Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE | FEVEREIRO 2021
JC FERRERO SPORT ACADEMY
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Êxitos a abrir
UM INÍCIO FELIZ warming up
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Federação Portuguesa de Ténis
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início da campanha de tenistas portugueses nos circuitos internacionais nesta época foi feliz. Francisca Jorge conquistou um título em pares, em Espanha, enquanto Gastão Elias foi campeão igualmente no país vizinho e Nuno Borges na Turquia, de onde regressou a Portugal com uma «dobradinha». Estes quatro títulos, dois em pares e outros tantos em singulares, um dos quais num torneio de 25 mil dólares, foram conseguidos com garra e competência, as principais caraterísticas do ténis português. Estes quatro títulos deixaram no ar o perfume do ténis português e não só demonstraram que a qualidade está assegurada no futuro com a nova vaga, interpretada por Francisca Jorge e Nuno Borges, como provaram que muitas expetativas podem ser colocadas no experiente Gastão Elias, afetado por lesões em fase anterior da carreira, mas ainda com muito para dar. Ao longo dos anos, o ténis português tem deixado em todo o mundo uma marca indelével, não só nos seniores — nos circuitos profissionais — como nos escalões juvenis. Não foi só João Sousa, mais recentemente, a espalhar perfume, como Nuno Marques, o primeiro português a entrar no top 100 mundial, e Michelle Larcher de Brito, a menina prodígio que atingiu um patamar muito alto no ténis português feminino, o fizeram em períodos diferentes. Lembro aqui também que Portugal já teve um número um no ranking mundial de juniores — João Cunha e Silva —, na mesma classificação em que, anos mais tarde, Gastão Elias e Frederico Silva — este ano, pela primeira vez num quadro principal de singulares de uma prova do Grand Slam, ao ultrapassar o qualifying do Australian Open — atingiram a sexta posição e Fred Gil foi décimo. Sendo Portugal um país pequeno e periférico, num continente com potências no ténis, temos de nos orgulhar do passado, não só de todos os que referi como de outros mais, sem exceção, que contribuíram para o ténis português. Todos deram algo no passado para que no presente o perfume do ténis português ainda se solte e encha qualquer court, em qualquer latitude e longitude, de uma fragância indistinta.
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt | www.tenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
winner MAIA OPEN 2020
ANDRÉ FERREIRA MILLENNIUM ESTORIL OPEN UNITED PRESS / JOSÉ RASQUINHO
BEATRIZ RUIVO
VALE DO LOBO TENNIS ACADEMY AELTC / TIM CLAYTON
NUNO BORGES ASSINOU «DOBRADINHA» EM ANTALYA, NA TURQUIA
ÊXITOS A ABRIR A TEMPORADA FRANCISCA JORGE, GASTÃO ELIAS E NUNO BORGES TÊM RAZÕES PARA SORRIR NESTE INÍCIO DE TEMPORADA, NO CIRCUITO PROFISSIONAL DA ITF. OS TRÊS TENISTAS PORTUGUESES FORAM CAMPEÕES. DOIS TÍTULOS FORAM OBTIDOS NAS COMPETIÇÕES INDIVIDUAIS, IGUAL NÚMERO NA VARIANTE EM PARES.
