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Esta revista é um suplemento local que integra a edição nº 3577, de 7 de OUTUBRO de 2005, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Licenciados sem emprego não desistem Pág.s 4 a 5

Lúcia Neves ensina enfermagem Pág.s 8 a 9

União Desportiva da Serra

Parque desportivo inaugurado

Pág.s10 a 11



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Serra FÓRUM FICHA TÉCNICA DIRECTOR Francisco Rebelo dos Santos

ÍNDICE Licenciados desempregados lutam pelo emprego ........................4 a 5 Seca afecta agricultura .............. 6

DIRECTOR-EXECUTIVO Pedro Costa

Made in Serra: Lúcia Neves ensina enfermagem ..........................8 a 9

CONSELHO DINAMIZADOR David Vieira Fausto Neves Jaime Silva Joaquim Rodrigues Jorge Primitivo José Augusto Antunes José Carlos Rodrigues

União Desportiva da Serra estreia novo equipamento desportivo... 10

TEXTOS Amândio Santos e Sónia Gomes FOTOGRAFIA Arquivo do REGIÃO DE LEIRIA, Amândio Santos e Sónia Gomes PAGINAÇÃO Departamento Gráfico do REGIÃO DE LEIRIA PUBLICIDADE Lídia Órfão Tereso PATROCINADORES PERMANENTES LubriFátima Maia – A. Ferreira das Neves Herdeiros, Lda. Lena Construções JRP Jorge Gameiro Fluxoterm Clinifátima Soalho’s Construções J.J.R. & Filhos, S.A.

IMPRESSÃO Mirandela SA TIRAGEM 2.500 exemplares

Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3577, de 7 de Outubro de 2005, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Automóveis antigos com salão de exposição ................................. 11 António Gonçalves conta a história de uma vida .................... 12 a 13 PIM ensina música ................... 15 Empresa apoia clube de atletismo em Fátima ................................ 16 Sapataria abre em Pedrome ..... 17 Vida Escolar .................... 19 a 21 Desporto .................................. 23

Participe A sua opinião conta. A VOZ DA SERRA tem em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, agora existe um local onde pode deixar as sugestões de assuntos que gostaria de ver abordados, textos para publicação, pagamento de assinaturas e entrega de publicidade. A interactividade com o leitor é uma das nossas preocupações. Ajude-nos, participando. Dependendo da disponibilidade gráfica ou da pertinência noticiosa, a sua participação encontrará eco na VOZ DA SERRA e/ou REGIÃO DE LEIRIA.

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Serra

Novo ciclo a mesma voz A edição da Revista VOZ DA SERRA que agora lhe chega às mãos é o resultado de um esforço de renovação que a partir de agora começa a tomar forma. Novas secções e acrescidas preocupações de reforço da proximidade e interacção com os leitores da nossa freguesia, são os principais objectivos desta renovação. Assim, já nesta edição, pode constatar que surgem novos espaços que representam um novo olhar pelo dinamismo de Santa Catarina da Serra, das suas gentes e instituições. A “Vida Associativa” encontra eco numa secção que pretende reforçar o acompanhamento das actividades das várias associações da freguesia. Da mesma forma, a presente edição inaugura ainda o espaço “Made in Serra”. Refere-se a pessoas que nasceram na freguesia e que alcançaram o êxito fora da sua terra. Surge ainda o espaço “Avós da Serra”, uma secção em que um idoso da freguesia descreve, em discurso directo, experiências marcantes de toda a sua vida. Outras secções marcam presença nesta edição, do mesmo modo que novos espaços vão marcar presença em futuras edições.

Rectificação: Ao contrário do que foi avançado na última edição da Voz da Serra, o jipe dos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina da Serra, não foi adquirido pela última direcção, mas sim pela actual. Aos visados e aos leitores, as nossas desculpas pelo lapso.

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Serra ABERTURA

À beira de um ataque de nervos É desta forma que se encontram alguns licenciados que, depois de terminarem os seus cursos, não conseguem encontrar emprego na área com que sempre sonharam. A VOZ DA SERRA foi conhecer alguns

casos, de verdadeiros lutadores, que apesar de não encontrarem uma colocação correspondente às suas habilitações, não baixaram os braços e continuam a lutar para arranjar um trabalho que os realize.

A paixão pelos números…

Célia Ferreira, actualmente a residir na Barreiria, licenciada em ensino da Matemática pela Universidade de Lisboa, há já três anos, ainda não conseguiu colocação em nenhuma escola. Contudo, foi apenas no primeiro ano que concorreu para o ensino estatal. O facto de terem ficado mais de 1000 pessoas à sua frente, e as oportunidades que depois surgiram fizeram-na desistir de concorrer aos

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concursos nacionais. Ou seja, não baixou os braços. Passou a entregar currículos em colégios privados, chegando mesmo a ser chamada para leccionar em dois. Contudo, o facto de ser em regime de substituição, ou seja, com tempo limitado e sem garantias em termos de futuro, fe-la recusar os convites. Arranjou, no entanto, uma “solução quase milagrosa” para compensar os cinco anos de esforço: dedicou-se às explicações. “Foi uma situação que foi surgindo, porque já quando estudava, quando vinha aos fins-de-semana, dava explicações na minha terra. Depois quando acabei o curso continuei com esses explicandos, fiz uns panfletos que afixei nos cafés e comecei a receber chamadas”, revela. “Tive ainda um outro truque: entreguei o currículo em centros de explicações e resultou”, conta a Célia. A prova desta solução é o facto de no ano passado esta “combatente” ter leccionado em três centros, com o horário preenchido. Este ano lectivo, o horário da Célia está quase preenchido mas esta professora assegura que continua aberta à possibilidade de ajudar jovens com dificuldades em matemática. E garante também que: “não estou arrependida do curso que tirei. Hoje ainda tirava o mesmo curso porque gosto do que faço”. Célia Ferreira não quer terminar o seu testemunho sem deixar uma mensagem aos licenciados: “Nunca, mas nunca desanimar, porque há sempre uma alternativa. O importante é fazer algo de que gostemos e que nos realize”.


