REVISTA FOTOMANYA NR 26

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Edição Janeiro 2021

Nº26

ENTREVISTA COM R I C A R D O G O N Ç A L V E S PORTOFOLIO DE Fotomanya Vip — AGOSTO 2020 D I A N A R O S A

©Miguel Antunes 1


NESTE NÚMERO

Paginação, Grafismo e Coordenação FERNANDA MAGALHÃES Editorial ANA LUAR Jornalista FILIPE MORAIS ROQUE

Galeria Fotomanya # 46

Entrevista com VITOR MURTA #4

Portefolio de DIANA ROSA #30

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Fotografia de Capa © Miguel Antunes


Editorial Nos últimos tempos muito se tem falado sobre autenticidade e sobre os altos egos na fotografia e todas as criticas que se faz a este ou aquele fotografo e ás suas escolhas e

qualidade fotográfica. Quando abro a nossa revista e vejo as fotos e a diversidade de temas fotográficos e de fotógrafos que usam as histórias como base e âncora para difundir uma mensagem e acrescentar valor ao seu trabalho, sinto que os egos não são para aqui chamados e que aqui de nada valem. Pergunto-me quem pode determinar quem está certo ou errado, quem é que pode querer comandar os gostos pessoais de cada pessoa segundo a sua conveniência, forma de pensar ou de avaliar a fotografia? No centro de uma pandemia que domina o mundo os egos, continuam a fazer-se notar

de diversas maneiras e são cada vez mais agressivos nas suas abordagens, quando o importante seria uma mudança de paradigma, uma visão mais humana sobre o esforço de cada pessoa. Outra coisa que tenho reparado é que muitas vezes querem fazer o que os outros fizeram porque eles têm sucesso. Mas eles têm sucesso justamente pelo fato de terem sido autênticos, fazem o seu trabalho da forma que acreditam ser a melhor para eles e para seu público ou cliente porque é essa autenticidade que valoriza o trabalho de cada um. Por isso seria fantástico termos a capacidade de respeitar o trabalho e esforço de cada um e darmos valor a quem está de inicio a querer aprender porque cada um tem o seu ritmo de aprendizagem e criarmos pressão sobre as pessoas não ajuda em nada. Aproveitem o tempo de pandemia para se conhecerem melhor, para estreitarem laços e se ajudarem mutuamente em vez de se criticarem e ficar no Messenger a criticar tudo e todos.... nenhum fotografo que se preze precisa de rebaixar os outros para sobressair.

Ana Luar

Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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VITOR MU

“A ideia inicial era a de congelar momentos, criar memórias. Com

ria utilizar as minhas fotografias como ferramenta para despertar e

Vítor Murta, tem 41 anos, e é Diretor Financeiro e Fotógrafo. Embora considere que sempre gostou de fotografia desde pequeno, quando usava a máquina analógica do Pai, “abraçou” a fotografia mais a sério e em pleno desde finais de 2012. Atualmente dedica-se mais à fotografia de viagem e o conceito de cinematografia em projetos pessoais, pois considera que “são as áreas que o deixam mais realizado”:

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URTA

m o passar do tempo (…), apercebi-me que (…) que-

emoções”.

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5 ©Vitor Murta


Como começaste e com que equipa-

levado muito a sério e com muita dedicação,

mento? Qual o equipamento que usas

mas nos últimos anos senti necessidade de me

atualmente?

profissionalizar, e desde 2015 dei esse passo para também poder chegar a mercados que de

Como senti necessidade de explorar melhor esta área, comprei a minha primeira máquina fotográfica em finais de 2012, foi uma Canon EOS

outra forma não seria possível.

Tens algum tipo de formação especifi-

60D que vinha com uma lente de Kit, e comprei

ca ou és só autodidata? Achas a for-

um tripé. Começava assim a ganhar força esta

mação pratica e teórica importante?

vocação. Uns meses mais tarde comprei duas

Porquê?

objetivas; a grande angular Canon EF 17-40mm f/4L USM, e uma fixa de grande abertura, a Canon EF 135mm f/2.0 L USM. Desde esta altura até 2015 foi o material que fui usando. Entretanto, comprei uma nova máquina fotográfica, a Canon EOS 5D Mark III, que é a que uso nos dias de hoje. Durante este tempo fui adquirindo

Eu venho de uma área completamente contrária a esta arte, na economia, a gestão de empresas, lidamos com números, enquanto na fotografia, a meu ver lidamos com emoções. Inicialmente comecei de forma autodidata, e poste-

riormente fiz formação em fotografia, edição de imagem, composição e fotografia fine art.

novas objetivas; mais 2 fixas, a 24mm f/1.4 LII USM e a 85mm f/1.2 LII USM e a teleobjetiva EF 70-200mm f/2.8 L IS II US. Tal como fui adquirindo outro material essencial, como tripés, filtros, flash, etc.

