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Fama Bárbara Tinoco em entrevista

Bárbara Entrevista a Tinoco

mulher «Gosto de pôr a fora do papel da menina inocente»

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Aos 22 anos, Bárbara Tinoco prepara-se para pisar os palcos dos coliseus, com atuações em Lisboa, no Porto e em Ponta Delgada. Os concertos servem de apresentação de “Bárbara,” o seu primeiro álbum, lançado a 22 de outubro. Em entrevista à FORUM, a artista partilha o seu processo criativo e conta como este trabalho foi também uma autodescoberta: “[Este álbum] sou eu a descobrir-me [...] enquanto pessoa, compositora, mulher, artista”.

Entrevista por Joana Silvério

Estudaste Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, que saberes é que achas só encontras num curso no ensino superior?

Eu acho que a faculdade é muito importante e quando era mais nova não

«As canções às vezes são só um desabafo [...] E depois há canções que surgem da vontade de falar sobre certas coisas, em que tens algo específico a dizer»

percebia a importância de estudar. Eu não queria ir para o ensino superior e ainda bem que os meus pais me obrigaram a ir, porque são anos mesmo importantes na nossa formação. A faculdade dá muitas ferramentas, desenvolve o trabalho de equipa, a forma de estar com os outros e contigo – são os últimos anos antes de ser adulto.

Que memórias tens dos tempos em que estudavas?

Eu sou uma pessoa muito pouco académica no espírito. Não bebo álcool, não saio à noite, não vou a discotecas. Não me identificava com a praxe, porque não sou boa em dinâmicas de grupo, mas acho que é um bom ambiente para fazer amigos. As minhas memórias são, sobretudo, dos meus amigos, de ficar à conversa no café. Lembro-me da comida do café, porque amava, e lembro-me das pessoas que trabalhavam lá, que eu adoro.

Que tipo de aluna eras?

Sempre fui uma aluna bastante medíocre, porque tenho uma aprendizagem muito seletiva, e só consigo concentrar-me naquilo que adoro, e não adoro estudar. Havia pessoas que diziam “quando começares a trabalhar, vais ter saudades de estudar”, e eu não tenho. Adoro trabalhar, adoro fazer coisas.

Quem escolheu “Bárbara,” para nome do álbum? Foste tu ou o teu pai, que costuma dar nome a muitos dos teus projetos?

O meu pai deu o nome à maior parte das canções do álbum, porque ele é bom a fazer isso e eu não sou, mas o título fui eu que escolhi. Apesar de muitas pessoas dizerem que escolhi mal, eu acho que este é o título certo para este álbum. Este é um álbum que é muito de mim para mim, irrepetível, inocente, genuíno. É quase o início de uma carta, de uma mensagem, “Bárbara,”, e estou eu a falar comigo. Sou eu a descobrir-me, a descobrir a minha sonoridade, sou eu enquanto pessoa, compositora, mulher, artista, sou eu enquanto menina de 16 anos no meu quarto.

O que descobriste sobre ti com o álbum?

Eu costumava pensar que para ser compositor e artista é preciso ser corajoso, ter coragem para dizer coisas e falar sobre elas. Quando tive de cantar as canções à frente da minha banda, apercebi-me de que tinha vergonha de algumas, e pensava que podia ter guardado aquela canção para mim, porque o sentimento era feio. Mas ter vergonha de cantar significa que essa canção é importante e que é preciso ser corajoso e lançar na mesma. No álbum, há duas que acho que são as mais difíceis: uma chama-se “O teu namorado” e a outra “Tragédia”.

Porque é que o álbum não tem parcerias?

Quando comecei a juntar as músicas para o álbum, apercebi-me de que tinha muitas colaborações e de que já tinha escrito aquelas canções mais crescida, com mais maturidade e com outra visão sobre o que é a minha profissão. E não quis estragar a inocência e genuinidade deste álbum com coisas que criei nessa fase. Então, decidi que as colaborações ficavam todas no EP, que vou vender juntamente com o álbum.

