NT Fevereiro 2014

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Notícias do ténis

EDIÇÃO ONLINE

FLORIN EISELE/AELTC

Odisseia na margem do Danúbio

FEVEREIRO 2014


O perfume do ténis português no mundo Editorial

Estou convicto que, tal como na Eslovénia, Portugal vai demonstrar na capital húngara a evolução do ténis português

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epois da seleção nacional em Kranj, na Eslovénia, no regresso ao Grupo I da Taça Davis, outra representação portuguesa está envolvida, nesta semana, na mais importante competição do mundo a nível de nações em femininos: a Fed Cup. Em Budapeste, a principal seleção feminina de Portugal disputa o Grupo I, conjuntamente com outras 15 seleções europeias, algumas com intérpretes do topo da hierarquia mundial. Este torneio perspetiva muitas dificuldades para a equipa de André Lopes e Miguel Sousa, mas estou convicto que, tal como na Eslovénia, Portugal vai demonstrar na capital húngara a evolução do ténis português. Basta recuperarmos os registos do ano passado. Michelle Larcher de Brito jogou a terceira ronda em Wimbledon e a segunda no Open dos Estados Unidos; Maria João Koehler tornou-se na primeira tenista portuguesa a atuar no quadro principal das quatro provas do Grand Slam numa temporada; Bárbara Luz conquistou quatro títulos no ITF Women, três em singulares e um em pares; Inês Murta, que se estreia na seleção portuguesa na Fed Cup, entrou no ranking mundial com apenas 16 anos e deu cartas no circuito

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

júnior mundial do ano passado, além de ter feito uma incursão muito positiva no ITF Women. É nelas que depositamos a nossa confiança e esperança de um torneio na Hungria idêntico ou melhor do que o de há dois anos, em que Portugal foi quinto. Palavras finais para a arbitragem, também uma referência incontornável do ténis português: Carlos Ramos esteve no FrançaAustrália (Grupo Mundial Taça Davis) e estará no Suécia-Polónia (Grupo Mundial II Fed Cup). Mariana Alves foi destacada para o Argentina-Japão (Grupo Mundial II/Fed Cup). É o ténis português a espalhar o seu perfume pelo mundo fora.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

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FERNANDO CORREIA

Maria João Koehler regressa à seleção em Budapeste, depois de uma ausência de um ano

Odisseia na margem do Danúbio Na terça-feira, 4 de Fevereiro, a seleção portuguesa inicia o torneio do Grupo I da zona euro-africana da Fed Cup, na margem direita do rio Danúbio. O primeiro adversário da equipa de André Lopes — estreia como «capitão» — é a Bulgária. O primeiro objetivo é a permanência. Mas há confiança em melhorar o quinto lugar registado há dois anos, em Israel. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Depois de dois anos em Eilat, em Israel, o torneio do Grupo I da zona euro-africana da Fed Cup regressa ao centro da Europa. No Syma Event and Conference Center, dezasseis seleções competem na senda da presença no «play-off» do Grupo Mundial II

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a margem direita do rio Danúbio, a seleção de Portugal inicia, na terçafeira 4 de fevereiro, a participação no torneio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup. O objetivo principal é assegurar a manutenção no escalão, mas, parafraseando António Gedeão, «o sonho comanda a vida». Há dois anos, em Israel, a equipa portuguesa alcançou a melhor classificação de sempre na Fed Cup: quinto lugar. Este ano, na Hungria, também se pensa em obter um registo idêntico ou... melhor, como a presença no «play -off» do Grupo Mundial II. Na primeira fase do torneio em Budapeste, disputada na modalidade de «round robin», Portugal integra o Grupo D, conjuntamente com a Bielorrússia — sem Victoria Azarenka, número dois do mundo —, a Bulgária e a Turquia. André Lopes, que se estreia como «capitão» de Portugal na Fed Cup, aposta nas três portuguesas mais bem cotadas na atualidade — Michelle Larcher de Brito, Maria João Koehler e Bárbara Luz — e na debutante Inês Murta. Afastada do «qualifying» do Open da Austrália devido a lesão, Michelle Larcher de Brito inicia a t em por ada em Budapest e, enquanto Maria João Koehler apenas realizou um torneio. Em Mel-

