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Serra SETEMBRO 2006

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UDS segue para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal Pág. 8

Nº 44

Esta revista é um suplemento local que integra a edição nº 3628, de 29 de Setembro de 2006, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Passeio de Bicicletas Pág. 11

Inauguração do Grande Campo de Futebol da UDS



Recomeçar sem nunca ter parado... O dinamismo em Santa Catarina da Serra não tira férias, e mesmo em meses tradicionamente associados ao descanso, os eventos e os acontecimentos nesta terra não param. A freguesia não parou, e mais uma vez puxou pelo brio natal e deu vida às tradições com a realização das festas religiosas e paroquiais, os conA Vila dea tocar Santatodos Catarina da terrâenos, nossas aldeias e de Serra está das de festa. outras “aldeias” espalhadas Está de festa porque vivempelos nesta quatro cantos capazes do mundo, com os terra pessoas de se darem nossos emigrantes ajudarem à voluntáriamente pora causas admifesta e a fortalecerem os laços que ráveis... osAtrazem até nós. este nível podemos alegrar-nos Deste Verão há a salientar com a disponibilidade Rita queque vai mais uma vez aumnossa terra foi ser missionária mês em Angopoupada a grandes estragose das la, ou do João que ofereceu, conchamas fruto da oacção rápidaatento dos tinua a oferecer seu olhar nossos bombeiros nas das situações de jovem, em protecção floresem durante que foram a intertas umchamados Verão inteiro. vir. Dá gosto escrever que um pic-nic Há também que salientar a presorganizado por um clube de autotação deantigos, Américomovimenta Vieira que mais não móveis conseguiu atingir título, mas de 70 pessoas parao uma tarde de que, apesar de dificuldades convivio e jogos tradicionais,sentinuma das, levou o nome da nossa terra mata à beira-mar. bem de enorme E olonge quenuma dizerprova da história de prestígio. vida de Joaquim Vieira Alves, O A vila não parou e não parar “esquim d’avó”, que pelavaihonestitão depressa, já que mês de dade e dedicação aoneste seu trabalho Setembro regressaem todo um aconque demonstrou toda sua junto de actividades regulares que vida, é considerado um exemplo dão vida à nossa terra. As crianças para todos. eE adolescentes regressam à escola por falar em dedicação, quem e à catequese. Recomessa diria que Américo Vieira, também perto de o desporto 60 federado, com o regrescompletar anos de idade, ainda so dosemcampeonatos sonha ser campeão distritais. do mundo Recomeça a época de ciclismo, na suavenatória classe, ealta, que caça ao coelho.todos os dias acom suaa filha trabalha A Voz Serra também não para estardapresente nos próximos tirou férias e acompanhou fesJogos Olimpicos, e que as ambos tas de Verão, com a realização de podem perfeitamente conseguir especiaisosdedicados às aldeias e realizar seus sonhos... lugares. E promete continuar neste E em especial nesta revista, que trilho de e voltar a realizar especiais dizer um grupo de mais de 60 temáticosque, sempre queem o tema e ao pessoas tendo comum situação isso seja propícia. facto de a terem nascido no mesmo Uma(1966) revista avivam especial, a sobre uma ano, tradição terra especial, que não tira próprio férias religiosa, recordam o seu ao dinamismo e aoa desenvolvipassado, e festejam alegria e a mento. dos seus quarenta anos ternura muitase surpresas tem deEidade... mais que ainda isso, conviesta terraapor desvendar... Talvez dam-nos todos a participar da numfesta? espacial já no mês de Outusua bro... Dá gosto escrever notícias boas, Amândio Santos e esta revista está cheia de boas notícias...


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Serra ENTREVISTA

Jaime Silva conversa acerca a sua vida, as suas empresas e… a UDS

“Continuo a trabalhar ao mesmo ritmo” Nasceu no Vale Tacão há 55 anos. Filho de Manuel Marques, conhecido pela alcunha de “palrante”, e de Albina Dias. Neto de Bento Marques, parte da sua infância foi passada em casa da sua avó, a ti’Maria “Bispa” da Cova Alta. Muito cedo começou com pequenos negócios, trabalhou alguns anos nas obras e aos 17 anos seguiu para França evitando o serviço militar na Guerra Colonial. Nesse país viveu 13 anos em caravanas, mudando-se de cidade em cidade, de obra em obra. Aos 19 anos já era encarregado de uma equipa e a pouco e pouco, foi juntando conhecimentos e saber fazer o que lhe permitiu uma progressão no ramo dos pavimentos industriais. O regresso a Portugal aconteceu sobretudo devido à família. Reintegrouse e aplicou a sua experiência na criação de várias empresas, tendo aspectos comuns a todas elas: o sucesso e o rigor. No mês em que a UDS da Serra inaugurou o relvado sintético e as torres de iluminação, a revista Voz da Serra esteve à conversa com o presidente da maior colectividade da freguesia.

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Quando é que se revelou o seu jeito para o negócio? Muito cedo comecei a fazer pequenos negócios. Já em criança consertava chapéus-de-chuva e pratos de louça, colocando os gatos nas fissuras. Aos 12 ou 13 anos, para conseguir ganhar uns trocos, com o meu amigo de sempre, António Filipe, já investia os poucos tostões que tinha a comprar galinhas e “coquichas” para chocar ovos e depois vender os pintos. Depois comecei a trabalhar como servente das obras, primeiro para o José “Lochas” do Vale Tacão, e depois para o João “Bicho” da Pinheiria. Quando fiz 17 anos deixei tudo e fui para França… Onde se foi juntar ao seu pai? Pois, foi ele quem me chamou para lá. Fui trabalhar para a mesma empresa onde ele estava. Fui princi-

palmente porque queria evitar de ir à Guerra Colonial. Eu tinha a certeza de que, se cá ficasse, ía à guerra, e como era baixo ainda me punham logo na frente de combate. Foi por isso que antes quis ir para França. Trabalhei lá sempre nas obras, mas pouco tempo trabalhei para o mesmo patrão do meu pai. Mudei uma ou duas vezes de empresa. Quando andava a trabalhar na construção de uma central nuclear, um amigo que tinha conhecido noutra empresa onde tinha passado, veio buscar-me para ser encarregado. E comecei a trabalhar nos pavimentos. Entretanto também casou? Casei com 21 anos. Vim cá a Portugal casar e poucos dias depois voltei para França sem ter gozado a lua de mel. Voltei sozinho porque não tinha alojamento para vivermos juntos. A minha mulher foi ter comigo poucos


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Serra ENTREVISTA

Jaime Silva, durante a cerimónia de inauguração do Grande Campo de Jogos da UDS acompanhado à direita por Lino Pereira e Joaquim Barroca Rodrigues e à esquerda por Isabel Damasceno.e Miguel Medeiros. meses mais tarde, depois de eu ter comprado uma caravana própria. Assim vivemos o resto do tempo que estivemos em França. Sempre em caravanas, acompanhados dos meus cunhados e de algumas pessoas conhecidas que eu fui chamando para irem trabalhar comigo. Éramos uma aldeia de caravanas e ainda hoje eu gosto de caravanas. Depois nasceram os meus dois filhos e quando era altura de entrarem na escola decidimos voltar para Portugal e ficar a viver por cá. E como foi a sua reintegração no país depois de 13 anos fora? Eu vim em 1981 e comecei a tentar inserir-me com negócios. Primeiro investi na criação de gado, depois comprei 2 táxis, e assim fui conhecendo mais pessoas e inserindo-me. Mais ou menos em 1984, fui beber um café ao Café Tropical e encontrei o Mendes e o José Augusto Teixeira. Fui ter com eles e comecei a falar-lhes da UDS e do que se podia fazer para melhorar este clube. Pouco tempo

depois fui eleito presidente e desde essa altura até hoje nunca mais deixei de fazer parte das direcções deste clube. Agora já sou presidente há 3 dos seis mandatos seguidos, ou seja, seis anos. E vai continuar neste cargo? Há cerca de 1 ano, quando entrei para este último mandato, disse aos associados do clube que seriam os meus dois últimos anos como presidente. Hoje penso de maneira um pouco diferente. Toda a actual direcção considera que a obra que está feita exige que as futuras direcções sejam muito rigorosas, e apliquem uma gestão do tipo empresarial aqui no clube. Mas coloca a hipótese de se recandidatar? Ainda é muito cedo para falar nisso. Essa decisão dependerá de muita coisa, nomeadamente da minha vida pessoal e profissional. Na altura certa tomarei uma decisão.

O que espera dos jogos da UDS deste ano? É o que eu disse na inauguração do campo e apresentação da equipa: este ano é para ganhar os jogos todos. Termos melhores condições significa sobretudo que temos mais responsabilidades e por isso todos os jogos são para ganhar. A obra que agora se inaugurou deve-se sobretudo a quem? Há pouco mais de cinco anos eu tinha o projecto de fazer uma obra para dar mais dignidade à sede da UDS. Um dia, andava eu à caça na Guiné, com um grupo de amigos, entre eles o Joaquim Rodrigues, e em jeito de brincadeira falou-se em fazermos uma direcção e candidatarmo-nos à UDS. Apertámos a mão mas ficámos por ali. No dia da Assembleia-geral eu ligava-lhe e ele não me atendia. Depois atendeu e, apercebendo-se que a conversa não tinha sido brincadeira, aderiu, trazendo um projecto muito mais ambi-

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Serra ENTREVISTA cioso, com uma visão a que o clube não estava habituado. O resultado é o que se pode ver nas instalações do clube. A obra que erguemos deve-se à direcção da UDS. Além disso, tivemos o apoio da governo central, da Câmara Municipal de Leiria, da Junta de Freguesia. As empresas que nos apoiam também são fundamentais. Mas quero salientar que os todos os sócios, bem como as anteriores direcções, tiveram um importante papel na realização deste projecto. Que mais recorda nestes seis últimos anos na presidência da UDS? Recordo as muitas dificuldades e as decisões difíceis que tivemos que tomar. Preterímos os resultados desportivos e apostámos nas insfraestruturas. Hoje estamos satisfeitos por termos tomado essa dificil decisão e todos os sócios concordam que foi a melhor opção. Foram anos difíceis, mas sentimos que os sócios estiveram com a direcção, nas assembleias e nas bancadas nos jogos. Este envolvimento dos sócios é visível e esperamos que continue a aumentar. A sua vida divide-se há muitos anos entre a UDS e as suas empresas? Sim, passado pouco tempo de regressar a Portugal, aquele meu amigo que me chamou para ser encarregado, propôs-me a criação de uma empresa “à sociedade” para ir fazer uma obra de pavimentos na Argélia. Eu fui e levei muitos rapazes daqui para irem trabalhar comigo nessa obra. Muitos deles têm hoje a sua empresa de pavimentos. Essa minha empresa chamava-se Superchapas. Depois disso, eu e esse sócio com quem trabalhei 30 anos, criámos um grupo de empresas em Portugal e Espanha. Mais tarde esse sócio queria reformar-se e vender e eu também aceitei vender a um grupo alemão, mas na altura fiquei na mesma como gerente. Como não concordava com as políticas e estratégias desse grupo, saí. Há seis anos, incentivado pelos filhos e por muitos colaboradores e amigos, e quase aos 50 de idade

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decidi começar uma nova aventura. Constituí uma nova empresa, a JRP, e reactivei uma empresa que estava parada, a TPB, as quais deram origem à criação do Grupo TPB. Grupo que, segundo consta, é líder em pavimentos no nosso país, e que está a investir em Espanha? Em 2002 começámos a investir em Espanha, onde estamos em Madrid. Act ua lmente a fact uração em Espanha é equivalente à que temos em Portugal. A crise em Portugal obrigou-nos a investir em Espanha, sobretudo para conseguir manter os 100 empregados que o grupo tinha. Trabalhar em Espanha é como em Portugal, tem que se trabalhar… Fui o pioneiro dos endurecedores e pavimentos industriais e decorativos em Portugal. Já estive em muitas empresas e sempre tive bastante rigor nas minhas obrigações e considero que isso é uma das razões do sucesso dessas empresas. E hoje, como é o seu dia-a-dia? Continuo a trabalhar com o mesmo ritmo, só que procuro delegar algumas funções, sobretudo aos jovens,

ficando mais como relações públicas. Vou regularmente ao estrangeiro, sobretudo a Espanha e a França, onte tenho relações comerciais. Vou à União Desportiva da Serra e entretenho-me um pouco com a agricultura, na criação de gado ovino, bovino e caprino em pequena escala, essencialmente para manter alguns terrenos limpos. No tempo que me sobra gosto de ir à caça, de andar de mota e de passear nos carros antigos. E a política? Em relação à política cumpro, como sempre cumpri, o meu dever cívico de ir votar. Não sou filiado em nenhum partido, e a vida ensinou-me que não são os partidos que contam mas sim as pessoas. Como vê a freguesia na actualidade? Santa Catarina da Serra tem gente de muito valor e tem desenvolvido a todos os níveis, económico, social e cultural. Hoje já somos vila e por isso estamos todos de parabéns. Tem-se feito muito e temos que acreditar que os jovens vão continuar esse trabalho. Sinto-me orgulhoso de viver em Santa Catarina da Serra.


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Serra NOTÍCIAS

Grande campo de jogos da UDS

“A freguesia está mais rica” A União Desportiva da Serra inaugurou, na quarta-feira, dia 20, o relvado sintético e a iluminação artificial do Campo da Portela. Numa cerimónia oficial, marcaram presença o governador civil Miguel Medeiros, a presidente da Câmara, Isabel Damasceno, o presidente da Junta de Freguesia, Lino Pereira, o pároco Mário Verdasca, e muitos associados do clube que não perderam a oportunidade de estarem presentes num dia histórico para o clube. A cerimónia iniciou-se com o descerrar da lápide evocativa desta inauguração e da cerimónia do ligar das novas luzes, nos quatro postes de iluminação que abrangem o campo. A esta cerimónia seguiram-se os discursos. Do cimo da bancada, Jaime Silva, presidente do clube, agradeceu a presença de todos os convidados, e exortou os sócios a “aproveitarem este momento especial. Salientou o facto de o clube estar agora mais rico, e lembrou que as responsabilidades também aumentaram”, já nesta época, onde espera que a equipa “vença todos os jogos”. Lino Pereira seguiu-lhe as pisadas e lembrou a importância do trabalho que tem sido feito neste clube, recordando que não só o clube ficou mais rico, como também “toda a freguesia e concelho ficaram mais ricos”. Isabel Damasceno que se seguiu nos discursos, lembrou que “este é o melhor equipamento desportivo do concelho de Leiria” e salientou a proximidade da escola como factor de aproveitamento deste espaço e elogiou a organização, a persistência e determinação dos dirigentes do clube, que “são exemplo daquilo que é possível fazer quando há vontade”. Por último, o governador civil de Leiria, Miguel Medeiros, lembrou a excelência desta obra, adequada aos seus utilizadores e à dimensão da freguesia. “Só com muita generosi-

dade, muita entrega e muita “carolice” se consegue fazer o que hoje está aqui”. Felicitou a direcção pela obra e desejou que muitos jovens aproveitem este espaço para crescerem no desporto e na sociedade. Depois dos discursos, procedeu-se à apresentação da equipa aos associados, um a um, cada jogador foi apresentado. Depois esses mesmos jogadores disputaram uma partida de futebol com o Centro Desportivo de Fátima, convidado de honra para a festa. A partida foi animada, sendo que o visitante acabaria por ganhar nos últimos minutos, através de um golpe de cabeça na resposta a um pontapé de canto. No final, todos os presentes puderam conviver e brindar à UDS, num petisco que se realizou no pavilhão multiusos. Recorde-se que, no total, este complexo custa cerca de dois milhões de euros, financiados em parte por fundos comunitários, e que na remodelação do campo e na iluminação artificial cerca de meio milhão de contos.

Plantel - Época 2006/07 Humberto Joel Neto Nelson Godinho Paulo Bruno Menino Paulo Sousa Delgado Norberto Mário Wilson Zim Walter Joel Mota Fábio Pedro Cordeiro Flávio Parracho Hugo Afonso Niné João Sousa Treinador: Francisco Mota Adjunto: Alfredo Carepa Massagista: Valério

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Serra DESPORTO

Pela primeira vez na história, a UDS atinge a 3ª eliminatória

UDS segue em frente na Taça de Portugal Numa tarde de muita chuva, a alegria da Taça de Portugal foi mais forte e contagiou os muitos adeptos que se deslocaram ao Campo da Portela para verem o jogo da 2ª eliminatória da segunda mais importante competição de clubes do país. Frente ao Bidoeirense, a União da Serra alinhou com Nelson na baliza, Menino, Mota, Mário Wilson e Ricardo na defesa, Valter, Zim, Hugo Afonso e Norberto no meio campo, Bruno e Fábio na frente. Este onze inicial de Francisco Mota entrou bem no jogo e logo aos 3 minutos marcou um golo, através de uma cabeçada de Fábio, a responder a um canto de Norberto. O Bidoeirense respondeu ao golo e foi crescendo na partida, e a espaços

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foi controlando o jogo, obr iga ndo Nelson, o guarda redes da UDS, a excelentes defesas. Após vários lances de perigo em ambas as balizas, Mário, avançado do Bidoeirense, foi expulso após entrada feia sobre Menino. Apesar de ter um jogador a menos, o Bidoeirense não baixou os braços e manteve a bitola exibicional em cima, e viu um remate de longa distância embater violentamente na trave da baliza de Nelson. As boas oportunidades sucediam-se, mas só através de lances de bola parada se alterou o marcador. Por Manu, num livre, rematou para o fundo das redes, fazen-

do o empate. Pouco depois o mesmo jogador marcou o golo que dava vantagem ao Bidoeirense, mas Norberto, também de bola parada, marcou um belissímo golo e fixou o resultado com que haveria de terminar o tempo regulamentar. No prolongamento, ambas as equipas se bateram de igual modo, e apesar de boas oportunidades de parte a parte, o resultado não sofreu alterações. Na marcação das grandes penalidades, a equipa da casa, beneficiando do apoio do seu público, não falhou nenhuma das 5 oportunidades e beneficiou da defesa que Nelson realizou ao remate de Beto, capitão do Bidoeirense. No final, jogadores e adeptos não cabiam em si de contentes por este feito único na história do clube. Recorde-se que na primeira eliminatória a UDS ficou isenta, e que nesta segunda eliminatória arredou da prova uma equipa de uma divisão superior.


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Junta já iniciou sessões de esclarecimento nas aldeias

Junta de Freguesia em “presidência aberta” A Junta de Freguesia deu início no passado dia 21 às sessões de esclarecimento público pelas aldeias da freguesia. A primeira sessão decorreu no Vale Tacão e surpreendeu sobretudo pela grande adesão dos habitantes do lugar. A meia centena de pessoas assistiu a esclarecimentos vários acerca de diversas situações e projectos que poderão surgir para esta aldeia. Votada por unanimidade ficou a ideia da criação de um parque de lazer no terreno público situado no Vale Madeiro. Diversos outros assuntos foram alvo da atenção dos presentes, possibilitando-se a discussão civilizada das prioridades desta aldeia. Esta foi a primeira iniciativa deste género, num périplo que a Junta de Freguesia tenciona realizar, chegando a todos os lugares e aldeias da vila.

No dia seguinte, dia 22, realizou-se uma reunião de associações da freguesia, com o objectivo de começar já a preparar o calendário cultural do próximo ano, e principalmente, de informar e envolver as associações na preparação da festa da freguesia que está marcada para o último fim-desemana de Novembro, evento àcerca do qual serão divulgados mais pormenores em próximas edições. Muito antes disso, em Agosto, a mesma junta aderiu ao projecto Leiria Limpa e convidou as associações da freguesia a tomarem o seu (importante) lugar na limpeza das matas. No caso, cerca de duas dezenas de pessoas ofereceram uma manhã de sábado para ajudar a limpar a zona envolvente da ponte sobre a auto-estrada, à entrada do Casal das Figueiras e também

a zona envolvente à ASSUL, juntando-se uma enorme quantidade de lixo de todos os tipos.

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Já estão abertas as inscrições para o tanque de aprendizagem da UDS

“Piscina” será inaugurada em breve As obras de construção do tanque de aprendizagem da UDS estão praticamente concluídas e a data da sua inauguração será revelada em breve, apontando-se o fim de Outubro como data provável. Mas apesar de ainda não estar operacional, a “piscina” já mexe. A Activwave, empresa a quem piscina foi concessionada, já abriu as inscrições para os interessados em apender ou melhorar a sua capacidade de nadar. Segundo Carlos Neves, responsável desta empresa, a existência de uma piscina pública é uma novidade na freguesia e por isso há que divulgar as muitas actividades que se podem realizar num espaço deste tipo. “Iremos abrir muitas modalidades para

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que as pessoas possam escolher a forma que mais desejam para andar na piscina”. A escola de natação que irá funcionar permite “a natação para bebés até aos três anos de idade acompanhados pelos pais na água, depois dos três aos seis já sozinhos, e depois o escalão adulto que se divide entre aqueles que sabem e os que não sabem nadar. Haverá também pistas para inscrições livres, sessões de hidroginástica, e de hidroterapia indicadas para recuperação de lesões e de problemas ósseos. Além destas modalidades, ainda pretendemos apresentar desportos de água, como o pólo aquático para crianças”. O horário da piscina dependerá das

inscrições mas perspectiva-se que abra das 17 às 21:30, além da actividade diária para escolas, creches, lares, etc.. Além da exploração da piscina a empresa ficou também responsável pelo pavilhão multiusos. E estes espaços serão utilizados pela empresa para actividades de campos de férias para adolescentes e jovens. As inscrições podem então ser realizadas de segunda a sexta feira, das 10 às 12:30 e de tarde, das 14:30 às 18:30 na entrada do pavilhão multiusos, ao lado da piscina. Carlos Neves prevê que esta época passem pela piscina cerca de 300 pessoas inscritas. Mais informações ligue 919 717 042 ou 961 095 116.


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Associações dão as mãos no dia do coração e pedalam pela freguesia

Aniversário a pedalar com o coração Associado à comemoração do seu 43º aniversário e integrado no “Dia do Coração”, o Rancho Folclórico de S. Guilherme, em conjunto com os Bombeiros Voluntários da Serra e com apoio da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, realizaram um passeio de bicicleta no dia 24 de Setembro, pelos lugares da freguesia. Com a partida marcada junto à sede dos Bombeiros da Serra e apesar do tempo incerto, o número de participantes excedeu as expectativas: cerca de 160 “ciclistas”: Entre pequenos e graúdos, com bicicletas profissionais ou nas mais antigas, entre subidas e descidas, com algumas desistências e poucas quedas, todos quiseram dar umas pedaladas. O passeio decorreu num ambiente de são convívio e alegria, havendo no fim do percurso, junto à futura Casa Museu do Rancho Folclórico de S. Guilherme, um lanche convívio entre os participantes para retemperar as forças. Esta foi uma prova de como o desporto e a cultura podem estar de mãos dadas por causas comuns, através da cooperação entre as várias colectividades da freguesia e entidades. Para comemorar este dia de forma especial, o rancho celebrou ainda uma missa de acção de graças e agradecimento pelas benção concedidas, seguindo-se uma pequena actuação do rancho aniversariante e do rancho convidado, o Rancho Folclórico do Freixial. Para encerrar a época folclórica, o Rancho realizou o seu jantar de aniversário entre os seus elementos e familiares. No final a organização do passeio, o Rancho Folclórico de S. Guilherme e os Bombeiros Voluntários da Serra, “agradeceram o apoio dado pela Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, ao Clube de Vespas “Vespinga”, à Associação

Cultural e Recreativa do Sobral, aos patrocinadores, a todos os participantes, que fizeram com que este evento tivesse o sucesso esperado”. Rita Neves

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“Enxame de vespas invadiu Santa Catarina da Serra e Fátima”

III Concentração Vespinga foi sucesso absoluto

Decorreu no fim-de-semana de 16 e 17 de Setembro, no complexo desportivo da União Desportiva da Serra, a III Concentração do Vespa Clube de Fátima – Vespinga. Este evento foi resultado de longos meses de intensa preparação e organização. E, pelos vistos, valeu bem a pena o esforço. No final, todos os comentários são unânimes em expressar o sucesso absoluto do evento. “A concentração correu muito bem a todos os níveis, e por isso, para o ano só teremos um argumento para fazer melhor que é o de cativar mais vespistas, o que só se consegue participando maciçamente nas concentrações dos outros clubes”. Quem o afirma é Renato Vaz, presidente do Vespinga desde que o clube foi criado há 3 anos atrás. Segundo este responsável, “tudo contribuiu para que o sucesso fosse absoluto, já que o clima esteve per-

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feito. Tínhamos algum receio que a chuva ou o vento aparecessem, mas o clima esteve impecável, e chamou muitos vespistas a saírem de casa e virem participar da festa”. E que festa. Segundo as contas da organização, passaram pela concentração cerca de 2000 pessoas durante os dois dias, e consumiram-se mais de mil litros de imperial. Participaram 304 vespas e quase 398 vespistas. De Norte a Sul do país, quase todos os clubes de vespas aderiram e marcaram presença nos dois dias, ficando alguns alojados em tendas de campismo espalhadas pelo recinto do parque desportivo da UDS. E a propósito do recinto, Renato Vaz acrescenta que “não podia ser melhor. Está muito bem preparado e equipado para a realização de eventos quer ao ar livre como foi este, quer em recinto fechado, no pavilhão multiusos onde servimos

a refeições, ou no pavilhão do Clube de Automóveis Antigos, onde este clube levou a cabo uma excelente exposição de motas”. Por tudo isto, o Vespinga “agradece o apoio da UDS e do Clube de Automóveis Antigos, dos Bombeiros da Serra que também participaram e ajudaram à Festa, das Juntas de Freguesia de Santa Catarina da Serra e Fátima, da Câmara de Ourém, da PSP de Fátima, da Região de Turismo Leiria-Fátima, e de todos os patrocinadores que tornaram o evento possível”. De salientar que mais uma vez, os lucros deste evento reverterão a favor de causas sociais tal como tem acontecido nas concentrações anteriores. As fotos e os comentários de alguns participantes desta concentração poderão ser consultados em www.vespinga.com.


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Serra NOTÍCIAS Gostei muito da vossa concentração de Fátima porque tinha uma boa organização. Foi a minha primeira vez. com 10 anos de idade conduzi sozinho a minha vespa 50s no domingo. (Merecia um prémio como o vespista mais novo a conduzir). Pedro Matos “Gandas vespas” Parabéns Vespingas e obrigado pelos dois dias maravilhosos da vossa concentraçao. São mesmo um clube diferente. Está na altura de organizarem a Iberovespa e mostrarem aos espanhóis e à actual organização como é ter sucesso e dedicação.”Sem ofensa aos outros clubes”. Até 2007. Parabéns Vespingas! Carlos Sana Vespistas Sana São sempre poucas as vezes para felicitar um Clube com a grandiosidade e organização que tem os Vespingas. Espero não estar a ser injusto para outros Vespa Clubes (também não estive em todos os encontros este ano), mas conheço muitos dos grandes eventos a nível nacional (faltando os Abrantinos), mas na minha opinião é o melhor Vespa Clube da actualidade. Isso ficou bem patente na organização em questão. Bem haja aos Vespingas, e continuem esse espírito, que o vespismo nacional merece. Parabéns, e p’ro ano contem com a malta do corno... Mateus, Os Zumbidores Alcoentre Parabéns V ESPINGAS pela vossa concentração. Vocês são o máximo. Como conseguiram fazer esse aparato todo só com 19 euros. Ou têm pais ricos ou foram ao BES. Melhor que isso só de borla ou grátis. Muito obrigado. Continuem, são os melhores. Ps. A Cintra é uma maravilha. João Vieira

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Serra NOTÍCIAS Amigos “vespingas”, vocês fazem mesmo a diferença. Com alguns anos de experiência que tenho nestas andanças nas concentrações, jamais tinha visto alguma coisa assim, desde da losgística ao espaço, ao catering das refeições. Falei com Primitivo e percebi que de 1000 litros de cerveja, só sobraram meia duzia de copos vazios, porque líquido nada. Nós Vespistas somos mesmo uns bebedolas!!! Voltamos a ver-nos na Iberovespa. Parabéns pelo vosso SUCESSO e OBRIGADO pela maneira como nos receberam. Tudo de bom para próxima....2007!!! Carlos Santos - Almeirim Dos 18 que participram, os nossos parabéns, que para o ano que seja igual. Nós vamos. Obrigado e um abraço. Vespa Clube Torres Vedras Olá malta. Só vim aqui dizer que ando nesta vida das vespas há mais de 10 anos e nunca vi nada assim. Simplesmente genial. Muitos parabéns. José Luis

Rifas sorteadas e “sortudas” Prémios: 6º_Rifa nº: 1493 José Oliveira (V. C. Gaia) 5º_Rifa nº: 4979 Carlos (Vespourém) 4º_Rifa nº: 2006 Ricardo Gomes (SCS) 3º_Rifa nº: 0416 Pedro Santos 2º_Rifa nº: 4563 Michel Batista (Chaínça) 1º_Rifa nº: 4740 Álvaro Serralheiro (Fátima)

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Texto lido na Eucarístia da Festa

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Serra A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

“O Sagrado Coração de Jesus é o coração do amor, símbolo do amor de Deus por nós tornando-se homem em Jesus Cristo que deu a vida até à morte na cruz. Do Seu coração aberto nasceu a Igreja fortificada com o Pentecostes. O dia 6 de Junho é o dia dedicado ao S.C. Jesus. A nossa paróquia foi sempre muito devota do Sagrado Coração de Jesus, a testemunhá-la, a Festa Grande. Há cerca de 50 anos na nossa paróquia vivia-se a Festa do S.C. de Jesus com muita intensidade. Era presidida de 3 dias de pregação, de manhã e à noite com a igreja repleta, chamava-se-lhe a 2ª Quaresma e toda a gente se confessava e comungava, era denominado: O Jubileu. As primeiras Sextas-Feiras eram de devoção e desagravo. A missa era celebrada no altar do S. C. de Jesus. Além da eucaristia recitava-se a coroinha do S.C. de Jesus e a Sua ladainha. Havia a intenção especial nesse dia, de rezar pelo Apostolado da Oração. As ofertas eram dadas com muita devoção brio e amor. Vinham pessoas de fora para assistir às cerimónias e ver a nossa igreja ornamentada a primor. Ao chegarem as pessoas, cheirava a perfume de rosmaninho, murta e alecrim, cheiro a pureza de festa. Ainda hoje há muitas pessoas devotas do S.C. de Jesus especialmente os zeladores, recorrem a ele nas aflições e dizem ser atendidos. Nós os actuais servidores da Sua Festa, já nos sentimos tocados por Ele e esperamos que toque a todos e que esta paróquia Lhe pertença. Sagrado Coração de Jesus, venha a nós o Vosso Reino! Diante de tantos exageros do nosso tempo, saibamos dizer, Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.”

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“Excedemos as melhores expectativas”

Festa do Sagrado Coração de Jesus Depois de alguns meses de intensa preparação para a festa, os três ansiados dias chegaram. Os dias 13, 14 e 15 de Agosto “foram três dias de labuta e expectativa”. A Eucarístia festiva do dia 13, ponto alto dos festejos, esteve, naturalmente, a cargo do pároco, Pe. Mário Verdasca, mas contou com a participação dos festeiros, tanto nas leituras, como nos cânticos e no ofertório. Muita gente marcou presença nesta missa, não só pessoas da nossa terra, como tamém pessoas de fora que quiseram participar desta festa e Honra do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da nossa paróquia. A missa e procissão decorreram de forma festiva e no final das cerimónias, o andor do Sagrado Coração de Jesus foi entregue aos festeiros do ano seguinte. Os “ramos” da Paróquia compareceram, através dos seus zeladores, com os andores e fogaças ornamentados com o brio típico, resultado dos leilões e de outras iniciativas que fizeram nos Domingos que antecederam esta festa. O arraial foi animado por diversos agrupamentos musicais e também

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pelo Rancho Folclórico de São Guilherme, que presenteou os presentes com o seu reportório muito bem ensaiado que é um ponto de referência da cultura local. A quermesse e o serviço de restaurante corrreram igualmente muito bem, servindo pratos bastante apreciados por todos. No final da festa foi realizado o sorteio pelo Sérgio da Chaínça, e os prémios, naturalmente, só calharam a quem jogou. No final, os festeiros a uma só voz afirmavam o sucesso da festa, que terá mesmo excedido as melhores expectativas, em todos os domínios, religioso e cultural, pelo que a todos agradecemos. Rifas premiadas no sorteio: 1º Prémio - Nº 08936 Célia Neves - Ulmeiro 2º Prémio - Nº 13394 Agrup. musical “Esfaguntados” 3º Prémio - Nº 17096 Fernando Silva - Barreiria 4º Prémio - Nº 14277 Fernando Jorge - Magueigia


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Rita Neves conta a sua experiência como missionária em África

“Uma experiência de e para a vida” Foi sob o lema de Teresa de Saldanha, “Fazer o bem sempre”, e integrada no grupo de Voluntariado de Teresa de Saldanha que fiz uma missão de voluntariado durante um mês a Angola. A missão foi realizada numa cidade chamada N’Dalatando, da província do Kwanza Norte, na Escola Missionária Santa Maria Goretti, administrada pela Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. O voluntariado foi na área da educação, no qual dei aulas de português, educação cívica e moral e colaborei no jornal escolar. Ao chegar a Angola e a N’Dalatando fui confrontada com uma realidade muito diferente daquela em que vivo. A nível humano, as pessoas são de uma simpatia, educação, simplicidade, alegria e hospitalidade contagiante. A nível de infra-estruturas, o contraste entre os dois países é enorme, sendo das maiores dificuldades sentidas são a inexistência de água canalizada e as más condições das ruas e estradas. Só para dar uma ideia, um percurso de 260 quilómetros de estrada “picada” demora seis horas a

percorrer. Nas ruas de N’ Dalatando, chamada de “cidade jardim”, pelas suas encantadoras e belas paisagens, não senti insegurança. Podia sair à rua sem que ninguém nos interpelasse, apesar de sermos praticamente as “únicas brancas”, como nos chamavam, que estavam na cidade. A realidade vivida em Luanda, na semana que lá estive, é bem diferente. O trânsito é uma confusão, e quase não há regras nem sinalização, As pessoas encontram-se aglomeradas em grande número pelas ruas, os supermercados e as suas prateleiras são ambulantes, ou seja, as pessoas andam a vender na rua e no meio do trânsito tudo o que se possa imaginar. Não há uma recolha do lixo eficaz acabando por haver muito lixo espalhado, o que provoca grandes problemas de saúde para a população. O clima de insegurança e desordem é outro aspecto sentido. Todos estes problemas vão ser

de difícil resolução. Mas há que ter esperança e não baixar os braços. Só com o contributo de todos e também dos voluntários que se predispõem a ajudar, se vai conseguir. Confesso que fiquei um pouco desiludida com a cidade de Luanda, pois segundo soube, antes da guerra, era uma das capitais africanas mais bonitas e em desenvolvimento. Esta missão de voluntariado foi uma troca de experiências, que contribui para o meu enriquecimento pessoal e valorização. “É dando que se recebe”, foi a mensagem final que deixei aos alunos com quem estive. Esta vivência foi a concretização de um sonho antigo. Penso que recebi mais, do que o que dei, onde muito ainda há a fazer. Mas só para ver uma criança ou adulto a sorrir com a nossa visita, o nosso cumprimento, ou a nossa atenção, valeu a pena. Rita Neves

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Balanço de três anos de mandato

“Sentimento de dever cumprido” Está a terminar o nosso mandato à frente dos destinos do Grupo. É tempo de fazer um pequeno balanço. Foram três longos anos de trabalho, de dedicação a uma causa nem sempre entendida, respeitada, e a qual não se dá o devido valor. “Desprezar o Folclore é esquecer as nossas Origens e Valores”, esta é a nossa principal convicção, e ao longo destes três anos tudo fizemos para manter vivo e com força o nosso Rancho, mantendo assim vivas as nossas origens e os nossos valores. Não foi fácil, não é fácil e não será fácil continuar a defender as nossas origens e valores, a cultura dos nossos antepassados, os seus usos e costumes, danças e cantares, no mundo de hoje, em que temos tudo, em que nos dão tudo, e em que estamos constantemente a ser “bombardeados” com “novas culturas”. O nosso principal objectivo foi cumprido. Defendemos o Folclore, e acima de tudo demos a conhecer o nosso Folclore pelo país, demonstrámos em outras terras os usos e costumes, danças e cantares dos nossos antepassados. Dignificamos o Folclore! Este é e tem de ser o principal objectivo de todas as direcções. O segundo objectivo não foi cumprido. Apesar de termos conseguido concretizar parte, a falta de experiência, a falta de conhecimentos técnicos, as dificuldades financeiras, o não cumprimento das datas programadas por parte de alguns dos intervenientes, não nos permitiram concretizar o “velho sonho” - a Construção da Casa Museu. Este objectivo que herdamos da anterior direcção, é e terá de ser um dos principais objectivos da(s) futura(s) direcção(ões). É urgente a concretização deste projecto, para valorizar a associação e a nossa Freguesia, pois será o primeiro museu na nossa terra. Estes foram

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os nossos dois principais objectivos que, e atendendo às dificuldades, consideramos que cumprimos. Outros objectivos tivemos, alguns deles cumprimos, outros ficaram por cumprir. Dos que cumprimos, salientamos a forma como conseguimos envolver todos os elementos do Grupo e muita da população das nossas terras, na organização e realização de eventos culturais ou simples festas de angariação de fundos. Envolver todos os elementos do Grupo e a população na realização

destes eventos era um dos nossos objectivos, pois estamos convictos de que só com a colaboração de todos é possível a sua realização. Outro dos objectivos cumpridos foi a “criação dos sócios”, iniciada com a anterior direcção, mas que “andava à deriva”, num processo complicado, e que urgia resolução. Hoje temos já 160 sócios, devidamente identificados com um cartão pessoal. Ainda dentro deste objectivo, salientamos o facto de ao longo deste três anos termos realizado o “Dia do Sócio”: pequeno convívio oferecido pelo Grupo a todos os sócios e seus familiares, em forma de agradecimento, visando a confraternização entre associados e elementos do Grupo. Continuámos a realizar o evento cultural mais importante da nossa Freguesia, o Festival Nacional de Folclore, trazendo até nós dignís-

simos ranchos representando as mais diversas regiões etno-folclórias do nosso país e valorizámos o evento com a presença de grupos estrangeiros (dos quais obtivemos convites para nos deslocarmos em 2007 aos seus países). A presença desses grupos teve a colaboração de um rancho da região, pois só assim é possível a sua vinda. A deslocação da realização do festival para a sede de Freguesia, criou-nos melhores condições para a realização do mesmo, trouxe mais envolvimento da população, mais público, e é o envolvimento e a presença das pessoas o nosso maior agradecimento pelo trabalho desenvolvido. Fomos duas vezes a um programa televisivo, mantivemos em funcionamento a escola de música, e, quase inédito na nossa freguesia, associámo-nos a outras colectividades na realização de eventos, nomeadamente, tasquinhas, passeio de bicicleta, etc., pois é na união que está a força. Por cumprir ficou a gravação do CD, a catalogação de todos os utensílio recolhidos pelo grupo (parte já está catalogado), a catalogação das músicas, danças, contos e provérbios, e dos trajes, ou seja, a concretização do “Cancioneiro do Rancho Folclórico de S. Guilherme”. Ficou ainda por cumprir o compromisso de nos deslocarmos ao estrangeiro (mas conseguimos dois convites). “Lutámos contra tudo e contra todos” e obtivemos resultados, lutámos pelas nossas ideias, pelas nossas convicções, pelos nossos objectivos, e chegámos a esta altura com o sentimento de dever cumprido. Não foi fácil, mas demonstrámos que assumimos o que assumimos porque acreditávamos que iríamos conseguir, e que iríamos fazer o nosso melhor pelo Rancho e pelo Folclore em geral. Fazemos agora um apelo a todos


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Serra NOTÍCIAS quanto gostam de Folclore, a todos quanto pretendem preservar os usos e costumes, danças e cantares dos nossos antepassados, e acima de tudo a todos quanto pretendem defender as nossas origens e valores associem-se ao grupo, que apoiem quem nele está, quem quer continuar a defender a nossa cultura, e façam-se sócios de uma das colectividades mais antigas da freguesia, e a que mais longe leva o nome de Santa Catarina da Serra. Assumam e disponibilizem-se para futuras direcções, pois o Grupo precisa de gente nova, de gente com novas ideias e novos objectivos. A todos, elementos do Rancho, Junta e população da Freguesia de Santa Catarina da Serra um muito obrigado pelo apoio ao longo deste três anos. Bruno Lains Presidente da Direcção do Rancho Folclórico de São Guilherme

O Rancho Folclórico de São Guilherme comemora neste mês de Setembro o seu 43º aniversário. Mais de quatro décadas a preservar as tradições da nossa terra.

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Américo Vieira não desiste e já pensa nos mundias do próximo ano

“Agradeço todo o apoio que recebi” Américo Vieira participou no final do mês de Agosto, nos mundiais de ciclismo realizados na Áustria. Apesar de à partida levar na bagagem o sonho de juntar o título de campeão do mundo ao de campeão europeu, Américo Vieira mostra-se muito satisfeito com os resultados alcançados. A participação de Américo Vieira aconteceu em duas provas: o contra relógio e a prova de estrada. Quanto ao contra relógio. Américo Vieira frisa o excelente resultado, já que melhorou em mais de dois minutos o tempo do ano passado, pese embora a bicicleta não ser própria para este tipo de prova. “Disputar um contrarelógio com a minha bicicleta, é a mesma diferença entre uma pasteleira e a minha bicicleta. Fiz uma excelente prova, nunca pensei que conseguisse fazer uma média de 40 Km/hora, uma das minhas melhores médias de sempre. Quanto à prova de estrada, “saí mesmo na frente da corrida, e a prova correu bastante bem, anulei uma fuga, sofri bastante, mas como não tenho uma equipa que me ajude, sou abafa-

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do no final, e terminei em 39º lugar.”. “Entrei em forma na altura ideal para ir aos campeonatos do mundo, e consegui representar e levar bem alto o nome da freguesia, e agradeço profundamente àqueles que me ajudaram, nomeadamente à Junta de Feguesia, que me deu um ânimo enorme com a ajuda que me deu. Além disso, a Conmarfel, empresa de construção civil, foi excelente a apoiar-me. Para honrar este apoio, vou preparar-me bem e tentar ganhar o mundial do próximo ano, que será mais fácil do que este ano, já que subo de escalão etário e fico a correr contra ciclitas mais velhos do que eu”. No dia 24, Américo e Célia Vieira participaram na última corrida da época, em Aveiro, e trouxeram ambos a taça de primeiro lugar do respectivos escalões. Célia Vieira juntou este troféu ao primeiro lugar da Corrida da Magueigia, no dia 9, e ao primeiro lugar nas provas de Avelar, Pontevel e de Alfeizerão. “Ganhei uma prova ao domingo, outra à segunda, outra à terça e outra ao sábado, tudo na mesma semana”.


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Serra NOTÍCIAS

Na Loureira: Eleição dos órgãos sociais - Triénio 2007/2009

Disponibilidade para servir / ser solidário De acordo com o artº 18º dos estatutos desta instituição, a direcção actual termina o seu mandato no corrente ano de 2006. Segundo os citados estatutos, deve proceder-se à eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2007/2009. Assim, apelando ao espírito de servir a comunidade, convidamos todos no sentido de se movimentarem de forma a criar um novo grupo para os órgãos sociais de uma instituição meritória, a todos os níveis.

Calendário eleitoral -Data limite para a apresentação de listas: 24horas do dia 27/10/2006. -Apresentação pública das listas: 29 de Outubro de 2006. -Esclarecimentos sobre as listas e propostas: 29/10/2006 a 11/11/2006. -Eleição e confirmação dos novos órgãos sociais: 12/11/2006 às 16 horas, em Assembleia Geral Ordinária, cuja ordem de trabalhos será divulgada em convocatória.

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Pelo Professor António Oliveira

Uma Escola de Todos e para Todos Abriu o novo ano lectivo! Mais de seiscentos alunos divididos entre a Escola sede e as Escolas e Jardins do Agrupamento, partilham do mesmo Projecto Educativo cujos grandes princípios orientadores são: Uma Escola que convirja no aluno como protagonista primeiro e último da intervenção pedagógica. Uma Escola inclusiva e flexível de modo a oferecer modelos de aprendizagem mais consentâneos com as necessidades e interesses dos alunos, com o respeito por todos e por cada um. Que perspective a Escola numa dimensão humanista promovendo o debate, uma postura ética e reflexiva, e o bem estar. Contribua para uma efectiva abertura à Comunidade, garantindo a participação e a iniciativa da sociedade civil e onde não haja lugar à exclusão. Que seja uma Escola baseada na pedagogia diferenciada de adequação, flexibilização e diferenciação. Que objective uma Escola Pública a tempo inteiro, exigente e de qualidade, na diversidade. Que reconheça nos Pais, através dos seus representantes, parceiros de reflexão, análise e debate, reais intervenientes no acto educativo. Entendemos que cada um de nós só existe através da sua relação com os outros, numa dinâmica que enriquece o sujeito e enriquece o conjunto.

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Temos consciência de que um projecto se constrói com todos os intervenientes do processo educativo. Com todos, construiremos uma Escola de Todos e para todos… na preparação para a vida Activa.

outras competências substanciadas por saberes diversos no caminho de uma aprendizagem do que, mais do que Saber, se pretende atingir o Saber Fazer.

Uma Escola a Tempo Inteiro!

Curso de Educação e Formação: Electricidade de instalações

Para dar resposta ao Projecto de Educação do governo, o Conselho Executivo do Agrupamento de Escola e Jardins da Serra estabeleceu uma parceria com a Câmara Municipal de Leiria que permite oferecer aos alunos do 1º ciclo, actividades de enriquecimento para além da actividade curricular disciplinar. Actividade Desportiva, Música e Inglês, são as três modalidades oferecidas a todos os alunos de todos os anos que nelas se queiram inscrever, de forma gratuita. Este projecto permite que os alunos fiquem nos estabelecimentos de ensino até às 17h30m. A partir desta hora, poderão permanecer, por conveniência dos pais, com actividades organizadas sob a responsabilidade das Associações de Pais. Paralelamente a estas actividades, os alunos terão ainda Apoio ao Estudo, da responsabilidade do professor titular, além da disciplina curricular disciplinar de Educação e Formação Social na variante de Educação Moral Religiosa e Católica. Estas ofertas dão continuidade a projectos já antes iniciados, agora com mais amplitude. P retendemos que t a l como é oferecido aos alunos dos 2º e 3º ciclos, estes sejam objecto de u m c u rrículo integral que ofereça outras vivências e desenvolva

Na sua função formadora a Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra objectivando um principio de uma Escola “ que garanta uma efectiva oportunidade de sucesso de todos e de cada um”, abriu este ano lectivo um curso de Educação e Formação, na variante de electricidade de instalações. Este curso, dirigido a alunos que poderiam caminhar para o abandono escolar, irá, em dois anos, proporcionar-lhes um diploma do 9º ano e uma formação de nível dois na modalidade de electricidade de instalações. A opção por este curso surgiu após a audição dos parceiros sociais e com o aval das empresas do ramo da electricidade da Freguesia de Santa Catarina da Serra que se dispõem a recebê-los para estágio, no segundo ano. O curso tem uma componente sócio-cultural com as disciplinas de Português , Língua Estrangeira, Cidadania e Mundo Actual, Tecnologias de Informação e Comunicação, Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho e Educação Física; uma componente da formação científica, Matemática Aplicada e Ciências Físico Químicas. O curso de Formação tecnológica, Electricidade de Instalações, e a respectiva formação em contexto de trabalho (estágio). Próximos projectos poderão aparecer depois de auscultarmos os parceiros sociais. Este curso dá resposta ao princípio inscrito no nosso Projecto Educativo. “Promover, dentro do princípio de uma Escola Inclusiva, de medidas de intervenção orientadas para o sucesso de alunos em risco de abandono”.


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Serra ENSINO

Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra

Campo de Férias de Verão Decorreu, na Escola Básica Integrada de Santa Catarina da Serra, mais um campo de férias de Verão, organizado pelas associações de pais do Agrupamento. O balanço foi extremamente positivo dado que em relação ao ano anterior houve possibilidades de diversificar as actividades internas oferecidas aos utentes assim como aumentar as visitas para o exterior. Em média, a frequência semanal foi de 37 crianças. As actividades de Julho foram já publicadas numa das edições anteriores. No mês de Agosto, as actividades oferecidas foram: - na sala de aulas As actividades temáticas versaram os animais, as artes, o teatro, tema livre e a Natureza, tendo as crianças levado para casa os objectos por elas construídos. As saídas para o exterior tiveram diversos destinos: Uma ida às piscinas municipais de Ourém. Um passeio de comboio em Fátima e piquenique nos Valinhos. Uma visita às grutas da Moeda em S. Mamede seguido de piquenique.

Uma ida à praia de São Martinho do Porto. Uma ida às piscinas municipais da Batalha, situadas em Reguengo do Fetal. A comissão organizadora quer aproveitar este espaço para agradecer a colaboração da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra, no empréstimo da carrinha para as saídas ao exterior, ao Conselho Executivo do Agrupamento, cedência das instalações, ao Centro de Saúde pela disponibilidade de realização das acções de formação, aos professores de Educação Física e de Músi-

ca da EBI, às monitoras, cozinheiras, auxiliares e a todos os outros funcionários que trabalharam com carinho e profissionalismo. A realização de campos de férias possibilita que os Pais possam, enquanto trabalham, deixar os seus filhos em segurança, podendo estes desenvolver uma série de actividades que lhes permitem aumentar as vivências que contribuirão para a sua formação integral. Sandrina Ribeiro Pereira (coordenadora do campo de férias)

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Notícias dos Bombeiros da Serra

“Vão começar os almoços dos Bombeiros” O Verão é a estação do ano em que mais se fala nos Bombeiros. E não admira, já que, apesar de manterem actividades durante todo o ano, é nesta estação que a sua acção e os meios de que dispõem se tornam mais importantes. Ao contrário do que se notíciou acerca do mês de Julho, o mês de Agosto exigiu um grande trabalho aos nossos soldados da paz sobretudo com os incêndios na freguesia da Caranguejeira mas também com alguns casos na nossa terra. Estas ocorrências vieram manchar um Verão que até agora se mostrava tranquilo para a secção de Santa Catarina. Os casos mais graves aconteceram no incêndio da encosta de Caldelas e Soutos e na tentativa de queimar a mancha florestal entre a estrada que liga Olivais ao Cercal e a EN 113, na zona entre Olivais e Quinta da Sardinha, com os lugares de Vale Sumo e Sobral. Em ambos os casos, tanto a Associação como os próprios Bombeiros, estão convencidos, de que “foi graças à proximidade em relação às tentati-

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vas de fogo posto na nossa freguesia e ao grande e excelente trabalho desenvolvido em relação ao fogo na vizinha freguesia da Caranguejeira, que se evitaram danos maiores”. Os responsáveis da associação salientam também o “reconforto que os nossos bombeiros sentem com o apoio recebido, quer da população dos lugares mais envolvidos da vizinha freguesia, quer da própria autarquia local”.

Actividades da Associação Agosto e Setembro trouxeram, de novo, a participação activa em vários eventos que decorreram na freguesia, para lá da iniciativa de angariar novos sócios durante os dias em que decorreram as festas em honra do Sagrado Coração de Jesus, ainda em Agosto. A Associação congratula-se com a adesão conseguida, e “agradece publicamente, quer aos festeiros (homens e mulheres de 40 anos), a disponibilidade do espaço cedido, quer a todos os que se fizeram sócios (cerca de 40), e àqueles que aproveitaram para fazer o pagamento das suas quotas”. Já em Setembro, a Associaçãopa r t icipou na III Concentração Vespinga, que decor reu nos dias 16 e 17 nos parques dos pav i l hões de sp or t i v o s e do pavilhão de exposições no complexo desportivo da UDS. Segundo os responsáveis, esta foi ma is uma oportunidade, “que muito agradecemos à Vespinga, de

explorar um espaço que permitiu desenvolver um jogo de sorte, com a finalidade de angariação de alguns euros tão preciosos na gestão da nossa Secção de Bombeiros. Agradeço ainda a todas as empresas contactadas, que ao darem gratuitamente brindes publicitários, permitiram que a receita adquirida, fosse totalmente lucrativa e a rondar as duas centenas de euros). Apenas uma semana depois da nossa participação na concentração de vespas, a Associação voltou a “associar-se” à iniciativa de outra associação, no caso o Rancho Folclórico de São Guilherme, por ocasião do seu 43º aniversário”. Segundo Virgílio Gordo, esta é uma iniciativa inédita no nosso meio associativo, já que se trata não de uma colaboração mas de “uma parceria com outra associação da freguesia. Como o dia do coração é um evento que faz todo o sentido ser organizado pela associação dos bombeiros, estando este ano previsto no mapa de actividades do Rancho Folclórico de S. Guilherme, inserido no seu programa do 43º aniversário, a solução encontrada pelas respectivas direcções, foi a de fazer uma parceria, para a realização do tal passeio de bicicleta”. Quanto ao mês de Outubro, estão previstas algumas actividades, nomeadamente almoços de angariação de fundos, a começar no no Ramo do Vale Tacão no Domingo, dia 8, e no Vale Sumo, duas semanas depois, no dia 22. A direcção desta Associação relembra “a importância destes almoços no equilíbrio financeiro da associação” e salienta por isso que “será bom, que tal como aconteceu em 2005, a população responsa presente, possibilitando uma gestão mais fácil e harmoniosas da nossa secção”.


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Serra CARTÃO ÚNICO

O Luís é a voz que ouvimos quando telefonamos para os nossos bombeiros

“Gosto muito de poder ajudar” Chama-se Luís, tem 27 anos, vive na Cova Alta, e muito provavelmente já atendeu um telefonema seu quando você mais precisava. Sim, porque trabalhar nos bombeiros diariamente possibilita-lhe fazer aquilo que mais gosta: ajudar quem precisa de ajuda. Luís é filho de Carlos Manuel Marques Costa e de Conceição Inácia dos Santos. Tem uma irmã mais nova que se chama Carla Cristina Santos Costa. Começou em criança por estudar na escola primária do CRIF em Fátima, e depois estudou até ao 9 ano de escolariedade no Centro de Estudos de Fátima. A trabalhar como efectivo na Secção de Bombeiros de Santa Catarina da Serra há já 7 anos, dos serviços que executa no seu dia-a-dia, o que mais gosta de fazer é atender tele-

fonemas, estar como telefonista, e o que menos aprecia é fazer a escrita dos bombeiros. De todas as pessoas que ajudou, recorda uma senhora grávida que chamou a ambulância por telefone e não desligou até que a ambulância chegasse a sua casa, e durante alguns minutos, o Luis esteve a escutar e acalmar a grávida. Os seus dias são quase todos passados na actual sede dos bombeiros, onde está normalmente das 9 às 17 horas. Até entrar nos bombeiros jamais tinha imaginado que poderia vir a tornar-se soldado da paz. Nos tempos livres gosta de jogar computador e de ver filmes. Tem muitos sonhos que espera ver concretizados no futuro, um deles, trabalhar na nova sede dos bombeiros.

Cartão Único Nome: Luis Miguel Santos Costa Idade: 27 anos (28 em meados deste mês) Altura: 1 metro e 70 Data de Nascimento: 15/10/1978 Estado Cívil: Solteiro Prato favorito: Qualquer um bem confeccionado, menos lulas e sardinhas. Filme favorito: Filmes de Acção. Livro Favorito: Livros de acção Clube Favorito: Benfica Desporto Favorito: Futebol Objectivo imediato: Ir lanchar... Objectivo a médio prazo: Que se faça uma nova sede para os Bombeiros da Serra. Objectivo a longo prazo: Que o futuro não seja pior que o presente.

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Serra ACADÉMICOS

Por Nelson Santos*

Estudar... “Um bêbado pode estar horas e horas a olhar para uma garrafa do melhor vinho, que se não o beber, não ficará embriagado…” Sabedoria Popular Um dos grandes desafios da nossa sociedade passa pela questão do emprego dos cidadãos, e na realidade apresenta-se como um problema de difícil solução, em países mais ou menos desenvolvidos. Muitas vezes no nosso meio, surge a situação de alguém que tem dificuldade em arranjar um emprego, principalmente jovens que acabando os seus estudos procuram entrar no mercado de trabalho. É com o pensamento num futuro emprego que muitos jovens na altura de decidir o seu futuro académico preferem um ou outro curso, abdicando mais ou menos dos sonhos que foram alimentando ao longo da infância e adolescência. Escolher um futuro profissional, é muitas vezes um “tiro no escuro”. Lembro-me de muitos amigos que planearam e estudaram para determinada profissão e neste momento exercem outra completamente diferente. Mas será que valeu a pena o estudo? Sem dúvida que valeu. A experiência de sair de sua casa para ir estudar para uma outra cidade é logo um enriquecimento pessoal, depois o contacto com outros jovens, professores, etc, preenche este processo de evolução pessoal. Assim estes 3,4,5 e mais anos de estudo transformam-se em um conjunto de exigências, motivações e experiências que fazem crescer exponencialmente qualquer indivíduo. Mas dentro desse mundo de livros e não só, a forma como é entendido o estudo e a formação pessoal em sentido mais lato, difere de aluno para aluno, mas possibilidades de conhecer, de experimentar, de correr mundo aparecem como forma de evolução e crescimento.

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Lembro-me da experiência de fazer Erasmus, que em poucas palavras se explica pela possibilidade de parte dos estudos se fazerem em outro pais. É um desafio estimulante para qualquer jovem, basta deixar para trás alguns receios e arriscar. Correr mundo, abrir portas ao conhecimento, ao encontro de culturas, ao intercambio de ideias e ideais, é uma oportunidade única que quem tiver possibilidade de fazer não deve perder. O mundo está cada vez mais pequeno…. Os pais, que quantas vezes, abdicam de tantas coisas para dar aos filhos, procurem incutir um espírito de desafio à vida dos seus, não é dando tudo o que eles lhe pedem, mas ensinando como o deverão encontrar, uma experiência de trabalho em part-time é muitas vezes melhor que um ano inteiro de aulas… Recordo a história de pessoas estrangeiras que conheci, que com pouco mais de vinte anos, tinham uma bagagem de conhecimentos adquiridos que me deixavam pequeno ao seu lado, e não tinha sido por excesso de dinheiro, mas sim com muita imaginação, muito trabalho e com vontade de arriscar. Enfim, tirar uma licenciatura é

muito mais do que passar horas à frente do livros. Estudar hoje tornouse um estilo de vida. Viver, conhecer, arriscar é a melhor forma de estudo, e se embora as coisas não corram de feição, no fim não poderá dizer que foi por preguiça ou por desleixo, mas sim que tudo fez para que anos depois se sinta orgulhoso da sua luta. Até porque nunca se acaba de estudar, um mestrado, um doutoramento, são etapas que não estão muito distantes… No meio deste cenário de irreverência e desprendimento do comodismo, a questão de um emprego surge como uma etapa onde cada um se encontra preparado para lutar e no fim vencer também esse desafio. E se no inicio a palavra “bêbado” vinha a seguir da palavra “estudar” a associação pode indiciar a imagem negativista que muitos tem do estudante. Mas neste caso é exemplo de que para se atingir um objectivo é necessário deixar que ele entre na nossa vida, somente assim se conseguirá alcançar a meta da realização profissional e pessoal. *Estudante da Licenciatura em Marketing, na ESTG (IPL), residente no Vale Tacão


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Serra NOTÍCIAS SITE

http://www.hi5.com/friend/group/displayGroupFront.do?groupId=454972

Santa Catarina da Serra no HI5 A internet está a mudar com a chamada geração Blog. Esta geração caracteriza-se basicamente pela colocação de informações mais ou menos pessoais, acessíveis a toda a rede em qualquer parte do mundo. A par desta tendência surgiu um meio de cada pessoa ter um pequeno espaço na net, onde cada um pode colocar fotografias e alguns dados pessoais. Depois podemos criar uma rede desses pequenos espaços, de amigos ou mesmo desconhecidos. Esta rede adoptou o nome de HI5 e tem obtido bastante sucesso sobretudo junto dos mais jovens, que assim se expõem na net, em busca de reverem alguns amigos, trocarem mensagens, procurarem alguém ou mesmo criar comuni-

dades virtuais de contactos. Foi isso mesmo que uma conterrânea fez: criou um grupo intitulado Santa Catarina da Serra e convidou alguns colegas da nossa terra a aderir. A rede encarregouse de divulgar o endereço, e em pouco tempo este espaço virtual de Santa Catarina da Serra já conta com mais de 70 inscritos. Interessante é ver que a maior parte dos inscritos são jovens estudantes cá da terra, que assim não perdem o contacto dos seus amigos de infância, estejam eles onde estiverem. Uma boa ideia que a Vânia da Donairia teve, e um local que qualquer pessoa pode visitar e até quem sabe, inscrever-se...

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Serra AGENDA

Em Outubro sê prudente: guarda pão, guarda semente

Agenda de Outubro Quinta Feira, dia 5 Feriado Nacional da Implantação da Republica.

Sexta Feira, dia 27 Comemoração do 30º aniversário da União Desportiva da Serra

Domingo, dia 8 Almoço de Angariação de fundos para apoio à Associação dos Bombeiros da Serra, no Vale Tacão, na sede do Centro Cultural e Recreativo.

Domingo, dia 22 Almoço de Angariação de fundos para apoio à Associação dos Bombeiros da Serra, no Vale Sumo.

Domingo, dia 15 Almoço do Rancho Folclórico de São Guilherme

Domingo, dia 29 Festa da Profissão de Fé das crianças que frequentaram o 6º ano da Catequese.

FICHA TÉCNICA DIRECTOR Francisco Rebelo dos Santos DIRECTOR-EXECUTIVO Pedro Costa TEXTOS, FOTOGRAFIA e PAGINAÇÃO Amândio Santos PUBLICIDADE Alda Moreira IMPRESSÃO Mirandela SA TIRAGEM 3 000 exemplares PATROCINADORES PERMANENTES Construções J.J.R. & Filhos, S.A. LubriFátima MaiaPerfil - Matalomecânica, Lda. Lena Construções JRP/TPB Casa Costa Clinifátima Iriamédica Esta revista é um suplemento local que integra a edição n.º 3628, de 29 de Setembro de 2006, do Semanário REGIÃO DE LEIRIA e não pode ser vendida separadamente.

Participe A sua opinião conta. Agora a VOZ DA SERRA disponibiliza um endereço de correio electrónico que pode usar para nos fazer chegar as suas opiniões, notícias e impressões. O endereço é: vozdaserra@regiaodeleiria.pt Mantemos ainda em funcionamento um Ponto de Apoio ao Leitor na Papelaria Bemposta, no centro da vila de Santa Catarina da Serra. Porque a participação activa dos nossos leitores é essencial, tem duas plataformas possíveis de colaboração. Queremos ouvi-lo sobre os assuntos que gostaria de ver abordados, para enriquecer esta publicação, podendo ainda abordar outras questões que considere pertinentes.

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