Revista Fox News 02

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Conhecimento em seguro

de

transportes , direto dos

especialistas O CIST – Clube Internacional de Seguros de Tr a n s p o r t e s – d i s s e m i n a i n f o r m a ç õ e s especializadas através de diversos eventos, cursos e treinamentos. Os associados são profissionais da área ou interessados em se relacionar, sejam de corretoras, seguradoras, resseguradoras ou prestadoras de serviço do ramo. Os encontros são sempre proveitosos.

Quer estar mais próximo do ramo de transporte? Venha para o CIST!

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editorial Uma visão positiva sobre os sinistros Sermos uma empresa de regulação de sinistros, só pelos termos, já tira o interesse de muitas pessoas. Parece ser um trabalho desgastante. Sinistro. Diretamente ligado a burocracia e eventos negativos para o segurado e para a seguradora que irá arcar com a indenização. Esse é um grande engano. O momento do sinistro é quando o mercado de seguros pode mostrar seu valor à sociedade. Fazer a regulação do sinistro não é presenciar dores, mas a sensação maravilhosa de levar esperança com a reposição de um bem, pois somente acontece quando existe a proteção do seguro. Com muita satisfação estamos relançando a nossa revista Fox News. Nela trazemos informações de diversas áreas de seguros, com entrevistas e artigos de

parceiros da Fox Reguladora de Sinistro. Queremos estar mais próximos e levar ao público em geral uma boa visão sobre o setor de seguros, até porque amamos o que fazemos. O projeto da revista volta com força correspondendo ao crescimento do mercado e de nossa própria empresa. Todos os entrevistados ou articulistas são profissionais com uma grande ligação com a Fox, muitos deles clientes. Assim, sabemos que ainda há muitas pessoas a contribuírem e muitos assuntos a serem explorados, garantindo que a revista tenha mais e mais edições. Fique à vontade para sugerir novas matérias ou opinar sobre a Fox News, afinal, estamos entre amigos! Boa leitura!

Paulo Rogério Haüptli

Alexandre Massao

Sócios da Fox Reguladora de Sinistro

expediente Produção Fox News Thaís Ruco - jornalista responsável - MTb 49.455 thais@thaisruco.com.br Felix Ryu - projeto gráfico - Teckel Design felixryu@ig.com.br

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modernização

A revista Fox News está de cara nova! Novo projeto gráfico e editorial dá mais dinamismo e modernidade à revista, além de trazer novas seções e matérias Em constante atualização com o mercado e o avanço da informação, a revista Fox News está sendo relançada com um novo projeto gráfico e editorial para intensificar sua proposta de levar informação de qualidade aos importantes parceiros da empresa. Com a proposta de ser mais dinâmica, a Fox News aposta agora em matérias com maior poder de síntese, ficando mais ilustrada para uma leitura mais rápida e eficiente. Já na parte gráfica, em projeto desenvolvido pela Teckel Design, a revista conta com uma tipologia mais convidativa para a leitura, com mais fluidez, priorizando uma melhor visualização e diagramação das informações. No âmbito jornalístico, trazemos mais matérias assinadas pela nova jornalista responsável pela

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revista, Thaís Ruco, derivadas de entrevistas com renomados profissionais do nosso setor. Também trazemos artigos técnicos e de informações gerais, como os da seção Outro Conhecimento, com curiosidades diversas. Sempre buscamos completar o conteúdo com estatísticas econômicas, entrevistas em ping-pong e informações sobre o mercado de seguros e seus parceiros prestadores de serviços, em diversos ramos. A Fox News traz novidades do mercado, mas não abre mão de atualizar os leitores sobre a evolução da empresa. Uma revista institucional, sem patrocínios nem veiculação de anúncios pagos. Comprometida em satisfazer todos nossos parceiros profissionais e amigos.

Se você tem novas sugestões ou críticas, entre em contato com a FOX News pelo e-mail revista@foxaudit.com.br. Afinal, esta publicação é feita para você e por você, parceiro da Fox Reguladora de Sinistro.


expansão Fox celebra joint-venture com consultoria 3AAM para aprimorar prestação de serviços Para melhorar cada vez mais os serviços oferecidos ao mercado, a Fox Reguladora de Sinistro estabeleceu um contrato de joint venture (empreendimento conjunto), assinado no dia 09 de maio, com a empresa 3AAM, gerida por Luis Alberto A. Mourão. A otimização será fundamentada em três pilares: melhoria de processos, prospecção de novos negócios e inovação em serviços. Mourão, que passa a integrar a rotina da Fox, é especialista em análise de riscos de seguradoras. Engenheiro e administrador de empresas com experiência de mais de 30 anos nas áreas de seguros de ramos elementares (riscos industriais, massificados, responsabilidades, transportes), conhece inspeção de riscos, subscrição, sinistros e resseguros. Fundou a 3AAM em 2006 como uma assessoria de suporte para temas ligados a seguros, resseguros e sinistros.“Podem ser atendidos desde segurados, corretores, seguradores e resseguradores, além de empresas prestadoras para o setor, como é o caso desta integração com a Fox”, afirma. Na Fox, a parceria trará a visão do cliente, que é o segurador, de como ele gosta de ser atendido e o que pode ser feito para otimizar o trabalho. “Com a experiência adquirida no mercado segurador como um todo, consigo agregar valor aos serviços que a Fox presta para melhor atender as companhias, e por extensão melhorar o atendimento ao corretor e ao segurado”.

Já estão sendo desenvolvidos novos softwares para otimizar os serviços, tal como a vistoria online, para visualização de dados imediata pela seguradora ou seu cliente. As duas partes da joint venture estão empolgadas e vislumbrando ótimos resultados. “Nossa empresa dará um salto de qualidade na regulação de sinistro. A chegada de Mourão traz um diferencial perante a concorrência. A perspectiva é de grande crescimento”, diz Paulo Rogério Haüptli, sócio da Fox. Mourão também se sente motivado com a nova empreitada. “A Fox é uma empresa de renome no mercado dentre os segmentos que atua, vamos trabalhar com muito afinco para crescer em qualidade e abrangência junto aos nossos clientes. Uma das novidades que será apresentada em breve é um novo sistema que possibilitará atender a mesma seguradora em um leque maior de serviços. Vamos crescer dentro das seguradoras que já são clientes e, com esse trabalho diferenciado, arrebanhar novas".

(E/D) Marcelo Ferreira, Paulo Haüptli e Luis Mourão

Marcelo Ferreira é contratado para gerência de SOS e Avarias da Fox Outro profissional bem-vindo à Fox é Marcelo Ferreira, de 44 anos, que assumiu o cargo de gerente de SOS e do novo departamento de Avarias, no dia 05 de maio. Professor de Logística das Faculdade Anhanguera, é profissional do mercado de seguros há 10 anos, tendo passado pela Mapfre Seguros, Willis Corretores e Ação do Brasil Corretora. “Para mim é um grande desafio atuar na área gerencial, orientar o trabalho das pessoas. Tenho ampla experiência no setor, principalmente na área de sinistros de automóvel e transportes, mas sempre tive um trabalho no qual eu mesmo

resolvia tudo, hoje estou delegando funções às pessoas para melhor atenderem a empresa”, diz. “Minha expectativa na Fox é de grande crescimento, vamos implantar um sistema novo, fazê-lo funcionar e as empresas terem uma nova visão sobre a própria Fox. Estou muito animado para fazer tudo isso porque estou tendo retorno, as pessoas estão respondendo a todas as minhas solicitações. A Fox está num importante momento de expansão, buscando novos mercados, e a criação do novo departamento de Avarias também contribui com a evolução”.

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responsabilidade civil Seguradora se especializa nos segmentos de RC Geral e Profissional para executivos A Berkley Seguros iniciou sua operação no Brasil há oito anos, sendo a subsidiária brasileira do Grupo W.R Berkley, um dos maiores grupos seguradores mundiais, com presença nos cinco continentes. Nasceu como uma seguradora “mono-linha” voltada ao ramo de Garantia, mas ao longo destes oito anos foram desenvolvidos os produtos de Risco de Engenharia, Riscos Diversos (RD) Equipamentos, Transporte, Equipamentos, e, em março de 2013, o produto de Responsabilidade Civil Geral (RCG), seguido do E&O e do D&O.

“Nas palestras abordamos não somente as coberturas oferecidas, mas focamos nos diferenciais por nichos, com o intuito de apresentar a melhor proteção para o cliente final, com embasamento técnico e, logicamente, melhor serviço e esclarecimento em caso de um eventual sinistro. No último treinamento que realizamos tivemos a liberdade de comentar os grandes diferenciais da cobertura de prestação de serviço, e seus desafios. Fazemos estes treinamentos regionais, estamos elaborando o próximo para Curitiba ainda este mês, porque tivemos destaque nesta região no mês passado, por uma demanda latente”.

Com clausulado baseado na Circular 437, o produto de Responsabilidade Civil Geral contém todas as coberturas básicas e também importantes diferenciais, de acordo com Robert Hufnagel, vice-presidente da Berkley. “Atuamos fortemente as coberturas de RC Operações com Produtos (tanto território nacional e exterior), e as coberturas de Prestação de Serviços Locais, uma das mais procuradas e diversificadas. Nosso foco são os segmentos de Manufatura e Construção Civil. Temos atualmente uma equipe dedicada à subscrição de RCG e outra para E&O/D&O”. Tendo iniciado no primeiro semestre de 2013, a carteira de RC já representa 8% do portfólio da Berkley, sendo que esta representatividade inclui o RC Obras, um de seus carros chefes. Segundo dados da Susep, até novembro 2013 o mercado de RCG cresceu cerca de 9,55% e emitiu cerca de R$ 700 milhões em prêmio, representando 1% do market share dos 92 ramos da Superintendência de Seguros. “Nada mal se contarmos que o mercado de RCG teve início mesmo em 2000, quando houve um avanço com o Código de Defesa do Consumidor. Lembrando que é mercado baseado no eixo Rio-São Paulo, onde fica 70% da produção total do mercado de RCG”, analisa Hufnagel. Entre as 32 seguradoras do ramo a Berkley atualmente ocupa a 17ª posição. “Isso sem atuarmos com programas mundiais (ainda), sem estarmos ligados a bancos, e sermos segmentados em nichos. Estamos orgulhosos e vamos crescer ainda mais, principalmente em regiões pouco exploradas e com grande potencial. Nossa espectativa é dobrar a produção neste ano”, diz. Um dos grandes diferenciais da seguradora é a preparação dos corretores de seguros parceiros, através de palestras presenciais e de conteúdo transmitido pelo sistema online.