André Lopes estreia-se como «capitã na Fed Cup

bourne, a pentacampeã nacional absoluta não conseguiu repetir a presença na segunda ronda do quadro principal de singulares do ano passado e ficou pela eliminatória inaugural da fase prévia. Bárbara Luz, que realizou uma temporada de 2013 recheada de

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FERNANDO CORREIA

s

ão»

Bárbara Luz inicia a época no torneio do Grupo I

êxitos, estreia-se igualmente nesta época. Substituindo Joana Valle Costa, com uma bolsa de estudo numa universidade norte-americana, Inês Murta, de apenas 16 anos, foi chamada pela primeira vez para a seleção nacional na Fed Cup

Na primeira jornada da fase de grupos, disputada na modalidade de «round robin», Portugal joga com a Bulgária, a 4 de fevereiro. Depois de um dia de descanso, o coletivo português, no qual se estreia igualmente Miguel Sousa, treinador na Fed Cup e seleciona-

Portugal joga com Bulgária, depois com Bielorrússia e fecha com Turquia o «round-robin»

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nador nacional de juniores, e o fisioterapeuta Carlos Costa, volta aos «courts” de superfície dura do Syma Event and Conference Center na quinta-feira para defrontar a Bielorrússia. Na sexta-feira, na última eliminatória do Grupo D, as portuguesas enfrentam a Turquia.

O torneio do Grupo I regressa a Budapeste. Em 2008, o Syma Event and Conference Center recebeu a competição, que Portugal também já organizou, em 2010, na nave do CAR, no Jamor O torneio do Grupo I decorre até ao domingo, 9 de fevereiro

Sem

Azarenka. De entre os adversários de Portugal (ver página 9), a Bielorrússia será a seleção mais temível, mas não se apresenta com a número dois mundial, Victoria Azarenka. «Mesmo sem Azarenka, que, obviamente, é uma grande baixa, esta é uma equipa que conta com Govortsova, muito experiente e com muita qualidade, e com a jovem Sasnovich, que teve um excelente final de temporada em 2013 e está em ascenção”, referiu André Lopes. Primeira adversária de Portugal, a Bulgária tem nas suas fileiras Elitsa Kostova, que já treinou em Tavira, onde André Lopes colaborou com Pedro Pereira. «Conheço-a bastante bem e considero-a uma grande competidora. Acabou por assumir o papel principal da equipa da Bulgária, após a desistência da Pironkova [52.ª WTA], o que poderá aumentar os níveis de ansiedade no encontro», declarou André Lopes.

Michelle Larcher de Brito é a tenista mais bem cotada na seleção lusa

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FLÁVIO SANTOS

A última opositora de Portugal é a Turquia, que tem uma equipa com tenistas «perigosas em piso rápido e destemidas na abordagem aos encontros contra atletas com melhor ‘ranking’». «A Turquia tem atletas experientes no par, o que torna a equipa bastante equilibrada. Teremos de estar preparados para jogar com rigor e disciplina», acrescentou.

Grupo

equilibrado. O selecionador nacional da Fed Cup considerou que o aprupamento de Portugal «é muito equilibrado» e assinalou que «a distância entre ganhar e perder é mínima». «Vamos focar-nos num encontro de cada vez, de forma a garantirmos o primeiro objetivo. Se tudo for correndo bem, obviamente que lutaremos por objetivos mais ambiciosos», disse André Lopes. O início do torneio do Grupo I para Portugal é já na terça-feira, 4 de fevereiro. O opositor é a Bulgária. No dia seguinte, o coletivo luso não atua e volta aos «courts» de superfície dura do Syma Event and Conference Center na quintafeira, para enfrentar a difícil Bielorrússia. Na sexta-feira, 7 de fevereiro, Portugal cumpre o derradeiro confronto na fase de grupos. A sele-

