Notícias do ténis
ANDRÉ FERREIRA
EDIÇÃO ONLINE | NOVEMBRO 2020
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O mundo cá dentro
A
afirmação é repetida vezes sem conta: este ano foi atípico. Vivemos uma dura realidade que afetou o ténis, rompendo com a normalidade. A pandemia do novo coronavírus, para a qual vê-se já uma luz no fim do túnel com os progressos da ciência, transfigurou quase tudo. O impacto no ténis foi brutal, obrigando à suspensão dos circuitos durante cinco meses, com todas as consequências e constrangimentos que daí advieram, que foram transversais a todos, não apenas a jogadores. A retoma aconteceu em meados de agosto, mas não foi global. O nosso país foi dos primeiros países na Europa a voltar à atividade, com uma oferta de competição assinalável. Portugal tornou-se mesmo num dos países europeus com mais torneios desde 17 de agosto nos dois circuitos profissionais da ITF. O Oeiras Ladies Open, prova W15, coorganizado pela Federação Portuguesa de Ténis e pelo CETO, chegou mesmo a ser o único torneio no ITF Women World Tennis Tour numa semana. Os torneios promovidos no país corresponderam ao objetivo da Federação Portuguesa de Ténis de aumentar o espaço competitivo em Portugal, possibilitando aos tenistas portugueses as necessárias experiências que estão associadas à evolução de um jogador. Como já afirmei, o crescimento faz-se na competição, no contacto com ténis de outras geografias. Os torneios realizados em Portugal obrigaram a um investimento financeiro importante e a um esforço brutal em termos organizativos, pois os cadernos de encargos das provas — mesmo as duas que a Federação Portuguesa de Ténis coorganizou no ATP Challenger Tour, o Lisboa Belém Open e o Maia Open — foram mais exigentes no que se refere a regras de segurança por causa da doença infeciosa da covid-19. Com o empenho de clubes e entidades promotoras, os torneios em Portugal foram provas desportivas apreciadas e apenas se lamenta a ausência do público, pois um torneio é um espaço por excelência para divulgar a modalidade e estimular à iniciação e prática, mesmo de modo ocasional. E essa divulgação tem outro aspeto: mostrar o perfume do ténis português. Não só em termos organizativos, também no que se refere à qualidade dos tenistas portugueses, que, por esse mundo fora, deram já provas de competência, capacidade de luta e dedicação.
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Federação Portuguesa de Ténis
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warming up
UMA OFERTA ASSINALÁVEL
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt | www.tenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
BEATRI
BEATRIZOPEN RUIVO PORTO 2020 ARGENTINA OPEN
events
GASTÃO ELIAS FOI CAMPEÃO INDIVIDUAL NO PORTO OPEN 2020, PROVA DA SÉRIE M25
FREDERICO SILVA É UM DOS TENISTAS PORTUGUESES INSCRITOS NA EDIÇÃO DESTE ANO DO MAIAPEDRO OPEN SOUSA VAI REGRESSAR AO CIF, NO BELÉM LISBOA OPEN
O MUNDO EM PORTUGAL DEPOIS DE CINCO MESES DE SUSPENSÃO, INICIADA EM MEADOS DE MARÇO, O TÉNIS RETOMOU A ATIVIDADE, MAS REPETIRAM-SE CANCELAMENTOS DE TORNEIOS DEVIDO À PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS. DESDE 17 DE AGOSTO, PORTUGAL COLOCOU-SE ENTRE OS PAÍSES EUROPEUS QUE MAIS PROVAS EM MASCULINOS E FEMININOS ORGANIZOU NO ITF WORLD TENNIS TOUR. O MUNDO DO TÉNIS ESTEVE EM PORTUGAL NESTE ANO INCARATERÍSTICO. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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esmo depois da reabertura dos circuitos, a pandemia do novo coronavírus obrigou a maioria dos países europeus à suspensão ou cancelamento de muitos torneios do ITF World Tennis Tour, em masculinos e femininos. Portugal foi exceção e foi um dos países com mais eventos realizados até dezembro. Logo na primeira semana da retoma, o país recebeu mais uma edição do W15 no CETO, a Oeiras Magnesium K Active Cup. Para as tenistas de 20 países de todo o mundo (jogadoras viajaram de Austrália, Irão e China por exemplo), foi
PORTO OPEN 2020
NUNO BORGES JOGOU A FINAL EM SINGULARES DO PORTO OPEN 2020 COM GASTÃO ELIAS E TERMINOU NA QUALIDADE DE VICE-CAMPEÃO
