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Um ano de Voz da Serra Pág. 14 a 17

Paula Couto em entrevista Págs. 20 e 21

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3446 de 4 de Abril de 2003, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Património ao pé da porta

Monumentos Págs. 6 a 9



FÓRUM FICHA TÉCNICA

INDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

A História das histórias

4e5

DIRECTOR-EXECUTIVO: Pedro Costa

Com o património à porta

6a9

CONSELHO DINAMIZADOR:

Estacionamento reforçado

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Armando Costa Armindo Neves

Nasce um novo talento

David Vieira

Um ano de Voz da Serra 14 a 17

Domingos Neves

Carnaval na Serra

Fausto Neves

12 e 13 18

Jaime Silva

Paula Couto em entrevista20 e 21

Joaquim Rodrigues

Rancho apoiado

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Jorge Primitivo

Aluno premiado

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José Carlos Rodrigues

Delegação visita a Roménia

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Lino Pereira

UDS soma e segue

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Manuel Silva

Todo-o-terreno em passeio

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TEXTOS:

Escuteiros apoiados

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Carlos S. Almeida

Jorge Gameiro agradece

José Augusto Antunes

Manuel Leiria Sónia Gomes

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Rota dos restaurantes

32 e 33

Ensino

34 e 35

FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA

Participe

PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria

A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando. Dependendo da disponibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra LubriFátima Socoliro Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Armindo Pereira e Neves, Lda. Hiperclima Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. Lenobetão

IMPRESSÃO: Mirandela SA TIRAGEM: 2.500 exemplares Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3446, de 4 de Abril de 2003, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser separadamente.

vendida

Riqueza à porta Estão bem perto de nós. Contudo, essa é a proximidade que por vezes os afasta da nossa melhor atenção. Os templos que por cá usamos para a nossa prática religiosa, revestem-se ainda de um valor acrescido. Que a VOZ DA SERRA ousou baptizar de "monumentos". Afinal, são templos que reflectem o empenho da comunidade em diversos períodos da história da freguesia. São o espelho da determinação da união da terra em torno de um objectivo comum. Isto sem esquecer o património arquitectónico, que maior ou menor, nos presenteia com a possibilidade de conferirmos a riqueza dos imóveis ao longo da história dos últimos séculos. Essa foi uma das razões que levou a que nesta edição fosse publicada uma pequena referência fotográfica "aos nossos monumentos", em jeito de pequeno roteiro. Para conhecermos melhor os monumentos que connosco vivem paredes meias. Nota ainda para a entrevista a Paula Couto, a única mulher nos órgãos autárquicos da freguesia de que há memória. É importante dar conta do ponto de vista de um elemento que é afinal, parte de um colégio democraticamente eleito. Mas o facto de ser a única deixa antever que muito falta fazer para uma efectiva vivência democrática da nossa sociedade. Seja porque às mulheres falta uma mais viva intervenção na vida pública, seja porque a sociedade ainda não se apercebeu na totalidade, da mais valia que elas constituem para o desenvolvimento local.

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TRIBUNA

História das Histórias (a fonte da Água Braia)

Domingos Marques No sítio da Água Braia, limite de Sirois, viveu o senhor Faustino Pereira Gonçalves das Neves e era possuidor de uma enorme extensão de terrenos nos limites de Sirois, Sobral, Vale Tacão e Quinta da Sardinha. No interior dos seus terrenos, em Água Braia, existia um lavadouro público e este era normalmente utilizado pelos moradores da povoação de Sirois, devido aos direitos adquiridos, conforme consta na escritura pública exarada no Juízo Eleito no ano de 1873. Ora, tal como consta nos documentos a que tive acesso, teriam existido alguns problemas com a utilização do lavadouro. Os moradores queixavam-se que Faustino Pereira tinha obstruído o cano que dava água para o lavadouro e, bem assim como, a clarabóia que servia para inspeccionar o referido cano. O proprietário e os moradores entraram em conflito a pontos de o assunto ser apresentado à Junta de Paróquia desta freguesia que reuniu extraordinariamente no dia 1 de Junho de 1896, para apreciar o conflito. O povo fazia-se representar pelos moradores locais José Antunes das Neves, Francisco Rodrigues e Manuel Alves Vieira.

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A Junta, depois de ouvir as partes interessadas, deliberou que o prevaricador Sr. Faustino procedesse à abertura da clarabóia de modo a poder-se observar o cano pelos interessados para estes efectuarem todas as limpezas necessárias de forma a dar livre escoamento das águas para o tanque de lavagem. Assim foi acordado, mas as coisas não ficaram por aqui. Passados dois anos, ou seja no dia 1 de Janeiro do ano de 1898 a Junta teve de reunir novamente para apreciar um requerimento que havia ser

apresentado pelo proprietário do terreno e que era do seguinte teor: "Faustino Pereira Gonçalves das Neves, do lugar de Sirois, requer a mudança da água que obrigado a dar ao público no sítio da Água Braia, limite de Sirois, para o sítio da Cova da Barreira do mesmo limite". Discutida e apreciada a pretensão requerida, a Junta concordou com o solicitado mas o Sr. Faustino obrigouse a dar uma parcela de terreno suficiente para o lavadouro a construir na sua terra da Cova da Barreira e autorizou a minar a sua terra de


TRIBUNA Água Braia, onde o povo antes tinha direito, caso fosse necessário, para a recolha da água para o novo lavadouro. Foi desta forma que foi autorizada a muda do sítio do lavadouro, mas sem ser muito pacífico. As coisas não esqueceram e no ano de 1935 o seu filho David de Oliveira Neves quando era Presidente da Junta de Freguesia, alterou os compromissos do pai, que, em vez de minar a água para os lados da Água Braia resolveu, em nome da Junta, fazer dois furos no local denominado "feira" por aconselhamento do vedor e num ofício dirigido ao engenheirochefe da Quinta Zona dos Melhoramentos Rurais de Santarém, responsável pelo projecto das obras a realizar, solicita-lhe também a alteração do local da fonte, recuando cerca de 50 metros, aproximando-a mais dos

terrenos da "feira", (feira dos 28). Mas, antes de o fazer mandou publicar e afixar nos locais habituais os editais do que pretendia fazer a estes foram também lidos pelo pároco nas missas conventuais, avisando "o povo de que esta Junta atende qualquer reclamação de que lhe seja feita, quanto à mudança do local da aludida fonte, com a condição de se fazer a cedência do terreno e a água que existia na antiga fonte ao Faustino Pereira Gonçalves das Neves, ficando desta feita os povos sem direito a este terreno e à água da fonte, mas que seria cedido um outro terreno com área suficiente para a construção da nova fonte e de todos os espaços para a sua canalização, incluindo a mina. A construção da fonte, do lavadouro e da mina foram iniciados em Setembro de 1935 sob a responsabilidade da Junta de Freguesia, através

de um financiamento dos Serviços de Melhoramentos Rurais e utilizados durante muitos anos por aqueles e outros povos. Na frontaria do imóvel, em letras em relevo, pode ler-se JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA CATARINA DA SERRA – SMR – Actualmente este património está em ruínas, contudo, tanto a fonte como o lavadouro e as obras de arte associadas, com o respectvo terreno continuam a pertencer à Junta de Freguesia. Nas imediações existem uns velhos eucaliptos que absorvem as águas subterrâneas e são os principais causadores da falta de água que ali se nota no período de Verão, danificando a utilização da fonte. (consulta em actas de 1893 a 1902 e 1927 a 1946 e correspondência diversas)

