NT - Março 2005

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Newsletter Mensal – Ano 1 – Nº6 – Março 2005 ÍNDICE ¾

Editorial.............................................1

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Taça Davis 2005..............................2

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Entrevista – Pedro Cordeiro.……....3

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Winter Cups 2005….……............….4

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Entrevista – Martim Trueva..............6

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Participação portuguesa em torneios internacionais………...…...8

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Artigo Científico de Saúde: Cuidados para evitar a desidratação nos atletas de ténis……..9

¾

Artigo de Opinião – Olhar para onde?…………...…………………..12

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Marketing – Análise SWOT..……..13

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Artigo de Opinião – Fidelizar os nossos praticantes…….…….…….14

¾

Golden Island Satellite Circuit…...15

¾ Portugal F1 Futures…………….…15 ¾

Árbitros Internacionais…………....15

¾

Em Março……………...................15

EDITORIAL

EDITORIAL

Não podemos ficar indiferentes ao recente desempenho da selecção nacional de infantis, que pela primeira vez, acedeu à fase final das Winter Cups. Diremos mesmo que estamos orgulhosos de tal feito, que merece o nosso respeito e o aplauso de todos quanto apreciam a modalidade, pela qualidade do trabalho efectuado, que nos leva a esperar que estes atletas possam continuar a progredir nas suas carreiras. Do escalão mais jovem a nível de selecções passamos ao escalão principal, que neste momento já se encontra em Talin na Estónia, preparando a eliminatória da Taça Davis que conta com duas estreias que importa salientar e a quem desejamos muitas venturas, a do seleccionador Pedro Cordeiro e a do atleta Diogo Rocha. É neste mês de Março, que a Federação completa oitenta anos de existência. Apesar desta idade “avançada”, a instituição ostenta a energia, a alegria e a criatividade próprias da juventude, já que as dificuldades conhecidas têm sido tratadas com o necessário rigor e a inovação é uma palavra que está sempre presente nas nossas decisões, mantendo-se o entusiasmo com que abraçámos este desafio desde a primeira hora.

Ficha Técnica Direcção: Manuel Valle-Domingues

Manuel Valle-Domingues Presidente FPT

Coordenação e Revisão: José Carlos Santos Costa Redacção: Maria Lanita

80 ANOS FPT

Grafismo: Maria Lanita

1925-2005

Colaboração: Abílio Costa; Alfredo Laranjinha; Ana Fernandes; Filomena Graça; Hugo Crispim; Luísa Neto; Nuno Santos Costa.

Conhece a História do Ténis em Portugal e da Federação Portuguesa de Ténis no site FPT

Federação Portuguesa de Ténis – Rua Actor Chaby Pinheiro, Nº 7-A 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214151356 / 94 – Fax: 214141520 – www.fptenis.pt – E-mail: fptenis@mail.telepac.pt

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Taça Davis 2005 Pedro Cordeiro, seleccionador nacional, apresentou a lista de convocados para a Taça Davis. Os atletas que se deslocaram à Estónia são: Rui Machado (333º), Leonardo Tavares (427º), Diogo Rocha (638º) e Frederico Gil (639º). O jogador suplente é Tiago Godinho (1043º). A equipa integra ainda o enfermeiro Abílio Costa. Os nossos atletas rumaram à Estónia no dia 27 de Fevereiro e regressam no dia 7 de Março. A competição desenrolar-se-á entre os dias 4 a 6 de Março.

Rui Machado

Frederico Gil

Pedro Cordeiro

Leonardo Tavares

Diogo Rocha

Abílio Costa

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Entrevista – Pedro Cordeiro P: Federação Portuguesa de Ténis – Quais as perspectivas para a eliminatória com a Estónia, estando presente pela 1ª vez na Taça Davis como seleccionador nacional e tendo uma equipa completamente renovada? R: Pedro Cordeiro – Apesar de só ter indicações sobre um dos jogadores da Estónia e de jogarmos fora de Portugal, acredito que temos condições para vencer esta eliminatória tendo em conta que esta selecção é jovem.

P: FPT – Quais os objectivos a médio-longo prazo para esta selecção?

