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CJSR Uma capital que chega a todo o país
A Capital Jovem da Segurança Rodoviária vai passar por todo o país
Durante cinco dias, de 14 a 18 de dezembro, escolas de todo o país associam-se à Lisboa Capital Jovem da Segurança Rodoviária, realizando atividades sobre este tema.
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Desde 2013, a Capital Jovem da Segurança Rodoviária tem realizado ações de sensibilização para este tema, tendo já passado por sete cidades –
Coimbra, Braga, Aveiro, Leiria, Porto,
Viseu e Castelo Branco. Em 2020, é a cidade de Lisboa que se assume como o foco central da disseminação da mensagem de segurança nas estradas junto dos jovens. Habitualmente, este projeto da Forum
Estudante, do Automóvel Club de Portugal (ACP), da BP Portugal e da
Brisa realiza uma ou mais semanas foco, durante as quais se concentram ações de sensibilização para a importância da segurança rodoviária, em conjunto com parceiros locais e nacionais. Esta iniciativa conta ainda com o apoio da Direção-Geral da
Educação, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e da
Associação Salvador, bem como dos municípios e instituições de ensino superior locais. O ano de 2020 colocou obstáculos à realização das ações habituais de sensibilização, sendo necessária uma adaptação às circunstâncias, de forma a cumprir as regras de higiene e segurança. Nesse sentido, a semana foco da Lisboa Capital Jovem da Segurança Rodoviária vai ser nacional, com a realização de atividades em escolas de todo o país. Esta foi a forma encontrada de espalhar a mensagem de segurança nas estradas a partir da própria comunidade escolar, sem a interferência de elementos externos. Para ajudar as escolas a mobilizar e impactar as suas comunidades de forma segura, a Forum Estudante preparou um guião de atividades de caráter prático a desenvolver. Quizzes, jogos, percursos simulados são alguns exemplos de ações propostas, que se adaptam aos públicos dos diferentes ciclos de escolaridade do ensino básico e secundário. De igual forma, foi também prepa-
rada uma compilação de materiais
didáticos disponíveis online, que poderão ser utilizados como suporte para uma aula diferente, abordando a temática da prevenção e segurança rodoviária. Entre estes materiais e fichas de trabalho contam-se recursos sobre o uso da “cadeirinha” ou a elaboração de cartazes e folhetos, por exemplo.
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Porquê uma Capital Jovem da Segurança Rodoviária?

A mortalidade em acidentes rodoviários é a principal causa de morte entre os jovens dos 18 aos 24 anos, sendo que o risco de morte em acidentes rodoviários dos jovens é 30% superior ao resto da população. Por essa razão, é necessário mobilizar a opinião pública nacional, em particular os jovens, para a importância fulcral da Segurança Rodoviária. Para mais, estamos na
Década de Ação para a Segurança
Rodoviária (2011/2020) e é necessário desenvolver práticas inovadoras para a mudança de mentalidades. A opção pelo público infantil e juvenil é justificada pela capacidade que têm de levar até ao seio das famílias os conceitos de prevenção rodoviária e a mudança de atitudes.
“Não atropele os seus planos”. Quando as regras salvam vidas

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Pública (PSP) uniram esforços para realizar a campanha “Não atropele os seus planos”. O objetivo final passa por diminuir o número de atropelamentos – fenómeno que continua a causar uma parte significativa das vítimas mortais nas estradas portuguesas. Com o objetivo de alertar os condutores e peões para a importância de cumprir as regras de segurança rodoviária, ANSR, GNR e PSP apelaram aos cidadãos que adotassem cuidados redobrados na estrada, tendo em vista evitar atropelamentos. Nos dias 24 e 25 de novembro, foram realizadas ações de sensibilização e fiscalização em Lisboa, Viseu, Coimbra, Sintra e Pombal. Os números de sinistralidade rodoviária continuam a mostrar a grande preponderância dos atropelamentos no número de vítimas mortais nas estradas portuguesas. Entre 2010 e 2109 morreram mais de 1500 pessoas vítimas de atropelamento, por exemplo. De acordo com o intendente da PSP, Nuno Carocha, citado pela TVI, os atropelamentos representam mesmo 20% da sinistralidade com vítimas. O número de atropelamentos tem crescido, ao longo dos últimos anos, de forma generalizada. Em 2018, por exemplo, morreram 105 pessoas atropeladas, num aumento quase de 20% face ao ano anterior. Uma tendência que já se tinha verificado em em 2017 (subida de 12%). Nos primeiros 9 meses de 2020, mesmo com a redução de tráfego resultante da pandemia da Covid-19, registou-se o mesmo número de atropelamentos que no ano anterior.
Regras cumpridas, estradas seguras
O esforço de sensibilização junto dos condutores para esta temática durante a campanha “Não atropele os seus planos” surge no seguimento de outras campanhas como a operação “Peão em Segurança”, realizada no início de 2020, por exemplo. Olhando as estatísticas, é fácil de compreender o porquê. A probabilidade de um peão morrer vítima de atropelamento é de 10% se o condutor circular a 30 km/h. Se a velocidade for de 50 Km/h, essa probabilidade aumenta mais de 8 vezes. Para além do cumprimento das regras por parte dos condutores, será também importante que os próprios peões se protejam. Os peões são os utilizadores mais vulneráveis da estrada, uma vez que não possuem qualquer tipo de proteção. Recorda algumas das principais regras que podem garantir a tua segurança, quando te deslocas pelo teu próprio pé.
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Regras para um peão seguro
#1 Circulando sozinho
Circula sempre nos passeios e do lado direito deste. Esta é uma das regras básicas a cumprir, até porque, quando se dá um encontro entre dois peões, deve assegurar-se que quem circula do lado da estrada do passeio esteja virado de frente para os veículos. No caso de não existir passeio, deves circular do lado esquerdo, de frente para os veículos e o mais longe possível da faixa de rodagem.
#2 A pé e em grupo
No caso de circulares em grupo, em passeios estreitos, bermas ou em estradas sem berma ou passeio, o trajeto deve ser feito em fila indiana. Independentemente de estares sozinho ou em grupo, a principal regra para um peão é “ver e ser visto”. Por isso, tem em conta as tuas deslocações na via pública, para que não apareças de repente por detrás de um obstáculo.

#3 Na passadeira
Na passadeira, coloca-te do lado direito para não chocares com os peões que circulam no sentido contrário. Antes de atravessar, olha para a esquerda, para a direita e novamente para a esquerda, verificando a velocidade a que circulam os veículos e certificando-te que eles param efetivamente antes de seguires a tua marcha. Manter contacto visual com o condutor ou condutora é a melhor forma de garantir que te está a ser cedida passagem.
#4 E à noite?
O mais importante é que te tornes visível. Por isso, escolhe roupas claras ou até material retrorrefletor. Um peão com este tipo de material é visto a cerca de 150 metros de distância, bastante mais do que alguém com roupas claras (50 metros) ou escuras (100 metros). Pela mesma razão, uma lanterna, principalmente se circulares em estradas pouco iluminadas, é sempre útil.