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ABERTURA

O património de todos nós

Foto: Joaquim Dâmaso

São o património de uma freguesia. Locais do culto católico, são igualmente a possibilidade de exprimir uma estética religiosa, tal como ela tem sido vivida ao longos dos tempos na em Santa Catarina da Serra. Igrejas e capelas, além de local de romagem religiosa, não escapam à condição de "monumentos" de todos nós. Afinal, há recantos que vale a pena descobrir. Ficam algumas perspectivas e uma breve contextualização da origem dos templos religiosos da freguesia. Que além da prática religiosa, são possíveis destinos de um passeio mais prolongado para descobrir o património que mora bem perto de nós.

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ABERTURA A Igreja Matriz Conta com cem anos a última grande intervenção na igreja matriz de Santa Catarina da Serra. De acordo com o trabalho de Domingos Marques das Neves, "Santa Catarina da Serra – Passado Presente e Futuro", essa última grande intervenção manteve a actual capela-mor onde podem encontrar-se expostas as imagens de Santa Catarina, São Sebastião, Senhora do Rosário e São José. A visita ao interior do templo permite ainda tomar contacto com dois altares laterais, em pedra. O Espírito Santo e a Senhora da Conceição ocupam um lugar de destaque nesses altares. Mas podem ainda ser visitados, seis altares na Igreja Matriz que se encontram nas laterais. Ao fundo do templo encontra-se o baptistério, cuja valia estética podemos apreciar nestas páginas.

Igreja do século XVI Remonta ao século XVI a existência de um templo onde actualmente se encontra a igreja matriz na sede de freguesia. Mais pequeno que a actual igreja, no templo "morava" a imagem da padroeira que baptizou a freguesia: Santa Catarina. Actualmente há um factor de acrescido interesse para a visita ao templo. O retábulo de madeira - de acordo com Domingos Marques das Neves, reportando-se ao Couseiro - é originário da igreja do Convento de Santo António da Encosta do Castelo de Ourém. Mais. Ainda segundo o mesmo texto, foi carregado para Santa Catarina da Serra por seis juntas de bois, sendo que foi ainda transportada a mesa da comunhão e um outro retábulo, mais pequeno, para a capela de São Guilherme. Acresce ainda que o tecto da igreja, na nave principal, é suportado por arcos em pedra branca,

Interior da Igreja Matriz e Santa Catarina da Serra trabalhada, que merece a atenção do visitante. O coro, cujo acesso se pode fazer por umas escadas laterais, permite uma visão global do templo.

Korrodi na Loureira É da autoria de Ernesto Korrodi

o projecto de arquitectura da capela da Loureira, um dos templos que aqui se apresentam e que merecem a visita do leitor. É certo que já desde o final do século XVII "habita" na localidade um templo católico. Contudo, foi em 1967 que arrancou a construção da actual capela. Conta Domingos Marques que no dia de Carnaval desse ano

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ABERTURA a Comissão da Igreja, com o apoio da população, mas sem que essa fosse a vontade do pároco, avançou com a demolição do templo. As obras arrancaram sem demora para erguer o templo que actualmente aí pode ser visitado. A sua construção substituiu uma outra edificação religiosa decidida para aquele local no tempo do pároco Francisco de Gama Reis, em 1883.

A "nova" capela de São Guilherme A antiga capela de São Guilherme estava situada em Pedrome. A sua construção em Magueigia arrancou em 1892. Foi para esse templo que foram transferidas as imagens que estiveram na antiga capela. Contudo, apesar desta longínqua origem do templo, o certo é que o imóvel que actualmente pode ser visitado conta com pouco mais de duas décadas de idade. De facto, o início da construção ocorreu em Abril de 1979, prolongando-se por mais de dois anos. O mês de Agosto é rico em actividade junto à igreja. É aí que decorrem os festejos em honra de São Guilherme e São Silvestre e que envolvem as populações locais e de lugares vizinhos.

Capela de Vale Tacão

Capela da Loureira na actualidade

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Janeiro e Julho são os meses em que os festejos religiosos trazem uma acrescida afluência da população à capela de Vale Tacão. É mais um dos monumentos que pode ser visitado numa ronda pelos monumentos da freguesia. Construída em 1853, foi ampliada quatro décadas mais tarde. Em 1993 procedeu-se a uma remodelação de raiz da capela. Na altura apenas foi aproveitada a torre existente. Desse processo de reformulação do templo resultou o imóvel existente.


ABERTURA

Interior da Capela da Loureira

Capela do Vale Sumo Com origem no início do século XVII, o templo em questão está situado no local que ocupa actualmente desde 1691. Sofreu várias intervenções e ampliações e no adro da capela faziam-se os enterros até à construção do cemitério local em 1928.

Capela de Casal das Estortigas É o mais recente templo da freguesia, construído há cerca de quatro anos pelo moradores da localidade. Bem perto da fronteira da freguesia e do concelho, esta capela – de evocação a São João de Deus - é a possibilidade de conferir o estilo arquitectónico mais contemporâneo.

Capela de São Guilherme

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ACTUALIDADE

Mais estacionamento A sede de freguesia de Santa Catarina da Serra vai contar com um reforço na capacidade de estacionamento. Quem o anunciou foi a Junta de freguesia. De acordo com as informações adiantadas pelo presidente da Junta de freguesia Domingos Neves à VOZ DA SERRA, o novo espaço de parqueamento deverá surgir num terreno de aproximadamente 1500 metros quadrados, recentemente adquirido pela autarquia. O terreno em causa situa-se junto à extensão de saúde de Santa Catarina da Serra e poderá ser igualmente utilizado para a criação de um parque de merendas. Contudo, e para já, acrescenta o presidente da Junta, Domingos Neves, esta é uma intenção do executivo que ainda não está no papel. É que ainda não existe projecto para a construção do parque de estacionamento. Há, no entanto, "essa intenção", sublinha. O objectivo deste plano é óbvio e passa por conseguir o necessário descongestionamento do parqueamento na vila, sobretudo mais sentido ao fim-de-semana e nos meses de verão.