R: PC – Os objectivos passam sempre por vencer todas as eliminatórias em que participarmos criando um grupo forte e aproveitando o empenho de cada um deles e dos seus treinadores para que atinjam o melhor nível de ténis possível.

P: FPT – Sente que com estes jogadores Portugal poderá voltar ao Grupo I?

R: PC – Como já dei a entender, acredito que com este grupo de jovens e dos outros que não foram convocados para esta eliminatória, mas que fazem parte do grupo, podemos voltar ao Grupo I, mas como é óbvio existem outros factores importantes que podem ou não ajudar a esse objectivo, nomeadamente o factor casa.

P: FPT – Como sente o espírito da equipa? Os jogadores estão preparados e confiantes?

R: PC – O espírito está bom. Apesar de estarmos no princípio da época estão todos preparados e determinados para vencer a Estónia.

P: FPT – Qual a sua opinião sobre a selecção da Estónia?

R: PC – Infelizmente, como já referi, só tenho indicações de um elemento que é o único que participa mais em provas internacionais, mas eles devem ter mais características para jogarem em piso rápido.

P: FPT – Acha que o facto da eliminatória ser disputada num pavilhão e em piso rápido poderá condicionar os nossos jogadores?

R: PC – Logicamente que eles ao optarem por este tipo de piso em pavilhão será para nos criarem mais dificuldades, uma vez que se realizasse em terra batida não teriam hipótese, mas nós vamos viajar no domingo (27 de Fevereiro) para podermos trabalhar quatro dias no pavilhão e no piso com o objectivo de estarmos nas melhores condições para o encontro.

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Winter Cups 2005 Mercê do 2º lugar obtido na fase de qualificação que teve lugar em Moncalieri (Itália), a selecção nacional de infantis masculinos, coordenada por Pedro Felner, garantiu pela primeira vez um lugar na fase final das Winter Cups que decorreu em Forte Dei Marmi (Itália) entre os dias 25 e 27 de Fevereiro. A selecção de cadetes masculinos, coordenada por Luís Miguel Nascimento, alcançou um igualmente excelente 3º lugar na fase de qualificação, falhando por pouco o apuramento para a fase final. Infantis Masculinos Fase Final A selecção nacional alcançou um honroso 7º lugar na fase final das Winter Cups 2005. A nossa equipa perdeu por 3-0 face à República Checa, tendo os parciais dos encontros sido os seguintes: Martim Trueva vs Radim Urbanec: 3-6; 2-6 Miguel Almeida vs Marek Rastica 3-6; 5-7 Martim Trueva/Pedro Palha vs Kozelsky/Rastica: 5-7; 6-7 Depois de ter cedido frente à República Checa, 3ª cabeça-de-série, Portugal enfrentou a selecção da Rússia, 1ª cabeça-de-série, e apesar de ter perdido por 2-1, os encontros foram bastante equilibrados, o que demonstra o valor e a vontade de vencer dos nossos jogadores. Miguel Almeida vs Andrey Kunetsov: 5-7; 2-6 Martim Trueva vs Ilya Shatskiy: 6-2; 5-7; 6-2 Martim Trueva/Miguel Almeida vs Andrey Kunetsov/Mikhail Biryukov: 5-7; 5-7 O jogo de apuramento para os 7º e 8º lugares entre Portugal e a Croácia não se disputou por desistência dos croatas, que tinham 2 jogadores lesionados. Fase de qualificação Portugal derrotou no 1º jogo a vizinha Espanha por 2-1, com os parciais de: Pedro Palha – Steven Diez Monge: 2-6;1-6 Martim Trueva – Roberto Ortega Olmeto: 6-3; 7-6 Martim Trueva/Miguel Almeida – Steven Diez Monge/Ignacio Morente: 6-4;6-3 Na meia-final, Portugal bateu a Hungria por 3-0, com o triunfo a ficar logo garantido nos singulares: Miguel Almeida – Marton Fucsovics: 6-4; 7-5 Martim Trueva – Tamas Batyi – 6-4;6-2 Martim Trueva/Miguel Almeida – Tamas Batyi/ Marton Fucsovics: 6-3;6-3 Na final, os nossos representantes cederam frente à Croácia por 2-1, em jogo apenas decidido nos pares: Miguel Almeida – Marin Draganja: 1-6;2-6 Martim Trueva – Josip Mesin: 6-4;6-3 Pedro Palha/ Martim Trueva – Marin Draganja/ Josip Mesin: 4-6;4-6

