grupo de empresas de pavimentos industriais a ASIC – Rocland, que alcançou grande sucesso no mercado. Era líder no mercado, tendo sido posteriormente adquirida por uma empresa multinacional. Jaime Dias da Silva manteve-se como administrador, mas ao fim de algum tempo, por não concordar com a estratégia seguida, e face a pressões de vários colaboradores, nomeadamente dos comerciais e do seu filho Rui Silva, decidiu abandonar esse projecto. O desafio seguinte chama-se TPB. “Nós acreditamos nele e decidimos segui-lo para o grupo TPB”, referem estes dois responsáveis. Os resultados são evidentes e positivos. Nos últimos dois anos, a facturação duplicou e o mercado nacional é uma conquista adquirida. Paralelamente, avançou a implantação do grupo em Espanha. Há cerca de seis meses o grupo criou uma empresa em solo espanhol e conta com escritório e armazéns na zona de Madrid.

Além de pretender explorar novos mercados, os responsáveis do grupo TPB explicam que se trata de uma estratégia para fazer face a uma conjuntura económica que, actualmente, não é das mais favoráveis. “Afiguram-se dificuldades no mercado interno e procuramos alternativas para fazer, face às eventuais dificuldades futuras”, sintetiza Rui Macedo. Contudo, ressalva, presentemente, a empresa mantém-se em expansão, e “não sentimos a falta de trabalho”. O facto de contar com produtos – homologados pelo LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil - com soluções diversas “faz-nos ter confiança no futuro”, diz Rui Macedo. Por outro lado, “estamos representados comercialmente em todo o país, com equipas que dão resposta rápida em qualquer ponto do país”. Acresce ainda que “temos os conhecimentos que nos permitem a fazer qualquer projecto que nos surja sem problemas. Que acompanhamos desde a concepção até à execução”, acrescenta. De resto, os responsáveis do grupo asseguram que não existe receio em termos de capacidade da

empresa, sendo que são possuidores da capacidade técnica e de conhecimentos para enfrentar mesmo os concorrentes estrangeiros. Aliás, é a própria empresa que tem extravasado as fronteiras nacionais, com clientes em Espanha, Marrocos, Argélia e Angola. Mais uma vez, a experiência anterior do presidente do Conselho de Administração, Jaime Dias da Silva, na penetração do mercado espanhol, revelou-se determinante.

Volume de negócios 10 milhões de euros em 2002 (previsão)

Funcionários 50

Localização: Instalações administrativas e armazém: Estrada da Batalha, Cova da Iria - Fátima Fábrica: Zona industrial de Ourém Armazém: Ermesinde

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