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Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3437 de 31 de Janeiro de 2003, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Grandes opções para 2003 Págs. 10 e 11

Trigémeos no Sobral Pág. 14

Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Desejos para

2003

Págs. 6 e 7



FÓRUM FICHA TÉCNICA

INDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

A História das histórias

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DIRECTOR-ADJUNTO: Pedro Costa

Inquérito 2003

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CONSELHO DINAMIZADOR:

Inquérito Natal

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Armando Costa Armindo Neves

Obras para 2003

David Vieira

Anfiteatro em projecto

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Domingos Neves

Entrevista

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Jaime Silva

Trigémeos

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Joaquim Rodrigues

Festa de São Sebastião

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Junta reuniu com Governador

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Lino Pereira

Atropelamento

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Manuel Silva

União da Serra perto da liderança

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Ensino

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Apoios para a freguesia

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Fausto Neves

Jorge Primitivo José Augusto Antunes José Carlos Rodrigues

TEXTOS: Carlos S. Almeida Manuel Leiria

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Novo ano 1. Com um novo ano para cumprir, surgem os novos desafios para a freguesia. Um inquérito alargado e aleatório pela população, permite perceber quais são as expectativas que cada um alimenta para o novo ano. Sejam de cariz mais pessoal ou mais abrangente, o certo é que a esperança em melhores dias é uma constante. E num cenário de crise, que acompanhou a despedida de 2002, constatamos como essa contingência foi vivida pelo sector comercial da freguesia.

Sílvia Reis Sónia Gomes FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra LubriFátima Socoliro Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Armindo Pereira e Neves, Lda. Hiperclima Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. Lenobetão

IMPRESSÃO: Mirandela SA

Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando. Dependendo da disponibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

2. Nesta edição da VOZ DA SERRA lembramos ainda quais as prioridades do executivo camarário para a freguesia. Damos igualmente conta de um outro projecto, também inscrito no documento das prioridades camarárias, e que resultará na criação de um anfiteatro no centro da vila. Aparentemente, é a falta de verba que está a obstar à sua construção. Importa sublinhar o papel que uma infra-estrutura do género pode desempenhar na freguesia. Seria mais um local para a proliferação de actividades culturais e de interesse público. 3. Por último, referência para o reforçado alerta para a necessidade de avançar com um reforço das forças de segurança, com a construção de um quartel da GNR que sirva a freguesia. O assunto foi relembrado ao Governador Civil do Distrito. E bem.

TIRAGEM: 2.500 exemplares Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3437, de 31 de Janeiro de 2003, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

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TRIBUNA

História das Histórias (O assalto à igreja e o Bispo de Leiria)

Domingos Marques

No ano de 1843, sendo cura em Santa Catarina da Serra, o padre José Gomes Ferreira Gaspar, a igreja de Santa Catarina da Serra foi assaltada durante a noite, donde roubaram alguns valores com violação do sacrário. O bispo sabedor da acontecimento escreveu uma carta ao pároco e fiéis desta freguesia, nos seguintes termos:

“Dom Guilherme Henriques de Carvalho por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica Bispo de Leiria e do Conselho de Sua Majestade a Rainha. Ao Reverendo Pároco, Clérigos e Fiéis da freguesia de Santa Catarina da Serra deste nosso Bispado, misericórdia, saúde, paz e salvação em Jesus Cristo Nosso Senhor e Redentor. Quando o nosso coração se enchia de júbilo e alegria, bendizendo ao Senhor nos nossos trabalhos pastorais para vermos as vigorosas sementes da religião

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que ainda não amortecidas no Nosso Rebanho parecia borbulharem de novo com mais vigor, assim que as íamos regando com o orvalho da sã doutrina que sobre elas íamos derramando na visitação pastoral, que nos achamos fazer ao mesmo nosso amado rebanho; quando víamos assim crescer estas sementes da Seara do Senhor que por sua misericórdia se dignou confiar-nos humilhados na sua presença, nós lhe louvamos e bendizemos solenes louvores e acções de graças pela esperança e doce ambição e que o nosso coração tinha de tão santa abundante seara. O nosso amado rebanho recolheria copiosos frutos de santidade de onde lhe dimanaria sem dúvida a salvação das suas almas, único alvo a que se dirigem todos os nossos trabalhos pastorais: vem agora encher de mágoa e consternar o nosso coração. O segundo sacrílego atentado contra a bondade do Nosso Deus Sacramentado cometido dentro dos limites do nosso redil. Ainda as lágrimas que vertíamos pelo sacrilégio cometido na freguesia de Rio de Couros, não estavam de todo secas, quando nova dor as vem avivar e fazer rebentar outras em maior abundância e mais amargas, pela repetição do horroroso sacrilégio que acaba de cometer-se nessa freguesia na noite do dia doze para treze do corrente mês (Dezembro) como hoje nos participa o Reverendo Pároco, na qual homens malvados e sacrílegos, subiram pela torre, desceram à igreja, roubaram do sacrário o relicário em que o Sagrado Viático, este pão dos anjos, é levado aos nossos irmãos enfermos nas sagradas partículas.