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Em casa de ferreiro o espeto não pode ser de pau, e os corretores de seguros têm grande necessidade de contratar o seguros de RC Profissional. Um dos canais de distribuição desse produto, um E&O, é a parceria criada pela Berkley com a Fenacor (Federação Nacional dos Corretores de Seguros). Para isso foi desenvolvida uma plataforma online do produto, que é vendido através dos sites dos Sincor (sindicatos estaduais) a um custo competitivo. “O grande diferencial está no modo de comercialização, no qual o próprio corretor pode fazer a sua apólice online na hora, com a emissão do boleto e da próprio documento”. Por fim, Robert Hufnagel fala sobre o relacionamento da Berkley com a Fox Reguladora de Sinistro. “Um de nossos grandes parceiros é a Fox, justamente pela agilidade e transparência que sempre apresentou. Nosso departamento de Sinistro tem uma grande atuação dentro da empresa, no dia a dia, trabalha juntamente com o pessoal de subscrição para melhorar constantemente nosso clausulado, e isso somente conseguimos se desde a regulação as informações forem claras e precisas”.


corretores de seguros Diversificar a carteira vendendo mais seguros de benefícios pode ser simples O que o corretor de seguros deve fazer para vender mais vida? Por que para alguns é tão difícil fazer negócios nesse ramo e outros têm facilidade? Osmar Bertacini está há 51 anos no mercado de seguros e obteve sucesso como corretor focando principalmente na venda de produtos de vida e outros benefícios, como saúde e previdência privada, desde o início de sua profissão. Em sua opinião, o que falta para os colegas que ainda não vendem os seguros de benefícios é iniciativa. “O corretor foca no imediatismo de um ramo que é mais fácil e demandado como o automóvel. Então, acaba se envolvendo tanto nessa carteira bastante agitada, que não tem tempo para prospectar e desenvolver negócios em outras áreas como o vida. Falta o corretor tomar essa iniciativa de querer vender e oferecer ao cliente”. Ele explica que o corretor “tem o segurado na mão”, pois sabe sobre sua vida, se é casado, tem filhos, e assim conhece o momento oportuno para oferecer a proteção. “O cliente ‘pede’ para ser atendido, mas o corretor cuida do seguro do carro, renova e não oferece qualquer outra opção de cobertura”. O especialista sugere que o corretor “amarre os produtos”, por exemplo acople no seguro de automóvel um de acidentes pessoais. “Se a pessoa bate o carro e morre, quase sempre o veículo está segurado, mas a vida não. A família recebe apenas R$ 13 mil do DPVAT, e porque é o seguro obrigatório, senão poucos contratariam. Um seguro de acidentes pessoais com indenização de R$ 100 mil custa R$ 10 por mês, é baratíssimo”. O seguro de automóvel garante remuneração mais rápida, mas dá muito mais trabalho e pode rentabilizar menos que um seguro de vida. “O seguro de vida oferece para o corretor duas remunerações: o agenciamento, que é o valor correspondente à primeira mensalidade; e depois tem a comissão vitalícia, na qual enquanto o segurado paga o prêmio o corretor recebe sua parte”. A comissão de vida é pequena em comparação à de automóvel, porém é constante. “Se em automóvel ganha R$ 300 de comissão, mas é uma vez no ano; no vida ganhando R$ 20 por mês, num ano são R$ 240. Isso de apenas um cliente, e vitalício. Com segurados que paguem R$ 10 mil de prêmio por mês, e comissão de 20%, são R$ 2 mil todo mês. E sem se preocupar com renovação, pois o seguro de vida é uma sequência natural, o corretor só vai ser

avisado se eventualmente seu segurado estiver inadimplente. O processo de indenização também é simples, não tem o que discutir, manda a certidão de óbito e paga o sinistro”. Para Osmar Bertacini, o brasileiro ainda busca proteger seus bens em vez do mais importante, sua própria vida. “Não existe ainda essa cultura de proteção da de família. Está faltando muita divulgação na linha institucional para que o mercado comece a desenvolver”. Recém-empossado como 2º Secretário da diretoria do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo), Bertacini adianta que é um compromisso propagar a importância do ramo. “Entre outros trabalhos no Sincor-SP quero defender o seguro de vida e a área de benefícios. Tenho minha experiência a passar, são 51 anos de mercado praticamente todos dedicados a esses ramos. Sou um exemplo claro de que com o foco nesses nichos você consegue sucesso”. Para ele, o Sincor-SP tem grande importância na difusão dessa cultura. “Pretendo levar ao corretor a necessidade de um seguro de vida, para ele fazer o dele primeiro, porque o que percebemos é que nem ele faz. Então se o profissional adquirir primeiro vai ser mais fácil, é o passo para ele começar a oferecer o seguro de vida”. Como liderança sindical, planeja parcerias com outras entidades do mercado, como o CVG-SP (Clube Vida em Grupo de São Paulo). “Podemos realizar palestras e seminários para deixar um pouco o mercado de automóvel e patrimoniais e falarmos dos seguros de benefícios. O seguro de vida é assim, cobre isso, é fácil de vender”. O corretor não precisa ser especialista, mas, para Bertacini, ele deve ter em sua estrutura alguém somente cuidando de benefícios. “O profissional dentro da corretora que cuida de automóvel não é quem vai vender vida. Mesmo tendo estrutura pequena, normalmente o corretor dispõe de duas ou três pessoas, sugiro que coloque pelo menos uma em processo paralelo no qual a formação seja apenas a área de benefícios. Aí o corretor começa a colher frutos, resultados, e passa a pegar gosto pelos novos ramos”.

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entrevista "O aumento da longevidade traz impacto muito positivo para nosso mercado” Lúcio Flavio Condurú de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência e vice-presidente da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), fala com exclusividade à Fox News sobre o aumento da longevidade dos brasileiros e o crescimento da consciência de que garantir renda com os produtos de vida e previdência é imprescindível. Confira! Fox News – Com o aumento da longevidade e do trabalho informal, menos contribuintes e mais beneficiários para a previdência social, esse modelo de aposentadoria está chegando ao fim? Lúcio Flávio Condurú de Oliveira – A previdência social sempre vai existir e é imperativo que seja assim exatamente em função do modelo em que ela foi criada na década de 40, que contempla a existência de um regime de repartição. Esse regime podemos resumir dizendo que quem tem alguma coisa ou muito paga para que aqueles que pouco ou nada têm possam contar com um benefício mínimo, e aí entra não somente a aposentadoria como todos os benefícios sociais que a previdência traz. As dificuldades de fechar a conta da previdência social é um fenômeno mundial, temos uma tendência de achar que o que acontece de ruim é somente em nosso país. O regime de repartição está sendo revisto no mundo todo, para que a conta possa fechar. Um dos fatores é o aumento da longevidade. Fox News – O aumento da longevidade trará qual impacto ao mercado de previdência? Lúcio Flávio – Se analisarmos da década de 40 até hoje verificamos que o aumento da expectativa de vida é muito expressivo, principalmente por avanços na medicina. A cada cinco anos o brasileiro ganha um ano ou um ano e meio a mais de vida – isso é maravilhoso! Já nasceu o brasileiro do qual toda sua geração irá viver mais de 100 anos. Mas como vivemos um regime de repartição, haverá cada vez mais pessoas gozando do benefício. Então ou se diminui o valor do benefício, ou se retarda a data para receber, ou se cobra mais imposto para receber o benefício. No nosso Brasil que ja tem tantos impostos é difícil. Em outros países, como na Europa, onde há muitos benefícios sociais e pessoas lutando por melhorias é diferente. Existe uma idade para se aposentar: já foi 60, agora é 65 anos, alguns países adotaram essa nova data. Mas no nosso país pensar nisso é complicado, o fator previdenciário diminui o valor da

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aposentadoria em até 30%. É um fenômeno mundial, o fator previdenciário já remediou um pouco a situação, porque para as pessoas receberem o regime completo elas terão que trabalhar mais e ficar mais tempo contribuindo. Fox News – Fale sobre a importância da previdência privada para suporte a essa situação. Por que as pessoas não têm essa consciência? Lúcio Flávio – Previdência é uma poupança. Não é o produto poupança, mas é uma poupança previdenciária. Poupança é renda menos o consumo. Precisamos de poupança para poder investir, temos que abrir mão do consumo para investir no regime previdenciário que tem objetivos como a aposentadoria (o maior dele), educar filhos, montar negócio próprio, se proteger em caso de doença. Os novos modelos preveem aposentadoria, mas também o regaste em uma necessidade, principalmente nos produtos PGBL e VGBL. O aumento da longevidade traz impacto muito positivo para nosso mercado, pois se as pessoas estão vivendo mais e os benefícios da previdência social não atendem suas necessidades de sobrevivência, elas têm que fazer a previdência privada. Falta muito para todos terem essa consciência, mas ela vem crescendo, podemos constatar até mesmo pelo aumento das aquisições de produtos de previdência. Estamos ainda atrasados em relação a outros países porque a estabilidade econômica é muito recente, tem pessoas que viveram outras épocas, onde todas estavam mais preocupadas em


se proteger da inflação do que se proteger do futuro. A estabilidade da moeda, o controle da inflação, o aumento do emprego e da renda são fatores que impulsionam esse mercado. Aos poucos as pessoas vão conseguindo atender suas necessidades e começam a se preocupar com o futuro. Estamos saindo de um estado paternalista, quando antes se esperava que o estado mantivesse o padrão de vida das pessoas, agora você precisa de previdência para complementar sua aposentadoria. Fox News – Antigamente o estado conseguia garantir o padrão de vida? Lúcio Flávio – Antes tinham mais pessoas pagando do que usando, era superávitario. Chegou-se a prometer pagar 20 salários mínimos, depois 10, e hoje o teto nao chega a R$ 4 mil. Estamos num processo importante de criar cultura para produtos de longo prazo, o que em nosso país ainda é uma coisa que está sendo construída, pois brasileiro é imediatista, começa a pensar na aposentaria aos 40 anos. Divulgar a necessidade do mercado de previdência privada é um dever de casa importante, das seguradoras, corretores de seguros, órgãos reguladores e imprensa. Fox News – E o seguro de vida? Por que o seguro de vida

