Revista FOX News 09

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edição 09 / maio 2017

Um time de primeira! As empresas do Grupo Fox – Fox Regulação & Auditoria e Haüptli Advogados Associados – ampliam seus quadros de colaboradores para atender à crescente demanda do mercado de seguros E mais: Executivos e especialistas de diversas áreas do seguro oferecem seus conhecimentos em artigos.

Entrevista: Antonio Trindade, presidente da “nova” Chubb Brasil fala com exclusividade sobre o processo de aquisição, a integração das equipes, e os novos focos da empresa.


Almoรงos de Negรณcios / Cursos e Treinamentos / Workshops / Simpรณsios e Congressos


editorial Que orgulho contar com este time! Contrariando os tempos adversos da economia brasileira, as empresas do Grupo Fox – a Fox Regulação & Auditoria e a Haüptli Advogados Associados – seguem em franca expansão, ampliando serviços para atender às demandas do mercado de seguros, e para, isso, reforçando suas equipes em diversas áreas. A Fox atualizou seu organograma que conta agora com 60 colaboradores diretos, além de dezenas de prestadores de serviços espalhados por todo o País. A Haüptli completou seu quadro de advogados com a contratação de especialistas para atender em todas as áreas do direito e do seguro. Nossos profissionais têm se destacado e contribuído não apenas nas empresas, mas, como veremos nesta edição, também no mercado de seguros, participando de eventos e até mesmo apresentando palestras. Todo esse crescimento não se deve apenas aos funcionários, mas aos parceiros do mercado de seguros. Nesta encorpada e d i ç ã o d a Fox N e w s t r a ze m o s o c o n h e c i m e n t o d e importantes executivos e notícias das empresas que caminham conosco pelo desenvolvimento do setor. Assim, também é motivo de orgulho podermos dizer que temos, nesta revista, um time e tanto!

Paulo Rogério Haüptli

Alexandre Massao

Sócios da Fox Regulação & Auditoria

Grupo Fox Fox Regulação & Auditoria Avenida Francisco Matarazzo, 1752, 17º. andar Pompéia - São Paulo - SP - CEP 05001-200 Telefone (11) 3858.3234 / 3965.9001 E-mail: contato@foxaudit.com.br Haüptli Advogados & Associados Consultivo / Contencioso Avenida Francisco Matarazzo, nº 1.752, 24º andar Pompéia – São Paulo – SP - CEP 05001-200 Telefone (11) 4858.3644 E-mail: contato@hauptli.adv.br

Produção Fox News Thaís Ruco - jornalista responsável - MTb 49.455 thais@thaisruco.com.br Felix Ryu - projeto gráfico - Teckel Design felixryu@ig.com.br

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sumário 03 05

Editorial Que orgulho contar com este time! Recursos Humanos – 5 Sonhar e fazer sonhar

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Parceria – 5 Grupo Fox se consolida como patrocinador oficial do CIST

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Estatísticas – 6 Roubo de carga dispara no Brasil e enfrentamos o problema com investimentos privados

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Orientação Jurídica – 7 Sócio da Haüptli fala sobre seguro garantia judicial em eventos do setor Entrevista – 8 Fusão que deu origem à maior seguradora de propriedade e responsabilidade civil no Brasil e no mundo

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Evento – 9 Advogada da Fox debate arbitragem no seguro marítimo em workshop do CIST

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Qualificação – 10 A hora é agora! Amanhã você vai querer ter começado hoje

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Seguro garantia judicial – 11 Seguro Garantia Judicial nos processos trabalhistas

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Contratações – 12 Haüptli Advogados Associados completa time com especialistas para atender às diversas demandas de seguros

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Contratações – 14 Fox Regulação & Sinistros reestrutura organograma com equipe de 60 profissionais diretos

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Representatividade – 15 Diretor da Fox é novo acadêmico da ANSP

Transportes – 16 Falha no cumprimento do gerenciamento de risco no seguro de transporte Relacionamento – 17 O Código, o consumidor e o seguro

Economia – 22 Educação e saúde financeira: um caminho para a sustentabilidade

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Transportes – 23 Importância do corretor no controle do transporte de cargas

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Direito securitário – 24 O agravamento do risco e a perda de direito ao recebimento da indenização

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Marine – 26 Taxas e sobretaxas no frete marítimo

Mercado – 28 Seguradora apresenta seus planos de expansão em evento para corretores e outros parceiros Gerenciamento de riscos – 29 Como baixar índices de roubos e furtos de cargas no Brasil?

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Gestão de riscos – 30 Instalações HPR e a integração das proteções patrimonial e industrial

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Mercado – 31 Completando 50 anos de operação mundial, seguradora lança nova marca para atuação no Brasil

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Maio Amarelo – 32 Corretores e seguradores unidos pela redução de acidentes de trânsito

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Transportes – 34 O cabo de guerra do setor logístico

Diversificação – 36 Consultoria oferece apoio aos corretores para atuação em nichos específicos como responsabilidade civil Sinistros – 37 Armas potentes e alta tecnologia no roubo de carga

Outra leitura – 38 A mulher madura

Roubo de cargas – 18 Gerenciamento de riscos e contratação de seguro

Corretores – 21 As boas e más notícias sobre o futuro da distribuição de seguros

edição 09 - maio 2017


recursos humanos Sonhar e fazer sonhar Estamos imersos em tempos de instabilidade econômica e de novos mercados, de mudanças tecnológicas nas tendências de compra, nos modelos de gestão e sistemas de comercialização. Nosso mundo está mudando a uma velocidade nunca antes conhecida; o novo se sobrepõe e coexiste com o tradicional, sem solução de continuidade. Nesse contexto, constantemente aparecem dificuldades e desafios, ante os quais devemos reagir e enfrentá-los como oportunidades de crescimento e evolução. Inegáveis oportunidades de melhoria. Nascem novas necessidades, que devem ser atendidas com soluções inovadoras, de modo que, caso sejamos habilidosos em sua elaboração, elas nos levarão a alcançar o sucesso a partir de um prisma diferente e melhorado. Eu não acho que estou fazendo uma leitura otimista, pelo contrário, creio que é realista em alto grau. Revejam a história, em qualquer de suas etapas, e poderão ver que sempre foi assim. Esta opção de melhoria que, por si só, já anima, deve ser adornada com uma atitude claramente predisposta à mudança. Ser atores ativos, abrir nossa mente de maneira imaginativa, analisar opções sem julgamentos prévios, deixando a porta aberta para reformular processos e sistemas de gestão. Devemos estar dispostos a deixar nossa zona de conforto e nos expor ao risco, assumindo, inclusive, nosso desconhecimento e a necessidade de aprender. Reconhecer fraquezas e carências com modéstia, consultar outras pessoas

Luis Gutiérrez é presidente do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre nas áreas de Auto, Seguros Gerais e Affinities

mais preparadas em algumas das “novas matérias”, adquirir conhecimentos e habilidades, e, finalmente, evoluir. Mas não podemos fazer isso sozinhos. Uma organização não caminha na direção de novas propostas de valor pela decisão solitária de algum de seus membros, independentemente de seu nível hierárquico na mesma. O líder deverá adicionar à “causa” toda a sua equipe, de modo que o sucesso seja uma possibilidade real dentro do âmbito aceitável do risco. Caso contrário, será impossível. Sendo assim, é fundamental compartilhar esta análise com nossa equipe para, com base no trabalho individual e coletivo, transmitirmos a esperança de uma nova realidade para todos e, juntos, crescermos a cada passo. Sonhar e fazer sonhar: outra excelente razão para aproveitar a oportunidade.

parceria Grupo Fox se consolida como patrocinador oficial do CIST O Grupo Fox intensificou a parceria e o apoio ao CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes) e foi o patrocinador oficial dos três primeiros workshops realizados pela entidade em 2017, nos meses de fevereiro, março e abril. “A ideia é continuarmos cada vez mais firmes na parceria com o C I S T, u m a e n t i d a d e q u e p ro m ove q u a l i f i c a ç ã o e relacionamento entre os profissionais de seguros de transportes, um dos principais ramos de atuação do Grupo Fox”, afirma o diretor Paulo Rogério Haüptli. Representando pelas empresas Fox Regulação & Auditoria e Haüptli Advogados Associados, o Grupo Fox acreditou na entidade desde sua constituição, apoiando diversos eventos realizados, bem como esteve presente com estande nas quatro edições do Simpósio/ Congresso que acontecem anualmente. A marca do Grupo Fox passou a constar como apoiador oficial no novo site do CIST, lançado em maio.

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estatísticas Roubo de carga dispara no Brasil e enfrentamos o problema com investimentos privados O número de roubo de cargas no Brasil quase dobrou nos últimos seis anos e provocou, apenas em 2016, prejuízo estimado em R$ 1,4 bilhão, segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). De acordo com estudo da entidade, foram 22.550 ocorrências em 2016. O numero é 86% superior às 12.124 ocorrências registradas em 2011. Estatística da NTC e Logística (empresa que fornece informações para a Confederação Nacional do Transporte) mostra que atualmente, de cada 10 mil viagens no país, seis, necessariamente, serão alvos de criminosos. Do total de casos, 84% aconteceram nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Somente em São Paulo, estado que lidera o ranking nacional, foram 9.943 registro de roubos de carga em 2016, 8.490 em 2015 e 8.518 em 2014. No Rio de Janeiro, o segundo colocado, acontecem os piores prejuízos. Segundo autoridades, o aumento de roubo de cargas no Rio tem relação com o tráfico de drogas e seria um a m anei r a de f i nanci ar a com pr a de ar m as por traficantes. Certamente todos esses números são muito maiores, levando em consideração que não são computadas pelo sistema inúmeras ocorrências e outras sequer registradas, porque o caminhão aparece logo em seguida sem a carga e havendo seguro ou sem cobertura securitária, faz com que seu proprietário fuja da burocracia, porque sabe que enfrentará entraves para o registro e que a investigação não vai lhe trazer sua mercadoria de volta. Em 90% dos caminhões encontrados vazios, jamais se localiza a carga. Em 2016, o Grupo Fox atendeu cerca de 4890 roubos de carga apenas na cidade de São Paulo. Com a retomada do crescimento da economia a tendência é o aumento das ocorrências de roubo de carga, pois enquanto a economia se encontra retraída e as vendas diminuem, consequentemente há um número muito menor

Paulo Rogério Haüptli é fundador do Grupo Fox Auditoria & Regulação, advogado titular do escritório Haüptli e Associados, professor universitário e de treinamentos para seguradoras sobre fraudes e sinistros, além de diretor de Sindicância do CIST. de transportes. Mas o período de crise estimula a ação dos marginais e também outro grande problema, que são as fraudes. Ou seja, com ou sem crise temos um volume dantesco de roubo de cargas. Enquanto não pudermos contar com investimentos do Estado para segurança e melhoria das estradas, a solução depende do setor privado: contar com bom gerenciamento de risco, pronta resposta e entrosamento entre regulador/sindicante com a empresa de gerenciamento de riscos. Mas alguém tem que pagar a conta e isso tudo acaba refletindo no aumento do prêmio do seguro e no pagamento das soluções de gerenciamento de risco, principalmente em rotas que cheguem aos lugares mais visados, como em determinadas localizações do Rio de Janeiro. Além de seu setor de roubo, o Grupo Fox também se destaca no atendimento de tombamento, avarias e vistorias nacionais e internacionais. Saímos à frente ao evitarmos saque, bem como apurarmos culpabilidade e irregularidades que possam influenciar na cobertura do risco contratado, destarte, minimizando os prejuízos dos nossos clientes - seguradoras ou não. São 22 anos trazendo toda expertise do setor de roubo e os profissionais do setor de engenharia para cálculos de velocidade e afins, ainda passando pelo crivo dos analistas especialistas em conferir e apontar falhas nos programa de gerenciamento de riscos e mapas de rastreamentos e pertinentes.

Novidade no setor de seguros de transportes Trazendo um fato que considero positivo para o nosso setor, a partir de junho de 2017 serão obrigatórias as anotações do número de averbação e apólice de seguro no conhecimento de transporte eletrônico, manifesto e nas ordens de coletas.

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Será uma árdua tarefa para transportadores e seguradores, até porque muitos deles sequer sabem dessa norma da ANTT, que passa a vigorar em julho. Por outro lado, a sonegação do seguro obrigatório de transporte (RCTR/C) chegará perto de zero, o que de fato será muito bom para todos na cadeia logística do seguro de transporte, principalmente os segurados, que terão um prêmio menor em razão do aumento de contribuintes.


orientação jurídica Sócio da Haüptli fala sobre seguro garantia judicial em eventos do setor A Haüptli Advogados Associadas, empresa do Grupo Fox, foi convidada pela Agência Seg News para participar do Workshop “Riscos Jurídicos e Seguro Garantia Judicial”, que aconteceu em 26 de janeiro. O especialista em seguro garantia, Dr. Bruno Lacerda Gusmão, representou a empresa abordando “As a l t e r a ç õ e s n o r m a t i va s relacionadas ao seguro garantia”. A repercussão do evento foi tanta que foi realizada segunda edição no dia 25 de abril. Segundo o advogado, o objetivo de sua palestra é discutir com o mercado parâmetros sobre a contratação do seguro garantia judicial, que tem crescido no Brasil. “Hoje, 60% do seguro garantia vendido no País é na modalidade de seguro garantia judicial. É um produto que agrega muitos benefícios e que é bem mais barato que a fiança bancária que, por sua vez, vem caindo em desuso – os bancos têm perdido interesse em atuar neste segmento”. Com o aumento das vendas, cresce também a exposição das seguradoras nessa modalidade, e é preciso que as empresas

estejam preparadas para a atuação. “As seguradoras devem utilizar mecanismos para analisar todo esse risco que vem sendo assumido. Nesse sentido, a Haüptli possui advogados especialistas e com as ferramentas necessárias para garantir a análise, emissão e depois o acompanhamento dessas garantias”. Estão sendo programadas novas apresentações da palestra, para difundir a novos públicos a importância e seriedade do seguro garantia judicial.