Nem a presença da Divindade os aterrou a roubarem o Sagrado Vaso em que estava o Divino Sacramento e também não escapou à sua rapinidade as caixas de esmolas da caridade dos fiéis pois roubaram o pouco dinheiro que ali se achava. Este horrível sacrilégio cometido pela mais nefanda impiedade contra a Majestade Divina, exige de nós mais do que lágrimas derramadas em segredo e por isso além de que procuraremos por todos os meios ao nosso alcance que não se repitam no nosso rebanho tão excrementos e abomináveis crimes. Temos determinado procurar obter a misericórdia Divina para tornar propícia a sua Justiça afim de aliviarmos dos nossos amados diocesanos as calamidades e justos castigos com que muitas vezes têm sido punidas semelhantes impiedades e sacrilégios. Por isso ordenamos que o Reverendo Pároco da freguesia de Santa Catarina leia esta nossa provisão em 3 domingos seguidos à estação da missa conventual para que fiquem conhecedores da enormidade de tão alto sacrilégio e procurem com actos de penitência desagravar a justiça Divina ofendida. Que imediatamente antes da missa conventual dos mesmos 3 domingos com o clero e fiéis farão preces, estando o Santíssimo exposto à boca do sacrário para o nosso Deus nos perdoar os nossos pecados e afastar de nós a impiedade e seus sacrílegos efeitos e as calamidades com que, aliás, seremos justamente castigados, pois que Deus é Pão de Misericórdia e igualmente Juiz severo em seus castigos. E a vós e a todos os fiéis em que algum domingo em que se fizerem


TRIBUNA

as preces, visitar a Igreja de Santa Catarina e confessados e comungados devotamente, adorarem o Santíssimo Sacramento e pedirem perdão a Deus deste horrível sacrilégio e rogarem pela verdadeira paz e felicidade da Igreja Universal, do Sumo Pontífice, deste nosso rebanho e do seu indigno pastor por autoridade apostólica que nos foi delegado pelo Indulto de 31 do mês de Agosto passado, do corrente ano, lhe concedemos Indulgências Plenárias e remissão de pecados.

O Reverendo Pároco da freguesia de Santa Catarina da Serra fará tudo o que o que se determina nesta nossa Provisão, como lhe cumpre e nos dará parte de assim o ter satisfeito o que muito lhe recomendamos. Passada sub Nosso Signo e Selo de Nossas Armas no nosso Paço Episcopal de Leiria aos 20 de Dezembro de 1843

Nota:

1) O Selo de Armas está sobre o documento, relevo e pode ler -se: GUILHERMUS EPISCOPUS LEIRIENSIS.

Guilherme, Bispo de Leiria”

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INQUÉRITO

O que vai ser de 2003 Com um ano de 2002 a pertencer ao passado, a VOZ DA SERRA procurou saber quais as impressões que o “ano velho” deixou e que planos 2003 alimenta em alguns dos habitantes da freguesia. Qual o Balanço que faz do ano de 2002? E quais são os seus projectos para 2003?

Daniel Pereira 21 anos Padeiro Magueigia O ano foi bom porque comigo correu tudo bem (com a excepção do meu Sporting que não foi campeão). Espero que no próximo ano o Sporting ganhe. Para além disso não tenho outros projectos nem ambições. Que 2003 corra no mínimo como este ano.

Ivete Torcato 24 anos Empregada de balcão Ulmeiro O balanço é sempre positivo. Consegui por a andar alguns projectos que ainda estou a realizar. Os meu projecto para 2003 é fazer casa para me casar. É essencialmente isso.

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Joaquim Mendes 48 anos Engenheiro Civil Magueigia 2002 foi um ano que se pode considerar normal. A nível profissional apesar de tudo foi um bom ano. Foi também o ano de realização de alguns projectos. Julgo que 2003 vai ser um ano pior que 2002, a nível geral. Gostaria de fazer uma viagem se tivesse dinheiro e disponibilidade para tal.

Célia Gonçalves 20 Anos Empregada de Escritório Sete Rios 2002 foi um ano bom. Mantive o meu trabalho e realizei-me pessoalmente porque conheci muitos amigos. Não costumo fazer planos para depois não me decepcionar. Mas que 2003 corra tão bem quanto 2002.

Amândio Santos 20 Anos Estudante Vale Tacão O saldo é francamente positivo. O ano escolar correu razoavelmente bem e consegui conciliar os estudos com muitas actividades que me realizaram muito ao nível pessoal Em 2003 quero continuar ou repetir essas actividades. E desejo que a Festa dos 20 Anos – S. Sebastião – (da qual faço parte) corra da melhor forma.

Anunciação Marcelino 74 Anos Reformada Santa Catarina da Serra Foi um ano não muito bom no início, mas no final correu melhor Não se podem fazer muitas previsões. Mas desejo saúde e paz para todos.


INQUÉRITO

Leonel Jorge 46 Anos Auxiliar no centro de dia Pedrome Para mim 2002 não foi um ano muito bom. Tinha-me curado do alcoolismo e depois voltei ao vício. Espero que 2003 seja melhor que 2002, mas não tenho planos.

Filipe Neves 21 Anos Condutor Manobrador de equipamentos indústriais Foi um ano bom porque o passámos bem. Não tenho projectos mas gostava que me saísse o totoloto.

Paulo Rodrigues 26 Anos Pedreiro Pinheiria O ano de 2002 foi razoável porque houve de tudo. Não tenho projectos. Deixo simplesmente as coisas acontecerem.

Vânia Gomes 16 Anos Estudante Donairia O ano foi cinco estrelas porque a nível escolar correu tudo bem (especialmente porque passei a matemática) e porque conheci muitos novos amigos. Especialmente ter boas notas na escola, manter as minhas amizades e que sejamos todos felizes.

Maria Isabel Vieira 41 anos Doméstica Barreiria Para a minha idade, correu tudo bem. Houve trabalho que permitiu ganhar algum dinheiro e houve saúde na família. Não costumo pensar em projectos porque podem sair trocados. Mas espero que a crise não nos atinja (especialmente a mim e às minhas filhas).

