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Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3493, de 27 de Fevereiro de 2004, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Dois jovens morrem em acidente

Págs. 4 e 5

União da Serra mantém esperança

Pág. 22

Carnaval 2004

Crianças desfilam pela freguesia



FÓRUM FICHA TÉCNICA

INDICE

DIRECTOR: Francisco Rebelo dos Santos

Sinistralidade na EN 357 ... 4 e 5

DIRECTOR-EXECUTIVO: Pedro Costa

Carnaval na freguesia........ 8 e 9

Conselho dinamizador: David Vieira Fausto Neves Jaime Silva Joaquim Rodrigues Jorge Primitivo José Augusto Antunes José Carlos Rodrigues

Inquérito aos leitores...... 12 e 13

TEXTOS: Carlos S. Almeida Sónia Gomes Sílvia Reis FOTOGRAFIA: Joaquim Dâmaso e arquivo do REGIÃO DE LEIRIA PAGINAÇÃO: Departamento Gráfico do Região de Leiria PUBLICIDADE: Lídia Órfão Tereso Patrocinadores Permanentes: LubriFátima Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Construtora do Lena JRP J. Primitivo Madeiras, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Construções J.J.R. & Filhos, S.A.

IMPRESSÃO: Mirandela SA TIRAGEM: 2.500 exemplares

Esta revista é suplemento local que integra a edição n.º 3493, de 27 de Fevereiro de 2004, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Luz da Serra em festa ........ 6 e 7 Fernando Rocha na UDS ....... 11 Folclore em debate.......... 14 e 15 História das Histórias .... 16 e 17 Opinião .................................. 18 Rota dos Restaurantes ........... 19 Câmara apoia piscinas ..........20 Passeio Todo-o-Terreno.......... 21 Futebol...................................22

Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajudenos participando. Dependendo da disponibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou Região de Leiria.

A estrada de todos A freg uesia perdeu dois jovens num trágico acidente que chocou a população. Mais uma vez, as estradas são o palco de uma tragédia que ultrapassa as fronteiras da freguesia e que é comum a todo o País. Q u a ndo est a s t ra gé d i a s acontecem, e acontecem com uma frequência absolutamente incompreensível, são usualmente apelidadas de acidente. É, talvez, o eufemismo eleito por todos para esbater uma crua realidade. A soc iedade p or t ug uesa padece de um conflito armado, quotidiano, que se desenrola nas estradas. A formação, a prevenção e o civismo, são conceitos que urge implementar de forma a minorar as baixas desta guerra civil. Além de um conjunto imenso de causas que podem ser enunciadas para explicar este fenómeno, o facto de não assumirmos as estradas como uma realidade colectiva que implica o respeito por terceiros poderá ser uma das explicações. Muitas vezes, as tragédias ocorrem porque negligenciamos quem connosco partilha o palco da condução. O automóvel assumido como prolongamento da individualidade, permite uma postura egoísta, capaz de fazer esquecer que também aí, em grandes velocidades, somos parte da sociedade e temos regras de segurança a cumprir. Para nosso bem e de outros. Porque os acidentes não são filhos do acaso.

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ACTUALIDADE

Na Estrada Nacional 357, em Loureira

Tragédia repete-se Dois jovens morreram vitimas de acidente de viação no dia 20 de Janeiro em Loureira, freguesia de Santa Catarina da Serra. De acordo com a Guarda Nacional Republicana de Leiria, o acidente, que ocorreu cerca das 4 da manhã, ficou a dever-se ao despiste de uma viatura ligeira. No veículo seguiam Dominique Silva e Tiago Oliveira, ambos residentes em Loureira. O primeiro tinha completado 21 anos no dia 14 de Janeiro, enquanto Tiago Oliveira fizera 20 anos no dia 20 de Dezembro de 2003. O condutor do veículo, outro jovem da localidade, saiu praticamente ileso do acidente. O grupo de amigos tinha participado no encontro de encerramento da tradicional Festa dos 20, que todos os anos anima a freguesia de Santa Catarina da Serra. Este ano a festa ficou marcada pela tragédia. No mesmo mês, mas no dia 13, uma outra pessoa residente na localidade de Loureira acabou por morrer na mesma estrada, vítima de atropelamento. Faustino Ferreira Fartaria, de 88 anos, encontrou a morte por volta das 18 horas desse dia quando foi atropelado numa passadeira instalada próxima da capela da Loureira. As mortes na Estrada Nacional 357, no troço que começa na Quinta da Sardinha, freguesia de Santa Catarina, e termina às portas de Fátima, não são novidade para as gentes da localidade. Ano após ano repetem-se os sinistros que, normalmente, vitimam jovens da freguesia. Pese embora já terem sido instalados na localidade conjuntos semafóricos para dissuadir a velocidade, a realidade mostra que, ainda assim, são insuficientes para acabar com a sinistralidade naquela estrada.