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Serra ABERTURA

(In)oportunidade de Comunicar …

Rita Neves, do Vale Tacão, é outro exemplo de quem tirou um curso e não consegue exercer funções na área para a qual está preparada. Depois de cinco anos a estudar na Guarda a tirar uma licenciatura em Comunicação e Relações Públicas, Rita começou uma verdadeira batalha a enviar currículos para as empresas. “Algumas empresas não responderam, outras ainda responderam mas negativamente”. Mais tarde surgiu uma oportunidade de trabalhar como Auxiliar

de Acção Educativa num colégio em Leiria e Rita Neves aceitou. Aí travou conhecimento com um jornalista que lhe ofereceu a possibilidade de colaborar em regime de voluntariado com um jornal. Contudo, a situação de jornalista acabou por ser temporária e neste momento Rita trabalha apenas no colégio. Apesar de já ter terminado o curso há dois anos e de nunca ter exercido funções na área, garante “sintome preparada e com vontade de trabalhar”. Quanto às áreas em que gostaria de laborar, esta especialista da comunicação confessa que “sempre tive um grande fascínio pelo jornalismo. E apesar de não ser muito habitual, gostava de fazer jornalismo desportivo. Ou então relações públicas, que é uma área onde se pode fazer imensas coisas.” Rita diz, no entanto, que “há dias em que me sinto triste, mais desanimada porque vejo que o esforço que eu fiz e que os meus pais fizeram, actualmente não está a ser recompensado. Mas tenho esperança que venha a ser” e prossegue afirmando que “não desisto, sou muito teimosa, estou a pensar voltar à carga, a enviar currículos e tirar um curso de formação para ver se consigo entrar na área”. E a mensagem final é: “Não desistam. O nosso dia háde chegar”. Rita conclui que “há muita falta de comunicação em todo o lado: empresas e instituições”. Pode ser que um dia a Rita seja chamada a solucionar este problema.

A esperança na biotecnologia … Iliana Pereira, residente na Loureira, licenciada em Engenharia Biotecnológica pela Universidade do Algarve, preparada para trabalhar em diversas áreas tais como o ramo da biologia, bio-quimicas, indústria alimentar, indústria farmacêutica, é mais um caso de uma licenciada desempregada. Terminou o curso em Dezembro de 2004 e a partir daí foi o habitual ritual de enviar currículos, inscrever-se no Centro de Emprego e esperar que a oportunidade surgisse. E acabou por surgir… mas num trabalho temporário como recepcionista. Contudo, como não desiste, recebeu actualmente um convite da sua coordenadora de estágio para ir para Lisboa dar apoio a um projecto na área da micro-biologia. Iliana refere que “a concretização não é total porque a situação é temporária e sei que depois tenho que voltar ao processo da procura de emprego. Todavia, no que diz respeito à área, a satisfação é plena, porque é muito interessante e da qual gosto muito”. Iliana deixa também uma mensagem de esperança para aqueles que se encontram

na mesma situação: “Não percam a esperança. Mais tarde ou mais cedo irá surgir sempre alguma coisa”.

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Serra ACTUALIDADE

Seca afecta produção agrícola Depois de um Inverno sem chuva e de um Verão quente, a agricultura foi uma das actividades que acabou por sofrer as consequências das “partidas” da natureza. A VOZ DA SERRA foi falar com Francisco Neves, agricultor há mais de 60 anos, para saber quais as verdadeiras consequências da seca na agricultura praticada em Santa Catarina da Serra. Este agricultor afirma que “na nossa situação a maduração e produção da vinha foi má. As sementeiras de trigo e aveia foram prejudicadas e o milho foi miúdo, porque foi criado sem água.” Já em relação ao azeite, cuja colheita se aproxima, este entendido na matéria refere que “a produção vai ser pouca e é natural que suba muito o preço”.

O gosto pela agricultura… Este agricultor afirma que apesar de já ter sido carpinteiro e moleiro, dedicou-se sempre à agricultura nos seus tempos livres. Desde novo que sabe as lides desta profissão. “Aos 10 anos já pegava na enchada”, afirma. E prossegue contando que não se arrepende de ter escolhido “a pior profissão que há”. Foi dos primeiros a investir em maquinaria. Comprou o primeiro tractor há cerca de 40 anos, quando se

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casou e foi residir para a Barreiria. “Foi uma novidade naquele tempo”, admite. “Mas no início havia uma certa oposição dos faniqueiros, que trabalhavam com os bois”. Contudo até estes se renderam à novidade do tractor. Francisco Neves admite, agora, que investiu muito em “ferro velho”, ou seja, nas suas máquinas agrícolas. Mas como conta “aqui há 30 ou 40 anos trabalhavase muito. Era de dia e de noite.” Agora abrandou o ritmo e conta que trabalha só para si e para os amigos.