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BEATRIZ RUIVO
título em pares no ITF Women World Tennis Tour. O título de Francisca Jorge em Villena sucedeu aos quatro anteriores, conquistados pela portuguesa em parceria com a espanhola Olga Parres Azcoitia: no Santarém Ladies Open, em 2020; e em Lousada, Figueira da Foz (o único num evento de 25 mil dólares) e Amarante, em 2019. O primeiro título em pares no circuito profissional foi obtido em 2016, no Cantanhede Ladies Open, ao lado de Marta Oliveira. Com a conquista em Espanha, Francisca Jorge aumentou para nove os títulos em torneios do ITF Women World Tennis Tour, três dos quais em singulares, todos averbados em Lousada, um em 2019 e dois em 2018 (duas semanas consecutivas). Neste ano, Francisca Jorge já ti-
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começo de época não podia ser melhor para Francisca Jorge. A número portuguesa na hierarquia mundial na atualidade foi campeã em pares, no W15 Manacor, em Espanha. Na academia do espanhol Rafael Nadal, Francisca Jorge e a parceira holandesa Stephanie Judith Visscher ergueram os troféus de vencedoras, após o embate com a dupla primeira cabeça de série, constituída pela italiana Camilla Rosatello e pela russa Ekaterina Yashina. A dupla luso-holandesa, terceira pré-designada, começou por consentir o primeiro set, mas acabou por vencer o segundo e impor-se com autoridade no match tiebreak, fechando a final do torneio de 15 mil dólares com os parcelares de 6-7 (4), 6-3 e 10-2. Francisca Jorge somou o sexto
FRANCISCA JORGE, CAMPEÃ NO MASTERS CIRCUITO SÉNIOR FPT, EM JANEIRO, CONQUISTOU NA ACADEMIA DE RAFAEL NADAL O SEXTO TÍTULO EM PARES NO CIRCUITO PROFISSIONAL DA ITF
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GASPAR LANÇA
nha sido campeã individual no Masters Circuito Sénior FPT, em janeiro, na nave de courts cobertos do Jamor. Foi o primeiro torneio de Francisca Jorge nesta temporada, seguindo-se depois dois W15, o primeiro em Manacor e o segundo em Villena, também em Espanha.
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Ao palmarés, Elias adicionou o 13.º título em singulares, dos quais sete foram alcançados no ATP Challenger Tour (Rio de Janeiro, 2012; Santos, 2013; Lima e Guayaquil, 2015; Turim e Mestre, 2016; Campinas, 2017). Gastão Elias arrecadou o segun-
mente na primeira competição do ano, Gastão Elias regressou aos títulos em Villena, no torneio W25 promovido na academia do espanhol Juan Carlos Ferrero. Elias teve um percurso irrepreensível até à final. Nos quatro encontros que antecederam o confronto decisivo, o tenista português não consentiu qualquer partida e, na primeira eliminatória, nem sequer cedeu um único jogo ao norteamericano Tristan Sarap. Na final da prova em hard court, Gastão Elias permitiu o triunfo no primeiro set ao norueguês Holger Vitus Rune. O tenista natural da Lourinhã lançou-se em busca do prejuízo e concluiu com sucesso a reviravolta, com os parciais de 3-6, 6-2 e 6-1.
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Elias. Igual-
GASTÃO ELIAS (À DIREITA) E O NÓRDICO HOLGER VITUS RUNE, EM VILLENA. O TENISTA PORTUGUÊS SAGROU-SE CAMPEÃO
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AUSTRALIAN OPEN
FREDERICO SILVA JOGOU O PRIMEIRO ENCONTRO NUM QUADRO PRINCIPAL DE SINGULARES DE UM EVENTO DO GRAND SLAM
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do título em singulares consecutivo em provas de 25 mil dólares, depois de ter conquistado o M25 Porto, em outubro do ano passado. Nesta final do Porto Open, no Complexo de Ténis do Monte Aventino, Elias levou a melhor sobre Nuno Borges, que, com uma temporada de 2020 brilhante, deixou grandes expetativas para este ano. O facto é que Nuno Borges teve um início de ano em grande. Depois do título individual no Masters do Circuito Sénior FPT, o tenista da Maia participou em três torneios M15 em Antalya, na Turquia, atingindo as meias-finais nos torneios da primeira e segunda semanas, para fechar com a presença nas finais de singulares e pares no último evento. Nuno Borges saiu de Antalya com o título em singulares — numa final em que estava em vantagem por 6-4 e 3-3, quando o sérvio MilFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
jan Zekic desistiu —, fechando uma participação sem um único set consentido aos cinco adversários que enfrentou. Nuno Borges foi também campeão em pares nesse mesmo torneio, formando dupla com o norte-americano Alex Rybakov. Os dois discutiram o título com os italianos Jacopo Berrettini e Raul Brancaccio, terminando o recontro com 4-6, 7-6 (1) e 10-6. O par luso-americano tinha estado na final do M15 Antalya da primeira semana, mas Borges e Rybakov terminaram como vice-campeões, pois os italianos Raul Brancaccio e Davide Galoppini venceram o encontro, com 2-6, 6-4 e 10-7. Em Antalya, Nuno Borges averbou o segundo título em singulares em torneios no estrangeiro, o décimo no total. Em pares, o maiato foi campeão pela sétima vez no ITF Men World Tennis Tour, a primeira fora de portas.