A meu ver, a formação é muito importante, tal como a experiência. A formação permite-nos aprender, e a experiência permite-nos errar. Em ambas saímos a ganhar, porque amadurecemos com o processo, obriga-nos a pensar mais, a

pensar melhor.

Qual a ideia inicial que tinhas da fotografia e qual a que tens agora? É apenas um hobby ou algo mais? A ideia inicial que eu tinha era a de congelar momentos, criar memórias. Com o passar do tempo, apercebi-me que era muito mais que isso, era um processo de descoberta interno e externo, eu queria utilizar as minhas fotografias como ferramenta para despertar emoções. Inicialmente sim era um hobby, mas um hobby 6

Como encaras este boom que a fotografia tem tido e ao que é que o atribuis? Neste momento, vivemos numa época em que todos somos fotógrafos, todos temos telemó-

veis com câmaras e os meios de partilha de fotografias. As redes sociais, contribuíram a meu ver com este boom. E com a crescente indústria da imagem, surge naturalmente os meios e as ferramentas à disposição.


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Como descreverias o teu estilo? Se é que existe um? É uma coisa do momento/ inspiração ou é algo pensado sempre ao detalhe? Penso que não tenha um estilo, mas sim vários… eu sou apaixonado pelas formas e pela luz. Gosto do conceito cinematográfico, da elegância do preto e branco. Tanto fotografo conteúdos de viagens, como projetos específicos. E para os diferentes assuntos e destinos, eu procuro referências para me inspirar, e tentar criar algo novo. Por isso tenho trabalhos em que vou ao mais pequeno detalhe, como trabalhos que faço por inspiração do momento.

O que é que achas fundamental num bom fotografo? E o que distingue um bom de um mau fotografo? Penso que é fundamental o domínio da luz e do equipamento, mas para mim a criatividade tem um peso muito importante no processo. Saber criar algo que tenha mensagem, que cause impacto, que seja original, e belo na composição. Não possuir esta sensibilidade e estas capacidades, acredito que torne vulgar o ato de fotografar.

Costumas editar muito as fotos? Qual a tua opinião acerca disso e que editor usas habitualmente? Serão as fotos excessivamente tratadas fotos ou não? Eu não costumo e não gosto de editar demasiado as minhas fotografias. Gosto de olhar para uma foto, e pensar durante o processo de edição, que não me vou envergonhar daquele resultado daqui a

uns anos. Claro que existe exceções, porque o mercado o assim exige. Mas no geral não edito muito. Normalmente no processo de edição utilizo o programa Adobe Lightroom e Photoshop.

Quanto tempo demoras em média para chegar ao resultado de cada foto? E quais os passos seguidos? O tempo médio é muito relativo, tanto posso demorar uma hora a editar 4 fotografias, como posso

demorar 4 horas a editar uma fotografia. Começo pela seleção RAW, e normalmente vou escolhendo as fotos que vão mexer com o meu estado emocional, depois sigo alguns critérios de estética, composição, luz, etc… e quando tenho um conjunto de fotos que me agradam, vou editando uma a uma

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com alguns intervalos, para não ficar demasiado preso ao processo criativo. Faço todas as correções que me parecem necessárias, tanto no elemento humano como no resto da composição. E quando os critérios estiverem em união e não me perturbarem, sei naquele momento que terminei aquele trabalho.

Quais os teus autores e sites que mais segues nesta área e porquê? Que te tenham servido ou sirvam de inspiração? Joey L, Rodney Smith, Gregory Colbert, Vincent Peters, Sebastião Salgado, Steve McCurry, Henri Cartier -Bresson, Annie Leibovitz, Ansel Adams, Peter Lindbergh, David LaChapelle… são apenas alguns dos fotógrafos, cujo trabalho eu sigo atualmente, mas posso dizer que são centenas de fotógrafos que eu sigo e tenho como referências, que me inspiram. Quer pelo contexto artístico, ou pela fotografia documental, procuro o lado poético em cada pesquisa que faço… pois este está mais próximo da arte.

