NT - Dezembro 2009

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Notícias do Ténis Trimestral, N.º 9

Nesta Edição

Publicação Online

Dezembro 2009

FED CUP em Portugal O Mundo do Ténis de Olhos Postos no Jamor

Frederico Gil termina a época no Top 70

Carlos Ramos na final da Taça Davis

Ana Catarina Nogueira: 11 anos de FED CUP

Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha 38°42'42.82"N 9°14'55.72"W Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: fptenis@mail.telepac.pt http://www.tenis.pt


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EDITORIAL

Elite do Ténis Feminino em Portugal Portugal foi o País escolhido durante quatro dias consecutivos e para acolher a principal compe- em horário contínuo. tição internacional de ténis disputada por equipas femininas. Numa fase em que o ténis portuEstamos a falar da “Fed Cup”, prova que a Federação Internacional de Ténis (ITF) se propõe organizar no nosso País em parceria com a Federação Portuguesa de Ténis. A organização desta fase da Zona Europa/África/Grupo I do Campeonato do Mundo de Selecções Nacionais Seniores Femininas, que nos enche de orgulho, vai decorrer de 1 a 6 de Fevereiro de 2010 no Complexo de Ténis do Centro Desportivo do Jamor. Dezasseis selecções, entre as quais a portuguesa, cujas principais jogadoras são Michelle de Brito (114ª), Neuza Silva (175ª), Frederica Piedade (242ª), Magali de Lattre (448ª) e Maria João Koehler (507ª), vão disputar o acesso ao Grupo Mundial. Recorde-se que Portugal subiu ao Grupo I após ter derrotado a África do Sul, na Turquia, no passado mês de Abril. Jogadoras tão importantes como duas “top ten” mundiais - Caroline Wozniacki e Victoria Azarenka, vão marcar presença neste acontecimento em representação dos respectivos países. Esta é uma excelente oportunidade para as melhores jogadoras nacionais provarem os seus méritos, jogando em casa contra adversárias de excelência. Também para o público português esta é uma oportunidade de presenciar ténis ao mais alto nível,

noma e financeiramente independente. Só assim será possível desenhar e fazer cumprir programas integrados e consistentes que proguês atravessa um dos seus melho- jectem o Ténis Português para o res momentos, com alguns jogado- patamar que se pretende e lhe res nacionais a atingirem posições dêem a visibilidade que merece. de destaque a nível mundial, é de facto essencial focalizar a atenção A FPT tem vindo a desenvolver dos “media” e do público em geral iniciativas diversas, nomeadamente nos grandes acontecimentos que se os projectos Play & Stay, Programa realizam no nosso País e nos tra- Nacional de Detecção de Talentos zem o que de melhor se faz no (PNDT), CAR Ténis e incremento mundo dentro da modalidade. do Ténis em Cadeira de Rodas, entre outros, que têm tido reconhecido êxito e têm fomentado o A “Fed Cup” é uma prova de equi- interesse pela modalidade. pas, o que nos faz pensar na necessidade de unirmos esforços em No entanto, há que ir mais longe! prol de um objectivo comum – o Ténis Nacional e em detrimento Um exercício de concertação estrade iniciativas isoladas e individua- tégica bem sucedido implica a listas que tão frequentemente identificação de todos os intervecaracterizam a realidade da nossa nientes com um objectivo comum, modalidade. bem compreendido e partilhado por todos, mas, com um elevado Impõe-se a criação de uma Visão grau de rigor, isenção e profissiopara o Ténis Português e a conse- nalismo, em tudo semelhante à quente definição de Objectivos realidade empresarial. Estratégicos, Linhas de Orientação e Acções e Programas Operacio- A FPT também aqui dá passos nais. nesse sentido ao preparar-se para em 2010 implementar um Sistema Este é um exercício de Médio/ de Avaliação dos Campeonatos Longo Prazo, que atravessa Direc- Nacionais e em simultâneo lançar ções e que pressupõe um esforço as bases de um Projecto de Certifipermanente, continuado e partilha- cação dos Clubes. do por todos os agentes que constituem o Ténis Nacional. Termino com um voto de confiança aos Responsáveis pelo Ténis em A base de praticantes tem necessa- Portugal e ao caminho que estou riamente de aumentar, procurando certa irá ser encontrado e percorrichegar aos mais jovens e aos mais distantes, mas também aos mais do para nos situarmos numa posição confortável, digna e equilibravelhos e com menos habilitações. da no panorama mundial. A massa crítica tem de atingir um Isabel Cunha de Eça volume tal que permita à modalidaVice-Presidente FPT de manter-se como entidade autó-


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FED CUP 2010

Portugal conquista FED CUP Discurso Directo: José Maria Calheiros Presidente FPT “Todos somos poucos para tornar este Evento num grande sucesso. É muito importante para o Ténis Português”. Neuza Silva Atleta da Selecção Nacional Selecção Nacional quer brilhar em casa

A Federação Internacional de Ténis (ITF) escolheu Portugal para receber a “poule” do Grupo I da Zona Europa/África da FED CUP 2010, de 1 a 6 de Fevereiro, no Complexo de Ténis do Jamor (CAR). Dezasseis selecções, entre as quais a portuguesa, vão disputar no Jamor, no CAR (Centro de Alto Rendimento), o acesso ao “play-off” de apuramento para o Grupo Mundial. A FPT tinha-se candidatado à organização da fase do Grupo I da FED CUP e, após a primeira visita da ITF ao Complexo de Ténis do Jamor, foram confirmadas as fortes expectativas.

A etapa da FED CUP pode trazer a Portugal tenistas de topo, como a dinamarquesa Caroline Wozniacki (4.ª WTA),

“O facto de a selecção jogar perante o público português é importante. Foi muito bom ter sabido pelo nosso técnico que a “poule” se vai realizar em Lisboa. Os objectivos serão sempre fazer o melhor. Agora, é claro que assim é mais motivaA selecção portuguesa, capita- dor”.

a bielorrussa Victoria Azarenka (7.ª), treinada pelo português António Van Grichen, a israelita Shahar Peer (30.ª), a suíça Patty Schnyder (43.ª) e a britânica Katie O´brien (88.º).

neada por Pedro Cordeiro e constituída por Michelle Larcher de Brito (113.ª), Neuza Silva (175.ª), Frederica Piedade (242.ª) e Magali de Lattre (449.ª), subiu ao Grupo I em Abril, na Turquia, após derrotar a África do Sul. Nessa altura, seleccionador e jogadoras expressaram o desejo de Portugal organizar a competição, após o qual a Federação Portuguesa de Ténis elaborou a candidatura à realização da “poule” do Grupo 1 da FED CUP, confirmada pela ITF em meados de Novembro.

Pedro Cordeiro Seleccionador Nacional “A organização em Portugal da “poule” da Fed Cup é muito importante, não só para a selecção portuguesa, em particular para as jogadoras, mas também para o ténis português em geral. Este foi um desejo manifestado por toda a equipa à Direcção da Federação Portuguesa de Ténis, aquando do apuramento de Portugal para o Grupo I, em Abril. Poder contar com o público português é um extra muito importante para atingir o objectivo, que passa por nos mantermos no Grupo I”.


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FED CUP 2010

Um Pouco de História campeonato por equipas jogado uma semana por ano em diferentes locais era “uma boa ideia”. Foram precisos 40 anos para que a ideia original de Wightmans de uma Davis Cup Feminina se tornasse realidade.

FEDCUP é a versão feminina da Taça Davis. O evento foi iniciado em 1963, em comemoração ao quinquagésimo aniversário da ITF - Federação Internacional de Ténis .

Por fim, em 1963, a ITF lançou a Taça da Federação para celebrar o seu 50º aniversário. Aberto a todos os países e não apenas aos Estados Unidos e Grã-Bretanha , a tão esperada competição tornou -se um verdadeiro sucesso.

dores de topo logo desde o início. Disputado no Clube de Queens em Londres, a primeira partida entre a Austrália e os Estados Unidos deu o tom com a participação das campeãs do Grand Slam Darlene Hard, Billie Jean King, Margaret Smith e Lesley Turner a jogarem orgulhosamente em defesa das cores dos seus países.

A ideia de organizar um evento semelhante remonta a 1919 quando Hazel Hockkiss Wightman surgiu com o conceito de competição aplicado a equipas femininas. Perante a rejeição da ideia, Wightman optou por apresentar em 1923 um troféu anual entre Estados Unidos e Grã-Bretanha que eram na altura os países com maior implementação da modalidade. Nell Hopman, mulher do lendário capitão da australiana Davis Cup, Harry Hopman, decide pegar na ideia original de Hazel Wightman. Em 1962, quando a britânica residente nos Estados Unidos, Mary Hardwick Hare, apresentou um dossier provando que o apoio à ideia era incontornável a ITF acabou por se convencer que um

Harry Hopman em 1930

Hazel Wightman

Jogado uma semana por ano num local diferente, o evento inaugural contou com a participação de 16 países. A competição foi apoiada por joga-

Os Estados Unidos da América rapidamente emergiram como a nação campeã da FED CUP e, desde aí, deixaram a sua marca na competição, arrecadando o recorde de dezassete títulos ao longo dos anos.


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FED CUP 2009 A primeira „Federation Cup‟ contou com 16 países, um número respeitável tendo em conta que não havia prize-money e as equipas tinham de suportar as suas próprias despesas. Mais tarde, a opção pelo patrocínio permitiu que esta participação se alargasse. Primeiro com o Grupo Colgate em 1976 e de 1981 a 1994 com o gigante de comunicações e informática japonês NEC. Em 1994, 73 países competiram e a nação anfitriã da semana de competição foi obrigada a criar um esquema complexo de jogos que passou a ser conhecido como o “legado” da Federation Cup. Além de uma montra de tenistas individual, os países começaram a ver a competição por equipas feminina como uma oportunidade sem precedentes para desenvolver o seu ténis nacional. O aumento no número de nações participantes levou à criação de competições de qualificação regionais em 1992, sendo que, em 1995, a Federation Cup, adoptou um novo nome – FED CUP.

qualificam para a elite do Grupo Uma vez no Grupo Mundial ou no Mundial I e II, chegando lá como Grupo Mundial II, quatro países serão repescados em cada um. A se segue: decisão sobre quais é tomada pelo (a) Grupo Mundial I – Os quatro Comité da FED CUP, de acordo países que ganham a primeira ronda com o Ranking de Países da ITF do Grupo Mundial permanecem Fed Cup. neste grupo para o ano seguinte. Os derrotados da 1ª ronda disputam os Nos níveis abaixo do GM I e II, os „Play-offs‟ do GM contra os países países defrontam-se na Competição do Grupo Mundial II para determi- por Zonas, divididos em três: a nar a relegação/promoção para a Zona Americana, a Zona Ásia/ competição do ano seguinte. (As Oceânia e a Zona Europa/África. quatro nações que vencerem os Em cada uma destas também exis“Play-offs” do GM estarão no GM tem dois grupos com excepção da I, enquanto os quatro derrotados Europa/África que tem um terceiro iniciam a época seguinte no GM grupo – sendo que Portugal enconII.) tra-se no Grupo I da Zona Europa/África. (b) Grupo Mundial II – os quatro países que vencem as partidas do Em cada grupo regional as equipas GM II competem nos ”Play-offs” são divididas em “poules” e jogam do GM I para determinar a relega- umas contra as outras num formato ção/promoção para o próximo de “round robin”. ano, tal como descrito em cima. Porém, duas equipas são sempre promovidas do Grupo I Europa/ África para os “Play-offs” do GM II, enquanto apenas uma equipa dos grupos I das outras duas zonas irá a estes „Play-offs‟.