pode ajudar na preservação de patrimônio? Lúcio Flávio – O seguro de vida também é um produto de longo prazo, ninguém compra um seguro de vida para morrer amanhã, e também como a previdência é uma poupança, é patrimônio. Essa é uma consciência que o brasileiro ainda está conquistado, isso está mudando também porque a população está envelhecendo e as pessoas verificam que precisam deixar um patrimônio para a família, proteger, até porque é uma indenização que não entra em inventário, e o pagamento cabe no bolso. Os produtos de vida e previdência procuram ser flexíveis e transparentes para atender a todos os clientes. Fox News – Qual a participação da Bradesco nos ramos de vida e previdência? Lúcio Flávio – Estou há 30 anos no mercado de seguros, sempre atuando em vida e previdência. Lá atrás tinha muita dificuldade para comercializar esses ramos, teve uma crise de credibilidade muito grande. A entrada de empresas grandes como a Bradesco deu credibilidade, porque o consumidor precisa de solidez, uma relação de confiança, para adquirir produtos de longo prazo. Em previdência privada a Bradesco tem perto de 33% do mercado, somos líderes; em vida 17,5%, vice-líderes.

opinião Reguladores de sinistro são fonte de conhecimento para o setor de seguros O novo presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo), Alexandre Camillo, elogiou a iniciativa da Fox Reguladora de Sinistro relançar sua revista, destacando a importância de maior divulgação sobre a atuação da empresa. Para Camillo, a regulação de sinistros é a base para alimentar de importantes informações o mercado de seguros. “O momento do sinistro não é apenas a oportunidade de mostrar ao segurado a importância do nosso trabalho, do bom atendimento do corretor de seguros e da garantia de reposição da seguradora. O momento do sinistro é também de aprendermos, é a experiência para aprimorar nossos produtos e processos, bem como conhecer e evitar fraudes”, declara Camillo. Ele defende o contato dos demais integrantes da cadeia de seguros com os profissionais da regulação dos sinistros. “É a partir da análise das informações da área de sinistros sobre quanto algum evento impacta no negócio que podemos fazer uma cláusula excludente, ou refazer o texto de uma condição. Um profissional da área comercial não percebe esses detalhes enquanto está

f o c a d o e m ve n d e r, u m técnico não tem as informações, apenas o departamento de sinistros conhece o comportamento da carteira de imediato. Os profissionais de sinistros podem em muito ajudar a desenhar produtos, na formatação do melhor modelo, porque eles têm informação, experiência, veem onde está o pulo do gato. Isso é muito mais do que indenizar sinistro. As áreas antigas do sinistro desenvolviam esse tipo de serviço, acho que o profissional ou a empresa moderna pode fazer esse algo mais e ser a retroalimentadora de todo o sistema”.

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profissional de destaque Impulso na carteira de transportes em apenas um ano Completando um ano à frente da área de transportes da Generali, Ricardo Cestenário e sua equipe já impulsionaram a carteira. Advogado que fez carreira em seguros de transportes, depois de 11 anos na Liberty e um ano e meio na Ace chegou à Generali como superintendente nacional da área em 15 de abril de 2013. Naquele momento a Generali tinha uma tímida carteira em transportes, emitindo um pouco mais de R$ 20 milhões por ano. A equipe era pequena, com sete colaboradores, sendo que cinco atuavam no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. “A empresa vivia um momento de reestruturação global, investindo no Brasil e foi quando surgiu a ideia de buscar alguém no mercado para expandir a carteira de transportes”, afirma o executivo. A estratégia era ganhar mercado e ampliar atuação para todo o Brasil. Foi montada uma nova estrutura técnico/comercial e iniciou-se a fase de expansão. A chegada de Cestenário já trouxe um bom número de clientes. “O processo é de relacionamento, o corretor de transportes valoriza conhecer a pessoa que está à frente da carteira, então quando quem o atende migra de companhia, a produção acompanha. Isso ajudou bastante”. Após um ano, 20 colaboradores formam um time comercial especializado em transportes na Generali, que fechou o ramo em 2013 com um volume de prêmios de R$ 67 milhões. “Além do crescimento, conseguimos equilibrar a sinistralidade, que vinha de um histórico muito ruim”. Como estratégia na área de transportes, a Generali focou em corretores especialistas e em contas de médio e pequeno porte. Também começou a atuar em segmentos pouco atrativos para o mercado segurador, tais como o de eletrônicos e de cadeia frigorificada. “São pelo menos 25 seguradoras operando em transportes e tem mais empresas chegando, precisamos ter diferenciais. Resolvemos atuar em nichos específicos que o mercado dispensa pelo alto índice de sinistralidade, de produtos muito visados. Temos como cliente uma empresa de computadores, que carrega R$ 4 milhões em equipamentos num caminhão, é muito grande a atratividade para o roubo”. A forma de equilibrar a operação foi implantar um modelo de seguro que traz acoplado o gerenciamento de risco com administração da Generali, o que, de acordo com o superintendente, proporcionou maior controle e fez com que

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reduzisse tempo na atuação em momentos de crise, possibilitando ajustar sem ter que esperar aprovação do segurado. “Nosso diferencial em transportes foi trazer a parte de gerenciamento para dentro de casa, colocamos no seguro o custo do gerenciamento de risco e assumimos a responsabilidade com a gerenciadora. O cliente deixa de ter um prestador de serviços a mais e todos ganhamos muito em agilidade nos processos, conseguindo impor regras e limites para as gerenciadoras. Ficou tudo muito dinâmico. O resultado atingido foi muito bom e decidimos expandir o modelo para outros segmentos”, diz. A Fox Reguladora de Sinistro está entre as empresas escolhidas para regular a área de transporte. “Está sendo uma grata surpresa, a qualidade de serviço da Fox é bem bacana. A regulação é um ponto crítico para os corretores e clientes, mas já encaminhamos determinadas situações para a Fox, com atendimento exclusivo, e está fluindo muito bem”. Hoje, a carteira da Generali está composta por 60% Transportadores e 40% Embarcadores. Entre os principais clientes estão: Acer, Asus, Aurora, Bauducco, Braspress, Itambé, Natura, Plimor e Tecmar. Para 2014, a projeção é emitir R$ 100 milhões em prêmios e lançar novos produtos. “Para isso, montamos uma área com a finalidade de buscar novas oportunidades no mercado. Começaremos a ouvir os clientes e entender/mapear as necessidades. Estamos desenvolvendo novas ferramentas de averbação e sistema de controles. A finalidade é oferecer um serviço diferenciado para o corretor”. De acordo com Cestenário, atingir os R$ 100 milhões é a evolução natural da carteira. “Brinco que essa meta já está atingida. A ideia neste ano não é ter uma forte expansão e sim trabalhar a retenção do cliente, focando muito mais no resultado e no aprimoramento dos serviços, para que possamos oferecer diferenciais para o corretor”.


artigo O seguro em perigo A fraude afeta de forma danosa e direta os custos do seguro. De acordo com o artigo 171 do Código Penal, fraude é a materialização da má-fé, dolosamente ocultando a verdade, causando de forma premeditada dano ou prejuízo e estando prevista com pena de reclusão prevista entre um e cinco anos, acrescida de multa. No seguro de Riscos de Pessoas, casos fraudulentos envolvem situações ligadas à contratação de seguros para indivíduos já falecidos, informações falsas em declarações de saúde e atividade, auto mutilações, simulações de morte ou invalidez, extensão indevida de períodos de convalescença, entre outras. Situações como estas são caracterizadas como quebra do princípio da boa-fé, o qual é regedor de todos os contratos de seguro. Tal fato não é uma exclusividade brasileira, pois alcança todo o mundo e, por meio do princípio do mutualismo, esta indigesta conta é custeada por todos os segurados. Estatísticas da FenaSeg situam o volume de fraudes entre 10 e 15% do total dos prêmios pagos. Os seguros de Riscos de Pessoas, particularmente o de Vida, são os mais focados para esta prática delituosa. De acordo com pesquisa encomendada pela CNSeg, os ramos de Pessoas apresentam cerca de 10,6% de ocorrência de fraude em sinistros, assim distribuídos: 6,3% como suspeita de fraude; 2,2% em fraude detectada e; 2,1% para fraude comprovada. A ocorrência da fraude impacta negativamente a indústria do seguro, elevando os custos desde a precificação até a regulação e liquidação do sinistro, culminando na dificuldade à ideal expansão da comercialização, uma vez q u e a e l eva ç ã o d o s p re ç o s d a s apólices/certificados/bilhetes dificulta a massificação da contratação. Além dos impactos técnicos e comerciais, a fraude e/ou sua suspeita leva à desnecessária morosidade nos

Dilmo Bantim Moreira é Presidente do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Previdência Privada e Vida da ANSP.

procedimentos operacionais, seja na contratação do seguro ou na regulação/liquidação dos processos de sinistro, exigindo análises adicionais e eventuais investigações. Empresas de Sindicância atuam como grandes aliados do mercado de seguros no sentido de mitigar a ação dos fraudadores, realizando importante papel na prestação de serviços. Sua diligente ação pode evitar maiores prejuízos às Seguradoras, à sociedade na forma de seus consumidores de seguros, bem como à própria economia, uma vez que a ação danosa de tal ato criminoso afeta diretamente os preços e o volume dos seguros comercializados, que atualmente representam cerca de 6% do PIB. Os órgãos do mercado segurador e diversas Seguradoras, através de anúncios e campanhas tem divulgado o quanto as práticas de fraude são arriscadas, ilegais e prejudiciais a todos. Ainda que caminhando pelo terreno do idealismo, conseguir fazer com que os Segurados compreendam que a principal base do seguro é o mutualismo, ou seja, a justa distribuição de custos e benefícios pela massa segurada, contribuirá sobremaneira para que as fraudes sejam reduzidas. Não obstante os esforços realizados por Seguradoras, Autarquias e Instituições para minimizar este grande problema, há que se destacar também a imprescindível participação dos Corretores de Seguros, dado o papel que executam perante aos Segurados e Seguradoras. É de suma importância trabalhar diligentemente no sentido da desvinculação da ideia popular da fraude em seguro como a de um crime sem vítimas, alterando assim a visão das pessoas e legisladores sobre o tema e punindo os fraudadores.