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Dominique Silva

Todos os anos há mortes De acordo com dados da Direcção-Geral de Viação (DGV), o ano 2000 foi o mais grave em termos de sinistralidade no troço da EN 357 que atravessa a localidade da Loureira. Nesse ano morreram três pessoas, cinco ficaram feridas com gravidade e houve ainda a registar, em virtude dos 13 acidentes assinalados pela Guarda Nacional Republicana dos quais resultaram vítimas, mais doze feridos leves. No ano seguinte, 2001, as estatísticas da DGV relatam que houve uma vítima mortal e ainda onze feridos leves em consequência dos dez sinistros onde se registaram vítimas. Já em 2002, a Direcção-Geral de Viação anotou treze acidentes com vítimas dos quais resultaram um morto, dois feridos graves e 14 feridos leves. O ano passado, de acordo com a mesma fonte, e reportando-se a dados provisórios que compreendem os meses de Janeiro a Setembro, houve dez acidentes

Tiago Oliveira com vítimas. Destes há a registar um morto, dois feridos graves e dez feridos leves. A contabilidade da DGV não mostra contudo as pessoas que, estando feridas com gravidade, acabaram por falecer no hospital. Na estatística de 2003 constata-se que, dos dez acidentes com com vítimas naquele troço da EN 357, três tiveram na sua origem a velocidade excessiva para as condições existentes e dois sinistros ocorreram por desrespeito ao sinal STOP ou ao sinal vermelho. Dois acidentes tiveram ainda como causa o desrespetio da cedência de passagem e outros dois acidentes deveram-se a distracções do condutor. Não foi apurada causa para o acidente de que resultou a vítima mortal.

Fatalidades, diz a Brigada de Trânsito Carlos Costa, responsável pela Brigada de Trânsito da GNR, explica à Voz da Serra que o troço


ACTUALIDADE da EN 357 que atravessa a freguesia de Santa Catarina da Serra não é, por si só, perigoso. “Não está sequer referenciado como um local onde há acumulação de acidentes”, diz o responsável, apontando para a existência de semáforos que já são dissuasores de velocidade. O responsável lembra que a Brigada de Trânsito redobra as atenções por ocasião das grandes peregrinações a Fátima, dado que nessas datas há mais peões a circular junto áquela via. Mas acrescenta que, normalmente, os acidentes não vitimam peregrinos. O facto de já terem ocorrido vários acidentes que resultaram na morte de jovens residentes na localidade, o capitão Carlos Costa associa os sinistros a fatalidades, mas também a outras causas.

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ACTUALIDADE

Efeméride assinalada com diversas iniciativas

Luz da Serra festejou aniversário

Primeiro número do “Luz da Serra” No dia 31 de Janeiro de 2004 a paróquia de Santa Catarina da Serra festejou o seu trigésimo aniversário do LUZ DA SERRA. Este pequenino boletim, de inspiração cristã, a que chamamos jornal, nasceu no dia 1 de Janeiro do ano de 1974, em pleno Ano Santo, como sinal de renovação e reconciliação e traço de união dos seus filhos aqui residentes e das muitas centenas de “emigrantes” que um dia tiveram de trocar os seus lares aconchegados pelo desterro num país estranho e a pensar nos seus soldados que lutam no “ultramar” com as armas na mão em missão de soberania e de sacrifício e ainda na vivência permanente dos seus religiosos e religiosas dispersos por várias partes do mundo. Foram seus fundadores o então pároco Pe. Joaquim Carreira Faria, como director, e os senhores A. Vieira Rodrigues e J. Ruivo, seus administradores, que se sentiam comprometidos diante de Deus e das autoridades legitima-

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mente constituídas a defender com verdade e amor os interesses dos seus leitores, o nome da padroeira Santa Catarina e a objectividade e rigor nos textos a publicar. Sendo propriedade da Igreja Paroquial, teve sempre autonomia financeira e vida própria através de financiamento com ofertas dos leitores e benfeitores que constituíam a coluna mensal de “Amigos da Luz da Serra”. Encontra-se registado no Instituto de Comunicação Social e este inseriu-a na página da internet como sendo do distrito de Santarém. Nas suas páginas e ao longo de vários anos, destacaram-se textos da actualidade religiosa e de ensinamentos, relatos de acções desportivas, histórias da terra, momentos de cultura, vida mundana, os nascidos e os que partiram, casamentos, os doentes, as festas da terra e notícias do mundo, fazendo-se aqui uma especial referência às crónicas do “Fotógrafo” que, em estilo abstracto, narrava factos reais, utilizan-

Actuação do grupo coral da localidade do expressões muito próprias e de grande saber.