Maria Catarina Oliveira 65 Anos Doméstica Barreiria Para mim o ano correu bem. Isto porque não me aconteceu nada de

maior e eu e os meus tivemos saúde. Não aconteceu nada de extraordinário. Espero que o ano seja melhor e haja paz e saúde em todo o mundo que é o que todos nós precisamos

Aldo Domingos 26 anos Caixilheiro Barreiria O ano foi bom porque tive férias e tive trabalho. Mas sobretudo porque com a minha família está tudo bem. Não tenho projectos. Só espero que continue tudo como em 2002.

Domingos Neves 71 anos presidente de Junta de Santa Catarina da Serra Podemos dizer que o ano de 2002 foi bom, com alguns altos e baixos. Ao nível da autarquia este foi o meu primeiro ano do quarto mandato. Os novos autarcas não tiveram dificuldades em adaptarse à nova forma de estar na sociedade e freguesia. Esperamos uma grande modificação ao nível autárquico, através da descentralização da Câmara Municipal de Leiria para a Junta. Ou seja, muitos trabalhos passaram da responsabilidade da Câmara para a Junta de Freguesia. Contamos, por isso, com a colaboração, apoio e compreensão da população.

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INQUÉRITO

Opiniões natalícias A época natalícia é, normalmente, caracterizada por um consumo vertiginoso, que torna a quadra a mais lucrativa do ano para muitos comerciantes. Contudo, o espectro da crise foi uma realidade no Natal, com comerciantes e consumidores a queixarem-se da falta de dinheiro e dos efeitos que isso provoca nesta quadra festiva. A VOZ DA SERRA foi ouvir algumas opiniões, de consumidores e comerciantes, no que se refere aos efeitos que a crise poderá ter causado nesta quadra de grande consumo. 1. Qual o balanço que faz do comércio nesta época natalícia? 2. Acha que a tão falada crise se fez notar? 3. Em relação ao ano anterior qual foi a época mais lucrativa?

Irene Santos Pereira 33 anos Papelaria (Bemposta, Lda) O balanço desta época é positivo. Pode-se dizer que foi uma época boa. Na nossa zona penso que não se fez notar. 2002 foi um ano de crescimento com a abertura de um novo estabelecimento em Fátima. Relativamente a esta época, foi um pouco melhor de que o ano anterior.

Anabela Sofia de Oliveira 27 anos Esteticista (Sofibel) Houve menos comércio do que no ano passado. Acho que sim. Nem que seja só uma maneira de falar das pessoas, pois toda a gente fala em crise e as

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pessoas ficam com medo de gastar dinheiro. A época de Natal foi pior do que a do ano passado.

Célia Silva 28 anos Responsável de Tesouraria Vale Tacão Comprei mais presentes este ano, porque a família cada vez está maior. Gastei mais dinheiro. Eu não noto muito a crise porque ainda não tenho encargos, por exemplo familiares.

Ermelinda Oliveira 43 anos Retrosaria (Ermelinda Tecidos) Foi uma época razoável. Não me

posso queixar muito. O pior são os impostos que agora temos que pagar que levam o pouco dinheiro que lucrámos. Notei um pouco a crise. As pessoas acabaram sempre por comprar o mais barato. Os preços mantiveram-se iguais aos do ano anterior, mas este ano as pessoas acham tudo mais caro, e, por isso, iam para o mais barato. O Natal anterior foi mais lucrativo, precisamente pelo que disse anteriormente. É que no ano passado vendi peças mais caras. Este ano todos procuravam o mais barato.

Esmeralda Alfaiate 41 anos Talho (Talho Chibito) Para mim, existem, no ano, épocas melhores do que o Natal. Mesmo assim, foi razoável. Fez-se notar um pouco. As pessoas pediam o mais barato. Este é o primeiro Natal que passo neste estabelecimento, portanto não posso fazer comparações.


INQUÉRITO

Maria Utília Lopes 37 Anos Empregada de balcão Magueigia Comprei os mesmos presentes que o ano passado Este ano gastei um pouco mais A crise não me influenciou. Acabei por fazer mais ou menos as mesmas compras

Júlia Neves 27 Anos Vale Tacão Cabeleireira

Comprei os mesmos presentes que no ano passado. Gastei um pouco mais de dinheiro Para mim não. Não ligo à crise porque ainda não tenho despesas acrescidas.

Mila Vieira 45 anos Modista (Mila Noivas)

Idalina Marcelino 46 Anos Empregada de balcão Santa Catarina da Serra Este ano comprei menos presentes, porque não há dinheiro para prendas. Além disso não sou muito materialista. Gastei muito menos dinheiro do que no ano passado. No fundo influenciou. Não há dinheiro e talvez seja por causa da crise.

Foi uma época razoável tendo em vista o actual panorama. Acho que não se notou muito este ano foi semelhante ao mesmo período do ano passado.

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ABERTURA

Obras para 2003

Dominguos Neves espera que o ano de 2004 seja mais generoso para a freguesia Cerca de 80 milhões de euros é o montante que a Câmara Municipal de Leiria prevê receber e gastar em 2003 para executar as Grandes Opções do Plano e fazer face às despesas municipais. O que corresponde a menos 13 milhões de euros do que o orçamento aprovado para 2002. Com os votos favoráveis do PSD, a Assembleia Municipal de Leiria aprovou, no passado dia 30 de Dezembro, as Grandes Opções do Plano do município para o ano de 2003. Votaram contra doze elementos do PS e dos Cidadãos Independentes e registaram-se, ainda, sete abstenções por parte do PP e do PS. O Orçamento da edilidade para 2003 também passou com os votos da maioria social-democrata. A freguesia de Santa Catarina da Serra conta com alguns projectos inscritos no Plano de Actividades da autarquia para 2003. Assim, contam-se a construção de um pontão na Ribeira de Sete Rios (7.200 euros); a construção de um muro de suporte de terras na estrada da Quinta do Salgueiro (4.500 euros);