O Grupo A é formado por: Bélgica, Croácia, Holanda e Luxemburgo O agrupamento B integra Grã-Bretanha, Hungria, Roménia e Letónia Ucrânia, Áustria, Eslovénia e Israel formam o Grupo C O Grupo D é composto por Portugal, Bielorrússia, Turquia e Bulgária

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ARNALDO CARVALHO

Inês Murta foi chamada pela primeira vez a integrar a seleção nacional na Fed Cup

Duas seleções serão relegadas para o Grupo II, em 2015

ção portuguesa defronta a Turquia. Só após a conclusão da fase de grupos, no sábado (confrontos relativos aos agrupamentos B e C), é que se saberá o escalonamento dos «play-offs» de domingo. O vencedor da «poule» A joga com o primeiro classificado no grupo de Portugal. O vencedor do

Grupo B joga com o primeiro classificado no C. Apenas duas equipas transitam para o «play-off» de promoção ao Grupo Mundial II. As nações que terminarem o «round-robin» em quarto em cada um dos quatro grupos jogam o «play-off» de permanência no Grupo I. Nesta fase, descem as duas equipas que cederem.

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A «poule» D do Grupo I da Fed Cup PORTUGAL Michelle Larcher de Brito (125.ª WTA) Maria João Koehler (204.ª) Bárbara Luz (395.ª) Inês Murta (1.243.ª) «Capitão»: André Lopes

BIELORRÚSSIA Olga Govortsova (98.ª) Aliaksandra Sasnivich (151.ª) Ilona Kremen (248.ª) Iryna Shymanovich (639.ª) «Capitã»: Tatiana Poutchek

TURQUIA

BULGÁRIA

Cagla Buyukakcay (172.ª) Pemra Ozgen (221.ª) Melis Sezer (344.ª) Ipek Soylu (468.ª)

Elitsa Kostova (242.ª) Izabella Shinikova (365.ª) Viktoriya Tomova (405.ª) Borislava Botusharova (469.ª)

«Capitão»: Alaaddin Karagoz

«Capitã»: Dora Rangelova

NOTA: «Rankings» a 3 de fevereiro de 2014

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Sempre a subir

Romain Barbosa, Leonardo Tavares e Gonçalo Oliveira protagonizaram as maiores subidas entre os quinze portugueses mais bem cotados na atualidade

FERNANDO CORREIA

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e há um ano a esta parte, de entre os 15 portugueses mais bem cotados no «ranking» ATP, quem protagonizou as maiores subidas? Numa temporada em que João Sousa tornou-se no primeiro português a atingir o «top» 50 mundial, depois de ter subido 38 lugares desde 4 de fevereiro de 2013, a maior subida entre os 15 portugueses com melhor saldo no presente foi protagonizada por Romain Barbosa. Há um ano, Romain Barbosa , que tem dupla nacionalidade, estava em 2.022.º e, presentemente, posiciona-se em 998.º, depois de ter ganho 1.024 lugares. Leonardo Tavares subiu 756 degraus na tabela mundial, enquanto Leonardo Tavares logrou ascender 701 posições e Vasco Mensurado registou uma subida de 694 lugares. João Domingues estava em 1.079.º a 4 de fevereiro de 2013 e encontra-se agora em 530.º. Frederico Silva ocupa a atual 603.ª posição, após ter subido 503 lugares, André Gaspar Murta superou 324 lugares e Rui Machado subiu 65 posições.

João Domingues

Entre os 15 portugueses, apenas Frederico Gil, atual nono entre os tenistas portugueses com «ranking», desceu no espaço de um ano, desde 189.º até 826.º. O lisboeta, que regressa em fevereiro à competição, perdeu 645 lugares.