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entrevista Fusão que deu origem à maior seguradora de propriedade e responsabilidade civil no Brasil e no mundo Antonio Trindade, presidente da “nova” Chubb Brasil fala com exclusividade à Fox News sobre o processo de aquisição da Ace Seguradora, a integração das equipes, e os novos focos da empresa. Fox News – Comente sobre sua trajetória profissional até chegar à presidência da nova Chubb. Antonio Trindade – Comecei minha carreira na SulAmérica como trainee e cheguei a superintendente de Vendas Brasil. Na sequência, me mudei para São Paulo e ocupei cargos nas diretorias da Securitas União Corretora de Seguros, Seguradora Oceânica, Nacional Cia. de Seguros, Unibanco, AIG seguros, Unibanco Capitalização, Unibanco AIG Previdência e Vida e Itaú Unibanco Seguradora. Nesta última empresa, eu pude liderar a carteira de Riscos Patrimoniais e Responsabilidade Civil (P&C) que se consolidou como a maior do mercado brasileiro de Grandes Riscos. Em outubro de 2014, essa carteira foi adquirida pela ACE Seguradora, que me convidou para liderar sua operação no Brasil. Em julho de 2015, a ACE fez oferta para aquisição da Chubb - processo concluído em Janeiro de 2016. Ao longo de 2016 implementamos a incorporação das duas companhias, sob a marca CHUBB no Brasil e no mundo, e tenho tido o privilegio de liderar esse processo com um time de colaboradores de primeira grandeza. Fox News – Fale sobre o processo de transição que formou a nova Chubb. Antonio Trindade – A fusão entre a ACE e a Chubb deu origem à maior seguradora de propriedade e responsabilidade civil (P&C) de capital aberto do mundo e do Brasil. A transação combinou duas companhias globais de subscrição altamente complementares. No Brasil, por exemplo, a ACE já era líder em Grandes Riscos e a antiga Chubb havia consolidado uma operação modelo no médio mercado. Por isso, a Chubb de hoje mantém uma posição de liderança nos segmentos de grandes, médias e pequenas empresas, incluindo as multinacionais. A companhia que se formou exibe um potencial mais alto de crescimento e uma solidez financeira superior em relação à soma das duas empresas que se uniram, se essas continuassem operando de modo separado. Fox News – A integração das equipes já foi concluída? Foram necessários cortes e adequações com as duplicidades de cargos e funções? Antonio Trindade – O perfil complementar da ACE e da antiga Chubb facilitou bastante a integração, que começou em janeiro de 2016. Conseguimos reter e manter os melhores talentos das duas organizações. Durante 2016, integramos 100% das equipes, em um único endereço, tanto na Matriz em São Paulo como nas filiais em que temos no País. Esse processo de integração foi concluído em dezembro de 2016. Fox News – Quais foram as principais mudanças, a partir da fusão? Antonio Trindade – O leque de produtos e serviços da nova Chubb tornou-se maior, descontinuamos nossa atuação em seguros de automóveis, concentrando nossos investimentos

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no negócio de P&C e Afinidades. Atendemos hoje um numero maior de corretores, cobrindo desde grandes empresas às medias e pequenas. Melhoramos nossa capacidade operacional, apoiados em uma plataforma web, facilitando nossa relação com os corretores e clientes. Fox News – Quais são os ramos de atuação e especializações da nova seguradora? Quais os focos de atuação? Antonio Trindade – No Brasil, a Chubb hoje atua na liderança de setores importantes como Grandes Riscos, Afinidades, Transportes, Riscos Patrimoniais, Energia, Entretenimento, Programas Multinacionais e Responsabilidade Civil. A companhia ainda se destaca entre as principais nos segmentos de Garantia, Vida, Viagem e Pequenas e Médias Empresas (PME) – setores em que estamos introduzindo novidades significativas para corretores, parceiros e clientes por meio da adoção de novas ferramentas de alta tecnologia. Hoje, somos especialistas em oferecer soluções customizadas para todos os setores da Indústria, Comércio e Serviços. Fox News – Como é hoje o relacionamento da empresa com os corretores de seguros? Antonio Trindade – Ficou mais intenso e dinâmico. Hoje, a Chubb possui uma rede com 12 unidades dispostas em todas as regiões do País, onde conta com profissionais especializados nos diferentes mercados locais. Nosso objetivo é ajudar os corretores a desenvolver novos mercados e participar ainda mais da relação deles com seus clientes, completando oferta de produtos


da organização no mercado brasileiro que, na nossa visão, tem ainda enorme potencial de crescimento.

porventura ainda inexplorados. Fox News – Como funcionam as áreas de gerenciamento de riscos e de regulação de sinistros para evitar perdas no cenário de redução de gastos e adversidades da economia brasileira? Antonio Trindade – Atender nossos clientes, quando necessitam, é nossa obrigação. Somos reconhecidos pela elevada qualidade na gestão de sinistros. Atuamos também na prevenção e aconselhamento, via gerenciamento de riscos e outras ferramentas, para melhoria operacional de nossos segurados e, consequentemente, dos seus indicadores de sinistralidade que, no final, os beneficia, adequando suas despesas na contratação de apólices de seguro. Fox News – Qual a importância do mercado brasileiro para o grupo? Antonio Trindade – O Brasil representa uma das maiores operações da companhia na América Latina. Há pouco mais de dois anos, o Grupo já havia realizado no País um de seus investimentos mais expressivos, ao adquirir a unidade de Grandes Clientes Corporativos da Itaú Seguros. Isto demonstra a confiança

Fox News – Quais as perspectivas para a empresa em 2017? Em quais ramos a empresa aposta para contribuir com a retomada do crescimento da economia? Antonio Trindade – Ao mesmo tempo em que seguirá se destacando na liderança do setor de Grandes Riscos, a Chubb buscará cada vez mais se diferenciar no Brasil aumentando a oferta de produtos para médias e pequenas empresas. Para este mercado, vamos continuar desenvolvendo ferramentas, produtos e soluções para que nossos parceiros aumentem de forma gradativa tanto a escala de produção quanto a área de abrangência de seus negócios. Com isso, ao longo do ano a companhia se firmará cada vez mais como uma grande opção em seguros para empresas de todos os portes. Por outro lado, nossa presença global nos possibilita acesso a produtos e soluções que poderão ser introduzidos no mercado brasileiro, contribuindo com seu desenvolvimento. Além disso, estamos prontos para oferecer soluções em seguros para os projetos de infraestrutura que certamente virão com a melhora no ambiente econômico.

evento Advogada da Fox debate arbitragem no seguro marítimo em workshop do CIST Dra. Melissa Zanini, advogada da Fox Regulação & Auditoria, empresa que integra o Grupo Fox, foi convidada pelo CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes) para atuar como debatedora no workshop realizado em 16 de março, com o tema “As novas perspectivas nos seguros de transportes”. Ela participou como debatedora ao lado de Mauro G o n ç a l v e s , consultor em Logística, do segundo painel, comandado pelo D r. O s va l d o Agripino de Castro J u n i o r, s ó c i o d a Agripino & ferreira Advocacia e Consultoria, que apresentou o tema “Arbitragem e

s e g u r o n o t r a n s p o r t e marítimo e na a t i v i d a d e portuária”. A conclusão dos debates foi que arbitragem é uma solução inteligente, pois gera menor custo financeiro e d e s g a s t e emocional para resolver o conflito; redução dos custos de transação; menor tempo para resolver o conflito; maior grau de especialização do julgador; maior eficácia e menor tempo para cumprir o acordo ou sentença arbitral; melhor relação custo benefício se comparado ao Poder Judiciário e ao negócio da empresa; tendência à especialização. Ou seja, maior economia para as partes.

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qualificação A hora é agora! Amanhã você vai querer ter começado hoje Não dá mais para esperar e alguns corretores de seguros já perceberam a dinâmica da comercialização do seguro. O mercado está cada vez mais competitivo, com novos agentes entrando no jogo e quem não fizer diferente do que faz hoje, estará sujeito a ficar com as migalhas que caem da mesa. Isso não é exagero e analisarmos alguns números. Das 120 milhões de pessoas, 59% possui acesso à internet no Brasil. Fique ciente que a cada mês a palavra “Seguros” é procurada 11 milhões de vezes no Google. Pesquisas mostram que 80% dos clientes pedem recomendação aos corretores de seguros e 87% aceitam as sugestões de seus corretores na hora de escolher uma seguradora.Temos menos de 28% da frota circulante segurada e 80% dos itens segurados possui menos de cinco anos. E de acordo com estudo da Porto Seguro, 64% da população brasileira nunca foi abordada por um corretor de seguros. O que isso tudo quer dizer? O que nos falta para termos um mercado com uma participação maior no PIB? O diagnóstico é simples: existem milhares de oportunidades e o aprendizado dos corretores de seguros passa obrigatoriamente pelo conhecimento e utilização da tecnologia. Não existe alternativa que não seja a qualificação e o futuro da profissão, está diretamente ligado à transformação que irá nos impactar em breve, trazendo novas formas de captação, novos processos de vendas, novos critérios de precificação e uma nova maneira de nos relacionarmos com os nossos clientes. A indústria do seguro mudou muito pouco nos últimos anos, talvez devido ao seu perfil de negócio parecer conservador, em função de temos um contrato de longo prazo, geralmente por 12 meses; e onde temos pouco contato com o cliente durante a vigência. Bastante diferente do que acontece com o mercado financeiro, que além de ter passado por um processo de concentração rápido com fusões e aquisições, tornou-se muito competitivo e em função da busca incessante por levar aos clientes uma melhor experiência no atendimento. O corretor precisa estar mais próximo dos seus clientes. As seguradoras precisam tornar o cliente o foco do seu negócio e para que isso aconteça, precisam conhecer de verdade com que público está lidando. É hora de o corretor assumir um papel muito maior que simplesmente vender apólices de seguros. É preciso entender sua atividade como um todo e que transformar conhecimento em ação, com o objetivo de obter maior vantagem competitiva. É óbvio que não é fácil treinar e qualificar uma equipe. Tirar o time ou parte dele do dia de trabalho não é fácil, pois pode comprometer os resultados. Mas como sermos melhores se não investirmos em conhecimento? Conheci e conheço muitas corretoras nos 26 anos em que atuo no mercado. Boa parte delas as atendia comercialmente quando eu era segurador, e muitos deles quando passaram nesses 21 anos que ministro aulas na Funenseg.

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A maioria das corretoras de seguros que conheço não possuem um planejamento mínimo. Não têm estratégia

Arley Boullosa é professor da Escola Nacional de Seguros, diretor de Ensino do Sincor-RJ, CEO da Kuantta Consultoria e sócio-diretor da Shelter Corretora de Seguros.

definida, objetivos claros ou metas mensuráveis. E a culpa não é apenas dos corretores, mas de todo um processo de formação e um crescimento profissional que não é possível acontecer em função da correria do dia a dia. Em mercados mais maduros, o mercado segurador já entrou no processo de transformação que busca a se adequar as novas características dos clientes; e 85% das seguradoras americanas, por exemplo, já investem em melhorar a experiência de seus segurados e ter uma gestão de relacionamento mais efetiva. Para sermos mais eficientes e mais rentáveis, precisamos melhorar nossos processos e não existem bons processos com pessoas que não são capazes de realizá-los. Somente com um time qualificado podemos ter uma aproximação mais adequada e eficiente com o cliente e tornarmos as corretoras mais produtivas que são hoje. As mudanças impostas por novas tecnologias trazem para os corretores de seguros a necessidade de estarem atentos à transformação constante de sua atividade, já que a modernização do setor é inevitável e a maneira de se relacionar com seus clientes também vem mudando drasticamente. Há pouco tempo fui convidado para assumir a diretoria de ensino do Sincor-RJ e sugeri que incluísse também tecnologia, pois os dois caminham juntos. Não é possível ainda encontrar corretores sem um site que seja uma ferramenta que ajude no processo de vendas, sem sistema de multicálculo para serem mais produtivos no dia a dia, sem um sistema de gestão que organize as informações das seguradoras e encontrar corretores que considerem treinamento de suas equipes como algo que pode ficar para depois ou que irá mudar pouco suas performances. A qualificação do corretor de seguros é muito mais do que conhecer os produtos e saber o que está coberto ou excluído nas condições das apólices. O profissional precisa exercer realmente a função de consultor para o cliente e usar a seu favor a tecnologia existente para gerar mais oportunidades, ajustar seus processos e melhorar seus resultados. É hora do corretor de seguros ser muito mais do que é hoje. Não dá mais para esperar e amanhã, com certeza, quem não estiver preparado para concorrer com novos agentes, ficará para traz e vai querer ter começado a mudança hoje.


seguro garantia judicial Seguro Garantia Judicial nos processos trabalhistas Em 2016, cerca de 3 milhões de novas ações trabalhistas foram iniciadas no país. A forte crise econômica é fator contribuinte para o aumento das demissões e consequente busca pelos direitos trabalhistas perante a Justiça do Trabalho, no intuito de reparar um direito lesado do trabalhador. Dado este momento, as empresas estocam cada vez mais, quantidade relevante de reclamações trabalhistas, que possuem montantes elevados frente ao seu faturamento e fluxo de caixa e acabam por muitas vezes, enfrentando situações de desespero quando alcançam a sua fase executiva e são citadas para o pagamento ou garantia do débito no prazo de 48 horas. Até pouco tempo atrás, as alternativas para garantia do débito exequendo eram as seguintes: depósito em dinheiro, indicação de bens à penhora ou fiança bancária, que limitavam a empresa a comprometer seu caixa - ao invés de realizar investimentos para sua atividade fim - correr o risco de penhora on-line, imobilizar seus bens, pagar altos custos para os Bancos e comprometer seus limites de crédito junto às Instituições Financeiras. Com a alteração da Orientação Jurisprudencial nº 59 da Subseção Especializada de Dissídios Individuais (SBDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho – TST em Junho de 2016, incluiuse mais uma possibilidade para as empresas quando suas reclamações trabalhistas atingirem a fase executiva, a apresentação em juízo, do Seguro Garantia Judicial, equiparando o produto ao dinheiro e à carta de fiança bancária, já em linha com o Artigo 835 do novo Código de Processo Civil e em consonância com a Nova Lei de Execuções Fiscais nº 13.043/14, Artigo 9º, inciso II, que inseriu o produto entre as hipóteses de garantia da execução fiscal.

Stephanie Zalcman é formada em Direito e Economia, especialista em Seguro Garantia, é diretora Comercial de Linhas Financeiras da JLT Brasil Corretagem de Seguros.r do Grupo Fox Regulação e Auditoria

59. MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA. CARTA DE FIANÇA BANCÁRIA. SEGURO GARANTIA JUDICIAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 A carta de fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito em execução, acrescido de trinta por cento, equivalem a dinheiro para efeito da gradação dos bens penhoráveis, estabelecida no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973). RXOF 167136/1995, Ac. 845/1996 - Min. Leonaldo Silva DJ 18.10.1996 - Decisão unânime RXOF 110325/1994, Ac. 952/1996 - Min. Regina Rezende DJ 03.05.1996 - Decisão unânime RXOF 43937/1992, Ac. 2295/1994 - Min. Geraldo Vianna DJ 16.09.1994 - Decisão unânime Histórico: Redação original - Inserida em 20.09.2000Nº 59. MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA. CARTA DE FIANÇA BANCÁRIA A carta de fiança bancária equivale a dinheiro para efeito da gradação dos bens penhoráveis, estabelecida no art. 655 do CPC. A OJ não limitou a apresentação do seguro garantia à fase de execução provisória, sendo possível, em tese, a sua utilização também nas execuções definitivas quando da oposição dos embargos à execução, entretanto, ainda há certa resistência do magistrado na admissão do produto, face à possibilidade das empresas utilizam o seguro, como forma de postergar dívidas de valores que não possuem e para assegurar, muitas vezes, o pagamento de diversas execuções ao mesmo tempo. A alteração é recente e os juízes ainda deverão se familiarizar com a utilização do seguro garantia, porém, já representa grande progresso na Justiça do trabalho.

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contratações Haüptli Advogados Associados completa time com especialistas para atender às diversas demandas de seguros

Integrando o Grupo Fox, o escritório Haüptli Advogados Associados, especializado em direito do seguro, foi criado no final de 2015 e, desde então, vem ganhando destaque e conquistando a confiança de todo o mercado de seguros, devido aos bons trabalhos desenvolvidos e à adoção de práticas inovadoras e sustentáveis. “Somos um escritório jurídico voltado ao ramo do Direito do Seguro que, por meio do conhecimento e compreensão das rotinas dos clientes, identifica as necessidades e desenvolve estratégias para entregar soluções jurídicas capazes de mitigar riscos e maximizar o sucesso das operações”, afirma o sócio titular Paulo Rogério Haüptli. “Podemos contribuir de forma positiva a todos os agentes seguradores, com serviços realizados de acordo com as normas de qualidade que prezamos dentro da nossa organização, também com o desenvolvimento de estratégias de defesa que envidam todos os esforços legais para a solução dos problemas e êxito econômico nos processos judiciais e administrativos”.

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O escritório atua em diversas frentes: Assessoria jurídica

administrativa e contenciosa para seguradoras, resseguradores, operadoras de previdência complementar, operadoras de saúde privadas e capitalização, corretoras de seguros; Análise, desenvolvimento e revisão de produtos; Consultoria jurídica para regulação e liquidação de sinistros; Pareceres jurídicos administrativos e contenciosos; Ressarcimento e cobranças; Assessoria para negociações e renegociações em geral; Assessoria jurídica nas relações com órgãos reguladores e fiscalizadores do setor (Ministério da Fazenda, SUSEP, IRB, ANS etc); Arbitragem, mediação e soluções extra judiciais de conflitos; e Contencioso administrativo e judicial. Oferece especialização em diversos ramos do seguro: Riscos financeiros, Seguro garantia, Fiança locatícia, Crédito interno, Responsabilidade Civil Geral, E&O, D&O, Patrimonial, Property, Riscos de Engenharia, Automóvel e Transportes. Equipe de advogados Com as recentes contratações, a equipe do escritório agora pode atender à grande demanda das seguradoras.


