Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE | AGOSTO 2020
BEATRIZ RUIVO
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No feminino
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Oeiras Magnesium K Active Cup, organizada pela Federação Portuguesa de Ténis em parceria com o Clube Escola de Ténis de Oeiras, foi o primeiro torneio do ITF Women World Tennis Tour a realizar-se depois da suspensão provocada pela pandemia de covid-19. O circuito esteve cinco meses parado, com todas as consequências que advieram disso. Não foi a primeira vez que a Federação Portuguesa de Ténis organizou o W15 no CETO. Porém, esta edição da Oeiras Magnesium K Active Cup teve um significado grande, porque foi o primeiro destino do mundo do ténis na retoma. Uma tenista do top 200, a espanhola Cristina Bucsa, foi uma das jogadoras que jogaram o torneio, assim como a dinamarquesa Clara Tauson, de 17 anos, número um do ranking mundial de juniores, em 2019. A nórdica acabou por ganhar a prova. É desígnio da Federação Portuguesa de Ténis trazer o mundo a Portugal, com a organização ou o importante apoio a clubes e entidades na promoção de provas do ITF World Tennis Tour. Um apoio que não é só económico, também é em material. Aumentar o número de provas em Portugal é uma tarefa que, para a Federação Portuguesa de Ténis, não se esgota só num ano. Queremos mais e mais provas. É que não só ganha a economia local como o ténis português. Nos torneios do ITF World Tennis Tour, os tenistas portugueses, em masculinos e femininos, têm oportunidade de competir num nível elevado. Têm ocasião de ambientar-se no mundo do ténis, experienciar situações bem diferentes das vividas em provas nacionais, como as do Circuito Absoluto FPT, que, este ano, distribui mais de 40 mil euros em prémios. Este ano, dado a situação epidemiológica, teremos decerto menos provas internacionais do que no ano passado, mas mantemos intacto o objetivo de aumentar o número de torneios dos circuitos profissionais, não só da ITF como no ATP Challenger Tour. Temos esperança no futuro. E acreditamos que vamos conseguir!
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Federação Portuguesa de Ténis
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warming up
TRAZER O MUNDO A PORTUGAL
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt | www.tenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
BEATRIZ RUIVO
passing-shot
CLUBE DE TÉNIS DE MONTEMOR-O-NOVO
DORA REIS PRESIDE AO CLUBE DE TÉNIS DE MONTEMOR-O-NOVO
PRESIDENTES NO FEMININO NO PRESENTE, HÁ DOIS CASOS NO PAÍS DE SENHORAS QUE PRESIDEM A DIREÇÕES DE CLUBES COM PROVAS INSCRITAS NO ITF WORLD TENNIS TOUR. DORA REIS PRESIDE AO CLUBE DE TÉNIS DE MONTEMOR-O-NOVO, QUE ORGANIZA O MONTEMOR LADIES OPEN. JOANA AGUIAR DE CARVALHO ESTÁ À FRENTE DOS DESTINOS DO TENNIS CLUB DA FIGUEIRA DA FOZ, PROMOTOR DO FIGUEIRA DA FOZ INTERNATIONAL LADIES OPEN. NUM UNIVERSO DE MAIS DE 300 CLUBES, HÁ REGISTO DE QUE OUTRA SENHORA É PRESIDENTE DA DIREÇÃO - JOANA VALENTE, NO CLUBE DE TÉNIS DE AVEIRO. O DIRIGISMO DESPORTIVO NO FEMININO NÃO SE RESUME A COLETIVIDADES E HÁ SENHORAS EM ASSOCIAÇÕES REGIONAIS E DE CLASSE E NA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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ma senhora num órgão social de uma organização desportiva — clube, associação ou federação — nada tem de singular. Assinalável é quando a presidência de uma coletividade com provas inscritas no ITF World Tennis Tour se conjuga no feminino. Joana Aguiar de Carvalho preside ao Tennis Club da Figueira da Foz desde 26 de fevereiro de 2016. «A minha candidatura surge de forma natural, dado que, na anterior direção, tinha sido vice-presidente e pretendia dar continuidade aos projetos que tinham sido delineados e a outros ainda não concluídos», recorda, sublinhando