REVISTA FOX NEWS 11

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edição 11 / março 2018

Gerenciamento de risco com intercâmbio de informações A One Risk Global, mais nova empresa do Grupo Fox, inova na troca de informações do mercado de seguros mundial, possibilitando avanços nas análises e controles de sinistros.

Evento

Bate-papo

Haüptli Advogados & Associados realiza o seminário “Linhas Financeiras e Responsabilidade Civil” com palestrantes de renome para debater as novidades dos segmentos.

Roberto Santos, o vice-presidente executivo que se prepara para assumir a direção da Porto Seguro, fala sobre sua trajetória e os planos de gestão.


GRUPO FOX REGULAÇÃO E AUDITORIA

Transportes (Sindicâncias/Auditorias/SOS Cargas) / Auditoria de Averbação / Patrimonial (Industrial/Comercial/Residencial) / Assessoria Jurídica e Ressarcimento / Riscos de Engenharia / Recuperação de Bens (Cargas/Veículos e Outros) / Auditoria de DPVAT/ Automóvel / Vida / Prestamista / Fiança Locatícia / Garantia de Crédito / Seguro Rural

www.foxaudit.com.br / contato@foxaudit.com.br Fone: 55 11 3858-3234 / 0800 109687


EDITORIAL Grupo Fox

Fox Regulação & Auditoria Av. Francisco Matarazzo, 1752, 17º. andar Pompeia - São Paulo - SP - CEP 05001-200 Telefone (11) 3858.3234 / 3965.9001 E-mail: contato@foxaudit.com.br

Haüptli Advogados & Associados Consultivo / Contencioso Av. Francisco Matarazzo, nº 1752, 24º andar Pompeia – São Paulo – SP - CEP 05001-200 Telefone (11) 4858.3644 E-mail: contato@hauptli.adv.br

Empreendedorismo e inovação constantes O Grupo Fox não para de crescer e se desenvolver. As constantes iniciativas de empreendedorismo e inovação buscam aprimorar nossos serviços, para oferecermos a melhor análise e prevenção de riscos e sinistros. Parece que a cada edição desta revista temos uma nova empresa a apresentar. Depois de mais de 20 anos de tradição da Fox Reguladora de Sinistros, criamos o Grupo Fox, com a ampliação e separação do departamento jurídico, que resultou na Haüptli Advogados & Associados, em atuação apartada da nova Fox Regulação & Auditoria. A terceira integrante do Grupo foi a MedFox, empresa de medicina ocupacional e preventiva, que completava os serviços oferecendo perícias médicas nas análises e prevenções de sinistros. Agora, tornando ainda mais completos nossos serviços, lançamos a One Risk Global, para atuar em gerenciamento com compartilhamento e utilização de informações globalizadas de riscos de seguros. São diversas frentes para possibilitarmos uma análise plena de riscos e, com a demonstração de seriedade, especialidade e compromisso de nossos profissionais,

MedFox Medicina, Odontologia e Perícias Av. Francisco Matarazzo, 1752, 9º andar Pompeia – São Paulo – SP - CEP 05001-200 Telefone (11) 3862-4848 E-mail: atendimento@medfox.com.br

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seguimos crescendo, expandindo nossos quadros e ocupando mais mercado. Nossa integração com o mercado também tem se dado de outras maneiras. Além da nossa tradicional participação em eventos de seguros de transportes, em especial pela nossa parceria com o CIST, ousamos na criação de evento próprio. O Seminário Linhas Financeiras e RC, realizado no segundo semestre de 2017, foi um sucesso e teve o apoio e participação de nossos parceiros seguradores. Estamos planejando a realização de novos encontros, possivelmente em outras praças e levando outros temas à discussão. Essa integração e contribuição ao mercado é visível também com a publicação de mais uma edição da nossa Fox News, e a participação de tantos executivos renomados com artigos e entrevistas concedidos para nossa equipe. É grande satisfação e orgulho seguirmos crescendo de maneira sustentável e com valiosos relacionamentos profissionais. Esteja conosco! Boa leitura!

Paulo Rogério Haüptli Alexandre Massao

Sócios da Fox Regulação & Auditoria

Produção Fox News OneRisk Global Av. Francisco Matarazzo, 1752, 5º andar Pompeia – São Paulo – SP - CEP 05001-200 E-mail: info@onerisk.global

Thaís Ruco - jornalista responsável Mtb 49.455 thais@thaisruco.com.br Felix Ryu - projeto gráfico - Teckel Design felixryuinoue@gmail.com


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SUMÁRIO

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Editorial Empreendedorismo e inovação constantes

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Seguro ambiental Responsabilidade ambiental do transportador de cargas

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Evento Seguradores participam do Seminário Linhas Financeiras e RC da Haüptli Advogados & Associados

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Grupo Fox na Mídia Seguro garantia e RC em crescimento

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Contratações Mais profissionais passam a integrar a Haüptli Advogados & Associados

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Bate-papo Futuro presidente da Porto Seguro fala de sua trajetória e foco de gestão

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Capa Gerenciamento de risco com intercâmbio de informações

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Capa Fox Regulação & Sinistros oferece nova linha de consultoria sobre riscos de engenharia

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Regulação Commodities X Sinistros de máquinas e equipamentos

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Transportes Resseguro no Segmento de Transportes

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Tendências As promessas de 2018 para o mercado segurador

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Vida Seguro de pessoas foi destaque em 2017: pela primeira vez o ramo vida superou automóvel

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Eventos Grupo Fox e Haüptli Advogados expõem seus serviços durante 5º Simpósio ExpoCIST

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Saúde Prevenir é o melhor remédio

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Mercado Companhia aposta em crescimento planejado e sustentável

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Eventos Grupo Fox reúne colaboradores de suas empresas em grande festa de confraternização

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Cultura do seguro O valor da proteção num país em crescimento

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Qualificação Curso de pós-graduação em transportes inicia segunda turma

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Análise Infraestrutura e multimodalidade: exigências brasileiras para uma logística eficaz

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Jurídico O importante papel de um departamento jurídico interno e seus desafios frente à sociedade

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Mercado O maior Conec de todos os tempos

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Estratégia Seguradora internaliza área de assistência 24 horas e amplia empregos

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Língua afiada “Esse corretor mais atrapalha do que ajuda”!

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Riscos Estudo global aponta riscos ambientais e tecnológicos como os mais temidos para 2018

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Automóvel Seguro: veículos autônomos e drones

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Representatividade CIST terá nova diretoria para a gestão 20182021

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Outra leitura Nós e eles


SEGURO AMBIENTAL

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Responsabilidade ambiental do transportador de cargas Sustentabilidade e meio ambiente são temas das agendas corporativas em todo o mundo e o seguro ambiental é uma importante ferramenta de transferência de riscos “from cradle to grave” (“do início ao fim”). No Brasil, o seguro de riscos ambientais na maioria das vezes se resume ao seguro de responsabilidade civil poluição súbita. Essa poluição é entendida como um evento acidental, súbito e repentino caracterizado por emissão, descarga, dispersão, desprendimento, escape, emanação ou vazamento de substância tóxica ou poluente. As empresas com atividades potencialmente poluidoras contratam o seguro de RC poluição súbita para cobrir danos pessoais ou materiais causados a terceiros, além de custas de possíveis processos na Justiça e despesas para a análise, identificação e tratamento dos riscos ambientais. Vivemos, no Brasil, a fase de divulgação e conscientização, o que resulta na percepção do risco. Nos últimos anos tem havido aumento significativo da sinistralidade e consequente demanda no produto de transporte e por isso vemos a atuação dos órgãos ambientais e legislação em constante evolução. São poucas empresas especializadas no atendimento emergencial com ampla abrangência territorial e a forma de operação no sistema de corresponsabilidade traz novos riscos e novas demandas.

Há diversos segmentos empresariais que necessitam da proteção e benefícios do seguro de risco ambiental para a realizarem a sua produção e/ou circulação de mercadorias. Isso não significa que exista uma larga procura pelo seguro – ainda. O aumento dos negócios em escala global tem servido de alavanca para impulsionar o número de contratações, seja porque uma maior quantidade de tarefas eleva a probabilidade de acidentes ambientais, seja porque o seguro pode ser um diferencial competitivo de uma empresa perante a concorrência. Os três principais setores do mercado que mais contratam o seguro de risco ambiental em função dos riscos que apresentam e do eventual impacto internacional de seus acidentes são: 1) Indústrias químicas e petroquímicas, pelo gigantesco potencial de sinistros ambientais gerados por suas atividades que podem resultar em vítimas fatais e danos materiais em alto número; 2) Minério e siderurgia, pois fora a degradação ambiental provocada pela extração mineral propriamente dita, outro motivador para manter riscos seguráveis é o constante aumento de produção devido às exportações; e 3) Transporte de mercadorias lesivas ao meio ambiente, pelos perigos de acidentes em função das péssimas condições de nossas estradas, de frequente imprudência no trânsito e do erro humano, estimulado por muitas horas extras de trabalho. O seguro de riscos ambientais não é obrigatório no Brasil. Como é difícil delimitar situações potencialmente causadoras de sinistros ambientais, mais difícil ainda é estabelecer coberturas padronizadas para os riscos. Não existe, a princípio, seguro de riscos ambientais de

Paulo Rogério Haüptli é fundador do Grupo Fox, advogado titular do escritório Haüptli e Associados, professor universitário e da pósgraduação em seguros de transportes da Escola Nacional de Seguros, além de ministrar treinamentos para seguradoras.

prateleira em qualquer parte do mundo. Os Estados Unidos apresentam avanços no que diz respeito à responsabilização por danos ambientais e na Europa os seguros para riscos ambientais ainda ficam muito a dever. Os aspectos checados para identificação, análise e avaliação de riscos em um acidente ambiental podem variar. Dependo da extensão do sinistro, os especialistas contratados pela seguradora verificarão, essencialmente, a adequação dos sistemas de proteção, dos planos de emergência e de contingência, bem como a manutenção dos equipamentos e dos edifícios; processos operacionais; e segurança patrimonial. A apuração de causas é fator preponderante quando um sinistro é sobrevindo, mesmo porque poderá existir a coparticipação de outras empresas na produção dos danos havidos, as quais nem sempre estarão seguradas pelo mesmo tipo de seguro. A valoração dos danos ambientais é assunto de difícil materialização, mas não impossível, segundo a tecnologia atualmente adotada e composta por vários métodos científicos, em franco desenvolvimento e evolução. Todos os levantamentos realizados geram relatórios e inclusive podem servir de base de recomendações, visando também a uma diminuição dos riscos e tomada de medidas protetivas, cujo objetivo é a renovação do seguro. Os sinistros ambientais sempre oferecem lições para a subscrição, em todos os sentidos e ramos de seguros.


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EVENTOS

Seguradores participam do Seminário Linhas Financeiras e RC da Haüptli Advogados & Associados A Haüptli Advogados & Associados, escritório especializado em Direito Securitário pertencente ao Grupo Fox, coordenou o seminário “Linhas Financeiras e Responsabilidade Civil”, que aconteceu no dia 17 de outubro de 2017, das 9h às 12h, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo Foram três painéis apresentados por executivos renomados de seguradoras, e que contaram com debates dos advogados Dr. Bruno Gusmão e Dra. Thalita Graciolli, da Haüptli Advogados & Associados. Rogério dos Santos Gonçalves, diretor de Garantia da Axa Brasil Seguros, apresentou o “Cenário atual do Seguro Garantia”. Luiz Gustavo Ferreira Galrão, superintendente de Linhas Financeiras e RC da Argo Group Seguros, falou sobre “A importância dos Seguros de Responsabilidade Civil voltados ao setor da Construção Civil”. E, no fechamento, José Marcelino Risden, presidente da Berkley International do Brasil Seguros, explicou “O mercado de Seguro Garantia em tempos de crise”. O diretor da empresa, Paulo Rogério Haüptli, defende que foram selecionados palestrantes de renome em Linhas Financeiras e RC, no intuito de promover debates sobre as atualidades dos segmentos, entre seguradores, corretores de seguros e advogados especializados participantes do evento. Para a participação foi solicitada doação de um quilo de alimento não perecível (entregue no dia e local do evento), destinado à “Associação Beneficente Vivenda da Criança”. Devido ao sucesso do evento e à procura de outros parceiros da Haüptli Advogados & Associados em atuar como palestrantes, haverá novas edições de seminários. O próximo está programado para o mês de junho de 2018, reunindo mais uma vez profissionais de renome do setor.


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GRUPO FOX NA MÍDIA

Seguro garantia e RC em crescimento O Seminário Linhas Financeiras e Responsabilidade Civil, realizado pela Haüptli Advogados & Associados, foi destaque na Revista Apólice, em uma matéria de duas páginas que compartilhou a informação: “Seguro Garantia deve retomar o fôlego”.