Consultores

Sócios

Paulo Rogério Haüptli Junior - Atuarial

Paulo Rogério Haüptli Graduado em Direito pela Universidade Bandeirante, em São Paulo, mestre em Filosofia e História pela Faculdade São Bento, possui MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ), especialização em Seguros pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), em Direito Contratual pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP) e em Perícia Grafotécnica pela Uniconpej. Fluência em inglês e francês. É também professor na Escola Nacional de Seguros e membro de diretoria das entidades APTS e CIST. Áreas de atuação: Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito do Seguro, Direito Penal. Contato: paulo.rogerio@haupti.adv.br Bruno Lacerda Gusmão Graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba (FDC), cursa especialização em Direito do Seguro e Resseguro na Escola Nacional de Seguros. É membro da AIDA (Associação Internacional do Direito do Seguro) e tem fluência em inglês e espanhol. Áreas de atuação: Direito Civil, Direito do C o n s u m i d o r, D i re i t o d o Se g u ro . C o n t a t o : bruno.gusmao@hauptli.adv.br

Graduado em Ciências Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e graduando em Direito pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Fluente em inglês. Áreas de atuação: Conhecimento em precificação de seguros nos ramos de automóvel, empresarial, residencial, vida e massificados. Rafael Alavês Chuva – Engenheiro Civil Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Paulista (UNIP), é fluente em inglês. Áreas de atuação: Elaboração de projetos de reformas e construções, vistorias técnicas de avaliações de imóveis e elaboração de planilhas orçamentárias e cronogramas de obras, pareceres técnicos, desenvolvimento de projetos de arquitetura e instalações hidráulicas através de AutoCad. Dr. Robinson Seabra - médico e fisioterapeuta Graduado em Fisioterapia pela Universidade de Mogi das Cruzes, graduado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduando em Endocrinologia, atuação em medicina preventiva.

Thalita de Fatima Barbato Graciolli Oliveira G r a d u a d a e m D i re i t o p e l a Fa c u l d a d e Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), especialista em Direito do Seguro (MBA Fundamentos dos Contratos de Seguros de Responsabilidade Civil Geral, Riscos Profissionais e Riscos Ambientais – Avançado – Escola Nacional do Seguro), é professora da Escola Nacional de Seguros e tem fluência na língua inglesa.Áreas de atuação: Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito do Seguro.Contato: thalita.graciolli@hauptli.adv.br

No Grupo Fox vem auxiliando as equipes de analistas na busca de melhor compreensão sobre a evolução das doenças, diagnósticos e nexo de causalidade, de forma a contribuir com a correta tomada de decisão no momento da indenização. Estagiários Amandha Cristina Lima Calsavara Cursa o quinto período noturno do curso de Direito, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Associados Gabriela Martinucci de Carvalho Pedro Vinicius Teruya Akamine Graduada em Direito pela Universidade Católica de Santos e pós-graduada em Direito Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. Fluente em inglês e espanhol. Áreas de atuação: Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito do Seguro. Contato: gabriela.carvalho@hauptli.adv.br

Cursa o segundo período matutino do Curso de Direito, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Licenciado em Ciências Biológicas pela UNESP - Bauru.


contratações Fox Regulação & Sinistros reestrutura organograma com equipe de 60 profissionais diretos

A outra empresa do Grupo Fox, a Fox Regulação & Sinistros, também segue crescendo, contrariando os tempos adversos da economia brasileira, e reforçando a equipe em diversas áreas. Em maio de 2017, conta com 60 colaboradores diretos, além de dezenas de prestadores de serviço em todo o Brasil.

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Entre os efetivos, estão: o CEO, Paulo Rogério Haüptli; o CTO, Alexandre Massao Masuda; o controller, Khainan Lessa; a responsável pelo departamento Legal, Dra Melissa Zanini; o gerente geral e responsável por serviços de inteligência, Marcelo Felix do Prado; o responsável pelo departamento Comercial, Marcelo Finardi; o responsável por Recursos Humanos, Victor Navas; o líder do departamento de Automóvel, Valmor Júnior (com mais seis funcionários); o líder do departamento de Property, Denilso Martins de Brito (com mais 10 funcionários); a líder do departamento de Vida, Rozineide Beserra (com mais 12 funcionários); e o gerente de Sinistros de Marine, Luiz Fernando Costa (com mais 20 funcionários, incluindo a líder de assistência emergencial SOS, Bruna Casemiro). “Estamos muito satisfeitos com o desempenho de nossa empresa, que tem agregado parcerias no mercado de seguros e, a cada mês, contratamos mais profissionais de peso e reconhecido conhecimento em cada especialidade”, declara Alexandre Massao Masuda.


CEO

Organograma do Fox em 2017 CONTROLLER Khainan Lessa Ÿ Ÿ Ÿ

Contas a pagar / Contas a receber; Controle de centro de custo; Fluxo de caixa.

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LEGAL DEPARTMENT Dra. Melissa Zanini

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Equipe de advogados próprios para suporte em todas as áreas da empresa.

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AUTO - 6 Funcionários Leader - Valmor Junior Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

COMERCIAL DEPARTAMENT Marcelo Finardi

Expertise na identificação de fraudes e localização de bens; Informações confidenciais; Projetos especiais; Serviço de inteligência estruturada; Análise de mercado; Estatística de sinistro por ramo; Imagens por meio de drones (pilotos habilitados); Pátio próprio (fechado); Equipe própria.

MARINE - 20 Funcionários Manager of Claims - Luiz Fernando M.Costa

Sindicância; Regulação; Vistoria; Pericia de nexo de causalidade (perícia de veículo); Recuperação; Analise técnica; Equipe própria de engenharia mecânica; Vistoriadores e peritos; Pátio próprio para armazenamento de veículos recuperados; Desembaraço de veículos salvados e seus documentos.

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S.O.S / EMERGENCIAL ASSISTENCE Leader – Bruna Casemiro Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Alexandre Massao Masuda

RISK INTELLIGENCE AND GENERAL MANAGER Marcelo Felix do Prado

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CTO

Paulo Rogério Haüptli

Atendimento em acidente em estrada; Proteção para saque de carga; Limpeza de pista e contenção ambiental; Vistoria de mercadorias (portos, aeroportos e afins); Cálculos de velocidade (equipe própria de engenharia); Perícia de nexo de causalidade (perícia de veiculo).

Recuperação de carga; Sindicância; Regulação; Análise e prevenção de risco; Análise técnica de PGR; Auditoria de averbação; Auditoria de GR; Transporte rodoviário; Marítimo; Ferroviário; Aéreo; Guincho próprio (veículos leves e pesados); Veículos para Transbordo.

HUMAN RESOURCES Victor Navas

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PROPERTY - 10 Funcionários Leader - Denilso Martins de Brito

AIRCRAFT Ÿ Ÿ Ÿ

LIFE - 12 Funcionários Leader - Rozineide Beserra

Grandes riscos; Massificados (atendimentos de contingências); Riscos de engenharia; RD equipamentos; Localização de equipamentos; Regulação; Sindicância; Pericias; Engenheiros próprios (civil, mecânico e elétrico); Seguro viagem; Vistorias de aceitação de risco; All Risk. Descarte de salvados.

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Sindicância (helicópteros e aviões de pequeno porte); Engenheiro aeronáutico; Tecnólogos em mecânica aeronáutica.

Benefícios; Cursos / palestras; Eventos; Controle de horas; Controle de férias.

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VIDA; DPVAT; Analise técnica; Equipe médica própria; Analistas especializados; Equipe própria de peritos em grafotécnico e documentoscópio; Suporte jurídico próprio; Perícia médica.

MARITIME Ÿ Ÿ

Sindicância de embarcações de recreio e balsas. Avaliação de embarcações.

representatividade Diretor da Fox é novo acadêmico da ANSP O diretor Comercial da Fox Regulação & Sinistros, Marcelo Finardi, foi empossado como novo acadêmico da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), no tradicional evento Noite Acadêmica, realizado em 26 de abril, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “É uma honra integrar este seleto grupo de representantes do mercado de seguros e poder contribuir com novas produções intelectuais relevantes para o setor”, afirma Finardi. O evento também marcou a posse do Conselho Superior, Diretoria e Conselho fiscal da ANSP. O Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da cerimônia. “Para nós é uma alegria e uma honra receber aqui esta posse, que é um momento tão

importante, afinal o seguro e a previdência são uma ciência. Além de tudo temos um setor desafiante e fundamental para economia brasileira, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista social”, declarou Alckmin. O encerramento do cerimonial se deu com o lançamento do livro “Evolução Histórica do Seguro no Brasil”, pela ANSP.

O acadêmico Rogério Vergara entrega o Título de Acadêmico a Marcelo Finardi (à direita)

Os 27 novos acadêmicos

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transportes Falha no cumprimento do gerenciamento de risco no seguro de transporte O crescente aumento nos índices de roubo, furto e desvio de cargas, registrados no setor de transporte, principalmente no modal rodoviário, faz com que as empresas envolvidas no segmento busquem soluções para evitar, ou ao menos minimizar, os efeitos com as perdas e danos que possam ocorrer durante a viagem, incluindo a passagem por depósitos de cargas ou qualquer lugar e momento do transporte. A gestão de riscos e a segurança são aspectos importantes no transporte e fundamental para a prevenção de perdas. Assim, o Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) se apresenta como um expediente eficiente de segurança no transporte de cargas. A implementação do PGR está presente na rotina de qualquer empresa efetivamente comprometida com o processo de segurança e a competitividade. O PGR é composto por um conjunto de medidas preventivas que tem o objetivo de impedir, evitar, dificultar e diminuir as perdas materiais, financeiras e humanas aos quais as empresas estão expostas nas operações de logística do transporte de cargas. Os recursos mais utilizados são: consulta de cadastro de motorista e veículo; veículos monitorados e rastreados via satélite; e escolta armada. A aplicação das regras de gerenciamento de riscos tem início no momento em que o transportador recebe as cargas e termina com a entrega ao seu destinatário. Pelas leis brasileiras, o transportador tem responsabilidade civil pelas mercadorias sob a sua guarda, o que lhe obriga buscar proteção adequada em todas as fases do processo de transporte. O mercado segurador oferece aos embarcadores (donos das mercadorias), transportadores e empresas de logística, condições de seguros com garantias para as mercadorias contra os diversos riscos a que estão expostas durante todo o transporte, como também na passagem por depósitos intermediários. As seguradoras incluem nas apólices de transportes (exceto nos seguros obrigatórios), a cláusula de Gerenciamento de Riscos, na qual impõem as condições e regras protecionais que deverão ser aplicadas durante todas as etapas do transporte. Para a elaboração do plano de gerenciamento de riscos, as seguradoras são muito exigentes no quesito segurança, e tomam

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Aparecido Mendes Rocha é corretor de seguros e especialista em seguros internacionais

por base uma série de fatores, como o tipo de mercadoria, valor transportado, exposição de riscos, trajeto a ser percorrido e o valor da mercadoria. A falha no cumprimento de alguma das regras de GR constante nas apólices de seguros de responsabilidade civil facultativa do transportador rodoviário (RCF-DC) implica na perda do direito ao recebimento de sinistro por parte do transportador. Porém, quando o seguro for contratado pelo embarcador, a situação é diferente e ele não perde o direito a indenização de um sinistro, que por ventura o transportador para o qual a carga foi entregue, não tenha cumprido as exigências estabelecidas no PGR. Nessa hipótese, a seguradora não poderá recusar o pagamento do sinistro ao seu segurado, desde que esse comprove que notificou o transportador, por escrito e sob protocolo, sobre as regras de GR de sua apólice. Quando isso ocorre, a seguradora indeniza o segurado embarcador e fica sub-rogada ao direito de buscar o ressarcimento junto ao transportador, mesmo havendo a carta DDR (Dispensa do Direito de Regresso), a qual perderá sua validade nessa circunstância. A possibilidade dos transportadores não cumprir as regras de gerenciamento de riscos estabelecidas, exige que a cláusula de GR na apólice do embarcador seja muito bem redigida e interpretada adequadamente. Os embarcadores não têm como monitorar ou fiscalizar se os transportadores estão executando corretamente seus serviços e cumprindo na integra as regras de GR impostas. O gerenciamento de riscos é uma atividade que agrega valor à logística, reduz riscos, controla a sinistralidade da apólice e possibilita melhores condições de seguro.


relacionamento O Código, o consumidor e o seguro A criação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), há 27 anos, foi importante passo para que o brasileiro pudesse se pautar por regras de direitos e deveres nas relações comerciais, com reflexo em todos os segmentos da sociedade. Consumidores e empresas passaram a ter relações mais transparentes. O resultado foi a criação de canais de comunicação direta que exigem, de todas as empresas, permanente atualização e investimentos em tecnologia da informação. O mercado segurador, que tem a função de proteger os bens patrimoniais e o mais valioso de todos eles, que é a vida, se adaptou rapidamente ao CDC. Com isso, tem sido permanente a atualização de produtos, serviços e benefícios, muitos deles criados por sugestões dos próprios consumidores, em atendimento às suas necessidades presentes. Há motivos de sobra para comemorar essa caminhada, que nunca termina, mas que se aperfeiçoa. A maior conquista, porém, é a consciência do brasileiro quanto à proteção de seus bens. O CDC teve, nesse cenário, impor tante contribuição ao impulsionar a busca do consumidor por garantias reais em casos de riscos, que poderiam comprometer o investimento, seja num carro, numa casa, ou até mesmo na perda de bagagem em viagem de lazer ou de negócios. Nesse contexto, tem tido um papel estratégico a Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, criada em 2012. A Senacon veio fortalecer a atuação dos Procons, órgãos que, historicamente, foram determinantes nesse processo cultural de aprimoramento dos consumidorescidadãos, contribuindo para que zelem pelo retorno devido daquilo que investiram. Hoje, o brasileiro está mais consciente da importância do seguro em sua vida, tanto para a saúde como para a previdência privada, que vai garantir sua renda futura, sem falar na proteção dos bens patrimoniais que alimentam boa parte de seus sonhos e que também constituem legado para gerações futuras.

Eugênio Velasques é diretor Executivo do Grupo Bradesco Seguros. Email: velasques@bradescoseguros.com.br

Foi-se o tempo em que muitos diziam que seriam capazes de entender de tudo, menos de uma apólice de seguro. Hoje, ainda que em sintonia com as regras estipuladas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), as apólices são claras e objetivas. A Susep, órgão federal que exerce papel de regulador do mercado segurador, é a responsável pela normatização do formato das apólices. O órgão também abriu seus canais de comunicação para críticas e sugestões. A área de saúde suplementar deu um passo enorme recentemente, com a medida da ANS permitindo a contratação por meios eletrônicos. Isso certamente barateará os custos de manuseios, uma vez que se terá tudo arquivado eletronicamente, facilitando a própria fiscalização do mercado. Empresas pioneiras do mercado segurador têm hoje uma visão única do cliente oferecendo a ele produtos, serviços, benefícios e vantagens de carteiras multilinhas com a cobertura dos mais variados riscos. Dentro das regras do CDC, tais produtos e serviços garantem a proteção necessária para que o consumidor invista cada vez mais nos seus sonhos e naqueles que constituem seu legado de vida. O consumidor, razão de ser das empresas, tanto as do mercado segurador como as dos demais setores da economia, passou, assim, a exercer com maior potência papel de protagonismo nas relações. Trata-se de desafio diário e permanente, que implica melhorar a qualidade dos serviços prestados, manter elevado padrão de atendimento e gerar valor para os públicos de interesse.