Comemoração com eucaristia O ponto alto destas efemérides foi a celebração da eucaristia, presidida pelo seu actual director, Pe. Mário Verdasca, e seus concelebrantes padres Jaime e Serafim, naturais da Pinheiria, em serviço nas Missões da Consolata. No salão paroquial foi servido


ACTUALIDADE

um jantar de confraternização com a presença de cerca de 400 pessoas, entre as quais se encontrava a presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, o presidente da Junta de Freguesia, Domingos Neves, o fundador José Ruivo, muitos colaboradores e amigos do LUZ DA SERRA. O Grupo Coral da Casa do Povo com seus responsáveis animaram o serão. Na sua intervenção de curta

duração, a presidente da Câmara enalteceu o LUZ DA SERRA e felicitou os seus responsáveis e a todos os que estão e estiveram ligados a este “boletim”. O presidente da Junta de Freguesia, também ele amigo do LUZ DA SERRA, agradeceu o convite com a informação de, apesar de ter estado ausente durante vários anos, foi seu assinante desde o número um, possuindo todos os boletins que guarda com muita

estima e teve a oportunidade de ver publicado nas suas colunas e de sua responsabilidade mais de cem artigos, de variados temas, não se eximindo de os assinar, como mandam as boas regras. Faço votos para que o LUZ DA SERRA continue na sua caminhada e não se desvie do rumo traçado pelos seus fundadores. DOMAR

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DESTAQUE

Santa Catarina da Serra

Carnaval espalha cor na freguesia Centenas de alunos do Agrupamento de Escolas da Serra, da freguesia de Santa Catarina da Serra, participaram na passada sexta-feira, dia 20, no tradicional desfile de Carnaval. Registamos nestas duas páginas alguns dos momentos mais significativos onde miúdos e graúdos deram asas à imaginação.

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DESTAQUE

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ACTUALIDADE ABERTURA Farmácia já funciona Farmácia Henrique é o nome da farmácia de Santa Catarina a funcionar desde Novembro de 2003. Segundo o seu director técnico, Henrique Francisco, as diferenças entre a farmácia, que existe actualmente, e o posto de medicamentos, que servia a freguesia, “não são muito significativas”. Mas, “a nível legislativo, há determinadas práticas que não podem ser feitas no posto de medicamentos, mas sim na farmácia”. E explica: “o posto de medicamentos funciona como uma filial da farmácia”. Actualmente a farmácia de Santa Catarina já funciona de forma independente. O director técnico desta farmácia entende que “a população vai beneficiar com esta mudança, uma vez que os horários vão ser alargados, estando a farmácia aberta também ao sábado e domingo de manhã”. Por outro lado, “existem melhores condições, mais profissionais ao dispor da população e a prestação de mais serviços como por exemplo os testes ao colesterol e à glicemia”.

Encontro de funcionários autárquicos No dia 31 de Janeiro, funcionários das Juntas de Freguesia do concelho de Leiria reuniram-se num jantar-convívio. A iniciativa, onde participou a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, visou, além da confraternização, a troca de experiências sobre o desempenho de funções nas autarquias locais. Nesta troca de conhecimentos, constatou-se que o estatuto de funcionário não é igual para todos. Das 29 freguesias do concelho, estiveram presentes funcionários de 18.

À procura de lenha A senhora Justa Alves Rosa, natural da Cova Alta e com 69 anos de idade, actualmente residente na Casa Paroquial e utente do Centro de Dia da Santa Catarina da Serra, apesar de não ter qualquer necessidade ainda continua a acarretar lenha para a lareira, como o fez durante muitos anos. DOMAR

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ACTUALIDADE

Fernando Rocha na União Desportiva da Serra

“Este público é divertido”

A União Desportiva da Serra (UDS) recebeu na noite de 6 de Fevereiro, nas suas instalações, o comediante Fernando Rocha. Segundo Paulo Primitivo, da organização, “esta iniciativa correu bem porque houve uma grande adesão do público da nossa terra”. E salienta: “acho que vale a pena organizar iniciativas do género porque temos o apoio das pessoas e das empresas. E a colectividade necessita de iniciativas para concretizar os projectos”. Já a estrela da noite, Fernando Rocha, fez um balanço “muito positivo” da passagem por Santa Catarina da Serra. “O balanço da minha passagem é muito positivo, quer a nível do público que me satisfez, quer a nível da organização que trabalhou muito bem. Têm nota dez numa escala de zero a … dez”, comentou. Fernando Rocha caracterizou o público da noite como sendo “um bocado familiar, que se conhecem uns aos outros, mas, acima de tudo, um público divertido”.

Avisos da Junta de Freguesia Durante o mês de Março, a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra tem expostos publicamente os cadernos de recenseamento para consulta e reclamação dos interessados. Os cadernos podem ser consultados das 9 às 12h30 e das 14 às 17 horas. Refira-se que todos os cidadãos com mais de 18 anos devem recensear-se ao longo de todo o ano, excepto 60 dias antes de cada acto eleitoral.