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requalificação da estrada de Vale Sumo (26.500 euros); construção de passeios em Santa Catarina da Serra (24 mil euros); beneficiação dos Jardins de Infância de Quinta da Sardinha e da Loureira, Escola do Primeiro Ciclo da Loureira e Escola do Primeiro Ciclo da Magueigia (3.900 euros). Domingos Neves, presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra explica que a Junta a que preside assinou um protocolo de delegação de competências em Outubro de 2002, de que resultou a concretização de mais de metade destes trabalhos. Sendo assim, “ou em 2002 não houve nada para Santa Catarina, ou em 2003 não há nada”, refere. Mas, reconhece, é necessário inscrever as obras no orçamento da Câmara para que a autarquia tenha legitimidade para pagar os trabalhos que já estão realizados em mais de 50 por cento. Para além destes trabalhos, a Câmara de Leiria prevê ainda outras obras para Santa Catarina da Serra. A saber, a requalificação do espaço da feira na Loureira, ava-

liado em 50 mil euros; o alargamento de via municipal, avaliado em 12.375 euros; a estrada da Fazarga, com uma dotação 44.205 euros e a estrada que liga a Loureira à Chainça, com 64.015 euros.

Algumas prioridades esquecidas O presidente da Junta recorda que em Outubro fez chegar à Câmara de Leiria as prioridades da freguesia. No documento “estão consignadas algumas das prioridades, mas não são estas as principais”, refere o autarca. “A questão que mais nos preocupa são os caminhos”, refere, acrescentando que “temos uma rede de acessibilidade muito má. Os caminhos que ligam povoações, bem como os arruamentos internos às povoações estão maus e não será desta vez que se resolve o problema”. Domingos Neves adianta esperar que o ano de 2004 seja mais generoso para a freguesia.


ABERTURA

Escola recebe anfiteatro A construção de um anfiteatro na antiga escola primária de Santa Catarina da Serra é um dos projectos que a Junta local pretende levar a cabo. A Câmara de Leiria deliberou delegar na Junta de Freguesia a transformação da antiga escola primária de Santa Catarina da Serra em anfiteatro. A obra está já inscrita no Plano de Actividades da Câmara. No entanto, a verba – 55 mil euros – disponível para esta obra refere-se ao ano de 2004. A obra orçará em cerca de 55 mil euros e a Junta de freguesia já tem o projecto desta requalificação aprovado pela Câmara Municipal de Leiria. “O projecto não arranca mais cedo, não por falta de vontade da Junta, mas sim por falta de verba”, explica o presidente da Junta, Domingos Neves. “Se a Câmara avançar este ano com metade da verba, nós avançamos com a obra ainda este ano. Se não nos der o dinheiro, não avançamos porque ainda não assinámos nenhum protocolo com a autarquia”, acrescenta. O presidente da Junta explica que se trata de um anfiteatro destinado para a realização de reuniões, espectáculos, entre outras aplicações. E será igualmente útil para o sector económico da freguesia. “Se os empresários quiserem realizar um pequeno congresso terão um espaço apropriado”, refere. O anfiteatro terá capacidade para 60 pessoas sentadas. “Trata-se de uma obra que se enquadra na vila que necessita de um equipamento do género”, justifica o presidente da Junta de freguesia.

A escola albergará um anfiteatro

Junta com competências acrescidas A conservação e reparação das vias municipais - incluindo bermas, valetas e aquedutos -, a manutenção da sinalização rodoviária vertical, colocação e manutenção de sinalização toponímica e a limpeza das vias municipais passou a ser responsabilidade da Junta de freguesia de Santa Catarina da Serra, por delegação de competências da Câmara Municipal de Leria. “Havia uma grande indefinição quanto à responsabilidade das juntas de freguesia nestas áreas”, explica Domingos Neves. “A Junta está ciente que se trata de uma responsabilidade muito grande”, refere ainda, reconhecendo que se trata de um projecto de grande interesse para a freguesia e que vem terminar com as ambiguidades existentes ao nível dos responsáveis pelo exercício da função. “Acarreta, no entanto, grandes responsabilidades para a

Junta no que se refere à gestão do pessoal responsável pelo desenvolvimento do projecto, sendo que as verbas são escassas para os compromissos assumidos”, lembra. Para a concretização destes trabalhos, a Junta irá receber da Câmara Municipal de Leiria, em duodécimos, uma importância de 91.630 euros, repartidos em 70.193 euros provenientes do Fundo Municipal de Delegação de Competências e 21.438 do Fundo Municipal de Apoio Técnico. Domingos Neves acredita que esta alteração implicará a resolução mais rápida e eficaz dos problemas. “Se a Junta entendesse que estas medidas não traziam benefícios para a freguesia não aceitávamos o protocolo”, diz. O assunto foi aprovado por unanimidade pela Assembleia de Freguesia no passado dia 24 de Janeiro.

Sinalética a cargo da junta

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ENTREVISTA

“Queremos a colectividade como u Nelson Santos, é o presidente da direcção do Centro Cultural e Recreativo de Vale Tacão. Este jovem lidera uma equipa de 13 pessoas que está empenhada em reactivar um colectividade que se pretende assumir como um pólo dinamizador da localidade. Como é que surgiu a colectividade? Tem cerca de vinte anos. Há semelhança de outras associações, foi criado pela população, que não tinha mais nada que promovesse a união da localidade. O clube tem um salão, grande, onde funcionava o bar. Cerca de dez anos depois da fundação do clube, foi construído um anexo. Durante esse tempo a colectividade teve os seus altos e baixos. Há cerca de cinco anos fechou. Deixou de ter direcção e actividades. E o salão fechou. Porquê? Foi o desinteresse das pessoas?