que era «até então si outros ainda não concluídos», recorda, sublinhando que era «até então simplesmente uma sócia ativa e participativa nos eventos que se realizavam». Dora Sampaio Reis tem também uma experiência na direção precedente do Clube de Ténis de Montemor-o-Novo, que integrou. «Além disso, há 20 anos, já tinha a experiência não como presidente, mas de estar na gestão de um clube de ténis de mesa, no qual pratiquei essa modalidade e acompanhei as classes juniores, durante vários anos», declara a dirigente, que, em outubro, termina o mandato. Na qualidade de presidente, Dora Reis sucedeu a Cristina Reis, que, «durante um longo período, geriu de forma inigualável» o Clube de Ténis de Montemoro-Novo, «elevando não só o clube, mas também a modalidade, em todo o Alentejo». «Em primeiro lugar, importa ressalvar que os
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
NO FEMININO Dirigentes na Federação Portuguesa de Ténis, associações regionais de ténis e representativa dos jogadores:
FEDERAÇÃO PORTUGUESA TÉNIS Direção
CRISTINA OLIVEIRA (vice-presidente) FILIPA CALDEIRA (vice-presidente) LEONOR CHASTRE (vice-presidente)
Conselho Justiça
MARIA JOÃO SANTOS (vice-presidente)
Conselho Disciplina
CARLA PRIEGUE (vice-presidente)
ASSOCIAÇÃO TÉNIS ALENTEJO Direção
ANDREIA SANTANA (vice-presidente) ANA NASCIMENTO (vice-presidente) CARLA ALCARAVELA (vice-presidente) BEATRIZ RUIVO
ASSOCIAÇÃO TÉNIS CASTELO BRANCO Direção
FERNANDA SOUSA
(vice-presidente)
ASSOCIAÇÃO TÉNIS COIMBRA Direção
CAROLINA LIKHATCHEVA (vice-presidente) ANA LUÍSA CARVALHO (vice-presidente)
ASSOCIAÇÃO TÉNIS LEIRIA Direção
PAULA FALCÃO (vice-presidente) ANA PAULA ROSÁRIO (vice-presidente)
ASSOCIAÇÃO TÉNIS LISBOA Direção
MADALENA PAIXÃO (vogal)
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Prova superada. Desde
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que assumiu a presidência do Tennis Club da Figueira da Foz que Joana Aguiar de Carvalho se deparou com desafios e dificuldades.
A organização do centenário do Tennis Club da Figueira da Foz, a tempestade Leslie, «com todos os prejuízos que o clube sofreu», e a pandemia do novo coronavírus. «Julgo que soubemos, em cada um destes desafios, responder à altura, sempre com o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz, da Federação Portuguesa de Ténis e de alguns parceiros ligados ao tecido empresarial, que se mostram disponíveis sempre que necessário», afirma. Joana Aguiar de Carvalho salienta ainda o facto de a direção ser «uma equipa polivalente, que se conhece há já vários anos», o que «permite que seja mais fácil resol-
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cargos dirigentes neste tipo de clubes (instituições públicas sem fins lucrativos) não são habitualmente remunerados e, cada vez mais, a nossa sociedade ‘foge’», frisa. Dora Reis alude ao facto de o dirigismo ocupar «bastante tempo e não tem qualquer retorno financeiro» e sublinha que não se candidatou à presidência do Clube de Ténis de Montemor-oNovo por nenhuma outra razão, que a do chamado ‘amor à camisola’». A presidente da agremiação desportiva acompanha «há mais de 20 anos o clube», onde é possível desfrutar de «bom ambiente». O clube «é uma grande família, que, muitas vezes, se reúne não apenas dentro dos courts, mas existe também uma forte componente social entre famílias e atletas». A decisão de candidatura de Dora Reis foi tomada numa viagem a Lisboa, conjuntamente com Cristina Reis, em 2018. «Tomei a decisão no dia em que me desloquei a Lisboa, com a antiga presidente, para levar as vencedoras do Montemor Ladies Open [ver páginas 12, 13 e 15] ao aeroporto. Cristina Reis confidencioume que estava cansada e desgastada. Foi nesse dia que decidi formar direção e candidatar-se à presidência do clube», memoriza Dora Reis.