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seguro de pessoas Quanto vale a sua vida? A resposta não é realmente o quanto você precisa de seguro de vida, a resposta é quanto dinheiro sua família vai precisar, depois que você não estiver mais por aqui, para lidar com eventuais contingências financeiras. Provavelmente, você já está ciente da importância de uma cobertura abrangente, no caso de uma fatalidade. No entanto, determinar o quanto é necessário pode ser uma tarefa complicada.

faculdade de seus filhos. A quantia necessária pode ser calculada, a grosso modo, projetando a idade de seus filhos contra os custos estimados de educação. Mas aqui vão duas advertências: a) Esses cálculos precisam ser revisados periodicamente, à medida que seus filhos crescem; b) Ser o mais conservador possível ao estimar essas metas de economia é uma boa ideia.

Os benefícios do seguro de vida podem ajudar a pagar as despesas imediatas, incluindo, despesas médicas em aberto, despesas de funeral, custos de quitação de um imóvel, impostos, dívidas contraídas e os saldos pendentes do cheque especial ou cartões de crédito. Também podem ajudar a sua família a cobrir as obrigações financeiras futuras como despesas diárias de casa, dinheiro para a faculdade e muito mais. Como regra geral é dito que a cobertura deve equivaler de cinco a dez vezes seus ganhos anuais. Entretanto, se você quiser ser mais específico, ao invés de adotar essa "fórmula pronta", pode determinar a quantia "correta" por meio de uma análise detalhada ds principais necessidades, obrigações financeiras e metas de sua família. Isso inclui a cobertura do seguro destinada à dívida de financiamento da casa própria, bem como a liquidez para pagar os impostos de propriedade e da herança. Dívida de Financiamento O primeiro ponto que merece nossa consideração é se a indenização do seu seguro de vida será suficiente para acertar as parcelas finais do financiamento da sua casa ou de outro bem. Se você está comprometido com um financiamento, vai precisar de uma quantia compatível, e se possui alguma outra dívida importante, também precisa considerá-la, fazendo-a constar na equação do seu seguro de vida. Despesas com Educação Muitas pessoas precisam que os benefícios de seu seguro de vida ajudem a cobrir as despesas com a escola e a

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Renda para a sua família A renda necessária para o sustento de seu cônjuge e dependentes vai variar muito, de acordo com seus outros bens e seu padrão de vida: benefícios de planos de aposentadoria, benefícios do governo ou de outros seguros em vigor, idade, seúde e o potencial de ganho do cônjuge. Muitos dos cônjuges podem estar empregados - ou arrumar um emprego - mas, mesmo assim, a renda gerada pode ser insuficiente para cobrir todas as despesas mensais, mantendo o estilo de vida que a família estava acostumado a ter. Impostos sobre propriedade ou herança Há muito tempo o seguro de vida é reconhecido como um método efetivo de estabelecer liquidez para pagar impostos sobre propriedade ou herança e maximizar a transferência de bens para as futuras gerações. Este uso do seguro de vida, no entanto, requer uma opinião legal para garantir resultados adequados.

Samy Hazan, diretor técnico da área de Vida da Marítima/Yasuda


análise econômica Seguros de Riscos Industriais: o que esperar para o futuro? Seguros patrimoniais de riscos industriais remetem à necessidade de volumosos limites de importâncias seguradas, o que indica a necessidade de resseguro e, consequentemente, o investimento de capitais. Luis Mourão, executivo da área de seguros e resseguros, faz uma análise econômica argumentando que há um considerável grau de apreensão quanto ao futuro do seguro de riscos industriais no Brasil. “Baixas margens de resultados, baixa remuneração de capital alocado e exposição a outros riscos (como os morais, de crédito, de imagem etc) têm sido os fatores primários de preocupação. Some-se a isso a modernidade tecnológica de muitas de nossas indústrias, e um ambiente jurídico mais complexo, para que haja também e crescente preocupação com a elevação de valores de sinistros médios e dos sinistros de severidade”, afirma. De acordo com o especialista, do lado do empresariado há também um alto de nível de inquietação que é diferente em natureza e proporções, em função de três grupos nos quais encontram-se distribuídos por conta dos riscos e segmentos em que se encaixam suas empresas: 1) Os que possuem bons riscos e/ou riscos de segmentos atrativos e, portanto, vêm sendo, ao longo dos últimos anos, fortemente assediados por ofertas de corretores e seguradores, conseguindo assim vantagens para as renovações de seus seguros patrimoniais. “Para esse grupo, há casos que num período de cinco anos as taxas de seguro se reduziram a 1/5 do que era praticado. Contudo os mercados de seguradores e resseguradores começam a reagir com um efeito inverso e de rejeição, justamente em função dos baixos níveis de remuneração de capital alocado e de um desbalanceamento dos conceitos atuariais, pois mesmo esses riscos possuem frequência de sinistros e sinistros médios, que já não conseguem se pagar pela massa crítica de prêmios arrecadados”; 2) Os que possuem riscos razoáveis, seja pelos níveis de proteção, seja pela atratividade de seu segmento e que não conseguem os mesmos efeitos de seus colegas o grupo 1. “A cada renovação travam batalhas de negociação para obter melhorias em seus programas de seguros, que visem atender suas demandas orçamentárias de redução de custos. Esse grupo de segurados, por ter padrões de taxas e franquias mais elevados, dependendo dos resultados de seus segmentos, de seus comportamentos quanto à gestão de seus riscos podem,

curiosamente, acabar obtendo vantagens ocasionais e substanciais. No entanto quando ocorre alguma severidade, mesmo os bons riscos desse grupo acabam pagando os altos preços dessa volatilidade”; 3) Os que possuem riscos considerados declináveis pelas seguradoras e resseguradoras, e que com a abertura do mercado de resseguro e quebra do monopólio, deixaram de ter suporte incondicional de seguradores e ressegurador monopolista. “São milhões em patrimônios e ativos que geram produção e empregos sem qualquer proteção de seguros, ou com proteções securitárias precárias”. É com esse cenário que vamos visitar alguns questionamentos e números do mercado, a fim de buscar um maior entendimento do que esperar. Para isso é importante tentarmos responder as seguintes questões que assim surgem em decorrência desses cenários: As taxas e franquias atualmente aplicadas estão adequadas? Ainda há espaço para quedas de taxas e franquias? O que fazer com as atividades e segmentos “declináveis” pelo mercado? “As taxas caem, mas o mercado se concentra, as opções tendem a diminuir, e o mercado de seguros e resseguros priorizará a remuneração do capital alocado”, afirma Luis Mourão. Duas constatações dão pistas do que esperar. A primeira (gráfico 1) é que a participação dos seguros de riscos patrimoniais para indústrias no mercado de seguros (não considera saúde e capitalização) vem caindo, a despeito do mercado de seguros crescer em relação ao crescimento do PIB, o que pode estar dando um sinal dos efeitos da queda de taxas, já que é sabido que houve um aumento do número de empresas e do volume de patrimônios segurado.

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análise econômica Esse mercado, nos últimos anos, sempre esteve muito concentrado em poucas seguradoras (gráfico 3). Praticamente 75% dele com 10 seguradoras. Além disso é muito provável que sempre haja uma líder de mercado com nunca menos do que 10% dele (hoje está na casa dos 20%).

Fonte - SES (Sistema de Estatísticas da SUSEP Para 2013, à exceção do PIB, os demais valores vão apenas até o mês de novembro

Desde o ano de 2006, ano que precedeu a abertura do mercado de resseguros no país, enquanto a quantidade de seguradores do mercado de seguros se manteve praticamente inalterada, a quantidade de seguradores que operam nesse segmento caiu 20% (gráfico 2). Apesar de novas entrantes e “start ups” que vimos ingressarem em nosso mercado, o mercado de seguros de riscos industriais parece não proporcionar atratividade. Isso mais uma vez pode ser explicado pelas afirmações já apresentadas quanto à cobrança de resultados pelos acionistas, limitações que começam a ser impostas pelos fornecedores de capacidade de resseguros e baixos níveis de remuneração de capital alocado.

Fonte - SES (Sistema de Estatísticas da SUSEP Para 2013, à exceção do PIB, os demais valores vão apenas até o mês de novembro

Isso tudo começa a refletir o refinamento do mercado segurador na prática de políticas de melhor remuneração de capitais alocados. “Capacidade de resseguro funciona da mesma forma que qualquer investimento financeiro. Tivemos uma inundação no mercado, concessão e uso até irracional da mesma, mas possivelmente isso recrudesça” Como já mencionado, existe uma sólida e estreita relação de dependência entre os seguros de riscos industriais patrimoniais e a capacidade de resseguro ofertada. Normalmente, mesmo quando se trata de seguros de riscos empresariais de pequenas empresas, os limites e valores segurados são muito mais elevados do que os valores segurados em seguros de outras linhas, o que demanda resseguro, seja por vias avulsas (facultativos), seja pelo formato automático (contratos).

Fonte - SES (Sistema de Estatísticas da SUSEP Seguradoras que tiveram prêmios emitidos nos Ramos em questão

E é muito provável que esse número caia um pouco mais. Tradicionais “players” de mercado no segmento de riscos industriais começam a dar sinais de recapitulação de suas políticas para esse mercado. Alguns batem em retirada velada e silenciosa, outros colocam suas carteiras à venda, e há ainda aqueles que começam a restringir e endurecer suas políticas de aceitação.

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A partir de 2007, com a quebra do monopólio do resseguro no Brasil, assistimos ao mercado saltar de um ressegurador para 11 resseguradores operantes nas linhas de seguros patrimoniais para riscos industriais, o que “inundou” o mercado brasileiro com capacidade de resseguro, relaxamento de regras na concessão e aplicação de contratos, e porque não dizer um uso irracional de capacidades de resseguro, o que também contribuiu para a flexibilização de taxas e franquias.