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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LOUSADA INDOOR OPEN
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Setembro foi completado com as provas em Montemor-o-Novo, Figueira da Foz, Santarém e Porto (dois torneios, um da série W15, seguindo-se, na semana seguinte, o de W25). Depois de uma semana sem competição em Portugal, o circuito profissional da ITF em femininos regressou ao país na segunda semana de outubro, no Funchal. Na Quinta Magnólia, onde decorreu o Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto em setembro de 2019, o Madeira Ladies Open, coorganizado pela Federação Portuguesa de Ténis e Associação de Ténis da Madeira, quebrou um hiato de quase 30 anos sem provas internacionais femininas no Funchal. Francisca Jorge terminou a
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o primeiro torneio depois de cinco meses de suspensão dos circuitos. A representação portuguesa na Oeiras Magnesium K Active Cup — seis tenistas no quadro principal e treze no qualifying, que foi disputado por 36 jogadoras — apresentou-se no CETO com muitas atletas que participaram nas três provas do Circuito Sénior FPT, entre as quais Francisca Jorge, Inês Murta, Maria Inês Fonte, Ana Filipa Santos e Matilde Jorge. Depois de um intervalo de uma semana, o Montemor Ladies Open, este ano com um prize money de 25 mil dólares iniciou um ciclo de cinco semanas consecutivas com competições do ITF Women World Tennis Tour em Portugal.
MARIA INÊS FONTE FOI UMA DAS PORTUGUESAS QUE ATUOU NO LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO
D.R.
BEATRIZ RUIVO ANDRÉ FERREIRA BEATRIZ RUIVO
Masculinos. Desde a re-
toma do ténis, até 13 de dezembro, decorreram em Portugal sete torneios do ITF Men World Tennis Tour, mais um do que em Espanha, enquanto Grécia teve cinco. Quatro realizaram-se em França e Turquia e apenas três na República Checa, dois na Suíça e um na Alemanha. A partir de 5 de setembro, realizou-se o primeiro de dois torneios na Beloura Tennis Academy. O M15 Sintra I — também foi o primeiro torneio ITF após o
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ça, foram promovidas cinco provas, o mesmo número de eventos realizados em Grécia e Turquia. Grécia e República Checa efetivaram três provas cada da ITF em femininos [ver páginas 12 e 13].
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participação no torneio madeirense como vice-campeã, depois de final com a brasileira Beatriz Haddad Maia, que tem como melhor registo no WTA a 58.ª posição. Foi a segunda final consecutiva para a número um portuguesa, depois de ter sido finalista vencida no Porto Open 2020, da série W25, realizado no Complexo de Ténis Aventino. A fechar a época, na última semana de outubro e na primeira de novembro, os dois habituais torneios no Lousada Ténis Atlântico. Os Lousada Indoor I e II foram novamente as únicas provas indoor realizadas na Europa naquela altura. Ao todo, de 17 agosto a 13 de dezembro, Portugal teve nove torneios do ITF Women World Tennis Tour, mais dois do que Espanha. No mesmo período, em Fran-
NO MADEIRA LADIES OPEN, NA QUINTA MAGNÓLIA, NO FUNCHAL, INÊS MURTA FORMOU DUPLA COM A ESPANHOLA ALBA CARRILO MARIN
CLUBE DE TÉNIS DO PORTO
D.R. ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DE LISBOA
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FRANCISCA JORGE COMEÇOU BEM O CICRUITO SÉNIOR FPT, AO VENCER O TORNEIO EM LOULÉ
FREDERICO MARQUES E JOÃO SOUSA NA BARCELONA TOTAL TENNIS
VALE DO RUIVO LOBO TENNIS ACADEMY BEATRIZ
FRANCISCA JORGE FOI VICE-CAMPEÃ EM PARES NO CETO
encerrou a participação na Vale do Lobo Tennis Academy como vice-campeão. No pares, a dupla Nuno Borges/Francisco Cabral foi novamente finalista vencida. O The Campus Future Portugal 7 completou o conjunto de torneios do ITF Men World Tennis Tour em Portugal nesta temporada. O último torneio realizado após o período de suspensão dos circuitos da ITF, ATP, WTA e da Tennis Europe não podia correr melhor para Nuno Borges, que, em mais uma final em singulares, ergueu o troféu destinado ao campeão.