Perante o sucesso do formato casa/ fora da Taça Davis, a FED CUP foi alterada em 1995 para que as mulheres, tal como os homens, pudessem jogar nos seus próprios países. Embora tenha sofrido alguns ajustes desde 1995, o actual formato, introduzido em 2005, engloba um Michelle Larcher de Brito Grupo Mundial I com oito países e um Grupo Mundial II com mais oito, jogando em casa e fora duran- Do mesmo modo, as quatro nações derrotadas vão defrontar os países te três fins-de-semana por ano. vencedores do Grupo I vindas das competições regionais, nos “PlayO Torneio Com a entrada de várias nações offs‟”do GM II. todos os anos, apenas 16 países se

Competições No GM e GM II e nos encontros dos „Play-offs‟ , cada competição é disputada num formato da melhor de cinco partidas jogadas em dois dias. No primeiro dia, disputam-se apenas duas partidas de singulares, sendo que no dia seguinte disputam-se os encontros reversos. O jogo final é de pares. Nos Grupos Regionais I, II e III, os torneios são jogados ao melhor de três jogos (dois singulares e um de pares). A primeira ronda do GM e do GM II é jogada numa base de em casa e fora, ocorrendo no primeiro semestre do ano. A Final e semi-finais do Grupo Mundial são jogadas numa base de casa e fora têm lugar num fim-de-semana de Julho (Semi-finais) e Setembro (Final). Os Play Off dos Grupos Mundiais também são jogados em casa e fora tendo lugar em Julho.


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FED CUP 2010

Ana Catarina Nogueira: 11 anos na FED CUP Ana Catarina Nogueira foi titular da FED CUP durante 11 anos consecutivos. Anos que relembra com saudade e com o orgulho de um caminho que conduziu a selecção portuguesa ao Grupo I da Taça do Mundo Feminina e à organização em Portugal de uma importante “poule” onde as jogadoras lusas têm de dar o “tudo por tudo‟” para manter a classificação ou subir ao Grupo Mundial. Descer nem chega a ser hipótese.

zou em terras lusas. “As duas vezes que jogámos em Portugal foi muito bom porque estávamos em casa. Só que na altura nós estávamos na última divisão e havia muito pouco público a assistir. De qualquer forma, era diferente porque, por um lado, sentíamos mais apoio da federação e das pessoas que nos acompanhavam.”

“A primeira vez que fui à FEDCUP devia ter 19/20 anos e foi na Turquia. Desde o primeiro ano que foi uma experiência muito boa. Na altura, o ténis era muito individual e era bom jogar em equipa e estar em equipa”, conta Ana Catarina Nogueira, uma das referências incontornáveis do ténis nacional. “Nogui” 11 anos na FED CUP

uns anos em que não apareciam jogadoras do mesmo nível. Depois surgiu a Frederica Piedade e a Neuza Silva e começámos a ter melhores resultados”, explica Catarina Nogueira, continuando: “Apanhei duas, quase três, gerações de tenistas. É uma boa sensação ver que passaram os anos e que consegui manter-me no mesmo nível”. “Com a subida de divisão, o grupo é melhor, com selecções que têm jogadoras muito boas, como a Michelle Brito, a primeira portuguesa no Top e penso que a FED CUP já tem condições para atrair muita gente. Pode ser um Evento com bastante projecção”, avança, lamentando: “Só tenho pena de não poder participar principalmente com a nova estrutura que foi construída no Jamor e que acho fabulosa.”

“Nem sempre tínhamos muito público. É aliás um problema em Portugal – a adesão do público – mas aparecia sempre alguém o que já nos confortava. É claro que lá fora havia sempre muito mais pessoas, mas não era por nós, claro”, acrescenta.

Para Ana Catarina Nogueira não há dúvidas: este pode ser um evento que chame a atenção para o ténis português. “A única vez que estivemos neste grupo não conseguimos manter e agora é aproveitar o factor casa para mantermo-nos firmes.”

E como foram estes onze anos integrada na selecção que disAna Catarina Nogueira putava a FEDCUP? “Os priActual professora de Educação meiros anos foram um pouFísica, Ana Catarina relembra as co difíceis – com a saída da vezes que a FEDCUP se reali- Sofia Prazeres passaram-se

Ana Catarina Nogueira foi tricampeã nacional e é a atleta portuguesa com o maior número de participações na FEDCUP - Selecção Nacional.


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Taça Davis 2009

Carlos Ramos na Final

O árbitro português Carlos Ramos, designado pela ITF para a final da Taça Davis 2009, entre Espanha e República Checa, com o triunfo espanhol, considerou que foi “um enorme privilégio poder arbitrar” o encontro da atribuição da “Saladeira”, em Barcelona, realizado entre 4 e 6 de Dezembro deste ano. Antes de partir para Espanha, Carlos Ramos falou com o Noticias do Ténis

para o ténis português só pode ser positivo. A arbitragem portuguesa tem representado Portugal ao mais alto nível nos últimos 20 anos, primeiro com o Jorge Dias, que foi pioneiro a nível internacional, e, depois, com árbitros como o Carlos Sanches, a Mariana Alves, o Rogério Santos e eu, entre outros. Penso que uma parte da boa imagem de que o ténis português usufrui a nível internacional se deve à qualidade da sua arbitragem”, declarou Carlos Ramos.

Árbitro desde 1987, o português radicado em França, que esteve na final da Taça Davis de 2007, em Portland, em que os Estados Unidos venceram a Rússia, por 4-1, recusa o estatuto de melhor árbitro português de sempre, sustentando que “esta suposta „atribuição‟ é Carlos Ramos refere que “a Taça completamente subjectiva”. Davis é um evento fabuloso, onde se vivem emoções muito “Porque é que eu seria melhor fortes tanto da parte dos jogado- do que o Jorge Dias, que arbires como do público” e frisou trou ao mais alto nível durante que “de um ponto de vista da vários anos e que foi um dos arbitragem, com toda esta entre- melhores árbitros de cadeira que ga e emoções, resultam jogos alguma vez tivemos no ténis?”, difíceis e extremamente interes- questiona Carlos Ramos, que acressantes”. centa: “Ou porque é que eu seria melhor do que a Mariana Alves, Manifestando o desejo de que as que faz parte do grupo de árbisuas “decisões sejam justas e tros profissionais da WTA Tour tomadas de uma forma convin- e arbitra não só alguns dos mais cente”, Carlos Ramos, “chair- importantes encontros do circuiumpire” juntamente com o francês to feminino, mas também arbiPascal Maria em Barcelona, reco- tra ao mais alto nível no circuito nhece a importância da sua nomea- masculino?” ção para o ténis luso. O epíteto de melhor árbitro do “Cada vez que um árbitro portu- mundo em 2008, depois de arbitrar guês recebe uma nomeação de as finais masculinas de Wimbledon grande importância, o reflexo e do Open da Austrália, também

foi sempre recusado por Carlos Ramos, que, contudo, expressa satisfação “por algumas pessoas o pensarem ou o terem pensado”. No entanto, reafirma que “trata-se de algo completamente subjectivo uma vez mais”, sublinhando que “não existe uma classificação de árbitros”.

Carlos Ramos

Por isso, Carlos Ramos esclarece que a nomeação para a final da Taça Davis obedece a “variadíssimos factores”. “Eu faço parte do grupo de árbitros susceptível de arbitrar este tipo de encontros. O manter-me ou não neste grupo depende muito mais de mim e da qualidade do meu trabalho do que o arbitrar ou não as finais de singulares dos Grand Slam ou as finais da Taça Davis”, afirmou antes de rumar a Barcelona.


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Balanço 2009

Uma Época de Ouro US Open, agravou uma lesão num pulso, que obrigou a uma paragem superior a um mês. Novos Campeões Absolutos Sem Gil e Machado, o Nacional Absoluto teve uma final improvável, com Gonçalo Pereira a vencer Martim Trueva.

Frederico Gil

Um ano para Gil recordar O ano de 2009 foi de ouro para Frederico Gil. E, se começou da melhor maneira, com a quebra de um recorde que perdurava há 14 anos, terminou do mesmo modo, com o tenista sintrense a tornar-se no segundo português a acabar uma temporada no “top” 100 do “ranking” mundial.

Blake, finalista vencido no torneio luso.

Na prova feminina, Neuza Silva, a campeã dos últimos três anos, não chegou à final, disputada por Maria João Koehler e por Rita Freitas, do Carcavelos Ténis. Koehler juntou o título de Campeã Nacional Absoluta ao de Juniores.

Semanas depois, Gil voltou a dar que falar, apesar de ter perdido com o espanhol Rafael Nadal, na ronda inaugural do Masters de Miami. O luso ofereceu uma réplica que surpreendeu o então número um do mundo.

Pouco depois, Gil e Nadal voltaram a encontrar-se, mas o Um início de temporada exce- espanhol não permitiu veleidalente – atingiu as meias-finais des desta feita ao português. em Joanesburgo e na Costa do Sauípe – levou Frederico Gil ao Em Setembro, já sem João 86.º posto na hierarquia mun- Cunha e Silva como treinador, dial em Fevereiro, igualando o Gil, actualmente na 69.ª posiregisto de Nuno Marques, obti- ção do “ranking” ATP, venceu do em 1995. em Nápoles em singulares e nos pares. Em Maio, Gil apresentou-se no 68.º lugar e tornou-se no pri- A aposta na carreira internaciomeiro português com entrada nal levou-o à ausência no Camdirecta no Estoril Open, em peonato Nacional Absoluto, que não foi além da primeira que conquistou por três vezes. ronda, cedendo diante de James Rui Machado também não marcou presença, uma vez que, no

Gonçalo Pereira

Maria João Koehler


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CT Porto Campeão

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dro principal, depois de ter vencido três jogos na qualificação. A tenista, de 16 anos, radicada nos Estados Unidos chegou à terceira ronda do mais importante torneio de terra batida do mundo, que integra o Grand Slam e se realiza em finais de Maio e princípios de Junho.