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Entrevista – Martim Trueva

Martim Trueva

Miguel Almeida

Pedro Palha

Selecção Nacional Cadetes Masculinos Fase de qualificação Em relação aos cadetes, Portugal eliminou a Suécia por 3-0 na 1ª ronda, com os seguintes parciais:

Gastão Elias, João Sousa, Luís Nascimento e Miguel Alves

João Sousa – Rasmus Jonasson 6-3;7-5 Gastão Elias – Otto Sauer; 6-2;6-3 Gastão Elias/ João Sousa – Rasmus Jonasson/ Otto Sauer: 7-5; 4-6; 6-1

Na meia-final, a nossa equipa perdeu com a Espanha por 1-2, com os seguintes parciais: João Sousa – Abraham Gonzales: 0-6; 4-6 Gastão Elias – Gerard Granollers: 6-4;6-4 Gastão Elias/ João Sousa – Abraham Gonzales/ Gerard Granollers: 3-6;2-6 No jogo de apuramento dos 3º e 4º lugares, a selecção nacional impôs-se à Bélgica por 3-0, garantindo, assim, o último lugar no pódio. Miguel Alves – David Goffin: 7-6; 6-1 Gastão Elias – Germain Gigounon: 6-4; 7-6 Gastão Elias/João Sousa – David Goffin/Korneel Sanders: 6-1;6-1

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Entrevista – Martim Trueva P: Federação Portuguesa de Ténis – Como surgiu o gosto pelo ténis? R: Martim Trueva – O meu pai e o meu irmão jogam ténis. Desde muito cedo comecei a gostar desta modalidade e hoje em dia estou muito feliz pela escolha. P: FPT – Com que idade começaste a praticar? Onde? Com quem? R: MT – Aos 6 anos de idade no Clube de Ténis do Funchal. Com o meu treinador Jorge Gonçalves e por vezes com o meu pai e o meu irmão. P: FPT – Quantas horas de treino técnico e físico tens por dia? R: MT – Treino todos os dias duas horas de treino técnico e uma hora de físico três vezes por semana. P: FPT – Como é a tua rotina diária? R: MT – De manhã tomo um duche para acordar, depois o pequeno-almoço e de seguida vou para a escola. Ao chegar à escola tenho um pequeno convívio com os meus colegas antes de começar as aulas. Depois das aulas, almoço e vou à fisioterapia (às 3ª e 6ª feiras). Também tenho aulas à tarde (às 2ª e 4ª feiras). Após as mesmas vou para o treino de ténis (todos os dias). À noite janto, vejo TV e vou dormir. Ainda estudo nos intervalos da minha rotina diária. P: FPT – Como concilias a vida escolar com a vida desportiva? R: MT – É um pouco complicado, mas tento estar atento nas aulas. Quando me ausento para torneios é mais difícil pois tenho de estudar a matéria dada na minha ausência. Até agora tive boas notas. P: FPT – Como ocupas os teus tempos-livres? R: MT – Nos meus tempos livres (que são poucos) vejo um pouco de televisão, jogo "PLAYSTATION 2" e gosto de navegar na Internet. P: FPT – Quais os teus objectivos em termos da vida tenística? R: MT – Só tenho um objectivo por agora que é me tornar profissional de ténis. P: FPT – O que significa para ti teres chegado às meiasfinais do torneio Les Petits As, resultado que foi alcançado também por jogadores como Marat Safin? R: MT – Foi muito bom porque, não estava à espera de atingir tal feito mas ainda é muito cedo para definir alguma coisa; agora é continuar a treinar e dar sempre o meu melhor nas competições.

