Notícias do ténis EDIÇÃO MENSAL ONLINE
FEVEREIRO 2013 FERNANDO CORREIA
O regresso dos heróis Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico.
Fevereiro foi o mês dos regressos à competição de Rui Machado (na foto), Leonardo Tavares, Frederico Silva e Maria João Koehler. Problemas físicos forçaram os tenistas a períodos de recuperação, em alguns casos prolongados. Leonardo Tavares, campeão nacional absoluto em singulares em 2003, já não competia desde maio do ano passado e foi sujeito a duas intervenções cirúrgicas. Tal como Frederico Silva (operação a um joelho impediu-o de jogar o torneio júnior do Open da Austrália), Leonardo Tavares escolheu um Future algarvio para retornar aos torneios. Machado, o tenista português mais bem cotado de sempre, voltou a competir na Taça Davis, realizando um dos encontros de singulares do último dia da eliminatória de Portugal com o Benim, do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. Koehler, número um portuguesa, falhou o torneio do Grupo I da Fed Cup e reapareceu em Bogotá, pouco mais de um mês depois da inédita presença no segundo encontro do quadro principal do Open da Austrália, a primeira prova do Grand Slam do ano.
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Estoril Open: João Sousa e Koehler são as apostas FERNANDO CORREIA
INQUÉRITO
João Sousa e Maria João Koehler são os dois portugueses em quem se depositam esperanças de chegarem mais longe nas provas individuais do Estoril Open, o único evento português no ATP World Tour e no WTA Tour, cuja realização se aproxima a passos largos. No inquérito online realizado pela Notícias do Ténis, que reuniu um total de 123 respostas, o mais bem cotado tenista português masculino e a número um nacional no “ranking” WTA na atualidade receberam a esmagadora maioria das preferências nas questões formuladas na edição de janeiro. O vimaranense recebeu mais de 98 por cento das menções na duas perguntas destinadas ao torneio em masculinos e a portuense ficou com esclarecedores 99,8 das referências. Eis o resultado de mais um inquérito online.
JOÃO SOUSA, que alcançou os quartos de final do Estoril Open 2012, é o preferido quanto ao português que mais longe chegará no Jamor
1 Qual o tenista português que chegará mais longe no quadro principal de singulares do Estoril Open? João Sousa 2 Qual a tenista portuguesa que chegará mais longe no quadro principal de singulares do Estoril Open? Maria João Koehler 3 Qual o tenista português
que poderá atingir a final de singulares do Estoril Open e repetir a proeza de Frederico Gil, que, em 2009, se sagrou vicecampeão, após embate com Albert Montañes? João Sousa 4 Qual a tenista portuguesa que poderá atingir a final de singulares do Estoril Open pela primeira vez? Maria João Koehler
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa
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O regresso dos heróis
foi operado a um pulso em setembro do ano passado. Ainda não se tinha completado um mês sobre a intervenção quando o portuense voltou à mesa das operações, para ser intervencionado num pé. Esta foi a terceira operação de Leonardo Tavares, depois de, em 2007, ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica ao tornozelo direito, que o afastou dos “courts” durante algum tempo. O tenista portuense, que tem como melhor registo no ranking ATP a 186.ª posição, a 16 de agosto de 2010, programou o regresso para Vale do Lobo, em Almancil.
IVO LEAL
Fevereiro foi o mês de Rui Machado, Leonardo Tavares, Frederico Silva e Maria João Koehler retomarem a competição. A ausência de competição mais prolongada foi a de Leonardo Tavares, submetido a duas operações cirúrgicas, uma a um pulso e outra a um pé. Data de meados de maio do ano passado o último torneio em que o portuense concorreu. Foi na Bulgária, no ITF Futures Plodiv. Presença assídua na Taça Davis na última década, Leonardo Tavares
LEONARDO TAVARES: quase oito meses depois de ter participado no ITF de Plodiv, na Bulgária, o portuense regressou em Vale do Lobo Mais de oito meses após a última participação num torneio, Tavares jogou o “qualifying” de singulares do ITF Futures Vale do Lobo, ultrapassou-o e apenas foi travado nos quartos de final por Pedro Sousa, que acabaria por se sagrar vice-campeão. No encontro com Pedro Sousa, Leonardo Tavares apenas realizou dois jogos e foi forçado a retirar-se. Na semana seguinte, em Loulé, também Future de 10 mil dólares em prémios monetários, “Leo” apenas jogou pares, ao lado de João Domingues. A dupla portuguesa não foi além da primeira ronda (oitavos de final).