Também em Carcavelos, o CT Porto conquistou o título feminino por equipas – AA Coimbra, detentora do ceptro, foi desclassificada – e o CT Faro foi melhor que a equipa portuense e sagrou-se campeã pela primeira vez, com o pleno de vitórias numa prova em que CT Évora desis- Portugal Vice-Campeão da Europa tiu antes de se iniciar e AA Coimbra acumulou faltas de comparência e foi Em Julho, o título europeu de pares despromovida à II Divisão. de sub-14 alcançado por Frederico Silva, campeão nacional do escalão, e Gonçalo Loureiro sucedeu ao êxito 2009, ano de Michelle da selecção nacional feminina na Fed Cup, com a equipa de Pedro CordeiNo ténis feminino, Michelle Larcher ro a assegurar a presença no Grupo de Brito, que já tinha brilhado em 1. Nessa altura, foi formulado o dese2008 no circuito profissional, entrou jo de Portugal receber uma fase da para a história de Roland Garros, FED CUP e a confirmação da orgatornando-se numa das mais jovens nização de uma “poule” em Fevereitenistas a garantir a presença no qua-

ro acabou por ser acolhida com grande entusiasmo e gerou expectativas de que 2010 seja também um ano de ouro para o ténis português.

Michelle aposta forte em 2010

Palavra ao Jogador Notícias do Ténis - Qual o Balanço

Maria João Koehler

Pedro Felner e Frederico Silva

que faz da temporada que passou?

Maria João Koehler. “Acho que tive uma boa época, "lancei-me" no circuito WTA, devo acabar o ano a top 500. Ganhei dois torneios pontuáveis para o ranking WTA (10 000$ Cantanhede e 10 000$ Amarante), tive boas prestações em alguns 25 000$, ganhei o Campeonato Nacional de Juniores e o Absoluto singulares e pares e espero acabar o ano com o titulo absoluto de equipas, pelo Clube de Ténis do Porto.”

Pedro Felner. “Penso que o balanço é muito positivo. O Frederico evolui em muitos aspectos do seu jogo e conseguiu resultados fantásticos para ele e para o ténis português. Para além do título Europeu de pares, do 3º lugar no Masters Europeu, dos 1/4 de final no Petits As e no Campeonato Europeu Individual, terminou a época como 5º classificado do Ranking da TE e foi único atleta a derrotar, ao longo de toda a época, o Nº 1 do Mundo Milosevic.”

NT. Os objectivos traçados para esta temporada foram cumpridos? NT. Qual o objectivo que perspectiva para a próxima época?

Frederico Gil

Frederico Gil. ”Foi mais uma vez a melhor. Tive alguns altos e baixos durante este ano, mas foi um ano de muita aprendizagem, estou con- MJK. “Alguns objectivos foram tente.” conseguidos, outros não. Cumpri o FG. “Foram. Consegui acabar nos de ser Campeã Nacional Júnior e 80 primeiros e o meu nível de jogo Absoluta, por exemplo, e não cumaumentou bastante bem como a pri o de jogar pela Selecção Nacional Sénior.” experiência neste mundo ATP.”

PF. “Em termos do seu desenvolvimento os objectivos que tínhamos para este ano foram atingidos. Relativamente aos resultados, também foram atingidos praticamente todos os objectivos, nomeadamente o apuramento para o Masters TE .Nas competições por equipas até ultrapassámos largamente os objectivos inicialmente estabelecidos. No entanto, a época ainda não acabou uma vez que partimos para os EUA FG. “Consolidar o meu nível de MJK. “A minha prioridade são os este mês para disputar os torneios jogo e regularidade nos torneios e torneios WTA, por isso, espero Eddie Herr, Prince Cup e Orange conseguir ao mesmo tempo saber ganhar alguns torneios para que Bowl. “

cada vez mais desfrutar de cada possa subir significativamente no oportunidade que esta vida me ranking e poder afirmar-me como PF. “Em termos de resultados chegar o mais longe em termos de Ranking ITF e jogadora profissional. “ está a dar. “ ganhar o primeiro ponto ATP.”


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ITF

Provas Internacionais em Portugal — Femininos Vilaça, Joana Pangaio, Maria Palhoto (proveniente da fase de qualificação) e Margarida Moura não foram além da primeira ronda. Ana Claro foi afastada pela equatoriana Mariana Correa, por 6-2 e 6-1. Por seu turno, Margarida Moura, convidada para o quadro principal, cedeu perante Laura Apaolaza Miradevilla, com os parciais de 6-1 e 6-4.

No Porto Open 2009 também estiveram presentes na fase prévia: Diana Batista, Juliana Silva, Caty dos Santos, Beatriz Coelho, Mariana Salvador, Catarina Vilela e Bárbara Ferreira. Diana Batista cedeu na ronda inaugural perante a alemã Lisa Brinkmann, com um duplo 6-1, e Maria Palhoto afastou Juliana Silva, com um duplo 6-0.

Santos-Bravo impede Magali Noutro confronto entre duas porUlrikke Eikeri afastou Maria tuguesas, Maria Salvador afastou de Lattre de atingir a final Palhoto, por 6-0 3 6-3, e Joana Irene Santos-Bravo impediu a Pangaio não conseguiu fazer frenportuguesa Magali de Lattre de te à compatriota Koehler, que atingir a final do Porto Open, de venceu por 6-3, 2-6 e 6-2. 14 a 20 de Setembro, acabando a espanhola por vencer a oposição Rita Vilaça, outra atleta com “wild de Marcella Koek no derradeiro card” para o quadro principal, encontro, com os parciais de 4-6, sofreu um desaire ante a holandesa Marcella Koek, que triunfou 6-1 e 6-3. com um duplo 6-0, enquanto Para chegar às meias-finais, Magali Catarina Ferreira saiu derrotada de Lattre, primeira cabeça-de- do confronto com a espanhola série, ultrapassou a russa Alexan- Carmen Lopez-Blanco, por 6-3 e dra Artomonova na primeira ron- 7-6 (2). da, pelos parciais de 6-2, 5-7 e 6-4. Seguiu-se um triunfo sobre a espanhola Laura ApaolazaMiradevilla, por 6-0 e 6-3, e, nos quartos-de-final, a lusa venceu a francesa Anne-Valerie Evain, por 6-2 e 6-1

Catarina Ferreira, por 6-4 e 6-2, para mais tarde ser eliminada pela russa Inna Sokolova, com os parcelares de 6-2 e 6-4. Também pela segunda ronda da fase prévia ficaram Caty dos Santos, vencida por Apaolaza, com os parciais de 6-2 e 6-0, e Beatriz Coelho, que foi afastada por Mariana Correa em dois “sets”, com os parciais de 6-3 e 6-2.

Maria João Koehler atingiu a segunda ronda, cedendo perante a norueguesa Ulrikke Eikeri, por 36, 6-4 e 6-4, depois de um triunfo sobre Joana Pangaio na ronda inaugural do torneio no Monte Aventino. Ana Claro, Catarina Ferreira, Rita

Magali de Lattre

Catarina Ferreira


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Provas Internacionais em Portugal — Femininos da Moura e Rita Vilaça, cederam na primeira ronda. Moura foi afastada pela finlandesa Piia Suomalainen (6-3 e 6-2), enquanto Vilaça, a única do contingente português que jogou a qualificação, acabou arredada da segunda ronda por Laura Rafful, com os parciais de 6-4 3 6-1.

Postranecka ao quadro principal. Em pares, Joana Pangaio e a equatoriana Corrêa chegaram às meias-finais, cedendo perante as vencedoras do torneio, as francesas Caroline Garcia e Elixane

Maria Palhoto, Mariana Clemente, Mariana Salvador, Bárbara Ferreira, Catarina Ferreira, Juliana Silva e Catarina Morais não Magali, Rita Esteves de lograram ultrapassar a fase de qualificação.

Freitas e Pangaio segunda ronda

na

Mariana Clemente ficou-se pela primeira ronda de qualificação, cedendo perante a compatriota Maria Palhoto, com um duplo 60. Mariana Salvador foi também eliminada na ronda de estreia do “qualifying”, por 6-2 e 7-5, no encontro com a espanhola Maria José Sastre-Comas.

A participação das tenistas portuguesas em Espinho, entre 21 e 27 de Setembro, não foi feliz, com Magali de Lattre, Rita Esteves de Freitas e Joana Pangaio a quedarem-se pela segunda ronda do torneio de terra batida do circuito internacional, com 10.000 dólares em prémios monetários. A checa Marketa Postranecka venceu Catarina Vilela, por 6-4 Enquanto Magali de Lattre per- e 6-3, e Juliana Silva ultrapassou deu diante da brasileira Laura sem grandes dificuldades CatariRafful, por 6-3 e 7-6 (6), Rita na Morais, vencendo com um Esteves de Freitas cedeu no duplo 6-0. encontro com a germânica LenaMarie Hofmann, que levou a melhor com os parciais de 6-1 e Na segunda ronda, mais três atletas lusas viram o acesso 6-2. negado: Juliana Silva foi afastada Com os parciais de 6-4 e 7-6(6), por Candela Munoz, com o Joana Pangaio caiu perante a resultado de 2-6 e um duplo 6-1; francesa Elixane Lechemia, a Maria Palhoto acabou por ser finalista derrotada pela vencedora eliminada pela terceira cabeçaem Espinho, a marroquina Fáti- de-série, a russa Nadezda Samoylo, por 1-6, 7-6 (4) e 6-4; ma El Allami. e Bárbara Ferreira desistiu, o As restantes portuguesas presen- que permitiu a passagem de tes no quadro principal, Margari-

Joana Pangaio

Rita Vilaça


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Provas Internacionais em Portugal — Femininos impôs-se à quarta pré-designada, a ceu o encontro com a lusa Margaalemã Svenja Weidemann, com os rida Moura, por 2-6, 6-2 e 6-2. parciais de 1-6, 6-1 e 7-5. A jovem Patrícia Martins, que Quanto às outras atletas portugue- recebeu convite para quadro prinsas presentes no Algarve, Rita cipal, foi arredada na ronda inicial Esteves de Freitas alcançou os por Claudia Lorenzo Fernandez, quartos-de-final, perdendo perante de Espanha, por 4-6, 6-2 e 7-5. Irene Santos-Bravo, num encontro muito disputado, que terminou Por fim, Rita Vilaça não se consecom 7-6(4) e 6-4 favoráveis à atle- guiu impor diante da sérvia Neda ta espanhola. Kozic, uma das maiores esperanças do país dos Balcãs, que venceu por 6-2 e 6-1. Na fase prévia, Patrícia Guerreiro foi afastada na derradeira ronda por Paz-Monteagudo (6-1 e 6-2), Margarida Fernandes acabou eliminada na segunda ronda pela checa Kolarova (6-0 e 6-1) e Demi -Barão Rodrigues cedeu na primeira ronda, por 6-2 e 7-6(5), diante da austríaca Prentner.