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Entrevista – Martim Trueva P: FPT – Contribuíste juntamente com os teus colegas para que Portugal chegasse pela 1ª vez à fase final das Winter Cups. Qual a sensação de terem conseguido esse feito? R: MT – Ficámos surpreendidos porque há algum tempo que Portugal não conseguia tal resultado. Demos o nosso melhor. P: FPT – Achas que Portugal tem condições para obter um bom lugar nesta fase final? R: MT – Em primeiro lugar vamos competir com as melhores equipas da Europa em que estamos também incluídos. Vamos dar o nosso melhor nesta fase final para tentar fazer história. P: FPT – Como tem sido a experiência no mundo do ténis? R: MT – Tem sido boa, porque estamos num meio, onde fazemos muitos amigos e nos divertimos. P: FPT – Já te aconteceu alguma história engraçada durante um torneio? R: MT – ??????????? :)

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Participação portuguesa em torneios internacionais XII Taça Internacional Maia Jovem 2005 – Maia (28 de Março a 3 de Abril) Este torneio foi promovido à Categoria 1, máximo nível nos torneios do calendário europeu, como é o caso do Les Petits As. - Pedro Palha - Martim Trueva - André Caiado - Miguel Almeida - José P. Alves - João P. Valverde - Diogo Monteiro - Pedro Lopes - Octávio Torres - Rodrigo Carvalho - Francisco Dias

- Bernardo Fernandes - Filipe Rodrigues - Ricardo Reis - Pedro Campelo - Miguel Horta - José Barreto - José Calejo - Bruno Abrantes - Rui Cardoso - João Nascimento

- Demi Rodrigues - Ana Claro - Charlote Pires - Patrícia Guerreiro

23rd International Junior Championships of Croatia – Croácia (15 a 20 Março): Miguel Alves e Pedro Sousa 35th Banana Bowl – Brasil (14 a 20 Março): Miguel Alves e Pedro Sousa 27th Gerdau Tennis Cup – Brasil (21 a 27 Março): Miguel Alves e Pedro Sousa 3rd International Tourn. Under 16 – República Eslovaca (21 a 27 Março) - Francisco Azevedo - Luís Claro - Guilherme Mata - João Guimarães 30th City of Florence International Tournament – Itália (23 a 28 Março): Miguel Alves e Pedro Sousa EJT U16 Pro Ten Cup 2005 – República Eslovaca (28 de Março a 3 de Abril) - Luís Claro - João Nuno Brito - César Sousa - João Bastos - Guilherme Mata - Vítor Silva - João Guimarães - Diogo Montenegro International Youth Tennis Tournament – Anderlecht – Bélgica (28 de Março a 3 de Abril) - Maria Guerreiro - Vítor Silva - Teresa Araújo - Diogo Montenegro - Luís Claro - João Nuno Brito - João Bastos - César Sousa 3rd Sfax ITF Tournament – Tunísia (29 Março a 2 Abril) - Gonçalo Falcão - Miguel Oliveira - Pedro Sousa 16th Mitsubishi – Lancer International Juniors Championships – Filipinas (29 de Março a 3 de Abril): Pedro Sousa

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Artigo Científico de Saúde Abílio José Almeida Costa Licenciado em Enfermagem Portador da cédula profissional nº 5-E-08573 passada pela Ordem dos Enfermeiros e do Certificado de Aptidão Profissional nº EDF – 33521/2003 do I.E.F.P

“Cuidados para evitar a desidratação nos atletas de ténis” RESUMO: A desidratação é uma deficiência de água no organismo. Durante o exercício físico, o atleta perde água e minerais o que leva à diminuição do seu desempenho e o predispõe ao aparecimento de cãibras. A forma ideal de repor o equilíbrio hídrico depende da intensidade e duração do exercício físico.

INTRODUÇÃO: A sudação intensa devido ao exercício vigoroso e à sujeição a ambiente quente levam ao défice de água no corpo humano. Outras causas possíveis deste problema são: vómitos, diarreia, diminuição do consumo de água e febre. Nos jogos de ténis em que se verifica forte perda de água e minerais, o técnico de saúde responsável terá que tomar procedimentos adequados a fim de minimizar o risco. Especial atenção requerem os tenistas mais jovens que naturalmente estão menos atentos ao problema.