JOANA AGUIAR DE CARVALHO E VASCO COSTA. A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS DISTINGUIU O CENTENÁRIO DO TENNIS CLUB DA FIGUEIRA DA FOZ EM 2017
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D.R.
CLUBE DE TÉNIS DE MONTEMOR-O-NOVO
Objetivos. Tanto Dora Reis
como Joana Aguiar de Carvalho têm objetivos. Em comum, o dese-
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Reis se confrontou foi «a escassez de jovens nesta zona do Alentejo». «Sem dúvida, que comecei a estar preocupada ao ver o potencial do espaço e do ténis, a decrescer nos últimos anos, sobretudo devido à escassez de jovens, fruto de uma população bastante envelhecida e com pouca indústria o que, consequentemente, leva à falta de emprego e à saída de muitos jovens não só para as universidades, mas também em procura de emprego nas grandes áreas urbanas, deixando de jogar ténis, a partir dos 16/17 anos de idade», declara a presidente do Clube de Ténis de Montemor-o-Novo.
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JOÃO SOUSA NÃO ATINGIU AS MEIAS-FINAIS EM VALE DO LOBO E FOI VICE-CAMPEÃO NO LISBOA RACKET CENTRE
DORA REIS ACOMPANHA O CLUBE DE TÉNIS DE MONTEMOR-O-NOVO HÁ 20 ANOS. EM 2018, DECIDIU APRESENTAR CANDIDATURA Á PRESIDÊNCIA DA COLETIVIDADE ALENTEJANA
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ver e atuar à medida que os desafios e as dificuldades vão surgindo». No Clube de Ténis de Montemor-oNovo, Dora Sampaio Reis depara-se «diariamente com problemas de carácter financeiro de uma estrutura com um orçamento mensal bastante elevado, com um quadro de recursos humanos já de uma PME (Pequena e Média Empresa), num concelho enorme em termos de área (cerca de 1300 km²), mas com apenas aproximadamente 18.000 habitantes, na sua maioria idosos, sem indústria, o que dificulta bastante toda uma gestão». «Os valores que temos de praticar para podermos ter miúdos na nossa escola não são suficientes, para aguentar o peso de toda a estrutura», observa, acrescentando a necessidade de recursos para «uma manutenção diária de 6500 metros quadrados, pelo que se depende de apoios institucionais, sobretudo do Município de Montemor, da Junta de Freguesia e dos escassos patrocinadores, que são menos cada vez mais, sobretudo nesta zona do Alentejo». O desejo de tornar «auto-sustentável» o Clube de Ténis de Montemor-o-Novo continua a ser uma ambição de Dora Reis, para que, no futuro, a coletividade «não esteja dependente de terceiros e, sobretudo, consiga manter toda a estrutura». Outro problema com que Dora s
CLUBE DE TÉNIS DO PORTO
D.R. ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DE LISBOA
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FRANCISCA JORGE COMEÇOU BEM O CICRUITO SÉNIOR FPT, AO VENCER O TORNEIO EM LOULÉ
FREDERICO MARQUES E JOÃO SOUSA NA BARCELONA TOTAL TENNIS
GO PHOTO STUDIO / FILIPE BRÁS
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guindo assim elevar o nível do ténis no Alentejo e em Portugal». Joana Aguiar de Carvalho assume que, neste contexto de pandemia de covid-19, «os objetivos são delineados a curto/médio prazo». «Este ano, recebemos a terceira etapa do Circuito Sénior da Federação Portuguesa de Ténis, o que muito nos honrou, celebrámos o nosso 103.º Aniversário com um torneio de Ténis e Padel para os nossos sócios, realizámos dois torneios de Padel, o 1.º Open Veteranos TCFF/Cidade Figueira da Foz e o 1.º Open Absolutos TCFF/ Cidade Figueira da Foz», refere, acentuando a importância do Figueira da Foz International Ladies Open [ver páginas 12, 13 e 15]. A presidente do clube concluiu que «os objetivos passam por continuar a manter o Tennis Club da Figueira da Foz como uma referência, enquanto clube desportivo que sabe organizar e acolher os atletas que participam nos eventos, bem como contribuir para fomento e desenvolvimento a nível local».