Percurso de Maria João Koehler interrompido nas meias-finais O percurso de Maria João Koehler no ITF Futures Vila Real de Santo António, torneio pontuável para o “ranking” ATP com 10.000 dólares em prémios monetários, foi interrompido nas meias-finais pela francesa Kinnie Laisne. No encontro com Laisne, segunda pré-designada, que perdeu na final com a compatriota Natalie Piquion, Maria João Koehler terminou com o resultado desfavorável de 6-3 e 6-2. Na primeira ronda, a campeã nacional absoluta venceu outra atleta portuguesa, Bárbara Luz, que obrigou Maria João Koehler a um encontro decidido em três partidas. Porém, Koehler foi mais forte e venceu por 6-4, 3-6 e 6-1. Mais fácil foi a tarefa da portuense perante a russa Yaroslava Zhishchenko, averbando um triunfo com um duplo 6-1. Nos quartosde-final, Maria João Koehler

Em pares, Ana Claro e Margarida Moura atingiram as meias-finais, mas acabaram por não conseguir a qualificação para o derradeiro encontro, cedendo perante a dupla Maria João Koehler formada pela holandesa Lablans e Depois da excelente prestação pela francesa Laisne, com os parfrente à sueca Alfredsson, que ciais de 6-4 e 7-6 (6). venceu por concludentes 6-0 e 6-1 na primeira ronda, Ana Claro teve falta de sorte frente à holandesa Marcella Koek, que venceu a lusa por 6-2, 6-7(4) e 6-2. Na ronda inaugural, Maria Palhoto (“wild card”) foi afastada pela “qualifier” francesa Jessica Cohen, com os parciais de 6-4, 3-6 e 6-1. A oitava cabeça-de-série, Joana Pangaio perdeu com a espanhola Lucia Paz-Monteagudo, pelos parciais de 6-3, 1-6 e 6-1, enquanto Laura Iriarte (“lucky loser”) ven-

“Wild Card” Patrícia Martins


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Provas Internacionais em Portugal – Masculinos tendo sido forçado a abandonar devido a problemas físicos na primeira partida disputada com o espanhol Agustin Boje-Ordonez, que vencia por 3-1. Também Rodrigo Carvalho não conseguiu ultrapassar a primeira ronda, acabando por ser afastado pelo norte-americano Gregory Oullette (6-2 e 6-1). O tenista português recebeu o “wild card” inicialmente atribuído a Leonardo Tavares, que rumou à América do Sul após assegurar a Francisco Dias entrada no quadro principal do Gonçalo Falcão e Francis- ATP Challenger de Cali, Colômco Dias alcançam a segun- bia.

da ronda Gonçalo Falcão e Francisco Dias atingiram a segunda ronda do Porto Open, de 14 a 20 de Setembro, no Monte Aventino, torneio de terra batida dotado de 15.000 dólares em prémios monetários, que teve como vencedor o britânico Daniel Smethurst, oitavo cabeça-de-série. Contemplado com “wild card” para o quadro principal, Gonçalo Falcão venceu o britânico Alexander Ward na primeira ronda, com os parciais de 6-2, 3-6 e 6-3, mas acabou por ceder no segundo Rodrigo Carvalho encontro frente a outro tenista da Grã-Bretanha, Morgan Phillips, João Sousa e Pedro Sousa também sexto pré-designado, por 6-3 e 6marcaram presença na ronda inau2. gural do quadro principal do Porto Open. Francisco Dias eliminou o “qualifier” João Silvério no enconQuarto pré-designado, João Sousa tro inaugural, com um duplo 6-1, foi afastado pelo gaulês Florian e foi infeliz no encontro seguinte, Reynet, com um duplo 6-3,

enquanto Pedro Sousa não conseguiu ultrapassar o espanhol Marc Giner, que se superiorizou ao lisboeta por 6-3 e 6-4. Gonçalo Pereira, que se apresentou no Porto Open com o título de Campeão Nacional Absoluto conquistado dias antes, em Carcavelos, jogou a fase prévia, logrando a qualificação para o quadro principal. Na primeira ronda do “qualifying”, Gonçalo Pereira, segundo cabeça-de-série, eliminou Manuel Cavaco (“wild card”), com um duplo 6-2. Seguiu-se novo triunfo, desta feita sobre o francês Tak Khunn Wang, por 6-3 e 6-2, no derradeiro encontro da fase prévia. O adversário de Gonçalo Pereira na primeira ronda do quadro principal foi o primeiro cabeça-desérie, o espanhol Pedro ClarRossello, que bateu o campeão português, por 6-2 e 6-4.

João Sousa


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Igualmente João Silvério escreveu o nome no quadro principal após duas vitórias no “qualifying”, a primeira no embate com Hugo Moraes (6-3 e 6-0) e a segunda no encontro com outro português, João Calheiros Lobo (6-0 e 6-1).

Além de Manuel Cavaco e Hugo Moraes, também Diogo Soares, Miguel Cortez, Pedro Rodrigues, Roque Rocha, João Carvalho, José Macedo Alves e João Maio não conseguiram vencer na primeira ronda da qualificação.

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Falcão/Sousa foram afastados das meias-finais com os parcelares de 6-4 e 7-5 pela dupla formada pelo norte-americano Oullette e pelo britânico Smethurst, finalistas vencidos do torneio, enquanto Carvalho e Pereira cederam perante os vencedores do Porto Open, os espanhóis Rossello e Calderon-Rodriguez, que se superiorizaram com os parciais de 6-4 e 6-1. Gonçalo Pereira

Martim Trueva, Vasco Pascoal, João Calheiros Lobo e João Domingues alcançaram a segunda eliminatória da fase prévia.

Manuel Cavaco

Martim Trueva

Na variante de pares, Gonçalo Falcão/Pedro Sousa e Gonçalo Pereira/ Rodrigo Carvalho chegaram aos quartos-de-final.

Leonardo Tavares “trocou” o Porto Open pela Colômbia

Pedro Sousa venceu em Pares


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Provas Internacionais em Portugal – Masculinos Gonçalo Falcão e João vitória em dois “sets”, com os que venceu o encontro da primeira ronda, por 6-1 e 6-2. Sousa conquistam título de parciais de 7-5 e 6-3. pares Gonçalo Falcão e João Sousa conquistaram o título de pares no ITF Futures Espinho, com 15.000 dólares de “prize-money”, realizado uma semana depois do Porto Open.

Em singulares, Pedro Sousa e João Sousa foram afastados nos quartos-de-final do torneio de terra batida de Espinho, onde o espanhol Pedro Clar-Rossello se sagrou campeão.

João Sousa, sexto cabeça-de-série, cedeu perante o terceiro prédesignado, o francês Benoit Paire, por 1-6, 6-4 e 6-1. O gaulês já havia eliminado Gonçalo Falcão na ronda inaugural do quadro principal, com um duplo 6-3.

Isenta na primeira ronda, a dupla Falcão/Sousa encontrou nos quartos-de-final Martim Trueva e Vasco Pascoal, que cederam pelos parciais de 7-6(4) e 6-1, enquanto na ronda de acesso à final impuseram-se ao polaco Pawel Kur e ao Pedro Sousa iniciou o seu percuralemão Sami Reinwein, com um so com um triunfo sobre o holanduplo 6-3. dês Wesley Koolhof, pelos parciais de 6-0 e 7-6(3), desembaraçando-se depois do norteamericano Gregory Ouellette, quarto cabeça-de-série, por 6-4, 46 e 6-3. Nos quartos-de-final, Óscar Sabate-Bretos, de Espanha, travou o português, depois de vencer por 6-3 e 6-2.

Gonçalo Pereira foi eliminado na segunda ronda pelo francês Benoit Paire, num encontro que acabou com resultado de 6-3, 2-6 e 6-3. Martim Trueva, vicecampeão nacional absoluto, que João Sousa recebeu convite para o quadro principal, não conseguiu superar No encontro decisivo, os portu- o espanhol Boje-Ordonez, que gueses, terceiros pré-designados, acabou por sair vitorioso após enfrentaram a dupla constituída um duplo 6-1. pelo espanhol Jordi Marsi-Vidri e o australiano Allen Perel, quartos Vasco Pascoal ultrapassou a cabeças-de-série. qualificação e não encontrou argumentos para levar de venciGonçalo Falcão e João Sousa estida o espanhol Clar-Rossello, veram em bom nível, alcançando a

Outro atleta a quem o director do torneio atribuiu “wild card” foi João Domingues, que não foi além da ronda de estreia, ao consentir a vitória ao “qualifier” australiano Allen Perel, por 6-0 e 63. Na fase prévia, os atletas portugueses não tiveram a melhor das sortes: Pedro Rodrigues, Manuel Cavaco, João Maio, Tiago Vasquez, Danyal Sualehe, Vasco Mensurado e João Carvalho ficaram-se pela primeira ronda, enquanto João Silvério atingiu a segunda eliminatória.

Apenas José Ricardo Nunes e Vasco Pascoal lograram um lugar no quadro principal, sendo que o algarvio não disputou essa fase do torneio devido a lesão, sendo substituído pelo espanhol Joan Benaiges Blasco.

Vasco Pascoal


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Campeonato Nacional Absoluto 2009 Maria João Koehler e Gonçalo Pereira Campeões quadro principal. Na final, perante o madeirense Martim Trueva, que também recebeu um “wild card”, Pereira venceu por 5-7, 6-1 e 6-0.

A meia-final opôs dois jogadores do mesmo clube, quando Pereira enfrentou o “qualifier” Roque Rocha. A vitória pendeu, mais uma vez, para o lado de Gonçalo, que eliminou o jovem Rocha, por O triunfo de Pereira começou a 6-1 e 6-2. ser construído com um duplo 6-1 perante Diogo Soares, na primeira ronda. O mesmo resultado com que terminou o encontro da segunda eliminatória com Nuno O Campeonato Nacional Matias, quinto cabeça-de-série. Absoluto, que se disputou de 5 a 11 de Setembro, no Carcave- José Ricardo Nunes, segundo pré los Ténis, registou duas novas -designado, foi o adversário entradas na galeria dos cam- seguinte. Num encontro mais peões: Gonçalo Pereira e equilibrado, o algarvio até ganhou o primeiro “set”, por 6-1, mas Maria João Koehler. Gonçalo Pereira não se deixou Gonçalo Pereira primeiro No quadro masculino, Frederico abater e deu a volta ao encontro, título Absoluto Gil, Rui Machado, Leonardo arrecadando triunfos nas duas Tavares, Pedro Sousa, João Sousa partidas seguintes, com os parGaleria de Campeões e Gastão Elias foram ausências ciais de 7-5 e 6-0. notadas, mas nem por isso o 2009 - Gonçalo Pereira campeonato deixou de se confir2008 - Rui Machado mar como uma das provas de 2007 - Frederico Gil maior relevo no calendário do 2006 - Frederico Gil ténis nacional. 2005 - Rui Machado 2004 - Frederico Gil 2003 - Leonardo Tavares 2002 - Bernardo Mota 2001 - Nuno Marques 2000 - Emanuel Couto 1999 - Nuno Marques 1998 - Bruno Fragoso 1997 - Bernardo Mota 1996 - Bruno Fragoso 1995 - Emanuel Couto 1994 - Emanuel Couto

A oportunidade estava assim aberta a uma nova fornada de jogadores, com o desejo de inscrever o seu nome na história da modalidade em Portugal. Gonçalo Pereira, do CETO, foi o vencedor e fez por merecer o convite que lhe foi entregue pela organização do torneio para o

Miguel Cortez


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Maria João Koehler Campeã Neuza Silva era a grande favorita no quadro feminino, principalmente porque perseguia a terceira vitória consecutiva no Campeonato Nacional Absoluto. Porém, a setubalense ficou-se pelas meiasfinais, ao perder perante a vencedora do torneio, Maria João Koehler.