As perspectivas de um futuro pior… Para este agricultor, o futuro da agricultura não está garantido sobretudo por dois motivos: “não sei como vai ser porque o pessoal novo não quer fazer. Não acho que a mocidade vá pegar na agricultura. É uma profissão que não dá rendimento e com a seca pior ainda”, confessa. Por outro lado, existe ainda a ameaça dos produtos estrangeiros, sobretudo os espanhóis, que são vendidos a um preço mais baixo. Mas acima de tudo fica a garantia de que este agricultor não se arrependeu de se dedicar durante toda a sua vida a uma profissão que nem sempre é reconhecida.



“Made in Serra”

Lúcia Neves: Professora do Ensino Superior Lúcia Gonçalves das Neves nasceu na freguesia de Santa Catarina da Serra há 46 anos. Muito nova, ainda criança, deixou a sua aldeia natal para poder seguir os estudos. Os estudos que seguiu correram de tal forma bem que hoje dedica a sua vida a ensinar a jovens estudantes tudo o que foi aprendendo sobre a sua profissão. Nesta entrevista, entre outras coisas, recorda com muita nostalgia a sua infância e expressa o desejo de que a Vila de Santa Catarina saiba realmente crescer…


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Serra MADE IN SERRA Qual a profissão que exerce? Sou Enfermeira e estou no ramo do Ensino: sou Professora de Enfermagem. Em que instituição e em que cidade? Dou aulas na Escola Superior de Enfermagem da Imaculada Conceição e na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto. Qual o seu percurso académico? Terminei o Curso Geral de Enfermagem (de três anos, na altura) em Agosto de 1980, tendo de seguida trabalhado um ano no Hospital de Tomar e dois anos no de Leiria. Posteriormente fui convidada para trabalhar na Escola onde me formei e aí iniciei o meu percurso de Docente em 29 de Agosto de 1983, até à data actual. Em 1989 terminei o Curso de Especialização em Enfermagem de Reabilitação (dois anos), ficando com a equivalência à Licenciatura; em 1995 terminei o Curso de Pedagogia Aplicada ao Ensino de Enfermagem (um ano) e em 1998 terminei o Mestrado em Ciências de Enfermagem (dois anos), na Universidade do Porto. Actualmente, desde 5 de Maio do corrente ano, estou a frequentar o Doutoramento em Enfermagem, na Universidade Católica Portuguesa. Tem alguma actividade para além da profissional? A par desta formação académica e prof issional, tenho feito outra formação paralela em “Psicopedagogia do Crescimento da Pessoa” e é nesse âmbito que sou Formadora, há quatro anos, de uma “Associação para a Formação e Desenvolvimento Pessoal” - Novahumanitas, com sede em Lisboa, que alguns de Santa Catarina, felizmente, já conhecem. Devo dizer ainda que quando

vim fazer o Curso básico de Enfermagem, também fiz um Curso de Catequista, aos sábados, igualmente de três anos. E é claro que sou Catequista desde aí. Actualmente faço Catequese de Adolescentes na minha Paróquia, onde resido. Para mim tem sido uma actividade muito gratificante. Viveu na freguesia até que idade? Vivi na Freguesia de Santa Catarina da Serra até aos nove anos de idade, altura em que saí para estudar no Colégio da Bonança, em Gaia, onde tinha uma tia religiosa. Saindo bastante nova da sua terra, que recordações lhe ocorrem quando se lembra desse tempo? Quando recordo o tempo em que vivi no Vale-Tacão, ainda sinto a alegria dos cachopos em algazarra a sairmos da Escola, o cheirinho do forno da minha mãe ao aproximar-me de casa com os meus irmãos, as libérrimas correrias pelos campos, os moinhos de casca de eucalipto a zunirem nas minhas mãos por aqueles pinhais e carreiros fora, o gri-gri-gri da caça aos grilos no cabeço!... Enfim, só coisas boas! E a Colónia de Férias no Pedrógão, com os colegas todos da catequese?! Imparáveis! Frenéticos!... Inesquecível.

nessa nova realidade? Gostaria de dizer aos estudantes da nossa Freguesia, que ingressaram agora na Universidade, que lá onde estiverem, continuem a ser o “orgulho” da nossa terra!... Que nunca se esqueçam dos valores que aí receberam, como a humildade, o altruismo, a solidariedade, a fé. Não é o título de doutor que dá dignidade à pessoa mas sim a prática desses valores!... Em poucas palavras, como def ines a Vil a de Santa Catarina? Santa Catarina é uma vila pequena mas cheia de encanto. É vida, é dinamismo, é progresso... É muito bom que não tenha estagnado mas é prudente que se alerte para evitar os males do “progressismo” que o não é... Gostarias de enviar cumprimentos a alguém? Gostaria de enviar um abraço muito grato e carinhoso à minha mãe (Maria de Jesus Gonçalves). Beijinhos aos meus 10 irmãos, aos meus 16 sobrinhos, cunhados, restantes familiares, amigos e conhecidos. Ao nosso querido pároco Padre Mário, uma saudação especial e um obrigado por tudo o que tem feito pelas pessoas e pela Paróquia de Santa Catarina da Serra…

