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Sócios da UDS elegem nova direcção Pág. 20 e 21

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º3458 de 27 de Junho de 2003 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

Julho 2003 Ano 2 Nº 14 Revista da Freguesia de Santa Catarina da Serra

Festival da canção mostra talentos Pág. 10 e 11

Construção do lar começou

Arrancaram as obras Pág. 6 e 7

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FÓRUM

FICHA TÉCNICA

ÍNDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

UDS prepara arrelvamento 04 Solange recupera 05 Obras no lar já começaram 06 e 07 Associação Loureira faz balanço 08 Leitor corrige 09 Festival da canção 10 e 11 Restaurante remodelado 12 Investimentos na saúde 13 Rede eléctrica melhorada 14 Arte mostra-se na escola 15 O currículo dos alunos 16 Actividades na escola 17 Motards acelera 18 e 19 Assembleia da UDS 20 e 21 Época futebolística termina 22 O sabor tradicional 23

DIRECTOR-EXECUTIVO: Pedro Costa CONSELHO DINAMIZADOR: Fausto Neves, David Vieira, Jaime Silva, Joaquim Rodrigues, Jorge Primitivo, José Augusto Antunes,José Carlos Rodrigues TEXTOS: Carlos S. Almeida, Sílvia Reis, Sónia Gomes FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Inforegiões, soc.unipessoal PUBLICIDADE Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES: LubriFátima Maia - A.Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Construtora do Lena JRP J.Primitivo Madeiras, S.A. Construções J.J.R. & Filhos, S.A. IMPRESSÃO: Mirandela, S.A. TIRAGEM: 2500 exemplares

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º3458 de 27 de Junho de 2003 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente

Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionaqmento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos participando. Dependendo da dispobnibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

Novo ciclo 1. O número da VOZ DA SERRA que agora lhe chega às mãos marca o início de um novo ciclo. Depois de uma paragem após concluído o primeiro ano de edição, a publicação que se dedica à freguesia de Santa Catarina da Serra volta a acompanhar o Região de Leiria e reafirma a sua aposta em acompanhar a dinâmica da freguesia. Importa nesta altura deixar a palavra de apreço a todos quantos têm vindo a auxiliar esta revista na concretização do seu objectivo editorial. Realce ainda para aqueles que pretendem manter-se ao lado deste projecto, dando-lhe o seu apoio e o alento para que esta aposta na divulgação das potencialidades de Santa Catarina da Serra seja crescentemente aperfeiçoada. Mais um vez, a dinâmica da freguesia a nível social, económico e associativo e o forte sentimento de identidade são razões mais do que suficientes para que esta aposta se reforce e renove. É por este conjunto de razões e pelo gosto de avançar na informação de proximidade que a VOZ DA SERRA reitera o seu compromisso com as gentes desta freguesia: a abertura para o debate e construção colectiva da pluralidade participada na construção de um espaço cívico de diálogo. 2. Tal como se dá conta neste número, a primeira pedra para a construção do lar de terceira idade de Santa Catarina da Serra foi formalmente “lançada”. Um facto importante, tanto mais que se trata de uma obra que poderá garantir maior conforto para a população idosa da freguesia. 3. Está resolvida a “crise” na sucessão directiva na União Desportiva da Serra. Está assim garantida a continuidade dos importantes projectos na área do desporto que se preparam na freguesia. 3


ACTUALIDADE

Ajudar o arrelvamento A União Desportiva da Serra está a avançar com o processo de arrelvamento do Campo da Portela. Para tal, está a decorrer uma campanha de angariação de fundos para poder proceder a esse processo. Na sede do clube está afixado um quadro onde o campo está dividido por quadrados correspondentes a um metro quadrado. Desta forma, sócios e simpatizantes do clube são convidados a ajudar com o arrelvamento de pelo menos um metro quadrado, o que implica uma contribuição de 20 euros. Um montante que se

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estima possa ser correspondente ao custo por metro quadradro do arrelvamento. Jaime Silva, presidente do clube em declarações à VOZ DA SERRA exortou toColectividade dos os simpatizantes a apoiarem este esforço da UDS. Por outro lado, esclarece que ainda está em aberto qual o tipo de arrelvamento que será con-

quer avançar com arrelvamento cretizado. Em aberto está ainda a possibilidade de avançar com o arrelvamento com relva sintética.


ACTUALIDADE

Intervenção cirúrgica foi um sucesso

Solange recupera de doença rara Solange Neves, a menina residente na freguesia de Santa Catarina da Serra, a quem foi diagnosticada uma doença rara - o síndrome de “Hallervorden-Spatz” - está agora a recuperar em casa de uma operação a que foi submetida em França. A menina, hoje com 12 anos, já recuperou a fala, o andar, a escrita e consegue comer sozinha, faculdades que foi perdendo a partir dos 9 anos, momento em que a doença começou a atacar o seu sistema neurológico. Solange foi operada em Fevereiro passado no Centro Hospitalar Universitário de Montpellier, em França, numa operação custeada integralmente pelo Estado português. A técnica utilizada pelo cirurgião francês foi a da estimulação eléctrica através de dois eléctrodos implantados no cérebro ligados a estimuladores – pilhas – colocados debaixo da pele na barriga de Solange. Após um mês no hospital, a criança voltou a casa onde recupera da operação. Já regressou inclusivamente à Escola Básica Integrada local e às aulas do 6.º ano. Ana Isabel Fernandes, mãe da criança, diz à VOZ DA SERRA que “os médicos disseram que a operação tinha corrido bem”, situação que toda a família notou dias depois.

Solange está a recuperar visivelmente A família de Solange quer agora agradecer a todas as pessoas que, de uma ou outra forma, a ajudaram. A começar no casal residente na freguesia de Matas, Ourém, que tem uma filha de 18 anos que sofre da mesma patologia. Foi exactamente através deste casal que Ana Isabel Fernandes conseguiu chegar ao médico francês. Por outro lado, na freguesia de Santa Catarina da Serra nasceu uma onda de solidariedade que permitiu a esta família custear as despesas que tiveram em França, país onde tiveram o acolhimento de um outro casal natural desta região. Agora, a Solange está a fazer fisioterapia, mas já faz uma vida praticamente normal.