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roubo de cargas Gerenciamento de riscos e contratação de seguro Muitos operadores logísticos se negam a trabalhar com produtos “muito visados” pelos ladrões. Produtos como pneus, cigarros, medicamentos e eletroeletrônicos exigem programas de gerenciamento de riscos e apólices de seguro cada vez mais complexas e sofisticadas. E, evidentemente, mais caras. É óbvio que empresas com índices ruins de sinistralidade têm tido seus prêmios aumentados. Mas o que se nota, também, é que clientes com baixas taxas de sinistralidade ou com programas concretos de gerenciamento de riscos, conseguem obter taxas de seguro reduzidas. Se isto é bom pelo lado do transportador (e também do cliente final), pelo lado da seguradora há um efeito contrário, na medida em que isto 'afugenta' algumas delas, uma vez que, simplesmente, se recusam a operar no ramo de transportes. É evidente que as seguradoras, atualmente, estão muito mais seletivas. Dados do setor dão conta que esse fenômeno ocorre de fato, posto que um grande número de companhias seguradoras existentes no Brasil não gosta, ou não quer, operar no ramo de transportes de carga e, quando o fazem, impõem uma série de restrições, limitações e obrigações que, além de aumentarem os custos correspondentes, geram obstáculos operacionais importantes. Em alguns casos até inviabilizando a operação. Talvez no transporte essas exigências sejam cada vez maiores: cobertura por veículo muito baixa, alto valor de franquia (em alguns casos chega a 30% do valor do prejuízo em casos de sinistros), obrigatoriedade de rastreamento, escolta e cadastro de motoristas simultaneamente e para toda e qualquer tipo de carga, são alguns exemplos. Como consequência, despesas com segurança e adoção de medidas preventivas no transporte de carga já equivalem entre 13% a 17% dos custos de operação. E isto não é novidade, pois no Relatório Final sobre Roubo de Cargas, da CPI Mista do Congresso Nacional em 2002, já estava explícito que “o aumento em média de 40% do custo do seguro, inviabiliza, em parte, a rentabilidade das empresas. Com o reduzido número de seguradoras oferecendo cobertura contra o roubo de carga, e a imposição de condições quase impossíveis de serem cumpridas, mais de 200 empresas foram à falência nos últimos dois anos”. O crescimento de eventos com roubos de cargas é real, segundo todas as estatísticas elaboradas sobre o assunto. Lamentável ressaltar que na medida em que se investe mais na proteção das cargas em transporte, aumentam as tentativas de assaltos nos armazéns, nos pátios e nos centros de distribuição, sejam das transportadoras, das operadoras logísticas ou dos próprios embarcadores. Por outro lado, devem ser consideradas as diversas novas responsabilidades que, ao longo do tempo, foram incluídas nas agendas de todas as empresas tais como aquelas ligadas à sociedade e ao meio-ambiente, cada vez mais presentes no dia-a-dia dos operadores logísticos.

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Com isso, diversos são os impactos percebidos pelas empresas: Ÿ

Carteira de seguros deficitária e pouca oferta de ser viços de seguro para a armazenagem e o transporte de determinados produtos;

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Prêmios mais altos, imposição de condições restritivas e limitantes junto ao segurado e à própria operação e, consequentemente, baixa competitividade;

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Aumento no “transit-time” geral, diante das complexidades e providências operacionais necessárias;

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Reprogramação de entregas e reconfiguração dos desenhos logísticos;

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Custos extraordinários;

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Possibilidade de perda de mercado pelo cliente;

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Concorrência desleal: produto roubado x produto original.

Especificamente nos casos de assalto e roubo de cargas, segundo estudos de especialistas, com um eficiente sistema de gerenciamento de riscos, 70% dos sinistros poderiam ser evitados. Realizado de forma eficaz, programas de gerenciamento de riscos não só evitam custos excessivos e não previstos mas, tão importante quanto, diferenciam a empresa com relação aos concorrentes. Consequentemente, em face da nova situação de riscos hoje enfrentada pelas empresas brasileiras e em decorrência da legislação que trata da responsabilidade civil empresarial, as empresas estão alinhando o seu programa de gerenciamento de riscos aos desejos e às necessidades de seus clientes, às exigências correspondentes e aos valores da própria empresa. Se, por um lado, os clientes desejam receber suas mercadorias em bom estado, na hora e no local determinados, (somente em último caso os clientes querem s e r i n d e n i z a d o s ) , o s o p e r a d o re s , p o r o u t ro , t ê m a responsabilidade de entregar essas mercadorias nas condições acordadas. Todo prestador de serviços logísticos sabe que na e v e n t u a l i d a d e d e u m a o c o r rê n c i a , q u e re s u l t e e m indenização, estará em discussão o próprio patrimônio da operadora, pois em muitos casos os valores são significativamente altos. Os riscos são inerentes a toda e qualquer atividade econômica, empresarial ou pessoal, podendo vir a se transformar, quando não contempladas medidas de prevenção, em perdas irrecuperáveis. Portanto, e aqui é o ponto que queremos chamar a atenção, saímos da discussão “Apólice de Seguros” para discutir Programas de Gerenciamento de Riscos (ou Gestão de Riscos, como definem alguns) que protejam o patrimônio das


empresas que se prestam a realizar serviços logísticos. É preciso inverter o entendimento geral substituindo a frase “não se preocupe, temos seguro”, pela frase “não se preocupe, temos programa de gerenciamento de riscos”. A forma antiga (“temos seguro”), infelizmente, está enraizada na cultura da maioria das empresas que presta serviços logísticos. Mais do que isso: internalizada em cada um dos funcionários que trabalha nessas empresas, chegando-se ao ponto de se aceitar que, uma vez cumpridas as regras estabelecidas pela Seguradora, estamos “diminuindo nossos riscos”. É a burocracia substituindo o gerenciamento, ou seja, “basta cumprir as regras da seguradora para não termos mais riscos”. Mas também é evidente que os riscos de uma empresa não estão somente nas possibilidades de eventos do tipo aqui comentado (roubos ou furtos de cargas ou de tombamento ou colisão de caminhões). Há, infelizmente, inúmeras outras oportunidades nas quais o patrimônio de um operador logístico poderá estar em “perigo”. Além, evidente, dos riscos nos quais incorrem as pessoas que trabalham ou frequentam esses operadores: funcionários, amigos, clientes, terceiros, prestadores de serviços e subcontratados. E para uma vida não há reparo e, tampouco, preço de indenização possível! Diante disso, a visão do moderno gerenciamento de riscos tem que estar muito mais ampliada e considerando diversos outros aspectos que, sem dúvida, propiciam riscos concretos às empresas. Um procedimento incorretamente formulado, um programa de manutenção deficiente, um funcionário sem treinamento ou “desavisado”, uma escada mal construída, uma ligação elétrica mal feita, um pneu mais “careca” do que o permitido pelas normas técnicas, um equipamento operacional em mau estado de conservação, uma estante incorretamente instalada, um funcionário sem o devido EPI ou uma operação realizada sem os devidos cuidados, contribuem, e muito, para o aumento da vulnerabilidade do ser humano e do patrimônio empresarial. Há que se incluir aqui, agora de forma mais consistente, os cuidados que todos devemos ter com a corrupção, posto que, além de ser um dos grandes males do mundo dos negócios moderno, pode gerar impactos terríveis a qualquer empresa. A Lei 12.846/13, conhecida como a 'lei de anticorrupção brasileira' - e “compliance” - é uma excelente tentativa de combater a corrupção, uma vez que regula as sanções civis e administrativas contra atos praticados por empresas e particulares que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, princípios de administração pública ou compromissos internacionais. Os prejuízos possíveis, além das sanções previstas, podem gerar outros de grande impacto empresarial: imagem negativa da empresa, execução das cláusulas contratuais que tratam de “compliance” e fuga de clientes e/ou investidores. Como aqui já mencionado, muitos desses riscos poderiam ser evitados a partir de um programa de gerenciamento de riscos moderno e que faça, de fato, parte da cultura empresarial de um operador logístico responsável. É importante ressaltar que um Programa de Gerenciamento de

Riscos, dentro de uma conceituação mais moderna e abrangente, como esta que estamos aqui defendendo, precisa contar com estrutura organizacional adequada e compatível. Até mesmo invertendo a lógica antiga: ao invés de se ter uma área de seguros ligada à área financeira, e longe das operações como ocorre normalmente, propõe-se a criação de uma Área de Gerenciamento de Riscos e Seguros. Preferencialmente ligado diretamente à presidência da empresa. E mais, considerando que o eficaz Gerenciamento de Riscos e x i g e a s c h a m a d a s “At i v i d a d e s d e I n t e l i g ê n c i a” , a participação de todos os agentes envolvidos – com as exceções de sempre, principalmente em casos de operações sigilosas em face de altos valores envolvidos-, pois é imprescindível que embarcadores, operadores, subcontratados, corretores e seguradores trabalhem juntos. Aliás, as atividades de consultoria em gerenciamento de riscos, devem ter a participação efetiva e decisiva dos corretores de seguros. Estes, por sua vez, não podem se comportar como simples vendedores de apólices. Pelo contrário, junto aos clientes deverão ajudar no diagnóstico e trabalhar na proposição de alternativas que diminuam riscos e, consequentemente, os sinistros, as indenizações e, por conseguinte, os valores dos prêmios de seguro. Desta forma, ao ajudar os segurados estarão, também, ajudando as seguradoras e venderem mais e melhor. Comitês de Riscos, assim compostos, são muito bemvindos, posto que, desde o estabelecimento dos índices de desempenho exigidos pela alta direção, assim como os níveis d e s e r v i ç o s a c o rd a d o s e n t re f o r n e c e d o r, c l i e n t e e seguradora, o monitoramento, o controle e o ajuste constante e permanente, fazem-se necessários. Para alcançar esses objetivos e como consequência desse novo conceito, a discussão sobre gerenciamento de riscos tem que vir, como já comentado, antes da discussão sobre apólice de seguros. E esse novo sistema de gerenciamento de riscos, principalmente para as empresas que se prestam a oferecer serviços logísticos, precisa definir metodologia específica que identifique e diminua riscos em toda a cadeia operacional, além de ser constituído com base em alguns pontos fundamentais: Ÿ

Adaptado à empresa, que faça parte da Governança Corporativa e esteja difundido em toda a empresa (cultura de prevenção de riscos),

Ÿ

Desenhado caso a caso, que respeite a legislação, os órgãos e as agências reguladoras vigentes, as normas e regras internas (todos os procedimentos e planos que padronizem as atividades empresariais) e as exigências dos clientes (SLA's – níveis acordados de qualidade nos serviços prestados) e das companhias de seguros,

Ÿ

Com instalações físicas, de infraestrutura e de equipamentos operacionais adequados,

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roubo de cargas Ÿ

C o m p ro g r a m a s e s p e c í f i c o s d e p re v e n ç ã o e contingências,

Ÿ

Com procedimentos de controle sobre eventuais perdas,

Ÿ

Com procedimentos de assessoria junto ao cliente ou usuário do sistema;

Ÿ

Com correta e adequada contratação de Seguros,

Ÿ

Com programas de capacitação e treinamento intensivos,

Ÿ

Com programas de revisões constantes e mudanças de rumos quando necessário.

Não é uma novidade, mas vale ressaltar que de uma forma geral, esse novo modelo está intimamente ligado ao conceito logístico, na medida em que estabelece planos de acompanhamento e monitoramento suficientes para atender dois 'patrões': a logística e o gerenciamento de riscos. Sugerese, portanto, ser operado em três fases distintas: 1a – Controle do Processo (Antes) – a análise do Gerenciamento de Riscos se inicia na venda dos serviços, quando se busca conhecer profunda e detalhadamente as operações dos clientes como única forma de se ter uma correta identificação e análise de riscos. É aqui que se desenham os processos para identificação, monitoramento e redução dos riscos mais importantes da empresa e da operação em questão. Neste momento, estabelecem-se: (i) os níveis de qualidade e de segurança exigidos, inclusive e principalmente, com relação às pessoas; (ii) toda a estrutura operacional a ser utilizada (pessoas, instalações físicas, internas ou externas, próprias ou de terceiros, equipamentos, tecnologias e todos os demais recursos necessários), (iii) os procedimentos e as normas per tinentes, (iv) os fornecedores e demais parceiros a serem subcontratados, (v) o programa de treinamento e capacitação; (vi) compatível contratação de seguro; e (vii) os planos de prevenção e contingência. É aqui que se definem, nos diversos cenários identificados, as possibilidades de riscos e seus respectivos planos de ação, sempre a partir de um profundo conhecimento das estratégias, negócios e metas da própria empresa, das necessidades de seus clientes e das demais exigências, sejam elas do governo, da corretora de seguros ou de agentes governamentais que, de forma direta ou indireta, sejam atuantes neste processo; 2a - Excelência Operacional (Durante) – durante a operação é fundamental que se faça um rigoroso cumprimento das normas e procedimentos estabelecidos previamente. E só muda-los com autorização da área de gerenciamento de riscos. Durante toda a operação, que incluiu a administração de pessoas, a utilização das instalações físicas, o manuseio das mercadorias e dos equipamentos, é importante realiza-la de forma correta e

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Paulo Roberto Guedes é especialista em Logística, conselheiro da ABOL – Associação Brasileira das Operadoras Logísticas.

de acordo com “aquilo que foi combinado”. A aplicação rigorosa das normas e procedimentos e das atividades de monitoramento e controle são imprescindíveis durante todo o processo; 3a - Administração de desvios (Depois) – na eventualidade de alguma ocorrência a reação deve ser imediata, principalmente no amparo e na proteção das pessoas. Deve-se, também, buscar alternativas para solucionar o problema criado e recuperar ou minimizar, se possível, os prejuízos obtidos. Realizar uma completa investigação e instituir planos de correção são necessários. Nunca se deve desperdiçar uma crise para se aprender. Nesta fase, considerando que são crescentes os custos do gerenciamento de riscos (seja pelo aumento do número de riscos pelos quais passa uma empresa ou pelo aumento da vulnerabilidade), também é preciso buscar oportunidades para diminuí-los, inclusive aqueles nem sempre visíveis e que estão ligados diretamente à imagem da empresa. Em resumo, um moderno programa de gerenciamento de riscos, nessas três fases totalmente integradas, nada mais é do que um conjunto de atividades interdependentes que tem, como principais objetivos, proteger pessoas, diminuir riscos e levar a vulnerabilidade empresarial ao mínimo. Com certeza, com consequências imediatas na redução de custos, notadamente aqueles ligados aos prêmios de seguro. Neste ponto, a comparação entre investimentos em prevenção e resultados obtidos passa a ter importância fundamental. De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, um eficaz programa de gerenciamento de riscos “preserva e agrega valor econômico à organização, contribuindo fundamentalmente para a realização de seus objetivos e metas de desempenho, representando mais do que um mero conjunto de procedimentos e políticas de controle. Além disso, facilita a adequação da organização aos requerimentos legais e regulatórios, fatores críticos para sua perenidade”. Portanto, o escopo desse novo conceito de gerenciamento de riscos – muito mais abrangente e “a priori” - deverá fazer parte da estratégia e da cultura da empresa e ser aplicado em todas as áreas e atividades empresariais. Além de ser uma obrigação individual de cada funcionário da empresa, o cumprimento de um eficaz programa de Gerenciamento de Riscos ultrapassa as barreiras legais e regulamentares, enquanto incorpora princípios de integridade e conduta ética e busca, sem dúvidas, não só a proteção de pessoas e a preservação da imagem, mas a continuidade da própria empresa.