PREVENÇÃO ANTES DA COMPETIÇÃO:

Cerca de duas horas antes do exercício físico, o atleta deve começar a ingerir líquidos até trinta minutos antes, momento a partir do qual deve parar de beber. Em média é recomendado cerca de 500 ml de líquido, em pequenas quantidades e em intervalos de tempo regulares (por exemplo de 15 em 15 minutos), nunca ultrapassando os valores mencionados no seguinte quadro: LÍQUIDO A INGERIR ANTES DA COMPETIÇÃO (quantidade máxima) Peso do atleta (kg)

Quantidade de líquido a ingerir (ml)

40

480

60

720

80

960

Nota: Tomou-se em consideração que a capacidade máxima de absorção do intestino é de 12 ml/kg peso/hora.

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Artigo Científico de Saúde DURANTE A COMPETIÇÃO:

O atleta não pode depender da sensação de sede para começar a beber pelo facto da retenção da água e a diluição de sódio que ocorre no plasma extinguirem o reflexo da sede. Durante o exercício em que sudação do indivíduo é intensa e prolongada, deve haver um consumo de cerca de 150 ml de líquidos a cada 15 a 20 minutos para repor as perdas de suor. Equivale a cerca de 600 ml/hora dependendo das características fisiológicas do tenista. A bebida a ingerir deve estar ligeiramente fresca. Em média, em exercícios mais prolongados, são preferíveis as bebidas que contenham cerca de 4 a 8% de hidratos de carbono e 0,5 a 0,7g de sódio por litro. Em exercícios inferiores a uma hora e menos intensos pode optar-se apenas por água.

APÓS A COMPETIÇÃO:

A hidratação pós exercício representa um desafio para o atleta, principalmente quando ocorrem sucessivas competições, como acontece em torneios de ténis. A perda de peso ocorrida durante o treino ou competição indica a quantidade de líquido perdido. Os atletas devem beber 1 a 1,5 l por cada kg de peso perdido. No quadro a seguir representam-se alguns valores de referência das quantidades de líquido a ingerir após a competição em função da perda de peso corporal verificado na competição.

LÍQUIDO A INGERIR APÓS A COMPETIÇÃO Perda de peso na Quantidade de líquido a Tempo de ingestão (horas) competição (kg) ingerir (litros) 1 1,5 2 2 3,0 4 3 4,5 6 Nota: não beber mais de 800 ml/hora. Ingerir quantidades de água com uma rapidez maior do que a velocidade dos rins a eliminá-la, é prejudicial.

Os valores apresentados devem ser adaptados às características de cada atleta atendendo à quantidade de suor produzido e à concentração de sódio no suor.

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Artigo Científico de Saúde EM CASO DE DESIDRATAÇÃO

SINTOMAS Caso se descure o processo de hidratação corporal e aconteça o desequilíbrio hídrico, são sintomas de alerta: visão turva, palidez, aumento da frequência cardíaca, aumento da temperatura do corpo, sensação de fraqueza e fadiga muscular, respiração ofegante, diminuição da eliminação do suor, sensação de desmaio, náuseas e vómitos.

TRATAMENTO O técnico de saúde terá uma atitude diferente consoante o grau de desidratação do atleta. Na desidratação ligeira a ingestão de água natural pode ser suficientes. No caso de se ter verificado perda de electrólitos em simultâneo, então deve repor-se o sal. Podendo este ser adicionado à água ou, de preferência, adicioná-lo à primeira refeição após o exercício físico. Em relação às bebidas isotónicas pré preparadas, criadas para repor os sais (electrólitos), nem todas apresentam os requisitos óptimos mas algum constituem um meio auxiliar para prevenir ou curar a desidratação ligeira do atleta. Se o grau da desidratação for mais grave terá que haver uma intervenção específica, do técnico de saúde competente, de acordo com os sintomas detectados, nomeadamente, administração por via endovenosa de soluções que contenham cloreto de sódio, no caso em que a queda de pressão arterial cause ameaça ou mesmo estado de choque.