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três partidas, com os parciais de 6- Koehler confirmou o favoritismo 2, 0-6 e 6-3. e venceu com os parciais de 6-1 e 6-2. Na final, surgiu no caminho Rita Freitas, jogadora do Carcavelos Em pares, Martim Trueva e Vasco Ténis, que realizou um campeona- Pascoal venceram em masculinos, to fantástico, lutando contra algu- ao bater na final a dupla constituída por Joaquim Paulo e Tiago mas dificuldades físicas. Correia, por 6-0 e 6-1. Nas duplas femininas, Maria João Koehler e Ana Claro repetiram o feito no Nacional de Juniores e festejaram o título, depois de afastar Catarina Ferreira e Joana Pangaio no derradeiro encontro.

O percurso da tenista portuense nos “courts” de terra batida do Carcavelos principiou com um triunfo sobre Patrícia Guerreiro, por 6-0 e 6-1. Nos quartos-definal, Koehler venceu Bárbara Ribeiro, por 6-1 e 6-2, e garantiu o acesso às meias-finais, fase em que encontrou Neuza Silva. O encontro era o mais aguardado do quadro e as expectativas para o duelo foram cumpridas. Num desafio emocionante, Maria João Koehler afastou Neuza Silva em

Neuza Silva falhou a defesa do título

Nos pares mistos, o curioso e aplaudido regresso de Bernardo Mota trouxe mais prestígio à ilustre carreira do agora técnico do Carcavelos Ténis. Ao lado da pupila Rita Freitas, Bernardo Mota alcançou a final diante dos algarvios Ana Claro e José Ricardo Nunes, que acabaram por vencer o encontro decisivo por 6-2 e 6-4. Galeria de Campeãs Nacionais

Maria João Koehler com um ano 2009 em cheio

2009 - Maria João Koehler 2008 - Neuza Silva 2007 - Neuza Silva 2006 - Neuza Silva 2005 - Magali de Lattre 2004 - Ana Catarina Nogueira 2003 - Neuza Silva 2002 - Frederica Piedade 2001 - Frederica Piedade 2000 - Ana Catarina Nogueira 1999 - Ana Catarina Nogueira 1998 - Sofia Prazeres 1997 - Sofia Prazeres 1996 - Sofia Prazeres 1995 - Sofia Prazeres 1994 - Sofia Prazeres


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Campeonatos Nacionais 2009

Campeonatos Nacionais Individuais Campeonato Nacional Sub-18 Portuenses Koehler e Ramos triunfam no Algarve

Maria João Koehler e Francisco Ramos “desceram” até Portimão com o mesmo objectivo: Vencer o Campeonato Nacional Sub-18, no qual eram considerados os grandes favoritos. Poucos dias depois de ver o título em Sub-16 “cair” nas mãos de João Monteiro, Francisco Ramos não esteve para cometer o mesmo erro duas vezes. Não foi fácil chegar ao derradeiro encontro, onde bateu Rodrigo Carvalho. A tarefa árdua iniciou-se na segunda ronda, depois de ter ficado isento na eliminatória inaugural, diante José Alves, companheiro do CT Porto, que foi afastado com um duplo 6-3.

“vingar” o desaire em Carcavelos João Koehler teve de ultrapassar Sofia Araújo, na ronda de estreia, e triunfou por 6-2 e 6-3. por 6-3 e 6-0. Nos quartos-de-final, Na final, Francisco Ramos encon- a adversária foi Demi Barão Rodritrou Rodrigo Carvalho, galvaniza- gues foi eliminada após um duplo 6 do pela vitória sobre Francisco -1. Dias, primeiro cabeça de série. O “wild card” mostrou que o triunfo O encontro das semi-finais diante nas meias-finais não foi fruto do Patrícia Martins não começou da acaso e deu muita luta pela con- melhor forma, com o parcial de 6-0 favorável à ex-atleta do Ace Team. quista do troféu. Carvalho venceu No entanto, Koehler reagiu bem e a primeira partida por 6-4, no conseguiu vencer as restantes partientanto Ramos triunfou no das por 6-1 e 6-4. Maria João segundo set por 6-3. Na partida Koehler venceu ainda na vertente decisiva, do encontro e do Naciode pares femininos. Koehler e Ana nal, foi preciso recorrer ao tie- Claro revelaram-se mais fortes que break, o 7-6(8) coroou Francisco Patrícia Martins e Sofia Araújo, Ramos como novo Campeão chamando a si a vitória com o Nacional Sub-18. resultado final de 6-1, 4-6 e 6-1. As

O adversário seguinte dava pelo nome de Ricardo Jorge, o quinto pré-designado, que deu trabalho ao futuro Campeão Nacional no escalão. O duplo 6-2 pode não ser o espelho indicado do que se passou no court, mas Francisco Ramos garantiu a presença nas Francisco Ramos meias-finais diante de um ” velho conhecido” João Monteiro. Por sua vez, Maria João Koehler iniciou em Portimão o caminho Poucos dias depois, do encontro que culminaria com a vitória no relativo à final do nacional de Nacional Absoluto. A portuense Sub-16, os dois portuenses vol- venceu Bárbara Luz na final pelos taram a estar olhos nos olhos. parciais de 6-2 e 6-1, numa reedição Francisco Ramos conseguiu de 2008. Para atingir a final Maria

duas Campeãs de Juniores voltariam a festejar em conjunto pouco tempo depois em Carcavelos. Em pares masculinos, Pedro Lopes e Diogo Soares ergueram o troféu depois de uma vitória sobre Roque Rocha e Diogo Monteiro na final por 6-3 e 7-5.

Maria João Koehler


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Campeonatos Nacionais 2009 Campeonato Nacional Sub-16 Bárbara Luz e João Monteiro vencem em Carcavelos

Bárbara Luz e João Monteiro sagraram-se vencedores do Campeonato Nacional de Sub16, que se disputou na terra batida do Carcavelos Ténis, em Agosto. A atleta de Coimbra surgiu no quadro principal feminino como terceira pré-designada e ficou isenta de disputar a ronda inaugural da competição. A estreia de Bárbara Luz foi com Rita Correia, oriunda da fase prévia, com a vitória a pender para o lado da jovem conimbricense pelos parciais de 6-2 e 6-1.

Bárbara Luz revalidou o titulo

festejar em conjunto o título na variante de pares, onde venceram a oposição de Patrícia Martins e Sofia Araújo em dois sets com o resultado final de 6-3 e 7-5.

No quadro masculino, João Monteiro venceu o, também, portuense Francisco Ramos, primeiro cabeça de série, na final com os parciais de 6-1 e 63. Para alcançar o derradeiro e decisivo encontro, João Monteiro teve que bater, na ronda de estreia, o “wild card” Vasco Valverde pelos parciais de 7-6 (3) e 6-4.

Nos quartos-de-final a adversária foi a conterrânea Maria Palhoto (CT Coimbra), no encontro entre duas atletas que se conhecem bem, Luz foi mais forte e carimbou a passagem para as meiasfinais com o resultado de 6-3 e 62. As meias-finais colocaram frente a frente a terceira cabeça de série e a primeira favorita Na eliminatória seguinte o resulPatrícia Martins. tado de 6-1 e 6-0 serviu para O encontro foi favorável a Bár- levar de vencida Bernardo Saraibara que bateu Martins fruto de va. Nos “quartos” Monteiro um duplo 6-2. Na final, Marga- teve de se desenvencilhar de rida Moura revelou-se como Diogo Rocha, por 6-3 e 6-4. uma oponente de respeito, Seguiu-se o confronto das meias cedendo no primeiro set por 7-5 -finais com Tomás Mendes (CT e no segundo por 6-3. A derrota Jamor), responsável pela elimiface a Bárbara Luz em singula- nação de Vasco Mensurado (2.º res não impediu as duas atletas CS). Porém, João Monteiro foi de

mais forte e derrotou Mendes com um duplo 6-3. Tal como Bárbara Luz, João Monteiro celebrou a “dobradinha” nos courts do Carcavelos Ténis. Formando dupla com Danyal Sualéhe, o portuense bateu João Domingues e Henrique Costa na final de pares masculinos, em três partidas com os parciais de 2-6, 7-5 e 7-6 (5). Bárbara Ribeiro e Vasco Leitão encerraram a galeria de Campeões após a vitória sobre Maria Palhoto e Bruno Pedrosa na variante de pares mistos.

João Monteiro Bi-Campeão


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Campeonatos Nacionais 2009 Campeonato Nacional Sub-14

Na segunda ronda, o adversário também foi um tenista que ultrapassou a Frederico Silva e Joana Valle fase de qualificação, Pedro Carvalho que foi afastado pelos parciais de 6-0 Costa dominam e 6-4. O Clube de Ténis do Porto foi o local escolhido para receber o Nacio- José Maria Catela foi o adversário nal de Sub-14, de 15 a 17 de Julho. nos quartos-de-final, mas Frederico Frederico Silva e Joana Valle Costa Silva esteve num nível muito elevado venceram todos os títulos em que e acabou por triunfar com novo estavam envolvidos, singulares e duplo 6-0. Esperava-se que a exigência fosse maior quando Silva enconpares. trou Rodolfo Pereira nas meiasfinais, os dois atletas que fizeram parte da Selecção Nacional que brilhou no Campeonato Europeu e no Campeonato Mundial de Sub-14. Porém, Frederico Silva continuou a dominar a oposição e superiorizouse por 6-0 e 6-1. Chegou então o “prato forte” do quadro masculino, o encontro entre Frederico Silva e Gonçalo Loureiro, segundo prédesignado. Frederico voltou a mostrar o porquê de ser considerado uma das maiores esperanças do ténis português e venceu o companheiro de selecção em dois sets com os parciais de 6-1 e 6-3. Gonçalo Loureiro festejou o título de pares masculinos com Frederico Silva, ao bater na final Samuel CabaO quadro masculino não trouxe surnas e Rodolfo Pereira por 6-2 e 6-2. presas, com os quatro cabeças de série a marcarem presença nas ron- Nas senhoras, Joana Valle Costa foi das finais do torneio, no fim Frederi- a grande vencedora. Surgindo como co Silva (1.º CS) sagrou-se campeão primeira pré-designada a jovem do ao bater Gonçalo Loureiro (2.º CS) CETO e do CAR não demorou a na final. A caminhada do atleta das confirmar o favoritismo que lhe era Caldas da Rainha iniciou-se com um atribuído. Daniella Silva, convidada triunfo sobre o “qualifier” Diogo pela organização, foi a primeira Garnel com um duplo 6-0.