corretores As boas e más notícias sobre o futuro da distribuição de seguros É natural de todo profissional, como ser humano que é, querer progredir, mas é inegável que o novo gera resistências principalmente dos setores tradicionais que muitas vezes se sentem ameaçados. A dinâmica e a velocidade das mudanças do século 21 implicam na necessidade de se sair da zona de conforto e de que sobrevive melhor quem melhor consegue entender e tirar vantagem dos novos tempos. Como tudo na vida também, para qualquer novo movimento ou tendência, podemos escolher ser contrários, ou resistentes, vendo apenas seus pontos negativos, ou sermos otimistas e nos esforçarmos para sermos “o corretor do futuro”. Muitos corretores de seguros se preocupam com a tão propagada expansão das vendas pelo meio eletrônico, mas há pontos a serem analisados. A má notícia é que o mercado para este tipo de comercialização realmente está se expandindo em muitos lugares do mundo. Mas a boa notícia é que essa expansão acontece principalmente onde os seguros são obrigatórios, com coberturas e limites pré-definidos o que facilita muito a comparação. A má notícia é que esses sistemas de venda via internet estão investindo pesado em publicidade e atraindo muitas pessoas interessadas em fazer cotação. A boa notícia é que o custo desse investimento reduz consideravelmente a competitividade dessas empresas em relação ao corretor independente que desta forma continua competitivo em

Renato da Cunha Bueno Marques é corretor de seguros há 30 anos e corretor de resseguros há 20 anos, sócio proprietário da ARX-Re Corretora de Resseguros e coordenador da Comissão Grandes Riscos, Engenharia e Resseguros do Sincor-SP. termos de preço. A má notícia é que em algum momento todos os corretores de seguros precisarão ter uma ferramenta online para oferecer como rota alternativa de renovação para os seus clientes. A boa notícia é que, como um dia todos vão ter essa facilidade já que existem muitos provedores desenvolvendo sistemas deste tipo, o que indica que em breve terão custos acessíveis a todos. Á má notícia é que as plataformas digitais tem a possibilidade de coletar uma quantidade grande de informações que digeridas podem ajudar os clientes na prevenção de riscos e na obtenção de produtos que se adaptem melhor as necessidades de cada um. A boa notícia é que os corretores tradicionais não vão desaparecer, pois suas habilidades, conhecimento do mercado e experiência dificilmente serão superados por robôs e algoritmos. O corretor de seguro não precisa perder noites de sono, o mercado vai se adaptar às novas realidades, basta ter boa vontade e aceitar o novo, buscar novos produtos e tecnologias e formas de abordagem ao cliente. Evidências de outros setores mostram que, em se tratando de ideias disruptivas, os primeiros entrantes terão melhor retorno em seus projetos do que a turma da segunda e da terceira onda, o que reforça minha opinião de que o importante não é surfar esta onda, mas sim a próxima, de p re fe rê n c i a n u m a p r a i a onde ninguém pegue ondas ainda. Mais importante até é lembrar que quem controla a distribuição controla o m e r c a d o . Te n d o consciência desta força e de q u e o c a m i n h o é determinado por nós mesmos, o futuro nos trará apenas boas notícias.

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economia Educação e saúde financeira: um caminho para a sustentabilidade Promover a educação financeira no país, buscando uma relação mais saudável do brasileiro com o dinheiro, nunca foi tão importante quanto no momento atual. Após uma década de crescimento econômico, que impulsionou milhões de pessoas à classe média, facilitou o acesso ao crédito e fomentou o consumo, o Brasil vive hoje um período de adversidade. O aumento do desemprego e da inflação foi acompanhado pela piora de indicadores socioeconômicos e pela elevação dos níveis de endividamento da população. Órgãos de proteção de crédito calculam que cerca de 40% da população brasileira adulta esteja inadimplente. Dentro desse contexto, torna-se ainda mais urgente avançar em programas e iniciativas voltadas à melhoria da relação das pessoas com produtos financeiros e com o dinheiro. São os comportamentos individuais que fundamentam o desenvolvimento sustentável de uma sociedade. No âmbito financeiro, é necessário que as pessoas aprendam a gerenciar os limitados recursos privados e coletivos, para não somente atender às necessidades presentes, como também para suprir as necessidades futuras. Isso não ocorre por meio do acesso facilitado que hoje em dia temos a conteúdos e ferramentas que prometem ensinar a controlar um orçamento de forma eficiente. Ocorre, acima de tudo, a partir da motivação de cada um e do puro interesse em aprender. Essa visão de que é necessária uma mudança de atitude vem da compreensão do valor imensurável que a educação financeira traz para a vida das pessoas. Nesse sentido, ela é a chave para empoderar o indivíduo de forma que tome decisões melhores, mais conscientes e bem informadas, favorecendo o bem-estar próprio e de todos à sua volta. Dentre as iniciativas públicas e privadas para educar financeiramente a população brasileira ganha destaque a evolução da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), estabelecida como política de Estado em 2010 e com o

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Tomás Carmona é superintendente de Sustentabilidade da SulAmérica Seguros.

objetivo de mobilizar os diversos setores da sociedade em torno da promoção de ações de educação financeira. Para exemplificar a evolução, cabe destacar que algumas instituições de ensino já vêm destinando maior espaço ao tema, oferecendo as aulas como disciplina complementar ou inserindo o tema transversalmente, e empresas evoluíram seus programas e passaram a participar anualmente da Semana Nacional de Educação Financeira. Esse é um passo importante para que, no médio prazo, possamos criar uma cultura de planejamento e educação financeira. Para além da questão monetária, a condição financeira comprovadamente gera impactos na saúde e no bem-estar do indivíduo. Dados do Programa SulAmérica Saúde Ativa apontam que problemas com dinheiro são a segunda principal causa de dificuldade de concentração no trabalho, depois da falta de tempo, e que pessoas endividadas têm uma percepção de vida, saúde e produtividade pior do que a média. Vale destacar que a relação entre educação e saúde financeira dialoga com todas as dimensões da vida privada e também da sociedade, eventualmente impactando na saúde pública e na política monetária, entre outras frentes. Fomentar o engajamento dos indivíduos no processo de aprendizado sobre o uso do dinheiro e de produtos financeiros no país, portanto, é um caminho que permite avanços saudáveis para todos.


transportes Importância do corretor no controle do transporte de cargas Segundo o Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo, o número de corretores de seguros aumentou nos últimos 12 meses, conforme pesquisa mais atual divulgada no final de 2016. As empresas registraram alta de 7% e os profissionais pessoas físicas, 6%. No final do último mês de julho, o total de profissionais no Estado de São Paulo era de 39,5 mil, sendo 63% pessoas físicas e 37% pessoas jurídicas. Esses profissionais prestam serviços em diversas áreas, assim como nos setores de transporte de cargas e seguradoras. Hoje, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), a maior parte da matriz do transporte de cargas do Brasil, cerca de 60%, concentra-se no rodoviário. E infelizmente, o roubo de cargas vem aumentando a cada ano. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) afirma que de 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano. Em 2016, os prejuízos com o roubo de cargas chegaram ao valor recorde de mais de R$ 1,4 bilhão, quase o dobro dos R$ 761 milhões registrados em 2011. Para controlar e evitar prejuízos, em todo o território nacional, as movimentações de cargas devem ter um seguro em casos de roubos e acidentes, sendo obrigatório o seguro de responsabilidade civil. Neste cenário, o corretor de seguros torna-se um profissional cada vez mais importante no dia a dia em relação ao controle desses processos às transportadoras. Entre várias funções que possui, uma delas é manter as empresas transportadoras informadas no cumprimento dos itens acordados em suas apólices, sobre o destino logístico de suas cargas, tipos de materiais transportados, localidade, valor da mercadoria e principalmente na agilidade caso ocorra algum tipo de acidente ou roubo da carga.

Flademir Lausino de Almeida, sócio diretor da AT&M, empresa especializada em tecnologia de averbação.

Hoje, com o avanço da tecnologia, o sistema de Averbação Eletrônica do Transporte de Cargas oferece todas essas informações para que a função do corretor se torne ainda mais ágil e atuante nos segmentos de transporte e logística. Averbação Eletrônica oferece a coleta de todas essas informações. Além disso, analisa se os dados da carga estão coerentes com a apólice do seguro do cliente e transmite essa informação para a companhia de seguro e corretor. Tudo é registrado de forma online, todas as informações ficam armazenadas em um sistema por mais de um ano. A transportadora quando emite o documento de Conhecimento de Transporte, isso é registrado no sistema da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) de cada estado. Desta forma, o SEFAZ responde positivamente através de um protocolo que significa a liberação fiscal da mercadoria em relação aos impostos. Para que a carga fique devidamente coberta pelo seguro, o segurado disponibiliza as informações do conhecimento de transporte para o sistema de Averbação Eletrônica do Transporte de Cargas, que checa contra os dados da apólice cadastrados em seu sistema. Tudo isso é checado em frações de segundos pelos diversos sistemas da empresa, para que, caso ocorra algum sinistro, a carga esteja devidamente assegurada e a transportadora / embarcador possa receber o seguro devido.

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direito securitário O agravamento do risco e a perda de direito ao recebimento da indenização O contrato de seguro é regido pelo princípio da boa-fé, sendo que tanto o Segurado como o Segurador devem agir com lealdade em seu cumprimento. A boa-fé contratual traz o equilíbrio no contrato, beneficia o Segurado e delimita a responsabilidade do Segurador. A boa-fé objetiva e subjetiva tem tanta relevância em nosso ordenamento jurídico que está prevista em diversos artigos no Código Civil Brasileiro. Vejamos:

que este agravou o risco do Segurador. Os artigos 768 e 769 do Código Civil: Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de má-fé.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

O agravamento do risco por parte do Segurado gera a perda de direito ao recebimento da indenização, e assim tem decidido a nossa Corte Maior. Vejamos:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Ementa: RECURSO ESPECIAL. CIVIL. SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DE DIRETORES E ADMINISTRADORES DE PESSOA JURÍDICA (SEGURO DE RC D&O). RENOVAÇÃO DA APÓLICE. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO. INFORMAÇÕES INVERÍDICAS DO S E G U R A D O E D O TO M A D O R D O S E G U R O. M Á - F É . CONFIGURAÇÃO. PERDA DO DIREITO À GARANTIA. INVESTIGAÇÕES DA CVM. PRÁTICA DE INSIDER TRADING. ATO DOLOSO. FAVORECIMENTO PESSOAL. ATO DE GESTÃO. DESCARACTERIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE COBERTURA. 1. Cinge-se a controvérsia a definir (i) se houve a omissão dolosa de informações quando do preenchimento do questionário de risco para fins de renovação do seguro de responsabilidade civil de diretores e administradores de pessoa jurídica (seguro de RC D&O) e (ii) se é devida a indenização securitária no caso de ocorrência de insider trading. 2. A penalidade para o segurado que agir de má-fé ao fazer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta pela seguradora ou na taxa do prêmio é a perda da garantia securitária (arts. 765 e 766 do CC). Ademais, as informações omitidas ou prestadas em desacordo com a realidade dos fatos devem guardar relação com a causa do sinistro, ou seja, deverão estar ligadas ao agravamento concreto do risco (Enunciado nº 585 da VII Jornada de Direito Civil). 3. Na hipótese dos autos, as informações prestadas pela tomadora do seguro e pelo segurado no questionário de risco não correspondiam à realidade enfrentada pela empresa no momento da renovação da apólice, o que acabou por induzir a seguradora em erro na avaliação do risco contratual. A omissão dolosa quanto aos eventos sob investigação da CVM dá respaldo à sanção de perda do direito à indenização securitária. 4. Os fatos relevantes omitidos deveriam ter sido comunicados mesmo antes de o contrato ser renovado, pois decorre do postulado da boa-fé o dever do segurado "comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de máfé" (art. 769 do CC). 5. O seguro de RC D&O (Directors and Officers Insurance) tem por objetivo garantir o risco de eventuais prejuízos causados por atos de gestão de diretores, administradores e conselheiros que, na atividade profissional, agiram com culpa (Circular/SUSEP nº 541/2016). Preservação não só do patrimônio individual dos que atuam em cargos de direção (segurados), o que incentiva práticas corporativas inovadoras, mas também do patrimônio social da empresa tomadora do seguro e de seus acionistas, já que serão ressarcidos de eventuais danos. 6. A apólice do seguro de RC D&O não pode cobrir atos dolosos, principalmente se cometidos para favorecer a própria pessoa do administrador, o que evita forte redução do

Pois bem, partindo da premissa que as partes agiram com boa-fé quando da contratação do seguro, esta deve ser manter por todo o período em que o contrato estiver em vigência. O Segurado não pode de forma alguma, agravar o risco do Segurador buscando dessa forma obter vantagem econômica. Ocorrendo o agravamento do risco o Segurado perde o direito ao recebimento da indenização conforme preceitua o artigo 757 do Código Civil que dispõe: Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. O agravamento do risco é muito comum no mercado de seguros, e por vezes o Segurado, não entende que suas atitudes podem lhe causar a perda de direito. Vemos o agravamento do risco em coisas comum do dia-a-dia, como por exemplo: o Segurado que dirige embriagado ou sob efeito de entorpecente, acabando por dar causa ao evento danoso. O segurado que deixa o veículo parado com a chave no contato e se distância do mesmo, facilitando o acesso de um indivíduo para apropriar-se do bem. O segurado que firma contrato de seguro de vida e exerce atividade de risco, como por exemplo, quando exerce atividade de Bombeiro, Policial, Instrutor de Paraquedas, Piloto de Teste, deixando de comunicar a Seguradora quando da contratação do seguro. O transportador que afirma que mesmo sabendo da exigência de acompanhamento de escolta armada, deixa de contrata-la. A empresa que ao contratar seguro de responsabilidade civil, omite informações da real situação econômica ou investigações, ou ainda, que omite informações, a fim de beneficiar um dos Diretores ou Administradores da empresa. O agravamento do risco ocorre ainda quando o Segurado ao preencher o questionário de avaliação de risco, passa informações inverídicas ou omite informações, buscando dessa forma concretizar o contrato de seguro, ou ainda, obter vantagem econômica até mesmo no valor do prêmio pago. Os exemplos acima e tantos outros, que geram prejuízos ao mercado segurador, ou ainda que acabem por atingir a massa de segurados, gera a perda de direito à indenização, a partir do momento que restar configurada a má-fé do segurado, ou ainda,