Nelson Santos presidente da colectividade de Vale Tacão Foi o cansaço. São sempre os mesmos. Ter um café aberto deixou de ter interesse porque entretanto abriu um outro café. E com a saturação das pessoas, e sem direcção, não foi fácil manter pessoas interessadas em abrir o café e a colectividade fechou. O ano passado, eu e mais alguns colegas, achámos que a situação não se deveria manter. Tínhamos um grupo de jovens em Vale Tacão e decidimos assumir os custos com a electricidade. Com a tradicional festa do bolinho conseguíamos arranjar o dinheiro suficiente para pagar a conta da luz. Mas achamos que não fazia sentido ter uma colectividade parada que podia dinamizar a terra. Então realizamos uma reunião com todas as pessoas da terra. As pessoas concordaram com o nosso esforço e formámos uma direcção que tomou posse o ano passado.

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Não voltamos a ter o bar aberto, mas passamos a ter uma direcção que pretende ter actividades diversas. Neste momento temos a ginástica, duas vezes por semana para as senhoras. Mas o nosso maior projecto era a construção de um ringue polidesportivo, na parte adjacente à sede da colectividade. É que não há nenhum equipamento do género naquela zona da freguesia. Em que ponto está esse projecto? Pedimos apoios à Câmara e temos apoio do presidente da Junta. À partida pensamos que se trata de um projecto que as pessoas querem. Não há ideia de quando é que o projecto pode ser realidade?

Depende dos apoios. Se a Câmara e a Junta apoiarem significativamente podemos avançar. Até porque o clube não tem fundos. Dependeremos da realização de actividades, por exemplo, um cortejo de oferendas. A população terá de ajudar neste esforço? Nós sabemos que à partida terá de ser a população a ajudar. A ideia da colectividade é mais do que uma forma de entreter as pessoas, tratase de uma direcção que pretende dinamizar a terra. Nós estamos numa zona periférica da freguesia e isso sente-se muito. A questão de estarmos longe de Santa Catarina da Serra, entre dois concelhos e dois distritos, nota-se bastante. Se solici-


ENTREVISTA

um factor de união” tamos uma estrada para Gondemaria que é de outro concelho e de outro distrito, é difícil. E se não temos ninguém da terra a fazer pressão... Ao menos, por muito pouca pressão que seja, temos um grupo de pessoas que apontam o que está mal. Já reuni com o presidente da Junta de freguesia e apontámos o facto de ser a única terra da freguesia que não tem um ecoponto. Por outro lado, Vale Tacão tem uma lixeira numa zona pública. São questões que têm de ser alteradas. Vale Tacão é uma terra pequena, tem cerca de 150 habitantes, mas tem pessoas muito válidas. É lá que vive o presidente da UDS, o responsável dos Rancho Folclórico de São Guilherme. Temos muitos empresários, e pessoas com dinâmica. Mas estas pessoas com dinâmica estão a usá-la fora da terra. A nossa ideia é puxá-las para Vale Tacão. A colectividade poderá ser um factor de unidade em volta da localidade? É evidente. A questão que surge igualmente é o facto de todos terem uma ocupação. As pessoas que trabalham em nome individual nunca têm tempo para resolver certas questões. Consequentemente, são sempre os mesmos envolvidos e torna-se complicado. Sempre esclarecemos que não se trata de uma colectividade para sacrificar ninguém. É por isso que não temos bar. Se acharmos que as coisas não se podem fazer porque não temos possibilidades, não iremos fazer. Não há obrigações e não quero ser o presidente de uma direcção que tem um grande projecto que não pode concretizar. É necessário realismo... Preciso de ser realista e fazer as coisas com pés e cabeça. A ideia é

O projecto do ringue para Vale Tacão termos uma colectividade que serve a localidade, um factor de união e fomentador da dinâmica da terra. Vamos fazer as coisas da forma que julgamos ser a melhor. Se houver outras ideias, óptimo. Venham as ideias... Além da ginástica e do ringue, a colectividade tem outros projectos? Há possibilidade de fazermos uma exposição sobre as tradições da localidade. Temos práticas antigas que as pessoas ainda sabem fazer. Uma vez fizemos o que chamámos de mini-exposição. Fizemos uma casa museu e uma exposição de fotografias antigas. Há a ideia de fazer uma exposição desse tipo. Vamos fazer a recolha de objectos e fotografias e objectos antigos. Na primavera faremos um peddy-paper, porque as pessoas não conhecem a terra. Temos ainda a ideia de fazermos uma festa de fim-de-ano.

A colectividade tem sido apoiada? Não tem sido, porque não tem tido muito actividade. Tenho falado com o presidente da Junta, que tem apoiado como pode. Mas todas as associações receberam uma verba e nós não recebemos nada. É certo que podem dizer que não recebemos nada porque não desenvolvemos actividade. Mas espero que quando avançarmos com o ringue sejamos apoiados. Até porque será a recuperação de um espaço abandonado. Aliás, considero que não é correcto que os clubes tenham que ter uma equipa desportiva ou um bar para receber apoio. Penso que está mal. As associações não devem ser cafés. Uma associação deve ser um ponto dinamizador de uma localidade. A ideia que tenho é que essas questões é que devem ser privilegiadas. Se as pessoas entenderem isso podem ajudar-nos.

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ACTUALIDADE

Trigémeos no Sobral Chamam-se Bárbara, Diana e António. São os três novos moradores em Sobral, nasceram ao final da manhã do passado dia 17 de Janeiro na maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra. São trigémios e são os primeiros filhos do casal António Silva e Carla Ferreira – ele serralheiro e ela empregada de escritório – e resultado de uma gravidez de 34 semanas. Com 28 anos de idade, Carla Ferreira acaba por encher, de uma só vez, a casa de alegria, com três crianças.