“vitima” tendo sido afastada com o resultado de 6-0 e 6-1. Inês Cunha também não conseguiu parar Valle Costa, que triunfou por 6 -0 e 6-2, na segunda ronda da competição. Nos quartos-de-final venceu o encontro perante a oitava cabeça de série Rita Correia (CT Faro) por 6-0 e 6-1. Nas semi-finais, Adriana Silva ofereceu um pouco mais de luta, mas Joana Valle Costa somou nova vitória por 6-3 e 6-1. Matilde Fernandes foi a outra finalista do Nacional. Contudo, Joana Valle Costa não deu muito espaço de manobra à tenista da AA Coimbra, sagrando-se campeã depois de vencer o encontro decisivo por 64 e 6-1. Em pares, Joana e Beatriz Santos levantaram o troféu, após um triunfo sobre Rita Correia e Ana Filipa Santos por 6-2 e 6-1.

Frederico Silva uma promessa do ténis luso

Joana Valle Costa imparável


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Campeonatos Nacionais 2009 Campeonato Nacional Sub-12 Luísa Almeida em todas as No quadro masculino, António António Dória juntou-se a Almeida Sabugueiro também confirmou o para celebrar a conquista da variante frentes! favoritismo ao sagrar-se campeão ao vencer, na final, a dupla constituí nacional. Na ronda inaugural o atleta O Vilamouraténis recebeu no mês de Sintra bateu António Dória com da por Inês Murta e Gonçalo Silva. de Julho o Campeonato Nacional um duplo 6-4. André Nunes e Afonso Salgado conSub-12, onde Luísa Almeida e António Sabugueiro sagraram-se O opositor seguinte foi Renato San- quistaram a variante de pares mascuCampeões Nacionais em singula- tos (Colégio do Vale), com novo linos, ao afastar no derradeiro enconres femininos e masculinos res- triunfo para Sabugueiro, em dois sets tro Ricardo Gomes e Bernardo Olicom os parciais de 6-1 e 6-4 Seguiu- veira por 6-4 e 7-6 (3). pectivamente. se o encontro relativo aos quartos-de A tenista da Escola de Ténis Nuno -final diante o atleta do CAD João Carvalho, que acabou por ceder por Allegro, Luísa Almeida apresentou-se 6-3 e 6-1. como a primeira pré-designada do quadro feminino e não tardou a Nas meias-finais, o primeiro cabeça demonstrar o porquê de gozar dessa de série encontrou o terceiro précondição: Na primeira ronda, Almei- designado, Salvador Almeida. Sabuda venceu Marta Oliveira (CT Setú- gueiro derrotou o tenista do CN bal) em dois sets pelos parciais de 6-2 Ginástica, mas precisou de três sets. e 6-0. Depois de vencer a primeira partida por 6-4, António Sabugueiro permiDo Sado para o Mondego, a segunda tiu a recuperação de Almeida, que ronda trouxe como adversária a atleta venceu o segundo set por 6-1. da AA de Coimbra, Matilde Fernandes, que não se conseguiu impor Na derradeira partida de acesso à Luísa Almeida (à esquerda) perante Luísa Almeida que acabou final, o tenista sintrense recuperou o e Maria Tavares por chamar para si o triunfo por 2-6, fôlego e conseguiu ultrapassar a barreira chamada Salvador Almeida, 6-2 e 6-3. A sexta cabeça de série, com um duplo 6-3. Mafalda Fernandes foi a opositora nos quartos-de-final, onde se registou Na final encontraram-se António mais uma vitória de Almeida, desta Sabugueiro e o bracarense Francisco feita, por 6-4 e 6-3. Caldas, com a vitória a sorrir ao primeiro com os parciais de 2-6, 7-6 (6) Na derradeira ronda de acesso à final, e 6-1. Luisa Almeida encontrou Beatriz Bento (Ace Team), quinta pré- Nas variantes de pares, novo titulo designada. Os parciais de 6-0 e 6-3 para Luísa Almeida que ao lado de decidiram a contenda a favor de Luí- Matilde Fernandes venceu a dupla formada por Joana Brites e Mafalda sa Almeida. Fernandes com os parciais de 6-1 e 6 No encontro decisivo do Nacional -0. de sub-12, Luísa Almeida encontrou Maria Tavares (AT Ricardo Cayolla). Luísa Almeida não se ficou por ai, O Campeão António Num encontro equilibrado, acabou além dos troféus de singulares e Sabugueiro (à esquerda) pares femininos, a jovem ainda lhe por vencer a favorita. Luísa Almeida e Francisco Caldas foi mais forte e triunfou por 7-5 e 6- juntou o título em pares mistos. 4.


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Medis Copa Ibérica

Masters com seis títulos de portugueses A edição de 2009 da Copa Ibérica encerrou no Clube de Ténis do Estoril com a realização do Masters, que reuniu os quatro apurados em cada escalão etário, com Portugal, com mais de metade dos participantes, a conquistar seis títulos. Na vertente +35 anos, Bernardo Mota impôs-se a Nuno Almeida com os parciais de 6-3 e 6-2, o que permitiu desalojar o adversário do primeiro lugar do “ranking” do escalão. Nos 40 anos, a final opôs António Figueiredo a Vasco Graça, repetindose o derradeiro encontro da etapa Vilamoura. Graça, um dos melhores portugueses da sua geração nos escalões etários juvenis, assinou o triunfo por 6-2, 2-6, 10-7 e vingou o desaire na final da prova algarvia.

Bernardo Mota conquistou o título, após uma final muito disputada com Nuno Allegro, que terminou com os parcelares de 63, 3-6 e 10-7.

Com os triunfos nas etapas de Apesar da derrota na final, Antó- Madrid e Vilamoura, Allegro terminio Figueiredo, antigo semifinalista nou a edição de 2009 da Copa Ibérica do Campeonato Nacional Absoluto e no primeiro lugar do "ranking". vencedor das etapas de Madrid e Vilamoura, terminou o circuito como Igualmente equilibrada foi a decisão nos +70 anos, com o espanhol Félix líder do "ranking" no escalão. Candela a vencer António Trindade Paulo Travassos superiorizou-se a (o mais laureado jogador na história Stefano Valenti por 6-2 e 6-1 na cate- da Medis Copa Ibérica), por 6-2, 3-6 goria de mais de 45 anos. No conjun- e 10-5. to do resultados averbados nas três etapas, o português concluiu como No entanto, António Trindade, que tinha ganho as etapas de Madrid e de líder o circuito. Vilamoura precisamente diante de Nos 55 anos, o luso-brasileiro Sérgio Candela, fechou o ano no topo do "ranking" do seu escalão etário na Aragão somou um êxito Copa Ibérica. por 6-4 e 6-1 no embate com o espanhol Buenaventura Velásquez. e con- O Masters da Copa Ibérica, conjunto firmou o estatuto de líder do escalão, de três provas (Estoril, Madrid e Vilaenquanto o italiano Antonio Claudi moura) pontuável para o “ranking” sagrou-se campeão nos 60 anos gra- internacional de veteranos, juntou um ças a um sucesso tranquilo por 6-2 e total de 38 jogadores (28 masculinos 6-3 sobre o espanhol Juan Ruiz e 10 femininos), dos quais 20 tinham Pérez, que terminou em primeiro no a nacionalidade portuguesa. "ranking". Na competição feminina, Letícia Na final dos 65 anos, João Pacheco Almirall Garbayo (Espanha), líder do

“ranking”, impôs-se à irmã Cristina na categoria +40anos, enquanto nos 50 anos Isabel Cunha d’Eça venceu Marília Madeira Pinto e confirmou o primeiro lugar. Em +60 anos, Brigitte Jacob-Bocken (Bélgica) foi a campeã no Masters, após vencer Cármen Alvarez-Leal. A belga terminou em primeiro no escalonamento. .

Bernardo Trindade, Secretário de Estado do Turismo venceu a Pro-Am da Copa Ibérica 2009


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Campeonatos Nacionais 2009

Campeonatos Nacionais Por Equipas Campeonato Nacional de Equi- são do Campeonato Nacional de de equipa”, como salientou o direcEquipas. tor do torneio, Alfredo Laranjinha. pas 1.ª Divisão Depois de ultrapassar a fase de grupos, ao vencer CETO e Pestana TA, a Na variante masculina, o CT Faro formação portuense enfrentou o Ace sucedeu ao CT Porto, depois de ter Team na final. feito o pleno de vitórias na fase de grupos. A competição começou da A equipa de Alfragide substituiu a AA melhor maneira para o conjunto Coimbra, que foi desclassificada por algarvio, ao vencer os detentores do “utilização irregular do „capitão‟ CT Faro e CT Porto Vencedores

No decisivo encontro, o CT Porto foi mais forte e levou a melhor sobre o Ace Team, por 3-0, festejando mais um título no Carcavelos Ténis, depois de ver Maria João Koehler sagrar-se campeã nacional absoluta no mesmo local, em Setembro.

título, CT Porto, por 3-2. Rui Machado venceu o primeiro singular, o espanhol Carlos Poch o segundo e ambos estiveram lado a lado no encontro de pares que garantiu o triunfo. Seguiram-se dois triunfos por 5-0, primeiro diante da equipa da casa, Carcavelos Ténis, e depois sobre a AA Coimbra, que não compareceu no Nacional de Equipas Masculinas. O CT Faro entrou para a última jornada com a certeza de que se vencesse o CETO seria coroado como novo Campeão Nacional.

Equipa do CT Faro

A formação algarvia não defraudou as expectativas e superou a equipa de Oeiras por 4-1, erguendo o troféu pela primeira vez. Diferente é a história do CT Porto em femininos. A conquista do título esta época, diante do Ace Team, simboliza a oitava vez que a equipa da Invicta é coroada como vencedora da 1.ª Divi-

Equipas do CT Porto e Ace Team


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Campeonatos Nacionais 2009 Campeonato Nacional Equipas 2.ª Caldas da Rainha campeão 11 anos Em femininos, o torneio foi disputado por apenas duas equipas, com o CT Divisão depois Porto a superiorizar-se ao CT Caldas da AA Académica de Coimbra, femini- Onze anos depois, o CT Caldas da Rainha, por 3-0, fazendo assim a nos, e o Clube VII, masculinos, ven- Rainha voltou a triunfar na 3.ª Divi- “dobradinha”.

ceram o Campeonato Nacional de são do Campeonato Nacional de Equipas Masculinas, realizado no Campeonato Nacional de Equipas Equipas 2.ª Divisão. Sub-16 Lousada Ténis Atlântico. A formação conimbricense ultrapassou o CT Almada e CT Viana na fase de grupos, por 3-0 e 2-1, respectivamente, para depois se encontrar na final com o vencedor do grupo A, o Carcavelos Ténis.