Doença rara “Quando a Solange tinha nove anos apercebi-me de que tinha

um tique no braço direito”, afirma a mãe. Pouco tempo depois a criança começa a cair com alguma frequência. Ao mesmo tempo, a menina apresenta dificuldades na fala e começa a perder a capacidade de escrever. Mais tarde, a Solange começa a andar com o pescoço de lado. A doença - o síndrome de “Hallervorden-Spatz” – acabou por ser diagnosticada acabou por ser diagnosticada tempos depois no Hospital Pediátrico de Coimbra, enquanto a criança continua a apresentar um quadro clínico cada vez pior. É que o síndrome de “HallervordenSpatz”, uma distonia (sintoma de um conjunto de doenças neurológicas caracterizada por espasmos musculares involuntários que produzem movimentos e posturas anormais), tem tendência a piorar. Só a operação ajudou a Solange a recuperar uma vida normal. 5


ABERTURA

Construção do lar avança A primeira pedra do novo lar de terceira idade de Santa Catarina da Serra foi formalmente colocada no passado dia 7 de Junho. Na cerimónia presidida por Isabel Damasceno, presidente da Câmara de Leiria, foi dado o primeiro e formal passo para avançar com esta obra de grande importância social para a freguesia. A entidade promotora da obra, o Centro Social e Paroquial de Santa Catarina da Serra, marcou a cerimónia com a presença de vários elementos dos órgãos sociais. Na altura, Isabel Damasceno sublinhou a importância da obra. “Deixo a minha satisfação pelo dinamismo desta terra. Santa Catarina da Serra sabe o que quer e tem vontade de o fazer”, referiu a autarca. Acrescentou ainda que “Santa Catarina tem dado sempre o primeiro passo e tem equipamentos exemplares”, referindo ser “importante que se pense na

Foram bastantes os participantes na cerimónia terceira idade, sendo igualmente importante que a longevidade seja acompanhada com carinho”. Para a presidente da Câmara de Leiria a geração que agora atinge a terceira idade esteve sujeita a grandes sacrifícios e deve ser compensada.

Obra importante

Isabel Damasceno participou 6

Mário Verdasca, pároco da freguesia, e responsável do Centro Social fez ainda questão de sublinhar a importân-

cia que identificava na obra. Para o religioso, a obra já começou há muitos anos, com todo o trabalho de apoio social prestado a idosos e crianças, seja no apoio domiciliário, na creche, no centro de convívio. A criação do lar, em Santa Catarina da Serra é tida com uma valência muito importante por parte do pároco. “Esta é uma valência absolutamente necessária. Acresce que por vezes as pessoas vão para lares que


ABERTURA nem sempre reúnem todas as condições”, sublinhou. Além de agradecer o apoio de todos, na cerimónia de lançamento da primeira pedra o pároco lançou ainda o apelo aos responsáveis da Segurança Social aí presentes para que a obra contasse com o apoio necessário. Na altura a representante da Segurança Social deixou boas indicações de que o apoio terá lugar. O Vigário Geral da Diocese de Leiria/Fátima, padre Jorge Guarda, presente na cerimónia, deixou igualmente uma referência para a importância do projecto, lembrando que as instituições

são de grande relevo, mas colocou uma grande tónica no papel da família no apoio aos idosos. E DominO pároco Mário Verdasca sublinha a importância do lar gos Neves, presidente da Junta local refor- concluída, estima-se, dençou o apelo para que todos tro de aproximadamente apoiem a obra de fulcral im- ano e meio. O novo lar contará com 36 camas dividiportância para a freguesia. A obra está orçada em 587 das por quartos individuais mil euros, e poderá estar e duplos.

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COLECTIVIDADE

Balanço de Actividades na Loureira Prestar contas é uma forma de agradecimento por todo o esforço e dedicação postas na causa publica. Assim, a direcção da Associação para o Desenvolvimento Social da Loureira, agradece publicamente toda a disponibilidade e vontade para levar a cabo mais umas festas da nossa associação. Para os que não tiveram ainda oportunidade de ver os resultados da festa "Tasquinhas 2003" informamos aqui que o resultado final foi superior ao do ano passado. Este ano o total de receitas foi de 2.822.987,04 euros e a despesa teve um valor de 1.121.295,83 euros, proporcionando assim um saldo de 1.701.691,22 euros, cerca de 341 contos. Deste óptimo resultado se infere que apesar do período das festas ser mais curto e mais chuvoso, não impediu que o resultado fosse superior. Aqui estiveram patentes o espirito de iniciativa e entreajuda de toda a população que uma vez mais soube estar à altura do prestigio e do nome deste lugar da Loureira. Com estes resultados permitimo-nos concluir a liquidação de todas as contas com fornecedores. Vamos continuar a trabalhar, com a preciosa ajuda de todos, no sentido de reduzir os valores que nos emprestaram. Pensamos 8

liário está a aumentar dia após dia, estando neste momento com quase 20 utentes. Estamos a fazer um esforço no sentido de dar resposta a todas as solicitações, em especial de pessoas do lugar da Loureira, por todos aqueles que depois de anos e anos a batalhar no dia a dia, tenham anos de descanso sadio e com a máxima qualidade de vida.

A Sala "Milienium 2000" Jorge Gameiro estar no bom caminho, no sentido de contribuir para uma sempre melhor qualidade de vida de todos.

A Creche A creche, dada a grande solicitação, pedimos já o aumento da sua capacidade máxima de utilização para as 35 crianças, aos serviços da segurança social, com inicio no próximo ano lectivo. No fim deste mês de Junho encerram as inscrições para o próximo ano lectivo, tendo como prioridade, conforme o regulamento interno, os residentes da Loureira.