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Tens alguma área especifica da fotografia que gostes mais? Porquê? Penso que nesta fase da minha vida, a fotografia de viagem e o conceito de cinematografia em projetos pessoais, são as áreas que me deixam mais realizado. Sou apaixonado por viagens, e sempre que posso viajo para lugares que desde miúdo me fascinaram. Gosto muito de natureza e de montanhas, porque nos fazem sentir pequenos e nos remetem à nossa essência. Estudo a natureza e a beleza dos fenómenos estéticos, a ideia, a criação, a proporção, a harmonia… de modo a poder conceber o belo, ou seja, o que vai afetar os nossos sentidos, aquilo que podemos ver, sentir, etc. E por sorte temos zonas lindíssimas a poucas horas de avião. Gosto de captar o momento para criar memórias. Por outro lado, também gosto muito de fotografia de projeto, do construir o roteiro, o processo criativo, a narrativa, composição, desde os mais pequenos detalhes dos elementos, até à construção e criação do momento para a captação da imagem. A construção a partir da ideia e todo este processo é algo que me fascina. A construção de uma fotografia e a narrativa fotográ-

fica, as linguagens artísticas aplicadas, os valores emocionais, o significado e a mensagem a transmitir. Desta paixão surgiu o meu projeto pessoal Kiss. Com ele pretendo despertar emoções.

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Dos projetos que participaste, individual ou coletivamente, quais o que mais te marcaram e porquê? Algum tipo de projeto para o presente/futuro nesta área? Existe

dois

projectos

pessoais

que

marcaram

muito,

um

foi

o

Kiss

http://

aessenciadoeu.blogspot.com/p/the-kissphotographyproject.html Pela sua carga emocional, e pela responsabilidade de transmitir a emoção correcta. Queria fazer uma viagem ao amor, ao beijo, e no tempo. A importância do amor nos dias de hoje. O outro projeto que me marcou foi o Postcard from Coimbra http://aessenciadoeu.blogspot.com/ p/a-postcard-from-coimbra.html Por ter sido um trabalho que me mostrou toda uma história que desconhecia, numa cidade onde estudei e verifiquei que afinal, conhecia tão mal. Foi uma viagem ao conhecimento e uma viagem no tempo, numa cidade que simboliza o início de uma nação, berço de nascimento de seis reis da primeira Dinastia Portuguesa, da primeira Universidade do País, uma das mais antigas da Europa. Local da mais dramática história de amor, um drama ao nível de Shakespeare, a história entre Pedro e Inês, que inspirou, diversas artes, como a literatura, até camões nos Lusíadas imortalizou este amor. Na verdade, no processo deste trabalho fotográfico onde fotografei locais históricos, jardins, ruas medievais, museus, mosteiros, etc, senti-me um turista a percorrer a cidade. Para o futuro estou a preparar um trabalho com uma série de fotografias de viagens, e locais que me marcaram. O projeto chama-se Once Upon a Time 17 19 https://aessenciadoeu.blogspot.com/p/once-upontime-17-19.html Quero com este trabalho partilhar as minhas vivências, as minhas histórias, experiências e emoções. São fotografias essencialmente de viagens, com paisagens dignas de postal. De momento está a decorrer um projeto coletivo chamado AMNION, onde participo com dois colegas, o pintor Juan Domingues e o escultor Pedro Figueiredo. Com um tema comum, figurado pelo elemento água representado pela figura da mulher. Onde mostramos o nosso olhar muito particular. No meu trabalho em concreto, mostro uma fusão entre o yoga, a dança e o nu artístico. Este trabalho está patente no Museu da Água de Coimbra até ao dia 10 de janeiro 2021. Este projeto marcou-me pelo desafio, e por me obrigar a procurar novas visões e interpretações.

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©Vitor Murta

©Vitor Murta Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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1 – Foto

Esta primeira foto é muito marcante na minha vida, porque dá o início ao projeto Kiss, em 2014. Para além de ser numa cidade tar um beijo numa fotografia.

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e que gosto muito, o Porto, ela transmite a sensualidade, ousadia, e o romance que procurava para regis-

ŠVitor Murta

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2 – Foto

Esta segunda foto, marcou-me muito, por ser num local que queria conhecer há muito muito tempo. Toda a zona de Cinque e T

de filme de romance. É uma zona que delícia quem visita e que a UNESCO distinguiu como Património Mundial. “O casario imp gal). Foi esta a frase na publicação de duas páginas na revista sobre a minha fotografia.