CONTRATAÇÕES Mais profissionais passam a integrar a Haüptli Advogados & Associados Italiano (Nível básico). Áreas de atuação: Direito Administrativo, Direito Civil e Direito do Seguro. Contato: carolina.naves@hauptli.adv.br

Carolina Naves Magalhães Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), pós-graduada em Direito Público pela Faculdade Damásio de São Paulo e pós-graduanda em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Membro da Associação Brasileira de Direito Tributário Jovem (ABRADT Jovem). Voluntária da Associação “Il Mantello” (Associação Italiana de Adoção Internacional). Idiomas: Inglês e

Alexsander Guilherme Carrocine Ferreira Cursa o sétimo período noturno do curso de Direito, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Gabriela Rocha Graduada em Direito pela Universidade Nove de Julho. Fluente em inglês. Áreas de atuação: Direito Civil, Direito do Consumidor e Direito do Seguro. Contato: gabriela.rocha@hauptli.adv.br

Contato: guilherme.ferreira@hauptli.adv.br


A Haüptli Advogados & Associados é um escritório de advocacia dotado da expertise consultiva e contenciosa necessária ao atendimento do mercado segurador.

Áreas de atuação: Ÿ Seguro Garantia; Ÿ Responsabilidade Civil, D&O e E&O; Ÿ Ressarcimntos na esfera

administrativa e judicial.

www.hauptli.adv.br


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BATE-PAPO

Futuro presidente da Porto Seguro fala de sua trajetória e foco de gestão Roberto de Souza Santos, vice-presidente executivo da Porto Seguro Seguros, passa pelo processo de sucessão para assumir a direção da empresa, o que acontecerá este ano, mas ainda sem data anunciada. Possui 56 anos de idade, e 38 de atuação em seguradoras, sendo 15 na Porto Seguro. Carioca, ainda vai se mudar com a família para São Paulo, para assumir o novo e grande desafio. Ele fala sobre sua trajetória e os planos de gestão, que resume em dois pontos: proximidade com os parceiros corretores e simplificação de processos.

melhor de se encarar o que acontece. Com essa mudança acabei indo para a área comercial, como diretor geral da Finasa Mercantil de São Paulo, responsável pela operação no Rio de Janeiro e depois também Minas Gerais – tive contato com a área de vendas e gostei do negócio. Depois de três anos recebi convite para trabalhar em uma empresa multinacional

Conte sua trajetória no mercado de seguros. Roberto Santos – Comecei minha carreira na matriz da SulAmérica, no Rio de Janeiro, em 1980 como auxiliar de escritório, trabalhando na área de seguro de vida. Ali comecei minha carreira e nunca almejei chegar na posição que estou hoje. Fiz parte da formação de técnicos de seguros, trabalhei em diversas áreas técnicas na seguradora, e em sinistros também. No fim de 1989, eu estava como gerente de cascos e aeronáutico, mas achava que não havia mais espaço para mim na empresa e então pedi demissão. Fui trabalhar como gerente geral técnico na matriz de uma seguradora pequena chamada Boa Vista Itatiaia, que era do banco Boa Vista. Na primeira empresa eu era uma pequena engrenagem, dentro de cada área pela qual passei não conseguia ver o todo, e na segunda comecei a ter a competência da visão sistêmica, conhecer plenamente como uma companhia funciona. Depois de três anos a companhia foi vendida, mas 30 dias eu estava empregado novamente. Aprendi, na vida, que tudo tem uma forma

praias de Niterói, onde eu morava, assim praticava inglês o dia inteiro de graça. Depois de quatro anos recebi o convite para trabalhar na Generali, cuidava tanto de venda, como de área técnica, como de sinistro – ou seja, seguro de cabo a rabo. De lá recebi convite para ir para a francesa Axa, voltei para a área de vendas, e fizemos um trabalho de arrumar a companhia. Depois a matriz resolveu vender a operação no Brasil e foi a Porto Seguro que comprou. Na Porto eu encontrei minha empresa, me identifiquei com toda a cultura. Como foi o desenvolvimento profissional na Porto Seguro?

chamada General Access (GA). Quase não deu certo porque eu não falava inglês, antigamente isso era para filho de rico, eu filho de torneiro mecânico não tinha tido oportunidade, mas tinha o sonho de falar o idioma e me comprometi a aprender. Fazia aula particular na empresa e nos sábados levava os professores, que eram nativos do EUA, para passar o dia nas

Roberto Santos – Entrei através da aquisição da Axa Seguros, fiquei logo no início como diretor geral da Azul Seguros. Construímos uma estratégia de ser o segundo preço da Porto Seguro, preferida dos corretores e consumidores, sendo um produto mais leve com preço mais competitivo – a ideia era oferecer primeiro Porto e se não fosse fechar oferecer a Azul. A companhia naquela ocasião tinha 247 funcionários e 80 mil itens, hoje tem 510 funcionários e 1.900.000 itens. Foi um case de sucesso, passei algumas barreiras com disrupção, até que certa ocasião o Fabio Luchetti (atual presidente) me convidou para assumir a diretoria de Operações da Porto Seguro, acumulando com a Azul. Eu ficava na matriz da Azul no Rio de Janeiro e dois dias por semana em São Paulo, cuidando de toda a parte de emissão, expedição, tarifadores, todos os ramos. Foi muito bom acumular estas funções pois pela área de Operações passei a conhecer a


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Porto Seguro nos detalhes. Na sequência fui convidado para assumir uma das cinco diretorias gerais, e com isso assumi também as áreas de saúde, odonto e saúde ocupacional. Nunca tinha trabalhado com saúde, uma área complexa, e hoje temos números bem redondos, bastante impressionantes em relação ao mercado. Em 2016 deixei a Azul e assumi a parte de riscos patrimoniais e financeiros da Porto Seguro – residencial, empresarial, transportes, agronegócio, riscos financeiros, fiança, garantia, capitalização, consórcio. Ou seja, passei pela companhia toda. E mais recentemente assumi a vice-presidência executiva. E como foi receber o convite para ser o próximo presidente de tão importante companhia? Roberto Santos – Na Porto Seguro temos por meta que os executivos devem trabalhar até os 63 anos, e eu que estava com tantas funções pensava se ia aguentar este tranco até esta idade. Em abril do ano passado estive na fazenda do Dr. Jayme Garfinkel (acionista e presidente do Conselho da empresa), ele sempre leva dois executivos por vez para passar um dia com ele, neste dia fui sozinho porque o outro teve um problema, e ele perguntou o que eu pensava para o futuro. Falei que não queria parar com 63, pensava em parar um pouco antes, apesar de ter me encontrado na empresa estou há 15 anos, talvez pudesse desacelerar. Minha família ainda não se mudou para São Paulo, mas há muitos anos eu passo a semana em São Paulo e no fim de semana volto para o Rio. Também sou presidente do sindicato patronal das seguradoras no Rio de Janeiro e Espírito Santo há alguns anos, e transito em entidades como CNseg, Susep. Em junho, o Fabio Luchetti me chama para jantar na casa dele e me faz o convite. Eu fiquei sem entender, há dois meses estava falando com Jayme de desacelerar. Foi uma decisão difícil porque não estava nos meus planos, tive que conversar com minha esposa. Mas eu que comecei como auxiliar de escritório, não podia recusar uma posição tão nobre na minha carreira, de ser o executivo que irá tomar conta de uma seguradora como a Porto Seguro. Basicamente, a ideia de parar aos 63 anos foi por água abaixo. Quando eu pensava

em desacelerar um pouco minha carreira, recebi este convite de ser a pessoa que vai guiar a companhia pelos próximos anos. Como está sendo o processo de sucessão? Roberto Santos –. Dentro do processo orgânico de transferência de comando eu vou assumir a companhia, não temos uma data certa ainda, mas deve ser em 2018, estou sendo preparado para isso. Vou colher os frutos plantados pelo meu antecessor Fabio Luchetti, que é o atual presidente da companhia, que fez um trabalho brilhante, levou a empresa para um outro patamar, e deixou muitos recursos em caixa. Estou em processo de transição, tendo reuniões semanais com Fabio Luchetti, e Jayme Garfinkel. Também estou fazendo coaching para complementar as características importantes para um presidente que ainda não tenho. Estou trabalhando minha ansiedade, sou ansioso em fazer as coisas acontecerem e na minha nova posição terei que andar com a equipe, não posso fazer tudo sozinho. O que vem pela frente com sua gestão, existe alguma característica do seu trabalho? Roberto Santos –. Meu trabalho vai ser atuar muito na questão de processos da empresa e dar continuidade à parte de relações, acho que tem muita coisa para se fazer para dar mais leveza em nossos processos, tirar a complexidade das coisas, para que seja mais fácil a comercialização dos nossos produtos, este será um ponto forte de nossa gestão. Outro ponto importante também, e que é característica minha, eu tenho muita habilidade em lidar com o corretor de seguros, gosto disso, então acredito que vou atuar bem próximo apoiando a linha de produção. Estrategicamente faz sentido, investimos muito em estrutura e infraestrutura na companhia, então agora precisamos fazêla dar um outro salto no mercado segurador brasileiro, e no mercado de serviços no país. A minha função vai ser muito ligada a fazer negócios, daí a necessidade de estar perto do corretor. Acredito que um gestor não consiga levar nenhum negócio à frente

se não souber trabalhar com pessoas e processos. Defendo muito esses dois pilares, toda minha carreira foi pautada nisso, não sei trabalhar de outra forma, e é onde vou investir na Porto Seguro: proximidade com os parceiros e simplificação de processos. A Porto Seguro se desenvolveu muito e, com isso, se tornou um tanto complexa. Precisamos de simplicidade no modo de fazer as coisas, é quase um resgate do passado. Meu perfil como executivo é ser mais pragmático, implantar processos simples. Então você vai manter a característica da Porto Seguro de prezar a parceria com o corretor de seguros. Roberto Santos –. O relacionamento é uma das diretrizes mais importantes da Porto Seguro – dentro da nossa linha de condução, da nossa cultura, a questão do relacionamento é fortíssima. O corretor de seguros é e vai continuar sendo o nosso canal de distribuição, não existe empresa no mercado segurador que se dedique tanto ao corretor de seguros como a Porto Seguro. Apoiamos totalmente o corretor que está iniciando, da mesma forma apoiamos os corretores que já estão produzindo. O bom atendimento, o tratar bem, fazem parte do nosso DNA, estão muito presentes em nossa cultura e há uma dedicação grande para isso. E, é claro, o relacionamento com o corretor faz parte da excelência no atendimento. Por isso, gosto muito de estar na rua, de escutar o corretor, que está na ponta com o cliente, onde as coisas acontecem. Com o corretor está a verdade, está o aprendizado, se ficar dentro da sala no ar condicionado as coisas não evoluem. Dentro dessa linha de relacionamento a Porto Seguro se preocupa com a saúde do negócio corretor, e uma das formas que entendemos para o corretor ter longevidade e se perpetuar é justamente tendo mais produtos à disposição. Até telefonia celular nós temos hoje, o Conecta. Tudo isso sempre tendo em mente que apenas criamos produtos que possam ser distribuídos pelo corretor de seguros, essa é nossa linha, qualquer produto tem que ser prioritariamente comercializado pelo corretor.


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CAPA

Gerenciamento de risco com intercâmbio de informações

A nova empresa do Grupo Fox empreende aprimorando a troca de informações sobre riscos no mercado de seguros mundial, possibilitando avanços nas análises e controles de sinistros. Em fevereiro de 2018 entrou em operação a One Risk Global, mais nova empresa do Grupo Fox. Junto às empresas Fox Regulação & Auditoria, Haüptli Advogados e Associados e MedFox, a quarta empresa do Grupo vem completar a engrenagem de serviços para uma análise plena de riscos. “O gerenciamento de riscos feito de forma mais precisa é aquele que possui uma análise multidisciplinar. Não adianta apenas, por exemplo, enviar um engenheiro para analisar um galpão sinistrado, se não tiver o apoio de um advogado para analisar também os reflexos legais, se a estrutura está de acordo com a legislação ambiental, civil e construção civil. São equipes multidisciplinares que vão trabalhar juntas para dar o suporte”, afirma Bruno Gusmão Lacerda, advogado do Grupo Fox. Assim, a nova empresa é formada por

especialistas com larga vivência no setor de engenharia de risco, subscrição, regulação e fraude de sinistro, bem como profissionais com expertise na área de tecnologia da informação.

gerenciamento de riscos e mais de 10 em vigilância particular, força armada e polícia. Sua última atuação foi como engenheiro de riscos industriais para a América Latina da HDI-Gerling. “Engenheiro com formação e atuação na Europa, Jan tem técnicas diferenciadas para fazer este tipo de trabalho aqui no Brasil”, defende Dr. Bruno.

“Além dos profissionais contratados especificamente para a One Risk Global, a ideia é que todas as empresas do Grupo trabalhem em conjunto, com contribuições e análises distintas. Pode ter um caso que precise do trabalho de advogados, e de reguladores de sinistros. Outro, em que seja necessário que médicos deem seus pareceres. Tudo é possível quando se fala em gerenciamento, porque tudo hoje em dia envolve riscos”, afirma o advogado. A empresa nasce da parceria com o executivo alemão Jan Oliver Mollien, que assume como sócio fundador e especialista técnico, e tem mais de 20 anos neste mercado – 10 anos em

Jan Oliver Mollien, sócio fundador e especialista técnico da One Risk Global


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cenários diferentes”, pondera Jan Oliver Mollien. “Por exemplo, os Estados Unidos têm uma grande experiência em prevenção de incêndio, mas o México tem um vasto conhecimento em prevenção de roubo, pois lá a necessidade é maior. Na Holanda há uma grande experiência com alagamento e construção de diques. Cada país tem muito que aprender com as experiências dos demais países”, afirma.