O Apoio domiciliário O serviço de apoio domici-

Continua ao serviço de toda a população, dando apoio informático e consulta á Internet.

O Pingue-Pongue Esta actividade tem agora á disposição dos praticantes da modalidade uma sala com três mesas onde se pode praticar o ping-pong, diariamente. Para concluir estas palavras permitam-me que vos agradeça, em meu nome pessoal e em nome de toda a direcção, a pronta disponibilidade de muitos, aliada à ajuda de todos, vamos continuar na senda da excelência da qualidade de vida de toda a população, em especial na área infantil e dos idosos. Jorge Gameiro


CARTA

Gravidade dos erros na comunicação Com frequência, nos nossos dias encontramos no bombardeamento de informação a que estamos sujeitos, graves erros, não só linguísticos, mas também de conteúdo. (...) Assim, as falsas ou incorrectas informações de uma notícia ou artigo podem surgir por várias vias: a necessidade de audiências/leitores, interesses sociais, políticos, ou a simples ignorância da parte de quem relata os acontecimentos. Ora, um órgão de comunicação deve ser, antes de mais, verdadeiro, fiel e neutro pois quem desconhece as situações por ele retractadas, fica com uma visão que considera correcta, pois até foi publicada. Ao longo de 12 meses, o semanário "Região de Leiria" publicou em anexo, na primeira semana de cada mês, a revista "Voz da Serra". Como leitor atento que sou, reparei que o anonimato era a chave dos artigos aí publicados, facto que me deixou, desde sempre, perturbado. Por várias vezes tive intenção de responder as artigos sobre esta freguesia, que também é a minha, os quais deixavam transparecer a nítida falta de informação, fruto do inexistente "beber das fontes", Mas eis que "hoje" leio determinado artigo que me deixa em grande confusão. Trata-se de uma notícia que refere o apoio monetário atribuído pela Câmara de Leiria ao Agrupamento 1211 de Santa Catari-

na da Serra, que podemos ler na página 28 da "Voz da Serra" do mês de Abril de 2003. (...)todo o último parágrafo, que ocupa mais de um terço da totalidade do artigo, é fruto de uma total ignorância. Ora e para começar, se o leitor bem se lembra, no final do ano passado (2002) foi publicado um extenso artigo sobre o agrupamento, nesta mesma revista e "hoje" bastava ter sabido copiar para não cair em contradição no que respeita ao número de elementos que compõem o Agr. 1221. Mas o artigo continua, partindo agora para uma informação que, para além de não ter qualquer fundamento, é de um perfeito mau gosto. Passo a citar: "(...) o agrupamento funciona em instalações emprestadas pela Junta, uma vez que o edifício onde se desenvolvem as suas actividades é propriedade da autarquia." Pois bem, deixai-me esclarecer bem esta situações: a sede do Agr. 1211 é da propriedade da Paróquia, desde há longos anos. Faz parte do "Passal", terreno onde se situa o Salão Paroquial, o Centro Social e Paroquial, a antiga Casa Paroquial e a chamada "Casa do Leite". (...) Pois bem, a relação entre a Junta de Freguesia e o Agr. 1211, é estritamente de amizade, onde, já por vária vezes, a Junta subsidiou actividades pontuais, quer monetariamente quer mediante a cedência de bens.

No que respeita à sede do Agr. 1211, não se crie qualquer equívoco: é propriedade da Igreja. Deixe-me pois, caro leitor, salientar a gravidade de uma notícia falaciosa como esta, que pode gerar muita confusão onde não existe! Ch. Daniel Oliveira Lopes Instrutor da 3ª secção (Agr. 1211) Nota: É bem vinda a correcção, pelo que se agradece e se pede desculpa aos leitores. Contudo, importa sublinhar que a incorrecção resulta de um simples mal entendido. Na altura em que foi realizado o trabalho extenso sobre o escuteiros, a que se refere, foinos dada a indicação de que as instalações eram da freguesia. Daí resultou o entendimento - errado como agora se constata - de que com "freguesia" se queria dizer Junta. Mas pretendia-se fazer referência à paróquia, como agora se percebe. Quanto ao número de elementos, no primeiro trabalho dizia-se que eram 80, valor a que nos reportamos. Por último, é certo que os textos não são assinados, mas na página 3 da revista pode encontrar-se sempre a ficha técnica onde se identifica os autores dos textos publicados. Estes apenas são assinados quando não são de cariz informativo. Esta é a simples explicação para as dúvidas levantadas e que como se vê foge às especulações que ensaiou o leitor. 9


ACTUALIDADE

II Festival da canção mobilizou f

Elsa Felicidade foi a grande vencedora do festival O II festival da canção da Associação da Casa do Povo de Santa Catarina da Serra realizou-se no dia 18 de Maio (domingo) no salão paroquial de Santa Catarina. “O festival da canção representa mais uma actividade sócio-cultural, de entre várias, promovidas pela casa do povo” adiantou a organização. Os 16 concorrentes trouxeram ao festival nove temas não originais e sete temas inéditos. Na categoria dos não originais o prémio foi atribuído à canção “Canto Português”. Na categoria de inéditos o primeiro lugar foi atribuído ao tema “Quero pintar os sonhos”, interpretado por Elsa Felicidade, que se afirmou como a grande vencedora da tarde uma vez arrecadou ainda os prémios de melhor letra, melhor música e melhor interpretação. Há ainda a destacar o facto 10

dos participantes deste festival serem oriundos de várias localidades tais como Amor, Caranguejeira, Fátima, Pousos, Madeira, Brasil e Santa Catarina da Serra, como não poderia deixar de ser. Foram várias as personalidades ligadas ao mundo da música que estiveram presentes neste festival, assim como o presidente da Junta de Santa Catarina, Domingos Neves, bem como um representante da Câmara de Leiria, Daniel Pereira, que durante o seu discurso elogiou esta actividade cultural promovida pela Associação da Casa do Povo. No festival estiveram ainda presentes o grupo de cantares típicos de Mira de Aire, o Coro Infantil da casa do povo de Santa Catarina da Serra e a escola de dança Anarella, que também mostraram os seus dotes ao público presente.