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ACTUALIDADE

Felicidade a cantar 12


ACTUALIDADE Elsa Felicidade é uma das vozes mais conhecidas da Serra. Com apenas 17 anos já pisou muitos palcos, alcançando admiráveis vitórias. A última delas foi em Fevereiro quando participou no XI Festival da Canção Jovem em Leiria, de onde trouxe o primeiro prémio de melhor interpretação e melhor letra. Mas a vontade de subir aos palcos já acompanha a Elsa há muito tempo "desde pequena que eu queria seguir música", afirma. Tudo começou em 1993, no coro Infantil e Juvenil da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra tinha a Elsa apenas oito anos. Para ela este foi "o ponto de partida". Mas o primeiro grande passo foi dado algum tempo mais tarde quando, no Colégio de São Miguel, participou no concurso interescolas. Foi a partir daí que a sua voz começou a fazer sucesso. Começou a fazer solos no coro e a participar em vários festivais que têm posto à prova a sua voz. E neste momento o balanço é francamente positivo: dos 13 festivais em que já participou, trouxe consigo o primeiro lugar seis vezes. Quando a VOZ DA SERRA lhe questionou qual o festival que mais a marcou, Elsa responde que "cada um teve algo de especial. Mas o 3º Festival da Rádio Liz marcou-me especialmente. Em primeiro por ter passado à final, mas sobretudo por ter estado no Cine-Teatro a cantar. O próprio ambiente, o público, a música que interpretei, foi para mim um grande desafio que se transformou numa grande vitória". De entre os vários concursos em que participou há ainda a salientar a sua presença no concurso "cantigas da Rua" apresentado por José Figueiras.

Sucesso trabalhado Todo este sucesso apenas foi conseguido à custa de muito trabalho. Primeiro a Elsa começou por frequentar as aulas de órgão de intervenção musical em Santa Catarina. Depois, um ano de canto e piano em Fátima. E agora frequenta as aulas de canto e piano no Orfeão de Leiria, que concilia com as suas aulas no 12º ano de

escolaridade. Tudo isto porque, tal como a própria afirma "gostava muito de seguir um projecto lírico, mas tenho a consciência que não vai ser fácil", desabafa. E remata com um tom optimista "desde que eu lute nada é impossível". E é isso que tem feito: trabalhar e lutar pelos seus objectivos. Neste momento prepara-se para concorrer ou para o curso de Canto ou para Teoria de Formação Musical em Aveiro, o que requer muita preparação.

Cd no horizonte Além disso, a Elsa ainda integra o coro Juvenil da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra e as "Entertainers". A juntar a tudo isto está também a formar uma banda, que surgiu com a finalidade de participar neste último festival, mas que agora tem o objectivo de continuar. Agora, a Elsa está a preparar a sua participação no II Festival da Canção de Santa Catarina da Serra. E saliente-se que todas estas participações surgem de iniciativas próprias da parte da Elsa. Quando questionada acerca da possível gravação de um trabalho Elsa responde prontamente que

"claro que gostava de gravar um CD. Mas é um projecto a realizar mais tarde. Primeiro quero ter solidez na voz e só depois avançar nesse sentido. Se gravar quero fazer algo de qualidade, com pés e cabeça."

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ESPECIAL

Um ano em revista Cumpre-se agora um ano de publicação da VOZ DA SERRA. Durante doze meses, procurou-se dar conta da realidade da freguesia e dentro do possível, dá-la a conhecer melhor a todos quantos com ela se identificam. Deixar claro os esforços individuais e colectivos que quotidianamente são levados a cabo para fortalecer a identidade comum, foram alguns dos aspectos privilegiados e que procuramos resumir nas páginas seguintes Março

rico de São Guilherme, foi outro dos assuntos em destaque. Mereceu ainda a nossa atenção o projecto actualmente em curso de criação de uma zona desportiva.

Abril

são algumas das metas avançadas pela autarca. A subida eleitoral registada pelo PSD nas eleições legislativas, o arranque da valência do serviço de apoio domiciliário na Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira e a formalização do apoio ao financiamento das obras de construção dos novos balneários da União Desportiva da Serra – numa cerimónia que contou com a presença do então governador civil, Carlos André – foram outros assuntos em destaque.

Maio

Em Março de 2002 arrancou a VOZ DA SERRA. O primeiro número da revista que a partir daí lhe chegou às mãos mensalmente, fez eco do crescimento demográfico registado na freguesia de Santa Catarina da Serra. Os números espelhados nos Censos de 2001 e outros dados estatísticos a que a VOZ DA SERRA teve acesso não deixaram margens para dúvidas: nos últimos 40 anos a população da freguesia cresceu cerca de 23 por cento. E a criação de uma casa museu em Santa Catarina da Serra, projecto do Rancho Folcló-

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Em entrevista à VOZ DA SERRA, a presidente de Câmara de Leiria traçou os objectivos e os planos do seu executivo para a freguesia de Santa Catarina da Serra. Saneamento a avançar na freguesia em 2003 e a concretização da zona desportiva


ESPECIAL

A aposta do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra em avançar com a construção de um lar para a terceira idade mereceu grande destaque na edição de Maio da VOZ DA SERRA. Trata-se de um projecto que implica a construção de um novo lar junto às actuais instalações do Centro Social. Outro dos assuntos focados no número três desta publicação foi o caso de uma menina de 11 anos, residente em Quinta da Sardinha, atingida por uma doença rara: o síndrome de "Hallervorden-Spatz". A realização de Tasquinhas na Loureira, o aniversário da elevação de Santa Catarina a vila e a realização de mais uma edição do passeio todo o terreno da UDS, contaram-se entre as notícias que igualmente mereceram a nossa atenção.

Junho

Foi o grito de "Campeões" que encheu a primeira página da VOZ DA SERRA de Junho de 2002. E não era para menos. Afinal, a União Desportiva da Serra sagrou-se campeã

da divisão de honra distrital, com uma vitória por 2-0 frente ao Juncalense, a 19 de Maio. Contudo, a festa não deixou de reflectir a decisão da direcção do clube: adiar a subida da equipa à terceira divisão visando a consolidação das instalações do clube para assegurar "um futuro mais consistente". Destaque ainda para o apoio prestado aos peregrinos que rumam ao Santuário de Fátima e que também tem lugar na freguesia de Santa Catarina da Serra. No número de Junho focámos um especial olhar para as várias equipas multidisciplinares de apoio aos peregrinos. Realce igualmente para a notícia da crescente solidariedade para com a Solange, a menina de 11 anos que padece de uma doença rara.