No grupo B juntamente com o CT Braga, o CTP Rocha e o CET Knock Out, a formação das Caldas da Rainha “cilindrou“ a oposição com 5-0 em todos os encontros e chegou à final.

SC Porto e AA Coimbra campeões

O Campeonato Nacional de Equipas Sub-16, que se realizou na terra batida do Carcavelos Ténis, também em Setembro, consagrou o Sport Club de Porto como campeão em A formação da linha até começou Na decisão do título, o desafio afigura- masculinos e a AA Coimbra como melhor, vencendo o primeiro encontro va-se diferente, com o Sport Clube do campeã em femininos. de singulares, pelos parciais de 4-6, 7-6 (5) e 7-6(5). Mas a reacção da equipa de Coimbra não se fez esperar e registouse o triunfo nos dois encontros seguintes: em singulares, por 6-1 e 6-0, e no derradeiro encontro de pares, pelos parciais de 6-2 e 7-5. No sector masculino, o Clube VII conquistou o seu primeiro título na categoria. Nos “courts” do Albi Sport Clube, a equipa de Lisboa surpreendeu ao deixar pelo caminho a formação do CETO, considerada a grande favorita do grupo A.

Porto, que alcançou a final depois de muita luta pelo primeiro posto do gru- O SC Porto teve que afastar as formapo A, como adversário. ções do Ace Team, do Tavira RC e dos rivais da Invicta CT Porto na fase de Contudo, o CT Caldas da Rainha vol- grupos da competição. O adversário na tou a estar a um nível exemplar e con- meia-final foi a equipa do Seténis, que quistou o triunfo por 4-1, regressando foi vencida por 5-0. Na final, o SC Poraos títulos na categoria depois de quase to teve de medir forças com o conjunto do Ace Team. A equipa de Alfragide duas décadas sem vencer na categoria. chegou mais uma vez a uma final de um Campeonato Nacional de Equipas Nacional e, mais uma vez, cedeu no derradeiro encontro. O Sport Clube do Sub-18 Porto acabou por sair vitorioso depois “Dobradinha” à moda do CT Porto de um triunfo por 3-2.

A AA Coimbra conquistou o troféu em femininos. A formação da “cidade dos estudantes” ficou no grupo A da competição, com o Ace Team, a Associação 20 Km de Almeirim e o Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, que foi Em masculinos, a turma portuense o finalista vencido da prova. alcançou o sucesso, depois de vencer, na final, a equipa do CETO, por 4-1. A equipa de Coimbra ultrapassou com Antes disso, o conjunto da Invicta tinha sucesso a primeira fase e encontrou o vencido o CTP Rocha, nas meias-finais, CETO nas meias-finais. Um triunfo por e ultrapassou, na fase de grupos, as 2-1 carimbou a passagem à final. No equipas do CT Jamor, do CT Caldas da derradeiro confronto, a AA Coimbra venceu o CTVR Santo António por 2-1 Campeonato Nacional Equipas 3.ª Rainha e do CET Knock Out, com três e levantou o troféu. triunfos consecutivos. Divisão No encontro entre as duas equipas, o Clube VII venceu por 4-1 e garantiu a presença na final, ante o Ace Team. Numa final muito disputada, a vitória acabou por sorrir à equipa da capital, por 3-2. O Clube VII festejou a primeira conquista do Campeonato Nacional de Equipas Masculinas 2.ª Divisão e garantiu a promoção à primeira divisão de seniores.

O CT Porto fez a dobradinha no Campeonato Nacional de Equipas Sub-18, que se disputou em Portimão, em Setembro, ao vencer nas vertentes masculina e feminina.


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Campeonatos Nacionais 2009 Nacional de Equipas Sub-14 CT Caldas da Rainha e CIF vencem títulos

CT Caldas da Rainha e o CIF sagraram-se campeões nacionais de sub-14, no campeonato por equipas que teve lugar no Complexo Desportivo de Lousada. No quadro feminino, o CIF foi o grande vencedor, ao triunfar em todos os desafios que disputou. A tarefa do CT Caldas da Rainha no quadro masculino foi mais difícil. Primeiro, na fase de grupos, a equipa do Centro do país teve de vencer as formações do CT Portimão Rocha, do CT Setúbal e do CT São Miguel para garantir a presença nas meias-finais. Nessa fase, o CT Caldas da Rainha enfrentou o SC Porto e venceu a formação da Invicta, por 3-2. A final foi discutida pela turma do CT Caldas da Rainha e pelo conjunto do Carcavelos Ténis. O resultado final foi de 3-2 favorável à equipa do CT Caldas da Rainha. Nacional de Equipas Mistas Sub-12 CAD conquista ceptro

de vencer a formação do Sport Clube Stewart e Carvoeiro CT entraram para do Porto nas meias-finais, por 4-1. a galeria de campeões nacionais por equipas. Na final, CETO e CAD discutiram entre si o vencedor, com a vitória a Numa final discutida a Norte, o CT sorrir aos últimos, por 3-1. Porto venceu o CT Guimarães, por 5Nacional de Equipas Veteranos 1, e sagrou-se campeão nacional de equipas 1.ª Divisão, no escalão de +45 +35 anos 1.ª e 2.ª Divisões anos masculinos. CT Porto e Vale do Lobo TA venO AT Jim Stewart realizou uma excecem em casa lente campanha, no Estoril, que culminou com a vitória por 3-2 na final O CT Porto e a Vale de Lobo Ten- da 2.ª Divisão sobre o conjunto da AT nis Academy conquistaram na sua Eduardo Beldade.

casa os títulos de Campeão Nacional de Equipas Veteranos +35 Em femininos, o Carvoeiro CT ergueu anos, primeira e segunda divisão, o troféu, depois de ficar em primeiro respectivamente.

lugar na fase de grupos, superando as A formação da Invicta venceu o equipas do CN Ginástica, CT Estoril “round robin”, registando três vitórias Radical e a Associação de Ténis Jim e um empate, e foi coroada campeã, Stewart. precedendo o Clube VII. Nacional de Equipas Masculinas Na segunda divisão, a Vale do Lobo Veteranos +50 e +55 anos Tennis Academy conquistou o troféu ao superar o CT Porto na final, por 3- No escalão de veteranos +50 anos, 2. O conjunto algarvio ficou em prio triunfo no Campeonato Nacional meiro no grupo A, à frente das equipas do CT Setúbal, da ET Mata e do CT de Equipas pertenceu ao conjunto da casa, o CIF, enquanto em +55 Caldas da Rainha.

anos o CT Estoril foi o vencedor.

O CT Porto conseguiu nova vitória O Campeonato Nacional de Equipas caseira em femininos, num torneio O CIF apurou-se em primeiro lugar no Mistas Sub-12 marcou o inicio das realizado em Outubro, nos “courts” da Grupo B, o que significou o apuracompetições Nacionais. mento para a final diante da formação formação portuense. do Grupo Desportivo Banco Espírito De 29 de Junho a 3 de Julho, as Nacional de Equipas Veteranos + Santo. A equipa de Monsanto foi mais melhores equipas mistas da categoria forte e triunfou por 2-1. deslocaram-se até aos “courts” do 45 anos 1.ª e 2.ª Divisões Montechoro, onde o CT CAD festejou CT Porto, AT Jim Stewart e Car- Em Faro, o CT Estoril conquistou o o primeiro título da temporada. voeiro CT erguem troféus título de Campeão Nacional de EquiUm total de três vitórias colocaram o pas de Veteranos no escalão de +55 CAD na rota da glória, mas, antes, teve Na categoria de veteranos +45 anos, anos, ao vencer a equipa da casa do CT Porto, Associação de Ténis Jim CT Faro na final.


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Estoril Open 2010

O Regresso do ―Rei‖ Federer

O suíço Roger Federer, número um do mundo, tem presença confirmada na 21.ª edição do Estoril Open, de 1 a 9 de Maio de 2010, que integra o calendário do ATP World Tour. Federer voltou a escolher o Estoril Open para preparar a época de terra batida, abrindo novamente uma excepção no seu calendário, uma vez que apenas participa em torneios Masters 1000 até Roland Garros, que, este ano, conquistou pela primeira vez, um mês depois de ter ultrapassado em Wimbledon o recorde do norte-americano

Pete Sampras de 14 títulos no No discurso da cerimónia de Grand Slam. entrega de prémios, o suíço agradeceu “a todos terem feito” a Federer, que soma agora mais um sua participação no Estoril Open título do Grand Slam do que Sam- “algo especial”, manifestando-se pras, venceu o Estoril Open de sensibilizado com a hospitalidade 2008, numa final em que o russo do público português. Nikolay Davydenko não completou devido a lesão. Com o triunfo Roger Federer foi o segundo na terra batida do Jamor, o helvé- número um mundial com esse tico, considerado o melhor joga- estatuto na semana a jogar o Estodor de todos os tempos, quebrou ril Open, depois do austríaco um jejum de títulos que se prolon- Thomas Muster o ter feito em gava por cinco meses, período em 1996. que foi afectado por uma mononucleose. Distinguido por cinco vezes consecutivas com o prémio desportiTratou-se da primeira vitória da vismo do ATP World Tour e por época em terra batida para Roger quatro vezes seguidas com o Federer e o regresso aos títulos galardão Laurens Desportista do após a conquista da Masters Cup Ano, Federer entrou em 2008 em Xangai. para o lote de vencedores do Estoril Open que depois venceNa primeira vez que competiu no ram em Roland Garros: Sergi BruJamor, Roger Federer concentrou guera, Thomas Muster, Albert todas as atenções e gerou uma Costa e Juan Carlos Ferrero. grande onda de entusiasmo, chegando também a esgotar o Carlos Moya e Gaston Gáudio “court” central nos treinos. também foram campeões no Grand Slam francês antes de se Apesar da chuva que caiu em sagrarem campeões no Jamor, Abril de 2008, o Estoril Open enquanto Yevgeny Kafelnikov, registou novos máximos de assis- Gustavo Kuerten e Gaston Gáutência, com 53.888 espectadores dio conquistaram os títulos de pares no Estoril Open antes de ao longo da semana. triunfarem em singulares no pó de tijolo de Roland Garros.


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Centro de Alto Rendimento – CAR O Director Técnico do Centro de Alto Rendimento do Jamor (CAR), João Cunha e Silva está agradado com o empenho de todos os envolvidos no ambicioso projecto

dos mais cépticos e creio, ser hoje, reconhecidamente, uma mais valia para todos os jogadores envolvidos.