PRIMEIRA VEZ Frederico Silva logrou entrar pela primeira vez no quadro principal em singulares (seniores) do Open da Austrália. O pupilo de Pedro Felner ultrapassou os três opositores no qualifying — o último, o francês Barrere, 111.º no mundo e cabeça de série número um na fase prévia realizada em Doha, no Catar — e juntou-se a Pedro Sousa no quadro principal de singulares do major australiano. Na estreia em quadros principais de singulares de provas do Grand Slam, Frederico Silva jogou com Nick Kyrgios, 47.º mundial. O australiano venceu com um triplo 6-4.
TÉNISOPEN 2020 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DEMAIA
ANDRÉ FERREIRA
coach
BEATRIZ RUIVO D.R.
Nuno Borges
ENTRE AS NAÇÕES DE NÍVEL OURO PORTUGAL É UM DOS DEZOITO PAÍSES DO MUNDO NO NÍVEL MAIS ELEVADO NA FORMAÇÃO DE TREINADORES
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partamento de formação da Federação Portuguesa de Ténis, refere que a certificação Gold «é um reconhecimento importante, que permite também que os graus dos treinadores em Portugal sejam reconhecidos mais facilmente em outros países com certificação semelhante, facilitando a circulação de treinadores». O responsável da Federação Portuguesa de Ténis acrescenta que «o reconhecimento é um garante de
Federação Portuguesa de Ténis voltou a ser reconhecida com a certificação Gold, atribuída pela ITF aos mais evoluídos sistemas de formação de treinadores no mundo, que obedecem a critérios e padrões como a qualidade dos preletores e dos cursos promovidos num ano e as ferramentas de apoio utilizadas. César Coutinho, diretor do de-
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qualidade» e assinala que «os cursos de treinadores e formações» em Portugal «estão ao nível dos melhores do mundo, contribuindo, assim, a médio prazo, de forma decisiva para uma evolução da qualidade dos intervenientes no terreno». «Sabemos que treinadores qualificados e motivados são um dos grandes motores do desenvolvimento de qualquer modaA FEDERAÇÃO PORTUGUESA lidade, pelo que a DE TÉNIS ESTÁ APOSTADA EM QUALIFICAR E MOTIVAR qualidade da inforOS TREINADORES. ASSIM, TORNA-SE mação e formação POSSÍVEL O AUMENTO DE PRATICANTES que têm disponível ‘dentro de casa’ é fundamental para atingirem o seu máximo potencial enquanto treinadores. Só com trei- tro dos cursos de treinadores, com nadores no seu máximo potencial uma parte online de base conjugada conseguimos que os jogadores macom uma parte presencial mais esximizem o seu potencial, algo que pecífica nos três níveis atuais de curtodos queremos para o ténis nacio- sos de treinadores». nal», afirmou. Austrália, Espanha e França César Coutinho reforça que «estão a avançar, neste momento, «um treinador qualificado pode aucom sistemas semelhantes» ao mentar o número de praticantes de B-learning, aplicado em Portugal em forma decisiva, retendo os mesmos 2019, e «a própria ITF estava, no na modalidade, como também irá ano passado, a finalizar a mesma dar oportunidade aos jovens jogaideia». dores que têm mais potencial de se O B-learning «tem funcionado desenvolverem eficazmente perto muito bem, aumentando o tempo de de casa nas faixas etárias mais baiassimilação dos conteúdos», o que xas». permite «mais tempo para focar aspetos mais específicos durante o tempo presencial». B-learning. O diretor do deCom isso, sublinha César Coutipartamento da formação da Fedenho, «a avaliação mais prática, e com ração Portuguesa de Ténis lembra base em aplicação dos conceitos em que Portugal foi «dos primeiros situação real dentro do enquadrapaíses a nível mundial a avançar mento de cada formando, aumenta com um sistema de B-learning dena necessidade dos mesmos criarem
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REGISTO Além de Portugal, outros 17 países têm certificação Gold na formação de treinadores: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Cuba, Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Itália, Noruega e Suíça. A certificação Gold atribuída pela ITF é a primeira de quatro níveis. A mais alta é Gold, seguindo-se: Silver (sete nações atualmente), Bronze (17) e White (4).