Com que regularidade regressa à nossa terra? Vou à nossa Terra com frequência. Sempre que posso. Sinto-me de lá. Pensa um dia regressar e voltar a residir em Santa Catarina da Serra? Vo lt a r a r e s i d i r e m S a nt a Catarina da Serra? Não sei. Quem sabe? Por enquanto, não. Sendo professora do Ensino Superior que mensagem deixa aos alunos que entraram agora

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União da Serra apresenta novas infra-estruturas

Na UDS “o futuro já começou…” A União Desportiva da Serra inaugurou no dia 28 de Agosto, as novas instalações do seu parque desportivo. A cerimónia que começou com a actuação do Rancho Folclórico de São Guilherme contou com as presenças do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, da presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, acompanhada por alguns vereadores, e de um representante do governador civil de Leiria, de Domingos Marques, entre outras individualidades igualmente convidadas. Jaime Silva é o presidente do clube há quatro anos, e nesta cerimónia mostrava-se visivelmente satisfeito. No discurso que proferiu fez questão de frisar a importância deste parque para a população da freguesia e de

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salientar os muitos apoios com que o clube contou para a realização desta obra, orçamentada em mais de dois milhões de euros. Num dia que considerou “histórico para este clube” foram inaugurados, com direito a benção religiosa, um pavilhão multiusos e um campo em relva sintética. Foi inaugurado também um pavilhão de exposições e sede do Clube de Automóveis Antigos. Procedeu-se igualmente ao lançamento da primeira pedra do tanque de aprendizagem. Este responsável fez questão de lembrar que mais obras estão a ser feitas, salientando os trabalhos que estão a ser realizados no campo principal, com a colocação quase terminada de um relvado sintético. O Presidente da Junta, Domingos Marques discursou agradecendo a todos os que permitiram que este “sonho se tenha tornado uma realidade.” Segundo a Isabel Damasceno, o parque desportivo agora inaugurado é a “melhor zona desportiva do concelho e uma das melhores da região.” Salientou também a importância destas infra-estruturas que são “fundamentais para as mais de 600 crianças que frequentam a EB 123 de Santa Catarina.” Já o Secretário de Estado Laurentino Dias salientou no seu discurso o apreço e admiração pela forma como este clube tem sido gerido “dispensando um dia de glória por muitos dias de satisfação para os seus associados”. Após os discursos e o descerrar das lápides comemorativas, a tarde prolongou-se com almoço e muito convívio.


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Serra VIDA ASSOCIATIVA

“Hoje celebramos muitas alegrias” “Há quatro anos começámos este caminho, tomámos novas decisões, muitas vezes indo pelo caminho mais lento mas sem dúvida o mais prudente, sacrificando as subidas de divisão aos nacionais, pela ausência de condições, não satisfazendo a alegria dos sócios, mas mantendo a serenidade e o equilíbrio fundamental para um desenvolvimento consolidado. Assim aqui chegámos, chamando parceiros empresariais e institucionais. Partilhando com eles a visão e incentivando a participação. Hoje celebramos muitas alegrias: a longevidade, as muitas vitórias alcançadas e as pessoas que se deram diariamente para que esta instituição fosse possível, e a alegria de uma obra realizada…” (excerto do discurso de abertura da cerimónia)

Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra

Automóveis antigos com salão de exposições novo Durante a inauguração das Infra-estruturas da UDS, foi também inaugurado o salão de exposições e sede do Clube de Automóveis Antigos de Santa Catarina da Serra. O clube, fundado há apenas dois anos e meio, conta já com mais 60 sócios, e espera poder aumentar este número, já que, como salienta o presidente do clube, não é preciso ter um automóvel antigo para poder fazer parte deste clube. Além disso, estão a ser celebrados acordos com algumas empresas para conseguir vantagens para os sócios principalmente ao nível dos combustíveis, comunicações móveis e seguros. O actual presidente é Adelino Rodrigues. Este amante de automóveis em 40 anos e está profissionalmente ligado a este ramo. Além de sócio fundador, foi vice-presidente da primeira direcção da associação. Segundo este responsável, todos os automóveis antigos dos sócios do clube estão “para as curvas” incluindo a maior relíquia do clube que é um Ford T de 1913. (na foto) Como actividades a associação tem promovido alguns passeios dos carros antigos, sendo que o mais longo levou os participantes durante dois dias até à Serra do Caramulo. Para os próximos dias 15 e 16 de Outubro este clube está a organizar um passeio até à Herdade do Esporão, que inclui visitas a museus e outros pontos de interesse. Neste passeio prevê-se que cada automóvel percorra mais de 500 quilómetros.

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Serra AVÓS DA SERRA

António Gonçalves

“Em doze anos de junta nunca arranjei um inimigo…” Nasci no dia 9 de Outubro de 1913 aqui no Ulmeiro. Quando era criança brincava muito aqui na fonte. Tínhamos umas motas de pau, que nós fazíamos com a ajuda do Primitivo. Uma vez cortei um eucalipto ao meu padrinho para fazer um guiador para uma mota. O meu pai obrigou-me a ir falar com ele para lhe pagar, mas não foi preciso porque era meu padrinho. Tive sorte… Uma vez pedi uma bicicleta ao meu pai e ele disse que não me dava porque eu não sabia andar. Eu disse-lhe que sabia, mas quando lhe tentei mostrar, a minha mota de pau embicou e eu caí. Ele viu e disse que não me dava a bicicleta porque eu não sabia andar. Nunca caía, só caí daquela vez. Fiquei tão triste…

