Notícias do ténis
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ABRIL 2014
LSU SPORTS
Mais um sorriso
Mais um sorriso do tamanho do mundo Editorial
A ascensão de João Sousa, até patamares nunca antes alcançados por um português, motiva grandemente quem se entrega à prática do ténis
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ão falta assunto no ténis português. Podia abordar o regresso do ITF Women aos Açores, a Ponta Delgada, 26 anos depois, numa demonstração inequívoca de organização exemplar. Ou podia aludir ao regresso de Rui Machado aos triunfos em provas internacionais, em Lima, no Peru. Ou podia referir-me à participação portuguesa na fase europeia de qualificação do Grupo II do Mundial de Ténis em Cadeira de Rodas. Ou podia falar da progressão de alguns tenistas nos circuitos profissionais, entre os quais Frederico Silva e Romain Barbosa, lembrando presenças consecutivas em finais de pares no circuito profissional da ITF. Contudo, o assunto incontornável é, novamente, João Sousa. O 38.º posto alcançado pelo vimaranense, a 31 de março, é mais um sorriso do tamanho do mundo, para João Sousa, como é óbvio, e para o ténis português. Não hajam dúvidas. Importa, pois, refletir sobre o que pode trazer para o futuro este momento. A ascensão de João Sousa, até patamares nunca antes alcançados por um português, motiva grandemente quem se entrega à prática do ténis. O exemplo de João Sousa é um modelo de sucesso , de afirmação
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
da qualidade do ténis português. O exemplo de João Sousa — e de muitos outros jovens, em masculinos e femininos, que já dão cartas lá fora — é um estímulo enorme para quem quer fazer do ténis uma profissão. É um incentivo que todos — atletas e família, treinadores, dirigentes — devem aproveitar. O exemplo de João Sousa é um contributo precioso para o ténis, assim como o Portugal Open, que, apesar de vicissitudes, se ergueu novamente, desta feita para comemorar as bodas de prata. O exemplo de outro João, de apelido Lagos, já dispensa as palavras de exaltação. É um outro sorriso do tamanho do mundo.
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KAMARUL AKHIR/MALASYSIAN OPEN D.R.
João Sousa é o atual 39.º mundial. É o primeiro português a entrar no «top» 40 do «ranking» ATP
Mais um recorde do conquistador Duas semanas depois de ter estabelecido um máximo pessoal e de um tenista português no «ranking» ATP, João Sousa fixou-se na 38.ª posição. É o primeiro português a figurar entre os 40 mais cotados no mundo. Desde o triunfo em Kuala Kumpur, na Malásia, o vimaranense, treinado por Frederico Marques, não parou de subir na classificação mundial
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J No pretérito 31 de março, João Sousa atingiu a 38.ª posição no «ranking» ATP. O número um português registou o seu máximo pessoal e estabeleceu mais um registo sem paralelo no ténis português. Desde o triunfo em Kuala Lumpur que o vimaranense não pára de subir na hierarquia mundial
oão Sousa bateu… o seu próprio recorde. Duas semanas depois de se ter fixado em 42.º, a 17 de março deste ano, o vimaranense logrou entrar no «top» 40, alcançando a 38.ª posição no «ranking» ATP. Desde setembro de 2013, com o triunfo em Kuala Lumpur — o primeiro de um português em singulares no ATP World Tour — que o tenista português não parou de subir na classificação mundial. A 7 de outubro de 2013, João Sousa, treinado por Frederico Marques, tornou-se no primeiro português a ingressar no «top» 50, com o 49.º posto. Três semanas depois, mais um recorde: 47.º. A 24 de fevereiro deste ano, um novo registo máximo, depois dos quartos de final no ATP World Tour Rio de Janeiro, prova de categoria 500: 44.º. Duas semanas depois, alcançou o 42.º lugar e, logo na seguinte, o 38.º. O tenista vimaranense está há 37 semanas consecutivas no «top» 100 (semana de 21 de abril), igualando o recorde no ténis português, pertença de Rui Machado. De 6 de junho de 2011 a 19 de março de 2012, o tenista algarvio permaneceu entre os cem tenistas mais cotados no mundo durante 37 semanas. Frederico Gil esteve no «top» 100 de 17 de janeiro e 8 de agosto de 2011, um total de 25 semanas
Desde setem que João Sousa n subir na classifica
consecutivas entre a elite do ténis mundial. João Sousa já tinha estado no «top» 100 por duas vezes anteriormente — em 2012, de 15 de outubro a 26 de novembro (sete semanas); em 2013, de 28 de
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mbro de 2013 não parou de ação mundial RIO OPEN/FOTOJUMP
janeiro a 8 de abril (nove) — e, desde que entrou no grupo de cem tenistas com mais créditos no mundo, a 15 de julho deste ano, não mais saiu. O vimaranense, que completou 25 anos a 30 de março, vai entrar
em maio com mais um motivo para esboçar mais um sorriso aberto: será o detentor do recorde de semanas consecutivas no «ranking» ATP. Mais um recorde no ténis português que João Sousa quebra.