Depois de uma semana dedicada à recuperação, Leonardo Tavares voltou a competir no “qualifying” de Faro, o terceiro dos torneios ITF de categoria Future programados para o Algarve. O pupilo de Nuno Marques ultrapassou a primeira ronda da fase prévia no torneio do Clube de Ténis de Faro, mas não conseguiu evitar a eliminação na segunda, diante de um representante do ténis britânico. O ITF Futures Guimarães, no Open Village Sports, será a próxima etapa
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FERNANDO CORREIA
... do tenista, que completou 29 anos a 20 de fevereiro.
Retorno na Taça Davis Depois de Wimbledon, em junho, Rui Machado esteve um mês ausente no circuito profissional, para recuperar de lesão. Regressou no Open dos Estados Unidos, mas, tal como em Inglaterra, o algarvio não passou da primeira ronda do quadro principal de singulares. No início de setembro, Rui Machado ainda jogou o Challenger de Sevilha. Também não atingiu a segunda eliminatória. Em Espanha, o tenista português mais bem cotado de sempre — 59.º, a 3 de outubro de 2011 — ressentiu-se da lesão no joelho direito, contraída no Open dos Estados Unidos, onde foi afastado pelo espanhol Fernando Verdasco. Já em 2009, também no Open dos Estados Unidos, Rui Machado agravara uma lesão num pulso. E, antes, uma lesão num joelho, forçou-o a um calvário de dois anos. O regresso à competição de Machado aconteceu na Taça Davis, no primeiro fim-de-semana de fevereiro. Portugal recebeu Benim, no centenário CIF, e o tenista treinado por André Lopes contribuiu com um encontro em três partidas sobre Alexis Klegou para a vitória da seleção portuguesa, por 5 -0. Nessa altura, Rui Machado revelou que os médicos lhe recomendaram “muita cautela e grande atenção às cargas físicas”. O tenista seguiu as indicações clínicas de iniciar a temporada com poucos torneios, para que, a meio da temporada, possa já apre-
rar do desgaste de ontem. Apesar de ter perdido, sei que tudo isto faz parte do processo de voltar a competir e ganhar forma novamente. As minhas prioridades para esta semana foram cumpridas e o joelho reagiu bem a três dias consecutivos de competição”, disse Rui Machado. Em Loulé, Rui Machado atingiu a final com Pedro Sousa, que, pela segunda vez consecutiva, discute o título, depois de ter sido vicecampeão em Vale do Lobo.
De volta em Loulé
RUI MACHADO regressou à competição no CIF
sentar-se sem quaisquer limitações. Machado, que está atualmente em 312.º na classificação mundial, referiu que “o caminho” é voltar a jogar Futures”, acrescentando que “não há volta a dar”. “Não posso querer começar por cima. Há quem encare um passo atrás, mas eu não. Sempre tive respeito por quem joga Futures”, sublinhou, observando que pretende jogar “mais três, quatro, cinco anos”. No Algarve, onde nasceu, Rui Machado escolheu o ITF Futures Vale do Lobo para voltar a competir, depois da experiência encorajante e motivadora na Taça Davis. Rui Machado atingiu os quartos de final de singulares, cedendo perante o francês Gigounon. “Infelizmente, não consegui recupe-
Frederico Silva também programou o seu regresso para os Futures no Algarve. O jovem tenista das Caldas da Rainha, treinado por Pedro Felner, não teve, porém, uma estreia positiva, uma vez que claudicou logo na primeira ronda do “qualifying”. O único português com um título em torneios do Grand Slam (conquistou a prova de pares do Open dos Estados Unidos) já não competia desde o Abierto Juvenil Mexicano, no qual ganhou em pares, no final do ano. Frederico Silva optou por adiar o início da temporada, para realizar uma operação cirúrgica a um joelho. “Não teve a ver com ligamentos ou ossos”, afirmou. Foi “uma operação simples”, como fris ou , c om “recuperação rápida”, para que pudesse “prevenir que a situação piorasse”. Com a intervenção cirúrgica, Frederico Silva não participou no torneio júnior do Open dos Estados Unidos e foi dispensado da condição de reser-
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Koehler com limitações Maria João Koehler começou o ano com um resultado fantástico no Open da Austrália. Depois de ter ultrapassado as três rondas do “qualifying”, a tetracampeã nacional
FLÁVIO SANTOS