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Circuito Sénior FPT — teve uma final cem por cento portuguesa, com Nuno Borges a levar a melhor sobre Gastão Elias. Os Internacionais de Ténis de Castelo Branco aconteceram logo na semana seguinte ao M15 Sintra II, a mesma em que se iniciaram os torneios do ITF Men World Tennis Tour em Espanha. Imediatamente a seguir, o M25 Porto, no Complexo de Ténis do Monte Aventino — de novo, a decisão do título em singulares foi entre Gastão Elias e Nuno Borges, com o primeiro a levar a melhor —, a anteceder o Grupo RE/MAX Lounge Setúbal Open 2020. Nos courts de superfície dura do Clube de Ténis de Setúbal, Nuno Borges foi vice-campeão em singulares e conquistou o título em pares, ao lado de Francisco Cabral. Depois de uma semana sem provas do circuito profissional da ITF em Portugal, a evolução da pandemia no concelho de Tavira forçou ao cancelamento do Tavira Tennis Open, da série M25, prontamente substituído pelo Vale do Lobo Tennis Open. O sexto torneio do ITF Men World Tennis Tour após a suspensão durante cinco meses voltou a ter Nuno Borges e Francisco Cabral nas finais. Em singulares, Nuno Borges
FRANCISCO CABRAL E NUNO BORGES NA VALE DO LOBO TENNIS ACADEMY
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TORNEIOS ITF CÁ DENTRO Dezasseis provas do ITF World Tennis Tour decorreram em Portugal de norte a sul e até no Arquipélago da Madeira desde 17 de agosto.
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ITF MEN WORLD TENNIS TOUR M15 SINTRA I M15 SINTRA II M15 INTERNACIONAIS DE TÉNIS DE CASTELO BRANCO M25 PORTO OPEN 2020 M15 GRUPO RE/MAX LOUNGE SETÚBAL OPEN 2020 M25 VALE DO LOBO TENNIS OPEN M15 THE CAMPUS FUTURE PORTUGAL 7
ITF WOMEN WORLD TENNIS TOUR W15 OEIRAS MAGNESIUM K ACTIVE CUP W25 MONTEMOR LADIES OPEN W25+H FIGUEIRA DA FOZ INTERNATIONAL LADIES OPEN 2020 W15 IV SANTARÉM LADIES OPEN W15 PORTO OPEN 2020 W25 PORTO OPEN 2020 W15 MADEIRA LADIES OPEN W15 LOUSADA INDOOR OPEN I W15 LOUSADA INDOOR OPEN II
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LOUSADA INDOOR OPEN
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PR D.R.