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jo de engrandecer os clubes a que presidem. «O meu objetivo principal foi sempre desenvolver a modalidade do ténis, não só no clube, mas também em todo o concelho de Montemor-o-Novo. Neste momento, conseguimos fazê-lo, levando o mini ténis a todas as freguesias do concelho e em muitas delas de uma forma gratuita. Neste momento, também estamos presentes nas escolas, infantários e instituições de todo o concelho», revela Dora Reis. A dirigente afirmou que ambicionou «sempre ter os campos com uma taxa de ocupação completa, situação essa, que se tem vindo a verificar durante os últimos meses». «Para mim, um clube não vive apenas e só de títulos e de campeões. Prefiro, sem dúvida, e é um orgulho desta direção, entrar diariamente neste espaço e ver os courts cheios de crianças e adultos, famílias inteiras a praticarem esta modalidade», sustenta. Outra das metas é consolidar o Montemor Ladies Open, «conse-
JOANA AGUIAR DE CARVALHO ENTRE VENCEDORAS DO FIGUEIRA DA FOZ INTERNATIONAL LADIES OPEN DE 2019
schedule
MARIANA CAMPINO, NA OEIRAS MAGNESIUM K ACTIVE CUP, TORNEIO W15 REALIZADO NO CETO
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UMA MÃO CHEIA O CIRCUITO PROFISSIONAL DA ITF VAI TER CINCO ETAPAS EM PORTUGAL, EM SETEMBRO
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epois da Oeiras Magnesium K Active Cup, evento inserido na série W15, realizado no CETO na penúltima semana de agosto, as provas do ITF World Tennis Tour, em masculinos e femininos, voltam a Portugal, em setembro, com mais cinco semanas de competição. Das cinco etapas, três pertencem ao ITF Women World Tennis Tour, que, após a suspensão dos circuitos profissionais em meados de março, devido à pandemia de covid-19, regressou a Portugal com a Oeiras Magnesium K Active Cup, na qual Francisca Jorge, conjuntamente com a espanhola Olga Parres Azcoitia, foi vice-campeã na variante de pares. O primeiro torneio desta série do circuito profissional feminino ocorrerá de 31 de agosto a 6 de setembro, em Montemor-o-Novo, este ano com um upgrade no prize money: 25 mil dólares. Esta edição do Montemor Ladies Open, com mais de meia centena de tenistas inscritas, representantes de mais de mais de quinze nacionalidades, será a 17.ª.
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Portugal conclui-se com o IV Santarém Ladies Open, de 14 a 20, uma competição inserida na série W15. Na Beloura. O ITF Men World Tennis Tour volta a Portugal na Beloura Tennis Academy, com a realização de duas provas, cada uma com prémios monetários no valor de 15 mil dólares. O primeiro M15 em Sintra — Gonçalo Oliveira deverá ser o segundo cabeça de série no quadro principal de singulares — está marcado para a semana de 7 a 13 do próximo mês. A segunda competição na Beloura Tennis Academy realiza-se na semana seguinte, de 14 a 20. A última competição do circuito profissional da ITF em Portugal reporta-se a meados de março. O Loulé Open Portugal 3 foi interrompido devido a covid-19 nos quartos de final.
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A participação portuguesa no torneio do Clube de Ténis de Montemor-o-Novo será assegurada por Francisca Jorge, Inês Murta e Maria Inês Fonte, entre outras, uma vez que o contingente pode ser alargado com a concessão de wild cards para o qualifying. De 7 a 13 de setembro, o Tennis Club da Figueira da Foz organiza o Figueira da Foz International Ladies Open 2020, igualmente com 25 mil dólares em prémios monetários, acrescido de hospitalidade. A prova tem já garantida a presença de nove tenistas do top 200 mundial, entre as quais a indiana Ankita Raina e a georgiana Mariam Bolkvadze, primeira e segundas classificadas no ITF World Tennis Tour Rankings. Prevista está igualmente a presença das tenistas portuguesas mais cotadas na atualidade. A terceira semana do ITF Women World Tennis Tour em
FRANCISCA JORGE FOI VICE-CAMPEÃ EM PARES NO CETO
REGISTO Em 2011, o Montemor Ladies Open teve como campeã a espanhola Gabiñe Muguruza, Nas meias-finais, Muguruza afastou Bárbara Luz do torneio de 10.000 dólares. Cinco anos depois da passagem pelo clube alentejano, Muguruza conquistou o título em Roland Garros. Um ano depois, averbou o segundo título numa prova do Grand Slam, ao vencer em Wimbledon. Em 11 de setembro de 2017, a espanhola atingiu a primeira posição no ranking WTA.