va na seleção portuguesa de seniores, que recebeu o Benim, em confronto do Grupo II da Zona Europa/ África da Taça Davis. Foi a primeira chamada do tenista, que atingiu a sexta posição no ranking júnior mundial, a 6 de janeiro de 2012. Em Faro, no Future de 10 mil dólares de prize-money, Frederico Silva juntou-se a Rui Machado no quadro principal de singulares. O tenista das Caldas da Rainha entrou diretamente no âmbito do ITF Junior Exempt Project, que lhe conferiu a possibilidade de jogar três Futures à sua escolha por ter terminado 2012 no top 10 júnior mundial. Os outros dois torneios em que Frederico Silva usará a faculdade de entrar diretamente para o quadro principal de singulares serão disputados no Egito. Depois de Faro, Frederico Silva viajará para Guimarães, para se juntar ao lote dos portugueses no “qualifying”. Rui Machado e Frederico Gil são os únicos portugueses com entrada direta no quadro principal de singulares da competição vimaranense. Tal como Machado, que não jogava um Future desde 2008, em Itália, Gil, que tem tido um arranque de época descolorido, vai regressar aos torneios desta categoria.
KOEHLER: lesão afastou-a da Fed Cup
absoluta apenas foi travada pela antiga número um Jelena Jankovic na segunda ronda do quadro principal, num encontro disputado em três sets. A portuense terminou o encontro com a sérvia com uma lesão muscular abdominal, que a obrigou a anular a inscrição no torneio WTA de Paris. Tentou a recuperação para o torneio do Grupo I da Zona Europa/ África da Fed Cup, em Eilat (Israel), mas a tenista, treinada por Nuno Marques, acabou por não se juntar a Michelle Larcher de Brito, Bárbara Luz e Margarida Moura, acabando Pedro Cordeiro por chamar Joana Valle Costa pela primeira vez. “É com imensa pena que sou obri-
gada a falhar na participação nesta importante eliminatória da Fed Cup, para a qual estava extremamente motivada. (…) A lesão não está totalmente cicatrizada”, notou Koehler, após ter realizado uma ecografia. dias antes da partida da equipa portuguesa para Israel. Maria João Koehler referiu que o problema físico não impedia “a continuidade do trabalho no court”, mas assinalou que passaria a treinar “apenas uma vez por dia” e que iria realizar “duas sessões diárias de fisioterapia, para acelerar o processo de cicatrização” da lesão muscular na região do abdómen.
Koehler voltou a competir a 18 de fevereiro, no WTA International Bogotá, na Colômbia. Porém, não conseguiu levar a melhor sobre a romena Cadantu. Na semana seguinte, viajou para Acapulco, no México, para, no torneio da mesma série, também não conseguir aceder à segunda ronda, acabando por ser eliminada pela espanhola Estrella Candela. Os resultados nos dois encontros — 6-0 e 6-3 no primeiro, na Colômbia, e 6-2 e 6-0, no México — revelam que Koehler não está ainda completamente restabelecida da lesão muscular abdominal que sofreu na primeira prova do Grand Slam da temporada.
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O ténis sai à rua
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FOTOMONTAGEM ITF
O ténis sai à rua a 4 de março, com um conjunto de iniciativas um pouco por todo o país, para assinalar o Dia Mundial do Ténis, promovido pela ITF, que, este ano, comemora o centenário da sua fundação. O objetivo é promover a modalidade em todo o Mundo. Portugal foi das primeira nações a associar-se ao Dia Mundial do Ténis, que congregará mais de meia centena de países. Com coordenação do Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de Ténis, o Dia Mundial do Ténis terá como centro nevrálgico a cidade da Maia. A praça Professor Doutor José Vieira de Carvalho será ocupada com vários mini campos de ténis e outros espaços. Ocasião para desenvolver atividades do programa Tennis10s, lançado pela ITF em 2007 a nível global. A pouca distância da praça fronteira ao edifício da Câmara Municipal da Maia, o Complexo Municipal de Ténis da Maia, espaço por excelência para a prática da modalidade, também
Mãos à obra No âmbito do Dia Mundial do Ténis, o DdD lança o desafio do registo, em fotografia ou em vídeo, da iniciativa, que decorrerá um pouco por todo o país, a 4 de março. Vítor Cabral, diretor do DdD, explica que “a melhor foto e o melhor vídeo, em que a originalidade e a simbologia são fundamentais, serão vistos em todo o Mundo, divulgadas pela ITF”.