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Durante algum tempo depois de vir da tropa fui convidado para ser cabo de ordens. Tive que tratar de casos bem difíceis, já que nessa altura um homem aqui do Ulmeiro matou a mulher e atirou-a para dentro de um poço. Depois disse que ela tinha caído. A polícia veio e descobriu-se a verdade. Passado pouco tempo descobrimos que ele violava uma filha dele de 10 anos. Foi para a prisão, lá continuou a armar confusões, e até desconfio que tenha morrido lá na prisão. Casei aos 21 anos. A minha mulher era mais velha do que eu um ano. Tive 9 filhos, todos nascidos aqui na minha casa. A parteira deles foi uma senhora muito velha aqui do Ulmeiro e nos dois últimos foi uma do Vale Tacão. Nenhum teve problemas à nascença.

Sempre aconselhei os meus filhos a estudarem mas eles não quiseram. Vivíamos todos da agricultura e dos negócios que eu fazia. Nos negócios nunca me contentava só com uma coisa. Vendi lenha em cavacas para Leiria, logo a seguir ao ciclone. Nunca bebi uma gota de vinho. Mas cheguei a produzir 2000 medidas de vinho. Tinha um vizinho, o José “Quitolas” que me provava a pinga e me dizia se o vinho era bom ou ruim. Tinha um depósito em cimento de 400 medidas e tinha umas vasilhas boas de 150 medidas. Nunca andei na escola primária. Aprendi a ler e a escrever com os meus filhos. Só quando quis tirar a carta de mota, aos 50 e tal anos, é que fui aprender com um


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Serra AVÓS DA SERRA professor na Atouguia. Comecei a estudar lá e passado um tempo fui a Ourém fazer o exame da 3ª classe, mas fiquei mal. Quando fui ao segundo exame a examinadora era a mulher do meu professor, e mesmo comigo a gaguejar, ela passou-me. Depois tirei a carta de mota. Pouco tempo depois passei no exame da 4ª classe, que era preciso para tirar a carta de carro. Tirei também a carta de carro em Santarém. Quando fui a exame de condução deixei o carro ir abaixo, mesmo assim fiquei bem, mas de todos os que passaram fui o último a ser chamado… Fui Presidente da Junta de Freguesia durante 12 anos. Tive sorte porque tive um escrivão bom, da Gordaria. Nunca precisei de lhe ensinar nada, e eu só precisava de assinar os documentos. Não devia ter sido tanto tempo. Eu não

ganhava nada com aquilo. Mas felizmente também nunca ganhei nenhum inimigo. Não fui votar às eleições em que fui eleito. Éramos três candidatos, mas eu só tive um voto contra mim. Do que fiz na Junta o melhor que fiz foi arranjar o campo da bola na Portela. Eu nunca gostei muito de bola, mas o Sr. Prior pediu para fazer um campo da bola para a malta não ter que ir para a Chaínça. Aquele terreno custou 7 contos e uma troca de um pequeno terreno noutro lado. Como era só pedra falei com o António Vieira Rodrigues e ele pôs lá uma máquina a arrancar a pedra. A terra com que aterrámos o campo veio da Caranguejeira, de um desaterro que estavam a fazer ao lado da Igreja. O pároco deu-me essa terra sem ser preciso pagar nada… Também fui eu que comecei

a construir o actual edifício da Junta. Antes tínhamos uma pequena casa ao lado do Marcelino. Não tínhamos dinheiro mas falei com a Câmara para nos ajudarem com a obra. Ajudaram com 10 contos. Entreguei a empreitada a um homem da Chaínça. Mas aquilo da Junta não me deu interesse nenhum. A minha mulher morreu há uns vinte anos. Ela sofreu muito com pedras na vesícula. Morreu num domingo, com um ataque de dores. Eu estava para ir com ela à Chaínça para lhe darem uma injecção. Foi o dia mais infeliz de toda a minha vida. Morreu ali no pátio… O dia mais feliz da minha vida foi o dia do meu casamento. Ainda celebrámos as Bodas de Ouro os dois. Eu fui fraco homem mas passei por tantas coisas na vida…

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Serra VIDA ASSOCIATIVA

PIM inicia ano lectivo O P rojecto de Inter venção Musical (PIM), iniciou no dia 1 de Outubro, mais um ano lectivo, com a abertura da escola de música. Este ano, para além das aulas de Guitarra Clássica, Bateria, Piano/ Órgão, Flauta e Acordeão, foi introduzida uma novidade que é a Guitarra Eléctrica. Os horários encontram-se já completos o que torna o PIM num verdadeiro sucesso. Este é mais um projecto da Casa do Povo/ Fábrica da Igreja, que se tem vindo a afirmar, cada vez mais, como um projecto cultural.