Foi ainda noticiada a posse administrativa do terreno situado junto à sede da UDS e na edição de Julho foi dáda especial atenção ao projecto de instalação de um quartel da GNR na área da freguesia. Um processo que, adiantou-se na altura, continuava sem sinais de progressão concreta rumo à sua concretização. Nota igualmente para a realização do 16º Festival Nacional de Ranchos, dia 9 de Junho, organizado pelo Rancho Folclórico de São Guilherme.

Agosto

Julho

A colorida participação de um grupo de três dezenas de elementos da Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra na festa popular que decorreu na cidade de Leiria, fez a manchete da edição de Julho da VOZ DA SERRA.

Reivindicado para a freguesia, a construção de um quartel para a Associação dos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra, foi o principal tema tratado na edição de Agosto da VOZ DA SERRA. E ainda no campo da solidariedade, a nossa revista debruçou-se sobre o caso do David, uma criança de dois anos de idade, a braços com um problema de saúde do foro oncológico. Natural de Fátima, esta criança contava com o apoio de uma onda de solidariedade que não deixou indiferente a freguesia de Santa Catarina

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ESPECIAL

Novembro

da Serra. A preparação do plantel da UDS para a nova época que se avizinhava e as preferências dos habitantes da freguesia, quanto ao destino procurado nas férias de verão, foram outros assuntos em destaque.

Este foi o mês em que a actividade desenvolvida pelo agrupamento de escuteiros de Santa Catarina da Serra deu a conhecer as suas actividades nas páginas da VOZ DA SERRA. Por sua vez, Rui Alves, presidente da Casa do Povo explicava quais os projectos e as preocupações de quem está à frente dos destinos daquela colectividade. Noticiamos ainda a publicação do livro "Jornalismo de Proximidade" da autoria do jornalista Carlos Camponez, a residir na freguesia de Santa Catarina da Serra.

Setembro

Dezembro

Os planos do presidente da Junta de freguesia de Santa Catarina da Serra para o presente mandato ficaram patentes numa entrevista que Domingues Marques concedeu à VOZ DA SERRA. Desporto, indústria e saneamento são as prioridades traçadas pelo autarca. O balanço da época de actuações do Rancho Folclórico de São Guilherme foi um dos assuntos abordados, bem como o percurso de vida de Hermínio Vieira, natural de Santa Catarina da Serra, empresário de sucesso no Brasil.

Outubro No número oito da revista VOZ DA SERRA, o destaque foi para o decréscimo no número de casamentos realizados na paróquia de Santa

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Catarina da Serra, acompanhando a tendência nacional. Foi ainda noticiado a atribuição de verbas, no âmbito do Orçamento de Estado, para a instalação de aquecimento central nas escolas do ensino básico e secundário. Referência ainda para a tentativa de acordo ensaiada entre a Junta de Santa Catarina da Serra e o pároco local sobre a disputa da posse de terrenos relativos ao poço, coreto e parte do adro da igreja.

A tradição gastronómica, marca da serra, os "chícharos", foi o principal assunto que focamos na edição de Dezembro. Como é confeccionada esta especialidade gastronómica e a sua popularidade em Santa Catarina da Serra mereceram a nossa atenção. Foi ainda notícia o facto de ter sido lançado o concurso para a construção do novo lar da terceira idade de


ESPECIAL

Santa Catarina da Serra. Um investimento calculado em quase 600 mil euros e cuja concretização se estima possa acontecer em 2004. Os esforços no sentido da reactivação da Associação Cultural e Recreativa de São Miguel foram igualmente focados no último número de 2002.

Janeiro

Um inquérito à população da freguesia relativo aos anseios para o ano que então começava foi o tema central da edição de Janeiro. O início do ano foi ainda aproveitado para perceber quais as obras programadas para a freguesia por parte da respectiva Junta. Ouvimos e demos conta das aspirações e planos dos responsáveis do Centro Cultural e Recreativo de Vale Tacão, bem como o nascimento de trigémios, que reforçaram a população da localidade de Sobral. Foi ainda destacada a reunião entre José Leitão, governador civil de Leiria e os presidentes da Junta e do Conselho Executivo da Escola EB 1,2,3 de Santa Catarina da Serra.

São Guilherme. Realce igualmente para a abordagem da questão das dificuldades financeiras por que atravessa actualmente a Associação dedos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra.

Fevereiro A abordagem relativamente às expectativas futuras dos jovens naturais da freguesia, e que estão envolvidos em estudos superiores fora de Santa Catarina da Serra mereceram o destaque nesta edição. Foi também a edição pontuada por um trabalho especial sobre a actividade do Rancho Folclórico de

No seu primeiro aniversário a Voz da Serra agradece a todos quantos ajudaram à concretização deste projecto. 17


ACTUALIDADE

Santa Catarina mascarou-se na noite de Carnaval

A Casa do Povo organizou um concurso de máscaras na noite de 4 de Março e o salão paroquial foi o palco da festa onde os Entrudos deram asas à sua imaginação. Do programa da noite fez parte

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um baile com música ao vivo, seguido de um concurso de máscaras aberto a todos os presentes mascarados. No concurso de máscaras foram atribuídos cinco prémios: dois nas categorias de infan-

til, dois nas categorias de sénior e um na categoria de grupo. Nesta noite foram muitos os que passaram pelo Carnaval da Serra e aproveitaram para por (ou tirar) a sua máscara.



ENTREVISTA

"Ainda me falta muita experiência e que tenho muito a aprender" Chama-se Paula Alexandra Neves do Couto, nasceu em Luanda, vive em Santa Catarina da Serra, mais concretamente na Donairia e é engenheira do ambiente de profissão. - Como surgiu a oportunidade de desempenhar funções autárquicas em Santa Catarina da Serra? A oportunidade surgiu porque fui convidada pelo senhor Presidente da Junta de Freguesia e aceitei, porque acho que devo e tenho gosto em ajudar a tornar a nossa freguesia um lugar ainda melhor para viver.

que os mais antigos me perguntavam era "És de quem?" e depois sabendo já de quem eu era, contavam-me histórias muito antigas do tempo dos meus avós e até dos bisavós. Em relação à Assembleia de Freguesia não sabia ao certo como funcionava nem qual era realmente a ligação com a Junta, mas tem a ver com o que esperava.