As fotografias e os vídeos devem ser enviados para um dos dois endereços eletrónicos: desenvolvimento@fptenis.pt ou fomento@fptenis.pt. Os trabalhos selecionados serão enviados para a ITF inserir em: http:www.worldtennisday.com/
http://www.facebook.com/ serverallyscore/photos_albuns.
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Desconto na Sport Zone Por ocasião do Dia Mundial do Ténis, a Sport Zone oferece, a 4 de março, 25 por cento de desconto em cartão na compra de qualquer artigo de ténis, seja de que marca for.
CRIANÇAS vão voltar a ter contacto com o ténis a 4 de março
... abre as suas portas para o Dia Mundial do Ténis. Vítor Cabral, diretor do DdD, refere que “a ITF vai enviar um delegado, para viver esta experiência” em Portugal. As iniciativas do Dia Mundial do Ténis não se circunscrevem à cidade maiata. De norte a sul do país, estão programadas ações promocionais. “Destaque para mais de 30 clubes em todo o país (ainda não há um
número definitivo), que vão realizar um ‘open day’”, nota Vítor Cabral, acrescentando que um total de 60 clubes terão atividades.. O Dia Mundial do Ténis, que mobilizará os 150 estagiários dos cursos de treinador e os respetivos tutores, vai estar em escolas, estando dez ações programadas. Além dos clubes, o DdD estendeu o pedido de colaboração a associações regionais de ténis, para que também contribuam com iniciativas. Tudo para que se promova a modalidade. O Dia Mundial do Ténis é uma ini-
ciativa que decorrerá nos cinco continentes. Do conjunto de realizações, destaque para Nova Iorque e Hong Kong. Na “Big Apple”, no mítico Madison Square Garden, estarão Victoria Azarenka, Serena Williams, Juan Martin del Potro e Rafael Nadal, para um “showdown”na noite de 4 de março. Em Hong Kong, no mesmo dia, participarão Caroline Wozniacki e Agnieszka Radwanska. O “prato forte” será servido por John McEnroe e Ivan Lendl, que vão reviver a rivalidade de décadas atrás.
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Mãos de ouro FERNANDO CORREIA
Desde 1995 que Abílio Costa, licenciado em Enfermagem, com especialização na área da Reabilitação, está ligado à seleção masculina. Contabiliza a presença em 38 eliminatórias da Taça Davis, sempre com objetivo “e empenho” para “conseguir despistar situações de risco e contribuir para o melhor desempenho dos atletas”. No verão de 1995, Abílio Costa aceitou prontamente o convite para integrar a seleção masculina, estreando-se no CT Estoril, no confronto entre Portugal e Roménia, do Grupo I da Zona Europa/África, que os romenos venceram, por 3-2. José Vilela era o “capitão” e João Cunha e Silva e Emanuel Couto formaram a equipa portuguesa. “O que mais me marcou na minha estreia na seleção, em 1995, foi o fato de treino com o meu nome e o símbolo da seleção nacional. E também ouvir o hino nacional”, recorda Abílio Costa. A colaboração de Abílio Costa apenas se resumia aos compromissos da Taça Davis em Portugal, pelo que o enfermeiro não participou nas duas eliminatórias realizadas em 1996 (na Argélia e na Eslováquia) e uma em 1997 (no Egito). Neste último ano, o selecionado luso voltou aos pisos de terra batida em solo português e Abílio Costa voltou a juntar-se à equipa, para os embates com Jugoslávia (Porto) e Noruega (Maia). Depois de inteirar-se da vontade
ABÍLIO COSTA em assistência a Pedro Sousa, com Pedro Cordeiro presente: o enfermeiro tem uma ligação de 18 anos à seleção masculina
expressa pelos jogadores em contar com o enfermeiro nas eliminatórias da Taça Davis, José Vilela propôs o concurso de Abílio Costa e a direção de então da Federação Portuguesa de Ténis aceitou, passando, a partir daí, o técnico de saúde a ser presença constante na seleção portuguesa. Até aos dias de hoje, com o mesmo propósito de “assegurar as necessidades físicas dos atletas, para o desempenho da atividade durante o estágio e a competição, através dos procedimentos técnicos, com o objetivo de prevenir lesões e possibilitar a atividade com melhor rendimento”.