CONCLUSÃO: Actualmente o praticante de ténis está informado do risco que representa a desidratação. Cabe no entanto ao técnico de saúde a responsabilidade de aplicar um plano de hidratação em conformidade com as características do atleta de forma a que o equilíbrio hídrico seja reposto da forma mais adequada.

BIBLIOGRAFIA American College of Sports Medicine - Exercise and flid replacement: A position stand. Medicine and Science in Sports and Exercice - 1996 Bergeron, M.F.; L. E. Armstrong; & C.M. Maresh - Fluid and electrolyte losses during tennis in the heat - Clin. Sports Med - 1995 Jacob Francone Lossow – Anatomia e Fisiologia Humana – 1990 Merck Sharp & Dohme – Manual Merck

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Artigo de Opinião Olhar para onde?

Quando nos referimos às carreiras brilhantes de Luís Figo ou de Rui Costa ou de todos os que tiveram a sorte de fazer parte de um grupo coordenado pelo Prof. Carlos Queirós, ao tempo Técnico da Federação de Futebol, teremos que pensar que o que lhes deu origem foi um trabalho suficientemente suportado pela moderna gestão desportiva com recurso a todas as outras ciências do desporto. É por isso, só porque foi organizado e programado a prazo deu resultado. Mas, simultaneamente, esteve em risco de ficar pelo caminho pela contestação de que foi alvo por parte de quem muito provavelmente hoje se delicia sentado na bancada de um qualquer estádio de futebol. Sem querer estabelecer paralelismos com os desportistas atrás referidos queria lembrar que, o aparecimento do Nuno Marques ou do João Cunha e Silva, apesar do apoio federativo concedido, só se verificou por via de um abnegado esforço pessoal. De facto a cadeia de desenvolvimento do Ténis Nacional ainda não foi desenhada de forma a garantir o aparecimento natural de jogadores de nível internacional. Ao longo dos anos, a existência dos Borg, dos Becker, das Steffi ou das Arantxa, fez-nos sempre “olhar para cima”, numa ânsia desmedida de poder fazer lá chegar algum dos nossos. Só que os lugares cimeiros das classificações internacionais não “caem do céu aos trambolhões”. O enquadramento técnico de todos quantos atingem aquela notoriedade, é conhecido, está estudado e ajudou a criar metodologias que hoje são reconhecidas pela comunidade científica desportiva. Ainda por cima, toda a investigação compilada a propósito, tal como diz o anúncio, “está à distância de um clic”. É indispensável criar condições para acolher a experiência dos que já trilharam o caminho do sucesso. É preciso que nos organizemos assumindo um tempo que a vida leva a preparar, sem a fobia do imediato que tem provado ser a pior inimiga de um processo que terá que ser suficientemente sustentado para se conseguirem resultados. Deposito muita esperança na proposta que está a ser elaborada para a reformulação do Quadro Competitivo Nacional que irá desencadear forçosamente a alteração dos já desactualizados Regulamentos Técnicos. Acreditamos que a par, o desenvolvimento do relacionamento com o Desporto Escolar venha dar origem a uma nascente de futuros amantes da modalidade. Já convivi com mais do que uma geração de jogadores portugueses que nasceram, viveram e desapareceram de cena sem nunca ultrapassarem o estatuto de “esperanças”. Por isso tomei a decisão de investir ainda mais tempo a “olhar para baixo”.