A Casa do Povo proporcionou uma tarde de domingo diferente, no passado dia 18 de Maio, com a realização do II Festival da Canção, sete anos depois do anterior. Uma iniciativa desta natureza deve-se ao grande gosto pela música e a uma forte vontade, por parte da organização, em dinamizar a nossa comunidade e promover a cultura da música. O concurso destinava-se a todos os interessados, dentro ou fora da freguesia, sem restrições a idades. Das canções candidatas, foram seleccionadas 16, divididas em duas categorias, 7 inéditas e 9 não inéditas, sendo mais de metade de fora da freguesia. Para além do desfile das canções concorrentes, o espectáculo contou também com a participação do Coro Infantil da Casa do Povo, dos alunos de dança da professora Anarella (aulas que estão a decorrer desde o início do ano lectivo, na Casa do Povo) e da Orquestra Típica de Mira de Aire. Passaram pelo palco artistas jovens, na sua maioria, incluindo um duo pai e filha (Fernando e Bruna da Pinheiria da Costa) que recebeu muitos aplausos do público. Ao júri, constituído por 7 elementos, ligados profissionalmente à música e ao português, coube a difícil tarefa de atribuir as classificações. Assim, para as músicas inéditas: 1º lugar - “Quero pin-


ACTUALIDADE

freguesia tar os sonhos”, interpretado por Elsa Felicidade (da Pinheiria), acumulando com os prémios de melhor letra, melhor música e melhor interpretação; 2º lugar - “Sonho”, interpretado pelo grupo Shalom (de Amor) e 3º lugar - “Tudo o que eu quero”, interpretado por Hugo Ramalho (estudante em Leiria). Apesar de um pouco longo, cremos que foi um espectáculo bastante completo e com qualidade. A Casa do Povo agradece a todos os que permitiram a realização desta actividade.

Festival da Canção contou com momentos de muita animação Esperamos que este II Festival da Canção tenha sido uma boa motivação para a realização de

mais eventos deste género. Quem sabe, para o ano... Mónica Batista

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ECONOMIA

A servir há um quarto de século O "Chaparrico" casa de pasto foi remodelado e reabriu no passado dia 21 de Abril (domingo) com novas instalações. Segundo a proprietária, Isabel Vieira, "era necessário fazer obras. Então decidimos remodelar este espaço e fazer aqui a sala de refeições". Situada na Pinheiria, esta casa está aberta ao público há cerca de 25 anos. Agora encontra-se a funcionar de segunda a sábado, apostando principalmente nos almoços. "Vêm os trabalhadores e viajantes que procuram qualquer coisa rápida", argumenta a proprietária. E continua, justificando: "Por isso temos sempre dois pratos do dia a sair: um de peixe e um de carne. Depois há sempre a possibilidade dos grelhados". No entanto, a prata da casa é mesmo o borrego estufado, sendo que "as pessoas telefonam a perguntar quando é que temos borrego estufado. É um prato com muita procura porque já o servimos cá na casa há muitos anos", justifica Isabel Vieira. Além do famoso borrego estufado, o galo com arroz de cabidela e a sopa de feijão são outros pratos bastante aclamados entre a clientela. Segundo a proprietária, "as empresas que existem nos arredores contribuem para o fluxo de clientes", no entanto existem outros clientes que não sendo de 12

O espaço foi remodelado perto acabam por escolher "O Chaparrico" para a pausa do almoço. "Temos clientes que vêm cá há muitos anos porque conhecem a casa", afirma Isabel Vieira.

O tesouro deixado A actual proprietária é filha dos antigos donos da casa e

o restaurante "foi um deixado dos meus pais", lembra Isabel Vieira. O jeito e o gosto foram apanhados com o tempo. "Já trabalho cá há muitos anos. Quando era solteira já era isto que fazia. Eu sei que é difícil, mas é mesmo disto que eu gosto", conclui.


ECONOMIA

Clínica Dentária abre em Santa Catarina

Eurodente – Clínica dentária é o nome do consultório dentário que abriu no passado dia 1 de Abril em Santa Catarina da Serra. A clínica está vocacionada para várias especialidades de higiene e saúde oral, nomeadamente dentisteria, endodontoia, peridontia, cirurgia, implantologia, ortodôncia e estética dentária. As consultas realizam-se às terças e quintas a partir das 14 horas e aos sábados todo o dia, sendo que as marcações poderão ser feitas todos os dias da semana a partir das 10 horas. No entanto, e segundo adiantaram os responsáveis, o horário de atendimento tende a alargar-se para todos os dias durante a semana, num período próximo. A abertura da clínica Eurodente em Santa Catarina surgiu devido à familiaridade que o proprietário sente em relação à vila de Santa Catarina e também devido ao reconhecimento da falta destas especialidades, detectada através de um estudo de mercado realizado. A abertura da clínica Eurodente em Santa Catarina resulta de uma extensão desta rede de clínicas também já situadas na Guia e na Bajouca.