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Sistema misto. César Coutinho realça que «a conjugação da parte online com a parte presencial mais específica, rentabilizando recursos e potenciado a aprendizagem», está-se «a começar a aplicar em outros projetos e workshops
dentro do departamento». «Um exemplo disso são os workshops Play & Stay — um projeto de larga escala, conjugado com o departamento de fomento» da Federação Portuguesa de Ténis. «Através desse sistema misto, teremos cerca de 40 workshops espalhados pelo país em 2021, com o objetivo de formar cerca de 1.000 professores de Educação Física, tentanto, assim, aumentar a importância do ténis ao nível das escolas, com ligação aos clubes locais», adianta César Coutinho. Deste modo, a Federação Portuguesa de Ténis «é também pioneira, tendo sido a primeira federação desportiva com certificação oficial para formar professores de Educação Física a nível nacional e uma das primeiras federações a nível mundial a fazer formações conjugadas para treinadores e professores, de modo a potenciar a sua evolução e colaboração».
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competências para operacionalização das matérias aprendidas». «Este modelo está ao nível (e, em alguns casos, na vanguarda) do que de melhor se faz a nível mundial», frisa César Coutinho, aludindo à avaliação que tem sido feita. «Todos os preletores de nível internacional que têm vindo a Portugal, enquadrados no nível 3 e no Simpósio Nacional de Treinadores, bem como os que temos encontrado em simpósios internacionais, têm elogiado o nosso sistema de formação e o modelo B-learning implementado, reconhecido igualmente pela ITF, com a revalidação da certificação Gold».
CÉSAR COUTINHO (NA FOTO, À ESQUERDA), COM LEONARDO TAVARES, RUI MACHADO, PEDRO FELNER E O ESPANHOL JOFRE PORTA, EX-TREINADOR DE RAFAEL NADAL, DURANTE O ÚLTIMO SIMPÓSIO NACIONAL DE TREINADORES, EM VILAMOURA
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BEATRIZ RUIVO
winner
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RUI MACHADO
EM DOIS COMITÉS PELA SEGUNDA VEZ RUI MACHADO E PEDRO LOBÃO ESTÃO ENTRE OS 79 REPRESENTANTES QUE COMPÕEM OS CINCO GRUPOS DE TRABALHO
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Rui Machado e Pedro Lobão compõem o grupo de 79 representantes nomeados para os vários comités, num processo que envolveu 34 dos 50 países membros da Tennis Europe, na qual Portugal está filiado. A designação dos elementos para os cinco comités realizou-se, como sucede em cada período de mandato, após a eleição do Board da Tennis Europe, no final do ano passado,
té 2023, dois portugueses voltam a integrar comités da Tennis Europe. Rui Machado, coordenador técnico nacional, faz parte do Pro Tennis & Officiating Committee, enquanto Pedro Lobão, coordenador nacional juvenil e de fomento da Federação Portuguesa de Ténis, é um dos membros do Junior Tennis Committee.
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PEDRO LOBÃO NUMA DAS AÇÕES DE TÉNIS JUVENIL NO CENTRAL DO JAMOR
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em Creta, na Grécia, na qual Ivo Kaderka tornou-se no primeiro checo a presidir à organização europeia. No Pro Tennis & Officiating ComPEDRO mittee, com o croLOBÃO ata Nikola Babic como chairman, Rui Machado, igualmente selecionador nacional na Taça Davis, é um dos 21 elementos, juntamente com representantes de França, Espanha, Itália, Eslovénia, Grécia, Holanda, Suíça, Rússia, Lituânia, Letónia, Malta, Turquia, República Checa, Estónia, Grã-Bretanha, Bulgária, Polónia, Croácia, Roménia e Israel. Pedro Lobão é um dos 26 representantes dos países membros da Tennis Europe no comité juvenil, superintendido pelo romeno Razvan Itu. O grupo de trabalho é composto por 25 nacionalidades: Portugal, Roménia (com dois elementos), Suécia, França, Bulgária, bão, a Tennis Europe tem ainda os Grécia, Turquia, Rússia, Itália, Eslo- grupos de trabalho de desenvolviváquia, Holanda, Croácia, Ucrânia, mento do ténis, de veteranos e de Israel, Áustria, Moldávia, Lituânia, padel. Chipre, Eslovénia, Polónia, RepúbliOs dois portugueses foram deca Checa, Grã-Bretanha, Espanha, signados para os dois comités da Alemanha e Letónia. Tennis Europe pela primeira vez Além dos dois comités integraem 2017, para um período até dos por Rui Machado e Pedro Lo2020.