Apoio contestado Entretanto o casal contestou a

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informação adiantada na última edição da Voz da Serra, referente ao alegado apoio da Fundação Arca da Aliança ao casal. António Silva refere que “nunca pedi qualquer apoio”. O pai dos três gémeos refere que “no mínimo houve um mal entendido. Não tem cabimento pedir apoio, sem falar com as pessoas para saber se a ajuda era necessária ou desejada”. E reafirma, “nunca recebemos ou pedimos qualquer tido de ajuda”. Por sua vez Carla Ferreira esclarece que as referências à falta de familiares por perto para auxiliar também não era correcta uma vez que têm família directa próxima.

Equívoco lamentável Já Florinda Marques, da Fundação Arca da Aliança adiantou à Voz da Serra que agiu na convicção de que a ajuda era necessária e seria bem vinda. “Só estava a tentar ajudar. Se acham que interferi, só tenho que lamentar e pedir desculpa”, referiu. Ainda assim, garante que tinha a indicação de que o casal iria necessitar de auxílio.



ACTUALIDADE

Festa de São Sebastião Cerca de cinquenta jovens nascidos na paróquia de Santa Catarina da Serra, no ano de 1982, celebraram no fim de semana 18 e 19 de Janeiro a festa de São Sebastião. Como já vem sendo hábito, cabe aos jovens dos 20 anos organizar os festejos em honra deste santo. Este ano a tradição voltou a ser cumprida, mas com algumas alterações relativamente aos anos anteriores. Assim, em vez do tradicional bufete no sábado à noite, este ano a comissão de festas optou por organizar um jantar com fados, tal como justifica Célia Gonçalves da comissão de festas “Lembrámo-nos de fazer uma coisa diferente este ano e decidimos, por todos, organizar uma noite de fados que por acaso correu lindamente”. Patrícia Costa, também da comissão de festas, prossegue afirmando que “esta noite superou as nossas expectativas. T ivemos muito mais adesão do que a esperada. Recebemos cerca de duzentas e sessenta pessoas”. Célia Gonçalves acrescenta ainda que “o melhor é que as pessoas gostaram muito desta iniciativa”. Outra das alterações relativamente aos anos anteriores foi o facto de todos os espectáculos terem a entrada gratuita. Esta alteração surge na sequência de uma deliberação do Conselho Pastoral que proibiu os espectáculos à porta fechada nas festas da igreja. No entanto, nem só de alterações se fez a festa. No Domingo o cartaz foi praticamente semelhante ao dos anos anteriores. De manhã foi celebrada a missa solene dinamizada pelos jovens festeiros, seguida de procissão onde todos os lugares da paróquia foram representados por um andor. Ao almoço e ao jantar foi servido um bufete que segundo Patrícia Costa “foi muito concorrido, especialmente ao jantar. E isso deveu-se ao facto

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O andor de S. Sebastião de não cobrarmos bilhetes na entrada do espectáculo que se seguiu”. A segunda-feira foi o dia reservado aos jovens dos 20 anos. Houve Missa seguida de visita ao cemitério onde foi deixada uma pedra em cada um dos cinco colegas já falecidos. Seguiu-se o almoço e à tarde foi o momento de percorrer todos os lugares de onde são naturais os festeiros.

Festas na net Entretanto, os organizadores dos festejos disponibilizaram a informação relativa à edição da Festa de São Sebastião na internet. Assim, os interessados podem saber mais sobre os festejos, bem como conferir algumas fotos relativas ao decorrer das festas em www.festas20.no.sapo.pt.


ACTUALIDADE

O grupo organizador dos festejos

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ACTUALIDADE

Reunião com Governador Civil José Leitão, Governador Civil do Distrito de Leiria, recebeu Domingos Neves, presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Luís Godinho, presidente do Conselho Executivo da Escola EB 1,2,3 de Santa Catarina da Serra na passada segunda feira, dia 20 de Janeiro. “Foi uma visita de cortesia, uma vez que ainda não tínhamos apresentado cumprimentos ao governador civil”, explicou à VOZ DA SERRA o presidente da Junta de freguesia. Contudo, o encontro serviu igualmente para trocar algumas impressões sobre a freguesia, esclareceu o autarca. Domingos Neves refere que foi novamente abordada a questão da

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segurança. O autarca adianta que recordou a José Leitão a necessidade de reforçar a freguesia com meios suficientes de combate à criminalidade. A instalação de um quartel da GNR na freguesia foi uma das prioridades que defendeu. Ainda assim, reconhece que se tal não surgir como exequível, defende a criação de um posto nos Cardosos. Trata-se, explica o presidente de Junta, de uma localização que permitiria servir três freguesias do concelho de Leiria. Domingos Neves entende que desta forma Caranguejeira, Arrabal e Santa Catarina da Serra poderiam ser devidamente servidas por um quartel da GNR. José Leitão manifestou sensibilidade

para o problema, mas fez saber que existem situações de maior urgência, tendo em conta os baixos índices de criminalidade registados na freguesia. O presidente da Junta adianta que apresentou igualmente ao representante do governo no distrito, a solicitação de apoio numa eventual candidatura para a obtenção de fundos para a recuperação da Capela da Quinta do Salgueiro. “Temos um projecto de recuperação já aprovado pela Câmara Municipal de Leiria”, explica o autarca. Na audiência com o governador civil foi ainda dirigido um convite a José Leitão para que este realize proximamente uma visita à freguesia.