- Que tipo de funções desempenha? As funções que desempenho são de Primeira Secretária da Assembleia de Freguesia, isto é, tenho uma função específica de apontar o que é dito nas reuniões da assembleia e posteriormente colaborar na redacção das actas. Além desta função também participo, assim como os restantes membros da Assembleia, na discussão, apreciação e votação dos assuntos apresentados.

- É uma responsabilidade acrescida, o facto de ser a primeira mulher a desempenhar funções autárquicas em Santa Catarina da Serra? Para mim o que é importante é que eu faça bem o meu trabalho e que o meu contributo para a freguesia seja positivo. O facto de ser a primeira trás responsabilidades acrescidas, porque se eu falhar, a tendência será possivelmente imputar as responsabilidades que me cabem, ao sexo feminino no geral, o que não é correcto. De qualquer modo, os restantes membros da Assembleia e os membros da Junta têm-me ajudado sempre, e aproveito para agradecer todo o apoio que me têm dado.

- Como classifica esta experiência ? É o que esperava? Eu já sabia como funcionava a Junta de Freguesia porque enquanto esperava pela aprovação do meu estágio profissional, estive na Junta a dar uma mãozinha na informatização do recenseamento eleitoral e do registo dos canídeos. Gostei muito do ambiente e do contacto que tinham com a população, principalmente com os mais idosos que iam muito à Junta para receber a reforma, pagar as contas e ir ao Correio. Posteriormente também participei nos Censos 2001 e a experiência foi muito enriquecedora. E a primeira coisa

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- O facto de ser jovem e mulher, afectou a forma como desempenha as suas funções? O facto de ser jovem implica que tenha aquela força no sangue de querer mudar o mundo, mas também a consciência que ainda me falta muita experiência e que tenho muito a aprender. Por ser uma mulher, ajo e penso como uma mulher, como fui educada para um dia tratar do meu lar e da

minha família, a freguesia é um também um lar só um bocadinho maior e mais complexo. - A condição de mulher, permite-lhe ter a percepção de outros problemas que afectam a freguesia e que pode apresentar aos seus pares na Assembleia de Freguesia? Acho que sim porque pelo facto de ser mulher preocupam-me mais os problemas relacionados com o bem-estar das famílias principalmente das crianças. Acho que é muito importante que a freguesia possa proporcionar às crianças um ambiente saudável, a nível da escola, do desporto, da cultura, do lazer e das associações, para que o seu desenvolvimento se faça de uma forma harmoniosa e equilibrada, para que tenham tudo quanto precisam de modo a no futuro serem homens e mulheres melhores. - Como vê o relativo desinteresse dos jovens pela vida pública política? Acho que maioria dos jovens não tem a noção exacta do que é a vida pública política. Talvez o que é ensinado na escola não seja suficiente ou então na altura não se tem a idade certa para assimilar esta matéria. É importante que os políticos mais velhos aliciem os mais jovens e os ensinem. Se eu não tivesse sido convidada possivelmente nunca iria desempenhar estas funções. - Para outras mulheres, e jovens, a participação na vida


ENTREVISTA pública política é positiva e recomenda-se? Acho que se as funções autárquicas forem desempenhadas por uma equipa de mulheres, jovens e mais autarcas mais experientes, poderão surgir mais ideias de acordo com o que é mais importante para cada um e o resultado poderá ser um trabalho mais rico e abrangente. Recomendo a todos os jovens que tenham interesse pela sua freguesia que participem na vida pública politica. - Afirma-se com alguma frequência que as autarquias locais (nas freguesias) têm poucos poderes e margem de manobra para decidir. Concorda, tendo em conta a experiência na Assembleia de Freguesia? Acho que os poderes, e a margem de manobra para decidir também têm a ver com a capacidade dos autarcas das freguesias, principalmente o papel do Presidente da Junta, de lutar para obter junto da autarquia o que é melhor para a freguesia e acho que aqui estamos bem servidos. Com a delegação de competências já se começa a poder fazer mais alguma coisa, mas também é importante que os meios aumentem. - Reportando-me à sua condição de engenheira do Ambiente. Nota uma melhoria da consciência social para as questões ambientais? Acho que a consciência social está melhor mas ainda não é o esperado. Em relação às crianças essa consciência vai-se desenvolvendo naturalmente com o que aprendem nas acções de sensibilização feitas nas escolas. Nós, os adultos, já temos mais dificuldade em modificar comportamentos que tivemos toda a vida. Por exemplo, com a chegada da reciclagem e dos ecopontos é preciso mudarmos o comportamento de colocar todo o lixo no contentor normal e come-

çar a separa-lo no ecoponto, que para além de ser melhor para os recursos do planeta também é necessário para que Portugal possa atingir os níveis de reciclagem exigidos pela Comunidade Europeia. Muitas vezes atribuímos a atraso do nosso país, em relação

à Europa, aos políticos a aos governos mas esquecemo-nos que também nós precisamos de evoluir nas mentalidades e que temos um papel importante a desempenhar, por mais pequeno que seja, no progresso do nosso país.

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ACTUALIDADE

Câmara apoia rancho de São Guilherme A Câmara de Leiria deliberou recentemente, atribuir um apoio monetário ao Rancho Folclórico de São Guilherme, da Magueigia, Santa Catarina da Serra. O apoio decidido pelo executivo cifra-se em 1995,20 euros e pretende ajudar a suportar as despesas inerentes ao funcionamento das actividades de formação na área musical. Subjacente a esta deliberação está, explica o executivo leiriense, "a constatação de que a riqueza cultural da Região de Leiria só é possível pela colaboração dos agentes culturais, que ao longo dos anos procuram novas formas de concretização de projectos que contribuam para esse enriquecimento". A Câmara de Leiria argumenta ainda que "o acesso à aprendizagem da música é difícil, particularmente nas formas de acesso, recursos financeiros e carga horária, impeditivos de muitos jovens frequentarem Instituições de ensino de grande credibilidade" e que "a colaboração do movimento associativo tem sido relevante para a promoção cultural e musical da região".

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ACTUALIDADE

Aluno de Santa Catarina na final

Tomás Fartaria, aluno da escola EBI de Santa Catarina da Serra foi o quarto classificado, na série do terceiro ciclo da final distrital de Leiria do Jogo do 24. Na série do aluno de Santa Catarina da Serra, a classificação foi a seguinte: primeiro classificado Filipe Gameiro – EB 2/3 D. João II; segundo Yinyani - EB 2/3 marquês de Pombal; terceiro Yanbirheng – EB 2/3 D. Luis de Ataide e na quarta posição Tomás Fartaria – EBI Sta Catarina da Serra. Os alunos Rita Teixeira do Colégio Luso-Internacional do Centro e, Filipe Gameiro, da Escola EB 2/3 D. João II, foram os dois campeões desta final distrital da 6ª edição do Jogo do 24 e Jogo do 24 Avançado. Em Leiria estiveram presentes 80 escolas, 43 do 2º ciclo e 37 do 3º ciclo.