João Sousa está prestes a ultrapassar o número máximo de semanas consecutivas no «top» 100. Juntamente com Machado, Sousa soma 37 semanas seguidas entre os cem tenistas mais bem cotados no mundo
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Nuno Marques continua a ser o tenista português com melhor «ranking» de sempre em pares. O atual selecionador de Portugal na Taça Davis atingiu a 58.ª posição na classificação mundial… há 17 anos. João Cunha e Silva é o segundo português mais bem cotado de sempre em duplas
21 de abril de 1997, Nuno Marques alcançou a 58.º posição no «ranking» ATP em pares. Nunca antes um português tinha atingido o «top» 60 — João Cunha e Silva posicionou-se em 72.º — e há 17 anos que o recorde permanece imbatível. Nuno Marques, atual selecionador nacional da Taça Davis, mantém um registo máximo no ténis português há mais de uma década, tal como em singulares. Durante 13 anos e poucos dias de se completar quatro meses, o portuense manteve-se como o tenista português com a posição máxima alguma vez atingida — 86.º, a 25 de setembro de 1995. Apenas em fevereiro de 2009, o recorde de Nuno Marques foi quebrado por Frederico Gil, com a 83.ª posição, a 23. Em pares, Nuno Marques somou um título no circuito ATP, ao lado de João Cunha e Silva. Os dois venceram o torneio de Casablanca, em 1997. Marques teve ainda ensejo de conquistar o título em pares em duas ocasiões, mas acabou por se sagrar vice-campeão: em 1995, em Newport, juntamente com o australiano Paul Kilderry; no ano seguinte, em Bournemouth, com o francês Rodolphe Gilbert. João Cunha e Silva — o segundo português mais bem cotado de sempre na variante de duplas — contabilizou o título em 1997 ao lado de Nuno Marques, em Marrocos. Anos antes, em 1992, Cunha e Silva consagrou-se campeão pela primeira vez num torneio de pares do circuito ATP: em Tel Aviv, ao lado do norte-americano Mike Bauer. Foi o primeiro título
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O recorde imb
de um português num torneio do circuito profissional ATP. No denominado Grand Prix na altura, Cunha e Silva jogou a primeira final em pares em 1989. Com o belga Eduardo Masso como parceiro, o português foi vice-campeão em Nancy, na França. Anos mais tarde, em Casablanca, João Cunha e Silva voltou a marcar presença numa final em
batível nos pares
Há 17 anos que Nuno Marques é o tenista português mais bem cotado de sempre em pares
pares, formando dupla com Emanuel Couto. Os dois portugueses não conseguiram arrecadar o troféu na edição de 1995 do torneio marroquino. No ano seguinte, Emanuel Couto, terceiro português mais bem cotado de sempre em pares [ver página 9] e Bernardo Mota foram campeões no Porto Open. Foi o único título ATP em pares que os dois contabilizaram.
O quarto português com melhor classificação no «ranking» em pares continua a ser Leonardo Tavares, apesar de o espinhense nunca ter participado em qualquer final na variante no ATP World Tour. Leonardo Tavares é o detentor do quarto melhor registo de sempre de um português em pares, estando uma posição acima de Bernardo Mota.