ACTUALIDADE

José Leitão, Domingos Neves e Luís Godinho em reunião no Governo Civil

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ACTULIALIDADE

Atropelamento mortal na vila O corpo de um cidadão ucraniano vítima de um atropelamento mortal por um condutor que se colocou em fuga esteve nove horas à espera de ser removido do local, em Santa Catarina da Serra. O caso, que não é inédito na região, ocorreu à 1h22 de segundafeira, dia 20. Foi àquela hora que o Centro Coordenação Operacional de Leiria (CCO) recebeu o alerta. Fonte do CCO explicou que, de imediato, foi enviada para o sinistro uma viatura com dois homens da Secção de Santa Catarina da Serra dos Bombeiros Voluntários de Leiria. Ao mesmo tempo, desloca-se uma equipa - um médico e

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um enfermeiro - da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Instituto Nacional de Emergência Médica. No local, o médico verifica, provavelmente, o óbito. Mas o corpo permanece na berma da estrada. Por esta altura já se encontrava no local uma equipa da Guarda Nacional Republicana à qual, por volta das 4 da madrugada, se juntam elementos do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária. Às 8 da manhã, refere o CCO, uma viatura da Secção de Santa Catarina sai do quartel para a limpeza do pavimento. Chovia torren-

cialmente e o corpo, de um homem de 49 anos, permanece na berma da estrada coberto por um plástico. A viatura regressa ao quartel às 10h25. Por volta desta hora – nove horas depois do acidente - o cadáver sai do local para a morgue do Hospital de Santo André, em Leiria. Jorge Costa, Delegado de Saúde de Leiria, afirma não ter sido pedida a sua intervenção nem tal era preciso porque, supostamente, o óbito já teria sido verificado pela VMER. A PJ rejeita a hipótese de homicídio.



DESPORTO

Divisão de Honra de Leiria

U. Serra a um ponto da liderança

União da Serra venceu o Alcobaça, então na liderança, por 1-0 A União da Serra está a um ponto do primeiro lugar da divisão de Honra de Leiria, à passagem da 15 jornada. A equipa de Fernando Mateus tem vindo, pouco a pouco, a encurtar a distância para o primeiro lugar, e mesmo com alguns “acidentes de percurso”, parece estar cada vez mais forte. No último mês, a equipa ganhou ao Juncalense (3-1), perdeu com ao Alqueidão da Serra (1-0), venceu o ARCUDA (3-0), empatou com o Marrazes (2-2) e impôs-se sobre o então líder Alcobaça (1-0). Somado com deslizes da concorrência directa, a equipa de Santa Catarina da Serra conseguiu assim subir na tabela e ficar na situação actual, a um ponto do

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primeiro lugar, actualmente o Chão de Couce. Nas próximas jornadas, a União da Serra tem um calendário complicado, defrontando já o Alcobaça, uma das equipas envolvidas na luta pela promoção. Seguem-se jogos com o Praia da Vieira, também um encontro difícil com a equipa-surpresa desta fase do campeonato, Valcovense, o último classificado, Figueiró dos Vinhos, que já liderou o campeonato, e Chão de Couce, outro dos candidatos à III divisão, actualmente líder da classificação. Um ciclo de jogos que pode decidir muita coisa quanto às possibilidades da União da Serra revalidar o título da divisão de Honra de Leiria.

Marinha na rota da taça A União da Serra mantém-se em competição na Taça Distrito de Leiria. A equipa aproveitou, em Janeiro, o encontro com o Alqueidão da Serra para “vingar” a derrota do campeonato. A equipa de Santa Catarina da Serra venceu por uma bola a zero e garantiu a continuidade na competição, onde vai encontrar, nos quartos-de-final da Taça Distrito, o Sport Lisboa e Marinha, outra equipa da divisão de Honra de Leiria. O jogos desta ronda disputam-se a 2 de Março.


DESPORTO

Treinador pede justeza aos árbitros e à associação 15ª JORNADA SL Marinha Pernelhas Guiense Chão Couce Fig. Vinhos Valcovense Praia Vieira U. Serra

0 3 2 1 1 0 1 1

JOGOS

VITÓRIAS

EMPATES

DERROTAS

1.Chão Couce 2.Alq. Serra 3.U. Serra 4.Praia Vieira 5.Alcobaça 6.Sp. Estrada 7.Fig. Vinhos 8.Juncalense 9.Marrazes 10.Bombarralense 11.Vieirense 12.ARCUDA 13.SL Marinha 14.Pernelhas 15.Guiense 16.Valcovense

15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

9 8 8 9 8 8 6 5 5 4 4 3 3 3 1 2

3 5 5 2 4 4 6 6 4 5 4 6 4 3 5 2

3 2 2 4 3 3 3 4 6 6 7 6 8 9 9 11

16ª JORNADA Praia Vieira Valcovense Fig. Vinhos Chão Couce Guiense Pernelhas Vieirense Sp. Estrada

U. Serra Marrazes ARCUDA Alq. Serra Juncalense Bombarralense SL Marinha Alcobaça

2 0 2 0 1 1 0 0

21-10 29-11 26-10 21-13 35-14 24-13 26-27 14-14 20-24 16-22 20-26 11-22 17-27 12-20 9-26 13-35

PONTOS

Sp. Estrada Vieirense Bombarralense Juncalense Alq. Serra ARCUDA Marrazes Alcobaça

GOLOS

“Não estão a respeitar a decisão da U. Serra”