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SETE VEZES NA REABERTURA
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mente do escalão de sub-16. A competição, também de Categoria 3, vai iniciar-se em 21 de setembro e terminará no domingo seguinte, 27. Em outubro, a 26.ª edição do Azores / Lawn Tennis Club Tournament, em Angra do Heroísmo, foi cancelada. Esta prova, que integra a
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pandemia do novo coronavírus obrigou à suspensão do Tennis Europe Junior Tour em meados de março e as provas em Portugal foram canceladas ou transferidas para outras datas. Com a reabertura, sete torneios (em masculinos e femininos) estão calendarizados de setembro a novembro, de norte a sul. Depois do cancelamento do Braga Open Under 12 — 2020, torneio que estava programado de 31 deste mês a 6 de setembro, a série de dois eventos Sistelmar Junior Cup é a primeira em Portugal na retoma do circuito de sub-16 sob a égide da Tennis Europe. No Club Sportivo Nun’Álvares, a primeira prova vai decorrer de 7 a 12 deste mês, enquanto a segunda de 14 a 20. Ambas pertencem à Categoria 3 do escalão, no Tennis Europe Junior Tour, no qual Portugal tem a quota de torneios preenchida. A fechar um ciclo de três semanas seguidas de torneios em Portugal, a Beloura Tennis Academy promove o Beloura Junior Open, igual-
AT PORTO
primeiro set
ATÉ FINAL DO ANO, ESTÃO JÁ CALENDARIZADAS PROVAS INTERNACIONAIS DE SUB-14 E SUB-16 EM PORTUGAL
FILIPE KROHN DA SILVA FOI CAMPEÃO EM SINGULARES NA EDIÇÃO DE 2019 DA SISTELMAR JUNIOR CUP, NO CLUB SPORTIVO NUN’ÁLVARES
CLUBE DE TÉNIS PORTIMÃO E ROCHA
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da ao escalão de sub-16, vai ser uma realidade de 9 a 15 de novembro. Antes do final da temporada, Portugal mantinha uma prova em dezembro inscrita no circuito de sub-12 da Tennis Europe, mas o 10.º Memorial António Luzio Vaz acabou por ser cancelado. A competição no Estádio Universitário de Coimbra, de Categoria 1, estava marcada de 7 a 13 de dezembro.
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Categoria 2, está inscrita no circuito de sub-14. Pertencente ao mesmo escalão, o Portimão 2020 International Tournament U14 está marcada para outubro, de 12 a 18. Este torneio, no Clube de Ténis Portimão e Rocha, é igualmente da série Categoria 2. O Portimão 2020 International Tournament U14 esteve agendado inicialmente de 15 a 21 de junho, depois de 24 a 30 de agosto. Na semana seguinte, de 19 a 25 de outubro, desenvolver-se-á o Vilamoura International Under 14. A prova na Vilamoura Tennis Academy foi cancelada duas vezes. O torneio esteve calendarizado de 8 a 14 de junho e de 17 a 23 deste mês. Nas duas ocasiões, o evento antecedia o Portimão 2020 International Tournament U14. Com realização em abril, o Portugal Tennis Tour U16 — Penina Hotel foi reagendado para novembro, de 2 a 8. Igualmente com data inicial fixada em abril (de 13 a 19), o torneio Equinócio 2020 foi transferido para o penúltimo mês deste ano. A prova conimbricense, reserva-
DANIEL MARINCAS (NA FOTO, À DIREITA, LADEADO POR JOÃO TEIXEIRA) FOI O VENCEDOR DO QUADRO B NO PORTIMÃO 2019 INTERNATIONAL TOURNAMENT U14
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DE SETEMBRO A NOVEMBRO PORTO — 7 a 12 de setembro 16&U
BELOURA JUNIOR OPEN SINTRA — 21 a 27 de setembro
CATEGORIA 3
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CATEGORIA 3
TIAGO CAÇÃO, NUNO BORGES, FRANCISCA JORGE E INÊS MURTA
SISTELMAR JUNIOR CUP II PORTO — 14 a 20 de setembro 16&U
CATEGORIA 3
PORTIMÃO 2020 INTERNATIONAL TOURNAMENT U14 PORTIMÃO — 12 a 18 de setembro 14&U
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CATEGORIA 3
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MOMENTUM PHOTOGRAPHY BEATRIZ RUIVO