Santa Catarina vai ter farmácia O posto de medicamentos de Santa Catarina da Serra vai passar a funcionar como farmácia num período próximo. Quem o afirma é Henrique Francisco, director técnico do posto de medicamentos, licenciado em Farmácia, que prevê a abertura da farmácia “lá para Setembro ou Outubro”. Em termos práticos, a população vai beneficiar com a mudança, como justifica o director técnico, “A população vai beneficiar mais: o horário será alargado das 9 da manhã até ás 21 horas durante a semana. Ao fim-de-semana a farmácia estará aberta ao sábado à tarde e ao domingo de manhã.” Para além do alargamento do horário de funcionamento a farmácia aposta também num melhor atendimento: “Vamos melhorar o atendimento e estar mais disponíveis para a população, e para isso vamos acrescentar mais três colaboradores, ou seja, seremos seis no total”, justifica Henrique Francisco. Além disso, será

ainda possível fazer testes à diabetes e ao colesterol, “testes estes importantíssimos uma vez que estas doenças são graves” reforça o director técnico. Este posto que funcionava como filial da farmácia do Arrabal, vai passar a ser independente. “Por questões legais o lugar precisava de ter uma farmácia e então eu pedi uma transferência, mas farmácia chegou a ir a concurso público erradamente, uma vez que eu já tinha pedido a transferência antes.” Justifica o director técnico

Posto muda de instalações

Entretanto, o posto de medicamentos está a funcionar temporariamente no antigo Café Marcelino até que as obras da Farmácia estejam concluídas. A Farmácia irá funcionar nas mesmas instalações do antigo posto de medicamentos, sendo que serão feitas algumas alterações “Será um espaço com cerca de 130 a 140 m2, que terá um serviço de dermocosmética e perfumaria além da parte de medicamentos. A farmácia será “uma aposta forte”, segundo o seu director técnico. Henrique Francisco 13


ECONOMIA

Investimento de 1,6 milhões de euros

Subestação eléctrica beneficia Santa Catarina No passado mês de Abril foi inaugurada a subestação de Fátima da EDP Distribuição. A obra, que custou 1,6 milhões de euros e que se encontra em funcionamento desde Dezembro do ano passado, vai permitir a melhoria da qualidade de serviço prestada aos clientes dos concelhos de Ourém, Leiria, Batalha e Porto de Mós. Entre os locais particularmente beneficiados, contam-se a cidade de Fátima e a sede desta freguesia, Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria, São Mamede (Batalha), e Mira de Aire (Porto de Mós). A subestação de Fátima vai ser supervisionada e comandada pelo Centro de Condução de Coimbra, através de uma unidade de controlo remoto que incorpora todos os automatismos daquela unidade. A inauguração daquela estrutura foi antecedida da realização de uma conferência de imprensa em que a EDP Distribuição anunciou um investimento de 17,5 milhões de euros na Área de Rede Litoral Centro, que abrange os concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Nazaré, Alcobaça, Caldas da Ra14

Reforço no abastecimento eléctrico inha, Bombarral, Óbidos, Peniche, Pombal, Ansião e Alvaiázere (no distrito de Leiria), e Ourém e Rio Maior (no distrito de Santarém). "Com estes investimentos, julgamos que vamos eliminar muitos dos problemas que ocorreram no passado recente", afirmou na ocasião Luciano Gomes, director da Área de Rede Litoral Centro, Luciano Gomes salientou que o objectivo da empresa é "diminuir as quedas de tensão". Ao reduzir o número de interrupções, disse, "estamos a contribuir para aumentar o nosso negócio, que é o da venda de energia eléctrica".

Do investimento anunciado - 17,5 milhões de euros - 9,8 destinam-se à ligação de clientes, enquanto 6,3 milhões de euros são para o reforço da rede e melhoria da qualidade de serviço. Finalmente, 1,3 milhões de euros estão integrados num plano especial para acelerar a melhoria da qualidade do serviço. De entre as obras, destaque para a construção de novas subestações eléctricas, uma na zona industrial da Marinha Grande e outra em Santo Onofre, Caldas da Rainha. Já na subestação eléctrica da Azoia, concelho de Leiria, a EDP Distribuição vai investir 263 mil euros no aumento da capacidade de fornecimento desta estrutura. No final deste ano, a EDP conta também ter concluída a remodelação da linha de média tensão Azoia-Arrabal no valor de 219 mil euros, trabalho que pretende reduzir as quedas de tensão. Em curso está ainda um investimento de 380 mil euros em Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria, localidade que vai passar a ser alimentada pela subestação eléctrica de Fátima, do concelho de Ourém.


ACTUALIDADE

Arte patente na escola São cerca de 160 trabalhos de artistas nacionais, espanhóis e sul-africanos. A segunda edição da Bienal de Artes Plásticas promovida pelo Agrupamento Vertical de Escolas e Jardins da Serra, está a decorrer. A mostra, patente na Escola Básica 2,3 de Santa Catarina da Serra, foi inaugurada no passado dia 14 de Junho e está patente até ao final do mês. Na altura, Luís Henrique, ligado à organização, explicou que esta mostra se insere no Plano Anual de Actividades da escola.

«Luz» inunda Santa Catarina Trata-se de uma exposição de trabalhos de artes plás-

Mais de centena e meia de obras patentes até ao fim do mês ticas subordinado ao tema "Luz". Os artistas que levaram a Santa Catarina da Serra os seus trabalhos fizeram-no a convite da organização, a cargo do Departamento de Expressões da escola, bem como através de um anúncio publicado no Jornal de Letras. "Surgiram artistas de todo o País", explicou Luís Henrique. Este responsável recorda que a primeira edição da bienal foi uma experiência bastante positiva e que motivou a sua continuidade na edição deste ano. Pretendese "dar a conhecer

as diversas expressões das artes plásticas à comunidade escolar e local", refere. Esta iniciativa contou com o apoio de várias empresas e do artista plástico Rui Ferreira que cedeu vários trabalhos, sublinhou Luís Henrique. Este responsável está confiante na continuidade desta iniciativa. Contudo, numa próxima edição será possível avançar com a selecção de trabalhos. É que na primeira edição do certame estiveram expostos cerca de 110 obras e este ano registouse um crescimento na ordem dos 50 por cento – um crescimento espectacular. Uma outra alternativa será a mudança de instalações para albergar a mostra, acrescentou Luís Henrique. 15