Como é o teu processo criativo?

É uma cena um bocado difícil. Agora, mais crescida, as canções às vezes são só um desabafo, que precisas de escrever e nem sabes se vais lançar ou não. E depois há canções que surgem da vontade de falar sobre certas coisas, em que tens algo específico a dizer.

Que mensagens queres transmitir?

Gosto de pôr a mulher fora do papel da menina inocente, gosto de dizer asneiras porque eu digo muitas, assim como toda a gente na nossa geração. Lá fora, dizem imensas e as canções passam na rádio, os rappers dizem imensas e eu também digo. É genuíno em mim e há coisas que não substituem um palavrão.

Qual é a tua banda sonora neste momento?

Eu ouço muito a música recente, mas ouço maioritariamente pop, que é o que me dá prazer. Ouço todas as músicas portuguesas que saem e todas as que saem lá fora. E depois ficam aquelas que me chamam mais a atenção na última sexta, que é o dia em que são lançados os álbuns.

Se tivesses de escolher dois pais na música, quem seriam?

Escolhia o Miguel Araújo, que é a minha maior influência na música, e a Suzanne Vega. São dois compositores que contam histórias nas canções e que marcaram muito o meu estilo de composição. Eu acho que sou filha do folk americano e do folk português.

Ganhaste, recentemente, o Globo de Ouro de Melhor Intérprete, que achavas que não merecias...

É verdade, fizeram-me essa maldade. Eu estava nomeada para três categorias e achava que aquela era a que eu não merecia, em que estavam nomeados a Carolina Deslandes, que fez um projeto incrível no ano passado, o Camané e o Dino d’Santiago. Nos primeiros três segundos, pensei “não acredito que me fizeram isto, eu nem sei como agradecer este prémio”, porque é difícil agradecer um prémio que sentes que não mereces. Mas foi importante para mim, para eu perceber que sou artista.

Numa entrevista passada, referiste que a melhor forma do público descrever o teu concerto seria com a frase “foi bué divertido”. Continuas a achar o mesmo?

Sim, eu acho que sim. Quero que as pessoas saiam de lá a dizer “gostei bué”, “diverti-me”, “fez-me pensar nisto” ou “aquela música emocionou-me”. No fundo, quero que as pessoas falem dos espetáculos como eu falo quando saio deles, porque mesmo quando estás a ter um dia triste e mau, sais dali com uma alegria que não se explica.

O que dizes a quem tem o sonho de um dia ser artista?

Digo que não existem sonhos estúpidos e que temos de nos conhecer bem, perceber se temos jeito para aquilo ou não, e arriscar, ser corajoso. Há coisas na vida que tu és ou não és. Não se é compositor por fazer uma canção, é algo de que precisas, e ser artista é igual, não há meios termos. É encontrar o teu sítio, seja ele qual for.

«[…}gosto de dizer asneiras porque digo muitas, assim como toda a gente na nossa geração […] É genuíno em mim e há coisas que não substituem um palavrão»

30 anos de FORUM

São 30 anos, quase 11 mil dias, mais de 262 mil horas. Muitos momentos, feitos e conquistas cabem neste espaço de tempo. Reunimos alguns dos principais marcos históricos, para que saibas tudo sobre o percurso da FORUM ESTUDANTE.

A tua música desde 1991

1992 »

Missao Paz em Timor (março de 1992)

A aventura mais longínqua da Forum Estudante

Em março de 1992, um velho barco – o Lusitânia Expresso – navegou mais de 17.000 quilómetros até Timor. A bordo seguiam 120 estudantes de 23 países. O objetivo daquela que foi a primeira missão da então recém-fundada FORUM ESTUDANTE era chamar a atenção da comunidade internacional para a situação vivida pelos timorenses com a ocupação indonésia. Os estudantes seriam intercetados por três fragatas de guerra indonésias que bloquearam o acesso à costa. “Não chegámos a Timor, mas cumprimos a nossa missão – colocar Timor na agenda internacional”, disse então o fundador da FORUM ESTUDANTE, Rui Marques, aos restantes tripulantes.