João Cunha e Silva é o único tenista português que contabiliza dois títulos em pares no principal circuito ATP, um dos quais com Nuno Marques. Ambos foram vicecampeões em duas ocasiões, Emanuel Couto e Bernardo Mota têm um título. Frederico Gil foi o último português a conquistar um título em pares, no ATP World Tour, em 2012, no Chile
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Frederico Gil e o espanhol Gimeno-Traver venceram em Viña del Mar, no Chile, em 2012
CÉSAR PINCHEIRA
Emanuel Couto é o terceiro português mais bem cotado no «ranking» ATP em pares, precedendo Leonardo Tavares, Bernardo Mota e Frederico Gil PUBLICIDADE
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Imediatamente a seguir a Bernardo Mota na classificação entre os portugueses encontra-se Frederico Gil, que, igualmente com Leonardo, está ainda em atividade. São os dois únicos entre os seis lusos com melhor classificação no «ranking» ATP em pares. O melhor registo de Gil é a 105.ª posição, alcançada em 20 de setembro de 2010 e o seu único título na variante foi obtido em 2012, ao lado do espanhol Daniel Gimeno Traver, no Chile, no ATP World Tour Viña del Mar. Rui Machado fecha o «top» 200 em pares na tabela ATP. O algar-
vio logrou a 185.ª posição na classificação mundial, a 17 de janeiro de 2011. Pedro Sousa alcançou a 241.ª posição, a 22 de julho de 2013, enquanto Pedro Cordeiro, o atual treinador do lisboeta, logrou o 334.º lugar, a 6 de julho de 1987. João Sousa, o tenista mais bem cotado da atualidade e de sempre em singulares (38.º lugar), figura em 254.º no «ranking» ATP em pares. Gastão Elias apresenta como a classificação máxima pessoal o 330.º lugar. Esta posição foi obtida a 13 de maio de 2013.
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«Top» seis
lusitano Nuno Marques, João Cunha e Silva, Emanuel Couto, Leonardo Tavares, Bernardo Mota e Frederico Gil são os seis portugueses mais bem cotados no «ranking» ATP» em pares desde sempre. De entre estes, apenas Frederico Gil e Leonardo Tavares continuam em atividade.
NUNO MARQUES 58.º
21 abril 1997
JOÃO C. SILVA 72.º
13 março 1989
EMANUEL COUTO 91.º
9 junho 1997
LEONARDO TAVARES 95.º
13 setembro 2010
BERNARDO MOTA 96.º
9 junho 1997
FREDERICO GIL 105.º
20 setembro 2010 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Para os portugueses, João Sousa é a grande atracão da edição de 2014 do Portugal Open, no Jamor, de 26 de abril a 4 de maio
e 26 de abril a 4 de maio, o Jamor volta a animar-se com o Portugal Open. Este ano, a única prova portuguesa no ATP World Tour e no WTA Tour comemora as bodas de prata. A terra batida do Estádio Nacional recebeu a prova pela primeira vez em 1990, apenas em masculinos, com triunfo individual do espanhol Emílio Sánchez. Nos últimos 24 anos, a prova organizada por João Lagos teve como vencedores nomes como Carlos Costa (o primeiro a lograr dois triunfos), Thomas Muster, Carlos Moya, Albert Costa, Novak Djokovic, Roger Federer e Juan Martin del Potro, entre outros. Na edição das bodas de prata, Stanilas Wawrinka, número três mundial, regressa para a defesa do título. Ao suíço juntam-se Milos Raonic, Dmitry Tursunov, Benoit Paire, Albert Montañes (vencedor por duas vez, a segunda das quais na final inédita com um português, Frederico Gil, em 2010) e… João Sousa. O número um português, que regressa ao Portugal Open após um ano de ausência, é o grande
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Bodas de prata Frederico Gil foi o primeiro português a jogar uma final do Portugal Open. Foi vice-campeão em 2010
cabeça de cartaz para os muitos entusiastas do ténis que se deslocam anualmente ao Jamor. João Sousa está no «top» 40 e a prestação do vimaranense no pó de tijolo do Jamor concentra as atenções dos portugueses.