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Serra VIDA EMPRESARIAL

Quando a saúde e o desporto cooperam…

Clinifátima apoia Clube de Atletismo de Fátima No passado dia 24, nas instalações do novo Estádio Municipal de Ourém, foi assinado um protocolo de cooperação entre o Clube de Atletismo de Fátima e as empresas Clinifátima, Segurmet e Segurcontrol. Esta cooperação vai passar pelo apoio nos serviços médicos, mas também pelo patrocínio nos equipamentos desportivos dos atletas. O responsável das empresas Clínifátima, Segurmet e Segurcontrol, Domingos Neves, mostrou-se satisfeito por se associar a um clube que tão bons resultados tem

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alcançado, relembrando a cooperação que mantém com várias associações da região, como o Centro Desportivo de Fátima, a UDS, os Bombeiros Voluntários da Serra, de Ourém e de Fátima, e ainda com algumas associações empresariais. O vereador João Moura, também presente, salientou o esforço feito pela Câmara Municipal de Ourém para que esta nova infraestrutura permita não só a prática do futebol mas também a prática de atletismo, relembrando que a pista foi considerada pelas entida-

des competentes como “uma das melhores pistas do país”. Sempre sob a orientação do professor Ramos, o Clube de Atletismo de Fátima tem tido excelentes resultados em várias modalidades, tendo no lote dos seus atletas vários campeões nacionais nas suas modalidades. Desse lote de atletas contam-se uma dezena de adolescentes e jovens que são habitantes da nossa vila (foto). A VOZ DA SERRA conta trazer novidades quanto aos resultados desportivos destes atletas em próximas edições.


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Serra VIDA EMPRESARIAL

Loja do Sapato abre em Santa Catarina A sapataria Loja do Sapato abriu no dia 30 de Setembro em Santa Catarina, tendo como proprietária Jacinta Pereira residente no Pedrome. A decisão de abrir uma sapataria surgiu porque a proprietária sentiu “necessidade de mudar de vida”, afirma. Por noutro lado considerou que a abertura de mais um espaço comercial seria “favorável à evolução da terra. E apesar de já haver uma sapataria em Santa Catarina acho que a concorrência acaba por ser saudável”, assume. Escolheu o negócio dos sapatos pois o gosto já lhe vinha no sangue. “O meu pai era um verdadeiro sapateiro à antiga que fazia e remendava sapatos”. Jacinta Pereira modernizou a actividade e oferece aos seus clientes um leque de sapatos, já feitos, está claro, mas que correspondem às diversas necessidades. Ou seja, como a própria refere “Tenho um pouco de tudo, conjugando o prático, o desportivo, o Clássico de Homem, Senhora e Criança”. A quem quiser conhecer melhor a Loja do Sapato fica o convite para visitar a loja, todos os dias, excepto ao Domingo à tarde e Segunda de manhã.

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Serra HISTÓRIA

Enterramentos na freguesia no século XIX Os enterramentos dos mortos, tal como hoje os conhecemos, nem sempre ocorreram da mesma forma. Em épocas mais recuadas, o cemitério público não existia. As inumações dos defuntos eram efectuadas no interior dos edifícios religiosos, ou nos adros dos mesmos. Com o tempo, porém, esta situação altera-se, enveredandose pela edificação de cemitérios públicos. A partir da vitória dos Liberais, em 1834, começam-se a edificar os primeiros cemitérios públicos. Assim, pelo decreto de 21 de Setembro de 1835, ficou estipulado que todas as povoações tivessem cemitérios públicos. A extensão dos terrenos deveria permitir a abertura das sepulturas em cada 5 anos. Os cemitérios deveriam situar-se fora dos limites das povoações e ter uma exposição para a salubridade, bem como estarem resguardados por muros com cerca de 2,20 m de altura. Finalmente, cada corpo deveria ser enterrado em cova separada, com 1,10 m de profundidade, à distância de 0,33 m das outras covas. Apesar de tudo, o cumprimento destas disposições só muito lentamente se irá implantar ao longo de Oitocentos, devido às resistências impostas pelas populações a uma inovação que iria, definitivamente, afectar as suas crenças e rituais. Em Santa Catarina da Serra, no século XIX, as pessoas eram sepultadas junto à Igreja Matriz e junto à Capela do Vale do Sumo. Esta situação verifica-se pelo menos desde 1825, sendo cura José Gomes Ferreira Gaspar. Relativamente à Capela da Quinta do Salgueiro, do século XVIII, não podemos deixar de relembrar as sepulturas setecentistas de Manuel, presbítero, e de Jorge Pereira, falecidos a 29 de Dezembro de 1743 e a 3 de Dezembro de 1761, respectivamente. O cemitério público de Santa Catarina da Serra, como refere o cruzeiro que se encontra junto à Igreja Paroquial, foi construído em 1869. Até esta data, os defuntos eram sepultados no exterior da Igreja. Durante as obras de recuperação, realizadas há poucos anos, foi possível encontrar material osteológico, ossos, em estratos pouco profundos, o que confirma o que acima afirmámos. A 9 de Novembro 1867, Manuel Rodrigues, da Loureira, de 91 anos, foi sepultado no adro da Igreja Matriz. Isto mostra-nos que o cemitério público ainda não estava construído. De facto, nos anos de 1868 e 1869 enterram-se 48 pessoas no adro da Igreja Matriz. A grande novidade observa-se para o ano seguinte, 1870, data em que o cemitério público de Santa Catarina da Serra já estava operacional. A primeira sepultura foi a de Bernardo, criança, falecido a 11 de Janeiro de 1870, às 9 horas. Para os defuntos da zona do Vale do Sumo, o adro da Capela continuava, em 1870, a ser o local preferido para sepultar os cadáveres, facto que se irá prolongar pelo menos até 1895. Contudo, algumas pessoas do Vale do Sumo optam também já pelo cemitério público de Santa

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Catarina. Para o espaço-tempo que medeia os anos de 1870 e 1875, são sepultados no cemitério público 137 cadáveres. É nos anos de 1870, 1872 e 1874 que morrem mais pessoas na freguesia de Santa Catarina. Por sua vez, o ano de 1871 é o que contempla um menor número de defuntos, 17 (ver gráfico). No gráfico apresentado podemos percepcionar a forma como se distribuíam os enterramentos efectuados entre 1868, antes da inauguração do cemitério público, e 1875, depois da respectiva inauguração, assim como para as sepulturas efectuadas ainda nos adros da Igreja Matriz e da Capela do Vale do Sumo.