« 2005

Missão Crescer em Esperança (novembro de 1992)

Oferecer ajuda em tempos de guerra

Entre abril de 1992 e 1995, estima-se que 100 mil pessoas tenham morrido na Guerra da Bósnia. O número de refugiados rondou os 2 milhões de pessoas. Para dar resposta ao sofrimento causado pelo conflito bósnio, a FORUM ESTUDANTE promoveu o acolhimento de mães e crianças refugiadas da guerra em Portugal, mobilizando a sociedade civil para a “Missão Crescer em Esperança”. Empresas, famílias e instituições estatais uniram esforços para acolher e ajudar centenas de pessoas.

« 2000

Guia das Profissões (2005)

Apresentar profissões aos estudantes

Desde o início, a FORUM ESTUDANTE assumiu-se como um projeto sobre “cursos, escolas e profissões”. Em 2005, um projeto da Forum Estudante, com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, colocava precisamente os mundos dos ofícios em destaque. A coleção “10 profissões” apresentava volumes temáticos com informação especializada sobre um conjunto de profissões (acesso, competências, formações, etc.) ligadas a interesses como “mudar o mundo”, “trabalhar com números” ou “trabalhar sem patrões”. Guia dos Mestrados (2000)

Uma publicação para além do diploma

Foi em 2000 que a FORUM ESTUDANTE lançou a primeira edição do Guia de Mestrados e Pós-Graduações, a publicação que dá a conhecer a oferta disponível em Portugal na área da Formação Avançada (Pós-Graduações, Especializações, Mestrados ou Doutoramentos) a todos os alunos do Ensino Superior. Ao longo das suas páginas, os estudantes contactam ainda com artigos de fundo sobre temas relevantes nesta matéria como, por exemplo, o estatuto de trabalhador-estudante, a mobilidade internacional ou atividade científica. Edição #100 (fev. 2000)

Lição número 100

É editada a centésima edição da revista FORUM ESTUDANTE.

1993 »

Missão Boa Esperança (maio de 1993)

Uma rota de Esperança para Moçambique

A 26 de abril de 1993, em cooperação com a TVI e outros parceiros, a FORUM ESTUDANTE iniciou a “Missão Boa Esperança”, cujo o objetivo era levar a cabo uma recolha de bens juntos dos estudantes portugueses para ajudar alimentar de emergência e desenvolvimento de Moçambique. Cada aluno contribuiu com, pelo menos, um saco de arroz e um livro. “Os estudantes portugueses também têm uma palavra a dizer”, afirmava então a FORUM, em 1993.

« 1997

Forum.pt (1997)

A Forum chega à Internet!

A meio de 1997, a FORUM ESTUDANTE funda a sua presença digital, com o lançamento da primeira versão do website forum.pt. O portal apresentava os vários projetos do Grupo Forum, reunindo notícias e informações úteis. Um dos projetos destacados, criado nesse mesmo ano, era o Musicnet, o primeiro magazine online sobre música editado em português, incluindo músicas, agenda, entrevistas, críticas de discos e informação sobre bandas e escolas de música.

1994 »

Revista Forum Ambiente (março de 1994)

A primeira revista sobre ambiente em Portugal

Um dos marcos mais importantes da FORUM ESTUDANTE teve lugar em março de 1994, com a criação daquelas que foi a primeira publicação sobre sobre ecologia em Portugal – a Forum Ambiente. “A nossa informação anda sempre à volta do mesmo: a Terra, a nossa terra, a sua terra”, explicava então a revista de periodicidade mensal, que assumia o slogan “Direito à Terra, direito à informação”. A partir de dezembro de 1994, para além da revista, era ainda publicado semanalmente o jornal Forum Ambiente como suplemento do Correio da Manhã.