Outra preocupação é “a identificação de problemas de saúde que possam surgir”. Abílio Costa confessa ser “rigoroso no controlo da hidratação, prevenção de hipoglicémias, técnicas de massagem ativas, técnicas de manipulação, técnicas de estiramento no acompanhamento cinesiológico dos atletas, apoiados nas bases fisiológicas, fisiopatológicas e biomecânicas e a aplicação de bandas neuromusculares”. Todos estes procedimentos, refere
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... FERNANDO CORREIA
Abílio Costa, “são realizados em função das características dos atletas, de uma avaliação prévia e das necessidades”. Em permanente “atualização de conhecimentos técnicos e científicos”, o enfermeiro da seleção vinca que a sua realização profissional “passa por tentar dar sempre o melhor em tudo” a que se propõe, “com o máximo profissionalismo e competência”.
Memórias Abílio Costa reúne muitas recordações de eliminatórias da Taça Davis. Uma das mais marcantes para o enfermeiro foi a primeira vez que viajou para o estrangeiro com a equipa de Portugal, em julho de 1998. A comitiva integrava o selecionador nacional de então, José Vilela, e os jogadores João Cunha e Silva, Nuno Marques e Emanuel Couto. A vitória foi alcançada por Portugal, por 3-2, registando-se no confronto o jogo mais prolongado da equipa portuguesa na Taça Davis: na quinta partida, o encontro decidiu-se sem “tie-break” e Nuno Marques venceu Nenad Zimonjic, por 20-18. Abílio Costa lembra esse jogo e também as eliminatórias na Croácia (1999), na Ucrânia de Andrei Medvedev (2000) e na África do Sul de Wayne Ferreira (no mesmo ano), todas com José Vilela como “capitão”. O enfermeiro recorda ainda o triunfo de Portugal na Tunísia, em 2004, “com uma equipa renovada”, integradando “jogadores mais novos, com muito talento”.
ABÍLIO COSTA realça a união de grupo que, desde 1995, constata na seleção portuguesa
Abílio Costa faz referência a Frederico Gil, Rui Machado e Leonardo Tavares, selecionados por João Maio para juntarem-se a Bernardo Mota, da geração anterior, a primeira com quem o enfermeiro trabalhou e que considera “a mais marcante”. “Nessa eliminatória, houve casos complicados, como o do estreante Frederico Gil, que contraiu uma entorse de segundo grau numa tibiotársica, no início do estágio”. Acreditando na recuperação, Abílio Costa lançou-se ao trabalho e Frederico Gil acabou por conseguir jogar no sábado (encontro de pares) e no domingo (o terceiro embate de singulares). “Foi um trabalho com resultados muitos bons”, diz Abílio Costa. Já com Pedro Cordeiro à frente da
seleção portuguesa, Abílio Costa recorda o triunfo de Portugal sobre a Argélia, por 3-2, no Estádio Nacional. “Virar um resultado desfavorável de 2-0 para 3-2 é notável”, salienta o enfermeiro, que alude ainda ao triunfo sobre a Eslováquia, por 4-1, igualmente no Jamor, em 2011. “Um grande feito que a todos nos orgulha. A Eslováquia é uma seleção de dimensão tenística”, refere Abílio Costa, acrescentando que “para todos estes factos notáveis contribuiu um espírito de equipa forte, coeso e solidário”. “Esse espírito muito se deve a Vilela. Todos os outros selecionadores conseguiram, com todo o mérito, manter a mesma união do grupo, cujo lema é: quanto mais unido, mais forte e vencedor se torna”, realça.