Bruno Gusmão Lacerda, advogado do Grupo Fox “Para mim não existe um país melhor ou pior no que se diz respeito a gerenciamento de riscos. O que ocorre é que cada país tem experiências e

Na maior parte das vezes não é necessário o desenvolvimento de novas normas e regras, mas sim a transferência dos conhecimentos existentes de outros países que, em sua maioria, são mais econômicos e mais vantajosos. A One Risk é uma empresa que tem ferramentas que simplificam a comunicação e o gerenciamento de risco entre seus agentes. “Iremos trazer informações específicas

de cada país e disponibilizar aos outros. Criaremos um banco de dados com todas as informações de risco do mercado, cruzando estes e gerando novas informações e análises para melhora dos riscos específicos de cada cliente nosso”, garante o especialista. “Serão implantados sistemas para computadores e smartphones que funcionarão em diversas línguas, assim melhor atendendo e integrando as informações para as empresas no mundo todo. Como iremos trabalhar com empresas de vários países, iremos facilitar a comunicação, compartilhando o risco em uma base internacional”, conta Jan. Público-alvo A One Risk Global não presta serviços apenas para o mercado segurador, mas oferece suporte para empresas em geral. “É uma empresa de gerenciamento e análise de riscos, que oferece expertise


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CAPA

em gerenciamento e prevenção de riscos, que não irá atender somente seguradoras, mas tem o diferencial de poder também atender uma empresa que deseje melhorar o seu risco. Isso é uma novidade no Brasil, pois se as empresas ainda não têm completa cultura do seguro, têm menos ainda sobre prevenção e gerenciamento de riscos. Aqui se pensa muito em remediar, depois que um sinistro ocorre, e a ideia será prevenir antes de tudo”, afirma o advogado Bruno. Focada no desenvolvimento de soluções de tecnologia da informação, a One Risk Global traz soluções inovadoras no gerenciamento de risco e na inteligência de negócios para o mercado segurador, ressegurador, logístico e para o setor industrial, comercial e de serviços. “Somos uma empresa com o objetivo de ajudar as organizações a minimizarem suas perdas e construir resultados excepcionais pelo aperfeiçoamento de

seus sistemas de gestões”, resume Jan. Entre as empresas que já estão sendo atendidas, além das seguradoras clientes do Grupo Fox, estão uma montadora de veículos, uma empresa de lubrificantes automotivos e uma empresa de commodities. Um dos primeiros casos com a atuação da One Risk Global foi em uma fiscalização que analisou as sacas de café de uma empresa de Genebra que importa café brasileiro, e estas ficavam armazenadas em um galpão que apresentava problemas e vazamentos que destruíram parte da produção. A empresa deu o parecer do que ser feito no galpão para melhorar e evitar que o problema aconteça novamente. Na primeira fase a empresa está oferecendo atendimento em marine e property, em seguida irá abrir para os demais segmentos de seguros. “Vamos criar um banco de dados com todos os dados de riscos do mercado e, cruzando

estes dados, teremos novos extratos e análises para melhorar o risco. Hoje em dia cada seguradora tem várias linhas de atuação – property, marine, liability etc – e cada área é separada. Em um cliente grande, como uma montadora de veículos, existem todas as linhas dentro da empresa. Para ele é um risco somente, mas a seguradora está olhando cada risco com um departamento. A One Risk Global vai fazer um banco de dados integrado, que engloba todos os riscos inerentes à atividade da empresa. O segurado não precisa informar várias vezes sobre o risco, somente uma, e a partir deste momento a informação fica pronta no sistema. Estamos trabalhando para que o sistema faça uma análise automatizada, colocando em comparação com as normas de cada país”, conta Jan. “Com a nova empresa, abrimos o mercado internacional para a auditoria da Fox também, oferecendo o nosso serviço do Mercosul para empresas do exterior”.

Atuação globalizada para melhorar riscos de empresas de todos os países Cenário O mundo está mudando mais rápido do que nunca e as informações tornam-se cada vez mais importantes para liderar empresas multinacionais para o futuro. Dificuldades Todos os empresários de todos os setores de negócios em todas as funções de gerenciamento sabem exatamente o que significa obter milhares de informações não estruturadas todos os dias. Cada informação deve ser coletada, analisada e interpretada, o que consome grande parte do valioso tempo de trabalho. As empresas são confrontadas com uma avalanche de informações que fornecem mais informações do que são capazes de processar. Isso resulta em uma sobrecarga de informações, que traz problemas

consideráveis para o bom desempenho das empresas em seus processos. Quando se trata de negócios internacionais, o complexo processo fica ainda mais complicado devido às diferenças culturais e linguísticas, falta de experiência internacional e restrições com base na nacionalidade. Os malentendidos podem resultar em atrasos, equívocos e perdas financeiras para as empresas. Solução As seguradoras, as resseguradoras, os corretores e os gerentes de risco das empresas em todo o mundo buscam informações precisas para realizar uma melhor análise de risco, dando aos seus acionistas e partes interessadas melhores resultados e controle adequado do nível de risco.

A One Risk Global chegou para fornecer às empres as de todo o mundo a ferramenta necessária para reduzir o nível de risco, oferecer maior flexibilidade, informações regionais, padrões de segurança e muito mais.


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CAPA

Fox International oferece nova linha de consultoria sobre Loss Prevention O Grupo Fox, que atua no mercado segurador da América Latina há 23 anos, em diversos ramos, como marine, property, máquinas e equipamentos, automóvel, vida, engenharia do risco, ressarcimentos, perícias entre outros, tem a honra de informar que agregou à sua já experiente equipe de engenheiros da Fox International o executivo alemão JanOliver Mollien. Engenheiro Civil e mestre com tese em prevenção de perdas e incêndio na Europa, Jan-Oliver Mollien foi oficial do Exército Alemão, com atuação e experiência em loss prevention consulting, gerenciamento de riscos e segurança em todos os continentes. O executivo vem contribuir com seu vasto conhecimento e aplicar suas técnicas não só no Brasil, mas também em todos os mercados que necessitarem de assessoria. A Fox International está focada em atendimentos de alto padrão nos casos de prevenção de perdas para clientes nacionais e internacionais em as América. “Desde o primeiro dia de operação recebemos diversas solicitações de serviços - a maioria dos contratos são de empresas multinacionais da Europa e EUA, com projetos no Brasil, México, Colômbia e Paraguai. Esta expertise da Alemanha aliada com a realidade do Brasil e países da América Latina faz com que os americanos e europeus possam desenvolver seus projetos com maior segurança”, afirma Jan-Oliver.

Esses projetos já estão sendo realizados, tais como inspeções de riscos diversos para companhias de seguros e demais empresas, nas áreas de Marine, Property, P&C etc. “Um pequeno exemplo: inspeções em cargas pesadas (itens que causam os maiores gargalos), transporte de alimentos, plantas de empresas petroquímicas, fornecedores automotivos, varejistas de artigos de consumo, galpões de commodities e projetos em execução que incluem análise de roubo de cargas, com prevenção de riscos”, diz. Segundo o especialista, o que os clientes apreciam na Fox International é o suporte rápido e individual, bem como o profundo conhecimento prático nas variadas linhas de negócios que foram adquiridas e aperfeiçoadas ao longo das mais de duas décadas de experiência. Além disso, Jan-Oliver Mollien, que já trabalhou em projetos na América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia, agrega sua vasta experiência internacional ao Grupo Fox, que tem participação intensa no mercado latinoamericano. Essa combinação oferece às empresas fora das Américas um profundo acesso a importantes informações. O Grupo Fox mantém outras empresas, como Haüptli Advogados, MedFox e OneRisk, que trabalham juntas e oferecem serviços nos mais diversificados ramos aos seus clientes, ou seja, essa união de profissionais de diversas áreas técnicas leva aos clientes a certeza de um trabalho completo.

“Nas análises de engenharia do risco realizamos toda a parte técnica necessária para prevenção do risco, porém, a expertise da equipe de engenharia vai além do trabalho, contando com experiência suficiente para mostrar outros riscos, tais como segurança do trabalho, risco de responsabilidade civil, risco ambiental, riscos à saúde e outros não menos relevantes. Nossa filosofia é apontar importantes informações que darão suporte diretamente ao seguro e às empresas em geral, no sentido de minimizar os riscos do negócio, protegendo os recursos financeiros para continuidade aos seus projetos. A Fox International surge para o mercado como forte ferramenta de informações, visando maior assertividade nas operações dos clientes”.

Imagens registradas por peritos do Grupo Fox durante a atuação na nova linha de negócios.


REGULAÇÃO

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Commodities X Sinistros de máquinas e equipamentos As safras de grãos ano após ano batendo recordes, tanto em volume produzido quanto em áreas plantadas, além de ser o maior produtor de açúcar do mundo, colocam o Brasil em destaque no cenário mundial de commodities. Clientes como China, Estados Unidos, União Europeia e até o Oriente Médio garantem o destino de boa parte da produção de soja, milho, arroz, feijão, algodão, café, entre outros. Com a ajuda do agronegócio como um todo e do consumo interno das famílias, existem especialistas acreditando que o setor deverá ser o principal responsável pela quebra da recessão econômica. Para que a roda continue girando, cada vez mais se faz necessário o investimento em tecnologias e mecanização da produção, a qual não é um privilégio apenas dos grandes produtores, mas também do pequeno agricultor. Pouco tempo atrás havia apenas uma safra ao ano, atualmente são duas (safra e safrinha), mas para algumas culturas já se ouve falar na possibilidade de uma terceira safra. Com isso aumentam os turnos de trabalhos para dar conta da produção e, consequentemente, surge a necessidade de novas aquisições

máquinas, que ocorrem não só pelos desgastes de peças, mas também pelas perdas definitivas.

Alexandre Massao é sócio-diretor do Grupo Fox Regulação e Auditoria

Diante dos fatos acima mencionados é importante destacar a elevação dos sinistros de máquinas e equipamentos. Incêndio, furto e roubo são reclamações constantes. Na regulação de sinistro é muito comum encontrarmos situações em que a extrema utilização gera perda total do maquinário. Quando o normal seria a utilização de um a dois turnos, verificamos casos em que a mesma colheitadeira era operada por três funcionários em turnos de 8 horas, ou seja, 24 horas de utilização praticamente contínua. Sendo que o recomendável seria a cada período de utilização o equipamento passar por procedimento de resfriamento, manutenção e principalmente limpeza. Esta última é a mais importante, pois, a máquina operando em temperaturas altíssimas faz com que os resíduos das colheitas, como pequenos galhos, folhas e sobretudo palhas acumuladas se transformem em agentes de combustão, agravando o cenário quando em contato com acelerantes como lubrificantes ou combustíveis dando início ao incêndio.

influencia nos sinistros de furto e roubo de máquinas e equipamentos, tais como tratores, motoniveladores, pás carregadeiras, escavadeiras e retroescavadeiras. Os trabalhos de sindicância comumente solicitados nos revelam inúmeras situações que retratam a subtração de maquinários ou supostas subtrações. Podemos citar os seguintes: Ÿ

Quadrilhas especializadas em furtar e roubar máquinas e revende-las para pequenos produtores;

Ÿ

Abertura de sinistro de roubos de equipamentos que na verdade estão locados e sublocados;

Ÿ

Transferências de máquinas para zonas rurais de outros estados e posteriormente registro de ocorrência no estado de origem, dificultando a localização;

Ÿ

Reclamação de sinistro de equipamento que se mantém na fazenda, porém, com remoção e alteração de plaqueta de numeração de motor, visando dificultar identificação do perito.

O aumento da produção agrícola também

Enfim, são inúmeros casos que merecem atenção redobrada da sociedade seguradora, assim como das reguladoras e assessorias de sinistro.


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TRANSPORTES

Resseguro no Segmento de Transportes Existem apólices de seguros de transportes celebradas para um único embarque – “single shipment” – comumente utilizadas por empresas que possuem pequeno volume de embarques, ocasião em que a contratação de uma apólice aberta não compensa pelo volume não ultrapassar o prêmio mínimo usualmente cobrado pelas seguradoras. Os pré-requisitos e volumes exigidos para que uma apólice aberta seja economicamente viável são relativamente baixos, resultando que o mercado de seguros de transportes é praticamente formado por essa modalidade. As apólices abertas são classificadas como risco decorrido na medida em que a cobrança de prêmio é efetuada após a ocorrência dos embarques. Existem dois tipos de cobrança possíveis nessas apólices de transporte: as ajustáveis e as averbáveis. As ajustáveis são celebradas com uma expectativa de faturamento e/ ou movimentação, a qual aplicada a taxa determinada no contrato de seguro resulta no prêmio para o período que pode ser pago integralmente, ou não. É emitido um endosso ao término de vigência ajustando o volume movimentado previsto com o realizado, cobrando ou restituindo a diferença de prêmio se assim convencionado. As averbáveis, por sua vez, possuem a cobrança periódica através da aplicação da taxa do seguro, que pode variar por percurso, limite, mercadoria, dentre outros. A periodicidade e obrigatoriedade da declaração varia de produto a produto podendo ocorrer antes do início do risco, diariamente, mensalmente etc. Decorre que quando analisamos apólices abertas de seguro de transportes estamos tratando não de um embarque, mas sim de um conjunto de embarques com características distintas de acordo com o perfil

do cliente. Seguros de Transportes Nacional e Internacional, por envolverem um embarcador específico e em este sendo uma indústria, implicam que existe um fluxo de mercadorias e matérias primas com características similares e com rotas melhor definidas. Transportadoras, por sua vez, costumam operar com diferentes embarcadores e possuem maior diversidade de rotas dificultando ações de gerenciamento de risco e modelagem do risco quanto a exposições. A variação do risco pode ocorrer no curso da vigência, como por exemplo a inclusão de um novo cliente implicando em uma nova mercadoria que pode agravar todos os embarques. Imagine uma mercadoria de alto valor agregado, pronta para o consumo, de fácil comercialização e de pequeno tamanho inserida no decorrer da vigência em uma operação sem mercadorias dessa natureza. A inclusão dessa mercadoria acaba por agravar todas as outras se transportada no mesmo veículo ou armazenada no mesmo local.