« 1995

Cyber.net (1995)

Os primeiros passos digitais

Em 1995, quando a Internet era ainda uma realidade quase sem expressão em Portugal, a FORUM ESTUDANTE apostou na criação da revista cyber.net, que apostava num suporte de multimédia interativo de entretenimento e educação. A revista incluía um CD-ROM, com o nome Inter@ctivo, que se assumia como uma publicação própria que incluía jogos, software, demos, reportagens interativas, entre outros. Este foi o primeiro passo da FORUM ligado ao mundo digital.

2008 »

Edição #200 (junho 2008)

Hands On Approach vão à Escola com a Forum

No início de Maio (de 2008), a FORUM ESTUDANTE, com o apoio da Life Tech, levou a banda a duas escolas: a Secundária de S. João do Estoril e a José Gomes Ferreira, em Benfica (Lisboa). Uma espécie de mini-concerto para animar o pessoal e onde todos cantaram conhecidos temas como “My Wonder Moon”, “If You Give Up” e “Let´s Be In Love”.

« 2021 2010 »

Guia e Missão Primeiro Emprego (2010)

Apoiar a entrada no mercado de trabalho

Editado pela primeira vez em 2010, o Guia do Primeiro Emprego assume-se como uma ferramenta fundamental para quem se prepara para, pela primeira vez, entrar no mercado de trabalho. Isto porque leva aos estudantes e diplomados informação útil sobre, por exemplo, técnicas de procura de emprego, competências valorizadas por empregadores e empreendedorismo. Esta publicação está integrada no projeto Missão 1.º Emprego da Forum Estudante, um projeto criado em 2010 que engloba conferências, job parties e workshops para estudantes.

« 2020

Guia do Voluntariado (2021)

Um novo guia no Universo Forum

No final de setembro de 2021, decorreu o lançamento de uma nova publicação da revista FORUM ESTUDANTE – o Guia do Voluntariado. Este primeiro número, que conta com o apoio da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), foi distribuído em instituições de ensino superior e nas lojas Ponto JA do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ). A publicação foca várias dimensões da atividade voluntária, detalhando a importância e mais-valias do voluntariado, esclarecendo dúvidas frequentes e apresentando canais e plataformas que permitem encontrar oportunidades. A quantidade de notícias falsas espalhadas pela internet continua a crescer. Os títulos enganadores também fazem parte do panorama. Como podemos proteger-nos?

Transforma Portugal (2020)

Ajudar os estudantes a fazer a diferença

Foi no dia 14 de janeiro de 2020 que a FORUM ESTUDANTE lançou a plataforma Transforma Portugal, juntamente com o Movimento Transforma Brasil. O projeto visa fazer o encontro entre as necessidades as instituições que realizam ações de voluntariado e o interesse dos estudantes portugueses. Para além desta valência, a plataforma apoiou financeiramente mais de 700 jovens e 150 projetos de combate às consequências da pandemia da Covid-19. O projeto continua e está aberto às inscrições de estudantes e instituições interessadas, através do website transformaportugal.pt. Edição #300 (nov. 2017)

Como sobreviver na Internet

Semana Tanto Mar (2010)

A primeira Academia Forum!

O dia 1 de setembro de 2010 é um marco histórico na história mais recente da FORUM ESTUDANTE. É nesse dia que se inaugura a primeira Academia Forum Estudante – a Semana Tanto Mar, em Peniche. Desde então, o portfólio de academias da FORUM cresceu, com dezenas de edições realizadas um pouco por todo o país. O conceito continua a ser o mesmo: oferecer aos estudantes de todo o país a possibilidade de passar uma semana de atividades, para conhecer melhor cursos e profissões de diversas áreas. No total, cerca de 5000 estudantes já passaram pelas Academias Forum, que continuam a ser uma realidade. Visita forum.pt, para conheceres as tuas opções!

« 2017 2013 »

Consórcio Maior Empregabilidade (2013)

Criada a primeira rede colaborativa

Em 2013, a FORUM ESTUDANTE inaugura uma nova área de atividade – a promoção de redes colaborativas, constituídas por instituições de ensino superior públicas e privadas, tendo em vista o estudo conjunto de uma área para benefício mútuo e da sociedade. Este trabalho começou com o Consórcio Maior Empregabilidade que continua a realizar estudos, conferências e iniciativas que visam promover a empregabilidade dos recém-diplomados do Ensino Superior.