SISTELMAR JUNIOR CUP
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VILAMOURA INTERNATIONAL UNDER 14 VILAMOURA — 19 a 25 de outubro 14&U
CATEGORIA 3
PORTUGAL TENNIS TOUR U16 - PENINA HOTEL PORTIMÃO — 2 a 11 de novembro 16&U
CATEGORIA 3
EQUINÓCIO 2020 COIMBRA — 9 a 15 de novembro 16&U
CATEGORIA 3
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PORTO OPEN
LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO
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FERNANDO CORREIA
A ITF CRIOU UMA NOVA CATEGORIA EM VETERANOS. NA FOTO, A SELEÇÃO NACIONAL NO CAMPEONATO DO MUNDO DE VETERANOS, NO ANO PASSADO, EM PORTUGAL
segundo set
UM NOVO MUNDO NO PRÓXIMO ANO A ITF ESTÁ A CRIAR A CATEGORIA DE +30 ANOS, POSSIBILITANDO A COMPETIÇÃO NO CIRCUITO DE VETERANOS CINCO ANOS MAIS CEDO
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anos de idade, é ainda cedo para pensar em competir no circuito mundial de veteranos, estamos confiantes que esta nova categoria poderá cativar mais jogadores para experienciarem a fantástica atmosfera e a camaradagem que se vive no ITF Seniors Tour», afirmou Matt Byford, Manager of Juniors and Seniors Tennis da ITF. O circuito mundial de veteranos «é caraterizado não só pelo alto nível competitivo que apresenta, mas também pela acolhedora atmosfera», geradora de «grandes amiza-
partir de 2021, os tenistas de mais de 30 anos vão ter um escalão no ITF Seniors Tour. Os mais de 500 torneios em cada ano, em mais de 70 países nos seis continentes, possibilitarão competir — e ganhar pontos para ranking — pela primeira vez. Até agora, o limite de idade para participação no circuito mundial de veteranos era de 35 anos. Esta nova categoria permitirá competir cinco anos mais cedo. «Enquanto parece que, aos 30
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menos dias, reduzindo o tempo que os tenistas passam fora de casa, ausentes do trabalho e da família». Com a criação desta nova categoria, a ITF tem a perspetiva de que «mais jogadores participarão no Tour do próximo ano», em torneios um pouco por todo o mundo, que vão possibilitar manter a forma física e a saúde, visitar novos locais e criar e reforçar laços de amizade através do desporto durante décadas». O escalão de +30 anos terá como ponto alto os campeonatos do mundo individual e em equipas no escalão de veteranos.
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des ao longo de muitos anos». Nos últimos anos, a ITF tem introduzido alterações nos formatos dos torneios inseridos no circuito mundial de veteranos, num esforço de adaptação às novas realidades. Entre as mudanças operadas pela ITF, figurou a realização de um match tie-break «no último e decisivo set, até dez pontos», com dois de diferença, em singulares e pares. «Com isto, permitiu-se aos jogadores competirem em mais de um encontro de singulares por dia nos grupos etários mais jovens e possibilitou condensar competições em
O PONTO ALTO DA COMPETIÇÃO EM +30 ANOS, A NOVA CATEGORIA CRIADA PELA ITF, SERÁ OS CAMPEONATOS DO MUNDO INDIVIDUAIS E EM EQUIPAS
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wheelchair tennis
CLUBE DE TÉNIS DE SETÚBAL
CARLOS LEITÃO NO CLUBE DE TÉNIS DE SETÚBAL
SETÚBAL ANTES DA CIDADE INVICTA O VII OPEN BAÍA DE SETÚBAL FOI TRANSFERIDO PARA OUTUBRO, ANTES DO INTERNACIONAL WHEELCHAIR CLUBE DE TÉNIS DO PORTO
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de Ténis do Porto, com o mesmo total de prémios monetários, previsto para a semana seguinte, de 19 a 21. As duas provas portuguesas do UNIQLO Wheelchair Tennis Tour integram as ITF Futures Series. O Open Baía de Setúbal vai realizar-se uma vez mais em superfície dura, enquanto o International Wheelchair Clube de Ténis do Porto decorrerá em terra batida.