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Os 4 vencedores de cada ciclo têm entrada directa na Final Nacional, a decorrer no Jardim Zoológico de Lisboa, no dia 23 de Maio. Este ano, as finais distritais contam com mais de 7050 alunos de 1732 escolas do país (65% das escolas do 2º e 3º ciclo do país). O Jogo do 24 consiste na sucessiva combinação de 4 números inteiros pré-definidos, de forma a atingir um total igual a 24. Aos alunos do 2º ciclo são permitidas todas as operações matemáticas correntes (soma, subtracção, divisão e multiplicação), vencendo aquele que mais vezes conseguir chegar ao resultado 24. Para os alunos do 3º ciclo, o Jogo do 24 Avançado é permitida a utilização de números racionais, potências, raízes quadradas e cúbicas, para além do conceito de variável (de

acordo com o conteúdo programático do 3º ciclo). Um dos grandes desafios deste jogo é que todos os cálculos são feitos sem máquina de calcular, dinamizando a "ginástica mental" das crianças. Em Portugal a marca Cheetos, realiza este campeonato desde 1998 com o apoio do Departamento da Educação Básica do Ministério da Educação, que considera que "o Jogo do 24 para além de poder constituir um instrumento de motivação e de incentivo à aprendizagem da Matemática, possibilita o desenvolvimento de competências relacionadas com o cálculo mental, em particular, a aptidão para analisar relações numéricas e para ensaiar e desenvolver estratégias de manipulação dos números e operações."


ACTUALIDADE

Delegação da Serra na Roménia No final do mês de Março, uma delegação de Santa Catarina da Serra deslocou-se à Roménia. Trata-se de uma deslocação de quatro dias à cidade de Satu Mare. Entre os elementos da delegação conta-se Domingos Neves, presidente da Junta de Santa Catarina da Serra que se deslocou aquele país do Leste da Europa a convite do presidente da Câmara da referida cidade romena. Esta deslocação surge na sequência de uma visita de uma delegação da escola de Satu Mare em Dezembro de 2002. Um intercâmbio que se tem realizado graças ao programa Sócrates e que também envolve a EBI 123 de

Santa Catarina da Serra. Recorde-se que o Programa Sócrates é o Programa Comunitário no domínio da Educação, e visa a construção de uma Europa una e melhor. Como programa de acção da Comunidade Europeia na área da educação, este programa dá especial atenção à aprendizagem ao longo da vida e procura contribuir para a prossecução dos objectivos de política definida em Março de 2000 no Conselho de Lisboa, que colocou o desenvolvimento da sociedade do conhecimento no topo da agenda política da União Europeia.

A cidade de Satu Mare

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DESPORTO

U. Serra aguenta-se na frente da divisão de Honra DIVISÃO DE HONRA 23ª JORNADA

Alcobaça

1

C. Couce

0

Fig. Vinhos

3

Guiense

1

Valcovense

2

Pernelhas

3

Praia Vieira

2

SL Marinha

1

U. Serra

2

Sp. Estrada

0 0

Bombarralense

3

Alq. Serra

2

Juncalense

2

Arquivo

A União Desportiva da Serra continua entre os primeiros da divisão de Honra de Leiria. A equipa, apesar de ainda não ter chegado ao primeiro lugar, está a dois pontos do surpreendente líder Praia da Vieira. Fernando Mateus consegue, a sete jornadas do final, posicionar a sua equipa para o "ataque" à revalidação do título conquistado na época passada. É que depois de uma fase de grande equilíbrio, em que seis equipas discutiam o primeiro lugar, a última jornada deixou um pouco mais para trás três concorrentes. O quarto classificado, o Alqueidão da Serra, está a cinco pontos do primeiro lugar depois de

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ter empatado em casa com o Juncalense, o quinto, o Sp. Estrada, está na mesma situação depois da derrota em Santa Catarina da Serra, e o Chão de Couce está a seis pontos, depois de ter perdido com o Alcobaça no passado domingo. Na terceira posição, a União da Serra tem, assim, uma palavra importante a dizer no campeonato. Neste fim-de-semana, recebe o Bombarralense e depois seguemse jogos com o Juncalense, ARCUDA e Alcobaça fora, e Alq. Serra e Marrazes em casa. Um calendário que não é fácil e que será o decisivo tira-teimas quanto ao potencial da equipa.

GOLOS

EMPATES

VITÓRIAS

PONTOS

Vieirense

1

DERROTAS

1

ARCUDA

JOGOS

Marrazes

1.Praia Vieira

23

14

3

6

38-23

45

2.Alcobaça

23

13

5

5

50-22

44

3.U. Serra

23

12

7

4

36-15

43

4.Alq. Serra

23

11

7

5

37-17

40

5.Sp. Estrada

23

12

4

7

38-22

40

6.Chão Couce

23

11

6

6

26-16

39

7.Marrazes

23

11

4

8

31-30

37

8.Juncalense

23

8

9

6

26-27

33

9.Bombarralense23

9

5

9

28-33

32

10.Vieirense

23

8

7

8

31-33

31

11.Fig. Vinhos 23

8

7

8

36-43

31

12.Pernelhas

23

7

5

11

22-28

26

13.ARCUDA

23

4

10 9

15-30

22

14.SL Marinha 23

4

5

14

22-40

17

15.Valcovense

23

4

2

17

22-52

14

16.Guiense

23

2

6

15

12-39

12

24ª JORNADA

Guiense - C. Couce Pernelhas - Fig. Vinhos SL Marinha - Valcovense Sp. Estrada - Praia Vieira Vieirense - U. Serra Bombarralense - Marrazes Juncalense - ARCUDA Alq. Serra - Alcobaça


DESPORTO

Todo-o-terreno na serra É a sexta edição do Passeio Todo-o-Terreno de Santa Catarina da Serra, promovido pela União Desportiva da Serra. Este ano, o passeio está marcado para os dias 11 e 12 de Abril. Vai percorrer vários caminhos da freguesia de Santa Catarina da Serra, sendo aberto à participação de concorrentes em jipes, motos quatro, bicicletas e motos de duas rodas. As inscrições decorrem até dia 8 de Abril. De acordo com a organização, esperam-se cerca de 60 participantes, provenientes da freguesia e de localidades limítrofes. Tomando como exemplo a experiência de anos anteriores, Leiria, Ourém, Fátima e Caranguejeira, são algumas das localidades de onde são provenientes os concorrentes. Um pequeno-almoço de confraternização na sede do clube, no arranque do evento e um jantar, também na sede da UDS, é outra das componentes do evento. Um percurso que promete muita lama e alguns trilhos com alguma dificuldade estão garantidos. Segundo a organização, no final do passeio vai ainda realizar-se uma super trial para motos e jipes.