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«Ranking» a 3.2.2014

João Sousa

«Ranking» a 4.2.2013

Posições

88.º

38

Gastão Elias

175.º

132.º

43

Pedro Sousa

214.º

231.º

17

Rui Machado

250.º

315.º

65

João Domingues

549.º

1.079.º

530

André Gaspar Murta

585.º

909.º

324

Frederico Silva

603.º

1.106.º

503

Leonardo Tavares

667.º

1.423.º

756

Romain Barbosa

998.º

2.022.º

1.024

Gonçalo Oliveira

1.087.º

1.788.º

701

Gonçalo Falcão

1.139.º

1.550.º

411

Henrique Sousa

1.342.º

1.442.º

100

1.383.º

178

1.895.º

694

José-Ricardo Nunes 1.205.º Vasco Mensurado

João Sousa

1.201.º

´

F32

50.º

50.º

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De mãos dadas com o ACP

A Todos os filiados na Federação Portuguesa de Ténis e no ACP, individuais ou coletivos, têm benefícios. O acordo tem a duração de dois anos e pode ser renovável

Federação Portuguesa de Ténis e o ACP (Automóvel Clube de Portugal) estão de mãos dadas. Mais praticantes no ténis, bem como no ténis de praia e no padel, é o propósito que juntou a estrutura federativa ao maior clube em Portugal, com mais de 300 mil associados. Carlos Barbosa, presidente do ACP, referiu que o acordo «tem como objetivo desenvolver a prática desportiva do ténis entre os seus sócios e potenciar o crescimento da modalidade em Portugal». O acordo com a Federação Portuguesa de Ténis é válido por dois anos, automaticamente renovável por períodos de doze meses, e «a ideia é introduzir a modalidade na oferta disponível aos sócios

ACP, disponibilizando informação da modalidade e a dinamização de torneios». Também a dinamização de torneios e a realização de «workshops» de iniciação e aperfeiçoamento de ténis, padel e ténis de praia serão outras das propostas do ACP Ténis. «A oferta desportiva do ACP Ténis passará também por dinamizar provas, circuitos e ‘rankings’ internos, através da criação e cruzamento de perfis desportivos dos nossos sócios e, com isso, cimentar o sentimento de pertença ao clube a entusiasmo pela modalidade em si», acrescentou Carlos Barbosa. O destaque será dado à base de sócios júnior ACP (até 17 anos), «no sentido de criar um núcleo de crianças que cresçam com a

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Vasco Costa e Carlos Barbosa

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lidade e, acima de tudo, possam representar no futuro o ACP Ténis nas competições oficiais a nível nacional». Os benefícios para os sócios das duas instituições são múltiplos. O ACP oferece aos filiados na Federação Portuguesa de Ténis a jóia de adesão e desconto de 15 por cento sobre o valor da primeira quota anual do ACP para pessoas individuais.

Todos os sócios do ACP terão acesso às vantagens da restante gama do maior clube do país, como o ACP Viagens, o ACP Seguros e o ACP Golfe. Ofertas que serão alargadas com viagens direcionadas para os praticantes de ténis. A Federação Portuguesa de Ténis apoia oficialmente o ACP Ténis e o ACP filia-se na Associação de Ténis de Lisboa.

A Federação Portuguesa de Ténis apoia oficialmente o ACP Ténis O ACP Ténis pretende ter jogadores em competição em provas oficiais de norte a sul do país

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Maria Tavares foi semifinalista no Nacional Absoluto com 15 anos

O ténis pequenino

O O circuito nacional K-Open Smashtour voltou neste mês de fevereiro

circuito nacional K-Open Smashtour está de volta. Desde o primeiro fim de semana deste mês que os pequenos tenistas invadem os «courts» para a prática do ténis. Com os escalões de desenvolvimento Vermelho (dos cinco aos sete anos, mais sete anos até três vitórias), Laranja (sete a oito, mais nove anos até duas vitórias) e Verde (oito a dez anos), o circuito K-Open Smashtour de sub-10 registou, no ano passado, a parti-

cipação de 2.693 crianças, em eventos de norte a sul de Portugal e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Este total reflete uma pequena descida relativamente a 2012, que teve 2.817 crianças inscritas, enquanto 2.607 participaram em 2011 e 2.317 em 2010. Desde o primeiro ano do circuito, em 2007, ano em que se registaram 1.404 participações, que o número de crianças no circuito cresceu de ano para ano.