R a p i d a m e n t e a s re t e n ç õ e s d a s s e g u r a d o r a s aumentaram, e consequentemente os percentuais de resseguro diminuíram (gráfico 4), ao mesmo tempo em que os programas de seguro se sofisticaram e o que era outrora um programa de seguro compreensivo patrimonial, passou a ser um seguro, em menor escala, do tipo risco nomeado ou até mesmo risco operacional (all risks), ampliando leques de garantias e coberturas, e portanto amparando mais sinistros em relação ao que amparavam anteriormente.

Fonte - SES (Sistema de Estatísticas da SUSEP

Outra consequência desse movimento é um desequilíbrio da sinistralidade entre seguradores e resseguradores. Se por um lado o resseguro cumpre seu papel na estabilização dos resultados das seguradoras, o seu próprio resultado ainda é sensível e volátil (gráfico 4). Não só categorizado pela sinistralidade bruta, como pela própria diferença entre ela e a sinistralidade retida das seguradoras.

quaisquer investimentos que buscam um determinado nível de remuneração. Assim, elevações em taxas de juros em mercados financeiros ou baixos níveis na remuneração por conta de resultados desfavoráveis podem inverter o fluxo que se instalou no momento de abertura do mercado de resseguro. Portanto, é também provável, com a melhoria da economia mundial, eventuais elevações de taxas em mercados de melhor “rating” que o brasileiro, e enxugamento de crédito como começa a acontecer na economia americana, que as capacidades de resseguro comecem a se reduzir e as condições para a sua concessão passem a ser mais restritivas, o que naturalmente deve ser repassado para o segurado final. “Sem mudança no perfil de riscos e de mentalidade de gestão dos mesmos muitas empresas, ou pagarão muito caro para ter seguro, ou não terão seguro” A tão esperada abertura do mercado de resseguros no Brasil, ao mesmo tempo em que permitiu direcionar o mercado para um modelo e práticas globalizados, desnudou a preocupante realidade de boa parte dos riscos de nossas empresas e também da mentalidade de empresariado brasileiro, um tanto quanto despreocupada com a qualidade da gestão dos riscos em suas empresas. No antigo ambiente de mercado de resseguro monopolista havia a obrigatoriedade, por parte final do ressegurador, do provimento de cobertura para qualquer risco, a despeito de suas características específicas, e também das condições de cobertura ofertadas. Sob essas circunstâncias, praticamente quaisquer seguradoras podiam ter acesso às capacidades de resseguro e colocação de riscos com qualidades impróprias. Com a abertura do mercado essa obrigatoriedade teve fim e pouco a pouco muitos riscos e até mesmo segmentos inteiros passaram a ter dificuldade para encontrar amparo de cobertura de seguros e resseguro.

Fonte - SES (Sistema de Estatísticas da SUSEP

No entanto, um aspecto importante é que os capitais de resseguro empregados no mercado são como

Melhorias de processos, de condições protecionais e da própria mentalidade administrativa do empresário em relação aos riscos das empresas passaram a ser mais fortemente consideradas, e a resposta para a pergunta que os empresários faziam – “Qual será o valor da redução do meu prêmio de seguro?” – deixou de ser um número ou um percentual, para em muitos casos ser – “Se essas medidas não forem implementadas em um determinado prazo, sua empresa não conseguirá cobertura de seguro”.

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entrevista Transportadores de carga buscam formas de combater o crescente roubo no setor O presidente do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região), Manoel Sousa Lima Jr., fala sobre o crescente roubo de cargas em todo o país e das soluções que estão sendo buscadas para coibir esse mal. Fox News – Neste cenário de altos índices de roubo, qual a importância dos seguros e das empresas de gerenciamento de riscos para os transportadores de carga? Manoel Sousa Lima Jr. – A maior preocupação do transportador é o roubo de cargas. O bandido aprendeu que é mais fácil roubar carga do que roubar banco. Por isso, a importância de atuarmos em parceria com o mercado de seguros, para a reposição dos bens. É indispensável todos dessa área termos o seguro de transporte. Nessa linha, há grande preocupação e cuidado com o motorista, depois com o caminhão, e surgem as medidas para lutar contra isso, como os sistemas de rastreamento e escolta. O setor de transporte de cargas no Brasil é uma das atividades econômicas que mais utilizam tecnologia de ponta em seus processos, operações e gestão. Nossas empresas, que lidam com grandes responsabilidades no cumprimento de contratos com os clientes, na otimização dos processos e custos e, principalmente, na prestação de serviços de alta qualidade, precisam, a cada ano, investir pesadamente em sistemas digitais e equipamentos tecnológicos de informação e comunicação. Fox News – Existe também o mercado marginal de seguro de transporte, empresas que atuam como se fossem seguradoras, talvez por uma lacuna do mercado. Qual sua opinião sobre isso? Manoel Sousa Lima Jr. – Na medida em que eu sou

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roubado, o seguro até paga, mas eu vou ter o meu prêmio aumentado e isso acaba sendo uma angústia para o transportador, porque no próximo roubo será muito mais onerado, a ponto de a seguradora não aceitar. Aí surgem as associações. Então o problema é seríssimo para o transportador. Existem maneiras de se prevenir, de monitorar a carga para que não se vá a um sinistro. É nisso que temos que investir para não depender das associações, que não têm garantias nem reservas técnicas para a certeza da reposição do bem. Nós temos que estar sempre alertas com todos esses problemas para que a gente possa preservar nossa atividade. Fox News – Quais os trabalhos do sindicato em prol das empresas de transporte de carga? Manoel Sousa Lima Jr. – Fundado em 1936, o SETCESP é fruto da união de empresários do Transporte Rodoviário de Cargas atuantes na rota entre São Paulo e Santos, que necessitavam de uma entidade que fosse intérprete central da luta pelos direitos do segmento. Hoje, é o segundo sindicato de transportes rodoviários de cargas mais antigo do País, maior sindicato patronal da América Latina, atuante para o desenvolvimento da categoria em todo Brasil, não apenas da região que representa. O SETCESP dá total apoio às empresas com informações, consultas, palestras, consultoria jurídica, entre outros serviços. Entre tantos eventos, realizamos no dia 27 de março o 4º Workshop de Segurança da entidade, contando com uma série de palestras de especialistas do segmento, que abordaram os mais variados temas dentro do tópico Segurança no Transporte. Na ocasião, profissionais trataram de assuntos como: identificação automática de veículos; informação a serviço da segurança e da modalidade; gestão de riscos; jornada de trabalho e software de gestão e logística; tecnologia especializada; tecnologia de rastreamento; telemetria; processo na redução da sinistralidade; rastreador como ferramenta de prevenção e auditoria de acidentes rodoviários. Além de empresas do ramo, incluindo as prestadoras de serviços, trouxemos representantes da Polícia Civil. Cada participante mostrou suas novidades e como se defender,


porque o roubo vem aumentando de uma forma que está preocupando a todos. Fox News – Quais novidades foram apresentadas pela Polícia em relação ao roubo de cargas? Manoel Sousa Lima Jr. – Nós tivemos no ano passado 15 mil roubos de cargas no Brasil, representando R$ 1 bilhão, sendo metade no estado de São Paulo. Na região Norte do município, nós tivemos 30%, algo como 2 mil roubos, é uma coisa que assusta, que angustia o transportador. No início do mês de março (2014) conseguimos com a

Secretaria de Segurança Pública um posto para que possamos realizar um atendimento mais rápido a esses delitos. Essa parceria estou contando em primeira mão. A partir de abril teremos este posto de atendimento funcionando no prédio do sindicato. O transportador vem aqui depois do delito e encaminhamos para que ele tenha um atendimento rápido e especializado, com orientações para que faça um BO e receba a indenização do seguro. Nessas horas que analisamos: se é difícil receber indenização de uma seguradora caso não esteja tudo corretinho, imagina receber de uma associação.

associações

Gato por lebre, o seguro que não é seguro

por Carlos Harten, presidente da Comissão de Direito Secundário da OAB/PE

A nova construção da esperteza humana é a tentativa de plagiar o contrato de seguro. Sob a denominação mais usual de programa de proteção automotiva, várias cooperativas ou associações estão comercializando aos seus cooperativados, associados ou terceiros, um produto que parece seguro, tem cheiro de seguro, roupa de seguro, mas não é seguro. Os consumidores mais desavisados, contudo, não percebem isto. Acreditam estar contratando um instrumento auditado pela Superintendência de Seguros Privados – Susep, autarquia federal que regula o setor de seguros; com reservas técnicas para fazer frente aos sinistros que surjam; com garantia de solvência daseguradora contratada, especializada na assunção e administração dos mais variados riscos e, finalmente, com grande rede de prestadores de serviços e parceiros que atendam o segurado no momento da necessidade. Ao contrário disto, estes consumidores desinformados se veemem uma pseudo situação de garantia, onde eles figuram simultaneamente na situação de garantidor e garantido, sem absolutamente nenhuma segurança da capacidade financeira da cooperativa ou associação de arcar com os custos do sinistro, e ao total desamparo da proteção estatal, que não acompanha ou controla estas atividades associativas. Não há como negar que o modelo cooperativo, baseado na mutualidade, consiste nos antecedentes históricos do contrato de seguro, onde um grupo se quotizava para pagar

o exato montante do infortúnio sofrido por um dos seus membros. Contudo, este modelo sucumbiu justamente por se mostrar ineficaz diante dos desastres simultâneos sofridos por vários membros do grupo. Hoje apenas em específicas situações, como no seguro Saúde, admite-se a atuação securitária por meio de cooperativas, caindo na ilegalidade os demais casos. A prática mostrou que apenas a dispersão do risco sobre um imenso número de segurados, administrados por uma empresa profissional, baseada em cálculos atuariais e estatísticos precisos e constantemente revisados, com supervisão estatal adequada, especialmente quanto às reservas técnicas, balanços e solvência da empresa, são adequados à efetiva proteção dos segurados, transformando o projeto mutualístico em segurança concreta e não virtual. A proteção automotiva, longe de um modelo seguro, é mais uma figura especulativa, baseada na sorte e se aproximando das famigeradas pirâmides, onde uns poucos ganham e outros muitos sempre perdem. Por tudo isto, as cooperativas e associações que comercializam esta proteção automotiva não são aceitas pelo nosso Direito, são consideradas ilegais e por isto é necessário seu combate através do ministério público e administração pública, seja pela clara deficiência informativa sofrida pelos consumidores usuários destas cooperativas, que não conhecem adequadamente o que estão contratando, seja em virtude de atuarem no ramo securitário sem autorização legal para tanto. Fiquemos então atentos para contratarmos seguro e não gato por lebre.