Alfredo Laranjinha laranjinha@fptenis.pt

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Marketing A Análise SWOT O marketing é uma área complexa e bastante abrangente, existindo várias especializações desta temática, como, por exemplo, o marketing social ou o marketing político. O marketing desportivo é, igualmente, uma realidade nos dias de hoje e é com uma forte veemência que ele se tem vindo a impor num mundo complexo e pleno de especificidades como é o mundo do desporto e tudo aquilo que o envolve. Com este artigo não pretendo especificar todos os meandros do marketing desportivo, porque isso daria uma verdadeira tese, mas apenas irei procurar apresentar determinadas “dicas” que poderão ajudar clubes, associações e outros organismos a estudar a sua realidade e daí tirar conclusões que permitam melhorar e fortalecer os seus serviços e desempenho. O marketing, ao contrário do que muitos pensam, não se reduz a publicitar e vender um produto. O marketing é, assim, uma disciplina que nos fornece determinadas técnicas e estratégias que nos possibilitam alcançar um savoir faire essencial para poder actuar em vários contextos. De uma forma simples, o marketing é constituído por 4 áreas diferentes, os chamados 4 P’s do marketing: o produto (product), o preço (price), a distribuição (place) e o mix comunicacional (promotion) que é composto pelas diferentes formas que existem para comunicar a nossa mensagem. Aí podemos falar da publicidade, das relações públicas, do marketing directo, das promoções, do emarketing, entre outras. Neste artigo abordarei especificamente a análise SWOT, um instrumento eficaz que permite aos clubes, associações e outros organismos realizar um levantamento da sua situação actual e analisá-la posteriormente. Esta análise consiste na definição das suas forças (stregths) e fraquezas (weakness), tal como, no estabelecimento das oportunidades (opportunities) e das ameaças (threats) que existem. Depois deste levantamento ter sido feito, cabe-nos, então, uma tarefa de análise dos resultados obtidos, para que possamos chegar a determinadas conclusões que nos permitam traçar atentamente um plano de acção que deverá obedecer aos objectivos pré-estabelecidos. Para que não se verifique um afastamento dos objectivos e do plano de acção deve existir um controlo e uma avaliação constantes para que as metas desejadas sejam alcançadas, respeitando o caminho que se estabeleceu. Caso exista a consciência que o plano que se traçou não é o mais adequado quando se parte para as questões mais práticas, então, deverá existir uma reavaliação das conclusões e, consequentemente, o reajuste do plano. Na próxima Newsletter procurarei abordar outras áreas de interesse no âmbito do Marketing que possam ter uma aplicação prática na vida dos clubes, para que em conjunto possamos trabalhar para o desenvolvimento da modalidade da nossa eleição: o ténis.

Maria Lanita – Estagiária em Marketing e Comunicação marialanita@fptenis.pt

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Artigo de Opinião Assembleia-Geral FPT Fidelizar os nossos praticantes… As modalidades desportivas mais representativas das federações no nosso país vivem dias difíceis no que respeita à captação de novos filiados, mas também no que respeita à fidelização dos praticantes desportivos. A crescente concorrência, o aparecimento de organizações privadas que apostam forte na qualidade dos seus serviços, possuindo recursos humanos qualificados nos seus quadros, novas e emocionantes actividades desportivas, têm contribuído para o abandono por parte de muitos dos seus filiados. No caso do ténis devemos considerá-los como concorrentes na captação de recursos. Assim sendo, revela-se a extrema importância dos nossos colaboradores. Estes devem possuir capacidades que lhes permitam não apenas fazer trabalhos burocráticos, mas com toda a certeza inovar. Objectivando, inovar não é tarefa fácil, exige trabalho e pesquisa constantes, análise dos conhecimentos anteriores e espírito empreendedor. Todos estes processos estarão facilitados se já os tivermos colocado em prática no passado. Hoje as organizações desportivas públicas devem definir estratégias de desenvolvimento, com base na melhoria dos seus recursos, só desta forma podendo competir com outras organizações, oferecendo serviços de qualidade aos seus associados. No ténis verificamos uma taxa total de abandono anual que ronda os 5.000 praticantes, com especial foco nas faixas etárias mais jovens, com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos, pelos mais variados motivos. Este valor parece não ser expressivo, uma vez que o número de novos filiados, anualmente, acompanha o número de saídas. Se conseguíssemos fidelizar todos os nossos praticantes, num só ano teríamos um aumento aproximado de 13.000 para 18.000 filiados. Este aumento seria um indicador excepcional, uma vez que o apoio financeiro do I.D.P às federações tem em conta o número de praticantes federados. Este abandono é da responsabilidade de todos os agentes que fazem parte do mundo do ténis. Os treinadores têm um papel fulcral, uma vez que intervêm directamente nos processos de treino. Os clubes, devem fazer um esforço no sentido de saberem sempre quais os treinadores que atraem mais praticantes e com eles originar estratégias de captação e fidelização. O facto de um treinador ajudar a formar um atleta de elite, faz dele um bom treinador? É importante ter atletas de referência, mas também treinadores à altura. Assim sendo, como resposta à questão é evidente que é bom treinador. Os clubes deverão possuir treinadores versáteis, com capacidade para trabalhar com praticantes que buscam resultados competitivos, mas também com todo o universo de praticantes que procura o ténis, alguns até por mera recreação. Todos os praticantes são importantes e devem ser encarados como recursos escassos. É deles que vivem os clubes, as associações, e as federações. Devemos ter sempre em conta que mais grave do que um praticante abandonar o clube será concerteza deixar definitivamente o ténis.