nicialmente calendarizado de 10 a 13 de setembro, o VII Open Baía de Setúbal, prova inserida no circuito mundial de ténis em cadeira de rodas, deverá realizar-se de 14 a 17 de outubro, no Clube de Ténis de Setúbal. O torneio, com um prize money de cinco mil dólares, ainda não está completamente confirmado naquela semana de outubro, como também o International Wheelchair Clube
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D.R. CENTRO DE TÉNIS DE FARO ANDRÉ FERREIRA ANDRÉ FERREIRA
D.R.
ITF SENIORS TENNIS
D.R. DE TÉNIS DO PORTO CLUBE
Adiamento. Torneio do circuito nacional de ténis em cadeira de rodas, a oitava edição do Open de Ténis em Cadeira de Rodas Cidade de Castelo Branco foi adiado para data a anunciar em breve.
O evento estava programado para o fim de semana de 26 e 27 de setembro, mas os courts da Associação de Ténis de Castelo Branco não estarão ainda em condições para que possa se desenrolar o torneio. Os campos estão a ser alvo de intervenções e o empreiteiro comunicou já que as obras não ficarão concluídas antes do Open de Ténis em Cadeira de Rodas da Cidade de Castelo Branco. A prova albicastrense estava prevista para suceder ao Circuito TCR 3 — Jamor, marcado para 12 e 13 do próximo mês. Em alternativa ao Open de Ténis em Cadeira de Rodas da Cidade de Castelo Branco, a Federação Portuguesa de Ténis poderá apresentar uma competição.
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As duas primeiras edições do International Wheelchair Ténis Clube do Porto realizaram-se dias depois do Open Baía de Setubal. Neste ano, o Clube de Ténis do Porto antecipou a terceira edição para julho, de 9 a 12, mas a competição não se realizou, uma vez que o circuito mundial encontra-se suspenso desde 16 de março, devido à pandemia de covid-19. O Clube de Ténis do Porto pediu à ITF o reagendamento do torneio para outubro.
JOÃO SANONA NO INTERNATIONAL WHEELCHAIR CLUBE DE TÉNIS DO PORTO, NO QUAL FOI JÁ VICE-CAMPEÃO EM PARES
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beach tennis
HISTÓRIA QUE SE REPETE EM TODOS OS FINS DE SEMANAS, A PRAIA FLUVIALDE BARCELINHOS TEM TÉNIS DE PRAIA
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primeira iniciativa de divulgação de ténis de praia em Barcelos, que movimentou mais de três centenas de pessoas na praia fluvial de Barcelinhos, em 1 de agosto, produziu resultados muito positivos. Por isso, o Clube de Ténis ESAF decidiu que, em todos os fins de semana, há ténis de praia, aberto a quem se aventure a experimentar, qualquer seja a idade. «O objetivo foi plenamente alcançado na primeira vez em que tivemos o ténis de praia em Barcelos. A adesão foi muito boa, pelo que decidimos voltar no fim de semana seguinte. Depois, no seguinte. E no seguinte», revelou Carlos Ferreira, dirigente do Clube de Ténis ESAF. No primeiro fim de semana, a ação, com o apoio da Junta de Freguesia de Barcelinhos e da Federação Portuguesa de Ténis,
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CLUBE DE TÉNIS ESAF / CIRILO VALE
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BRAGA OPEN 2019
CLUBE DE TÉNIS ESAF / CIRILO VALE
BEACH TENNIS SÃO MIGUEL
Open, torneio do Circuito Absoluto FPT, com um prize money de dois mil euros, «é que o ténis de praia não pode estar na praia fluvial de Barcelinhos».