ENSINO

O currículo dos alunos No primeiro artigo tive ocasião de escrever sobre a constituição, organização e administração do Agrupamento. Neste, pretendendo dar uma sequência lógica ao pensamento abordarei a temática "O currículo dos alunos". A noção de currículo vem sofrendo alterações no decorrer dos últimos anos paralelamente à evolução do papel de Escola. Um currículo não é a mera soma de disciplinas e cada uma destas não é a soma de conteúdos , tal como à escola de hoje é pedido que tenha uma função pedagógica que não se limite à transmissão e aquisição de conhecimentos. O decreto-lei 115-A/98, permitiu, às escolas, dentro do espírito de autonomia, desenvolver actividades que tenham a preocupação de ir ao encontro dos interesses dos alunos de forma a que as aprendizagens sejam significativas. O Projecto Educativo da escola projectado, elaborado e avaliado em função do currículo nacional e o nível de prioridades da Escola , de acordo com as características dos alunos, insere em si as linhas orientadoras que pretendemos para a nossa Escola e alunos. "Formar cidadãos responsáveis" é o tema aglutinador em função do qual é planificada toda a actividade pedagógica da Escola de um forma coerente e integrada. Além das áreas curriculares disciplinares - disciplinas 16

essas com pequenas adaptações de conteúdo ,o currículo dos alunos é enriquecido com as áreas curriculares não disciplinares: o estudo acompanhado, a formação cívica e a área de projecto, áreas fundamentais no processo de ensino aprendizagem dos alunos, aos permitir-lhes o desenvolvimento de capacidades e atitudes capazes de mobilizar sabres em novas situações. Estas novas áreas proporcionam ainda aos alunos ,não só o aperfeiçoamento de técnicas de estudo, como o desenvolvimento de temas por si seleccionados ou de acordo com as suas reais necessidades "Higiene e Educação Sexual" " Poluição", "Direito à Cultura", " Educação Política" " Cidadania Portuguesa", Relações Interpessoais", são alguns dos temas desenvolvidos pelos nossos alunos. Actividades de enriquecimento curricular, projectos ou clubes, Prosepe, - estudo e preservação da floresta - Artes, Dança, Rádio, Europeu- Sócrates/ Coménius, completam o circulo do que hoje se entende por currículo. Subjacente a esta definição de currículo, está o modo como organizá - lo, a concepção de educação e o papel a atribuir à escola. Ao optarmos pelo "Enfoque Globalizador", tivemos a preocupação de além de ter por base as disciplinas,- indispensáveldesenvolver temas do interesse dos alunos . Nesta concepção é importante que os alunos:

- "Comprendam o que estão a aprender, para que servem os conteúdos e com que outras coisas se relacionam; " - "Se sintam implicados nas situações de aprendizagens, que as considerem atractivas, interessantes, e que participem na sua escolha (temas, actividades ou materiais)" - "entendam que, com o seu contributo, vão conseguir realizar as aprendizagens com sucesso". Inerente ao conceito de currículo está o conceito de avaliação. Também este é definido de acordo com a escola que pretendemos. Uma escola ( a pública) que é orientada pelo princípio da inclusão, a avaliação tem um papel formativo enquanto, outras se orientam pela exclusão e a avaliação tem um papel selectivo . Avaliamos não só os conhecimentos dos alunos mas também as suas capacidades e atitudes: privilegiamos não apenas o "saber instrumental", "o saber cultural" mas também o "saber porque se faz", "o saber ser", "o saber intervir". Procuramos a formação integral dos alunos, procuramos desenvolver capacidades e atitudes de modo a que mobilizem saberes para enfrentarem a vida activa. desenvolvermos competências . " Um saber em acção " . António dos Reis Oliveira Membro do Executivo da Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra


ENSINO

Dia Mundial da Criança As crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1º Ciclo vieram à Escola Sede festejar o Dia Mundial da Criança. Tiveram oportunidade de realizar várias actividades e conviver com todos os colegas. Depois da passagem pelas várias estações (Sala de Informática / Mediateca / Atelier de Artes / Música / Jogos Medievais / Jogos Didácticos), puderam apreciar uma exposição de brinquedos construídos pelos alunos e assistir a algumas peças musicais executadas pela orquestra da nossa escola.

“Todos devemos saber mais ...” Decorreu no passado dia 20 de Junho, na Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, uma Acção de Informação/Sensibilização sobre Segurança Infantil. Promovida pela APEEL - Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola do 1º Ciclo e Jardim de Infância da Loureira, teve como público alvo todos os Pais e Encarregados de Educação das Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância do Agrupamento. Esta acção foi dinamizada

pela Drª Helena Sacadura, do polo de Coimbra, da APSI ( Associação para a Promoção da Segurança Infantil). No decorrer da sessão foram apresentados vídeos e filmes e no final todos os presentes ficaram mais enriquecidos e mais cientes da sua responsabilidade por uma cultura de segurança: alterando atitudes, hábitos e comportamentos; divulgando as normas de segurança e exigindo espaços e produtos mais seguros.

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ACTUALIDADE

"Motards" da Serra

Em busca de adrenalina e de emoções fortes os motards de Santa Catarina reúnem ao domingo É domingo. São nove horas da manhã. Cerca de quarenta "motards" sedentos de aventura juntam-se para viver mais uma manhã de pura adrenalina a percorrer os caminhos agrestes da Serra num verdadeiro contacto com a natureza. O ritual repete-se há cerca de seis anos. O grupo, integrado por Santa Catarinenses mas não só, junta-se ao domingo de manhã e de moto quatro e motos de duas rodas, percorrem os lugares mais selvagens que a Serra lhes oferece. Hugo Rodrigues afirma que as paisagens se apresentam deslumbrantes principalmente entre a Barreiria e o Vale Mai18

or. Outros afirmam que o cocuruto em Siróis é um local de passagem obrigatória. Apesar do contacto com a natureza que o passeio proporciona, este não é o único motivo que move este grupo. Nuno Mariano refere que participa nesta aventura "pela adrenalina e pelo convívio proporcionados". Hugo Rodrigues partilha da mesma opinião "É a aventura, a água que se apanha, mas sobretudo o convívio entre todos". Hernâni Oliveira integra o grupo "pelo prazer que as motas me proporcionam" afirma. Mas não dispensa a camaradagem dos colegas nem mesmo enquanto falava com a VOZ DA

SERRA. "É o convívio. É o convívio que importa" justificam todos. E parece que este convívio também justifica que mesmo durante o Inverno nenhum deles se deixe seduzir pelos cobertores. "Ao domingo levanta-se tudo cedo. Ninguém tem sono", refere Luís Alves. "É que além do mais, este desporto pratica-se melhor de Inverno por causa do pó que se levanta no Verão", explicam os praticantes à VOZ DA SERRA.