Assim, podemos constatar que, com a inauguração do cemitério público desaparecem os enterramentos efectuados, até 1869, no adro da Igreja Matriz. Todavia, no adro da Capela do Vale do Sumo, as sepulturas efectuadas nesta povoação mantêm-se mesmo depois da inauguração do cemitério público. Em 1895, como dissemos atrás, a situação mantém-se inalterada. Uma das explicações para esta situação reside na distância das pessoas que viviam na zona do Vale do Sumo, Vale Tacão e Casal da Estortiga, face à sede de freguesia, onde estava o cemitério público. Lembremos que, no último quartel do século XIX, os transportes se resumiam ainda à deslocação apeada, ou por animal. O número escasso de lápides existentes no cemitério público face à maior quantidade de defuntos poderá estar relacionado com o facto de nem toda a população estar munida dos meios económicos necessários para encomendar uma lápide com epígrafe tumular. De forma idêntica, as lápides mais opulentas serão proporcionais à capacidade económica de cada um. Durante a 1.ª República Portuguesa, em 1912, é inaugurado um novo cemitério público, ficando o outro abandonado. Na realidade, este era já demasiado pequeno face ao crescimento populacional que a freguesia acusava em finais do século XIX e inícios do XX. Vasco JR Silva. História das Ciências


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Arranque do ano lectivo O Agrupamento de Escolas e Jardins da Serra iniciou mais um ano lectivo, em pleno, no passado dia 13 de Setembro, com a recepção a alunos e pais/encarregados de educação, pelo respectivo Director de Turma, seguindo-se várias actividades de convívio e integração. O novo ano arranca com cerca de 600 alunos, sendo que, 253 estão matriculados no 1º ciclo e 219 no 2º e 3º ciclos. Os jardins de infância acolhem, este ano, 119 crianças. No que toca à colocação de professores, o processo decorreu nos prazos previstos, estando já colocados todos os docentes no agrupamento. Este novo ano escolar apresenta algumas novidades. Uma delas prende-se com o novo horário das escolas do 1º CEB e Jardins, dando cumprimento ao novo Despacho do Ministério da Educação, ao assegurar o prolongamento do horário até às 17.30, para a prática de actividades extra-curriculares. O Inglês vai ser uma das disciplinas extra-curriculares que será ministrada, gratuitamente, fora do horário lectivo, por professores com formação específica. A duração semanal prevista é de 135 minutos, para alunos do 3º ano, quer para os do 4º ano, de todas as escolas do agrupamento. Por outro lado, outra oferta da escola é a Educação Física, que será leccionada por um professor colocada na escola sede, em todas as turmas do 1º ciclo do agrupamento. As actividades extra-curriculares chegarão também aos Jardins de Infância. As crianças receberão a visita de um docente da escola sede, duas horas por semana, para leccionar Educação Musical. Relativamente à Escola Básica Integrada de Santa Catarina, a oferta de actividades extra-curriuclares é diversa, passando pelos clubes (matemática, jornalismo, ciências, natura, música, teatro, rádio, dança, som e imagem, cinema), pelas acti-

vidades do desporto escolar, do uso de tecnologias de informação e comunicação e ainda pelas salas de estudo e pela biblioteca. Na situação de ausência imprevista do respectivo docente a uma ou mais aulas, a escola dispõe de um plano de serviço de docentes, distribuídos por toda a carga horária semanal, para desenvolverem actividades educativas com os alunos, evitando, deste modo, que os alunos fiquem sem aula. Outro facto importante que irá decorrer na Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra é a comemoração do seu 10º aniversário. Em consequência, vai ser planificada uma semana cultural, no sentido de se espelhar todo o trabalho desenvolvido, ao longo destes anos de existência. Será

uma semana cheia, em que se apresentarão trabalhos dos alunos, realizar-se-ão diversas actividades como uma feira do livro, acções de formação, actuações de música, teatro e dança, uma exposição de fotografias, visionamento de filmes, actividades desportivas e ateliers temáticos. Os alunos do 1º ciclo e pré-escolar visitarão a escola sede para participarem nestas actividades. A semana cultural será, portanto, um grande evento que tem como principal objectivo ser um complemento da prática pedagógica, dando assim à mesma um cariz mais prático, proporcionando um complemento às aprendizagens do dia-a-dia dos alunos. Rita Agrela