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grau de diligência do gestor ou a assunção de riscos excessivos, a comprometer tanto a atividade de compliance da empresa quanto as boas práticas de governança corporativa. Aplicação dos arts. 757 e 762 do CC. 7. Considera-se insider trading qualquer operação realizada por um insider (diretor, administrador, conselheiro e pessoas equiparadas) com valores mobiliários de emissão da companhia, em proveito próprio ou de terceiro, com base em informação relevante ainda não revelada ao público. É uma prática danosa ao mercado de capitais, aos investidores e à própria sociedade anônima, devendo haver repressão efetiva contra o uso indevido de tais informações privilegiadas (arts. 155, § 1º, e 157, § 4º, da Lei nº 6.404/1976 e 27-D da Lei nº 6.385/1976). 8. O seguro de RC D&O somente possui cobertura para (i) atos culposos de diretores, administradores e conselheiros (ii) praticados no exercício de suas funções (atos de gestão). Em outras palavras, atos fraudulentos e desonestos de favorecimento pessoal e práticas dolosas lesivas à companhia e ao mercado de capitais, a exemplo do insider trading, não estão abrangidos na garantia securitária. 9. Recurso especial não provido. Processo: REsp 1601555 / SP RECURSO ESPECIAL 2015/0231541-7. Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147). Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA. Data do julgamento: 14/02/2017. Data da publicação: DJe 20/02/2017. Ementa: RECURSO ESPECIAL. CIVIL. SEGURO DE AUTOMÓVEL. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. TERCEIRO CONDUTOR (PREPOSTO). AGRAVAMENTO DO RISCO. EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO HUMANO. CAUSA DIRETA OU INDIRETA DO SINISTRO. PERDA DA GARANTIA SECURITÁRIA. CULPA GRAVE DA EMPRESA SEGURADA. CULPA IN ELIGENDO E CULPA IN VIGILANDO. PRINCÍPIO DO ABSENTEÍSMO. BOA-FÉ OBJETIVA E FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO DE SEGURO. 1. Cinge-se a controvérsia a definir se é devida indenização securitária decorrente de contrato de seguro de automóvel quando o causador do sinistro foi terceiro condutor (preposto da empresa segurada) que estava em estado de embriaguez. 2. Consoante o art. 768 do Código Civil, "o segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato". Logo, somente uma conduta imputada ao segurado, que, por dolo ou culpa grave, incremente o risco contratado, dá azo à perda da indenização securitária. 3. A configuração do risco agravado não se dá somente quando o próprio segurado se encontra alcoolizado na direção do veículo, mas abrange também os condutores principais (familiares, empregados e prepostos). O agravamento intencional de que trata o art. 768 do CC envolve tanto o dolo quanto a culpa grave do segurado, que tem o dever de vigilância (culpa in vigilando) e o dever de escolha adequada daquele a quem confia a prática do ato (culpa in eligendo). 4. A direção do veículo por um condutor alcoolizado já representa agravamento essencial do risco avençado, sendo lícita a cláusula do contrato de seguro de automóvel que preveja, nessa situação, a exclusão da cobertura securitária. A bebida alcoólica é capaz de alterar as condições físicas e psíquicas do motorista, que, combalido por sua influência, acaba por aumentar a probabilidade de produção de acidentes e danos no trânsito. Comprovação científica e estatística. 5. O seguro de automóvel não pode servir de estímulo para a assunção de riscos imoderados que, muitas vezes, beiram o abuso de direito, a exemplo da embriaguez ao volante. A função social desse tipo contratual torna-o instrumento de valorização da segurança viária, colocando-o em posição de harmonia com as leis penais e administrativas que criaram ilícitos justamente para proteger a incolumidade pública no trânsito. 6. O segurado deve se portar

Drª Melissa Zanini é advogada coordenadora do Grupo Fox de Regulação & Auditoria. Tem 14 anos de experiência em Ressarcimento Administrativo e Judicial, atuou nas seguradoras Porto Seguro e HDI Seguros na área de jurídico contencioso. É pós-graduada em Direito Civil pela Escola Paulista de Direito e mediadora formada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

como se não houvesse seguro em relação ao interesse segurado (princípio do absenteísmo), isto é, deve abster-se de tudo que possa incrementar, de forma desarrazoada, o risco contratual, sobretudo se confiar o automóvel a outrem, sob pena de haver, no Direito Securitário, salvo-conduto para terceiros que queiram dirigir embriagados, o que feriria a função social do contrato de seguro, por estimular comportamentos danosos à sociedade. 7. Sob o prisma da boa-fé, é possível concluir que o segurado, quando ingere bebida alcoólica e assume a direção do veículo ou empresta-o a alguém desidioso, que irá, por exemplo, embriagar-se (culpa in eligendo ou in vigilando), frustra a justa expectativa das partes contratantes na execução do seguro, pois rompe-se com os deveres anexos do contrato, como os de fidelidade e de cooperação. 8. Constatado que o condutor do veículo estava sob influência do álcool (causa direta ou indireta) quando se envolveu em acidente de trânsito - fato esse que compete à seguradora comprovar -, há presunção relativa de que o risco da sinistralidade foi agravado, a ensejar a aplicação da pena do art. 768 do CC. Por outro lado, a indenização securitária deverá ser paga se o segurado demonstrar que o infortúnio ocorreria independentemente do estado de embriaguez (como culpa do outro motorista, falha do próprio automóvel, imperfeições na pista, animal na estrada, entre outros). 9. Recurso especial não provido. Processo: Resp 1485717/ SP RECURSO ESPECIAL 2014/0116431-2. Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA (1147). Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA. Data do julgamento: 22/11/2016. Data da Publicação: DJe 14/12/2016 Assim, as Seguradoras devem se resguardar e exigir sempre o preenchimento do formulário de perfil, além do que, em casos que tiver ocorrência de sinistro e suspeita de ocultação de informações pelo Segurado ou seus prepostos, realizar sindicâncias a fim de apurar a veracidade dos fatos. O Segurado por sua vez deve se abster de causar riscos ou agravar o dano à Seguradora, agindo sempre com cautela e vigiando seu comportamento e de seus prepostos, buscando assim manter o equilíbrio contratual. É importante acrescentar que o Judiciário Brasileiro vem mudando a sua postura em relação ao mercado de seguro e seus contratos, sendo que cada dia mais, vemos decisões que levam em consideração as condições gerais do contrato, as declarações dos Segurados, bem como a boa-fé no momento da contratação, aplicando assim, caso comprovada a má-fé a perda de direito ao recebimento da indenização. O judiciário tem entendido que o contrato de seguro tem sua função social perante a sociedade. Mostra-se dessa forma importantíssimo a regulação de sinistro e a busca pela verdade dos fatos, a fim de se apurar em que condições o sinistro ocorreu, bem como, se o Segurado se absteve de causar o dano, se vigiou de forma adequada a sua conduta e de seus prepostos.

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marine Taxas e sobretaxas no frete marítimo A reclamação dos embarcadores perante os armadores é algo natural em relação ao frete marítimo. Desde que começamos a trabalhar com comércio exterior, ouvimos isso de todo mundo. Claro que o jus esperneandi (palavra inexistente no latim, jocosa, mas muito usada para o direito de reclamar) é sempre válido. Mas, obviamente, temos que reclamar do que deve ser reclamado, não daquilo que não se deve. Mas, reclamar de tudo é o que se faz o tempo todo. Parece ser parte do DNA do ser humano (sic). Considerar o frete marítimo caro sempre foi uma reclamação geral. Em especial hoje em dia, por aqueles que labutam há menos tempo que nós na área. Caro era o frete nos anos 1980 e 1990. Em que o frete de um container reefer de 40 pés (12,19 m de comprimento) era de US$ 7,500.00 para se enviar frangos congelados aos portos de Hong Kong e Singapura, em meados dos anos 1990. E caro também para frete de container drybox. Tomava boa parcela do preço da mercadoria. No início deste ano de 2016, pelo sabido, alguns armadores chegaram a cobrar frete de US$ 40.00 / US$ 60.00 da China ao Brasil. E houve situação em que o frete era de US$ 00,00, para o armador fazer deslocamento das unidades de carga. Agora voltaram a subir, de forma natural, e não poderia ser de outra maneira. Navios e containers caros, petróleo, etc. etc. têm custo e é preciso remunerar o armador. Mas, certamente, o frete hoje é muito mais barato que no passado, e “chora-se de barriga cheia" (sic). Em especial se considerarmos a inflação do período. Isso se deve a economia de escala proporcionada pelo aumento do comércio exterior, bem como pelo extraordinário crescimento dos navios. Que com isso ficaram relativamente mais baratos na construção, bem como proporcionam transporte de maior quantidade de carga. Assim, convém fazer uma pesquisa dos fretes dos últimos 20-30-40 anos para verificar. Mas, a maior reclamação sempre recaiu mesmo sobre os adicionais de frete. As chamadas taxas e sobretaxas. Taxas são aquelas incidentes sobre a carga. Por exemplo, sobre o tamanho da carga, seu volume, seu preço, se é perigosa etc. Sobretaxas são aquelas que incidem em face da navegação. Por exemplo, de guerra, de combustível, porto secundário, rota perigosa etc. É comum se considerar as taxas e sobretaxas cobradas como abusivas, e que deveriam ser eliminadas. Que o frete deveria ser apenas aquele frete cotado, sem qualquer adicional. De preferência, claro, que fosse de graça. E, conhecendo o mercado, nem duvidamos que, de alguma forma, poderia ainda haver reclamação (sic). O que temos de analisar na cotação do frete, em especial na cobrança e daquilo que vem mencionado no conhecimento de transporte marítimo, é sua validade ou não. Seu preço e correção ou não. Não a cobrança de taxas e sobretaxas em si. Vamos demonstrar que elas são válidas e necessárias. Que não podem ser simplesmente eliminadas como muitos apregoam. As taxas e sobretaxas fazem a justiça entre as cargas, embarcadores e destinos. Sem elas é que as injustiças ocorreriam, como veremos. Imaginemos duas cargas do mesmo produto, de qualidades diferentes, portanto, com preços de custos e vendas diferentes. Ao se cotar o frete dessas mercadorias, certamente eles serão

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Samir Keedi é bacharel em Economia, mestre em Administração, consultor e professor da Aduaneiras e de diversas universidades, além de membro do comitê da ICC-Paris de revisão do atual Incoterms

iguais para os dois lotes. E não há como se cobrar o mesmo frete se elas são conceitualmente diferentes. E com custos de seguro diferentes, em que o armador, sendo o caso, terá que ressarcir valores diferentes. Não seria adequado, e ficaria mais complicado, ter dois fretes diferentes para essas duas mercadorias. Ou várias delas com valores diferentes. E cotando um frete maior, que cobrisse o risco com a de maior valor, ficaria injusto para aquela mercadoria de menor valor. Assim, o assunto é resolvido com uma taxa de ad-valorem, que é cobrada para aquela mercadoria de valor maior. Que não incide sobre a de menor valor. E, assim para as mais diversas taxas. O mesmo ocorre com as sobretaxas, que são eventos da navegação em si. Um bom exemplo é o BAF-Bunker Adjustment Factor (BAF), ou Bunker Surcharge (BS) ou outros nomes escolhidos para o combustível. Há décadas, desde os dois choques do petróleo em 1973 e 1979 que o petróleo não tem um preço. E varia praticamente diariamente. Em que o preço do barril de petróleo (159 litros) pulou de cerca de US$ 1.40 para US$ 12.00-14.00 e, posteriormente, para cerca de US$ 40.00 o barril. E não há como se cotar o frete incluindo o combustível, se o seu custo varia o tempo todo entre os extremos de baixa e de alta. Em especial que ele representa uma grande parcela dos custos do armador. O mesmo ocorre com todas as demais sobretaxas. Outro bom exemplo é o War Surcharge, que é uma taxa de guerra. O Golfo Pérsico ou Golfo Arábico, sempre foi uma zona perigosa. Em que no desenrolar de uma guerra, os navios ficam à mercê dos combatentes, podendo ser atingidos ou afundados. Sempre foi comum para nós, depois dos choques do petróleo, conviver com esta sobretaxa, justa. Não se pode cobrar o mesmo frete de uma mercadoria que não entra no Golfo e para outra que entra, considerando apenas a distância da viagem. É justo cobrar um adicional para aquela que vai adentrar o Golfo, em vez de ter o mesmo frete para as duas mercadorias, ou se ajustar o frete para navegação para lá, e fazer a mercadoria que não chegar até lá pagar um frete injusto. E assim ocorre com todas as sobretaxas, igualmente o que ocorre com as taxas. O que se deve discutir, como já colocado, é se elas são justas, se os preços são adequados e, em especial, se tal cobrança se justifica ou não. Não se pode cobrar uma sobretaxa de guerra para uma mercadoria que não foi até o Golfo Pérsico e fica no Sul da África.



mercado Seguradora apresenta seus planos de expansão em evento para corretores e outros parceiros A Axa Seguros reuniu parceiros de mercado em uma celebração pelo ano de 2017, que segundo a empresa marcava o início de uma nova fase de crescimento, no dia 22 de março, na Casa Fasano, em São Paulo. Corretores de seguros, colaboradores, segurados e outros parceiros foram recebidos pelo presidente da Axa no Brasil, Philippe Jouvelot. “Temos satisfação em oferecer nossos serviços para que as pessoas vivam melhor, sintam-se mais protegidas. Nós queremos ajudar a construir um mundo melhor com desenvolvimento sustentável, trabalhamos para que os nossos corretores nos vejam como parceiros, essa sinergia está no nosso DNA. E é essa sinergia que forma nosso time de pessoas comprometidas com o seu negócio e orgulhosos em fazer parte da marca de seguros número um no mundo. Tenho orgulho de falar que contamos com uma equipe de peso. É importante dizer que em 2016 ampliamos nossa rede com a incorporação da carteira de grandes riscos da SulAmérica e vieram os prêmios desta carteira, com certeza, mas vieram sobretudo as pessoas. Com a nova carteira pudemos conhecer novos clientes, novos parceiros, novos profissionais que estão no escritório do Rio de Janeiro. Um dos pilares estratégicos globais da Axa é acelerar sua presença nos mercados emergentes. No Brasil estamos presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, estamos abrindo em Campinas e em breve em Recife. Nós, franceses, estamos aprendendo muito com vocês, brasileiros. Como queremos nos tornar a seguradora líder mundial em inovação, não tenho dúvida que aqui os brasileiros irão nos ajudar e nos estimular a sermos cada vez mais inovadores, digitais e criativos como vocês são no dia a dia”, disse o francês Philippe Jouvelot, com fluência na língua portuguesa. Antes de anunciar o show da noite, com a cantora Vanessa da Mata, Jouvelot respondeu a perguntas do apresentador Sérgio Waib, que foram elaboradas em pesquisa prévia com os parceiros.

Fora do Brasil a Axa atua em diversos setores do seguro, em quase todas as linhas de produto. Quais são os planos pontualmente para o mercado nacional? O que eu posso dizer é que a cada trimestre nós abrimos um ramo novo. Óbvio que no final a Axa quer ser uma das maiores seguradoras do país. Nós abrimos os riscos corporativos, como é bem sabido, abrimos affinity, vida em grupo, aviação, casco marítimos, mas todos os ramos que interessam à Axa, seja residencial, automóvel, saúde, previdência até capitalização. Não tem limite, a Axa está fazendo todos os ramos no mundo inteiro, o Brasil é enorme, e queremos estar entre as maiores seguradoras do país. No ano passado a Axa faturou R$ 650 milhões em premio. E analisando as perspectivas para 2017, vemos que o objetivo é chegar a R$ 1 bilhão. Como em apenas dois anos a Axa pretende alcançar este objetivo? Primeiramente, o objetivo não contempla aquisição, porque aquisições são oportunidades, o objetivo de faturar R$ 1 bilhão é realmente com crescimento orgânico, com novos negócios. O que vai caracterizar a atuação da Axa no Brasil são dois fatores: inovação e foco com o canal corretor. O corretor é nosso cliente, é a pessoa que tem as maiores dificuldades neste mercado, que enfrenta uma concorrência enorme, então o fato de nós entendermos realmente muito bem o problema do corretor, de estarmos no dia a dia ao lado do corretor é isso que vai fazer a diferença da Axa no Brasil. Existem rumores que a Axa pretende atuar no ramo de saúde. Há de fato a pretensão?

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Obvio que não posso falar muito, mas vou dizer duas coisas: a primeira é que o Grupo Axa fatura hoje 13 milhões de euros em planos de saúde no mundo. O faturamento da Axa no plano de saúde é maior que o mercado de saúde do Brasil.


gerenciamento de riscos Como baixar índices de roubos e furtos de cargas no Brasil? Então é uma linha de negócios importantíssima no grupo e faz parte da nossa prioridade como um todo. Agora para falar do Brasil, não posso falar em nome da Axa, mas posso em meu nome: eu tenho um sonho que o Grupo Axa entre no ramo de saúde. Não posso afirmar, mas espero que um dia o sonho e o plano vão se juntar.

Roubos de carga custam mais de R$ 6 bilhões à economia brasileira, de acordo com levantamento recente feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Diante disso, transportadoras e embarcadoras estão cada vez mais voltadas para investimentos, principalmente em tecnologia, como forma de se protegerem.

O mercado de seguros é muito competitivo, com empresas entrando no mercado nacional e clientes mais exigentes. Dentro disso, nada é possível sem diferenciação, hoje em dia fazer bem feito é commodite. Qual a estratégia, no que tange à inovação, para tornar a Axa ainda mais competitiva?