À semelhança de anos anteriores, a Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra está a colaborar no preenchimento dos modelos de IRS para pessoas singulares. Assim, quem estiver interessado deve deslocar-se à sede da Junta de Freguesia de Santa Catarina ao longo da primeira semana do mês de Março, entre as 17 e as 19 horas.

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INQUÉRITO ABERTURA

Leitores comentam revista Dois anos após a edição do primeiro número da revista Voz da Serra chegou a altura de fazer um balanço. Fomos descobrir o que os nossos leitores pensam de nós. As questões que lhes colocámos foram as seguintes: 1 – Costuma ler a Voz da Serra todos os meses? 2 – Qual o balanço que faz destes dois anos de actividade? 3 – Quais as sugestões para os próximos anos e que tipo de trabalhos gostaria de ver publicados?

1 – Sempre. 2 – Positivo. É uma revista bem conceituada ao nível da freguesia e uma revista que traz algo de positivo para a freguesia ao mostrar os pólos de desenvolvimento e a parte cultural. Achei muito interessantes os trabalhos que mostravam, por exemplo a gastronomia da terra e os monumentos que existem “ao pé da porta”. Fernando Valente Professor 1 – Costumo ler todos os meses e levo para o colégio. 2 – Achei-a pior inicialmente do que agora. No início achei-a um pouco politiqueira. Agora vejo que se preocupam mais com o que as pessoas acham. Eu penso que melhorou, mas não sei a opinião das outras pessoas. Na minha opinião tem evoluído no sentido de não focar só as empresas. Sobretudo nos últimos números sinto-a mais atractiva porque vai ao encontro das pessoas, mostrando até as suas fotografias. Ou seja, tem melhorado ao nível dos conteúdos como por exemplo o trabalho dos jovens universitários e a divulgação das associações da freguesia.

Domingos Neves Presidente da Junta 1 – Sim.

3 – Acho que o que é interessante na freguesia já é publicado. A revista está bem estruturada, bem concebida dentro do que há na freguesia.

2 – Foi um projecto positivo. O que menos gostei de ver focado foram os temas de cariz político-partidário e assuntos que de qualquer modo afectaram a igreja. O que mais gosto é quando traz assuntos relacionados com pessoas da terra ou que foram no passado. 3 – Gostaria de ver notícias e histórias da terra e que acompanhe o desenvolvimento da freguesia. Ana Raquel Assistente Dentária 1 – Não costumo ler muito.

3 – Sugiro que se vá mais ao encontro da opinião das pessoas e das entrevistas porque é uma revista da freguesia que deve “dar voz a quem não tem voz”.

2 – Daquilo que li gostei. Apreciei muito os temas, tem assuntos interessantes é uma revista alegre com temas sobre toda a freguesia 3 – Talvez jogos e uns temas para atrair os jovens a ler. Manuel Capitão Ajudante Técnico de farmácia

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INQUÉRITO

Laurinda Antunes Comerciante 1 – Quando a recebo leio-a. 2 – Penso que está a melhorar. Fala-se, por exemplo, muito da escola e outros temas com valor para a freguesia. Penso que é uma revista que o povo gosta de ler. 3 – Os temas da zona são interessantes. Acho que poderiam falar sobre as freguesias vizinhas, como por exemplo Fátima, com a qual estamos muito ligados. A nível da freguesia deviam focar temas como o desporto e a cultura.

Madalena Delgado Doméstica 1 – Sim. 2 – Acho que traz coisas interessantes. As histórias da freguesia e momentos passados é o que procuro ler sempre. 3 – Histórias antigas da freguesia porque é o que mais gosto de ler.

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CULTURA

Rancho Folclórico de S. Guilherme esteve presente em encontro nacional

Folclore em debate

Com o intuito de debater e esclarecer alguns assuntos relacionadas com o folclore, realizou-se no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, recentemente um Encontro Nacional de Directores e Equipas Técnicas dos Grupos – Ranchos de Folclore. Nesse encontro, estiveram presentes membros da Federação Portuguesa de Folclore, da Associação de Folclore da Região de Leiria e Alta Estremadura, conselheiros técnicos das várias regiões do País e alguns ranchos, entre os

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quais o Rancho Folclórico de S. Guilherme. Dos temas apresentados destacaram-se a importância das recolhas e preservação etnográficas, o papel do ensaiador e do ensaio e a preparação de um festival de folclore. Hoje não é fácil encontrar pessoas que possam transmitir e ensinar o modo como os nossos antepassados viviam. Uma recolha etnográfica para que seja a mais verdadeira possível passa por quatro fases: pre-

paração de um questionário com perguntas directas, linguagem acessível, entrevista às pessoas seleccionadas, o tratamento e preservação do material recolhido e a divulgação do mesmo ao restante grupo. Ao abordar o papel do ensaio e do ensaiador, destacou-se que os ensaios são, como o próprio nome indica, um momento de preparação onde deverá reinar a ordem, a organização, a alegria, o diálogo e à aprendizagem. O ensaiador deverá ter o conhe-