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ACTUALIDADE

Dinamização em subsídio O Agrupamento de Escuteiros 1211 de Santa Catarina da Serra vai receber um apoio monetário por parte da Câmara Municipal de Leiria visando auxiliar a dinamização da sede do agrupamento. O apoio foi recentemente aprovado pelo executivo municipal e integra-se no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo Juvenil para 2003, e é integrado nesse programa que o apoio, na ordem dos 1500 euros vai ser protocolado pela autarquia. O agrupamento 1211 foi criado há cerca de cinco anos, mas a sua oficialização ocorreu apenas em Junho de 2002. Com cerca de uma dezena de chefes e aproximadamente 80 elementos, o agrupamento funciona em instalações emprestadas pela Junta, uma vez que o edifício onde desenvolvem as suas actividades é propriedade da autarquia.

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APOIO:


ACTUALIDADE

Festival com data marcada Já tem data e local de realização acertado. O II Festival da Canção de Santa Catarina da Serra vai decorrer em Maio. Isto é, o concurso ir-se-á realizar no Salão Paroquial de Santa Catarina da Serra no dia 18 de Maio de 2003. Trata-se da segunda edição do Festival da Canção de Santa Catarina da Serra, que já tem data marcada. A organização do evento está a cargo da Associação Casa do Povo de Santa Catarina da Serra. Recorde-se que o prazo de entrega das canções concorrentes terminou no passado dia 31 de Março. Agora, as canções concorrentes serão sujeitas a uma préselecção, que irá determinar quais as que vão ser ouvidas na realização do festival, dia 18 de Maio.

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Loureira - Festas - Tasquinhas 2003

Jorge Gameiro

É com grande satisfação que pela segunda vez vamos levar a efeito a realização das nossas festas de Abril "TASQUINHAS 2003". Antes de continuar com mais algumas palavras permitam-me que, uma vez mais, aqui agradeça publicamente todo o carinho e acolhimento da população local e das terras limítrofes ás primeiras festas realizadas pela Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira, destacando o empenho e dedicação de muitas pessoas, que organizadas em cinco grupos levaram a bom termo a representação do seu canto ou grupo de amigos, os quais, com toda a alma se dedicaram á renovação das festas de Abril há muitas décadas existentes nesta acolhedora e simpática Loureira. Com cinco tasquinhas a funcionar, pela primeira vez, foi uma experiência a todos os níveis enriquecedora. Mostraram a capacidade de união e organização das pessoas quando envolvidas e motiva-

das para projectos válidos. Quero uma vez mais expressar o meu agradecimento pelos excelentes resultados obtidos. A participação, a dedicação e o empenhamento são valores não mensuráveis. Os quantificáveis, ou seja, os resultados económicos, que foram óptimos e grande impulso deram nas actividades da nossa Associação foram assim obtidos: o " Termo de Leiria, Canto dos Santos e Outeiro " 2817 euros , "Canto do Rossio" 2110 euros, o " Canto da Charneca " 2314 euros, o " Grupo de Jovens " 1515 euros e " Tasca dos Netos " 2366 ¤uros, tendo um resultado de 11.122 euros; as despesas gerais com toda a organização foram de 3622 euros, dando um saldo final de 7500 euros. Bem-haja a todos. Agora, com a primavera no inicio, é o renovar de tudo e todos, a todos os níveis, da natureza, das pessoas, sociais e religiosos, o mundo em renovação. Com toda esta vida vem o mês de Abril e vamos pela segunda vez organizar e levar a bom termo as festas "TASQUINHAS 2003". Estou certo de conseguirmos fazer mais e melhor, rectificando alguns erros, procedimentos, todos com um mesmo objectivo: contribuir para dias de mais convívio e animação num ambiente sadio e acolhedor, a par de mais uma ajuda para a continuação da acção social da nossa Associação. No último fim-de-semana do mês de Abril realizaremos várias actividades desportivas, culturais e lúdicas, tais como provas de ciclismo federado nas camadas mais jovens, passeio automóvel pela nossa natureza, Coro de Santa Marta em actuação e muita música e diversão.



ROTA DOS RESTAURANTES

Cozinha internacional Há cerca de sete anos que o restaurante "O Ti Miguel" faz parte do quotidiano da Loureira. Miguel Oliveira, mais conhecido por "Ti Miguel" explica que inicialmente pretendia dedicar-se à pastelaria. Mas depois de ter emigrado para a Suíça, onde adquiriu alguns conhecimentos sobre a arte de cozinhar, entendeu fazer dessa a sua actividade, e o restaurante está aí para o provar. No restaurante de que é proprietário, a cozinha portuguesa e a gastronomia europeia levam a cabo um casamento em que quem ganha é a imaginação. Assim, é fácil encontrar especialidades da cozinha italiana, por exemplo, ou optar por pratos mais "tradicionais". "Os molhos é que favorecem a distinção dos vários pratos", explica Miguel Oliveira. Molhos de pimenta de Madagáscar, de cogumelos simples ou o molho de cogumelos com misturas especiais são apenas alguns exemplos das especialidades da casa. O prato mais requisitado no "O Ti Miguel" é o bife de cavalo. Mas "não consigo dar conta das encomendas", refere "Ti Miguel". E explica, "só o talho de Leiria é que abate nesta zona. Só me conseguem arranjar uma quantidade limitada, acrescendo o facto de que apenas gastamos os lombos e os lombinhos", acrescenta. Mas a procura, de facto, não falta. "Tenho pessoas de longe, de todo o País, que vêm de propósito e que ligam para saber se há bife de cavalo", refere. A diversidade da origem dos clientes é marcada. "Mais de 50 por cento dos clientes são de fora da freguesia", acrescenta. Entre os pratos mais ou menos exóticos conta-se o bife de veado. E, em tempos, "tive bife de canguru. Mas tornava-se um pouco caro

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porque tinha de se importar a carne", explica. Em suma, sublinha ser necessário ter a tendência de introduzir coisas novas e depois verificar se o cliente continua a pedir esses pratos. É certo que esta é uma ocupação que exige muito trabalho e dedicação, mas Miguel Oliveira adianta não se arrepender de ter investido na terra que o viu nascer, depois de ter regressado da Suíça. "Não me posso queixar", sintetiza.