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a no Jamor
No quadro em femininos, a lista de inscritas é rica: Roberta Vinci (14.ª mundial), Carla Suarez Navarro (17.ª), Samantha Stosur (20.ª), Anastasia Pavlyuchenkova (21.ª e detentora do cetro de campeã no Jamor), Alizé Cornet (22.ª),
Alisa Kleybanova (24.ª), Kaia Kanepi (25.ª) e Sorana Cirstea (26.ª), entre outras. A última entrada direta na grelha principal foi a de Varvara Lepchenko (49.ª), o que atesta a riqueza da lista da 25.ª edição do Portugal Open.
Stranislas Wawrinka e Anastasia Pavyuchenkova defendem os títulos individuais conquistados no ano passado
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Regresso a casa C Em finais deste mês, Carlos Sanches, de 50 anos, regressa à terra natal, para desempenhar uma vez mais as funções de supervisor ATP na edição de bodas de prata do Portugal Open, no Jamor
arlos Sanches vive na Áustria há vários anos e, normalmente, viaja para Portugal em duas ou três vezes ao ano, «essencialmente para visitar a família e os amigos». No final deste mês, o supervisor ATP regressa à terra que o viu nascer há 50 anos para o Portugal Open. «Uma vez mais, estarei no Portugal Open, no qual tenho sempre a oportunidade de rever amigos que, devido à minha profissão, só encontro um par de vezes ao ano», refere Carlos Sanches. Desde 2006 nos quadros da ATP como supervisor, Carlos Sanches, natural de Lisboa, é um «globetrotter». Por ano, trabalha em cerca de 20 torneios organizados sob a égide da ATP, dos quais «cinco são Masters 1.000, três ou quatro do ATP World Tour 500 e os restantes de categoria 250», tal como o Portugal Open. «Não faço ideia de quantas vol-
tas ao mundo dei, mas faço atualmente uma média de 100.000 milhas por ano», afirma. No final deste ano, Carlos Sanches voltará a estar, pela segunda vez consecutiva, no Masters de Londres, em novembro, disputado pelos oito mais credenciados tenistas no final da temporada. Nesta primeira semana de abril, o supervisor português da ATP, que trabalhou para a organização em regime de «part time» desde meados dos anos 90 até 2006, estará no ATP World Tour Casablanca, em Marrocos, torneio de terra batida em que João Sousa se inscreveu. Carlos Sanches julga que, até ao momento, já visitou «mais de 70 países» e admite que «viajar é um dos aliciantes da arbitragem de ténis». Sanches salienta que o seu percurso e dos árbitros portugueses Carlos Ramos, Mariana Alves e Rogério Santos [atual presidente
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Carlos Sanches volta a Portugal em finais deste mês para a 25.ª edição do Portugal Open
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do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Ténis], são uma «ajuda para incentivar os jovens árbitros e a mostrar-lhes que, com força de vontade, trabalho paixão e também um pouco de sorte, se conseguem alcançar metas que podem parecer inacessíveis». «Há quinze/vinte anos, pouca gente imaginaria que os árbitros portugueses — à exceção de Jorge Dias, que, na época, foi a gran-
João Sousa
de referência da arbitragem portuguesa internacional e que teve uma excelente carreira — pudessem estar onde estão hoje», salienta Carlos Sanches, que, por estar ausente do país há muitos anos, não está «muito por dentro da realidade da arbitragem portuguesa». No entanto, no Portugal Open, o contacto com árbitros portugueses permite-lhe atualizar a sua perceção.