CULTURA

cimento profundo das danças e músicas, tendo como função explicá-las aos seus elementos de forma detalhada, pois tudo o que um elemento de um rancho folclórico faz enquanto enverga o seu traje é para o engrandecimento ou desvirtualização de todo um trabalho realizado por um grupo. A organização de um festival de folclore é das iniciativas realizadas pelos ranchos folclóricos que mais pessoas envolvem e que mais preocupação dá aos seus elementos. A boa recepção dos grupos e entidades convidadas, as condições necessárias para a demonstração do folclore e o bem-estar dos grupos e público são preocupações e esforço que requerem a participação de todos. É necessário que haja um trabalho de equipa e o apoio de todas as entidades oficiais do País pois o folclore não é uma arte menor, mas sim uma arte distintiva.

Após as eleições dos novos corpos sociais, o Rancho Folclórico de S. Guilherme recomeçou a sua actividade normal, com o reinício dos ensaios e das actuações, tendo já efectuado uma actuação no passado domingo. No passado dia 22 estava agendada uma outra actuação em Caldelas, Caranguejeira, nas festas religiosas daquela localidade. Perspectiva-se um ano cheio de actuações com base nos contactos recebidos. Está já marcado o Festival de Folclore e a data da comemoração do 41.º aniversário, estando ainda por definir os respectivos programas. Fazemos um convite a toda a população que gosta de folclore que se pretenderem pertencer a esta família que as nossas portas estão sempre abertas a novos elementos! A direcção do rancho

Rancho Folclórico de S. Guilherme

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OPINIÃO

História das Histórias

A Capela da Senhora do Rosário

Domingos Marques Esta capela, da evocação da Virgem Santíssima do Rosário, está junto à Quinta do Salgueiro, nos limites da povoação de Gordaria, e não faz parte do equipamento religioso da Paróquia por ter sido

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privada e actualmente ser de uma entidade pública. Esteve sempre aberta ao culto católico e foi sempre muito estimada e a imagem venerada pelos moradores das povoações vizinhas. De acordo com as “notícias do Cura João Pedro”, no inquérito de âmbito nacional promovido pelo secretário de Estado dos Negócios do Reino e datado de 7 de Abril de 1758, esta capela pertencia ao padre Jorge Pereira, dono da referida quinta. Mas, por volta do ano de 1836, a quinta e provavelmente a capela pertencia ao tenente de Engenharia Francisco José Cleto Pereira de Vasconcelos e de sua mulher Joana Cândida de Faria, possivelmente avós do referido

padre Jorge. (O pai do padre Jorge chamava-se José Pereira, como se pode ler no seu túmulo). Por morte destes, os bens passaram para a sua filha Maria Benedita de Faria Pereira de Vasconcelos que casou com Manuel José de Pinho Soares de Albergaria, também conhecido por Barão do Salgueiro, cujo título lhe foi concedido pelo Rei D. Luís, conforme consta no Decreto de 17 de Dezembro de 1864. Por morte do Barão Manuel, a Quinta do Salgueiro e a capela passaram a ser um bem do seu filho José, (José de Faria Pinho e Vasconcelos Soares de Albergaria), 2.º Barão do Salgueiro, conforme decreto de 1868, que casou com D. Luísa da Silva Ataíde. Faleceu em


OPINIÃO Leiria no dia 16 de Julho de 1915. O casal não teve filhos mas perfilhou um menino de nome Afonso, (Luis Afonso Soares de Albergaria e Almeida), filho da sua criada Maria da Conceição Neves que não soube administrar os bens que foram dos seus amos, destroçando - os e, finalmente, a quinta foi vendida a quatro homens da terra. A capela é uma construção em pedra, do século XVIII (1727), com dois compartimentos, onde se situa a nave com o seu altar e sacristia. Nas paredes laterais e nos tectos podem observar-se os “frescos”. Na abóbada está a pintura da Senhora do Rosário. Nesta sacristia existiu um lavabo em pedra que roubaram por volta do ano de 1999/2000. No pavimento estão os túmulos, em pedra, dos padres Jorge Pereira, falecido em 1761, e Manuel, falecido no ano de 1744.