Domingos Pozzet ti, especialista em Transportes da ARXRe Corretora de Resseguros, atuou por mais de 10 na área de transportes em seguradoras. É engenheiro químico, pós-graduado em Gestão de Seguros e Previdência Privada.

de uma taxa média e posteriormente a aplicação um desconto comercial, que variará de acordo com o tipo de mercadoria e medidas de gerenciamento. Outra análise comumente realizada pelas seguradoras é a de “Burning Costs”, ocasião em que são levados em consideração o total de sinistros e a exposição do ano anterior e a movimentação prevista para o próximo ano a taxa a ser comercializada e a projeção de sinistros face ao histórico para previsão do resultado da conta. Havendo alteração de franquia o exercício de “AS IF” é introduzido de modo a prever o comportamento da conta sob esse novo cenário.

Os Questionários de Transportes capturam informações sobre o segurado, tais como razão social, CNPJ, faturamento, número de viagens, composição de frota própria, tipo de veículos, contratação ou subcontratação de transportadoras, agregados, motoristas autônomos, principais toras, valores médio, máximo e total movimentados, acúmulos, cobertura em depósitos, gerenciadora, regras de gerenciamento de riscos, principais mercadorias movimentadas, sinistralidade e condições pretendidas, tais como limites, taxas e franquias.

Os corretores de resseguro costumam incluir na instrução de seus processos o que chamamos de “Portfolio Approach” aos riscos de transportes. O que significa a necessidade do envio da relação de embarques completa dos 12 últimos meses para verificação das principais rotas e faixas de valores. A técnica proporciona um melhor entendimento das exposições, eficácia das regras de Gerenciamento de Risco e evidencia os impactos a imposições de restrições ou endurecimento dessas regras e aplicação de franquias.

As seguradoras, de posse dessas informações, procedem suas análises que na grande maioria passam pelas seguintes etapas: consulta da situação financeira da empresa, enquadramento das principais rotas na tarifa de RCTR-C para obtenção

Verifica-se que as cedentes que operam na modalidade Ajustável possuem muita dificuldade em prover a relação de embarques e em muitos casos fica latente o total desconhecimento da


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operação do cliente mesmo se tratando de uma renovação. A utilização de resseguro facultativo proporciona a diluição do risco, na medida que parte do risco é assumida pelo ressegurador, bem como a possibilidade de utilização de estruturas de proteção inteligentes que a retiram parte da volatilidade da conta. Existem Segurados que demandam altos limites sejam esses por embarque ou acúmulo resultando em exposições em que a seguradora não tem capacidade ou não deseja assumi-las integralmente. Imediatamente pensamos em dividir proporcionalmente o risco com algum ressegurador utilizando uma estrutura “Quota Share”, ou seja, cedendo um percentual fixo de risco e prêmio e coletando proporcional montante em caso de ocorrência de sinistro. Entretanto imagine o caso de um segurado com o seguinte perfil de risco: 70% dos embarques com valores até R$ 1,0 milhão, 20% dos embarques até R$ 2,0 milhões e 10% dos embarques até R$ 7,0 milhões. Os embarques de menor valor são realizados para todo o Brasil enquanto os intermediários possuem pouca variabilidade e os de maior valor possuem rota

específica. Os embarques de valores intermediários e de maior valor não são atrativos a roubo, apenas motoristas funcionários e caminhões próprios são utilizados na operação e diferentemente dos demais embarques não há registros de perdas nos últimos cinco anos. A seguradora, nesse cenário, pode não quer ou conseguir assumir a exposição de uma perda vultosa como as propiciadas pelos maiores embarques ou ainda desejar auferir muito mais prêmio para tanto. Utilizando-se de um resseguro Não Proporcional de Excesso de Danos (ED) ou internacionalmente conhecido como “XoL – Excess of Loss” podemos viabilizar uma estrutura de R$ 5,0 milhões em excesso a R$ 2,0 milhões em que a volatilidade seja cedida para o mercado ressegurador que pelo seu apetite de risco analisará a conta exclusivamente nos embarques que ultrapassam a faixa primaria de R$ 2,0 milhões. O Facultativo apresenta-se como a ferramenta que viabiliza esses negócios, bem como confere a cedente a certeza de um processo com “peer review” sobre o prisma de subscrição. Existe nesse caso a subscrição da seguradora e a do ressegurador sendo que esse último muitas vezes

acaba exigindo mais informações e implementando outras analises como é o caso do “Portfolio Approach” descrito anteriormente. O resseguro também propicia a troca de experiências, a transferência de conhecimentos sobretudo quando falamos de Transportes Internacionais ocasião em que regras e taxas específicas para coberturas como Guerras e Greves, Terrorismo, Classificação de Navios etc são definidas por esses mercados. Garantias como “STP – Stock Through Put, DSU – Delay Start Up”, dentre outras extensões de garantia comumente utilizadas no mercado internacional, bem como as considerações pertinentes a esses riscos, são alvo de debate para a sua implementação e acabam por enriquecer as discussões como também o entendimento do funcionamento dessas garantias localmente. O resseguro facultativo viabiliza garantias, oferece diluição de risco, disponibiliza estrutura alternativa alocando cada mercado segundo seu apetite e assim possibilitando eventual redução de prêmio. Entretanto, a utilização do resseguro não muda a realidade, ou seja, não muda o histórico de sinistros e o resultado financeiro da conta.


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TENDÊNCIAS

As promessas de 2018 para o mercado segurador Que o ano de 2017 foi desafiador para as empresas brasileiras, ninguém tem dúvida. Para o mercado segurador não foi diferente. Porém, é possível enxergar vantagens, já que o setor é conhecido por sua resiliência. Ainda assim, muitos players se reinventaram e apostaram em novos formatos para adequar produtos e processos ao novo momento que o cliente vive. Como a economia começa a dar sinais de recuperação, há otimismo entre os profissionais da área. Recentemente, as notícias econômicas de baixa inflação, melhoria no emprego, queda de juros, aumento da renda média, entre outros aspectos, nos permitiram iniciar 2018 mais otimistas. Os indicadores de confiança geram uma percepção mais positiva dos agentes econômicos e dos consumidores sobre a conjuntura e perspectiva de futuro. Certamente influenciará a retomada, mesmo que gradual, dos investimentos, do consumo, das contratações de pessoas e de serviços.

Esta será a peça chave para o crescimento do nosso mercado este ano. Além disso, para 2018, reinvenção, criatividade, o foco nas necessidades do cliente e uma maior difusão sobre a cultura de seguros devem seguir como direcionamento de todo o mercado. Imagine que, de acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSeg) e com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), cerca de 30% dos veículos que circulam pelo país têm seguro, cerca de 12% a 15% das residências são seguradas e 19% da população brasileira possui um seguro de vida. Esses dados nos mostram oportunidades para impulsionar vendas e conquistar novos clientes. A expectativa para o ano, de uma forma geral, é que a economia evolua de maneira independente da instabilidade política e se consolide. Neste momento, os corretores de seguros devem aproveitar o aumento da demanda por seguros

Pedro Pereira de Freitas é CEO da A m e r i c a n L i fe , seguradora brasileira com mais de 25 anos de mercado, reconhecida por inovar e apostar em nichos específicos da economia brasileira.

para entender as necessidades dos consumidores e entregar soluções verdadeiras a cada um deles. Será o momento da retomada do fôlego para todos e quem souber oferecer o melhor atendimento aliado ao melhor produto certamente sairá na frente. Por isso, é hora de levar informação de qualidade ao cliente. Mostrar a ele novos produtos e possibilidades. Encerramos 2017 com crescimento de 4,3% em prêmios ganhos na comparação com 2016, isto porque o seguro DPVAT registrou queda de receita (-33,7%), desta forma, os prêmios específicos da American Life registraram crescimento de 12%. Consideramos estes números expressivos para uma empresa que atua principalmente na área de seguros de pessoas, um cenário que desde 2014 amarga índice de desemprego de dois dígitos. O último ano foi bastante importante, pois além de alguns lançamentos de produtos no ramo de danos, iniciamos operação no segmento de Responsabilidade Civil Ônibus (RCO), que nos colocou em contato com um maior número de operadores do mercado de seguros. Praticamente dobramos o número de representantes e corretores de seguros com o novo produto. Isto significa que hoje temos uma rede de distribuição de produtos mais encorpada, facilitando os lançamentos de novidades ou entrada em novos segmentos. Diante de tudo isso, vislumbramos crescimento superior a 15% em 2018. Vamos à luta!


VIDA

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Seguro de pessoas foi destaque em 2017: pela primeira vez o ramo vida superou automóvel

A primeira edição deste ano da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, estudo realizado pelo Sincor-SP, apontou que o ramo de maior relevância em 2017 foi o seguro de pessoas, que registrou crescimento de 11%, com faturamento de R$ 31,2 bilhões. De acordo com o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, o momento para investir no segmento é agora. “A longevidade é assunto recorrente e facilita a formação da cultura do seguro no brasileiro, temos aumento de opções para o consumidor com o seguro de vida universal e não existiu momento mais propício para alavancar negócios de previdência privada do que agora, com as reformas”, completa. Os ramos elementares também registraram avanço para o período, de 5%, com faturamento na casa de R$ 63 bilhões. Na análise total do segmento de seguros, a variação em 2017 até agora está em 7%, com DPVAT, e 8% sem levar em conta esse ramo no cálculo. O presidente do Conselho de Administração da Mongeral Aegon Seguros e Previdência, Nilton Molina, gravou um vídeo, que teve grande repercussão nas redes sociais, comentando que o

faturamento de riscos pessoais ultrapassou o de automóveis. O executivo demonstra em números como o seguro de vida vem obtendo cada vez mais importância para o setor. “Tenho a vantagem de ser veterano nesses negócios, estou no mercado há mais de 52 anos e é a primeira vez que os seguro de vida risco arrecada mais prêmio que o seguro de automóvel”, disse. Os dados foram obtidos em reunião realizada na Confederação Nacional de Seguros (CNseg) e não incluem os números dos planos VGBL e PGBL. Molina destaca as estatísticas de 2017 e, em números redondos, o ramo vida risco avançou R$ 1 bi a mais que o seguro automóvel, chegando a R$ 34 bilhões de faturamento. “Isso tem algumas significações, todas para o bem. Toda a parte institucional do seguro sempre esteve voltada para o automóvel e sempre foi, e ainda é, muito difícil para nós que somos especialistas em vida e previdência criarmos condições para falarmos sobre nosso assunto”, explicou. O especialista comenta ainda sobre recente conversa com um segurador internacional que tem 85% dos negócios no ramo de automóveis. “Nosso negócio central é o

seguro de automóveis, na minha seguradora temos certeza que este negócio acabou”, comentou o executivo que não teve sua identidade revelada. “Em 5 ou 10 anos só teremos automóveis autodirigidos e elétricos. O mercado de seguros entendeu que o ramo só tende a diminuir, não vai a zero, claro, mas vai diminuir dia após dia”, projeta Nilton Molina. “Por outro lado, as pessoas estão mais sensíveis a comprar tranquilidade para o futuro e vender tranquilidade para o futuro é o nosso negócio. Portanto, vamos à luta”.