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Terre, na Itália é lindíssima, as cores, os sabores, o romance que paira no ar. Todo o ambiente é pitoresco e digno

plantado na colina e cercado por vinhedos. Empresta à aldeia uma aura quase irreal”. (National Geographic – Portu-

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3 – Foto

Esta terceira foto nas Dolomites, Património Mundial pela UNESCO, marcou-me pela paz de espírito que aquele lugar me troux

costas, tripé e máquina fotográfica na mão, a primeira coisa que faço é registar na minha mente, a fotografia (Visual) para memó

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xe. Pelas majestosas imagens, pelas emoções, pela natureza, que me fez sentir minúsculo. Quanto me vejo de mochila às

mória. E foi nesse estado de harmonia com a natureza que fui registando a beleza com que estava a ser presenteado.

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Recentemente tiveste oportunidade de participar pela primeira vez num Evento do Fotomanya …. Que balanço fazes e qual a importância e mais valia dos mesmos? O balanço não podia ser mais positivo. Já acompanhava os trabalhos resultantes destes eventos pelo Facebook, e ficava admirado com a qualidade de toda a organização, logística, materiais envolvidos, etc. De facto, ter estas condições para fotografar, é algo que nos deixa muito realizados. É de louvar todo o esforça levado a cabo pela organização, a simpatia, as modelos, o ambiente é fantástico. Poder participar nos eventos, é uma mais valia para qualquer fotógrafo, não só pela experiência, convívio e partilha de conhecimentos com outros colegas, mas também pelo enriquecimento de portfólio.

Já ganhaste algum prémio na fotografia? Se sim qual? E até que ponto acha isso importante? Não tenho concorrido muito em concursos, talvez por falta de tempo, ou motivação… Mas já ganhei alguns prémios, e várias menções, com publicações nacionais e internacionais. O mais recente foi ter vencido o Desafio “Património e educação” promovido pelo Museu Nacional dos Coches e o site Olhares. Tive uma das 3 fotografias vencedoras, do Desafio “Centros Históricos Nacionais” promovido pelo Olhares em parceria com o Centro Português de Fotografia (CPF), Dreambooks e All About Portugal. Ter publicações em algumas revistas, como a National Geographic, Caras, Zoom – Fotografia Prática, Fubiz, etc. e várias exposições fotográficas, nacionais e internacionais no currículo, e uma publicação de livro; Crónicas Fotográficas. Penso que este caminho de materializar a fotografia e através de exposições ou publicações, chegar ao mercado, terá mais força, mais impacto e importância. É importante participar em concursos, no sentido de dar a conhecer o trabalho, numa ótica de mercado e colocação no mercado. Acaba por ser uma ferramenta de marketing a trabalhar

para nós. Mas hoje uma pessoa ganha um concurso, e amanhã ninguém quer saber… é tudo muito efémero.

Tens algum site próprio? Qual é? E até que ponto é importante? O espaço onde tenho o meu trabalho é este: http://aessenciadoeu.blogspot.com/ Mas a divulgação do trabalho acaba por passar mais pelas redes sociais, e algumas plataformas digitais de arte como por exemplo o https://www.behance.net/

Acho que num mundo digital, é extremamente importante a divulgação de trabalho pelas plataformas á nossa disposição, os sites, blogues, plataformas, etc, são uma ferramenta indispensável.

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©Vitor Murta Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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Qual o “segredo” para uma boa fotografia? Equipamento? Técnica? Olhar? Paixão? Na minha opinião, uma boa fotografia tem de causar impacto. E ter olhar é muito importante. Claro que ter o equipamento adequado ajuda muito na qualidade. Por isso penso que o segredo será um conjunto de fatores, tais como; Passar uma mensagem, ter narrativa, a capacidade da imagem descrever algo, comunicar.

Ter impacto, é a primeira impressão que temos ao ver a foto, o que nos chamou a atenção, seja algo positivo ou negativo. A composição, a correta distribuição dos elementos na imagem de modo a conseguir harmonia, ter equilíbrio, a luz. A criatividade, ter uma visão diferente, inovadora. No caso de haver elemento humano na foto, a pose é fundamental como meio de expressão. Edição, este fator é também extremamente importante, porque permite-nos melhorar a estética, fazer as correções necessárias, para que a foto tenha equilíbrio visual. Penso que estes serão alguns fatores importantes para uma boa fotografia.