Os túmulos têm as seguintes epigrafias latinas gravadas na pedra e que são:EMMANUEL PRESBYTER QUI AD REQUIEM HUNC L OCUM ELEGI HIC E X P E C T O D O N E C V E N I AT MU TATIO MEA MISER EMINI MEI SALTEM VOS AMICI MEI P.N. A.M. TERTIO KALENDAS JANUARIAS MDCCXLIV. A tradução é esta: “Sou o padre Manuel que escolhi este lugar para meu repouso e aqui estou esperando até que venha a minha ressurreição. Tende compaixão de mim ao menos vós que sois meus amigos, rezando o Pai Nosso e a Avé Maria. 30 de Dezembro de 1744 (tertio kalendas Januarias)”. CONDITUR HOC TUMULO R. P. GEORGIUS PEREYRA OBIIT IN NON DECEMBER ANNO DOMINI MCC LXI AETATIS SUAE XLII MISEREMINI MEI QUIA MANUS DOMINI TETIGIT ME JOB.21 JOSEPHUS PRª CARRISSIMO

F I L IO M A E S T IS S I M US P O SUIT. Estas palavras significam o seguinte: “Neste túmulo está sepultado o reverendo padre Jorge Pereira que morreu no dia 5 de Dezembro no ano do Senhor de 1761 aos 42 anos de idade. Tende compaixão de mim porque a mão do senhor me feriu JOB 21. José Pereira, o mais triste (dos pais), dedicou (este túmulo) ao mais querido (dos filhos)”. Para além destas inscrições e por cima do altar está a legenda JESUS MARIA E JOZE. Junto à pintura da Senhora do Rosário, na abóbada, está a legenda TOTA PULCRA EST MARIA. No exterior, por cima do painel do pórtico de entrada, pode ler-se PELAS ALMAS. A dita capela tem campanário para sino mas este é apenas aí montado em dia de festa.

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ENSINO

Carnaval

Do vocábulo à história

António dos Reis Oliveira * “Carrum Navalis”, carros navais que faziam a abertura dos jogos dionísios gregos nos séculos VII e VI a.C. poderá ter sido a origem da palavra carnaval. No entanto, a teoria mais credível da origem do vocábulo terá ocorrido quando Gregório I deu o título de “dominica ad carne levandas”, expressão que teria sucessivamente sofrido transformações passando por “carne levandas”, “carne levale” e carnaval, ao sétimo domingo que antecede a Páscoa que em tradução livre significa “carne vale”. Este período alargou-se, posteriormente, não só ao domingo, como à segunda e terça-feira que antecede o período da quaresma. Nestes três dias, em oposição ao período seguinte, era não só permitido o consumo da carne como de outros excessos. A celebração do carnaval tem, provavelmente, a sua origem nas festas pagãs, como as que se realizavam em honra de baco, deus do vinho, na Grécia, (os dionísiacos) nas saturnais romanas, (Saturno deus da agricultura) ou mesmo nas que tinham lugar em honra do boi Ápis e da deusa Isis no Egipto, com a criação dos cultos agrários. Terá sido mesmo no Egipto entre o IV milénio e o século VII a. C. o primeiro núcleo de comemoração do carnaval quando a população, organizada por “nomos”, os verdadeiros

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criadores da agricultura, dançava e cantava em torno de fogueiras incorporando nos festejos máscaras para enfrentar as forças negativas que prejudicavam o plantio. O segundo núcleo de comemoração, entre os séculos VII a.C. e VI depois de Cristo, o carnaval pagão localizou-se em Roma e na Grécia, onde a sociedade, já organizada em castas hierarquizadas, a nobreza, o campesinato e os escravos, manifestava as suas libertinagens com sexo, bebidas e orgias, como necessidade de válvulas de escape. O carnaval cristão, séc.VI a XVIII, desenvolveu-se a partir do ano de 590, no em que a Igreja Católica, pelo Papa Gregório I, regulamenta as datas de carnaval e cria a expressão “dominica ad carne levandas”. A marcação das datas de carnaval obedeceu às regras que determinam a Páscoa dos católicos, indo de 5 de Fevereiro a 3 de Março, sendo o domingo de carnaval o sétimo domingo que antecede o domingo de Páscoa. Nesta fase, o terceiro pólo de excelência do carnaval fixou-se nas cidades de Nice, Roma e Veneza. Embora o cristianismo tentasse dar às festas pagãs um ar mais sério porque, segundo os teólogos da Igreja, estas comemorações constituíam actos libertinos e pecaminosos, os festejos, com toda a sua exuberância, actos e ritos cómicos, continuavam a ocupar um lugar muito importante no homem medieval, pelo que a igreja, paulatinamente, começou a dar sinais de tolerância. O próprio Papa Paulo II estimula os festejos de carnaval com a promoção de corridas de cavalos, anões, corcundas, lançamentos de ovos, o aparecimento de peças de teatro e mesmo as disputas nos ringues.