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associações

Projeto ameaça combate à venda ilegal por associações

O mercado de seguro de transportes pode ser prejudicado por um projeto de lei que tramita e prospera no Congresso Nacional. De autoria do deputado Diego Andrade, o PL 4.844, autoriza as transportadoras a constituir fundo para custear despesas com roubo e furto de veículos. Em dezembro de 2013, o projeto foi aprovado por mais uma Comissão, a de Viação e Transportes, mostrando sua receptividade entre os parlamentares. Como o projeto tramita em caráter conclusivo – não precisa ser votado pelo plenário para que seja considerado aprovado pela Câmara, mas apenas pelas comissões designadas para analisá-lo – o perigo aproxima-se do mercado de seguros. Agora, a proposta depende só de aprovação em mais duas comissões: a de Constituição e Justiça e a de Cidadania. O regime de autogestão, em prática no mercado, é duramente combatido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), para quem as cooperativas ou associações vendem seguros de proteção automotiva sem prévia autorização da autarquia, os chamados seguros piratas. Desde 2011, quando criou uma força tarefa para combater as vendas irregulares, a Susep identificou 300 associações e cooperativas com operações ilegais. Só contra um grupo de 15 associações as multas somadas alcançam R$ 331 milhões.

A grande maioria das associações tem sede em Minas Gerais, mas seus braços já alcançam outros estados. A Susep, dada a dimensão dessas associações, firmou parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público,e recorre à Justiça para tentar fechar as portas dessas entidades. Até agora, a maior multa aplicada foi contra a União Nacional dos Proprietários de Veículos Automotores (Union), cujo valor chegou a R$ 238,9 milhões. A multa toma como base o quantitativo de associados, somado ao valor da média dos valores dos bens segurados pela entidade. No caso da Union, que se dedicava a proteção veicular, havia 8 mil associados. O relatório aprovado na Comissão de Viação e Transportes, do deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), diz que a autorização da formação de fundos específicos é fundamental para fortalecer o sistema de transporte de pessoas e de cargas no País, já que os valores do seguro convencional são muito elevados. Em razão desse quadro, os preços dos seguros dos veículos tornam-se elevados. “Assim, os sistemas de rateio de custos e ajuda mútua, oferecidos pelas associações, podem facilitar a vida do transportador autônomo”, completou.

Fonte: Jornal do Commercio-RJ

estatísticas 83,5% do roubo de cargas do Brasil está na região sudeste O economista Francisco Galiza levantou os dados sobre roubo de cargas no Brasil, baseado em estudo da empresa FreightWatch, uma das líderes mundiais em serviços de segurança de logística e monitoramento de cargas. A empresa divulgou um relatório analisando os roubos nas estradas dos dois principais países da América do Sul no 1º trimestre de 2013 (último estudo). Sobre o Brasil, foram tiradas algumas conclusões: Ÿ 83% do total aconteceram na região sudeste. Ÿ 37% dos roubos se referem a comidas e bebidas, vindo

a seguir o segmento de eletrônicos (28%). Ÿ No Estado de São Paulo, nos dois primeiros meses de

2013, ocorreram 1.154 roubos nas estradas, 3% a menos do que no mesmo período do ano passado. Ÿ Segundo o estudo, duas novas tendências de golpes foram detectadas. Primeiro, sequestro de membros da família do motorista, no caso de não haver colaboração com o roubo. Segundo, outros condutores dando falso alarme ao motorista do

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caminhão sobre algum problema (por exemplo, a carga está caindo, luz traseira com defeito etc), acontecendo o crime no caso da parada do veículo. Veja a seguir a distribuição geográfica do roubo de cargas no país:


artigo Gerenciamento de riscos para embarcadores O Gerenciamento de Riscos (GR) exigido pelas seguradoras nos seguros de transportes é um processo de gestão que abrange os cuidados no transporte de cargas em território nacional. É aplicado no transporte de mercadorias para abastecimento interno, ou destinadas à exportação no percurso inicial, e na importação no percurso complementar. O Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) constante nas apólices de transportes nacional e internacional é executado pelos transportadores contratados pelos embarcadores. Na maioria dos casos, o embarcador não tem interferência no desempenho da atividade de seus contratados e a responsabilidade do cumprimento do PGR é das transportadoras. Apenas quando o próprio embarcador fizer seus transportes, é que ele terá que executar o GR estabelecido em sua apólice. Normalmente as regras de GR são informadas aos transportadores por meio da carta de dispensa do direito de regresso, conhecida como carta DDR. Existem casos em que não há DDR, mas há PGR definido na apólice. As regras de GR estabelecidas na apólice do embarcador devem ser comunicadas aos transportadores, sob protocolo, para não haver perda do direito à indenização de seguro em caso de sinistro com falha no gerenciamento de riscos. A maior preocupação das seguradoras é o roubo. Por esta razão, vários procedimentos são adotados, como desenhos específicos de acordo com o tipo de mercadoria, tecnologia de equipamentos de segurança adequados ao transporte e rota, observando que algumas cargas são mais visadas do que outras. Como definição de PGR, as seguradoras costumam exigir: consulta e cadastro de motorista e veículo, veículo rastreado via satélite, dispositivos de segurança, escolta armada, moto-acompanhamento e até o acompanhamento de helicóptero. Esses recursos não só facilitam a contratação do seguro de transporte, como são obrigatórios para determinadas mercadorias. Os dispositivos de segurança

exigidos são sensores de abertura de portas; trava de porta baú; imobilizador da carreta/baú; sensor de desengate de carreta; sensor de ignição; botão de pânico; sensor de abertura de portas (cabine); bloqueador de combustível; sirene; e rastreadores móveis (iscas de carga). O alvo favorito do crime organizado são mercadorias com elevado valor agregado e de fácil distribuição, assim como mercadorias de difícil identificação. Dentre as mercadorias mais visadas estão os eletrônicos, compreendidos por aparelhos de som, televisores, computadores, notebooks, celulares, tablets e produtos de informática. Outro grupo de mercadorias procuradas pelos ladrões é composto por bebidas, produtos alimentícios, têxteis, calçados, produtos de limpeza e de higiene, cosméticos, plásticos e borrachas, combustíveis, pneus, autopeças, medicamentos e cigarros. Além do roubo, os acidentes ocorridos com os veículos transportadores representam grande parte das perdas de mercadorias; com isso, as seguradoras também estabelecem regras de GR para acidentes. Para alguns tipos de mercadorias o GR é baseado na maneira com que o transporte será realizado. Por exemplo, uma carga de um equipamento sofisticado ou equipamento sensível a impactos precisa ser transportado por um veículo especial àquela determinada carga e conduzida por motorista com muito conhecimento neste tipo de transporte. As seguradoras são extremamente rigorosas na exigência de planos de gerenciamento de riscos para as mercadorias mais vulneráveis e visadas, e limitam os embarques a valores reduzidos. Dependendo da mercadoria, as seguradoras simplesmente se negam a segurá-las. Os embarcadores e transportadores precisam alinhar-se e adotar planos de gerenciamento de riscos eficientes e muito bem estruturados para, dessa maneira, obter condições de seguros satisfatórios.

Aparecido Mendes Rocha é corretor de seguros especializado em seguros internacionais

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seguradora Atendimento do sinistro deve ser bem feito para conquistar o cliente O momento do sinistro é o cartão de visitas do mercado de seguros, quando corretores, seguradores e prestadores de serviços podem demonstrar a importância de seu trabalho. Principalmente no ramo de automóvel, o carrochefe do setor, e um dos têm mais possibilidades de apresentar benefícios. A Liberty Seguros tem focado em um bom atendimento ao cliente, principalmente no momento do sinistro. O aviso pode ser aberto tanto pelo segurador, corretor ou terceiro. E pode ser feito por múltiplos canais – pela web, no portal do corretor ou portal do cliente; ou fonado, pelo call center. Em 2013, foram 2,3 milhões de atendimentos nos principais canais de contato (telefone, e-mail e chat), com mais de 300 pessoas envolvidas no atendimento para segurado ou corretor, desde a aceitação da proposta até atendimento de sinistros. O aviso de sinistro via web também tem crescido. Com 1,2 milhão de itens de automóveis, 40% dos avisos de sinistro desta área são realizados pela ferramenta online: em 2013 foram 210 mil. E 38% de todos os contatos recebidos são via chat. “Essa é uma estratégia da Liberty, pois a internet é um canal mais confortável para o corretor, fica muito mais prático abrir a seção de chat”, afirma Dennis Milan, diretor de Operações d a L i b e r t y , responsável pela área de operação de sinistros, que faz todo o atendimento pósvenda da Liberty. São oferecidos vários c h a t s p a r a atendimento: tem para aceitação de apólice, para situações de cobrança, para agendamento de vistoria, e para acompanhamento do processo do sinistro.