« 2013

Criação do ORSIES (2017) Primeira edição Capital Jovem da Segurança Rodoviária (2013)

Uma nova rede para a responsabilidade social Um programa para salvar vidas

ORSIES

OBSERVATÓRIO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Dando continuidade ao trabalho de promoção de redes colaborativas, em fevereiro de 2017, a FORUM ESTUDANTE funda o Observatório da Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior – um projeto que visa o estudo e a partilha de boas práticas numa área que, poucos anos depois, seria central na resposta à pandemia da Covid-19. Em 2013, em Coimbra, a FORUM realizou a primeira edição da Capital Jovem da Segurança Rodoviária – um programa anual que visa sensibilizar os jovens para as ameaças da sinistralidade rodoviária (o risco de morte em acidentes rodoviários para os jovens é 30% superior ao resto da população). Promovida em parceria com o Automóvel Club de Portugal (ACP), BP Portugal e Brisa, esta iniciativa conta com 8 edições realizadas, passando por Coimbra, Braga, Aveiro, Leiria, Porto, Viseu, Castelo Branco e Lisboa. Em 2021/2022, será a vez de Cascais ser Capital Jovem da Segurança Rodoviária.

Diz quem foi…

A Forum dos estudantes testemunhos

Desde o início, a FORUM encontrou várias formas de se relacionar com estudantes de todo o país. A experiência mais recente é a dos Animadores Forum Estudante que, desde 2008, representam a FORUM na sua comunidade escolar, promovendo a revista e as suas iniciativas, bem como participando em diversas atividades.

Ao longo dos últimos anos, são muitos os estudantes que se ligaram à FORUM. Em 13 anos, por aqui passaram centenas de representantes de diversas gerações. Desde então, continuaram os seus percursos em diferentes áreas, guardando para sempre esta experiência comum.

Sabe mais sobre a experiência de alguns destes animadores, que ajudaram a fazer a história da FORUM. Este projeto continua a existir, hoje com o nome Embaixadores Forum Estudante. Através desta experiência, poderás fazer novas amizades e ter acesso a oportunidades enriquecedoras (lúdicas e pedagógicas), bem como a prémios ou passatempos exclusivos. Caso queiras pertencer a esta rede, utiliza o QR Code que disponibilizamos.

Queres ser um Embaixador Forum Estudante?

Representa a FORUM na tua escola e poderás ter acesso a oportunidades únicas. Preenche o formulário que disponibilizamos aqui:

«Construí amizades que permanecem»

Nome: António Lima Grilo Idade: 31 anos Cidade: Sierre, Suíca Profissão: Engenheiro de Processos

Biofarmacêuticos

A Forum Estudante e eu temos quase a mesma idade, mas foi no secundário que me interessei mais pela revista. No 12º ano, abracei o desafio de ser um dos 100 animadores que fizeram a ponte entre as escolas e a revista. Inesperadamente, demos por nós na praia de Porto-Seguro, no Brasil, a construir amizades que permanecem. Obrigado, Forum! Venham mais trinta!

«Uma experiência que mudou a nossa vida»

Nome: Francisco Pinto/Patrícia

Sesmarias Pinto

Idade: 25 anos Cidade: Porto/Lisboa Profissão: Engenheiro Informático/

Gestora de Marketing e Comunicação

Termos feito parte da família Forum com um orgulho enorme. Representou claramente uma experiência que mudou a nossa vida. Foi na Semana Tanto Mar que nos conhecemos, e mal sabíamos que iríamos casar passadoa uns anos. Uma experiencia única, obrigado Forum!