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EVENTOS

Grupo Fox e Haüptli Advogados expõem seus serviços durante 5º Simpósio ExpoCIST Pela quinta vez consecutiva o Grupo Fox participou com um estande no evento anual do CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes), no 5º Simpósio ExpoCIST. O espaço foi dividido com a Haüptli Advogados Associados, empresa do grupo com foco em direito securitário. O Grupo Fox, que tem 22 anos de atuação, expôs no evento um vídeo contando toda sua história. Hoje, a empresa de sindicância faz as investigações de todos os ramos de seguros, e também a parte de SOS, de atendimento nas estradas para caminhoneiros em tombamentos de cargas. Já a empresa jurídica atua nas recuperações de bens, ações de fiança locatícia, reintegrações de posse, em todos os ramos de seguros, e, além disso, tem uma empresa de vistoria de property, que verifica o estabelecimento, risco de incêndio, faz a vistoria do local com especialistas e os profissionais que irão legislar e regular o sinistro. Quem visitou o estande pôde conferir todos os serviços realizados pelas empresas, inclusive os cursos in company para seguradoras, e retirar brindes, além da revista Fox News, que é feita para

clientes e parceiros. Representando a Fox Reguladora, estiveram: Paulo Rogerio Haüptli, sócio Diretor; Alexandre Massao Masuda, sócio Diretor; Marcelo Felix do Prado, gerente; Paulo Rogerio Haüptli Junior, Khainan Lessa Guimarães e Camila Cantuário, do departamento Financeiro; Luiz Fernando Moreira Costa, Raynner Gustavo de Jesus Santos, e Thais Medina de Alcântara, do departamento de Transporte; Bruna Casemiro, do SOS; Melissa Zanini e Pamela Leite, do Jurídico. Representando a Haüplti Advogados, participaram: as advogadas Gabriela Rocha, Gabriela Martinucci de Carvalho, Milzem Elizabete Ferreira, Simone Aparecida de Menezes e Thalita Graciolli; e os estagiários Mayara Aquino e Pedro Akamine. Para Thalita Graciolli, advogada e sócia da Haüptli Advogados e Associados, o 5º Simpósio ExpoCIST foi um evento sério, organizado e que permitiu a troca de conhecimento e de experiência entre todos os participantes. “Extremamente proveitoso. Temas abordados em palestras como, por exemplo, roubo de carga (discutido pelo Coronel Venâncio Alves de Moura), a chamada “Nova Lei do Seguro” (ministrado pelo Dr. Ernesto

Tzirulnik.) e a tecnologia aplicada e a favor do mercado de seguros (palestra de Roberto Uhl) são atuais e que despertam o interesse de todos. Eventos que promovam a disseminação do conhecimento e despertem a discussão de temas novos, e muitas vezes polêmicos, são sempre bem-vindos”.


SAÚDE

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Prevenir é o melhor remédio A medicina preventiva, como o próprio nome diz, é a parte da medicina que trata da prevenção das doenças, com a adoção de medidas de promoção da saúde. Durante muito tempo esta foi considerada uma área apenas da prevenção de doenças, quase que sinônimo de vacinação. Entretanto, esse conceito evoluiu, tomou outra dimensão, justamente por se mostrar eficiente, comprovando uma melhoria na qualidade de vida das pessoas.

Estima-se que para cada US$ 1 investido em prevenção, US$ 4 são gerados para a empresa devido ao aumento da produtividade. Já os custos de um acidente ou de uma doença ocupacional podem trazer sérios prejuízos a uma corporação, como encargos com advogados, perda de tempo e redução na produção. Assim, é muito mais simples investir na prevenção e na regularização da segurança, evitando futuras complicações legais.

Nossos programas de medicina preventiva são desenvolvidos para promover saúde, qualidade de vida e bem estar de todos. A medicina preventiva da Medfox inclui o serviço saúde na empresa (SNE), que consiste na avaliação dos principais riscos à saúde dos colaboradores das empresas clientes. Assim, colabora para reduzir o absenteísmo e aumentar a produtividade no mercado de trabalho. Realizamos oficinas de saúde, palestras e cursos sobre temas variados, como alimentação saudável, planejamento familiar, atividade física, estresse, gestação. Também respondemos por grupos terapêuticos sobre tabagismo, problemas da coluna, obesidade, e desenvolvemos materiais informativos, campanhas de prevenção, programas voltados a gestantes, a pacientes com doenças crônicas, ao público idoso e a casos de alta complexidade, além do perfil saúde específico dos colaboradores das empresas clientes.

Programa SNE – Saúde na Empresa O programa "Saúde na Empresa" tem como objetivo a adaptação dos pacientes a uma melhor qualidade de vida. Sua meta é inserir uma alimentação mais saudável e atividades físicas adequadas no seu cotidiano. A equipe MedFox visa oferecer atendimento especializado e interdisciplinar, de maneira que o funcionário encontre no mesmo local as especialidades que farão parte do seu tratamento, assim fortalecendo o vínculo de segurança. São oferecidos grupos de educação alimentar e nutricional destinado aos funcionários que têm dificuldades com alimentação (sobrepeso, obesidade, colesterol, diabetes, dificuldades em experimentar alimentos, adequação de rotina alimentar, baixa autoestima). Palestras – A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso a MedFox destaca a necessidade do conhecimento e informação como forma de prevenção a

Dr. Robinson Seabra Filho é médico diretor técnico da MedFox. Graduado em Fisioterapia pela Universidade de Mogi das Cruzes, graduado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduando em Endocrinologia , é ainda médico emergencista.

doenças e problemas de saúde. Uma equipe multidisciplinar atua com o intuito de esclarecer todas as dúvidas relevantes em palestras como "Higiene bucal", "Obesidade", "Vida saudável" etc. Temas relacionados a prevenção do uso de álcool, drogas e outros psicotrópicos também são sempre muito requisitados para as palestras executadas em empresas, escolas, clubes, instituições, ONGs etc. Programa "Empresa+Leve" – É o programa de saúde da MedFox destinado a redução de peso dos funcionários, com acompanhamento multidisciplinar, envolvendo profissionais da área de psicologia para um acompanhamento completo, físico, que direciona o funcionário para as atividades compatíveis com a compleição física, idade etc, além de se traçar um plano de reeducação alimentar com um nutricionista.


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MERCADO

Companhia aposta em crescimento planejado e sustentável

A Axa Seguros divulgou seu balanço de 2017 em coletiva de imprensa no fim de fevereiro. O resultado global do Grupo Axa em 2017 apresentou lucro líquido de 6,2 bilhões de euros, crescimento de 8% em relação a 2016. Já a receita no Brasil foi de R$ 1,006 bilhão, evolução de 52% sobre o ano anterior. “Iniciamos as operações da Axa no Brasil em janeiro de 2015, ou seja, em apenas três anos obtivemos este resultado anual de R$ 1 bilhão”, declarou o presidente Philippe Jouvelot. “O resultado global de 6 bilhões de euros também é histórico”. O executivo relatou a trajetória de crescimento no Brasil. “No primeiro ano produzimos R$ 156 milhões em prêmios, e tínhamos 134 funcionários. Em 2016, com a aquisição da operação da SulAmérica, saltamos para R$ 658 milhões em prêmios e 338 funcionários. No fim de 2016, anunciamos, em nosso evento ao mercado na Casa Fasano, a meta local de alcançar R$ 1 bilhão. Fechamos 2017 com a produção de R$ 1,006 bilhão em prêmios, e chegamos a 410 funcionários, apenas na seguradora, mas se somada a equipe da nossa operação de assistência que foi incorporada à empresa recentemente o número de funcionários pula para mais de 600”.

Segundo o dirigente, a empresa cresce de maneira planejada e sustentável. “Como temos uma base menor que outras seguradoras, nosso crescimento impressiona pela porcentagem, mas estamos crescendo de maneira organizada. Estamos subindo acima da rentabilidade, o que é muito importante, não desejamos crescer de maneira desordenada de forma que depois de três ou cinco anos precisemos rever a carteira, nossos parceiros corretores detestam ter uma seguradora que vá crescendo muito e depois precise fazer uma limpeza da carteira. Para evitar isso, tem que crescer devagar. Estamos crescendo devagar, sobre mil negócios que recebemos nós fechamos mais ou menos 80, ou seja, 8% do que fazemos se transformam em negócios fechados na Axa. Isso porque temos uma seleção de qualidade do risco, precificação justa, criando uma carteira muito saudável a longo prazo”, destacou. O sucesso da entrada da Axa no mercado brasileiro, em sua visão, vem da diversificação da carteira. “Existem as seguradoras de nicho, que escolhem um produto para trabalha-lo particularmente. Não queremos ser uma seguradora com atuação generalizada, mas a Axa almeja se posicionar no futuro entre as três, quatro ou cinco

primeiras seguradoras do mercado e quando se quer uma grande seguradora não pode ficar com um nicho somente, mesmo que seja muito rentável. É preciso selecionar os setores do mercado segurador para que possa crescer progressivamente”. Para entrar no mercado brasileiro e iniciar a diversificação a Axa optou pelos riscos empresariais. “Porque eles são distribuídos com os corretores, que são bons parceiros no crescimento, geralmente tem 20% dos corretores que são responsáveis por 80% da produção nacional”. A Axa pulou dos 400 corretores parceiros, no primeiro ano de operação, para os atuais 4.388 profissionais. “No começo conseguíamos fazer bastante negócios com os corretores especializados em riscos empresariais e aí já se sustenta uma operação desde o início. O segundo passo que nós escolhemos foram parcerias com as revendedoras varejistas e com isso temos uma maneira de distribuir massificado, então dessa maneira mesmo que relativamente pequeno no começo já começa-se a ter uma atuação nacional”. As linhas de negócios que mais cresceram em 2017 na Axa Seguros no Brasil foram: pessoa física, evolução de 431%; aviação, 77%; garantia, 68%; e empresarial, 32%.


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“A lógica não é so expandir, o crescimento se traduz em clientes. Temos 2,7 milhões de clientes já, isso demonstra não estamos fazendo cliente por cliente, mas por grupos de afinidades, ou através de empresas com a quais temos os seguros de vida em grupo de funcionários, e o número de clientes são de beneficiários”. O presidente contou que, enquanto outras empresas enfrentaram dificuldades com a crise, a Axa tinha grandes investimento de juros do capital colocados no mercado financeiro, e a elevação de juros resultou em uma renda maior do que o previsto. “Nossa previsão era que a Selic fosse de 8,7% e ela subiu 14,25%, Então nós tivemos mais renda financeira do que o previsto, o que permitiu que investíssemos mais rapidamente do que tínhamos imaginado. E tudo o que comprávamos estava

mais barato, de equipamentos de tecnologia até facilites para escritório. Nosso plano inicial era estarmos no Rio de Janeiro e em São P a u l o . Rapidamente chegamos a sete filiais e agora temos 10, que estão posicionadas nos locais mais importantes para nosso crescimento no país”. A Axa está presente fisicamente no Brasil em 10 unidades: São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, recife, Belo Horizonte, Goiânia, Uberlândia, Porto

Alegre, Joinville e Curitiba. “Ainda queremos estar em outros estados, mas já fomos instalados nos pontos chaves da economia brasileira. Neste negócio é preciso estar perto do cliente e do corretor, para nos entendermos bem e seguirmos crescendo”.

EVENTOS Grupo Fox reúne colaboradores de suas empresas em grande festa de confraternização Para celebrar o ano de grandes realizações que foi 2017, o Grupo Fox realizou uma festa de confraternização especial, à fantasia, reunindo, além de mais de 200 funcionários – entre internos e externos das empresas Fox Regulação & Sinistros, Haüptli Advogados & Associados, e MedFox –, representantes de seguradoras

clientes e parceiros corretores de seguros. A festa aconteceu no Clube Português, em Perdizes, no dia 1º de dezembro. Mesmo em época de muitos eventos de fim de ano, o evento foi grande sucesso, e contou com animação do cantar Juninho FPA e da Banda Ramá.


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CULTURA DO SEGURO

O valor da proteção num país em crescimento A proteção contra riscos e imprevistos – por vezes negligenciada, como demonstram muitos eventos – faz parte da cultura de países mais desenvolvidos e começou a ganhar a confiança do brasileiro nos últimos anos, o que se reflete nos resultados do segmento. No acumulado até novembro, a arrecadação do mercado regulado pela Susep cresceu 6,6% em relação ao mesmo período ano passado. Embora mais tímido se comparado à expansão de 9,3% registrada em 2016 sobre 2015, o indicador demonstra a elasticidade do setor de seguros na recessão, mas também reforça a necessidade de qualificação contínua dos serviços prestados ao consumidor, além de incentivos, no plano governamental, para que a área continue a se desenvolver. Afinal, o seguro alivia o ônus dos governos com a proteção social aos cidadãos via sistemas de seguridade social. E pela aplicação das reservas técnicas, contribui para o incremento da poupança, algo essencial ao desenvolvimento. As companhias são investidoras institucionais, e a gestão de riscos é a

contribuição mais importante dessa indústria para a sociedade. Incertezas acompanham a maioria das atividades, sejam sociais ou econômicas. Imóveis, instalações empresariais e bens de capital estão sujeitos a danos inesperados e custosos. O seguro fornece resposta a essas questões, permitindo que indivíduos, empresas e governos se engajem em atividades mais arriscadas, que, sem esse mecanismo, não existiriam ou seriam em muito diminuídas. Em novembro de 2017, conforme dados da Susep, as provisões técnicas das seguradoras reguladas pela autarquia acumularam o total de R$ 893,8 bilhões. De janeiro a novembro, os prêmios diretos, contribuições e receitas de contraprestações coletadas nas áreas de regulação da Susep e da ANS atingiram aproximadamente R$ 386 bilhões – mais de 6% do PIB nacional, participação que pouco ultrapassava 1% no início dos anos 90. O desempenho econômico e financeiro tem sido fortemente positivo ao longo dos anos. A rentabilidade do capital próprio é um indicador mais global. Para o conjunto das seguradoras reguladas pela Susep, tal medida se mantém elevada: chegou a 19,7% no acumulado de 2 0 1 7 a t é novembro e acima do que se obtém na maioria dos setores da e c o n o m i a brasileira. Há ainda as “externalidades positivas”, isto é, os efeitos dessa atividade transbordam para os demais

Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros

setores da economia, o que incrementa consumo, lucros, geração de empregos e bem-estar social. Um exemplo é a previdência complementar aberta – que reforça a aposentadoria e garante a sobrevivência. Em todo o mundo, tais sistemas estão pressionados pelo envelhecimento relativo da população e pela concessão de benefícios pouco sustentáveis. Outros produtos, como os seguros de vida e saúde, também ajudam a reduzir as despesas do Estado. É fácil perceber que, num mundo sem seguros, famílias, empresas e governos teriam que consumir menos e poupar muito mais de modo a acumular fundos que os protegessem dos riscos. Estimativas apontam que mais de 18 milhões de residências não têm qualquer tipo de proteção, apenas 25% da frota de veículos são cobertos e só 5% dos brasileiros adquirem seguros de vida voluntariamente, sendo 7% via empregadores. Sabe-se que a maioria das pequenas empresas está desprotegida em relação a sinistros e que o seguro de transporte praticamente não existe em grande parte do território nacional. Eis, portanto, a oportunidade de atender a importante parcela da população, desde que as apólices estejam em linha com desejos dos consumidores, que estes sejam cada vez mais bem informados sobre seus direitos e os benefícios do seguro, e a gestão da macroeconomia ajude todos os mercados. O País é quem ganha com esse combo.