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SANDRA LEITE
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wheelchair tennis
CATARINA AMORIM ENTRE CARLOS LEITÃO, PEDRO SILVA, JOÃO SANONA E JOÃO COUCEIRO
O MUNDO DENTRO DE VILAMOURA PORTUGAL VAI RECEBER EM MAIO A QUALIFICAÇÃO MUNDIAL, UM EVENTO QUE, PELA PRIMEIRA VEZ, JUNTA AS QUATRO ZONAS
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quatro quadrantes do globo em competição numa única prova de qualificação. O Campeonato do Mundo Equipas em Vilamoura, qualificação mundial, apurará as equipas para a fase final, prevista para Itália, em outubro. Face à pandemia do novo coronavírus, a fase final do Campeonato do
e 9 a 17 de maio, o ténis em cadeira de rodas volta à Vilamoura Tennis Academy, com a realização do Campeonato do Mundo Equipas, qualificação das zonas Europa, África, Ásia-Oceânia e Américas. Um evento inédito, uma vez que nunca antes se reuniram nações dos
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GASPAR LANÇA
ITF
Festival. Este
ano, o Campeonato do Mundo Equipas em Vilamoura, qualificação das zonas Europa, África, Américas e Ásia-Oceânia, vai reunir 48 nações, entre as quais Portugal, que vão competir em masculinos e femininos. Ao todo, serão 77 equipas, incluindo em quad, a disputarem a qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo Equipas, em outubro. Ellen de Lange, ccordenadora pelo departamento de ténis em cadeira de rodas da ITF, colocou grandes expetativas no Campeonato do Mundo Equipas em Vilamoura e realçou a experiência portuguesa na organização de eventos internacionais de ténis em cadeira de rodas, desde 2017. «Antecipamos que vai ser um grande evento. Portugal tem bastante experiência em receber uma série de qualificações europeias», disse, sublinhando: «Este ano, veremos nações vindas de todas as partes do mundo que garantirão um festival desportivo à escala mundial». Ellen de Lange revelou também otimismo e satisfação pelo facto de Portugal receber uma vez mais na Vilamoura Tennis Academy, em 2022, o Campeonato do Mundo
BRAGA OPEN 2019
Mundo Equipas em Vilamoura, que chegou a estar programado para maio do ano passado, realiza-se em 2022, na Vilamoura Tennis Academy.
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Equipas de ténis em cadeira de rodas, fase final. «As edições anteriores do evento, incluindo o evento deste ano, são todos eventos de qualificação com os vencedores a apurarem-se para o evento final do Campeonato do Mundo Equipas. O evento de 2022 vai atrair os melhores tenistas em cadeira de rodas do mundo que vêm a Portugal. A organização de elevada qualidade da FPT e a hospitalidade portuguesa verão, sem dúvida, um evento verdadeiramente emocionante», concluiu.
ELLEN DE LANGE TEM BOAS PERSPETIVAS PARA OS EVENTOS EM VILAMOURA, O PRIMEIRO ESTE ANO, COM A QUALIFICAÇÃO MUNDIAL, E O PRÓXIMO, A FASE FINAL DO CAMPEONATO DO MUNDO EQUIPAS
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Açores
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D.R. ANDRÉ FERREIRA
beach tennis
QUATRO SUPERKITS PARA O FOMENTO A ITF APOIA AS FEDERAÇÕES NACIONAIS COM EQUIPAMENTO, CONSTITUÍDO POR POSTES, REDES E RAQUETAS
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quetas —, no âmbito do programa de desenvolvimento do ténis de praia no mundo, em parceria com a Sandever. A ITF e Sandever estão a estudar a possibilidade de estender este programa de desenvolvimento a outras federações nacionais de todo o mundo até 2023, com o objetivo de
ortugal está no lote de 49 países contemplado com o superkit da ITF, um equipamento que permitirá um acréscimo de atividades de fomento do ténis de praia. A ITF disponibiliza um total de 189 superkits — cada conjunto é composto por postes, rede e ra-
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cional, da série BT10, integradas no ITF Beach Tennis Tour. O ténis de praia surgiu oficialmente em Portugal em 2005, com a realização do I Circuito Nacional de Ténis de Praia, uma organização da Federação Portuguesa de Ténis. O I Circuito Nacional de Ténis de Praia tinha uma categoria única e foi disputado por pares masculinos, femininos e mistos. Este tour, que teve grande adesão por parte de público e tenistas, alguns com carreira no ténis nacional, compunha-se de quatro torneios Open e o Campeonato Nacional.