Neste período dão entrada os primeiros carros alegóricos. No renascimento, período do antropocentrismo e humanismo, as manifestações de carnaval eram levadas ao climax: “Papas, cardeais, monges, diabos cortesãos, arlequins e magistrados todos se misturavam numa multidão promíscua”. Neste período da história, o povo cantava e dançava nas ruas, os homens vestiam-se de mulheres e vice-versa outros ainda, trajavam-se de padres, de diabos, de bobos e animais. O facto de homens, mulheres e crianças estarem permanentemente mascarados veio a estimular o crime, o que levou à proibição do uso de máscaras, restringindo-o exclusivamente aos três dias de carnaval. Paralelamente às diversões, havia o consumo maciço de carne, panquecas, atingindo o auge na terça-feira gorda, com as bebidas a correrem velozmente nas gargantas. O carnaval nesta época era visto como uma peça imensa em que as principais ruas e praças se convertiam em palcos onde os habitantes eram ao mesmo tempo actores e espectadores. O ca r nava l contemporâ neo (séculos XVIII ao XX) cria um modelo com o aparecimento da industrialização e deixa de ser a festa da cidade, sem paredes, para passar a ser um desfile, um espectáculo, onde há actores e espectadores. Nestes espectáculos é privilegiado o lúdico, o sentimento, a ironia em relação à ordem nacional. O centro do carnaval transferiu-se para o novo mundo, especialmente o Brasil. Rio de Janeiro, por excelência, Veneza e Nice são exemplos maiores de espectáculos carnavalescos para uma plateia que paga. * Professor


ROTA DOS RESTAURANTES

A gastronomia do restaurante “A Serra” Foi há cerca de 21 anos que José Gonçalves, natural da Loureira, e a sua mulher Laurinda Antunes, iniciaram a actividade na área da restauração. “Éramos emigrantes e decidimos abrir um café com jogos onde chegámos também a servir petiscos. Como não havia nenhum café na zona, vinha muita gente para cá e tornou-se cansativo. Foi então que procurámos algo mais calmo e fizemos o restaurante”, refere Laurinda Antunes, proprietária e simultaneamente cozinheira deste restaurante. Foi “a trabalhar e a provar” que Laurinda Antunes se foi especializando como mestre de cozinha e passados estes anos o resultado salta à vista: são várias as especialidades do restaurante “A Serra”. O bacalhau com natas, o bacalhau assado com migas, o arroz de marisco, a espetada à Serra e o cabrito são as principais atracções dos clientes. Contudo, a ementa oferece “muitas mais especialidades”, referem os proprietários. Para além destas ofertas, o restaurante “A Serra” também serve os “mini-pratos” de que são exemplo as refeições diárias. Para além das próprias refei-

ções, também as sobremesas são uma verdadeira aposta desta casa, sendo pouco comuns mas de fazer crescer água na boca: doce de manga, surpresa de morango e mousse bicolor (de chocolate e avelã) são algumas das apetecíveis sugestões. Refira-se que no restaurante “A Serra” a confecção é feita em família uma vez que é a filha do casal a responsável pelas sobremesas tão originais. José Gonçalves é o responsável pela garrafeira pois tem um espe-

cial fascínio pelo conhecimento dos vinhos e gosta de aconselhar bem o cliente. Passadas duas décadas os proprietários fazem o balanço: “no inicio tínhamos mais movimento porque éramos o único restaurante na zona. Mas agora há mais restaurantes e por isso temos menos movimento o que, por outro lado, nos dá a possibilidade de fazer os pratos mais calmamente”. Recentemente “remodelámos as salas para as tornar mais acolhedoras. Há vinte anos que estava tudo igual”, refere a proprietária que demonstra uma constante preocupação em agradar ao cliente. Neste momento a capacidade do restaurante “A Serra” é de 150 lugares. Sempre à procura de surpreender o cliente o espaço costuma preparar uma noite especial no dia de São Valentim. “Temos sempre uma festa bonita e romântica, que atrai muita gente. No final sorteamos um jantar”, referem os proprietários. Além do restaurante existe também um café e uma residencial com 16 quartos. O restaurante encerra à segunda-feira.

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DESPORTO

Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo

A Câmara Municipal de Leiria vai celebrar um contratoprograma com a União Desportiva da Serra no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo Desportivo. A iniciativa, que visa apoiar infra-estruturas, prevê a transferência de uma verba de 204 mil euros para aquela colectividade, valor destinado à construção de uma piscina coberta. A construção desta estrutura é um desejo antigo da União Desportiva da Serra. Jaime Silva, presidente do clube, afirmou na edição de Julho de 2002 da VOZ DA SERRA que era um “erro” as pessoas da freguesia terem de ir praticar natação à Caranguejeira, Ourém ou a outras localidades. A construção da piscina é mais uma estrutura que a colectividade quer ver instalada na zona desportiva da freguesia. Além da União Desportiva da Serra, a Câmara Municipal de Leiria contemplou mais sete clubes do concelho com verbas para o desenvolvimento de infra-estruturas desportivas.