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“A comunicação com as oficinas é exclusivamente por chat”, declara Milan. O diretor conta que há dois anos a empresa está investindo bastante na automatização dos sinistros. “Conseguimos os expressivos 40% dos avisos de sinistros chegando por internet porque o nosso processo acontece uma forma mais fácil. No final do aviso, o segurado (ou o corretor, em nome do segurado) já pode fazer o agendamento do carro reserva, o que agiliza bastante”. A seguradora busca oferecer diferenciais nos canais de atendimento. Um dos pontos de investimento é a implantação do sistema de vistoria por imagem, quando ocorre um sinistro tanto com o automóvel segurado quanto aos danos de terceiros. Neste caso, a própria oficina credenciada que o cliente leva o carro para conserto envia fotos do carro à Liberty, as quais são analisadas pelo departamento de sinistros. De acordo com as imagens e informações passadas pelo mecânico, é feita a liberação do reparo. Esse processo é muito mais ágil do que o técnico da Liberty ir à oficina para fazer a vistoria. “Temos cerca de 100 reguladores próprios, que são funcionários, temos também reguladores externos, e temos, ainda, a regulação por imagem. As 360 oficinas credenciadas da Liberty têm uma tecnologia para fazer diagnóstico por imagem, que disponibiliza os resultados automaticamente em nossos sistemas. A equipe que recebe e confere as imagens tem até 48 horas para emitir a autorização dos reparos, mas na prática liberamos em 24 horas”, diz Milan. Completando três anos do projeto, hoje 65% das vistorias da Liberty são feitas por imagem e a estratégia é ampliar ainda mais. Desde o ano passado a empresa também investe em um modelo de comunicação próativa para clientes e corretores. Conforme o andamento do processo de reparação, sempre que há um fato relevante a informação não apenas fica disponível no portal, mas também é enviada por email ou SMS para o cliente – por exemplo, se foi concluída ou teve algum atraso por entrega de peça. “Preferimos ser próativos para reduzir a procura e o cliente ter uma melhor experiência”.


Patrocínio à Copa 2014 destaca o nome da seguradora A campanha da Liberty Seguros como patrocinadora e Seguradora Oficial da Copa do Mundo da FIFA 2014™ foi iniciada em 2012, e teve investimento de R$ 35 milhões. O craque Cafu aparece como a estrela da campanha, dando continuidade ao papel de embaixador da Liberty Seguros no país. Uma das ações é o patrocínio do álbum de figurinhas das seleções da editora Panini, que tem 8,5 milhões de exemplares distribuídos no país. “As figurinhas alcançam todas as faixas etárias e são uma febre nas Copas, atraindo uma legião de apaixonados por futebol. É uma oportunidade de estar ao lado dos torcedores”, diz Manuela Vivo, gerente de Marketing Institucional da seguradora. As mídias sociais da empresa ganharão novos layouts e

conteúdos relacionados à campanha para gerar mais interatividade com o internauta. O site Liberty na Copa 2014 em português, inglês e espanhol, que publica notícias relacionadas à Copa, e a coluna Dois Toques com Cafu, assinada pelo craque brasileiro exclusivamente para Liberty Seguros, serão integrados ao portal institucional da seguradora. Os investimentos de marketing da Liberty Seguros em 2014 também consideram anúncios em outdoors, busdoor, relógios de rua, pontos de ônibus, táxis, guinchos e mobiliário urbano nas cidades-sede, ações promocionais com funcionários, corretores, clientes e iniciativas de responsabilidade social com foco em mobilidade urbana. “Atingimos nosso principal objetivo com a campanha, que era o reconhecimento da marca. Desde o início do contrato de patrocínio com a FIFA triplicamos o reconhecimento da marca no mercado brasileiro e hoje estamos entre as cinco seguradoras mais lembradas pelo consumidor”, finaliza Manuela.

qualificação Fox ministra curso para identificação de fraude em seguros de transportes Os índices de fraude nos seguros de transportes de carga crescem a cada ano. O contrato de seguros estabelece a boa-fé entre as partes, e por sua característica do mutualismo, todos colaboram com a construção do capital utilizado para cobrir a indenização de uma eventualidade. Assim, a fraude é um ato doloso que traz prejuízo para as seguradoras e encarece o produto de seguro para todos os clientes. Especialistas trabalham arduamente na identificação da fraude para não haver despesas indevidas. De 29 a 31 de julho acontece em São Paulo o curso "Identificando a fraude no sinistro de transportes", que será ministrado por três profissionais representantes da Fox Reguladora de Sinistro: Paulo Rogério Haüptli, sócio-diretor da Fox; Marcelo Teixeira, gerente da Fox e professor das Faculdades Anhanguera; e Luis Mourão, da 3 AAM Consulting (parceira da

Fox) executivo da área de seguros e resseguros. “No patamar que as fraudes ao seguro de transporte chegaram, quem se encontra preparado para combater esse mal? A situação está difícil, vamos nos munir de técnicas para a preservação de nosso mercado”, declara Paulo Rogério Haüptli. Este é mais um curso oferecido pelo Clube Internacional de Seguros de Transporte – CIST – entidade que nasceu em 2012 tendo como principal objetivo disseminar conhecimento especializado, através de diversos eventos. Os cursos do CIST são realizados em parceria com a Associação Paulista dos Técnicos de Seguros – APTS. O CIST utiliza o auditório da APTS, localizado no Centro de São Paulo, para que seus profissionais especialistas ministrem cursos e, em contrapartida, os associados da APTS podem participar a preços mais baixos.

Informações para inscrição: com a APTS (www.apts.org.br / 11 3229-6503) ou com o CIST (www.cist.org.br).

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trabalho, carreira e sucesso

Como o estresse afeta a qualidade d Infelizmente virou uma realidade afirmar que muitos executivos bem-sucedidos vivam nos dias de hoje sob o efeito do estresse e que apesar do cansaço continuam persistentes em se manterem otimistas e produtivos. Reuniões intermináveis, pressões por resultados, prazos cada vez mais curtos, metas humanamente inalcançáveis, inúmeros compromissos, preocupações com a baixa de desempenho, o aumento da competitividade, o medo do desemprego, concorrência desleal, a busca de lucratividade a todo custo e o pavor do prejuízo são algumas das causas da infelicidade no ambiente de trabalho que desencadeia em um aumento de estresse vivido por muitos executivos em organizações no mundo inteiro. De repente chegamos à conclusão de que quanto mais descuidados com a nossa vida nós formos mais adequados nos tornamos, por haver um contrassenso de valores, transformando a existência humana em uma vida automática, sem tempo para si mesmo, para a família, para os amigos, para os relacionamentos afetivos, para uma carreira sem tantas pressões e falta de uma fé que nos sustente. Colocamos diante de nós a obrigação em atender a tantas expectativas que se torna muitas vezes natural a infelicidade profissional como um mal inevitável e do qual nos conformamos facilmente, aceitando que ganha mais aquele que se assemelha aos que perdem uma vida inteira juntos. A pressão por resultados desencadeia não somente no cansaço e na falta de tempo, mas também provoca a baixa imunidade que automaticamente afeta à saúde, tornando o atual executivo dependente de suplementos anabolizados, remédios para dormir, remédios para acordar, para controlar a ansiedade, para aprender a ser tolerante, para equilibrar o emocional, ainda que no fundo, no fundo isso o torne dependente de soluções químicas que só perdem para os conservantes presentes no suco de caixinha. Há pouco mais de 10 anos não era assim, quando só se conhecia os problemas do trabalho quando se chegava à empresa pela manhã e ligava o computador. Hoje em dia os executivos ditos “bem-sucedidos” sofrem por antecipação porque a preocupação lhe é antecipada através dos celulares,

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dos e-mails, dos notebooks e de toda sorte de tecnologia que for possível encontrar. Não existe mais limite entre o profissional que dá a própria vida por uma carreira promissora e alguém que equaliza o tempo para trabalhar, para estar com a família, para o lazer e para os planos pessoais e coloque tudo isso como prioridade. A vida corporativa se tornou um mal coletivo, no qual todos reconhecem suas obrigações, mas desconhecem seus direitos. Sair pontualmente do trabalho às 18 horas muitas vezes é visto com maus olhos pelos colegas de profissão e outras vezes pela chefia, entretanto é digno de louvor o profissional que sacrifica o tempo com a família e com os filhos em função do trabalho como se houvesse compensações no futuro. Mas, de qual futuro estamos falando se à medida que o estresse aumenta, aumentam também as doenças cardiovasculares, a alteração da pressão arterial, as dependências químicas, o alcoolismo, a depressão, as síndromes do pânico e todo o tipo de acidentes ocasionados por cansaço excessivo e distrações? Existem compensações para tudo, desde tenhamos em mente que trabalhar por um objetivo, não pode roubar o tempo para o descanso, para a


e vida no trabalho atividade esportiva e até para o ócio criativo. E você deve estar pensando: Qual o objetivo deste artigo? Deixá-lo ainda mais para baixo? Não meu caro, o que quero é dizer que assim como no passado as propagandas de cigarro pregavam que era mais promissor e bem-sucedido o sujeito que fumava determinadas marcas de cigarros inúmeras vezes por dia, da mesma forma a comunicação e a internet trazem a tona os males que uma vida sedentária podem fazer, sem lazer e equilíbrio afetando à saúde. "Tem noite que acordo de madrugada e vou ver meu e-mail no banheiro para não incomodar minha mulher", disse Helder Molina, 52 à Folha de S.Paulo, que preside desde 2004 à Mongeral Aegon, uma das dez maiores seguradoras independentes do país sobre como o estresse afeta a qualidade do seu dia-a-dia. Infelizmente o depoimento deste executivo retrata bem uma realidade costumeira nos dias de hoje. Sem contar o fato de passamos aos nossos filhos a impossibilidade de evitar esse mal, fazendo-os acreditar que quanto mais ausentes os pais estiverem de uma vida em família, maiores serão as chances de serem bem-sucedidos na carreira, ainda que desajustados

na vida pessoal, quando na verdade uma vida em equilíbrio, na qual se alinham as prioridades deveria ser levada como uma meta para as gerações futuras. A jornada de muitos executivos ultrapassa as oito horas, chegando a viverem enfurnados nos escritórios 12 a 14 horas diárias. Desse jeito se torna impossível fazer jus aos benefícios dos altos salários, uma vez que não sobra tempo para investir o que ganha em si mesmo ou no lazer com a família. É preciso haver harmonia nas funções das rodas de um trem ou até mesmo para que haja equilíbrio nos pratos do equilibrista se queremos chegar a uma velhice plenos de saúde e bem-estar. Ter tempo para fazer planos pessoais, investir em conhecimento, fazer uma viagem, assim como para a família, para a criação dos filhos ou até mesmo para curtir a velhice dos pais. Investir em um networking que não represente apenas trabalho, mas também na troca de experiências com novos amigos. Ter tempo para curtir um novo amor ou surpreender o antigo. Encontrar a satisfação no trabalho e ter tempo para pôr em prática a fé muitas vezes esquecida, enferrujada e tolerante à falta de tempo. Pouco adianta mudar a rotina às vésperas de um ataque cardíaco ou de um ataque de nervos quando a balança denunciar o aumento de peso. Tentar salvar o terceiro casamento quando os dois primeiros afundaram pelo mesmo motivo. Ou até mesmo se acercar de amigos recentes quando os antigos foram esquecidos pela falta de tempo. A felicidade que tanto almejamos tem muito mais de racional que emotiva, quando entendemos que nossas necessidades são muito mais reais e bem pouco imaginárias. Basta que tenhamos a consciência de que somos nós os responsáveis por tornar a felicidade prioridade em nossa vida e que ela atingirá o maior número de pessoas que nossa saúde física e emocional se dispuser.