DIVISÃO DE HONRA

30 29 29 29 28 28 24 21 19 17 16 15 13 12 8 8

Fernando Mateus está insatisfeito com a arbitragem O treinador da União da Serra, Fernando Mateus, está insatisfeito com a atitude dos árbitros e da Associação de Futebol de Leiria com a sua equipa nesta época. Para o técnico, a União da Serra está a ser prejudicada devido à opção, na última época, de não subir de divisão “Somos a melhor equipa do campeonato, mas infelizmente parece que estamos a ser perseguidos. Já tinha ouvido dizer que a União da Serra não ia ter esta época hipóteses de subir, mas não acreditava. A verdade é que nos momentos decisivos não nos deixam ganhar os

jogos e só estamos na posição em que estamos porque temos uma grande equipa”, diz Mateus. Segundo o responsável técnico, em vários jogos desta época, a União da Serra tem razões de queixa do trabalho dos árbitros. “Se não nos tivéssemos reforçado, nesta altura provavelmente estaríamos a lutar para não descer, com tudo o que tem acontecido”. O problema, e apesar de nas últimas jornadas a situação ter melhorado, é de “quem nomeia os árbitros para os jogos”: “Quem está a nomear os árbitros não está a ser coerente. Os outros candida-

tos à subida têm os melhores árbitros nos seus jogos. A União da Serra, pelo contrário, não. O campeonato do ano passado acabou. Não estão a respeitar a decisão da União da Serra e há qualquer coisa que vem de trás e que nós estamos a sentir. Os árbitros são agressivos connosco”. Apesar das dificuldades, o técnico acredita que será possível chegar ao título de novo. “Sentimos que estamos a ser prejudicados, mas isso dá-nos mais força. Digo aos jogadores que temos equipa para ganhar aos 14: ao adversário e à equipa de arbitragem!”, conclui.

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ENSINO

Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra

Direcções das Associações de Pais falam do Agrupamento

No pretérito dia dois de Dezembro de 2002, reuniram, na Escola sede, as direcções das Associações de Pais do Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra para, em conjunto, debaterem assuntos de interesse comum, nomeadamente a integração dos pais nos órgãos de gestão da escola, as dificuldades sentidas no desenvolvimento das suas actividades e, futuras acções a desenvolverem. O professor António Oliveira, na qualidade de vice-presidente do Conselho Executivo, a convite dos pais, além de definir os objectivos do agrupamento, reforçou, de acordo com a legislação e o Regu-

lamento Interno, a importância da integração dos Pais e Encarregados de Educação nos órgãos de gestão e administração, assim como o seu papel na avaliação dos alunos. Foi consensual que a relação dos pais com os órgãos de gestão das escolas é de perfeita cooperação, o que lhes permite o desenvolvimento de actividades ocupacionais, nomeadamente nos tempos livres, bem como ajudar no apetrechamento das escolas de estruturas de apoio para a prática pedagógica. O testemunho do trabalho efectuado, pelas direcções, em cada escola, foi de extrema utilidade porquanto permitirá o enriqueci-

mento das actividades no agrupamento, dado que há Associações recém criadas. Desta reunião, foram, ainda, tomadas as seguintes posições: - Efectuarem uma reunião conjunta, uma vez por período; - Promoverem uma jornada pedagógica sobre um tema consensual; - Promoverem um dia de confraternização de toda a comunidade do Agrupamento; - Contribuírem com uma página no jornal da Escola e ainda, a possibilidade futura de produzirem um boletim informativo. O Conselho Executivo

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ACTUALIDADE

Prazo alargado Foi alargado o prazo de inscrição na segunda edição do Festival da Canção de Santa Catarina da Serra. Assim, a organização do evento, a cargo da Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, prolongou o prazo de entrega de canções até ao final do mês de Março. Recordamos os pontos constantes no regulamento do festival: O concurso está aberto a todos e as participações serão divididas em dois escalões: Músicas inéditas (tema livre) Músicas não inéditas Podem concorrer individualmente ou em grupo até um máximo de sete elementos. As canções não podem ultrapassar os cinco minutos de duração. A apresentação das canções será ao vivo e da responsabilidade dos participantes. Todas as participações devem fazer -se acompanhar dos seguintes elementos: Nome dos participantes Tipo de participação proposta Idade Morada completa Contacto telefónico Autor da letra e música (para os inéditos) Escalão para o qual se candidatam Músicas gravadas (com voz) em CD, cassete ou outro formato corrente.

As letras inéditas devem ser dactilografadas. O prazo para a entrega das canções termina no dia 31 de Março de 2003. Podem ser enviadas por correio para: Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra, Rua do Jardim nº7 2495-186 Santa Catarina da Serra Podem, se o desejarem, entregar pessoalmente na sede dos bombeiros voluntários, na junta de freguesia ou na casa paroquial de Santa Catarina da Serra. As canções concorrentes serão sujeitas a uma pré-selecção. O concurso irá realizar-se em data ainda a definir no mês de Abril.

Desporto apoiado Mais de sete mil euros em subsídios foram atribuídos a colectividades da freguesia de Santa Catarina da Serra, no âmbito do PAAD, Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo da Câmara Municipal de Leiria. A este montante há que acrescer quase seis mil euros referentes à gestão de instalações e aluguer de instalações desportivas. Assim, no que se refere à actividade regular, os apoios distribuiram-se da seguinte forma: 1.378 euros para o GDRS Guilherme; 4.501 euros para a UDS; 500 euros para Associação Caçadores da Serra; 500 euros atribuídos à AS Ulmeiro e 500 euros para o CCR Pedrome. Foram ainda atribuídos 5.696 euros à União Desportiva da Serra e 119 euros ao São Guilherme, referentes à gestão e aluguer de instalações.

Bombeiros recebem subsídio A Associação de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra vai receber 12 prestações mensais no valor de 1.039,16 euros, na forma de apoio por parte da Câmara Municipal de Leiria. Este subsídio foi aprovado em recente reunião do executivo camarário, por unanimidade. Este apoio – incluído numa lista de instituições de cariz social que a Câmara deliberou apoiar é justificado pela autarquia, tendo em conta as atribuições municipais no domínio da Acção Social e Protecção Civil.

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