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O LAWN TENNIS CLUB DA FOZ recebeu o Portugal-Chipre da Taça Davis, em 2010
Na elite centenária O Lawn Tennis Club da Foz integra a elite de clubes de ténis com mais de um século. A agremiação desportiva, fundada em 1895 para se dedicar exclusivamente à prática do ténis, foi admitida em 2008 como sócio do Centenary Tennis Clubs, que congrega os mais prestigiados clubes da modalidade, como o The Queens’s Club, o Real Club de Ténis Barcelona, o Royal Leopold Club, o Racing Club de France, o Roehampton Club o o International Tennis Hall of Fame. “O convite para a fliação surgiu através dum nosso associado, que, por sua vez, é sócio do Clube de Ténis de
Nápoles, também inscrito no Centenary Tennis Clubes”, explica Luiz Megre Beça, presidente do Lawn Tennis Club da Foz, o único clube português filiado na associação. Ao todo, são 62 membros, repartidos por 27 países, entre os quais Austrália, Japão, Inglaterra, Rússia, África do Sul, Índia e Canadá. Luiz Megre Beça refere que o Centenary Tennis Clubs tem o objetivo de cultivar “uma maior aproximação entre todos os membros”, possibilitando também “aos sócios dos clubes filiados usufruírem de acesso a grandes torneios inter-
nacionais, com bilhetes garantidos”. Associação reconhecida pela ITF, a Centenary Tennis Clubs, que admite os membros após avaliação da sua tradição desportiva e pelo papel social relevante, tem como missão manter as tradições do ténis, bem como o espírito do “fair play”. A organização apoia também novos talentos e promove manifestações culturais, “workshops” e seminários. E encontros amigáveis entre os clubes membros, além de um encontro anual, em que se fala de ténis e de todos os aspetos relacionados com a vida dos clubes.
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Winners Mais um sorriso
João Sousa prepara Nadal para percurso vitorioso Depois de Frederico Silva ter tido a experiência de treinar com o espanhol Rafael Nadal, João Sousa também pode recordar encontro de preparação no court com o atual número cinco mundial. No seu regresso à competição após uma ausência prolongada devido a contrariedades físicas, Rafael Nadal convidou João Sousa, de 23 anos, para, no domingo 24 de fevereiro, treinar no court central do torneio de Acapulco, de categoria 500 do ATP World Tour. João Sousa, radicado em Barcelona desde os 15 anos, acedeu e esteve mais de uma hora em campo com Nadal, que acabou por conquistar o título de singulares em Acapulco, somando a segunda vitória consecutiva, após a conquista do 250 de São Paulo. Aliás, Nadal, de 26 anos, já leva três finais em igual número de torneios disputados este ano. Apenas não arrecadou o troféu em Viña del Mar, no Chile, o primeiro evento que o maiorquino disputou neste ano. O espanhol não competia desde Wimbledon, em junho.
Raqueta por um Sorriso, um projeto em desenvolvimento em Portugal desde 2010, voltou a reunir material e a enviá-lo para Cabo Verde. Desta vez, foram raquetas, que encheram de sorrisos jovens da ilha da Boavista, no barlavento de Cabo Verde. Um avião com destino a Cabo Verde levou um conjunto de raquetas, para se iniciar a prática do ténis naquela ilha. Na aeronave seguiu igualmente material para o pólo de ténis do Tarrafal, na ilha de Santiago, que integra o arquipélago que forma Cabo Verde. Para que este envio fosse possível, sucedendo a outros mais anteriormente realizados, Take C’Air associou-se. É uma organização de voluntários, destinada a promover , incentivar e apoiar atividades de responsabilidade social realizadas por tripulantes da aviação civil. Também a Take C’Air troca algo por um sorriso, sem pretender receber o que quer que seja em troca. Basta ver uma criança feliz.
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«Quero atingir o nível máximo» Pessoal
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Luís Pita é atleta da Pestana Tennis Academy, localizada na Quinta da Beloura, próximo de Cascais. Com 13 anos, o jovem já realizou dois estágios na prestigiada academia IMG Nick Bollettieri, nos Estados Unidos, onde, em 2012, conquistou o título de singulares no torneio B de West Palm Beach. No mesmo ano, foi semifinalista na competição B de Coral Springs e participou igualmente no torneio reservado a sub-14 do Orange Bowl, uma das mais importantes competições juvenis do Mundo. Em 2012, também foi campeão no IV Torneio Juvenil da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo. Aluno do 8.º ano do Colégio Vasco da Gama, em Belas, Luís Afonso Pita é treinado por Jorge Gonçalves e tem como preparador físico Miguel Aguiã, enquanto Miguel Silva é o seu fisioterapeuta. A gestão da carreira do jovem tenista é assegurada pela Prime Stadium. Nesta temporada, Luís Pita concilia os estudos com uma aposta em torneios internacionais do escalão de sub-14 inscritos na Tennis Europe e nos mais importantes eventos nacionais.