De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, empresa que atua na área de gerenciamento de riscos há duas décadas, é fundamental criar planos de prevenção. "O importante é começar a gerenciar riscos para analisar e visualizar os benefícios o quanto antes. Inclusive, motoristas autônomos estarão mais protegidos trabalhando em operações e transportes que tenham um PGR – Projeto de Gerenciamento de Riscos acompanhados por uma Gerenciadora de Riscos", enfatiza Cyro. "Hoje, termos o maior cadastro positivo de motoristas e monitoramos 1,4 bilhão de viagens por ano", detalha.

Vou usar um exemplo para falar de diferenciação: tem dois tipos de marketing no mundo, tem o marketing americano que vê o mundo como uma competição o tempo todo, e um bom exemplo é a Coca-cola contra a Pepsi, uma guerra total; e tem outro tipo de marketing, que é o meu tipo, mais italiano ou latino, ou, espero dizer, mais brasileiro, que é pensar na sedução do cliente. Então existe o concorrente, mas você pensa no cliente, pensa no corretor, e faz tudo o que você entende que o cliente e o corretor querem. Então, se você esquecer um pouco o concorrente, você respeita o mercado, você não critica as demais seguradoras, e você foca no cliente. Eu acho que o foco no cliente é que vai ser relevante. O mundo vem vivendo uma importante revolução digital que, no meu ponto de vista, já é mais importante que a revolução industrial no que tange à inovação. Como a Axa percebe a tecnologia? Como a empresa pretende usar, dentro do seguro, a tecnologia para favorecer a cadeia produtiva? É certo, nosso mundo está mudando, e ninguém pode lutar contra isso. O fato importantíssimo que eu colocaria é que o seguro em nosso país não se compra, ele se vende. Por isso a peça mais importante é o corretor, que é a pessoa certa para vender. Agora o nosso papel é oferecer o mundo digital pelo corretor, para o corretor. Nós precisamos que o corretor esteja no ambiente da Axa com todas as facilidades do mundo digital de amanhã, é isso que nós estamos fazendo, abrindo o Portal do Corretor de uma maneira completamente diferente do que nós podemos enxergar hoje, e queremos ver um pouco do que será em 2030, como oferecer ao corretor o modo digital.

Cyro ainda explica que, no início as transportadoras viam o GR como um custo adicional para o transporte, porém, nos últimos anos, a cultura de gestão de riscos está muito presente nessas empresas, que percebem os benefícios e o valor das informações logísticas para suas operações. Como baixar os índices de roubos? Com base em números assustadores - o prejuízo chega a R$ 3,9 milhões por dia com as ocorrências, que se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro (43,7%) e São Paulo (44,1%) - Cyro considera que três eixos devem ser trabalhados em conjunto para a redução das estatísticas: 1. Integrar todas as informações disponíveis no Brasil, órgãos públicos e privados, para que as Polícias possam atuar organizadas e com inteligência, cada uma dentro de sua jurisdição, visando o trabalho preventivo e atendimento das ocorrências informadas em tempo real. Um importante passo foi dado pelo Governo Federal com a publicação do Decreto 8.614 de 22/12/2015 instituindo a Política Nacional de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas para disciplinar a implantação do Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas. Objetivo é integrar informações no Sistema e ações através do Comitê Gestor desta Política, órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa vinculado ao Ministério da Justiça. 2. Endurecer a legislação penal relativa ao roubo e receptação de cargas com finalidade de retirar de cena as quadrilhas especializadas no roubo e também os criminosos receptadores. Estes representam o importante elo nesta cadeia criminosa e tem que ser detectados e combatidos com muita inteligência. Para o especialista, não é possível gerenciar o que não se mede, então, é fundamental entender, definir, atuar, medir e gerenciar os riscos do transporte de cargas.

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gestão de riscos Instalações HPR e a integração das proteções patrimonial e industrial O mercado brasileiro se sofisticou, resultando no aumento do valor agregado dos bens de capital e de produção, e aumento da capacidade de armazenamento; e profissionais das áreas de segurança patrimonial e industrial têm sido chamados a implementar soluções mais sofisticadas e eficientes do ponto de vista técnico e financeiro.

Apresento para análise alguns desafios da segurança das instalações. - Roubo de carga pode acontecer em qualquer lugar; no entanto existem padrões e maior probabilidade de ocorrer em armazéns e paradas durante transporte. Observa-se também a tendência crescente de “Retiradas Fraudulentas” - quando a quadrilha, com acesso a informações sobre a carga, se faz passar por um portador legítimo e apresenta um contrato falsificado para retirada dos bens e produtos de alto valor agregado. De acordo com o Global Supply Chain Intelligence Report da British Standards Institution (BSI), o ano de 2015 registrou perdas no total de US$ 22,6 bilhões devido a roubo de cargas1.

Dessa maneira, cresce a necessidade e interesse em enquadrar instalações industriais e logísticas aos níveis das assim chamadas “Instalações Altamente Protegidas” (HPR HighlyProtected Risk), induzindo discussões relativas à integração da segurança industrial e patrimonial – que até então seguiam seu desenvolvimento segundo demandas e soluções próprias. Acrescente-se o fato que sistemas de infraestrutura tornaramse mais “tortuosos”, com complicadas redes de interrelacionamento, dependências e interdependências, e vulnerabilidades associadas, com potencial de desencadear impactos em cascata.

- Outro risco importante são os incêndios. Além dos desafios de logística e do custo de capital, a concentração de valor armazenado, as precárias condições das instalações, mão de obra e procedimentos geram riscos adicionais de perdas por incêndio. Estatísticas revelam que os incêndios em depósitos e instalações comerciais foram responsáveis por 42% das ocorrências de incêndios em 2014.

As cadeias de suprimentos tornam-se cada vez mais globais e complexas na medida em que novas tecnologias são introduzidas no mercado, o que torna a gestão de possíveis vulnerabilidades ainda mais difícil.

- Terrorismo e vandalismo são novos riscos a serem considerados por empresas brasileiras. Desde os ataques terroristas de 2001, a segurança tem assumido um papel cada vez mais significativo na cadeia de abastecimento global.

Finalmente, e a despeito da complexidade desse cenário, algumas empresas brasileiras tornaram-se parceiras ativas do mercado globalizado, sendo chamadas a atender novas regulamentações e legislação, em adição aos desafios da logística, que impõem que os intervenientes desenvolvam esforços coordenados para garantir a segurança das instalações e cadeia de suprimento.

- E até mesmo as catástrofes naturais começam a ser consideradas. O grande terremoto no Leste do Japão e o desastre do tsunami têm levantado questões sobre os níveis de estoque e a concentração da oferta (e demanda) da cadeia de suprimento; exigindo políticas de prevenção de perdas, e planos de contingência adequados para preservação da marca e do capital. Estudos sobre a viabilidade econômica passaram a incluir a avaliação da propensão da região sofrer desastres naturais, e a proporção que esses desastres podem assumir e afetar o empreendimento. Importante destacar que a ocorrência de desastres naturais no Brasil aumentou 268% na década de 2000, em comparação aos 10 anos anteriores. Temos exemplos de seca, tempestade, vendaval causando catástrofes por todo o País. Gerenciamento e mitigação de riscos O desenvolvimento de políticas para gerenciamento e m i t i g a ç ã o d e r i s c o s i n c l u e m a ç õ e s p a r a re d u z i r a probabilidade e severidade de prejuízos ao longo da cadeia de suprimento – desde recebimento de insumos, produção e

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1

2015 Global Supply Chain Intelligence Report da British Standards Institution (BSI): http://bsi-supplychainsolutions.com/enUS/resources/special-reports/


distribuição de produtos acabados.

Alfredo Chaia é responsável pela área de Engenharia de Riscos da AIG Seguros e sócio-fundador do CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes), e um dos autores do livro “Análise de Risco Parametrizada - Manual Prático de Gestão de Riscos e Seguros”.

Para tal, deve-se considerar, pelo menos, as quatro macrodimensões das instalações: Tipo de Construção, Riscos Intrínsecos à Ocupação, Exposições à Natureza e Níveis de Proteções. Metodologias como HPR (HighlyProtected Risk), guias desenvolvidos pela TAPA (Transported Asset Protection) e NFPA (National Fire Protection Association) são referências e normas que contribuem com princípios fundamentais para segurança das instalações, proporcionando um ambiente razoavelmente seguro para pessoas, e garantindo razoável proteção da propriedade contra ameaças de segurança.

quantidade e efetividade suficiente para permitir reação, e finalmente, RESPONDER - tempo de resposta adequado e plano de contingencia efetivo para neutralizar a ação delituosa.

Pelo lado da segurança patrimonial, o desenvolvimento de contramedidas de proteção segue metodologia baseada em quatro elementos básicos: DETER - impedir ou dissuadir o ataque à instalação, DETECTAR - identificar precocemente a tentativa de invasão, RETARDAR - implantar barreiras em

Conclusão: Gerenciar o risco amplia as chances de sucesso; e empresas com níveis de proteção HPR e práticas de gerenciamento de riscos corporativos têm menor volatilidade do fluxo de caixa por danos às instalações, e geração de valor mais consistente e estável.

mercado Completando 50 anos de operação mundial, seguradora lança nova marca para atuação no Brasil O Grupo W.R. Berkley completa 50 anos de operação no mercado mundial em 2017, e, em comemoração à data, a Berkley Brasil apresentou nova logomarca da companhia no mercado local em evento realizado no dia 18 de abril, a qual, segundo o presidente José Marcelino Risden, cria um modelo único que posiciona a seguradora como uma marca poderosa e reflete a fortaleza da corporação. O Grupo foi fundado em 1967 pelo executivo Wiliam R. Berkley, chairman da empresa, e seu filho R. Berkley Junior, este que tem promovido o processo de transição com maestria, proporcionando um novo ritmo à organização. A corporação possui uma operação global em Property, Casualty e Resseguros e está entre as maiores companhias da economia americana, sendo listada por anos consecutivos no ranking das 500 maiores empresas norte-americanas pela Revista Fortune.

Marcelo Benevides e José Marcelino Risden no evento de 50 anos do grupo

Com operações nos EUA, Reino Unido, Europa Continental, América Latina, Escandinávia, Canadá, Austrália e Ásia, o Grupo Berkley vem mantendo sua estratégia original focada em regionalização, de forma que suas linhas de negócios adaptam-se às características e exigências dos países onde opera. “A ideia é sempre incentivar e aprimorar esse conhecimento do mercado onde operamos e aprimorar nossos serviços, buscando novos produtos que possam atendem as demandas dos nossos parceiros corretores”, ressaltou o presidente da Berkley Brasil, José Marcelino Risden.

No evento também foi feita a apresentação formal do novo diretor comercial da Berkley Brasil, Marcelo Benevides. Ele disse que, a partir de maio, a companhia adotará uma grande mudança na forma de atuação da área comercial no mercado brasileiro, voltada a conhecer a fundo a estratégia de novos negócios dos corretores. “Queremos entender onde passa o crescimento dos corretores, medida que nos dará mais credibilidade para sermos estratégicos na operação de nossos parceiros. A proposta é sermos o provedor para a corretora que faça sentido, com muito foco em negócios e em relacionamento”, garantiu Benevides.


maio amarelo Corretores e seguradores unidos pela redução de acidentes de trânsito O Brasil apresenta uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes, de acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2016, é o quarto pior desempenho do continente americano. Nas e s t i m a t i v a s d a Organização, o número vítimas fatais em acidentes nas estradas em todo o mundo pode chegar a 1 milhão por ano até 2030, e os países de baixa e média renda, grupo no qual se encontra o Brasil, têm um peso maior nessa projeção. Pelo terceiro ano consecutivo, o Sincor-SP e o S i n d s e g S P, respectivamente sindicatos dos corretores de seguros e das seguradoras no Estado de São Paulo, se uniram para realizar diversas ações educativas para o Maio Amarelo, criado para mobilizar e conscientizar a população e, consequentemente, reduzir o número de acidentes. Neste ano, foram firmadas parcerias com as ONGs Fábrica de Heróis e Picadeiro do Asfalto. Com isso, super-heróis e uma trupe de palhaços invadem as ruas, bares e estações de Metrô para alertar a sociedade sobre a importância do trânsito seguro e, principalmente, alertando que não existem acidentes de trânsito, mas sim escolhas e consequências. “Escolhemos beber e dirigir, falar ao celular no volante, passar em um semáforo vermelho ou ultrapassar o limite de velocidade. São estas atitudes imprudentes que tornam o Brasil um dos recordistas mundiais de acidentes de trânsito.

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Os motoristas, ciclistas e pedestres precisam entender que depende de todos mudar esta situação tão alarmante. Não podemos continuar neste ciclo, pois se não mudarmos nossas atitudes, até 2030, 2,4 milhões de pessoas irão morrem nas ruas e estradas, segundo a OMS”, afirma Mauro Batista, presidente do Sindseg SP. De acordo com Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, os corretores de seguros são especialistas em proteção, por isso, estão completamente engajados na campanha que valoriza a segurança e a vida. “Como profissionais de seguros, lidamos com imprevistos todos os dias e sabemos que muitos deles acontecem por imprudência. Com essa iniciativa queremos propagar a preocupação que temos com a segurança de nossas famílias, nossos amigos, bem como


da sociedade brasileira”, explica Camillo. No Sincor-SP, a ação está sendo coordenada pelo diretor Social, Luiz Morales, com a colaboração de diretores regionais da entidade. Na cidade de São Paulo, a campanha conta com uma equipe de super-heróis para chamar atenção sobre a gravidade do problema. Já no interior, uma trupe de palhaços passa por 12 municípios. No total, são cerca de 30 intervenções artísticas em todo o Estado de São Paulo, impactando mais de 175 mil pessoas. Quem passa pelas ações recebe uma revista com história em quadrinhos e atividades, para começar a fazer parte da cultura de paz no trânsito de forma lúdica e divertida. O material também traz os dez mandamentos do trânsito seguro e, ainda, o papel de cada cidadão para a diminuição destes números tão alarmantes.

Seguradora apoia movimento e elenca dicas para evitar acidentes no trânsito A Zurich Seguros também apoia o Maio Amarelo, e busca alertar e mobilizar a sociedade para a redução do número de acidentes de trânsito. De acordo com Walter Pereira, Diretor de Linhas Pessoais da Zurich, as orientações convencionais sobre cuidados com o carro devem sempre ser levadas em consideração: assegurar que o carro esteja em boas condições é questão muito séria. "Contribuir para um trânsito mais seguro é responsabilidade de todos: governos, empresas e sociedade civil. Ações para conscientizar e prevenir acidentes são importantes passos na luta para reduzir o índice de vítimas do trânsito", ressalta Walter.

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Mantenha uma distância considerável do carro à sua frente, 2 metros no mínimo.

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Não use celulares, nem quando o trânsito está parado. Usar celular ao volante é hoje a maior causa de acidentes de trânsito.

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Respeite o limite de velocidade estabelecido, sempre use o cinto de segurança e o assento apropriado para transportar crianças.

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Motociclistas sempre devem usar capacetes.

O diretor elencou dicas que ajudam a evitar acidentes: Ÿ

Verifique periodicamente as condições de seu carro por meio de revisões. Para maior segurança, a contratação de um seguro veicular é indicada não somente para cobertura em caso de acidentes, mas também pelos serviços de assistência 24 horas que são oferecidos como oficinas referenciadas, que oferecem agilidade nos reparos e a garantia dos serviços.

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Dirija sempre descansado, completamente sóbrio, sem sono, em boas condições físicas, emocionais e mentais.

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Observe as condições climáticas. Se possível, evite dirigir com o tempo muito nublado, ou quando houver chuvas e geadas. Além de diminuir a visibilidade do motorista, o carro pode derrapar, ficar preso em enxurradas e até sofrer com algum desabamento da terra.