Em novembro, Carlos Sanches voltará a Londres como supervisor do World Tour Finals
50.º
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Bárbara Luz foi vice-campeã no primeiro Azores Ladies Open e semifinalista no segundo FOTOS: MIGUEL CARVALHO
De novo nos Açores A Associação de Ténis dos Açores quer inscrever mais provas no circuito ITF
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epois das duas edições do Azores Ladies Open, que marcou o regresso ao arquipélago dos torneios do circuito profissional feminino da ITF, a Associação de Ténis dos Açores perspetiva realizar mais duas provas, de dez mil dólares cada, em masculinos, em outubro. Luís Carvalho revela que os dois
torneios nos Açores resultarão de uma «sinergia atlântica». «Estamos a tentar juntar a região do Porto e da Galiza, criando uma sinergia que poderá ser muito benéfica para todos», explica o diretor do Azores Ladies Open, duas provas do calendário ITF realizadas na segunda metade de março.
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MIGUEL CARVALHO
De 1988 a 1997, Ponta Delgada animava-se em setembro com a realização da etapa do Açores do ATP Challenger Series, na qual Nuno Marques conquistou dois títulos em singulares, em 1995 e 1996. Luís Carvalho acredita que é possível organizar novamente um «Challenger», lembrando que os torneios em Ponta Delgada, disputados na superfície rápida do CT São Miguel, «deixaram boa memória». No setor feminino, a possibilidade de promover um torneio no com um «prize-money» superior a dez mil dólares também não é descurada. «Tudo é possível. Todavia, temos de dar passos certos e seguros. Teremos de analisar também o retorno económico e os seus efeitos na economia regional. Queremos, antes de mais, procurar cimentar, ano após ano, os nossos torneios na rota do ténis internacional e promover os Açores como destino de excelência», refere. Artur Martins, presidente da Associação de Ténis dos Açores, sublinha que os eventos perspetivados inserem-se no «projeto Açores na Europa do Ténis». «O objetivo é voltar a trazer os torneios internacionais à Região Autónoma dos Açores e promover
A açoriana Marta Magalhães disputou o quadro principal nos dois Azores Ladies Open
o ténis e o turismo, interligando as duas coisas», afirma, acrescentando que o projeto só é possível com a parceria estabelecida com o Governo Regional dos Açores, «nomeadamente com a Secretaria Regional do Turismo». O desígnio de recolocar os Açores nos calendários internacionais de ténis foi apresentado por Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, na reunião que, conjuntamente com Artur Martins, teve com o secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, em agosto do ano passado.
Há quase 26 anos que uma prova do ITF Women não se disputava nos Açores. Em masculinos, o «Challenger» de Ponta Delgada disputou-se durante dez anos
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As jóias da
A exposição «Lawn Tennis em Portugal», com mais de três centenas de peças, está patente até outubro, no Palácio Foz, nos Restauradores, em Lisboa
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FOTOS: FPT
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té outubro, no Museu Nacional do Desporto, está patente a exposição «Lawn Tennis em Portugal», que reúne cerca de 300 peças da coleção particular do jornalista Norberto Santos. A inauguração da mostra foi presidida pelo secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro. Augusto Baganha, presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, João Paulo Santos, vice-presidente, José Santos Costa, secretário geral, José Corrêa de Sampaio, Manuel Valle Domingues, João Lagos, João Cunha e Silva, Pedro Cordeiro, Manuel de Sousa, Olívio Silva, Alfredo Vaz Pinto, Marco Seruca, Tó Cabral, Carlos Lopes e José Augusto, entre outros, também marcaram presença na cerimónia de inauguração, em que o jornalista Manuel Perez recuperou o percurso de João Sousa, o número um português.