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Novo Ano Escolar , Novos e mais alunos! No pretérito dia 13 de Setembro arrancaram as actividades lectivas para todo o Agrupamento. Desde o início do mês que todos os professores, serviços administrativos e auxiliares de acção educativa, tudo fizeram, cada um na sua missão específica, para receber condignamente os alunos. O Projecto Educativo para o Agrupamento, assente numa base de “Uma Escola para todos” ao consignar nos seus princípios e objectivos não só uma nova definição de currículo e consequentemente da avaliação, projectou, para os alunos, além da carga horária disciplinar, um leque de novas actividades que contribuem, todas elas, para o seu desenvolvimento integral. Estas actividades, porque conduzem os alunos para uma pedagogia activa, na medida em que os torna participantes e construtores dos seus saberes, além de enriquecerem o seu currículo, foram, por esforço do Conselho Executivo, levadas a todas as Escolas do Agrupamento numa demonstração clara que queremos para todos os nossos alunos as mesmas oportunidades. Sentimo-nos recompensados, porque os Pais começaram a acreditar que a EBI, escola sede, é o local certo para que os seus filhos concluam o Ensino Básico dando continuidade pedagógica, dentro da definição de Agrupamento como unidade organizacional. Este reconhecer da nossa qualidade pedagógica faz com que aceitemos a confiança que os

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Pais depositaram na condução da política educativa deste Executivo, como um desafio para podermos oferecer sempre mais e melhor para os alunos. Assim, pretendemos em 2005/06, alargar o leque de ofertas para as actividades de enriquecimento dos alunos (vide artigo nesta edição). Pretendemos , com mais frequência, proporcionar que os alunos das escolas do Agrupamento tenham as mesmas oportunidades dos da Escola sede, promovendo o intercâmbio e o utilizar dos recursos existentes na EBI: biblioteca, sala de informática, sala de jogos lúdicos, ringue para o desporto ao ar livre, além de poderem beneficiar do uso do novo pavilhão da UDS, após protocolo efectuado entre as duas direcções. Continuaremos com a política de integração no trabalho para a vida activa para alunos com dificuldades de aprendizagem. Somos servidos por um corpo docente, profissional

e responsável, que além das horas lectivas, 22 ou 25, se predispõem a dinamizar projectos e clubes e assegurar a substituição de outros docentes para que os nossos alunos não fiquem sem ocupação lectiva, ficando para depois a actividade de pai ou mãe e a preparação das aulas. Para outros a separação forçada da família, pela distância, o que os obriga a alugarem casa perto da Escola. Temos um relacionamento salutar entre as direcções das Associações de Pais, juntos definimos , procuramos meios e estratégias conducentes ao bem estar dos alunos, durante e após a actividades lectiva. Pensamos estar no caminho certo! Somos uma escola, uma família um agrupamento. António Oliveira Professor

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Mais uma campeã da nossa terra

Verónica, a campeã… Verónica Neves tem 19 anos, vive no Vale Tacão e estuda no segundo ano de Fisioterapia na Universidade de Aveiro. Durante os tempos livres é jogadora federada de voleibol. Este Verão participou com grande sucesso no campeonato nacional de voleibol de praia, sempre com excelentes resultados. A Voz da Serra foi conhecer esta jovem desportista. Porque seguiste o voleibol? Comecei a jogar na escola e o meu professor de educação física incentivou-me a ir treinar a um clube em Leira… comecei a ir aos treinos, a entusiasmarme até que passou a fazer parte da minha rotina… e precisava do voleibol para me distrair… O que mais gostas nesta modalidade? Agradam-me os desportos colectivos, pois vejo numa equipa um grupo de amigos... gosto do ambiente! Entre dos desportos colectivos o voleibol é o que mais gosto porque obriga-me a estar em forma, a pensar, não é só correr atrás de uma bola... implica ter visão de jogo, estar atento, antecipar jogadas, e eu gosto disso… É um desafio! Qual o troféu que mais gostaste de ganhar? Já fiquei várias vezes em primeiro lugar, mas o que me deu mais gozo foi o segundo lugar a nível nacional

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de voleibol de praia no Porto no ano passado... Aparecemos do nada no meio de grandes nomes do voleibol da nossa geração... E valeu a pena o esforço porque ficámos bem classificadas. Quantos torneios participaste neste Verão? Quantos ganhaste? Cerca de dez, durante todos os fins-de-semana desde Junho. Fiquei quatro vezes em primeiro lugar, três vezes em segundo e três em terceiro. As tuas colegas de equipa são de onde? Todas aqui da zona de leiria? Todas de Leiria e da Marinha Grande.. Vais ser jogadora federada esta época por que equipa? Vou jogar pelo Sport Marinhense..(Marinha Grande) Quais as perspectivas de futuro (participar nos jogos Olímpicos)? Olímpicos??!! Só nos sonhos... fico-me pela segunda divisão e pelo campeonato nacional de praia... Acima de tudo quero jogar até não conseguir mesmo conciliar com a vida académica.


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Serra SITE

A sua revista Voz da Serra agora na Internet

http://www.vozdaserra.blogspot.com O site que apresentamos nesta primeira vez é o site da revista Voz da Serra. A partir de hoje a revista de Santa Catarina da Serra está também disponível na Internet. Ali poderá consultar as últimas novidades da Vila, ao nível do desporto e educação, da política e da saúde. Poderá acompanhar aqui a época desportiva da União da Serra, conhecer os jogadores e resultados. Através deste site poderá aceder também aos sites das empresas da nossa terra que também estão online. Para o usuário haverá a oportunidade de participar em fóruns, em sondagens de opinião, e ainda, de comentar cada notícia publicada! Queremos dar a voz a todos e chegar a todos. Com este site poderá conhecer os resultados das eleições autárquicas comodamente em sua casa. Marque www.vozdaserra.blogspot.com. Um site a visitar…

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