PEDRO SOUSA IGUAL A RUI MACHADO
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o fecho da época no ATP Challenger Tour, no Complexo Municipal de Ténis da Maia, Pedro Sousa conquistou o título em singulares, que lhe fugiu nas duas presenças anteriores em finais de provas da categoria. Pedro Sousa, que jogou as finais do Lisboa Belém Open e do torneio de Split (Croácia) nesta ano, foi campeão pela oitava vez em torneios com a chancela ATP Challenger Tour. O tenista lisboeta igualou o máximo de vitórias individuais em provas Challenger de Rui Machado [ver páginas 20 e 21]. No entanto, Rui Machado, atual selecionador nacional na Taça Davis e coordenador técnico nacional, tem um saldo positivo, ao contrário de Pedro Sousa: venceu oito Challengers e apenas em dois terminou como finalista vencido. Pedro Sousa tem uma igualdade nos registos de finais no ATP Challenger Tour: foi campeão oito vezes e vice-campeão outras tantas. BEATRIZ RUIVO
winner
O TRIUNFO DO LISBOETA NO MAIA OPEN 2020 PERMITIU IGUALAR O AGORA «CAPITÃO» NA TAÇA DAVIS EM TÍTULOS NO ATP CHALLENGER TOUR
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No número de finais em singulares no ATP Challenger Tour, Pedro Sousa ultrapassa o registo de Rui Machado. Pedro Sousa inscreve no palmarés um total de 16 finais em singulares em eventos da série, enquanto Rui Machado — foi o número um do ranking ATP Challenger Tour, em 2011 — apenas jogou dez.
NO COMPLEXO MUNICIPAL DE TÉNIS DA MAIA, PEDRO SOUSA JOGOU A 16.ª FINAL INDIVIDUAL EM PROVAS DA CATEGORIA CHALLENGER
PORTO OPEN
LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO
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PREMIER SPORTS
é também o tenista português com mais finais no ATP Challenger Tour num ano.
O atual número dois português no ranking mundial tem cinco finais individuais em 2018. Ganhou em duas (Braga Open e em Pullach, na Alemanha) e foi vice-campeão em três (Guayaquil, no Equador; Lima, no Peru; e Liberec, na República Checa). Em 2017, Pedro Sousa teve um maior aproveitamento nas quatro finais em singulares no ATP Challenger Tour: foi campeão em Como e Francavilla (Itália) e em Liberec, enquanto em Tampere (Finlândia) encerrou como finalista vencido. À semelhança deste ano, Pedro Sousa disputou três encontros de
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Registo anual. Pedro Sousa
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Porém, Gastão Elias é o tenista português com mais finais em singulares no ATP Challenger Tour — 17. Elias, que atuou nos dois últimos Challengers em Portugal, o Lisboa Belém Open e o Maia Open 2020, arrecadou apenas sete títulos nos encontros decisivos, apresentando dez finais em que não conseguiu evitar encerrar como finalista vencido. Atualmente treinador na Academia de Ténis de Rafael Nadal no Koweit, Nuno Marques, o primeiro tenista português a integrar o top 100 mundial, tem oito finais individuais em provas do ATP Challenger Tour. João Sousa e Fred Gil jogaram sete encontros de atribuição do título de singulares em provas da categoria Challenger, ao passo que João Domingues tem três presenças. A completar a lista de portugueses que jogaram finais em singulares de Challengers estão: Joáo Cunha e Silva, Emanuel Couto, Leonardo Tavares e Bernardo Mota, todos retirados, e Frederico Silva. Este último jogou a primeira discussão de título em singulares em Challenger este ano, em São Paulo.
JOÃO DOMINGUES CONTABILIZA DOIS TÍTULOS EM TRÊS FINAIS INDIVIDUAIS EM PROVAS DE CATEGORIA CHALLENGER
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PEDRO BENAVENTE / GUIMARÃES OPEN
Montevideu (Uruguai) e Barletta (Itália). Elias foi vice-campeão em Blois (França) e Santos, em 2014. O tenista natural da Lourinhã foi campeão nos Challengers italianos de Mestre e Turim, em 2016, e Santos, em 2013. João Sousa, número um português na atualidade, tem dois registos de três finais individuais em torneios Challenger num ano. Em 2012, o vimaranense foi campeão em Tampere (Finlândia) e Mersin (Turquia) e vice-campeão em Como (Itália). No ano seguinte, João Sousa jogou as finais de Guimarães, San Benedetto (Itália) e Furth (Alemanha). Conquistou os títulos na cidade natal e na localidade alemã.