coroa do ténis
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Mais um núcleo de ténis social A A Academia dos Champs, instituição particular de solidariedade social, tem núcleos na Maia, na Outurela, em Trajouce, Bicesse e Adroana
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Academia dos Champs, instituição particular de solidariedade social que desenvolve a sua ação através do ténis, abriu mais um núcleo, na Adroana, no concelho de Cascais. Este núcleo da Academia dos Champs em Adroana, com influência nas zonas do Alcoitão e do Bairro Cruz Vermelha, sucede à inaugurada em dezembro, na Maia. Os núcleos de Adroana e Maia, que se juntam aos três existentes, possibilitam que mais cem crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social possam integrarem-se e alargarem os seus horizontes através da prática do ténis. «A inauguração de mais dois núcleos, num curto espaço de tempo, é mais uma vitória para a Academia dos Champs. São constantemente identificadas zonas em que nosso projeto faria todo o sentido, mas nem sempre há a possi-
bilidade de se reunirem todas as condições necessárias para um acompanhamento de qualidade. O envolvimento dos parceiros é crucial para a implementação do projeto em novas áreas do país. Tem sido essa vontade, por parte de todos os envolvidos dos nossos núcleos, que nos tem levado a superar, constantemente, os desafios», afirma António Champalimaud, mentor da Academia dos Champs. Para a instalação de um núcleo, é necessário, numa primeira fase, identificar infraestruturas desportivas disponíveis para a implementação do projeto Academia dos Champs e a existência de uma equipa de ação social que sinalize as crianças e os jovens. Depois de inaugurado o núcleo, «é assegurado um acompanhamento contínuo à Academia dos Champs», instituição sem qualquer fim lucrativo. A Academia dos Champs tem
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ACADEMIA DOS CHAMPS
núcleos também na Outurela, em Trajouce e Bicesse. A equipa da Academia dos Champs é formada por António Champalimaud, Francisco Alvim, Fabiana Baumann, Miguel Plantier, Ricardo Rodrigues e Ricardo Louro. O projeto nasceu em 2009 e, no ano passado, foi premiado pelo
ATP World Tour, por via da ligação da Academia dos Champs ao Portugal Open. A Academia dos Champs recebeu um donativo concedido pela ATP Aces for Charity, programa de solidariedade do circuito masculino, que distinguiu a instituição portuguesa conjuntamente com outros 13 projetos a nível mundial.
Em 2013, o ATP World Tour premiou a Academia dos Champs
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FOTOS: FERNANDO FERREIRA
No Lisboa Racket Center, ACP Ténis promove dois «workshops» der padel e ténis
O ABC do padel
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o âmbito do ACP Ténis, uma parceria entre a Federação Portuguesa de Ténis e o Automóvel Clube de Portugal, o Lisboa Racket Centre vai realizar «workshops» de iniciação ao padel e também ao ténis, a 10 e 24 de Maio. Exclusivamente destinados a sócios do Automóvel Clube de Portugal e seus convidados, as duas primeira iniciativas têm início previsto para as 10 horas, prolongando-se por toda a manhã. Cada «workshop» de iniciação ao padel e ao ténis consistirá na aprendizagem das regras das duas modalidades. Também serão ministradas noções técnicas básicas, posteriormente aplicadas na prática, em situações de jogo de padel e no ténis.
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As inscrições estão abertas até 7 de maio, para o «workshop» de 10 do mesmo mês, podendo ser registadas através do endereço eletrónico acptenis@acp.pt. Para o «workshop» de 24 de maio, as inscrições encerram a 21. O preço de inscrição de sócio do Automóvel Clube de Portugal está fixado em 12,5 euros, enquanto o convidado terá de despender 15 euros. O protocolo estabelecido entre a Federação Portuguesa de Ténis e o Automóvel Clube de Portugal, com mais de 250 mil sócios, foi celebrado recentemente. Pretendendo ser uma mais-valia desportiva, o ACP Ténis não só organiza torneios e circuitos internos nas modalidades do ténis, ténis de praia e padel, como dis-
com ACP ponibiliza informação sobre as modalidades e dinamiza «workshops» de iniciação. O protocolo celebrado entre a Federação Portuguesa de Ténis e o Automóvel Clube de Portugal também oferece vantagens e descontos nos clubes que aderiram,
Ténis
possibilitando alugueres e aulas coletivas e individuais mais baratas, além de preços mais baixos nas boutiques. O ACP Ténis, que promove o convívio desportivo de norte a sul do país, encontra-se filiado na Associação de Ténis de Lisboa.