«Ganhei confiança, espírito de liderança e amizades»

Nome: Cláudia Paiva Idade: 31 Anos Cidade: Satão, Viseu Profissão: Documentalista

Sempre fui um ratinho de biblioteca e numa das minhas idas à Biblioteca da escola, enquanto lia a Revista Forum Estudante, vi que precisavam de animadores. Inscrevi-me em 2013 e comecei a participar ativamente com a revista. Participei em vários encontros, e semanas e cheguei mesmo a ser monitora. Com esta experiência ganhei muita confiança, espírito de liderança e muitas amizades que ainda hoje posso contar.

«Guardo memórias, amigos e experiências incríveis»

Nome: Manuel Pestana Machado Idade: 29 anos Cidade: Lisboa Profissão: Jornalista

Ser animador e, por uma edição, chefe de redação da FORUM ESTUDANTE até, foi crucial para ser quem sou hoje. Graças à FORUM, guardo memórias, amigos e experiências incríveis. Fui ao fundo do mar e naveguei numa Fragata no primeiro Tanto Mar, andei com precursores dos iPhone para estar “Always On” e até disse “Faça-se Justiça”, entre tantas outras experiências. A FORUM é um projeto do qual tenho um enorme orgulho de ter feito parte e me fez escolher ser o que sou hoje: jornalista.

«A Forum foi uma família, com novos amigos que mantenho até hoje»

Nome: Andreia Carmona Idade: 27 anos Cidade: Lisboa Profissão: Enfermeira

A Forum Estudante foi para mim não só uma revista que acompanhou o meu secundário mas também uma família. Consegui ultrapassar algumas inseguranças sociais e criar novos amigos que mantenho até hoje. Por todas as experiências que proporcionaram como a Semana Tanto Mar, Student Drive Camp, conheci participantes, amigos que se mantêm e a família que é toda a equipa que está por detrás desta grande revista. Obrigada, Forum Estudante, por mudares a minha vida! Parabéns para esta nossa família!

«A Forum marcou-me muito»

Nome: Inês Matias Idade: 27 anos Cidade: Lisboa Profissão: Gestora

Perco a conta aos momentos tão bons que vivi. De andar de fragata, a entrevistar a Catarina Furtado, a conhecer jovens de todo o país, a fazer surf, a andar de kart, a aprender uma variedade de assuntos. A Forum marcou-me muito! Hoje ainda mantenho contacto com algumas, das muitas que conheci, mesmo passados 10 anos. E é tão bom ver que nos tornamos grandes profissionais em áreas tão distintas, sendo que a Forum também contribuiu para isso. Parabéns à Forum e em especial ao Sr. Dr. RuI Marques pela tremenda inspiração que nos transmite por aprender e marcar a diferença. E um obrigada ao Vítor Leites por toda a boa disposição, amizade e dinâmica que tinha com todos nós animadores. Espero que venham mais 30!

“Uma experiência enriquecedora”

Nome: Daniel Aldeano Idade: 26 anos Cidade: Coruche Profissão: Operador de Máquinas

Hoje olho para os dias com a Forum Estudante como uma experiência enriquecedora, que não só me permitiu conhecer novas pessoas e locais, mas acima de tudo ajudar-me a criar e a cimentar aquelas que ainda hoje são as minhas bases multiculturais e éticas. São muitas as vezes que ainda hoje recordo o porquê de querer fazer parte desta família. Hoje, enquanto adulto, continuo a manter contacto com muitas das pessoas que conheci através das Academias Forum e do grupo de animadores.

“Sou um embaixador orgulhoso da Forum”

Nome: Sharad Poudel Idade: 23 anos Cidade: Estocolmo Profissão: Estudante

Conhecer a Forum Estudante foi melhor coisa que me aconteceu, depois de ter chegado a Portugal, vindo do Nepal, em 2014. A Forum teve um papel crucial na minha integração na sociedade portuguesa e para que o meu percurso académico fosse cheio de êxitos e aventuras. Tudo começou com a participação na edição de 2015 da academia Leiria-In. A partir daí, comecei a minha jornada fantástica de participar noutras atividades da Forum e de ser animador. Hoje, sou um embaixador orgulhoso da Forum.