Por Jöel Thrinidad - Especialista em Gestão de Carreiras, empresário, colunista e escritor. Contato com o autor: jthrinidad@yahoo.es

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artigo A missão incansável na defesa da vida O carnaval deste ano deixou um saldo preocupante no trânsito: 155 pessoas morreram nas estradas federais de todo o país, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Embora represente uma queda de 6% em relação ao carnaval de 2013, o resultado é inaceitável sob todos os aspectos. Principalmente ser forem levadas em conta as ocorrências nas rodovias estaduais – fora do controle da PRF – e a razão das causas de tantos acidentes: excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas e embriaguez ao volante. No total, a PRF abordou mais de 217,3 mil veículos e realizou mais de 68,2 mil testes de bafômetro. Cerca de 1.650 condutores foram autuados por dirigir sob efeito de álcool ou por se recusarem a soprar o bafômetro. Outros 406 foram detidos pelo crime de embriaguez ao volante. A PRF contabilizou ainda 3.201 acidentes nas rodovias. A mistura de álcool e direção é fatal. Como autor da Lei Seca, considero fundamental a reeducação de motoristas para preservar a vida. A legislação tornou mais rigorosa as punições para os condutores que são flagrados dirigindo sob o efeito de bebida alcoólica. Desde dezembro de 2012, a nova Lei Seca dobrou as multas em casos de flagrante e a permitiu outras provas contra os motoristas que se recusarem a fazer o teste do bafômetro, como vídeos e depoimento de testemunhas.

uma redução de 50% nas mortes e lesões causadas pela violência no trânsito. O Brasil é signatário deste documento, que ajudará a salvar milhares de vidas. No entanto, ainda falta muito para alcançar essa meta. A Década trata de todas as questões importantes para a segurança da circulação viária no Brasil e tem por base pilares que irão ajudar a alcançar o objetivo. Entretanto, vejo a década com pouco otimismo, já que há uma série de medidas a serem implementadas em favor da segurança no trânsito. É preciso transformar esse tema em disciplina obrigatória nas escolas, incluindo o conceito na grade curricular. Precisamos também mudar o conceito dos Centros de Formação de Condutores. A aplicação de cursos de qualificação e provas nacionais para avaliação de instrutores é um dos oito tópicos de reuniões mensais que a Comissão Especial para Processo de Formação do Condutor da Câmara dos Deputados tem feito e das quais participam representantes do Denatran, dos Detrans e das autoescolas. Os exames nacionais devem ser utilizados para criar no país uma cultura uniforme e confiável de formação de condutores.

Mas ainda estamos muito longe do ideal. Apesar da redução de 33,2 mil para 21,9 mil, dos casos de alcoolemia no trânsito no ano passado, o número de mortos em acidentes se manteve praticamente o mesmo, com apenas 2% a menos em relação a 2012, segundo informações do Instituto de Segurança Pública.

Falta também a criação de um órgão com competência técnica e recursos para coordenar o controle da segurança viária em todo o Brasil. Esse órgão terá autoridade sobre todos os seis ministérios que, de alguma forma, interferem no segmento de trânsito. Ele terá por objetivo elevar o tema à mais alta esfera administrativa federal, em função dos nefastos efeitos provocados pela mortalidade e lesões no trânsito. Funcionará como a autoridade nacional em prevenção e segurança no trânsito, atuando como elo de articulação entre as inúmeras instâncias governamentais.

Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, defendo a readequação do Código de Trânsito Brasileiro por meio do compromisso firmado com a ONU, em 2009. A Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020, assinada por governos de todo o mundo, prevê

Como cidadão e pai de família, não posso aceitar que mortes ao volante sejam consideradas meras fatalidades. São atentados contra a vida, que demandam nossa capacidade de reagir. Para mudar este quadro, a prevenção e a tomada de consciência ainda são as melhores respostas.

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Hugo Leal é deputado federal, autor da Lei Seca e presidente regional do PROS-RJ


negócios internacionais Um brasileiro representando a produção da América Latina O grupo Zurich Seguros dispõe de uma rede mundial de subsidiárias e escritórios situada na Europa e na América do Norte, bem como na América Latina, no Pacífico Asiático, no Oriente Médio entre outros mercados, sendo cerca de 60 mil colaboradores, servindo clientes em mais de 170 países. Globalmente, a seguradora atua em três grandes segmentos: seguros para pessoas, seguros de vida e seguros gerais. José Bailone Junior é o responsável pela área de subscrição da Zurich na América Latina, que se orgulha de ser um brasileiro à frente da operação. “A Zurich é uma empresa realmente global. Nela encontramos todas as nacionalidades em todos os níveis executivos e de especialidades. Tenho a satisfação de ser um brasileiro à frente da operação na América Latina, desde outubro de 2012, antes era um executivo americano. Nada mais justo, o Brasil é o maior mercado da América Latina”. Ele afirma que a empresa tem uma linha geral que se aplica ao mundo inteiro, mas cria uma customizaçao para cada país, adaptando às regras locais, as quais precisou aprender. Os produtos são distribuídos através de corretores de seguros, varegistas e outros canais de distribuição alternativos. “A Zurich trabalha quase na totalidade com corretores de seguros, em outros países recebem outros

nomes, geralmente são chamados de agentes, corretores são apenas empresas maiores. Na maioria dos países esses canais de distribuição são multimarca (atuando com diversas seguradoras). Nosso negócio é realmente focado na distribuição através de corretor”. De acordo com o especialista, o volume de prêmios em seguros gerais da Zurich está em U$$ 33 bilhões mundialmente, sendo em torno de 10% para a produção da América Latina. Em volumes gerais, a maior produção da Zurich vem nessa ordem: Brasil, México, Argentina, Venezuela e Chile. Se considerar o ramo vida, o Chile oscila em segundo ou terceiro lugar. “A Zurich tem, globalmente, uma expertise muito grande no ramo empresarial, com percepção de valor bastante desenvolvida, voltada para prevenção de riscos. É uma empresa que foca muito na subscrição para a qualidade técnica do risco. Por isso, somos líderes no Brasil em D&O e riscos de engenharia. Os programas internacionais da Zurich são desenvolvidos para a emissão de apólices globais para empresas brasileiras”. O grupo Zurich lança estratégias trianuais para atuação mundial. “Para o triênio 2014-2016 foi comunicado que a estratégia seria ter um foco mais forte no crescimento de volume e de rentabilidade. Até então, nos três anos passados, o grupo estava muito focado em manter a rentabilidade, mantendo o market share, por conta de serem anos de crise. A partir de agora passamos a ter uma visão voltada a ampliar market share. Mas na América Latina desde 2011 nós temos um crescimento bastante importante em nosso negócios, é considerado um mercado prioritário”.

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outros conhecimentos Desmistificando a Maçonaria Das inúmeras associações existentes no mundo, nenhuma é tão mal compreendida como a Maçonaria. Considerada secreta; sectária; satânica; dentre outras qualificações ofensivas, sua maior característica é ser criticada por quem não conhece seus fundamentos e seu funcionamento. Tem como inimigo algumas religiões e os regimes totalitários socialistas, comunista e nazista, pois, dentre seus princípios basilares estão a liberdade de consciência, de manifestação de pensamento e a rejeição a políticas que exijam submissão incondicional. Seus detratores a têm como uma sociedade secreta, porém, a Maçonaria é uma associação civil sem fins lucrativos, com estatuto registrado em cartório, CNPJ, conta corrente e obrigações fiscais e trabalhistas, o que derruba tal teoria. A Maçonaria é religiosa, mas, não é religião. A Maçonaria não promete a salvação eterna nem uma vida futura no paraíso, apenas exige de seus membros a crença num Ser superior e na imortalidade da alma. Quem é convidado a participar da Maçonaria não fica rico nem famoso. Quem é rico continua rico e quem é pobre assim se mantém. A única riqueza que a Maçonaria garante é a do conhecimento e da sabedoria. Ao contrário do que diz a lenda, o maçom não é obrigado a ajudar outro maçom. Tal fato só ocorre em caso de uma agressão injusta, seja ela qual for.

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Outra das lendas sobre a Maçonaria é de que ela manda no mundo e pretende implantar uma “Nova Ordem Mundial”. Para que uma coisa dessas ocorra necessária uma forte coesão, centralização e uniformidade de pensamento. Tal fato não ocorre na Maçonaria. Esta não é uma estrutura monolítica que determina diretrizes. É composta de militares; funcionários públicos; médicos; jornalistas; advogados e demais profissionais liberais, entre outros, todos com ideias e valores diferentes, que podem divergir. Não existe unanimidade na Maçonaria. A Maçonaria possui alguns princípios. O principal deles: só se entra na Maçonaria por convite pessoal, através de um amigo ou conhecido. Quem pretende entrar na maçonaria através de internet ou anúncio publicitário vai acabar nas mãos de pessoas mal intencionadas. A Maçonaria é uma instituição que valoriza a família e possui algumas regras para quem dela seja convidado e queira participar: a crença em Deus; trabalho honesto; não ser adepto de ideologias autoritárias/totalitárias; ter boa reputação; não estar respondendo a processo criminal e ter mais de 21 anos de idade, dentre outras. A Maçonaria, enfim, busca entre seus adeptos, pessoas dispostas a lutar pela verdade e combater o fanatismo; as paixões; o obscurantismo e o vício.

Carlos Roberto Nicolai, advogado e maçom há 13 anos pela GLESP.


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