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tornar a modalidade no mais popular desporto de praia. A Federação Portuguesa de Ténis foi contemplada com quatro superkits deste programa de desenvolvimento de ténis de praia da ITF, que consagra 29 estruturas federativas que, com este equipamento, realizam a primeira abordagem à modalidade. São os casos das federações de Indonésia, Malásia, África do Sul, Paquistão e Emirados Árabes Unidos, entre outras mais. Além das ações de promoção, este superkit pode igualmente ser utilizado em competições oficiais, quer a nível nacional quer interna-
HENRIQUE FREITAS E PEDRO MAIO, NA PÓVOA DE VARZIM, PALCO DE MUITOS TORNEIOS INTERNACIONAIS DE TÉNIS DE PRAIA
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ANDRÉ FERREIRA
BEATRIZ RUIVO
flash-interview
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Henrique Rocha
Miguel Gomes
«QUERO ATINGIR O TOP 100 ATP» POSICIONADO EM 76.º NO RANKING MUNDIAL DE JUNIORES, MIGUEL GOMES REPRESENTOU AS SELEÇÕES NACIONAIS DE SUB-14 E SUB-16 DESDE 2016
O ténis é... A minha vida. Jogo ténis porque… é um desporto que me desafia todos os dias a ser melhor jogador e pessoa. O que mais gosto no ténis é … conseguir superar-me para ter sucesso.
O que mais detesto no ténis é… perder. Para mim, treinar é… uma oportunidade nova para melhorar. O sucesso significa… concretização dos sonhos.
ção e aproveito o sabor da vitória. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... representar Portugal em competições internacionais. E a maior tristeza no ténis foi… a derrota decisiva contra a França, no apuramento para a fase final da Summer Cup, em 2019. Se eu mandasse no ténis… tornava-o num desporto mais acessível a todos. Em Portugal, o ténis precisa de… mais patrocínios a apoiar os jovens e de mentalidade profissional e vencedora. Um tenista português ou uma tenista portuguesa no top 10 dos rankings mundiais de ténis seria… feito inédito e consequente projeção do ténis em Portugal.
No ténis, quero atingir… o top 100 ATP.
Um bom treinador… é alguém que nos puxa aos limites e trabalha arduamente para o nosso sucesso.
Depois de vencer um encontro… faço as rotinas de recupera-
O meu torneio preferido é … Estoril Open.
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iliado no Clube de Ténis de Alcobaça, Miguel Gomes, de 17 anos, é um dos tenistas residentes no Centro de Alto Rendimento do Jamor. Natural da Nazaré, Miguel Gomes, que tem atualmente Rui Machado como treinador, começou a praticar ténis com cinco anos de idade.
CARREIRA Miguel Gomes contabiliza quatro títulos nacionais, todos em pares. Foi campeão nacional de sub-12 em 2014 (com Tiago Torres como parceiro) e no ano seguinte (ao lado de Vasco Prata. Em sub-14, foi campeão em 2017, conjuntamente com Pedro Graça. Em 2015, Miguel Gomes e Maria Carmo Ribeiro foram campeões em pares mistos. O primeiro título internacional que Miguel Gomes averbou foi em 2015, com a conquista do Azores Open U12, formando dupla com Eduardo Morais. Em 2017, Miguel Gomes e Pedro Graça venceram o 23.º Azores/Lawn Tennis Club Tournament U14. No palmarés, Miguel Gomes tem mais dois títulos em pares e tem três em singulares, todos alcançados em 2020.
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