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definição do campeão em 2019. O filho de Manuel de Sousa somou dois títulos (Meerbusch, na Alemanha, e Blois, em França) e foi vicecampeão em Florença (Itália). Rui Machado jogou quatro finais em torneios Challenger em 2011 e venceu todas: Marraquexe (Marrocos), Rijeka (Croácia) e Szczerin e Poznan (Polónia). No ano anterior, o algarvio foi campeão em singulares nos Challengers de Assunção (Paraguai) e Nápoles (Itália) e e finalista vencido em Méknes (Marrocos). De resto, foi nesta cidade imperial marroquina que Rui Machado conquistou o título em 2009, ano em que foi também campeão em singulares em Atenas, capital da Grécia. A última final individual em que Rui Machado atuou foi em 2012, em Roma, capital italiana, tendo sido vicecampeão. Neste ano, Gastão Elias atuou em quatro finais em singulares no ATP Challenger Tour, à semelhança de Rui Machado, em 2011. Em campanha no Brasil, onde se encontrava radicado naquela altura, Gastão Elias esteve em três finais em singulares de Challengers: venceu em Rio de Janeiro e foi finalista vencido em Porto Alegre e São Paulo. Na quarta final do ano, em Caltanisetta, em Itália, o tenista português foi vice-campeão. Em 2015, venceu os torneios de Guayaquil (Equador) e Lima (Peru), acabando como finalista vencido em Bucaramanga (Colômbia). Dois anos depois, Elias conquistou título em Campinas (Brasil) e terminou como vice-campeão em
JOÃO SOUSA VENCEU O CHALLENGER DE GUIMARÃES, EM 2013, DEPOIS DE TER-SE IMPOSTO AO ROMENO MARIUS COPIL
NUNO MARQUES
m torneindem a
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JOÃO SOUSA
8|8 8|2 7 | 10 6|1 5|3
JOÃO CUNHA SILVA
FRED GIL
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RUI MACHADO
PEDRO SOUSA
FINAIS EM PORTUGUÊS
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BERNARDO MOTA
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FREDERICO SILVA
LEONARDO TAVARES EMANUEL COUTO
JOÃO DOMINGUES
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FONTE: ATP
2|1 1|1 0|2 0|1 0|1
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS FPT
wheelchair tennis
JOÃO SANONA, CARLOS LEITÃO E JEAN PAUL MELO
CONTORNAR A DIFICULDADE A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS TEM UM PLANO DE CEDÊNCIA, A TÍTULO DE EMPRÉSTIMO, DE CADEIRAS DE RODAS
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pela sua especificidade, pode ser uma dificuldade», explica Joaquim Nunes, coordenador de ténis em cadeira de rodas na Federação Portuguesa de Ténis. Joaquim Nunes reforça que, «embora atualmente no mercado seja possível a aquisição de cadeiras de rodas por valores mais acessíveis do quer no passado», não deixa «de ser uma dificuldade inicial».
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ara a prática de ténis adaptado, as pessoas com limitações motoras utilizam cadeiras de rodas. Não é raro que existam dificuldades na aquisição do equipamento e, para contornar isso, a Federação Portuguesa de Ténis tem um plano de apoio a tenistas. «No acesso à prática de ténis em cadeira de rodas, a cadeira de jogo,
CL
BRAGA OPEN 2019
CLUBE DE TÉNIS ESAF / CIRILO VALE D.R.
BEACH TENNIS SÃO MIGUEL
de experimentação, utiliza uma cadeira de rodas com caraterísticas generalistas. Quando assume um vínculo exigente com uma prática, vai procurar uma cadeira de rodas adaptada às suas caraterísticas pessoais», esclarece.