QUALIFICAÇÃO

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Curso de pós-graduação em transportes inicia segunda turma Devido ao sucesso, que resultou em fila de espera de novas inscrições, o inédito Curso de Extensão em nível de Pós-Graduação em Logística, Riscos e Sinistros na Cadeia de Suprimentos, resultado da parceria entre o CIST (Clube Internacional de Seguros de Transportes) e a Escola Nacional de Seguros, terá sua segunda turma iniciando em 28 abril de 2018. A proposta do curso, cuja primeira turma foi iniciada em setembro de 2017, é fornecer visão holística deste importante segmento econômico, abrangendo toda a cadeia de suprimentos, incluindo logística, seguros, sinistros/ fraudes (confira abaixo o programa completo). O diretor do Grupo Fox, Paulo Rogério Haüptli, ministra o módulo Sinistros e Fraudes, de duração de oito horas-aula. Haüptli é diretor do CIST, assim como os outros três professores do curso – Paulo Roberto Guedes, Paulo Cristiano Hatanaka e Helio Almeida – e os quatros, profissionais experientes e atuantes neste mercado, são os responsáveis pelo conteúdo programático, possibilitando aos alunos o entendimento de pontos importantes para aqueles que operam ou pretendam operar neste mercado de especialistas.

Curso de Extensão em nível de Pós-Graduação em Logística, Riscos e Sinistros na Cadeia de Suprimentos

Inscrições pelo site da Escola Nacional de Seguros: https://goo.gl/L22RXB

Objetivo – Capacitar profissionais ligados à cadeia de suprimentos nos aspectos de riscos, proteção e sinistros/fraudes. Fornecer visão holística das operações de logística.

Requisitos – Graduação completa ou incompleta com experiência comprovada de atuação no mercado de seguros, mediante análise curricular e entrevista com a coordenação do curso.

Público-alvo – Líderes de equipes de subscrição e sinistros de seguradoras, corretores de seguros, corretores de resseguro, resseguradores. Prestadores de serviços no segmento de seguros. Consumidores.

Carga horária – 56 horas aula (total de sete sábados) Dias e horários das aulas – As aulas serão ministradas aos sábados, no horário das 8h às 17h.

Conteúdo programático 1. CENÁRIOS ECONÔMICOS (8 horas) 1.1 Fundamentos para análise de conjuntura 1.2 Métodos e práticas adotados na construção de cenários 1.3 Cenário econômico do mercado da Logística Prof. Paulo Roberto Guedes 2. LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS (16 horas) 2.1 - Logística: definições, conceitos 2.2 - Importância estratégica da logística 2.2 - Evolução e tendências da logística 2.3 - Logística no Brasil: situação atual e tendências Prof. Paulo Roberto Guedes 3. RISCOS ASSOCIADOS À LOGÍSTICA (16 horas) 3.1 Armazenagem: identificação, análise e mitigação de riscos 3.2 Transportes: identificação, análise e mitigação de riscos de transportes rodoviário, ferroviário, marítimo, cabotagem, lacustre e aéreo. 3.3 Responsabilidade Civil: identificação,

análise e mitigação de riscos 3.4 Serviços de assistência, incluindo acompanhamento da carga, procedimentos de ressalvas, avaria grossa. Prof. Helio Almeida 4. TRANSFERÊNCIA DE RISCOS ATRAVÉS DE SEGUROS (8 horas) 4.1 Seguros patrimoniais aplicados à logística 4.2 Seguros de transportes terrestres aplicados à logística 4.3 Seguros de transportes marítimos e aéreos aplicados à logística 4.3 Seguros de responsabilidade civil (incluindo seguros obrigatórios) aplicados à logística Prof. Paulo Cristiano Hatanaka 5. SINISTROS E FRAUDES (8 horas) 5.1 Procedimentos adotados em caso de sinistros. 5.2 Assistência em caso de sinistros. 5.3 Fraudes Prof. Paulo Rogério Haüptti


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ANÁLISE

Infraestrutura e multimodalidade: exigências brasileiras para uma logística eficaz Para os próximos anos os cenários econômicos para o Brasil, em sua grande maioria, foram desenhados com base em expectativas de muito pessimismo – com razão, diga-se de passagem –, nos quais são esperadas taxas positivas de crescimento significativas do PIB, somente no próximo ano. E desde que tudo corra muito bem. Embora os impactos correspondentes tenham graduações diferentes, dependendo do segmento produtivo analisado, todas as empresas terão seus “dias difíceis”. A consequência disso é a de que todas elas estão se vendo obrigadas a buscar rentabilidade e preservação de suas posições de mercado. Aumentos de produtividade, como principal forma de diminuição de custos, redução da dependência da economia interna, limitação e seletividade para os novos investimentos e negociação forte com fornecedores têm sido o receituário da maioria. Nessa busca (rentabilidade e manutenção de posição de mercado), as empresas precisam melhorar o atendimento a clientes, suas cadeias de suprimentos e

seus processos operacionais, com esforços importantes na redução de estoques e custos. Isto, sem dúvida, e como já vem ocorrendo há algum tempo, tem criado novos espaços para a terceirização das atividades logísticas, que, como se sabe, têm importância estratégica para todo mundo empresarial e são fundamentais para o sucesso das empresas. No entanto, e como já comentado diversas vezes, a ainda precária infraestrutura brasileira continuará forçando para cima os custos logísticos. Com custos altos ou sem infraestrutura logística adequada, compromete-se o crescimento de qualquer economia, inclusive o desempenho operacional das empresas. Os resultados desta situação – de baixo nível de investimentos em infraestrutura, com qualidade discutível e baixíssima eficácia - podem ser constatados por todos aqueles que, diariamente, necessitam desta para realizar seus negócios: dimensão irrisória, se comparada com o tamanho do país; matriz de transporte dependente demasiadamente do modal

Paulo Roberto Guedes é especialista em Logística, conselheiro da ABOL – Associação Brasileira das Operadoras Logísticas.

rodoviário; qualidade aquém das exigências mínimas; e, como uma das piores consequências, altos custos. É sabido por todos que o transporte rodoviário – que não é o de menor custo é o aquele que tem a maior participação na matriz de transporte brasileira: próximo dos 67%, segundo dados de diversos institutos de pesquisa. Vale lembrar: por ineficiência e falta dos demais modais de transporte. De fato, o Brasil está muito distante da realidade da maioria dos países desenvolvidos, e mesmo de alguns emergentes, no que tange à sua infraestrutura de transportes. Apenas três exemplos: (i) enquanto


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temos 210 mil km de rodovias pavimentadas, os Estados Unidos têm 4,2 milhões de km; (ii) enquanto os EUA têm 227 mil km de ferrovias, o Brasil tem 29 mil km; (iii) o Brasil tem apenas 19 km de dutos, enquanto os norte-americanos operam com 793 mil km. O livro “Gargalos e Soluções na Infraestrutura de Transportes”, organizado por Armando Castelar e Cláudio Frischtak e publicado em 2014 pela Editora da FGV, descreve de forma clara, detalhada e objetiva os problemas e os fatores relevantes para a modernização da infraestrutura brasileira. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) na apresentação de seu plano de transporte e logística, afirmou com todas as letras: “passamos por décadas sem dispor da atenção necessária para a infraestrutura de transporte no Brasil, e a dificuldade gerencial dos governos para investir da forma que o país precisa culmina por agravar o quadro atual, que é desfavorável”. O plano apresentou 2.045 projetos para todos os modais de transporte, de forma integrada e sistêmica, e estimou investimentos na casa de R$ 1 trilhão! Além disso, como indicam pesquisas feitas pelo Instituto de Logística (ILOS) e a Fundação Dom Cabral (FDC), a qualidade de nossa infraestrutura é extremamente ruim. Na avaliação dos portos, das ferrovias e das rodovias, mais especificamente, as classificações “Bom”

e “Muito Bom”, não alcançam 2% (caderno Especial de Logística, publicado pelo Jornal Valor em 27/07/2015). A deficiência da infraestrutura de transportes, o baixo desempenho logístico e seus altos custos operacionais, são assuntos sempre abordados, até de forma repetitiva, pois é fundamental que não se deixe ao esquecimento as reais condições da infraestrutura de transportes e logística no País, que se não são as piores do planeta, ainda têm muito para melhorar. A posição do Brasil no Índice Mundial de Desempenho Logístico (LPI) mostra de forma transparente e objetiva, as dificuldades que o País enfrenta para melhorar a eficiência de suas operações logísticas e, consequentemente, reduzir seus custos. O LPI (Logistics Performance Index) relativo ao ano de 2016, publicado pelo Banco Mundial, apenas ilustra o que aqui está sendo dito: o Brasil ocupa a 8ª posição entre os dez primeiros países considerados de renda per-capita média-alta. E embora tenha melhorado sua posição geral, comparando-se com a posição anterior e obtido a melhor média da América Latina e Caribe, o Brasil caiu, entre 2010 e 2016, de 45ª posição para 56ª, na classificação feita entre 160 países analisados. O LPI é montado com base na percepção de empresários e executivos entrevistados e o itens analisados são: 1) Alfândega, 2) Infraestrutura, 3) Qualidade dos Serviços, 4) Carregamento Internacional, 5)

Acompanhamento e Localização e 6) Prontidão. Em 2016 já foi incluído, no sistema de avaliação, o item Competência e Qualificação em Logística. Em artigo publicado na revista Tecnologística nº 221 (Pacto Nacional pela Multimodalidade), escrito juntamente com o Presidente Executivo da ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), Dr. César Meirelles, apontamos claramente que é chegado o momento para que o Brasil transforme os diversos diagnósticos, estudos e planos sobre infraestrutura logística, realizados ao longo dos últimos anos, em concretas e efetivas realizações e, em especial, aqueles voltados ao desenvolvimento da multimodalidade, o caminho mais inteligente para aproveitar todas as vantagens de cada meio de transporte. É momento de se buscar a integração entre os diversos atores da cadeia produtiva, como única forma para crescimento e desenvolvimento de todos, e não só daquele setor com maior poder de pressão. Depois de décadas de inação, já passamos pela fase das discussões do problema e conhecemos as principais causas do chamado “Custo Brasil”. Dado esse diagnóstico, infraestrutura e multimodalidade têm que ser prioridades de qualquer governo. Aliás, como já defendido há tempos por todos que lidam diariamente com a logística.


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JURÍDICO

O importante papel de um departamento jurídico interno e seus desafios frente à sociedade Nos dias de hoje, observamos que a competição por resultados exige estratégias inovadoras e boa gestão de custos. Nesse contexto, o Departamento Jurídico interno de uma empresa tem papel fundamental. Na Sompo Seguros foi aplicado um modelo bem diferente do utilizado em um passado recente na maior parte das companhias. Era usual o Jurídico interno atuar sob uma postura afastada dos negócios da empresa, se mantendo muitas vezes à parte do resultado operacional e apenas apresentando os custos de gestão de um contencioso de massa. Voltado totalmente para trazer soluções jurídicas e, reconhecendo que o nosso cliente está no centro das decisões de negócio, implementamos desde a nossa chegada na empresa, em dezembro de 2016, uma estratégia totalmente focada em traduzir os resultados obtidos nos diferentes Tribunais em pareceres que orientem, por meio de comitês com os diversos departamentos da companhia, a adequação do nosso produto à realidade da nossa sociedade. Ao nosso ver, outro importante papel de um Departamento Jurídico é o de facilitar o entendimento pelos nossos clientes dos

termos técnicos do mercado securitário. Neste ponto, acreditamos que cumprimos um importante papel social quando utilizamos as diversas ferramentas existentes para divulgar e esclarecer termos técnicos, tais como cláusula de rateio (que determina a coparticipação do segurado na indenização, conforme apólice contratada), diferença entre prêmio (valor pago pelo segurado pela contratação do seguro) e Indenização (valor pago pela seguradora para cobrir um sinistro), Limite máximo de indenização (valor estipulado em apólice como o máximo a ser pago pela seguradora em caso de sinistro), dentre outros. Alinhado com a estratégia da empresa, que busca implementar na experiência do cliente atributos como proximidade, agilidade, cuidado e relacionamento, estamos lançando em abril uma célula específica para acompanhamento das Ações Judiciais dos nossos segurados, por meio da qual traremos um suporte proativo quanto à análise de risco destas demandas, antecipando junto ao Corretor/ Segurado e seus advogados as orientações e definições estratégicas relacionadas ao contrato de Seguro. Além de oportunizar um atendimento personalizado ao nosso cliente, a seguradora se faz presente neste importante momento que tanto aflige e preocupa

Felipe Jose Faraj Filho é gerente jurídico da Sompo Seguros.

todos aqueles que se veem envolvidos em uma demanda judicial. E, sendo o Seguro um importante produto que busca justamente trazer a tranquilidade e bemestar nos momentos como este, nada mais relevante do que a nossa preocupação na completa prestação de Serviços que pretendemos entregar. Hoje o nosso Departamento conta com colaboradores treinados e focados no atendimento aos nossos clientes, sejam eles internos ou externos, sempre motivados em entregar soluções alinhadas à estratégia da empresa e atentos ao importante papel social inerente à nossa função. Assim, reforçamos os valores da Sompo Seguros, que tem como missão “gerar bem-estar e proteção à sociedade, provendo serviços da mais alta qualidade”.