O figurino desenvolvido e o número de atletas abrangidos, tem-se vindo a revelar, em minha opinião, “Estou satisfeito com o trabalho acertado. que a equipa técnica tem vindo a Desse modo, em 2010, estou crente desenvolver com os atletas. que as coisas se irão processar da mesma maneira. Para entrarem novos atletas, deverão sair alguns.

Centro de Alto Rendimento começa a dar “frutos”

A programação geral competitiva para os primeiros meses de 2010, deverá ser por mim elaborada este mês de Dezembro.

As Selecções Nacionais aproveitam as instalações do CAR para manter a forma

É necessário algumas informações mais, do que aquelas de que disponho neste momento. De todas as formas, essa programação complementará a das Selecções nacionais.”

A maneira como se tem completado, a competência que vem demonstrando, o modo profissional e coerente como se vem comportando.

CAR permite acompanhar de perto a evolução dos tenistas

As instalações são boas e tem-se vindo a dar bom uso delas. A programação competitiva proporcionada aos atletas, Residentes e Não Residentes, penso que foi feita de forma equilibrada, justa e tem sido uma ajuda efectiva para todos. O projecto, desenvolvido de forma séria e honesta, tem vindo, paulatinamente a ter o reconhecimento

João Cunha e Silva

Carlos Leitão no CAR, durante o Estágio da Selecção Nacional


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Ténis de Praia

Miguel Lopes e Tiago Figueiredo campeões na praia da Nazaré Entre os dias 26 e 27 de Setembro, a praia da Nazaré acolheu pela primeira vez a etapa final do Campeonato Nacional de ténis de praia, que consagrou Miguel Lopes e Tiago Figueiredo como campeões, num evento que contou com a presença dos melhores tenistas da modalidade. Miguel Lopes e Tiago Figueiredo venceram os detentores do troféu, Filipe Rebelo e Pedro Correia, pelos parciais de 5-7, 64 e 10-8. O terceiro lugar foi entregue à dupla composta por Hugo Rola e Ruben Ferreira. Em pares mistos, Joana Roda e Filipe Rebelo conseguiram arrecadar o título, após derrotarem no derradeiro encontro a equipa formada por Inês Oliveira e Miguel Lopes, num embate que teve a duração de uma hora e 25 minutos, pelos parciais de 5-7, 6 -2 e 10-4.

Campeões Nacionais de Ténis de Praia

uma boa quantidade de diversão, mas por revelar também uma grande exigência técnica e física para os atletas.

Portuguesa de Ténis, José Santos Costa, que elogiou a forma como foi organizado o evento.

O ténis de praia é uma modalidade que se pratica, em Portugal, desde 2005 e conjuga elementos do ténis convencional e O último lugar no pódio ficou do voleibol de praia. reservado ao par formado por O ténis de praia mostra-se Susana Pereira e Hugo Rola. como uma modalidade muito A cerimónia de encerramento apreciada pelos entusiastas do contou com a presença do ténis, em especial durante a secretário-geral da Federação época do Verão, por permitir

O Ténis de Praia é “Fun in the

Sun”


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TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS 2009 Este ano que agora termina marcou o início de um novo ciclo do Ténis em Cadeira de Rodas. Foi um ano rico em actividades que terminou com a realização do 8º Campeonato Nacional. Durante a época, para além das provas normais do calendário Nacional, realizaram-se as do “Circuito Fundação EDP”, que vieram enriquecer o quadro competitivo nacional. A preparação da deslocação da Selecção Nacional a Inglaterra para disputar o Campeonato do Mundo, abriu novas oportunidades a diversas pessoas, portadoras de deficiência que, utilizando o programa “Campo Aberto” tiveram oportunidade de experimentar a modalidade. Este programa funcionou todos os Sábados de manhã em que houve estágio da Selecção e teve a visita do

Salvador Mendes de Almeida que apoiou esta iniciativa, pondo à nossa disposição o seu site, muito visitado, para promoção deste programa.

pessoas capazes de dar a primeira formação a todos quantos queiram aprender a jogar Ténis em Cadeira de Rodas. Está prevista uma segunda formação, nos mesmos moldes, A Federação esteve presente em para o início de 2010 a realizar na diversos momentos dedicados a zona de influência da Associação de pessoas portadoras de deficiência, Ténis do Porto. entre os quais destacamos o “Dia Diferente” da iniciativa do Alcoitão Alfredo Laranjinha FPT e o Seminário de Desporto adaptado, realizado pela Câmara Municipal de Cascais. Igualmente relevante, foi a realização do Workshop, que teve a inscrição de 40 pessoas, vindas de vários pontos do País e que assistiram com grande entusiasmo ao tema proposto, que versou a problemática da Formação Inicial. Composto de uma parte teórica e de uma outra prática, esta acção de formação veio “equipar” uma parte do País com

Selecção Nacional

TÉNIS NA ESCOLA Este programa que a Federação tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, disporá, para 2010, de um “Manual de Formação”, dedicado aos Professores de Educação Física que entendam adoptar o Ténis como disciplina alternativa nos tempos curriculares ou nas “Actividades de Enriquecimento Curricular”.

conformidade com os progra- la. Nuno Marques, será assim a mas nacionais de Educação imagem da promoção deste Física definidos pelo Ministério conceito. da Educação.

A introdução do Ténis na Escola está sujeita a um programa federativo bem definido, que contempla prioridades em relação às primeiras Escolas a recebê-lo, no sentido de poder ser controlado e assim avaliado relativamente ao sucesso que se O Manual está já em poder do pretende alcançar. Gabinete Coordenador do Desporto Escolar para produção, se A Nuno Marques - Tennis & bem que se considera ainda Sports Events é, desde 2008, o poder haver alguns ajustamen- parceiro oficial da FPT para a tos. implementação do programa O conceito metodológico é “Play and Stay” no nosso país, e baseado no “Play and Stay” e consequentemente o apoio para foi adaptado para estar em total a introdução do Ténis na Esco-

Alfredo Laranjinha FPT

O Ténis a cativar os mais novos


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Campeonatos Nacionais 2010

NOVO ―CADERNO DE CONCESSÃO‖ Depois de terminados os dois últimos Nacionais da época 2008/2009, o Campeonato Nacional de Equipas da 1ª Divisão, realizado em parceria com o Carcavelos Ténis e o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas realizado durante a “Cascais Cup” no Pavilhão dos Lombos, vai ser lançado no site da Federação o novo “Caderno de Concessão” da organização dos Campeonatos Nacionais para 2010.

normalmente tem vindo a acontecer. Desta vez porém entendeu-se por bem introduzir um esquema de avaliação, cujo objectivo principal é o de ajudar os Clubes organizadores a garantirem a qualidade organizativa exigível para um Campeonato Nacional.

zação das provas a que se candidatam, e também para garantir o retorno aos patrocinadores que se envolverem. Alfredo Laranjinha FPT

Os itens a avaliar e a respectiva pontuação, estão assinalados na “Ficha de Candidatura”.

A Federação está disponível para protocolar com os Clubes candidatos, períodos de três Este documento sofreu algu- anos, no sentido de dar contimas alterações, resultado da nuidade ao trabalho desenvolexperiência adquirida, o que vido no que respeita à organi-

Associação Portuguesa de Treinadores de Ténis “Precisamos de todos para ser- tentar catapultar o Ténis para uma mos ter mais força. Para o ano de mos mais fortes”. outra esfera, apenas possível de 2010, temos traçada a meta de 200 Apesar da actual conjuntura económica do País não abonar a favor do crescimento e desenvolvimento da grande maioria dos sectores de actividade económica, o Ténis Nacional parece viver momentos de bonança.

alcançar com um sério investi- Treinadores e acreditamos que se mento na formação individual e trata de uma meta perfeitamente com uma maior união e congrega- alcançável. ção de esforços por parte de todos os agentes. Associação Portuguesa de

Há espaço para todos! E acreditamos que é possível trabalhar em conjunto para um objectivo A projecção mediática que o comum – mais e melhor ténis em Ténis conquistou nos últimos Portugal... anos, muito à custa do sucesso de alguns jogadores como o Frederi- A F.P.T., a C.P.A.T. e a A.P.T.T. co Gil, Rui Machado, Michelle estão unidas e desempenham um Brito e Neuza Silva, está a ter papel cada vez mais decisivo na reflexos positivos para o cresci- defesa dos interesses dos Treinamento da nossa modalidade. dores de Ténis em Portugal. Os Treinadores devem gozar este momento. Mas mais do que isso: A APTT conta neste momento devem saber aproveitá-lo para com 150 Treinadores, mas quere-

Treinadores de Ténis


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Agenda

A Fechar... Prince Cup 2009

ATP World Tour 250 –Qatar Open – Doha, Qatar 4 a 10 de Janeiro Grand Slam – Australian Open - Melbourne Austrália – 18 a 30 de Janeiro FED CUP Grupo I Europa/África – Complexo Desportivo do Jamor – 1 a 6 de Fevereiro Barclays Dubai Tennis Championships – Emirados Arábes Unidos – 14 a 20 Fevereiro (WTA) 22 a 27 de Fevereiro (ATP) Indian Wells – Califórnia, Estados Unidos – 8 a 21 de Março ITF Futures Faro – 1 a 7 de Março de 2010 Davis Cup – Portugal Vs Dinamarca – 5 a 7 de Março ITF Futures Lagos – 8 a 14 de Março ITF Futures Albufeira - 15 a 21 de Marco de 2010 Tennis Europes - Funchal Jovem 2010 – Funchal – de 29 de Março a 4 de Abril

Ficha Técnica Direcção: José Maria Calheiros Coordenação e Revisão: José Santos Costa Redacção, Paginação e Grafismo: AnaLima Comunicação e Marketing

Rodolfo Pereira/Gonçalo Loureiro campeões em pares Rodolfo Pereira e Gonçalo Loureiro sagraram-se campeões da Prince Cup 2009, na vertente de pares masculinos de Sub-14, ao bater na final a dupla canadiana composta por Akhil Metha e Hugo Di Feo. O caminho da dupla Pereira/Loureiro no escalão de sub-14 iniciou-se com um triunfo sobre os israelitas Amir Gal e Harel Or, por 8-4, na segunda ronda, depois de terem ficado isentos na eliminatória inaugural. Nos quartos-de-final, os oponentes foram os israelitas Eyal Cohen e o búlgaro Aleksei Taranda, com a dupla lusa a triunfar por 8-3. Na derradeira ronda de acesso à final, Gonçalo Loureiro e Rodolfo Pereira levaram a melhor sobre o colombiano Diego Pedraza e o norte-americano Alexander Sendegeya, fixando o resultado em 8-5. Rodolfo Pereira e Gonçalo Loureiro foram elementos importantes na Selecção Nacional de Sub-14 que conquistou em 2009 o Campeonato da Europa em pares e se sagraram Vice-Campeões do Mundo.


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