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Câmara apoia construção de piscinas


DESPORTO

Passeio Todo-o-Terreno

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Emoções ao rubro

Nos dias 5 e 6 de Março, a União Desportiva da Serra promove a sétima edição do passeio todo-oterreno. A iniciativa arranca dia 5, às 20h30, com a concentração dos veículos 4x4 na sede da União Desportiva da Serra, seguindose, meia hora depois, a partida dos veículos. Nesse dia, pelas 23 horas, está programado um aperitivo e à meia-noite a realização da ceia marca o fim do primeiro dia da sétima edição deste passeio todo-o-terreno. Já no dia 6, sábado, logo pela manhã, às 8 horas, está prevista a concentração dos participantes, uma vez mais na sede da União

Desportiva da Serra, fazendo-se a partida meia hora depois. O programa é interrompido pelas 11 horas, momento em que a organização serve um aperitivo aos participantes. Ao meio-dia é o almoço. O passeio recomeça às 14 horas, esperando-se pelas 16h30 um dos momentos mais aguardados da iniciativa: a chegada ao supertrial. O VII passeio da União Desportiva da Serra termina com o jantar, pelas 20h30. As inscrições para esta iniciativa de todo-o-terreno devem ser feitas até dia 2 de Março para os

números de telemóvel 917515338 e 917618926 ou para a União Desportiva da Serra 244741624 (telefone) e 244741344 (fax). A taxa de inscrição para veículos 4X4 com duas pessoas é de 70 euros, os acompanhantes pagam 30 euros e os condutores de motos e quad’s pagam à organização também 30 euros. De acordo com a organização do evento, esta é uma oportunidade para os participantes poderem apreciar a paisagem da freguesia, em locais normalmente inacessíveis. Além disto, é prometido aos participantes saborear a gastronomia regional.

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DESPORTO

Divisão de Honra de futebol de 11

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U. Serra ainda com esperança

Em frente na Taça A U. Serra apurou-se para as

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meias-finais da Taça Distrito de Leiria, depois de ter goleado o Almagreira por 0-7. Juntamente com a equipa de

Santa Catarina da Serra, continuam na competição Nazarenos, Atouguiense e Vidreiros.

Divisão de Honra

GOLOS

0 0 0 0 0 1 0 PONTOS

EMPATES

Sp. Estrada Óbidos Fig. Vinhos Praia Vieira Avelarense Marrazes Vidreiros DERROTAS

2 1 4 3 2 2 0

JOGOS

19ª jornada Chão de Couce ARCUDA Vieirense Ansião Nazarenos Juncalense Bombarralense

VITÓRIAS

Apesa r da i r reg u la r idade demonstrada na corrente época, em que ganha mais fora do que em casa, a União da Serra continua na luta pelo primeiro lugar da divisão de Honra de Leiria. A equipa comandada por Fernando Mateus está a oito pontos do primeiro lugar, mas tem menos um jogo disputado que o líder Nazarenos. Com a sucessão de pontos perdidos pelos dois da frente – Nazarenos e Sp. Estrada têm alternado no comando de jornada para jornada – a equipa de Santa Catarina da Serra pode ainda almejar atacar o primeiro lugar na recta final do campeonato. Na próxima jornada, a União da Serra joga com o Óbidos, uma das equipas da frente do campeonato da divisão de Honra.

1.Nazarenos 18 11 5 2 32-9 38 2.Sp. Estrada 18 11 3 4 34-16 36 3.Vieirense 17 9 6 2 23-9 33 4.U. Serra 17 9 3 5 35-13 30 5.Óbidos 18 8 4 6 26-22 28 6.Ansião 17 7 4 6 25-18 25 7.ARCUDA 17 7 4 6 16-18 25 8.Vidreiros 18 7 4 7 20-22 25 9.Juncalense 18 7 4 7 19-26 25 10.Fig. Vinhos 18 5 5 8 21-33 20 11.Avelarense 18 3 8 7 17-25 17 12.Bombarralense 18 3 8 7 15-26 17 13.Praia Vieira 18 4 5 9 23-41 17 14.Chão Couce 18 4 3 11 15-25 15 15.Marrazes 18 4 2 12 11-29 14

20ª jornada Óbidos Fig. Vinhos Praia Vieira Avelarense Marrazes Vidreiros Bombarralense

U. Serra ARCUDA Vieirense Ansião Nazarenos Juncalense Chão Couce

Marcadores U. Serra Xuxa .............................................................9 Adérito..........................................................7 Rui Pereira ...................................................5 Cação, David ...............................................4 Parracho ......................................................3 Moura ...........................................................2 Menino, Paulão, Neto, Norberto, Mota .......1


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