& transmissível
Luís Pita 13 anos
O ténis é... o que eu quero fazer para o resto da minha vida. Jogo ténis… por prazer. O que mais gosto no ténis é... competição. O que mais detesto no ténis é... ainda não ter ranking para entrar nos torneios que quero. Para mim, treinar é... Passar a ser melhor.
E a maior tristeza no ténis... Foi ir ao Chipre e perder à primeira. Se eu mandasse no ténis... Acabava com os torneios da treta. Em Portugal, o ténis precisa de... jogadores de topo. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... a Maria João Koehler.
O sucesso significa… evolução.
Um bom treinador é... o Jorge Gonçalves.
No ténis, quero atingir... o nível máximo.
O meu ídolo no ténis atualmente é... Roger Federer.
Depois de vencer um encontro... vem o próximo. Quando sou eliminado num torneio... penso no próximo. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... Participar no Orange Bowl [EUA].
O meu torneio preferido é... Wimbledon. A minha superfície preferida é... a terra batida. No meu saco, não dispenso... as raquetas Wilson.
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Como o tempo corre, João! «TIE-BREAK»
CARLOS FIGUEIREDO Jornalista
«João Cunha e Silva, já um garoto de barba rija, respeitado por colegas e adversários, perdeu, estupidamente, a decisão de São Paulo de 1985»
Tendo-se agora comemorado a presença de portugueses em mais de vinte eliminatórias da Taça Davis, ocorre-me como o tempo passa tão depressa: no lote dos cinco contemplados, João Cunha e Silva teria mesmo de sobressair, além do mais pela autoridade com quem deixou de ser número um júnior mundial, nos primeiros meses de 1985, depois de uma campanha bem sucedida na América do Sul, para uma honrosa caminhada já entre os “homenzinhos”. Se quisermos procurar um ponto de partida, podemos sugerir o Banana Bowl de São Paulo, o famoso torneio brasileiro que gera précampeões, como foram, de facto, João Cunha e Silva, único português na galeria dos campeões e vice-campeões, e outros que tornaram essa lista tão elucidativa como extensa. Vamos, pois, recordar como João Cunha e Silva, já um garoto de barba rija, respeitado por colegas e adversários, perdeu, estupidamente, a decisão de São Paulo de 1985, inferiorizado que se apresentou nessa derradeira jornada e que nada teve a ver com o ténis… Foi o caso que uma inoportuna infeção ocular que o “handicapou” perante o também categorizado
argentino Franco Davin, que jogou o seu normal e arrecadou o troféu. Quase três décadas após, podemos avançar com duas confidências: por um lado, o argentino é, apenas, o atual treinador do campeoníssimo Juan Martin del Potro; por outro lado, o problema que diminuiu o português foi motivado por excesso de ternuras do nosso campeão para com a sua namorada brasileira. Com a derrota, Cunha e Silva interromperia um ciclo memorável de vitórias. Quanto a Franco Davin, um pequeno acrescento ao que dele já dissemos como jogador: quando, no ano seguinte, coube a Nuno Marques representar o ténis português no circuito sul-americano júnior, durante um treino já em Buenos Aires, um garoto aproximou-se do portuense e do seu treinador, Luís Sousa, e, referindo a vitória que o tenista luso registara sobre Davin, perguntou: — Tu ganhaste ao Franco? Então, deves ser muito bom jogador! Podemos acrescentar que o atual técnico do bicampeão do Estoril Open, Juan Martin del Potro, registava invejável colheita de sucessos durante o trajecto que começava na Venezuela e vinha por aí abaixo, num total de nove semanas. Cunha e Silva arrecadou a parte de leão.
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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA
ALGARVE
ALTO ALENTEJO
CASTELO BRANCO LISBOA
SETÚBAL
MADEIRA VILA REAL
COIMBRA PORTO VISEU