Uma condição. No plano
desenvolvido para o ténis em cadeira de rodas, «a Federação Portuguesa de Ténis procura que a fase de experimentação seja um processo facilitado para o potencial praticante, não colocando contrapartidas pela utilização». A única condição reside na «devolução do equipamento, em condições de utilização, quando não seja necessário». Com este programa, a Federação Portuguesa de Ténis «está empenhada em facilitar o processo de
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«Consciente da dificuldade inicial que se coloca aos praticantes, a Federação Portuguesa de Ténis tem um plano destinado a todos os que pretendam experimentar ou aprender o jogo», frisa o também selecionador nacional de ténis em cadeira de rodas. Atualmente, a Federação Portuguesa de Ténis dispõe de doze cadeiras de rodas para a prática do ténis, das quais «sete estão emprestadas, a grande maioria a potenciais praticantes». Joaquim Nunes refere que «apenas uma cadeira de rodas é utilizada por um jogador com prática regular no calendário nacional de provas». Outros tenistas que competem no circuito nacional de ténis em cadeira de rodas beneficiaram do empréstimo do equipamento numa fase inicial. «O potencial praticante, na fase
CLUBE DE TÉNIS ESAF. CARLOS FERREIRA LAMENTA NÃO TER CAIXA DE A FEDERAÇÃO PORTUGUESA AREIA DE TÉNIS DISPÕE DE CADEIRAS DE RODAS PARA CEDER, A TÍTULO DE EMPRÉSTIMO, A PRATICANTES
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FERNANDO CORREIA
Investimento. O plano de
apoio a praticantes de ténis em cadeira de rodas resulta de um investimento financeiro da Federação Portuguesa de Ténis, que, desde há largos anos, desenvolve esforços para o crescimento da modalidade. Das doze cadeiras de rodas de que dispõe a Federação Portuguesa de Ténis, três foram adquiridas em 2009, despendendo-se em cada unidade mais de dois mil euros. Mais recentemente, um acordo com uma organização britânica
sem fins lucrativos permitiu à Federação Portuguesa de Ténis aumentar o stock com mais nove cadeiras de rodas para a prática de ténis, «com um preço de cada um dos equipamentos muito mais baixo do que os que foram adquiridos em 2009». Como sublinha Joaquim Nunes, um facto atesta a importância deste instrumento de apoio da Federação Portuguesa de Ténis: nos últimos anos, o número de praticantes de ténis em cadeira de rodas tem subido. Com a tendência de crescimento de praticantes, aumentou igualmente o número de tenistas que participam regulamente no circuito nacional.
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acessibilidade à prática da modalidade».
JEAN PAUL MELO EM AÇÃO NO CIF, DURANTE O CAMPEONATO NACIONAL DE TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS/ANGELINI FARMACÊUTICA
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ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DOS AÇORES D.R. ITF BEACH TENNIS
beach tennis
MANUELA CUNHA E HENRIQUE FREITAS
MANUELA CUNHA E ANA CATARINA ALEXANDRINO ESTÃO CONFIRMADAS NOS AÇORES
O QUARTETO FANTÁSTICO MANUELA CUNHA, ANA CATARINA ALEXANDRINO, HENRIQUE FREITAS E PEDRO MAIO CONTINUAM A SER OS PORTUGUESES MAIS COTADOS
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da no ranking do circuito mundial de ténis de praia constitui um recorde pessoal. A nortenha — apenas participou nos dois BT50 Praia da Vitória realizados de 25 a 29 de novembro último — alcançou a 36.ª posição no mundo. Habitual parceira de Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino encerra o ano posicionada em 45.ª, depois de ter também participado unicamente neste ano nos dois tor-
ano, completamente excecional devido à pandemia do novo coronavírus, está a chegar ao fim e Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino, Henrique Freitas e Pedro Maio terminam entre os 50 tenistas com mais créditos do ITF Beach Tennis World Tour. Para Manuela Cunha, «capitã» da seleção nacional em muitas ocasiões, o registo de fim de tempora-
BEATRIZ RUIVO
D.R. CENTRO DE TÉNIS DE FARO ANDRÉ FERREIRA ANDRÉ FERREIRA
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ITF SENIORS TENNIS
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ANA CATARINA ALEXANDRINO
Dois seguidos. Henrique Freitas continua a ser o tenista
português melhor colocado no ITF Beach Tennis World Tour Rankings. Ocupa a 49.ª posição no mundo. Campeão ao lado de Pedro Maio nos dois eventos disputados na Praia da Vitória nesta temporada, reeditando a dupla que tem representado Portugal nos campeonatos Europeu e Mundial, Henrique Freitas classificou-se em 35.º no ranking mundial, em 11 de julho de 2016. Pedro Maio posiciona-se logo a seguir a Henrique Freitas no ITF Beach Tennis World Tour Rankings, com uma diferença de somente cinco pontos (337 contra 342). O melhor posto de Pedro Maio na hierarquia mundial de ténis de praia é o 39.º, em 24 de outubro de 2016.