Que mensagem deixaria a quem se pretende iniciar nesta arte? A minha mensagem seria, conhecer bem o equipamento, e experienciar ao máximo dos recursos. E claro penso que este será o ponto mais importante, obter a máxima informação possível e formação, para crescer ter experiência e definir a própria identidade fotográfica. Sejam criativos.

Gostarias de acrescentar algo nesta entrevista que aches pertinente e não te tenha sido perguntado? Levo uma vida dividida entre a arte e os negócios… universos tão diferentes. Mas neles encontro equilíbrio. Pois é para mim um processo contínuo de descoberta, interno e externo.

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©Vitor Murta Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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DIANA ROSA

Nascida e criada em pleno Alentejo, foi aos 18 anos que migrei para a capital em busca dos meus sonhos. Hoje sou artista freelancer no ramo das artes performativas, e dedico-me a diversas atividades nesse âmbito: sou modelo, bailarina, música e atriz. Não considero estanque o limite onde termina uma faceta e começa a outra, e portanto deixo que estas diferentes formas de expressão fluam e confluam entre si e em mim, resultando na artista que sou como um todo.

Focando-me um pouco na minha carreira enquanto modelo, fiz o meu primeiro trabalho fotográfico no ©José Narciso ano de 2012, e nos 5 anos que se seguiram fui trilhando o meu caminho na fotografia em colaboração com diversos fotógrafos e artistas que admirava e que me convidaram a participar nos seus projetos. Foi em 2017 que ingressei no mundo dos eventos fotográficos e tive a oportunidade de integrar este circuito extremamente ativo e dinâmico onde trabalho regularmente, bem como conhecer uma rede de artistas incríveis, desde fotógrafos a modelos, passando por maquilhadoras e produtoras. Com os meus trabalhos cheguei a publicações como PhotoVogue Italia, Stylish Magazine e Revista Bang!. Fui capa do livro Ikonika do fotógrafo Vasco Inglez, fui publicada em diversas coletâneas de fotografia de autor e tive retratos expostos em galerias nacionais e além-fronteiras. Já fiz desfile, publicidade, videoclips e curtas-metragens. Trabalhei com diversas marcas e designers nacionais e internacionais de vestuário e acessórios, desde o mais clássico ao mais alternativo. Gosto de um bom desafio que me permita expressar-me de formas diferentes e sair da zona de conforto. Gosto sempre de criar arte.

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©Beatriz Mariano Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Paulo Dias Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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Š Beatriz Mariano 34


© Elsa Lopes Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Paulo Dias 36


©Inga Pyata Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Rodolfo Gil

©Vasco Inglês

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©Fernanda Magalhães Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Vasco Inglês

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©José António Cavaco Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Vasco Inglês

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©Mara D'Eleán Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Vasco Inglês

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©Filipe Roque Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Ricardo Silva

©Josefina Melo 46


©Leonor Ribeiro Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Ana Luar 48


©Mara D'Eleán Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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GALERIA FOTOMANYA VIP

O espaço de destaque do que melhor se publica no Grupo Fotomanya Vip Partilhe connosco as suas fotos e veja-as publicadas no próximo número.

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© Ana Luar Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Ana Luar Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© José António Cavaco 54


© Ana Luar Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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Š Carla Curlinha 56


©Jorge Oliveira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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Š Beatriz Cabanelas 58


© Fernanda Magalhães Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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ŠCarlos Carreto 60


©Carlos Carreto Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Hugo Marques

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© António Manuel Pereira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Vitor Murta Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Carlos Carreto Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Teresa Ferreira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Manuel Adrega Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Filipe Roque Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© José Fadista Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Miguel Pereira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Rui Pinto Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Rui Pinto

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©Gonçalo Capitão

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©Hugo Augusto Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Isidro Gomes Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Isidro Gomes

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©Teresa Ferreira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Nicolae Popa Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©José António Cavaco Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Pedro Dias Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Joaquim Albano Duarte Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Ricardo Gonçalves Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Raul Santos Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Ricardo Gonçalves 108


© Paulo Dias Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Raul Santos 110


©Raul Santos Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Diogo Nóbrega 112


©Diogo Nóbrega Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Gonçalo Capitão

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©Miguel Pereira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Filipe Correia Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Filipe Correia Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© José Fadista 122


©Filipe Correia Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Filipe Correia Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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Š Manuel Cardoso 126


©Ricardo Gonçalves Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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© Patrícia Vilela 128


©Jorge Oliveira Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Inácio Cristo Dias Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Filipe Correia Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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©Pedro Dias Fotomanya Vip — AGOSTO 2020

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