MERCADO

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O maior Conec de todos os tempos O Conec, maior evento do setor de seguros no Brasil, cresce a cada edição e este ano vai se superar. Em 2018 temos a 18ª edição deste mega evento realizado pelo Sincor-SP a cada dois anos, que nasceu em 1982 com o nome de Congresso Estadual dos Corretores de Seguros, mas há um tempo reúne profissionais de todo o Brasil. Preparando a categoria para os desafios que surgem a cada dia em maior quantidade, especialmente por atuarmos em um setor com enorme potencial e espaço a ser percorrido, o Conec é reconhecido por oferecer conteúdo de qualidade, com temas e palestrantes relevantes do momento, e a maior feira de negócios do mercado de seguros. Combina qualificação e relacionamento, imprescindíveis para o desenvolvimento na atividade, não apenas para os corretores de seguros, como para todos os profissionais da indústria. Na 17ª edição, em 2016, 6.600 profissionais estiveram reunidos em três dias de congresso. O maior desafio na elaboração de cada nova edição do Conec é superar expectativas. Por isso, quando acaba uma edição já começamos a pensar na próxima. Reinventar e aprimorar um evento desta magnitude é um senhor desafio, o qual aceitamos ousando e empreendendo. O 18º Conec, de imediato, já apresenta grandes mudanças. Para receber o público cada vez mais crescente – nesta edição esperamos chegar a 10 mil participantes! – o evento será realizado em novo local. No Transamérica Expo Center teremos instalações maiores e mais modernas, climatizadas, possibilitando receber e desenvolver o Conec da maneira mais apropriada possível e oferecendo conforto a todos, congressistas e expositores. Para atingirmos as 10 mil participações, algumas ações foram desenvolvidas, a começar pelas condições especiais de pagamento, com parcelamento em até 10 vezes no cartão de crédito e boleto. E

temos a grande novidade com a participação de pessoas com vínculo colaborativo nas corretoras, sejam colaboradores da empresa propriamente ditos ou parceiros de negócios. Esse era um pleito antigo tanto dos corretores como de seus colaboradores, e irá permitir que aqueles que estão envolvidos com o dia a dia das corretoras absorvam esta enorme dose de conhecimento, de forma que esta ação também favorece o corretor em seu dia a dia, porque seu parceiro estará mais capacitado a cumprir com o que se espera dele e apto às mudanças do mercado. O Conec é um evento democrático, que integra corretores de todos os portes e regiões. O Conec é do Brasil. A cada edição aumentamos o número de congressistas de outros estados, além dos corretores de São Paulo que vêm de todas as partes do Estado, sejam da capital, ou do litoral e interior. Estamos prontos para receber os visitantes com uma completa rede hoteleira, num total de 1.200 quartos, para hospedar cerca de 3 mil pessoas. Assim como acontece em outras categorias profissionais, queremos que o corretor de seguros diga com orgulho a seus clientes que estará participando do maior congresso da sua atividade, buscando se capacitar mais e mais para atender a seus clientes.

A l exa n d r e C a m i l l o , presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros em São Paulo).

A formatação da grade de palestras também terá mudanças este ano. Realizaremos grandes palestras, com impactantes temas a serem debatidos, em formato de um único auditório. Certamente teremos plenárias cheias, concentrando o foco de todos os congressistas presentes. Por fim, reforço que o Conec teve alteração também na data: este ano será de 27 a 29 de setembro de 2018 (quinta a sábado). Se o Conec já era o maior congresso de corretores de seguros reunindo 6 mil pessoas, agora iremos superar todos os recordes. Contamos com o apoio de todo o setor para ampliarmos a disseminação de conteúdo e relacionamento, contribuindo ainda mais com o desenvolvimento da categoria e dos negócios em geral.


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ESTRATÉGIA

Seguradora internaliza área de assistência 24 horas e amplia empregos Uma importante decisão estratégica foi a n u n c i a d a p e l a To k i o M a r i n e Seguradora: a partir de abril de 2018 a companhia vai internalizar o serviço de Assistência 24 horas. Para a criação da área Tokio Marine Serviços (TMS) serão investidos R$ 20 milhões em desenvolvimento de sistemas e contratação de 250 novos colaboradores, que serão responsáveis pelo gerenciamento da rede de Prestadores e atendimento aos clientes no Contact Center. O projeto será implementado em fases, por carteiras e regiões do País. "Temos consciência da grandiosidade desta operação, mas estamos bastante confiantes de que ao completar o portfólio de serviços que disponibilizamos aos nossos 26 mil corretores e assessorias, vamos contribuir para aumentar em seus clientes a percepção de qualidade a respeito da companhia", afirma o presidente da Tokio Marine, José Adalberto Ferrara. Segundo ele, o objetivo da iniciativa é consolidar a estratégia da seguradora de ser percebida como uma empresa focada em inovação e cada vez mais preocupada com a

satisfação de seus parceiros de negócios e segurados. A internalização da Assistência 24 h o r as co meçar á p ela car teir a d e Automóvel, com os serviços de guincho, pane seca, troca de pneus etc. Atualmente com 1,61 milhão de veículos segurados, a estimativa da Tokio Marine é realizar cerca de 35 mil atendimentos por mês. O acionamento poderá ser feito tradicionalmente pelo telefone ou pelo aplicativo disponibilizado pela Companhia. "Aproximadamente 50% da nossa base usa a Assistência pelo menos uma vez ao ano. Ao atuar diretamente, vamos conhecer

mais suas necessidades, tornar o atendimento mais eficiente e prover melhores soluções para nossos clientes", argumenta Ferrara. Pelo planejamento, o processo de internalização da carteira de Automóvel deve ser concluído em outubro. Em 2019, a ideia é estender o projeto para as demais carteiras, como Residencial, Condomínio e Empresarial. A equipe TMS ficará alocada em um novo prédio, ao lado da sede da Tokio Marine, em São Paulo. Além dos 250 novos postos de trabalho, que aumenta o time da seguradora para mais de dois mil colaboradores, o projeto deve gerar cerca de 3 mil empregos indiretos. O presidente reforça que a criação da TMS é uma demonstração da confiança do Grupo Tokio Marine no Brasil. "Além de proteger a vida e o patrimônio das pessoas, temos como missão colaborar para o desenvolvimento socioeconômico do País, onde atuamos há 58 anos. Estou convencido de que este grande movimento vai gerar ainda mais negócios para nossos corretores e assessorias”.



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LÍNGUA AFIADA

“Esse corretor mais atrapalha do que ajuda”! Já ouvi e já li isso muuuuuuuuitas vezes. E não tiro a razão de quem tenha dito tal frase! Afinal, é horrível você confiar no corretor e ele só lhe criar problemas! Eu próprio já passei por esse dissabor. Escrevi o nome de meu amigo e colega no Conselho de Curadores da Fundação Santos Dumont e vejam só no que deu! Ele, que é ViceAlmirante, e já foi Comandante do Oitavo Distrito Naval, chama-se Carlos Afonso Pierantoni Gamboa. Pois é, acabei de escrever Gamboa e o corretor “corrigiu” para Gambá! Em outras ocasiões, eu escrevi “fragrante” – de fragrância, perfume – e ele fez o favor de “consertar” para flagrante... Coloquei “à saciedade”, e ele grafou “à sociedade”... Já deu para perceber que esse corretor que faz trapalhadas, é o “corretor de texto” ou “corretor automático de texto”, presente nos meios de comunicação internética. E não é dele que vamos falar! O assunto desta vez é alguém especial, que tem o dia 12 de outubro dedicado a ele: é o Corretor de Seguros! “Um profissional do ramo securitário certificado, no Brasil, pela Escola Nacional de Seguros e com registro na SUSEP – Superintendência de Seguros Privados. Pode atuar tanto como autônomo, pessoa física, quanto com uma pessoa jurídica, em uma corretora de seguros, e seu trabalho é analisar os custos e benefícios relacionados à situação do segurado, indicar o produto mais adequado às suas necessidades e mediar a relação entre este e a seguradora”. A palavra tem sua origem no vocábulo latino Corrector, que designava um auxiliar da justiça romana que cuidava das finanças da cidade. Para sua formação, a palavra usou o prefixo com, que significa junto, mais rector, “o que dirige, que endireita”, cuja origem é o adjetivo rectus, reto.

Por definição etimológica, portanto, o Corretor tem o dever dirigir, orientar com retidão! Historicamente, sua origem é bem remota. Em meados do século XVI, mais precisamente em 1578, o Brasil vivia uma fase de transições. O sistema de capitanias hereditárias, implantado em 1534, não havia funcionado bem. Das 15 capitanias, distribuídas a 12 donatários, só duas prosperaram: a de Pernambuco, com Duarte Coelho e a de São Vicente, com Martim Afonso de Souza. Tentou-se então, a partir de 1549, a alternativa de governos gerais: Tomé de Souza, seguido de Duarte da Costa e depois Mem de Sá. Com a morte do terceiro titular, em 1572,

J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, é Advogado, Conselheiro Estadual da OAB- SP; Jornalista, Presidente da API ( ge s t ã o 2 0 0 6 - 0 9 ) ; Professor de Comunicação e Oratória e Escritor

propriedade pessoal e transferível. No Brasil, a atividade teve sua primeira lei em um ano também emblemático: 1964! A lei 4594, de 29 de dezembro daquele já distante ano, abria-se com o este texto: “Art. 1° O corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e a promover contratos de seguros, admitidos pela legislação vigente, entre as sociedades de seguros e as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado.

e de seu sucessor D. Luís de Vasconcelos, Portugal dividiu o Brasil em dois governos: o do Norte, em Salvador (primeira capital do país) e o do Sul, no Rio de Janeiro. A reunificação veio no já citado ano de 1578, de importância particular para nós. Foi nesse ano que surgiu a profissão de corretor, em Portugal, com o papel de intermediar as relações entre segurados e seguradoras. Nenhum seguro seria válido sem a interveniência do corretor. Sua função se diferenciava da do escrivão de seguros, por ser custeada pelos segurados. Isso garantia ao corretor um rendimento cinco vezes maior do que o de um escrivão. O cargo de corretor era considerado

Art. 2º O exercício da profissão de corretor de seguros depende da prévia obtenção do título de habilitação, o qual será concedido pelo Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização, nos termos desta lei. § Único o número de corretores de seguros é ilimitado”. Desnecessário dizer da importância socioeconômica do setor. Basta citar que, em 2016, o mercado segurador movimentou 239,3 bilhões de reais, sem considerar o ramo de saúde complementar. Isso significou 3,9% do PIB brasileiro! Por isso, se eu ouvir de novo alguém dizer que “esse corretor mais atrapalha que ajuda”, vou exigir que explicite: “esse corretor de texto”!