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Em 2008, participaram 1.784 crianças, em 2009 inscreveram-se 2.161, enquanto em 2010 o total foi de 2.317. Na divisão por sexos, a maioria das participações continua a ser a dos rapazes, mas, comparativamente com 2012, o ano passado teve um crescimento nas raparigas: 628 contra 2.005. Na repartição pelas cinco áreas geográficas do K-Open Smashtour, a Zona Norte continua a apresentar o maior número de crianças nas provas (978, em 2013), enquanto a Zona Centro registou o segundo número mais expressivo (788) e a Zona Sul o terceiro (687). Na Zona Açores, o

número quedou-se por 111 e na Zona Madeira em 97. Constata-se que mais crianças participaram no ano passado nas zonas Norte e Centro, mas a diferença não é muito significativa: mais nove na primeira Zona e um acréscimo de onze na segunda.

Calendário acessível em www.tenis.pt

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A revolução de Lisboa

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padel, sob a tutela da Federação Portuguesa de Ténis desde Janeiro de 2011, é uma realidade nova e a Associação de Ténis de Lisboa decidiu deitar mãos à obra e promover o crescimento sustentado da modalidade. O primeiro passo foi a constituição do Conselho de Clubes de Padel. O objetivo é claro: ouvir os clubes, discutir pontos de vista, descobrir lacunas, propor caminhos, estabelecer pontes de diálogo com a Federação Portuguesa de Ténis. A primeira reunião, realizada em finais de janeiro, em Monsanto, permitiu delinear um conjunto de ações, entre as quais «questões pertinentes», como refere José Mário Silva, diretor técnico regional da Associação de Ténis de Lisboa. A arbitragem, o custo das provas e as licenças são algumas dessas matérias que estiveram em análise no Conselho de Clubes, na qual participaram Kátia Rodrigues, coordenadora de padel da Federação Portuguesa de Ténis, e Jorge Cardoso, juiz árbitro nacional. Com a presença de Mário Azevedo Gomes (Quinta da Marinha), Joana Freitas (Carcavelos Ténis), Patrícia Costa (Clube VII e CT Estoril), Mário Mendes (Quinta da Moura), Nuno Mateus (Lisboa Racket Centre), André Gomes da Costa (CIF) e Fernando Tocha (São João TC), o Conselho de Clubes discutiu ainda a calendarização de provas.

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Em reunião em que intervieram José Mário Silva, Frederico Anão, Mário Videira, Pedro Bívar e Nuno Ferreira, todos da Associação de Ténis de Lisboa, ficou vincada a necessidade de analisar diversas questões com a direção da Federação Portuguesa de Ténis, em reunião a marcar oportunamente. Depois da apresentação do circuito oficial de provas da Federação Portuguesa de Ténis/ associações distritais, concluiu-se também que é preciso «tornar o regulamento do circuito e o Regulamento de Provas adequados à realidade». Legalizar. José Mário Silva referiu que a Associação de Ténis de Lisboa tem como «objetivo principal legalizar a modalidade e clubes». O propósito é que a Associação de Ténis de Lisboa seja a «instituição legal que coordene» no distrito e também que «modere as relações entres os clubes e entre o clube» e a estrutura associativa. A Associação de Ténis de Lisboa promoveu o Circuito LX Padel em 2013, conjunto de provas que decorreram desde março a outubro, no CIF, no Clube VII, no São João TC, no M’Sport, no Lisboa Racket Centre, no Clube de Padel, na Quinta da Marinha e no Padel de São Bento. O Circuito LX Padel fixou um


FERNANDO CORREIA

«ranking» em pares masculinos, nos níveis I, II e II, e em pares femininos, nos níveis I e II. O Circuito LX Padel visava a promoção da modalidade e a dinamização dos clubes filiados na Associação de Ténis de Lisboa , através dos praticantes. O circuito da Associação de Ténis de Lisboa registou a participação de mais de uma centena de jogadores de padel, maioritariamente homens, distribuídos pelos diversos níveis.