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neios do ITF Beach Tennis World Tour em Angra do Heroísmo, no Açores, onde a Direção-Geral da Saúde permitiu a realização de provas de ténis de praia, ao contrário do que se verificou no continente. Ana Catarina Alexandrino tem como melhor posição no ranking mundial a 44.ª, alcançada em 24 de outubro de 2016. Manuela Cunha e Ana Catarina Alexandrino — revalidaram os títulos de campeãs nacionais, novamente na praia do Pópulo, perto de Ponta de Delgada — foram consagradas campeãs nos dois eventos BT Praia da Vitória, cedendo apenas um jogo em quatro encontros.
ANA CATARINA ALEXANDRINO É A ATUAL NÚMERO DOIS PORTUGUESA NA HIERARQUIA MUNDIAL DE TÉNIS DE PRAIA
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FPT
flash-interview
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João Couceiro
«TÉNIS EXERCITA CORPO E MENTE» JOÃO COUCEIRO, VICE-CAMPEÃO NACIONAL DE TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS, CONSIDERA QUE O SUCESSO INDICA A «DIREÇÃO CERTA«
O ténis é... o meu desporto de eleição. Jogo ténis porque… me permite exercitar o corpo e a mente.
bola mais vezes do que o meu adversário. Depois de vencer um encontro… missão cumprida. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... ainda não foi, será.
E a maior tristeza no ténis foi… ter começado a jogar tão tarde. Se eu mandasse no ténis… procurava entender os modelos utilizados nos países com maior representação no top 100, para retirar ideias e implementar em Portugal.
O que mais gosto no ténis é … ser muito exigente e pôr-nos à prova em cada segundo.
Em Portugal, o ténis precisa de… maior reconhecimento.
O que mais detesto no ténis é… ter dificuldades em treinar/jogar quando chove.
Um tenista português ou uma tenista portuguesa no top 10 dos rankings mundiais de ténis seria… um enorme motivo de orgulho para os portugueses.
Para mim, treinar é… um hábito diário. O sucesso significa… estarmos na direção certa. No ténis, quero atingir… a
Um bom treinador… é aquele que nos desafia permanentemente.
O meu torneio preferido é … o próximo.
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atural de Coimbra, João Couceiro, de 37 anos, começou a praticar ténis em cadeira de rodas há três anos. Vinculado ao Clube Nacional de Ginástica, na Parede, é o atual vice-campeão nacional em singulares, título conquistado no recente Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini Farmacêutica, na nave de courts cobertos do Jamor, no qual Jean Paul reconquistou o cetro.
CARREIRA No primeiro Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini Farmacêutica em que participou, em 2018, João Couceiro foi vice-campeão em pares, ao lado de João Sanona. Nesse ano, formando dupla com Paulo Espírito Santo, conquistou o título no Torneio Bocage (Setúbal), e foi campeão no quadro B em singulares do Torneio Baía do Seixal. Em 2019, Couceiro e Sanona foram campeões em pares no Circuito TCR 3, 4 e 6 — Jamor e no 104.º Aniversário Club Sportivo Nun’Álvares e vice-campeões no Campeonato Nacional. No ano passado , Couceiro foi vice-campeão no Circuito TCR 5 — CSNA, com Fábio Reis.
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