Estrutura fixa. Carlos Fer-
reira assinalou que o sucesso da iniciativa de 1 de agosto excedeu as expetativas, o que abre perspetivas para se poder criar «uma estrutura fixa na praia fluvial de Barcelinhos, para que se possa jogar ténis de praia», embora tenha observado ser necessário contornar a caraterística do areal, «com areia grossa». «Em Barcelos, não existe uma única caixa de areia. O que queremos é criar uma estrutura que seja fixa e receba as pessoas, para experimentarem o ténis de praia. Essa estrutura fixa permitirá também podermos fazer competições», afirmou Carlos Ferreira.
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decorreu em quatro campos e um mini court, permitindo que «muitas pessoas que estavam na praia fluvial, muitos pais com filhos, experimentassem jogar ténis de praia». Nos fins de semana de agosto, «a média foi de mais de uma centena de pessoas», entre as quais os alunos da escola de ténis da coletividade, instalada na Escola Secundária Alcaides de Faria. Carlos Ferreira aludiu ao entusiasmo que a prática do ténis de praia gerou e sublinhou que a adesão justificou também repetir a primeira ação nos fins de semana seguintes. Num dos fins de semana, «realizámos mesmo um torneio, em que distribuímos medalhas». «Foi uma pequena competição, mas que deixou todos muito entusiasmados», referiu o dirigente do Clube de Ténis ESAF, salientando que apenas no fim de semana em que também decorre o IV Barcelos
CLUBE DE TÉNIS ESAF. CARLOS FERREIRA LAMENTA NÃO TER CAIXA DE NA PRIMEIRA AÇÃO, EM 1AREIA DE AGOSTO, MAIS DE TRÊS CENTENAS DE PESSOAS JOGARAM TÉNIS DE PRAIA EM BARCELOS
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flash-interview
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Mafalda Guedes
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
«TÉNIS É A MINHA MAIOR PAIXÃO» MAFALDA GUEDES TEM VÁRIOS TÍTULOS NACIONAIS, ENTRE OS QUAIS O DE CAMPEÃ NACIONAL ABSOLUTA EM PARES MISTOS DE 202020
do mundo do ténis.
O ténis é... a minha maior paixão.
Se eu mandasse no ténis… selecionava os melhores jogadores nacionais e dava-lhes apoios financeiros, para conseguirem jogar vários torneios fora do país. Porém, continuavam a treinar nos seus clubes e a viverem com as suas famílias.
Jogo ténis porque… me divirto muito dentro do campo. O que mais gosto no ténis é … competir. O que mais detesto no ténis é… perder. Para mim, treinar é… tentar ser um bocadinho melhor todos os dias. O sucesso significa… conseguir alcançar os meus objetivos. No ténis, quero atingir… o profissionalismo. Depois de vencer um encontro… ligo aos meus pais e gosto de relaxar. Gosto de me abstrair
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... vencer um torneio internacional, em singulares. E a maior tristeza no ténis foi… quando tive uma lesão na anca, que me impediu de jogar durante quase seis semanas.
Em Portugal, o ténis precisa de… ser mais valorizado pela população em geral. Um português ou uma portuguesa no top 10 do ranking mundial de ténis seria… Nuno Borges. Um bom treinador… é alguém que nos apoia nos momentos bons e maus, tanto dentro do campo como fora.
O meu torneio preferido é … Roland Garros.
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enista da Escola de Ténis da Maia, Mafalda Guedes é natural de Vila Nova de Famalicão. Com presenças em seleções nacionais de sub-12 a sub-16, começou a jogar ténis com cinco anos. Soma vários títulos, em singulares e pares, em provas sob a égide de Tennis Europe e do circuito júnior da ITF.
CARREIRA Em singulares, Mafalda Guedes foi vice-campeã nacional de sub-12 (2016), sub -14 (2018) e sub-16 (2019). Ao lado de Matilde Jorge, conquistou os títulos nacionais de pares em sub-12 (2015 e 2016), em sub-14 (2017 e 2018) , em sub-16 (2018 e 2019) e em sub-18 (2019). Formando dupla com Henrique Rocha, Mafalda Guedes sagrouse campeã nacional em pares mistos no escalão de sub-12 (2016), em sub-16 (2018) e em juniores (2018). Neste escalão, foi campeã conjuntamente com Tiago Filipe Silva (2019). A tenista da Escola de Ténis da Maia foi campeã em pares mistos, em 2018 (Sub-14) É campeã nacional em título em pares mistos, conjuntamente com Fábio Coelho.
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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