Hugo Crispim – Estagiário em Gestão de Desporto/Sector Técnico da FPT hcrispim@hotmail.com

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Torneios Internacionais Golden Island Satellite Circuit Esta competição, de 25 mil dólares em prémios monetários, foi co-organizada pela Atlântico Ténis e pelo Piti Ténis Clube, tendo decorrido nos 'hardcourts' do Complexo de Ténis de Porto Santo. Rui Machado foi o grande vencedor do circuito ao ter ganho 2 etapas, ter chegado às meias-finais da 3ª etapa e aos quartos-de-final do Masters.Com estes resultados, o nosso atleta angariou 33 pontos para o ranking ATP, ocupando agora a 330ª posição.

Em Março ¾ EVENTOS

¾ TORNEIOS

O vencedor do Masters foi o búlgaro Todor Enev, quarto cabeça-de-série, que derrotou na final o italiano Alessandro Piccari por 6-3 e 6-1.

Portugal F1 Futures

Frederico Gil conquistou o seu primeiro torneio internacional, prova de 10 mil dólares, ao vencer a final do Future de Faro.

Frederico bateu na final o espanhol Marcel Granollers-Pujol por 6-2, 6-7 (3/7) e 6-3. Com este excelente resultado, o nosso atleta arrecada 12 pontos para o ranking ATP, o que lhe vai permitir saltar da 635ª posição para a 610ª, a sua melhor classificação de sempre.

Árbitros Internacionais Carlos Ramos •

4-6 Março – Taça Davis – Roménia v Bielorussia

Carlos Sanches (Supervisor ATP) - Semana 07 Março – Kyoto (Japao) Challenger - Semana 14 Março – Ho Chi Mihn (Vietname) Challenger

Nos dias 19 e 20 de Março a FPT voltará a estar presente no Pavilhão do Conhecimento com um campo de mini-ténis situado no Ciber Café.

Azores Open 2005 entre os dias 29 de Março e 3 de Abril em Ponta Delgada (iniciados masculino e feminino). XI Lawn Tennis Club Tournament entre os dias 21 e 27 de Março em Angra do Heroísmo. XII Taça Internacional Maia Jovem entre os dias 28 de Março e 3 de Abril na Maia. 23rd International Junior Championships of Croatia entre os dias 15 e 20 de Março na Croácia. 35th Banana Bowl entre os dias 14 e 20 Março no Brasil. 27th Gerdau Tennis Cup entre os dias 21 e 27 Março no Brasil. 3rd International Tourn. Under 16 entre os dias 21 e 27 Março na República Eslovaca. 30th City of Florence International Tournament entre os dias 23 e 28 Março na Itália. EJT U16 Pro Ten Cup 2005 entre os dias 28 de Março e 3 de Abril na República Eslovaca. International Youth Tennis Tournament – Anderlecht – entre os dias 28 de Março e 3 de Abril na Bélgica. 3rd Sfax ITF Tournament entre os dias 29 Março e 2 Abril na Tunísia. Future Lagos entre os dias 1 e 6 de Março em Lagos. Taça Davis entre os dias 4 e 6 de Março na Estónia. Future Lagos entre os dias 8 e 13 de Março em Lagos. Copa Ibérica I entre os dias 18 e 20 de Março em Lisboa (+40 F; 45 M; +50 F; +55M; +60 M; +65 M).

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