O padel é uma modalidade em expansão em Portugal. Em setembro, no CT Estoril, a Federação Portuguesa de Ténis promoveu a Semana do Ténis & Padel, integrando o Campeonato Nacional de Padel/Banco BIC, com um «prize money» de seis mil euros. Também se realizou o Campeonato Nacional de Padel em Veteranos nos escalões de +35 anos, em femininos, e + 45 anos, em masculinos.

O Conselho de Clubes vai dialogar com a direção da Federação Portuguesa de Ténis

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FERNANDO CORREIA

Paulo Espírito Santo tem a possibilidade de competir na prova internacional em Setúbal

Na margem do Sado

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m setembro, em Setúbal, o ténis em cadeira de rodas vai ter uma prova internacional. É um dos muitos eventos integrados na décima edição dos Jogos do Sado, um conjunto de 30 iniciativas desportivas de associações, coletividades e clubes que já decorrem e se prolongam até ao final do estio. A apresentação dos Jogos do Sado decorreu recentemente, com João Sanona, vice-campeão nacional, inserido no desfile de atletas, na cerimónia de abertura, realizada

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no pavilhão Antoine Veige, em Setúbal. A prova internacional de ténis em cadeira de rodas em setembro será a segunda que se vai realizar em Portugal. A primeira ocorreu em 2009, em Ponta Delgada, organizada pelo CT São Miguel, que, naquela altura, tinha um núcleo de ténis em cadeira de rodas. Joaquim Nunes, coordenador de ténis de cadeira de rodas da Federação Portuguesa de Ténis, regozija-se pela concretização de


FERNANDO CORREIA FERNANDO CORREIA

João Sanona

uma prova internacional no país. «Permite um salto qualitativo», sublinhou Joaquim Nunes, anunciando que a prova internacional será realizada em data posterior ao Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas, que terá lugar novamente em setembro. Sabe-se, para já, que o evento internacional deverá ocorrer após o torneio de Pombal, programado de 19 a 21 de setembro.

Carlos Leitão é o campeão nacional desde 2008

O calendário de provas nacionais — a primeira está prevista para Pombal, no segundo fim de semana deste mês de fevereiro — está em fase de ultimação e será divulgado oportunamente. Joaquim Nunes perspetiva «um número de provas superior ao do ano passado», que, lembrou, registou um aumento de participantes regulares de ténis em cadeira de rodas: cinco.

A prova internacional vai realizar-se em finais de setembro, no âmbito dos 10.ºs Jogos do Sado

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FERNANDO CORREIA

Maria Tavares 16 anos

«Ténis é desafiante» O ténis é... o meu desporto favorito. Jogo ténis… porque me faz sentir bem, é desafiante e proporciona-me bons momentos de vida. O que mais gosto no ténis... é de competir e do convívio nos torneios.

Em setembro, na Semana do Ténis & Padel, Maria Tavares, treinada por Ricardo Cortês, surpreendeu ao atingir as meias-finais do Nacional Absoluto, proveniente da fase prévia

O que mais detesto no ténis… é perder.

ITF e do Nacional Absoluto. E a maior tristeza no ténis... o ténis não me proporcionou muitas tristezas. Mas a derrota em algumas circunstâncias deixa-me descontente. Se eu mandasse no ténis... tornava-o mais barato, para haver mais jogadores. Em Portugal, o ténis precisa de… mais torneios internacionais.

Para mim, treinar é... evoluir. Ser melhor hoje do que fui ontem.

Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... Muito bom.

O sucesso significa… ser feliz.

Um bom treinador... