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Gaming Jogos feitos à medida do sapatinho

5 prendas para um sapatinho de gamer

A quadra natalícia é habitualmente estratégica para a indústria dos videojogos, que procura ver os seus títulos mais recentes embrulhados em papel de presente. 2020 não foi exceção, com muitas novidades nos últimos dois meses do ano. Conhece algumas!

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#1 Assassin’s Creed Valhalla

O 12.º título principal da série Assassin’s Creed volta a centrar-se num período histórico concreto. Depois das civilizações egípcia e grega, Assassin’s Creed Valhalla transporta os e as jogadoras até ao universo dos Vikings. Em específico, o enredo do novo título da Ubisoft acompanha as invasões da Grã Bretanha, no final do século IX. Como é habitual nesta saga, o jogo desenrola-se em mundo aberto, acompanhando a história da personagem principal – o guerreiro ou guerreira Eivor. Depois de fundar a sua aldeia, os jogadores deverão fortalecer a sua influência em outras regiões da ilha, explorando um mapa de grandes dimensões que guarda várias missões paralelas que complementam a main quest. O título foi recebido com críticas globalmente positivas, sendo destacada a beleza das paisagens e ambientes retratados.

#2 Cyberpunk 2077

Se Cyberpunk 2077 já era um dos jogos mais esperados do ano, o anúncio de novo adiamento na data de lançamento, no início de novembro, apenas aguçou o apetite de gamers de todo o mundo. O jogo deverá agora chegar às lojas no dia 10 de dezembro, dando a conhecer o trabalho realizado, ao longo dos últimos anos pela CD Projekt Red – o estúdio polaco que conquistou grande reputação depois de The Witcher 3: Wild Hunt e que é conhecido pela atenção ao detalhe e pelo empenho em construir em profundidade o mundo aberto onde se desenrolam os seus jogos. “Night City”, onde se desenrola a ação de Cyberpunk 2077, é uma metrópole californiana com seis regiões diferentes, totalmente exploráveis, e onde as várias decisões tomadas pelo jogador vão influenciar o desencadear da sua história.

#3 Kingdom Hearts: Melody of Memory

A série Kingdom Hearts chegou em 2002, apresentando aos gamers um universo que reúne várias criações da Disney e personagens da série Final Fantasy. Kingdom Hearts: Melody of Memory é o 14.º título da saga, dando continuidade aos acontecimentos de Kingdom Hearts III. Definindo-se como um rhythm action game, o jogo coloca à prova o sentido de ritmo dos jogadores, desafiando a pressionar os botões no tempo correto. Para além de uma vertente multiplayer (que permite criar até quatro equipas de três jogadores), o novo título da Square Enix inclui um modo campanha, que explora, ao longo de diferentes palcos, o passado da saga.

#5 Marvel’s Spider-Man: Miles Morales

Uma das principais apostas da Sony para o lançamento da PlayStation 5, o título Marvel’s Spider-Man: Miles Morales tem gerado bastante entusiasmo na comunidade gamer. Este é o segundo jogo da série estreada em 2018, sendo que, depois de Peter Parker, é agora a vez de Miles Morales ser o protagonista central do jogo – ele que surgiu no universo Marvel em 2011. O novo título da Insomniac Games é jogado numa perspetiva de terceira pessoa, oferecendo ao jogador a possibilidade de explorar os bairros de Manhattan, em Nova Iorque, balançando em teias através de prédios. Tal como o seu antecessor, o jogo tem recebido boas críticas, sendo destacada a evolução da jogabilidade.

#4 Watch Dogs: Legion

Outro dos títulos que tem sido recebido com bastante entusiasmo é Watch Dogs: Legion – um jogo que dá continuidade ao trabalho desenvolvido pela Ubisoft ao longo da série com o mesmo nome, que conta com jogos lançados em 2014 e em 2016. Desta vez, o universo de Watch Dogs viaja até uma Londres distópica, no início da próxima década, colocando o foco, como é habitual nesta saga, na relação com as novas tecnologias e, em específico, com a atividade do hacking. Uma das principais novidades incluída em Legion está no facto de existirem várias personagens jogáveis, que podem ser controladas em momentos diferentes para completar missões.

7 Profissões para quem quer trabalhar no mundo do espetáculo

Seja no Teatro, na Música, na Dança ou em outras artes performativas, há muitas formas de trabalhar no mundo do espetáculo, sem se ser necessariamente artista ou intérprete. Fica a conhecer algumas delas.

#1 Agente e Manager

Por vezes vistos como tendo funções similares, agentes e managers têm responsabilidades bastante diferentes, na sua relação com o mundo do espetáculo. O ou a agente, também denominado de booker, tem como principal preocupação efetuar marcações e vendas de um espetáculo, estabelecendo contactos com possíveis interessados e respondendo a pedidos de informação sobre custos e logística, por exemplo. Já o ou a manager é responsável por gerir a carreira de um artista, habitualmente desenhando estratégias nas áreas musicais e de comunicação. Uma formação superior na área da Gestão poderá ser útil, sendo que competências de comunicação interpessoal, coordenação de equipas e de organização serão importantes.

#2 Coreógrafo/a

Sendo um criador, o coreógrafo ou a coreógrafa não tem necessariamente de ser intérprete. Movendo-se no campo da dança, estes e estas profissionais podem centrar a sua atividade em várias especialidades que vão do ballet à dança contemporânea, passando por vários géneros. O objetivo do seu trabalho passa por exprimir ideias através da dança e de gestos corporais, elaborando movimentos e sequências. O seu trabalho pode resultar num espetáculo de dança ou incorporar outros espetáculos (musicais, teatrais ou televisivos). A capacidade de criação, musicalidade e sentido estético serão por isso muito relevantes. Existem cursos superiores de Dança que habilitam para esta profissão, sendo que ela é precedida, habitualmente, de alguma experiência enquanto bailarino ou bailarina.

#3 Direção de Cena (Stage Manager)

Tradicionalmente, no mundo do Teatro, o Diretor ou Diretora de Cena assegura a coordenação de tarefas que rodeiam a execução técnica de um espetáculo, certificando que atores e técnicos cumprem a sua função no momento certo. Por essa razão, este trabalho é realizado em grande proximidade com o/a encenador/a que, normalmente, toma decisões criativas ligadas à expressão artística. Estes profissionais surgem também em espetáculos musicais, sendo responsáveis pela organização de trabalhos que acontecem em palco. Competências de organização serão muito importantes para estes e estas profissionais, que necessitam também de possuir capacidade de adaptação e de resolução de imprevistos.

#4 Figurinista

Os e as figurinistas são os responsáveis por criar e elaborar o figurino utilizado por personagens de uma produção artística que pode ser teatral, musical ou televisiva. Por essa razão, trabalham de perto com os outros intervenientes do espetáculo como artistas, produtores ou encenadores. A visão estética do criador (coreógrafo, criador ou diretor artístico) será o ponto de partida para o figurino, cabendo a estes profissionais a sua adaptação aos usos e movimentos do performer. Criatividade, capacidade de execução e adaptação serão por isso fundamentais nessa profissão que implica experiência na área do design de moda, existindo formação superior especializada.

#5 Produtor/a

A palavra produtor ou produtora designa um profissional que contrata, organiza e supervisiona a realização de tarefas relacionadas com a execução de um espetáculo. Por essa razão, os produtores e produtoras estabelecem planos de ação e gerem orçamentos, realizando tarefas como a marcação de hotéis e viagens ou contratação de serviços necessários (drivers, fotógrafos/as ou equipas de limpeza, por exemplo). Como tal, estes profissionais devem possuir um grande sentido de responsabilidade e organização, bem como capacidade de comunicação e de resolver problemas. Podem deter formações superiores na área da produção (uma variante incluída em vários cursos na área do Cinema, Teatro ou Música).

#6 Programador/a Cultural

O trabalho muitas vezes invisível dos programadores e programadoras passa por desenhar e implementar uma estratégia cultural para uma estrutura (como um teatro ou um centro cultural) ou uma região (normalmente um município), escolhendo os vários espetáculos/iniciativas que vão compor uma determinada temporada ou ciclo. Como tal, estes profissionais devem estar atentos, não só ao interesse do público para quem programam, mas também às oportunidades de contratação de espetáculos que venham a ter um impacto positivo na comunidade. Nesse sentido, o programador terá de manter um contacto próximo com representantes de vários setores, conhecendo as características da sua comunidade, de forma a maximizar o efeito da sua ação. Sentido de responsabilidade, conhecimento cultural e capacidade de empatia serão muito relevantes nesta tarefa, sendo que existe alguma oferta de formações de ensino superior especializadas nesta área.

#7 Técnico/a (Som, Luz e Vídeo)

Os técnicos trabalham os vários elementos que compõem o espetáculo, sendo que, habitualmente, são especializados num deles. O técnico de som analisa o espaço para responder às necessidades do espetáculo, criando um desenho de som, tendo em conta, por exemplo, a acústica ou a dimensão do local. Já o técnico de luz prepara o sistema de iluminação, criando um setup que se enquadre na criação artística em palco. Mais recentemente, as possibilidades tecnológicas abriram caminho ao técnico de vídeo que é responsável pela criação e transmissão de conteúdos audiovisuais durante o espetáculo. Para além de realizarem a preparação do local, durante o sound e light check, estes profissionais trabalham a performance ao vivo, cumprindo o plano estipulado à partida para realização do espetáculo. Podem ter formação nas áreas de Engenharia de Som, Teatro (variante Técnico de Luz e Som) ou Multimédia.

Super-heróis tentam sobreviver à pandemia

No dia 25 de dezembro, Wonder Woman 1984 chega aos Estados Unidos da América, estreando simultaneamente nas salas de cinema e em streaming. A decisão evidencia a tentativa da indústria de filmes de super-heróis em adaptar-se aos efeitos da pandemia da Covid-19.

“Um verão sem nenhum super-herói”. Era desta forma que, em abril, Alyssa Rosenberg previa o verão de 2020, destacando como a pandemia da Covid-19 tinha forçado os estúdios a adiar o lançamento de alguns dos seus filmes teoricamente mais lucrativos. Foi esse o caso de Wonder Woman 1984, originalmente com estreia marcada para o verão de 2020, mas sucessivamente adiado. Outro exemplo é The Batman, entretanto reagendado para... março de 2022. Tal como no universo cinemático da DC Comics, também a Marvel Studios

As dificuldades da indústria do cinema, em 2020, surgem na sequência de um ano muito lucrativo. O Forum Económico Mundial calcula que, em todo o mundo, a venda de bilhetes de cinema tenha atingido um máximo histórico em 2019: 42 mil milhões de dólares.

se viu obrigada a adiar todas as datas da sua famosa “fase quatro” – até à chegada de Black Widow, em março de 2021, serão 22 meses sem nenhuma adição ao seu universo cinematográfico. O resultado é uma grande concentração de aparições de super-heróis, durante os 16 meses seguintes: Entre Marvel e DC, um total de 11 filmes de super-heróis têm estreia marcada para esse período. Todos estes adiamentos têm uma explicação simples – o impacto financeiro da pandemia da Covid-19 nas receitas de bilheteira. Estas receitas são o motor que alimenta uma indústria que se tem evidenciado especialmente lucrativa em anos recentes. O Fórum Económico Mundial calcula que, em todo o mundo, a venda de bilhetes de cinema tenha atingido um máximo histórico em 2019: 42 mil milhões de dólares. Grande parte do crescimento das receitas de bilheteira, ao longo das últimas décadas, deve-se ao crescimento do mercado chinês. Entre 2009 e 2019, a receita média de bilheteira estagnou na maioria dos restantes países (tendo mesmo diminuído em alguns mercados históricos, como a Índia), tendo a China aumentado esse valor em 860%. Durante 2020, os cinemas chineses estiveram fechados seis meses, o que explica, em parte, a estratégia de adiamento adotada até agora.

Luzes, câmara… Streaming

Em agosto, a Warner Bros realizou uma aposta diferente dos adiamentos anunciados até então: lançou o mais recente filme de Christopher Nolan nas salas de cinema norte-americanas. As receitas de bilheteira ficaram-se pelos 60 milhões de dólares nesse país – um valor que é bastante reduzido face aos 360 milhões angariados em todo o Mundo. “Tenet foi apresentado como o salvador das salas de cinema, como o filme que traria os cinemas de volta à vida. Em vez disso, tornou-se um prenúncio da desgraça”, concluía a Entertainment Weekly, em setembro. Agora, escreve o mesmo portal, seria a vez de Wonder Woman 1984: “Se há filme capaz de trazer de novo espectadores, será um filme de super-heróis”. Contudo, a Warner apostou numa estratégia diferente. Depois da estreia mundial nos cinemas, no dia 16 de dezembro, o filme vai estrear nos Estados Unidos a 25 de dezembro, sendo disponibilizado, no mesmo dia, numa plataforma de streaming. “Oferecemos aos fãs o poder de escolher entre ir ao cinema local ou ver a estreia no HBO Max”, explica o CEO do estúdio, Jason Kilar, num artigo publicado na plataforma Medium. “É a primeira vez que vamos poder decidir exatamente onde e quando queremos ver um potencial blockbuster”, escreve Peter Kafka, no portal Vox, explicando que difere das várias estratégias adoptadas por outros estúdios, depois dos adiamentos. A Disney, por exemplo, também utilizou uma plataforma de streaming para estrear Mulan, mas pedia o pagamento de 30 dólares adicionais. A aposta é vista também como uma forma de diversificar a forma de chegada ao espectador, num contexto em que a indústria de filmes de super-heróis poderá sofrer um impacto

[…] estúdios como a Marvel enfrentam um grande dilema: equilibrar a forma como fazem crescer a expectativa dos fãs, enquanto permitem que títulos como Black Widow sejam consecutivamente adiados.

especialmente forte. Isto tendo em conta que a produção deste tipo de filmes é especialmente cara – Wonder Woman 1984, por exemplo, custou 200 milhões de dólares, sem incluir verbas de promoção. Nesse sentido, conclui Ryan Gillbey, escrevendo no The Guardian, estúdios como a Marvel enfrentam um grande dilema: equilibrar a forma como fazem crescer a expectativa dos fãs, enquanto permitem que títulos como Black Widow sejam consecutivamente adiados.

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