Os «workshops» estão marcados para 10 e 24 de maio
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O ténis para todos
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Federação Portuguesa Ténis criou o «Clube Inclusivo», um programa anual que pretende instituir uma rede nacional de clubes, para acolher alunos portadores de limitações funcionais e que desejem aprender a jogar ténis em cadeira de rodas. Levar o ténis a todos é a premissa. Joaquim Nunes, coordenador de ténis em cadeira de rodas da Federação Portuguesa de Ténis, sublinha que o «Clube Inclusivo» tem a intenção de «criar, a nível nacional, uma rede de estruturas humanas e espaciais que respondam à procura por parte da população com limitações funcionais em praticar ténis, enriquecendo e assumindo uma resposta aberta da modalidade perante a diversidade de potenciais praticantes». Para a concretização do programa, a Federação Portuguesa de Ténis «está a desenvolver esforços para dotar o projeto de meios materiais, que possibilitem a formação de treinadores e o apetrechamento dos clubes com cadeiras de rodas». Os clubes aderentes têm de possuir acessibilidades aos espaços sociais e desportivos, terem um ou mais elementos da equipa técnica disponíveis para desenvolver o ensino do ténis nesta vertente da modalidade e estarem receptivos para acolher, a custo zero ou simbólico, a integração dos alunos.
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A Federação Portuguesa de Ténis dará apoio gratuito ao nível da formação pontual e contínua dos treinadores, disponibilizando ainda, dentro do possível, cadeiras de rodas, na fase inicial. «No âmbito da formação, o processo revela-se mais fácil» do que o apetrechamento dos clubes com cadeiras de rodas, pois «as necessidades estão cumpridas, estando agora a Federação Portuguesa de Ténis focalizada «nos meios necessários para a aquisição de cadeiras de rodas»-
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clubes. A tarefa de reunir
os clubes ao programa foi da responsabilidade das associações regionais de ténis, que procederam ao levantamento dos aderentes na sua região, comunicando-os depois à Federação Portuguesa de Ténis. As associações de Aveiro, Leiria, Lisboa e Setúbal corresponderam e indicaram um total de dez clubes «disponíveis para integrar o projeto». A Associação de Ténis de Leiria indicou Clube de Ténis de Pombal e a de Aveiro designou Luso Ténis Clube. No âmbito da Associação de Ténis de Setúbal, o Clube de Ténis de Setúbal aderiu ao projeto. Na Associação de Ténis de Lisboa, que tem como responsável pelo ténis em cadeira de rodas Paulo Espírito Santo, campeão nacional de 2004 a 2007, são sete os clubes aderentes ao programa:
FERNANDO FERREIRA
Escola de Ténis José Mário Silva, Clube de Ténis do Estoril, Escola de Ténis Pedrosmash, Clube de Ténis de Torres Vedras, União Juventude de Alverca, Clube Académico de Desportos e Navigators Sports Club. Após esta fase, Joaquim Nunes refere que «a resposta da Federação Portuguesa de Ténis, através do programa específico para este projeto, vai passar agora à prática». «Foi feito um compasso de
Paulo Espírito Santo é o responsável pelo ténis em cadeira de rodas na Associação de Ténis de Lisboa
espera razoável, para podermos ter um número de participantes razoável no arranque do ‘Clube Inclusivo’. Vamos avançar com o que temos, com a esperança que as adesões venham a crescer. Até final deste mês de abril, serão conhecidos os momentos e os locais de formação para os técnicos inscritos neste programa», salienta o responsável da Federação Portuguesa de Ténis pela variante de ténis em cadeira de rodas.