Mulher em TT Mas nem só por homens é composto o grupo. Anita Serralheiro de 16 anos integra também este grupo e não


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dispensa uns passeios de vez em quando, como ela própria afirma: "Quando me sinto triste o melhor que posso fazer é andar de mota. As paisagens são bonitas e proporcionam um grande contacto com a natureza". E não se pense que Anita é desentendida na matéria porque há cerca de oito anos que convive com motos. "Foi o meu pai quem me cativou", refere. Agora conduz uma moto quatro e integra este grupo de "motards". E não é por ser mulher que se sente desintegrada: "Sinto-me integrada no grupo, apesar de eles por vezes me tratarem de uma forma diferente, mas é por ser a única mulher". No entanto, também realça

com orgulho que "ás vezes eu consigo passar e os homens não. E aí sinto-me uma heroína".

Almoço convívio No domingo dia 6 de Abril, depois da habitual volta, este grupo juntou-se no parque de merendas do Vale Maior para um almoço convívio. Fernando Antunes refere que "o almoço tem como principal finalidade o convívio, a amizade e a brincadeira entre todo o grupo".

Anita Serralheiro participa nos encontros

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ACTUALIDADE

União na serra O impasse directivo na União Desportiva da Serra foi finalmente ultrapassado no passado dia 13 de Junho. Na quarta assembleia dedicada a discutir a questão da liderança do clube, foi finalmente resolvida a questão com a recondução dos responsáveis do anterior mandato. Depois da indefinição inicial, Jaime Silva acabou por aceitar continuar à frente dos destinos do clube. A continuidade do presidente mereceu a votação unânime dos sócios presentes e que encheram a sala da colectividade onde decorreu a

reunião. Na sequência da última assembleia saiu um abaixo-assinado de vários sócios pedindo a continuação dos dirigentes à frente do clube. Um documento em que os sócios signatários faziam ainda saber da sua disponibilidade para colaborar com a futura direcção no trabalho de gerir o clube. Este terá sido mais um factor decisivo para quebrar o impasse directivo.

Continuidade garantida De facto, na assembleia de dia 13, Jaime Silva, presi-

dente cessante, deu conta da sua satisfação pela disponibilidade manifestada pelos sócios em futuras colaborações para aquilo que fossem solicitados. Agradeceu igualmente o apelo dos sócios inscritos no abaixo-assinado para que continuasse a dirigir o clube de Santa Catarina da Serra. No seu discurso, Jaime Silva adiantou acreditar que esta tomada de posição dos sócios era um indicador de que a maioria apoia a estratégia adoptada para o clube mas salientou que os seus afazeres profis-

Os sócios marcaram a assembleia geral com uma significativa participação 20


ACTUALIDADE

sionais tornavam difícil a sua continuidade na presidência. Ainda assim, esclareceu, “o vosso apelo obrigou-me à reflexão”. Depois de solicitar um período de reflexão aos sócios, em plena assembleia, para que os sócios pudessem avançar com uma solução para o vazio directivo. Face à inexistência de alternativas apresentadas pelos sócios, Jaime Silva questionou, um a um, a disponibilidade dos elementos do corpo associativo que pretendia ver na sua equipa. Perante a generalidade de respostas positivas aos apelos de colaboração, adiantou: “é com muito agrado que vejo gente disponível para a UDS”.

Futuro de pés assentes no chão Face a inevitabilidade de continuar no cargo, Jaime Silva apresentou perante os sócios aquelas que considerava deveriam ser as linhas mestras da direcção do clube no futuro. Perante o difícil contexto económico, anunciou os planos de redução do orçamento destinado ao futebol, ainda que afirme a necessidade de manter uma equipa “que represente dignamente a União Desportiva da Serra”. Jaime Silva marcou ainda a tónica da formação, ao referir que essa seria uma das principais funções do clube, a par da aposta na melhoria das infra-estruturas, nomeadamente prosseguindo as obras de cariz desportivo que actualmente estão a decorrer.

Jaime Silva continua Manter o clube com contabilidade organizada e dinamizar o bar são outras das propostas avançadas.

Unanimidade na aprovação Foi sem votos contra ou abstenções que a recondução de Jaime Silva e restante equipa na liderança dos destinos da UDS teve lugar. Joaquim Barroca Rodrigues foi eleito para presidente da Mesa da Assembleia e Paulo Reis para a presidência do Conselho Fiscal. No final da assembleia, Jaime Silva, em declarações à Voz da Serra não escondia a satisfação pela resolução da crise directiva. “Vamos continuar com os projectos que existem com toda a força e com o apoio de sócios”, disse. Para o recém eleito presidente, a reunião demonstrou que “Santa Catarina da Serra deu uma prova de que se pode continuar a trabalhar em prol do clube”. Afinal, o presidente continua

no cargo. Jaime Silva correspondeu à chamada dos associados que fizeram saber da sua vontade de o ver reconduzido no cargo. Depois de ter, inicialmente, mostrado a sua indisponibilidade para prosseguir, Jaime Silva reuniu novo elenco directivo para as épocas 2004/ 2005 e 2005/2006. Contudo, antes de ser eleito fez referência ao actual momento do clube e à necessidade de reforçar o esforço e a aposta na formação. “Recebi um telefonema do presidente da Assembleia transmitindo o que se tinha passado na última assembleia, falando-me do abaixo-assinado promovido por alguns sócios”, disse. Jaime Silva aproveitou para “agradecer o apelo que foi dirigido e a disponibilidade manifestada para colaborar”. Para o novo presidente, a movimentação dos sócios era a prova de que a estégia que tinha sido delineada estava de acordo com as aspirações dos sócios. “Acredito que estão a pensar no futuro do clube, para bem da nossa terra”, referiu. Na altura recordou que o que o fez ir para o clube foi “arranjar amigos”. E admitiu considerar que “apesar do apelo, penso que a melhor solução para a UDS seria novos presidente e direcção”. Mas face à ausência de alternativas, acabou por aceitar ficar, após ter garantido a colaboração dos sócios. A nova lista foi aprovada por unanimidade e a votação foi acompanhada de fortes aplausos dos sócios presentes. 21