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transportes O cabo de guerra do setor logístico

O segmento logístico hoje enfrenta um verdadeiro cabo de guerra. De um lado, estão os agentes do setor que buscam uma maneira de alcançar a rentabilidade e sustentabilidade de suas operações. Do outro estão a situação econômica do País, que “achata” fretes e gera ociosidade de frotas, os altos índices de criminalidade e a complexidade de algumas normas e leis que envolvem os procedimentos de embarque e transporte de cargas. Um dos recursos que podem contribuir muito com os objetivos dos gestores do setor é a contratação de produtos e serviços de seguros. É comum sermos questionados sobre a relevância de considerar mais este “custo”. O primeiro aspecto que costumo apresentar é que o seguro não é um custo, mas sim investimento. Isso porque os contratos de seguros hoje em dia trazem, não somente as garantias de ressarcimento caso algum imprevisto aconteça. As seguradoras já agregam know how e conhecimento de profissionais especializados que se valem de seus conhecimentos para desenvolver ações preventivas que podem fazer toda a diferença e contribuir para que a carga chegue ao destino com segurança. Um desses imprevistos mais comuns é o roubo de carga, que já atingiram níveis alarmantes. São mais de 52 cargas roubadas por dia no País. Diferentes levantamentos feitos recentemente por consultorias internacionais independentes apontaram uma realidade que embarcadores, transportadores e motoristas profissionais de todo o país já enfrentam na labuta diária: as estradas

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brasileiras já estão entre mais perigosas do mundo em se tratando de roubo de carga. Essa situação já extrapola o setor. Isso porque esses índices não só comprometem a saúde financeira de agentes do segmento, como também têm um forte impacto sobre o chamado Custo Brasil. Com isso, toda a sociedade paga a conta da insegurança nas ruas e estradas brasileiras. Daí podemos concluir que a contratação do seguro é uma necessidade. Vale considerar que, ainda sim, há modalidades de seguros que são obrigatórias por lei e outras que, apesar de não serem obrigatórias, se mostram cruciais dependendo da operação em questão. Afinal, mesmo que não seja determinado por lei, será que compensa expor a saúde financeira de sua empresa a tantos riscos envolvidos numa operação de transporte? Mesmo que o roubo seja um problema muito sério, também há ocorrências igualmente críticas como acidentes no trajeto, derramamento de carga, acidentes durante o embarque, atrasos na entrega, entrega de mercadorias com avarias e outros fatores externos que podem impactar economicamente a operação. Em se tratando especificamente de Seguros de Transportes, as modalidades hoje disponíveis no mercado são as seguintes: Transporte Nacional Rodoviário (TN) – É um Seguro Obrigatório, que só pode ser contratado pelo Dono da


Mercadoria (Embarcador/Consignatário). É chamado de seguro de danos, porque cobre perdas e danos causados às mercadorias transportadas por eventos de causas externas. RCTR-C – É um Seguro Obrigatório, que pode ser estipulado pelo Dono da Mercadoria (Embarcador/Consignatário), mas sempre tendo o Transpor tador como Segurado, ou contratado pelo próprio Transportador. RCF-DC – É um Seguro Facultativo, que pode ser estipulado pelo Dono da Mercadoria (Embarcador/Consignatário), mas sempre tendo O Transportador como Segurado, ou contratado pelo próprio Transportador. Os seguros de RCTR-C e RCF-DC são chamados de Seguros de Responsabilidade porque cobrem a reponsabilidade civil do transportador por perdas e danos causados a mercadorias de propriedade de terceiros que lhes são confiadas para transportes, desde que se configure a culpa (negligência, imperícia e imprudência) da Empresa Transportadora, devida e formalmente admitida. A diferença entre ambos, além da obrigatoriedade do RCTR-C, está nas coberturas. Atualmente os Seguros de RCTR-C e RCF-DC podem ser estipulados pelos proprietários das mercadorias transportadas, desde que os segurados sejam os transportadores. Vale considerar que os seguros de TN e de RCTR-C são obrigatórios conforme estabelece o artigo 20 do Decreto Lei nº 73/66, regulamentado pelo Decreto nº 61867/67. Logo, precisam ser contratados. Já o seguro de RCF-DC é facultativo. Em relação à obrigatoriedade dos seguros é importante alertar que, nesses casos, o não cumprimento do decreto pode acarretar em sanções bastante pesadas, que incluem multas e até o impedimento para exercício da atividade. O Decreto nº 61.867/67 determina em seu Art.2º que “Não poderá ser concedida autorização, licença ou respectiva renovação ou transferência, a qualquer título, para o exercício

Adailton de Oliveira Dias é diretor de Transportes, Sinistros e Planejamento Estratégico da Sompo Seguros

de atividades que estejam sujeitas a seguro obrigatório, sem prova da existência desse seguro”. Já a Lei Complementar nº 126/2007 estipula em seu Artigo 112, que “Às pessoas que deixarem de contratar os seguros obrigatórios, sem prejuízos de outras sanções legais, será aplicada multa de: I – o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação aplicável; e II - nos demais casos, o que for maior entre 10% (dez por cento) da importância segurável ou R$1.000,00 (mil reais)”. Em outras palavras, além dos riscos inerentes à atividade, as sanções podem ser bastante pesadas. Imagine 10% de multa sobre uma carga de valor médio de R$ 500 mil, por exemplo. São R$ 50 mil a menos no caixa da empresa. Em um segmento com margens tão apertadas e sofrendo as consequências da nossa economia nos dias de hoje, uma multa como essa representaria um prejuízo bastante expressivo. Portanto, é importante contar com a consultoria especializada de um corretor de seguros de confiança na hora de definir as coberturas a serem contratadas. Ele é o profissional habilitado a prestar esclarecimentos sobre as opções mais adequadas no mercado para a operação logística. O apoio de soluções de seguros e gerenciamento de riscos prestados por uma seguradora com tradição e know how na área também pode dar a força necessária para vencer essa disputa!

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diversificação Consultoria oferece apoio aos corretores para atuação em nichos específicos como responsabilidade civil Para auxiliar os corretores d e s e g u r o s a s e desenvolverem em ramos específicos, que não são trabalhados pela maioria e, por isso, guardam grandes oportunidades de negócios, em julho de 2016 o executivo Robert Hufnagel fundou a Casualty Assessoria e Consultoria de Seguros, uma assessoria de n e g ó c i o s , c o m diferenciais. Tendo sua carreira desenvolvida em grandes seguradoras n a c i o n a i s e inter nacionais , s empre com atuação em nichos e s p e c í f i c o s , especialmente em ramos de responsabilidades, financial lines, garantia, responsabilidade civil profissional, transportes, e produtos diferenciados como Poluicao e Cyber Liability, Hufnagel encontrou uma forma de atender à lacuna do m e rc a d o p re p a r a n d o o canal de vendas para a diversificação e as oportunidades. “A Casualty quer incentivar o interesse na venda produtos diferenciados, tais como o seguro de RC Geral, E&O, D&O e Entretenimento, por isso apoia o corretor na oferta destes seguros, focando em lucratividade da carteira e na ampliação do mix do portfólio”, afirma. Além de ter a e Berkley como parceira de negócios, em seguro Garantia, D&O e E&O, RC Profissional, RC Geral, entretenimento e transportes, a Casualty firmou aliança com a AIG para atuação nos seguros Aeronáutico, Ambiental, Crédito, Garantia, Patrimonial, Pequenas e Médias Empresas, Linhas Financeiras, Responsabilidade Civil, Transportes, Bens Pessoais e Viagem. “Estabelecemos parcerias diferenciadas e muito próximas, por isso focamos em poucas seguradoras. Realizamos treinamentos nas companhias para mostrar os produtos e diferenciais de comercialização aos corretores de seguros. A intenção é criar um facility, vender para uma associação de classe, ou um grande grupo, criar uma apólice diferenciada”, explica.

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A empresa atua em diferentes frentes para apoio ao corretor de seguros. Objetivando a ampliação de portfólio, garante apoio à força de vendas para buscar novos negócios dentro da sua b a s e a t u a l , n o s n ov o s ramos de seguros. Para que o corretor possa diversificar sua carteira, a empresa oferece treinamentos sob medida, de acordo com a necessidade de cada um, sempre com foco prático e m v e n d a s . Ta m b é m disponibiliza suporte técnico e comercial, por email e telefone, no qual responde às dúvidas dos corretores nos processos de venda de seguros de variados ramos. Completando o leque de serviços, oferece consultoria jurídica para análise jurídica de riscos e sinistros nos seguros. O Grupo Fox Regulação & Auditoria e a Haüptli Advogados Associados são parceiros na consultoria jurídica na área de Garantia e Responsabilidade Civil em geral, e para regulação de sinistros, quando houver. “Ainda não tivemos sinistros, mas temos a parceira para quando precisarmos”, diz Robert Hufnagel. “Devemos também explorar mais a parceira com a Fox e a Haüptli na área de transportes, pois nossas seguradoras parceiras atuam neste ramo”. A equipe Casualty é formada por parceria com profissionais de experiência do mercado de seguros, especialistas na criação de facilities e desenvolvimento de nichos dentro do mercado de seguros. Para ajudar a desenvolver as oportunidades para os corretores, a empresa ainda conta com agência de comunicação que desenvolve peças para atingir o público-alvo, como emails marketing personalizados. “Nós temos consultores com mais de 20 anos de experiência no mercado de seguros, desde técnicos de seguradoras até grandes especialistas em cada ramo. O conhecimento específico nos possibilita desenvolvimento de produtos próprios e a melhor orientação para os corretores de seguros parceiros”, defende.


Oportunidades do mercado brasileiro para atuação nos seguros de RC “Focamos nos produtos de RC, pois é um mercado que está pujante: os consumidores estão buscando se proteger com as diversas formas de seguros de RC, principalmente de D&O e E&O”, sinaliza Hufnagel. Ele lista quatro motivos para os corretores investirem no ramo. 1) Consumidores mais exigentes - Ações Judiciais baseadas no Código de Defesa do Consumidor acarretam indenizações elevadas, que podem ser amparadas pelas apólices de Responsabilidade Civil, preservando o fluxo de caixa das empresas. 2) Instabilidade econômica - As coberturas das apólices de Responsabilidade Civil (Geral, Entretenimento, Profissional, Diretores e Administradores) trazem

tranquilidade às empresas e profissionais liberais, permitindo a atuação mesmo em um cenário econômico desfavorável. 3) Proteção patrimonial - O Seguro de Responsabilidade Civil ampara o contratante pelos danos causados a terceiros, protegendo assim o patrimônio da empresa, bem como os bens dos sócios e administradores, na categoria D&O. Tranquilidade para todos os envolvidos, em qualquer tempo. 4) Maior confiança em produtos e serviços - Uma apólice de Responsabilidade Civil, quando citada em propostas e orçamentos, eleva a confiança dos clientes e pode ser fator decisivo para contratação de novos negócios.

sinistros Armas potentes e alta tecnologia no roubo de carga Os ladrões de carga estão sempre um passo à frente conseguem comprar equipamento inibidor de sinal de rastreador, jammer, altamente potente, (Gps, Gsm, Hspda, 3G, 4G, 5G, 130mhz, 144mhz, 250mhz,400mhz, 600mhz, 880mhz, 1200mhz, 1400mhz etc), que lhes facilitam o roubo de veículos e cargas. O equipamento jammer pode ser adquirido facilmente no Paraguai por cerca de mil dólares, sem qualquer dificuldade passa por nossas fronteiras e fomenta o crime. Os criminosos têm em suas mãos armas

muito potentes (até mais que as da polícia), que aliadas a toda a tecnologia de ponta fazem do nosso País o campeão no roubo de carga. "Há uma urgência para que tenhamos fiscalização adequada e eficaz, bem como legislação apropriada para proibir a entrada e comercialização destes equipamentos no país, pois muitos locais de venda são de conhecimento público", aponta Mauricio França, gerente Loss Prevention da Liberty Seguros

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outra leitura A mulher madura Por bastante tempo, nunca acreditei muito nos alegados benefícios do envelhecimento; sempre achei que poemas, crônicas e estudos sobre as vantagens da maturidade sobre a juventude fossem muito mais um prêmio de consolação do que qualquer outra coisa. Porém, como eu mesma tenho sentido o passar dos anos (e sempre digo que a alternativa que nos resta é a pior), passei a olhar este tema com mais carinho e cuidado. Dia desses um “causo” específico me chamou a atenção. Há alguns meses, nem sei direito porque, estava assistindo a uns pedaços daquele programa do Serginho Groisman, na madrugada de um sábado qualquer. Entre outros convidados estavam lá Malu Mader e Marina Ruy Barbosa. A banda que se apresentava naquela noite era Titãs, que tem o Tony Bellotto, marido da Malu Mader, como um dos guitarristas. Pois bem, os anos passaram também para a Malu Mader, não só para mim. Dá para notar que o viço da pele já não é mais aquele e que o s c a b e l o s tampouco são tão sedosos como quando ela tinha seus 20 e poucos anos. Por outro lado, a Marina Ruy Barbosa reluzia a beleza, viço e brilho nos cabelos. O programa ia seguindo seu rumo sem grandes tropeços quando o apresentador promoveu uma interação maior entre o Tony Bellotto e a Malu Mader. E embora marido e mulher tivessem em seus rostos a passagem dos anos, o olhar com que ele dedicou a música para a esposa e cantou a música para ela, garanto a você, deu inveja em muita gente! Não sei praticamente nada sobre o relacionamento dos dois, mas o que vi foi uma cumplicidade enorme! Antes de serem somente marido e mulher, eles mostraram que eram parceiros na vida. Tanto que ela chorou (mais uma vez) quando a banda fez uma referência ao Marcelo Fromer, integrante da banda falecido em 2001, vítima de um atropelamento estúpido em São Paulo. Ela chorou pelo sentimento do marido, que perdeu um grande amigo naquele evento. Mas o que tudo isso tem a ver com o vigor e a juventude de Marina Ruy Barbosa? Explico: numa das fotos do programa que foi veiculada pelas redes sociais estavam as duas lado a lado. O que vi foi, de um lado uma jovem atriz se equilibrando

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Luciana Miliauskas Fernandes, formada em Processamento de Dados, trabalha atualmente com Controles Internos e Auditoria. Seu hobby é escrever, de tudo um pouco, mas adora mesmo ser uma crítica informal de cinema, que é quando tem a chance de buscar e analisar as curiosidades da Sétima Arte.

em saltos altíssimos, com uma roupa impecável e desconfortável, com o cabelo perfeito e maquiagem ídem, segurando a respiração no sorriso congelado para a foto pegar seu melhor ângulo. Ao seu lado estava uma atriz madura, vestida confortavelmente, exibindo um sorriso natural e mostrando-se extremamente segura com as escolhas que fez pela vida. Além de estar maravilhada com as homenagens recebidas do maridão guitarrista durante o programa. E antes que o ilustríssimo leitor c h e g u e à conclusão de que o que tenho é simplesmente inveja da tal Marina Ruy Barbosa, eu digo que sim, às vezes bem que eu gostaria de ter a firmeza da pele e os quilos a menos dela. Mas também digo que não, que eu jamais trocaria os anos que já p a s s e i p e l a incerteza do que viria. Além disso, tampouco abriria mão do valor que dou ao tempo agora e como, por conta desse valor que dou ao tempo, fui me afastando de pessoas e situações que só me causavam incômodo. Situações que só aguentei por me faltar coragem de dizer não tantas e tantas vezes... Hoje digo não de uma maneira muito mais fácil e bem menos dolorida. Pensando melhor, acho que no contrato que assinamos para viver, deve ter uma cláusula dizendo que aceitamos 50 fios de cabelo branco ou três novas rugas para cada novo aprendizado. O problema é que não lembramos da tal c l á u s u l a e m u i t a s ve ze s p a s s a m o s t e m p o d e m a i s lamentando o passar do tempo. Sem nos dar conta do tempo que ainda nos resta, e que fica cada vez mais e mais valioso. Beijos nem tão sedosos Luciana




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