30 anos depois…

Texto de Rui Marques, Fundador e CEO da Forum Estudante

Muitas histórias começam com um “Naquele tempo…”. Sim, naquele tempo, em 1991, quando esta aventura da Forum Estudante começou, o entusiasmo e a vontade de inovar eram enormes. Tratava-se de criar a primeira revista para estudantes em Portugal, num formato que pudesse corresponder às suas expetativas. Mas queríamos, mais do que uma revista, uma forma de intervenção social. Tínhamos o desejo de lutar por um mundo melhor. E, passo a passo, fomo-lo fazendo. Trinta anos depois, aqui estamos com o mesmo entusiasmo e sempre a (re)criar.

Ao longo destas décadas vimos muita coisa acontecer. Vimos nascer a internet, com tudo o que hoje oferece, acolhemos os primeiros telemóveis e assistimos à generalização do uso dos computadores pessoais. Entusiasmámo-nos com as mudanças na União Europeia, que hoje nos permitem viajar sem fronteiras, ter uma moeda única ou poder beneficiar dessa experiência tão valiosa que é o Erasmus. Angustiámo-nos com os novos desafios das alterações climáticas, do terrorismo internacional, das novas pandemias como o Covid-19.

Em todas as estações aqui estivemos. Fizesse sol ou fizesse chuva. O último ciclo, com o impacto dos confinamentos do Covid-19, foi muito exigente mas, uma vez mais, sobrevivemos. Isso deveu-se, em primeiro lugar, aos profissionais que foram construindo este projeto. Foram centenas as pessoas que deixaram aqui a sua marca, com dedicação e profissionalismo, aos quais queremos, sempre e uma vez mais, agradecer. Mas há uma palavra especial para a equipa que, hoje em dia, torna possível este projeto. O vosso exemplo de persistência e de compromisso gera uma energia que tornará possível delebrar os próximos trinta anos, pelo menos.

Entre os que construíram este projeto destaco como símbolo de tudo o que a Forum Estudante sempre quis ser, o Eng. Roberto Carneiro, o nosso presidente durante grande parte destas três décadas. A homenagem que lhe é devida nesta efeméride não cabe em simples palavras de gratidão, mas não as dispensa. Aqui ficam registadas nesta edição especial dos 30 anos.

Também quero ter presente os nossos parceiros, desde logo as instituições de ensino superior. Com elas temos feito caminho ao serviço dos estudantes. A elas somam-se tantas outras instituições que connosco desenvolvem projetos de cidadania e de capacitação dos jovens. A todas, o nosso muito obrigado.

Finalmente, quero deixar aos nossos leitores a certeza que é por cada um de vós que aqui continuamos. A dar o nosso melhor. A ir ao vosso encontro. A fazer a Forum Estudante.

Max Stahl

Apesar de tudo, precisamos de heróis. Não só super-heróis imaginários de banda desenhada, mas os verdadeiros, de carne e osso. Max Stahl foi um fotógrafo / jornalista que entrou para essa galeria de heróis ao ter tido a coragem de filmar, em Dili /Timor-Leste, um ato bárbaro do exército indonésio ao disparar sobre uma manifestação pacífica de jovens. Estávamos em 12 de Novembro de 1991 e, essas imagens, posteriormente enviadas para todo o mundo, mostraram o que estava a acontecer em Timor. Desde 1975, com a invasão pela Indonésia, desenvolvia-se um genocídio em larga escala, perante um povo indefeso. Estas imagens de Max Stahl permitiram o despertar do mundo para o que estava a acontecer. Em Portugal, a Forum Estudante, lançava, na sequência desta tragédia, a missão Paz em Timor / Lusitânia Expresso, de solidariedade com o povo timorense.

Max Stahl deixou-nos a poucas semanas de se completarem trinta anos sobre o 12 de Novembro de 1991. Aqui fica a nossa homenagem a um verdadeiro herói, que nunca deixou de lutar pelo que era justo, custasse o que custasse.

Rui Marques

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