RISCOS

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Estudo global aponta riscos ambientais e tecnológicos como os mais temidos para 2018

O Global Risks Report 2018, produzido pelo World Economic Forum (WEF) com o apoio da seguradora Zurich, apontou que as ameaças ambientais e tecnológicas estão no topo do ranking de riscos globais em termos de impacto e probabilidade para este ano. Esta é a 13ª edição do relatório, que é baseado na Pesquisa de Percepção de Riscos Globais, respondida por 900 membros do WEF, entre lideranças empresariais, acadêmicas e sociedade civil. De acordo com dados do relatório, os riscos ambientais cresceram de forma relevante nos últimos anos. Essa tendência continuou este ano, com os cinco riscos na categoria ambiental sendo classificados acima da média para probabilidade e impacto em uma perspectiva de dez anos. Pela segunda vez consecutiva, em treze anos de relatório, os principais riscos globais em termos de probabilidade são os eventos climáticos extremos. Os riscos de segurança cibernética também estão crescendo, tanto em prevalência como em potencial disruptivo. Os ataques contra as empresas quase duplicaram em cinco anos e os incidentes, que já foram considerados extraordinários, estão se tornando cada vez mais

comuns. “Os ataques cibernéticos e a fraude massiva de dados aparecem nos cinco principais riscos globais por probabilidade. O relatório destaca que o custo do crime cibernético para as empresas deverá representar US$ 8 trilhões nos próximos cinco anos, o equivalente ao PIB atual do Reino Unido, França e Alemanha juntos”, afirma Edson Franco, CEO da Zurich. Já no ambiente econômico, os indicadores sugerem que o mundo está finalmente voltando ao normal após a crise global, que emergiu há dez anos. Porém, o relatório aponta que esta imagem positiva contrasta com preocupações que devem ser levadas em consideração. A economia global enfrenta uma mistura de vulnerabilidades de longa data e ameaças mais recentes que evoluíram nos anos desde a crise. Os riscos conhecidos incluem preços de ativos potencialmente insustentáveis e aumento do endividamento, particularmente na China. Entre os novos desafios, estão o poder de fogo da política em caso de nova crise, as ameaças da intensificação da automação industrial e o aumento de pressões mercantilistas e protecionistas em um cenário crescente de políticas nacionalistas e populistas. “Embora a gestão dos riscos convencio-

nais esteja melhorando progressivamente, é necessária uma atenção maior para enfrentar riscos complexos nos sistemas interligados que sustentam nosso mundo, como organizações, economias, sociedades e meio ambiente. Existem sinais de

tensão em muitos desses sistemas, já que o ritmo acelerado de mudança está testando as capacidades de absorção de instituições, comunidades e indivíduos”, declara Edson Franco.


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AUTOMÓVEL

Seguro: veículos autônomos e drones Estamos vivendo uma era tecnológica muito desafiadora. A qual nem sabemos aonde pode chegar. Qualquer previsão de quem quer seja para os próximos dez anos será, certamente, desmentida. Impossível saber o que teremos. No máximo, previsões, conjecturas mais ou menos certas. Neste momento, estamos às voltas com drones, que possivelmente poderão vir a fazer qualquer coisa. Entendemos que até como meio de transporte humano, que pensamos seja apenas uma questão de tempo. E não apenas para transporte de carga como já está sendo usado. E poderá ser muito mais, aliás, como já está. Como espião, bisbilhoteiro. E barateando, será também, com certeza, um novo brinquedinho. Que poderá ser muito perigoso. Já temos entre nós, ou entrando breve, os veículos rodoviários autônomos. Os carros de uso comum e veículos de transporte de carga. Trens já são utilizados sem o popular timoneiro do passado. Hoje rodam sozinhos.

possível com uma legislação que ocupe esses espaços vazios hoje. Antes que eles compliquem nossa vida.

Samir Keedi é Professor de MBA e da Aduaneiras, bacharel em Economia, mestre e autor de vários livros sobre transportes, seguros, logística e comércio exterior.

Não havendo uma legislação adequada, quem responderá pelos danos? Será que seus donos é que responderão por eles? Ou será que utilizaremos os meios que temos visto hoje na política, de jogar a culpa em mortos? Ou mortos-vivos? Já temos visto, de en passant, algumas poucas coisas discutidas em artigos e matérias na imprensa. O que significa que a preocupação com ela já está em pauta. Queremos também colocar nela nossa colher, visto que temos interesse nisso. Todos têm e devem ter, pois a vida mudará muito com eles. Bem que a série de filmes “De volta para o futuro” já poderia ter nos dado uma dica ou respondido a isso (sic).

responsabilizado? Ou a responsabilidade recairá sobre o fabricante? Afinal de contas, ele produziu o veículo autônomo. Vendido ou não, tem a responsabilidade da construção e programação. Será viável conseguir detectar o real responsável? E poderá haver diferença na interpretação quanto à questão de o veículo estar dentro da garantia ou não? Isso terá de ser levado em conta. Afinal, poderá ter a garantia finda sendo autônomo? Ou quanto a ser feita sua manutenção em concessionárias ou oficinais autorizadas das empresas, ou em oficinas independentes? A oficina poderá ser responsabilizada?

Com tudo isso, e como professor, escritor, entre outros sobre seguros de transportes, temos pensado muito nesse assunto e na questão da responsabilidade. Importante já pensarmos no seguro de danos e perdas para isso. Tanto materiais como responsabilidade civil e para terceiros. Entre autônomos e com os não autônomos.

Como hoje não temos em que nos basear, e até acreditamos que teremos este problema num futuro breve, como usaremos as normas atuais para definir responsáveis? Ao criarmos normas para estes veículos autônomos, já nos preocupamos com os poderes da República (sic) que temos hoje. Cada governo, cada legislatura e cada composição judiciária tem se apresentado de forma pior que a anterior. Parece uma sina que não conseguimos melhorar, ao contrário. Em que nos três poderes só conseguimos ver a defesa de interesses próprios. O povo é apenas um mero detalhe. Assim, termos uma legislação adequada, que responda aos interesses de todos, será um desafio. Que ela não seja para alguns, como tem sido cada vez mais normal neste grande acampamento Brasil.

O futuro chegou e parece que não nos demos conta. Não gostaríamos de ter qualquer um desses veículos sem a devida legislação e seguro contemplando tudo.

Não temos nada ainda sobre isso, pelo que sabemos, e parece que o assunto acabará ficando para depois que eles estiverem plenamente, ou quase, entre nós. Mais um erro, dentre muitos que temos cometido ao longo da história. Temos que nos preocupar o mais breve

Uma pergunta simples é quem poderá ser responsabilizado por eventual dano ou morte. Será o dono do veículo, já que é dele, pago e, possivelmente, programado? Mas, se a programação der problema, falhar, não entrar de acordo, não for aceita, o dono do veículo poderá ser

Ou será que a era dos veículos autônomos extinguirá o seguro para eles, porque não deverão ter problemas, acidentes etc? Realmente esta é uma questão a ser considerada. O seguro será irrelevante nesse caso? A confirmar. O futuro é o senhor da razão (sic).

E, com certeza, breve teremos também os aviões elétricos, que já estão em pauta e, também, autônomos. O mundo se movimentará “sozinho” em breve. O futuro chegou, está virando a esquina em que estamos.

Parece-nos que são questões absolutamente relevantes, que mudarão totalmente a forma de ter e entender um veículo de transporte. E que deveriam estar sendo abertamente discutidas e legislações prontas antes de estarem em uso.


REPRESENTATIVIDADE

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CIST terá nova diretoria para a gestão 2018-2021 Em Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 06 de fevereiro foi apresentada a chapa para compor a nova diretoria do Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) para a gestão no triênio 2018-2021. A chapa única, que será eleita por aclamação, está encabeçada pelo executivo Salvatore Lombardi Junior, que atua como diretor de Transportes da Argo Seguros. A nova diretoria assume a gestão após a AGO que acontece no dia 15 de março. O novo presidente do CIST, Salvatore Lombardi Júnior, primeiramente manifesta o seu agradecimento a seu antecessor José Geraldo da Silva, por todo o trabalho e dedicação pessoal na estruturação do CIST e por todo o legado que estamos recebendo, e afirma que sua gestão intensificará os trabalhos da entidade na missão de capacitar os profissionais de seguros de transportes e também da cadeia logística ligada a esse ramo. "Vamos buscar novas parceiras, profissionais e temas relevantes para nosso segmento, de forma a atrair ainda mais associados e ampliar a participação em nossas realizações,

reforçando representatividade para, juntos, vencermos desafios do nosso técnico e especializado ramo de seguros de transportes".

numa analogia ao transporte marítimo, desembarco efetivamente do comando do navio, passando o leme para outro capitão, o colega Salvatore Lombardi, que, com seus tripulantes, comandará no próximo triênio, esta apaixonante aventura chamada CIST". Diretoria CIST – Triênio 2018 / 2021 Presidente: SALVATORE LOMBARDI JUNIOR | Argo Seguros 1º Vice-Presidente: PAULO ROBSON | XL Catlin Seguros

O CIST foi fundado em 2012 pelo então presidente, o corretor de seguros José Geraldo da Silva, reeleito em 2015 para mais uma gestão. "Ao longo dos sete primeiros anos à frente do CIST, incluindo o tempo de estruturação da entidade, realizamos uma gestão muito agradável, apoiada pela contribuição desinteressada e sem viés político do time, apenas a vontade de desenvolver o ramo de seguros de transportes. A isso atribuo o sucesso de nossas inúmeras entregas. Agora, movido pelo desafio de outros projetos pessoais,

2º Vice-Presidente: CARLOS SUPPI ZANINI | WGRA Riscos Ambientais 3º Vice-Presidente: ALFREDO CHAIA | Internacional Risk Veritas Além da diretoria executiva eleita completa, foram nomeados os membros dos Conselhos Fiscal e Consultivo, e diretores para as diretorias especializadas em cada área que envolve a cadeia logística dos seguros de transportes.

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perícia médica é atribuição privativa de médico, podendo ser exercida pelo civil ou militar, desde que investido em função que assegure a competência legal e administrativa do ato profissional.

O médico perito e dentista, através de competente inspeção, podem concluir se a pessoa portadora ou não de doença ou vítima de seqüela resultante de acidente reúne condições para exercer determinada atividade (ocupação); é o denominado exame de aptidão/inaptidão física e/ou mental. O serviço é oferecido à Seguradoras, Bancos, Financeiras e empresas em geral.

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OUTRA LEITURA

Nós e eles Existem alguns livros que valem e devem ser relidos. São livros que de alguma maneira podem impactar quem os lê não de uma, mas de várias formas diferentes. E isso depende de que época da vida o leitor está, como se sente, o que tem aprendido, com o que tem convivido ultimamente e por aí vai.... Na minha opinião, um desses livros é “1984”, de George Orwell. É um livro impactante, sem sombra de dúvida, mas que com certeza me impactou de maneira totalmente diferente agora; bem diferente de quando o li no final da minha adolescência, quando as experiências estavam muito mais ligadas ao que eu via na escola, na família, com amigos.

Mas além das críticas ao comunismo e socialismo, o que me arrebatou na leitura recente foi a manipulação do povo através do controle total sobre a informação. Nenhum indivíduo tem sua privacidade respeitada e todos são alimentados com notícias fabricadas, fraudadas, alteradas, inventadas e constantemente revistas pelos membros do partido. Com isso, os cidadãos da Oceania passam a odiar aqueles da Lestásia ou da Eurásia dependendo do que o partido decidir escrever e publicar. E acreditam nos índices de crescimento divulgados pelos jornais mesmo se os números não tiverem nada a ver com a realidade com a qual se deparam diariamente. Mas a realidade é o que leem,

Agora, depois de alguns bons anos, minha experiência é diferente; meu olhar para o mundo mudou, meu próprio mundo mudou. E tudo me impacta de um outro jeito, sob um novo olhar. Bom, recentemente, quando terminei de ler o livro, foi como se eu tivesse sido chacoalhada, como se eu tivesse levado um tranco, um choque para me fazer abrir os olhos e enxergar além dos fatos e notícias que me são impostos diariamente. Para quem não conhece a história, o livro trata de um futuro no ano de 1984 (pois é, o livro foi escrito em 1948), quando o mundo inteiro era dividido em três grandes supernações que invariavelmente estavam em guerra, senão todas entre si, mas pelo menos entre duas delas. Além disso, é um mundo onde uma ditadura comunista (embora o livro não use essa palavra de maneira tão explícita) impõe aos cidadãos provações de comida, conforto, liberdade e o mínimo de infraestrutura, tudo em nome de uma causa maior, toda ela dirigida e vigiada pelo Grande Irmão.

é o que são instados a acreditar. Não há outra realidade. Além disso, em nome da lealdade ao Grande Irmão, as pessoas não constroem amizades, não nutrem afeto, não são fiéis aos que amam, pois não amam mais ninguém. E traem a confiança de qualquer um, pois embora a ideia de coletivo seja martelada constantemente na cabeça da população, as pessoas vivem mais só e isoladas do que nunca. E a razão pela qual fiquei tão mexida com esse aspecto em especial do livro é que atualmente, principalmente no Brasil,

Luciana Miliauskas Fernandes, formada em Processamento de Dados, trabalha atualmente com Controles Internos e Auditoria. Seu hobby é escrever, de tudo um pouco, mas adora mesmo ser uma crítica informal de cinema.

também somos bombardeados com toneladas de notícias, não necessariamente fabricadas, mas ditas de uma forma tão tendenciosa que nos levam a acreditar em verdades que não se sustentam. Na prática, não sabemos mais em que acreditar. E essa é uma das razões por estarmos tão imersos no conceito “Nós e Eles” aqui no Brasil. “Nós” são todos aqueles que concordam comigo, e “Eles” são todos aqueles que pensam diferente de mim. E vamos nos dividindo e subdividindo até que não tenhamos mais força como coletivo. E se tem algo que pode mudar o status quo, esse algo é o coletivo. Sinceramente, pensando como cidadã, me caiu a ficha sobre quem devemos ver como “Nós” e quem poderiam ser classificados como “Eles”. Deveríamos considerar como “Nós” o povo brasileiro, independente de formação, de ascendência, de origem, de religião ou partido. “Eles” deveriam ser aqueles que querem nos dividir e nos fazer acreditar que não podemos nos juntar e nos ajudar. Quando “Nós” nos unirmos não vamos facilitar para “Eles”. Bjs filosóficos Luciana


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