Dez clubes, a maioria do distrito de Lisboa, aderiram já ao programa «Clube Inclusivo»
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FOTOS: ITF
FOTOS: ITF
«La bella Italia»
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Campeonato do Mundo de Pares de 2014 já tem data e local marcados: Bagno Delfino, na Cervia, em Itália, volta a receber a prova, agendada de 1 a 3 de agosto. A competição, reservada a duplas masculinas, femininas e mistas, terá, pela primeira, uma fase de qualificação, programada para 30 e 31 de Julho. Na edição de 2013 do Campeonato do Mundo de Pares, Portugal foi dos 21 países representados em Bagno Delfino, pela primeira
vez o palco do evento da ITF, que se realiza desde 2009. A seleção portuguesa de ténis de praia participou pela primeira vez em 2011, em Roma, com as duplas Hugo Rola/Ruben Pereira e Ana Noro/Catarina Pires. Os dois pares não foram além da primeira ronda. Em 2012, em Burgas, na Bulgária, Portugal não participou no Campeonato do Mundo de Pares. No ano passado, a equipa portuguesa apresentou-se com Ruben Ferreira e Bruno Polónia, em masculinos, Ana Noro e Inês Santos,
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acolhe Mundial em femininos, e Ana Noro e Ruben Ferreira, em pares mistos. Nesta última prova, Noro e Ruben foram infelizes na primeira eliminatória, cedendo frente à dupla italiana Daina/Cramarossa, segunda cabeça de série. Em pares femininos, Ana Noro e Inês Santos também não lograram aceder à segunda ronda, acabando por ser afastadas pelo par quarto pré-designado, formado pelas francesas Pauline Bourdet e Magalie Garnier. No torneio de pares masculinos, Ruben Ferreira e Bruno Polónia
foram eliminados pelos brasileiros Ferreira e Thales Santos, no encontro correspondente à ronda inaugural. A marcação da data do Campeonato do Mundo de Pares sucede à calendarização do Mundial Equipas, novamente em Moscovo, de 17 a 20 de julho, e do Europeu de Pares, de 8 a 10 de agosto, em Brighton, no sul de Inglaterra. Também no que respeita a esta última prova, a ITF repete neste ano o local da realização do Campeonato Europeu de Pares.
Portugal soma duas presença no Campeonato do Mundo de Pares, competição que se realiza desde 2009. A seleção lusa de ténis de praia participou em 2001 pela primeira vez, em Roma. No ano passado, Portugal competiu em Bagno Delfino, que volta a acolher a competição este ano
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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MIGUEL CARVALHO
Inês Mesquita 15 anos
«Ténis é o que mais gosto» Pela primeira vez no ITF Women, Inês Mesquita atingiu a ronda dois de um quadro principal em singulares. Foi no primeiro Azores Ladies Open. Treinada por Nuno Mota, a tenista soma um título internacional, em sub-16, no ano passado, em pares: em Sanxenxo, ao lado de Beatriz Rodrigues Bento, com quem se sagrou vice-campeã nacional no escalão.
O ténis é... fazer o que mais gosto e conhecer pessoas diferentes, com a mesma paixão que eu. Jogo ténis… porque não consigo imaginar-me a fazer outro coisa. Viajo muito e conheço sítios diferentes. O que mais gosto no ténis... é competir no estrangeiro. O que mais detesto no ténis… não poder sair muito com os meus amigos ou ter uma lesão que me impeça de jogar. Treinar é... melhorar o meu jogo, as minha rotinas e a parte mental. Sucesso significa… conseguir ter bons resultados, depois de muito esforço e muita dedicação. No ténis, quero atingir... o «top» 50 WTA. Depois de vencer um encontro… telefono à minha mãe. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ter ido para a academia das Caldas da Rainha. E a maior tristeza no ténis foi… não poder ter ido a alguns
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torneios lá fora, com os meus colegas. Se eu mandasse no ténis... apoiava mais financeiramente os jogadores de alto rendimento. Em Portugal, o ténis precisa de… mais competição e mais infraestruturas (campos cobertos). Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... bom para incentivar os mais jovens. Um bom treinador… é aquele que se preocupa com o seu jogador, o apoia, ajuda-o sempre que ele precisa. E que tenha bastantes conhecimentos de ténis, não só na parte técnica, como na tática e mental. O meu ídolo no ténis é atualmente... João Sousa, por ser o português que chegou mais longe no «ranking» mundial. O meu torneio preferido é… Wimbledon. A minha superfície preferida é… piso rápido No meu saco, não dispenso… as quatro raquetas, toalha, corda de saltar e um elástico.
Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA
ALGARVE
ALTO ALENTEJO
CASTELO BRANCO LISBOA
SETÚBAL
MADEIRA VILA REAL
COIMBRA PORTO VISEU