DESPORTO

U. Serra termina época em terceiro lugar

Futsal no Cercal até Agosto A partir do próximo dia 30 de Junho decorre um torneio de futsal no Cercal. A prova vai prolongar-se até 2 de Agosto. As inscrições terminaram dia 26 e o sorteio tem lugar dia 27 de Junho pelas 22 horas na sede do clube. Mais informações sobre a prova podem ser conferidas junto de Rui Ferreira, através do 936383300 ou Fabricio para o 917868463.

Taça com queixas A U. Serra falhou a conquista da Taça Distrito de Leiria, perdendo na final com o Bombarralense por 1-0. O jogo disputou-se na Benedita, mas ficou marcado por queixas da equipa de Santa Catarina da Serra dirigidas à arbitragem. 22

A União Desportiva da Serra terminou a época de 2002/ 2003 da divisão de Honra em terceiro lugar, falhando o objectivo de revalidar o título conquistado na época anterior. Com a decisão de não subir à III divisão tomada de novo há algum tempo, a equipa acabou não só por falhar o primeiro lugar, como também o segundo, que este ano deu, igualmente, direito à promoção.

1.Alq. Serra 2.Alcobaça 3.U. Serra 4.C. Couce 5.Sp. Estrada 6.P. Vieira 7.Vieirense 8.Marrazes 9.Bombarralense 10.Juncalense 11.Fig. Vinhos 12.Pernelhas 13.ARCUDA 14.SL Marinha 15.Guiense 16.Valcovense

30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30

17 17 16 16 16 15 13 14 12 9 10 9 6 6 4 5

O conjunto de Fernando Mateus, no jogo derradeiro do campeonato, deslocou-se a Alcobaça. Estava ainda em jogo a segunda posição, na qual a equipa de Alcobaça, desejosa de regressar à III divisão, queria terminar. E apesar da boa réplica dada pelo conjunto de Santa Catarina da Serra, a vitória foi para o Alcobaça, que ficou assim em segundo lugar, terminando a U. Serra em terceiro lugar.

8 5 8 6 6 5 9 4 6 11 8 7 11 5 7 3

5 8 6 8 8 10 8 12 12 10 12 14 13 19 19 22

49-22 66-30 49-22 36-22 53-30 45-33 47-39 39-39 38-40 33-41 43-54 36-43 24-42 29-55 21-57 30-69

59 56 56 55 54 50 48 46 42 38 38 34 29 23 19 18


ROTA DOS RESTAURANTES

O sabor da tradição O nome “Marujo” foi herança do pai do proprietário, a experiência adquirida em França e o restaurante surgiu como uma aventura, explicam os proprietários. “Tínhamos que trabalhar, e como já tínhamos experiência neste ramo, lançámo-nos nesta aventura”, refere Natália Ferreira. Os proprietários, que foram emigrantes em França durante vários anos, não esqueceram os pratos mais tradicionais da gastronomia portuguesa e os chícharos com bacalhau são o mais puro exemplo disso. Mas não é só: o cozido à portuguesa, as caras de bacalhau, o leitão, o bacalhau à casa, o cabrito e as migas, são pratos tradicionalmente portugueses mas bastante aclamados pela clientela. É que segundo os proprietários “em Portugal não estamos muito habituados aos molhos. Em França come-se mais molhos. Cá, as pessoas aceitam melhor os grelhados” justifica Natália Ferreira e prossegue “já tivemos cá pratos com molhos mas os clientes não aceitavam muito bem”. Por isso mesmo os proprietários nunca tentaram implementar a gastronomia francesa. Quem passa pelo Marujo prefere apreciar os grelhados feitos na brasa: “Fazemos tudo na brasa, nada na chapa”, refere a proprietária. Para além das especialida-

No restaurante “Marujo” a aposta é nos sabores tradicionais des da casa, durante a semana existe sempre um prato de carne e um prato de peixe prontos a sair “Costumam vir cá muitos trabalhadores e temos que ter comidas rápidas porque eles não têm muito tempo”. No entanto, é sempre possível pedir um prato mais requintado.

Os pratos preferidos O bacalhau à casa e o bife à marujo, são, sem dúvida, os pratos mais solicitados. Mais recentemente, a picanha com feijão preto começaram a ser servidos no restaurante, fazendo um enorme sucesso. Neste momento Natália Ferreira prepara-se para introduzir uma novidade na ementa do restaurante “vamos optar por uma novidade que é um rosbife preparado de uma maneira espe-

cial”, revela a proprietária. Há ainda a destacar as sobremesas servidas n’”O Marujo” que são “preparadas no restaurante, tal como todos os pratos, pois fazemos tudo cá no restaurante. Não se serve nada vindo de fora” explica Natália Ferreira. Nas sobremesas, são vários os doces a assinalar, pelo requinte da apresentação e do paladar. Entre eles destaque para o doce da casa que é um pouco diferente do habitual. O restaurante, situado nos Olivais, já se encontra a funcionar há quase dois anos. Além do restaurante existe ainda um café, no primeiro andar do edifício, onde é possível apreciar os petiscos da região como sendo os pastéis de bacalhau, morcela, bifanas entre outras especialidades. 23


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