Cozinhas diferentes Miguel Oliveira reconhece que existem várias diferenças entre

cozinhar para os portugueses, ou por exemplo, para os suíços. Afinal, nós "comemos mais quantidades e calorias que os suíços", explica. E no início da sua actividade na Loureira, nem sempre foi fácil a introdução de inovações gastronómicas. "No início foi difícil as pessoas habituarem-se a novas formas de cozinhar". Hoje as pessoas têm maior abertura. E o "Ti Miguel" continua a inovar. "Hoje fiz um prato novo que dei a provar ao cliente. Para ver se gosta. Se gostar volta a pedir. É preciso ir inovando", refere. Este é o segredo; desbravar novos terrenos, guiado pelo gosto do cliente. E tem resultado. "A cozinha italiana, quando come-


ROTA DOS RESTAURANTES cei, ia saindo pouco. Agora sai com mais frequência. A Lasanha era servida para alguns clientes que ouviam falar desse prato. Agora sai muito bem. O mesmo se passou com a pizza. No início não era um prato popular. Agora, ao fim-desemana, para servir aqui e para levar, não tenho mãos a medir". Num fim-de-semana vendem-se mais de uma centena de pizzas e o restaurante é bastante requisitado. Com várias qualidades de pizza, às quais é acrescentada uma ou outra inovação esporadicamente, tem garantido um prato popular. Miguel Oliveira realça ainda que o seu restaurante permite que vários tipos de clientes possam usufruir da refeição que desejam. Afinal é possível usufruir de uma refeição rápida e económica, bem como de uma mais prolongada e apurada.

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ENSINO Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra

Um Valor Acrescentado na Comunidade didáctico; a Assembleia, composta por professores, auxiliares de acção educativa, pais, o responsável pela autarquia e um representante das actividades económicas, é o órgão responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade da escola/agrupamento. Finalmente o Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em António dos Reis Oliveira * matéria administrativo-financeira. Estes órgãos, sitiados na escola sede, a Escola Básica, exercem a sua acção para todas as escolas básicas e jardins-de-infância, de I-O Agrupamento acordo com um Projecto Educativo comum, um Regulamento Interno e um Plano Anual de Actividades. Entendi dissertar sobre a imporO Projecto Educativo formaliza tância da Escola Básica, como as intenções e as acções da polítiescola Pública na formação das ca educativa e curricular para todo crianças e dos jovens. o Agrupamento. O Regulamento Faço-o por dois motivos: primeiInterno determina as relação entre ro, como docente desta escola e, todos os membros da comunidade com responsabilidades na gestão educativa nos seus direitos e deveda mesma , para dar a conhecer à res , bem como o papel de comunidade o papel que a cada.. Finalmente o Plano Escola tem como local de Anual de Actividades, conaprendizagem dos saberes O Agrupamento é, por definição, tém, para todo o Agrupacapazes de mobilizar conhecimento, as actividades de mentos para uma vida actiuma unidade organizacional, dotada enriquecimento curricular va.; segundo, a escola devede órgãos próprios de administração que conjuntamente com as rá constituir um local de actividades curriculares referência e de orgulho para e gestão, eleitos democraticamente constituem o currículo do toda a comunidade . aluno. Neste primeiro artigo aborpor todos os professores, A coordenação das escolas darei a formação do Agrupapais e auxiliares de acção educativa. do 1º ciclo e jardins-demento e o seu fundamento infância com a escola sede é pedagógico e administrativo. feita por uma A Escola Básica Integrada, professora/educadora. ao ser construída em Santa CataSó é possível uma escola /agrução e gestão da escola/agruparina da Serra, pretendeu colmatar pamento concretizar os objectivos mento nas áreas pedagógicas, culuma lacuna que era a não existênpara que foi criada se houver uma tural e administrativa; o Conselho cia de um Ensino Público que perfeita abertura ao meio em que Pedagógico, composto por repreabrangesse a escolaridade obrigase insere e entre a Escola e o Meio sentantes dos professores, pais e tória, visto que os mais próximos se estabeleça uma simbiose de auxiliares de acção educativa e se encontram apenas na sede do modo a que ambos se orgulhem do que tem a responsabilidade da Concelho. seu papel. coordenação e orientação educatiEmbora juridicamente não estiva da escola/agrupamento, nomevesse ligada às Escolas do 1º ciclo adamente no domínio pedagógicoe Jardins-de-infância das Fregue* Membro do Conselho Executivo sias de Santa Catarina e Chainça, desde a sua abertura o contacto entre esta e as instituições de ensino foram cordiais e de mutua colaboração. Foi, por isso, com naturalidade, que em 1999 foi constituído o Agrupamento, legislado pelo decreto-lei 115-A/98, posteriormente denominado de "Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra". O Agrupamento é, por definição, uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, eleitos democraticamente por todos os professores, pais e auxiliares de acção educativa. São órgãos de gestão e administração para todo o Agrupamento, o Conselho Executivo, composto por quatro membros, representantes dos diferentes níveis de ensino, que é responsável pela administra-

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ENSINO Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra

Sambou-se na EBI A escola sede serviu, uma vez mais, de palco para as comemorações de Carnaval dos alunos do Agrupamento, actividade inserida no plano anual de actividades, focando cada escola, temas de acordo com o Projecto Curricular de Turma, numa perfeita interdisciplinaridade curricular. Eram dez horas matinais quando, com ar divertido, começaram a chegar as primeiras turmas, com os alunos a transformarem o ambiente com o colorido dos seus fatos e a angélica alegria de quem divertir-se é um direito de que não prescindem. Organizados, seguiu-se o desfile por escolas e turmas, com os alunos a receberem um certificado de participação, por turma, entregue pelo júri. E porque o agrupamento é uma comunidade, Professores e Auxiliares de Acção Educativa não deixaram de dar azo à sua imaginação. Cerca das 11:30, seguiu-se um baile carnavalesco, onde individualmente ou em pequenos grupos, os figurantes exibiam os seus dotes dançarinos em ritmo frenético. Ao terminar, todos os presentes foram deliciados com a arte e o engenho de um grupo de cinco alunas da Escola de Danças Populares Latino - Americanas de Fátima. Apesar de o desfile se ter efectuado em horário laboral, alguns Encarregados de Educação estiveram presentes comungando com o espírito do agrupamento, contribuindo para que a ponte entre a escola e a família se alargue cada vez mais. O Conselho Executivo

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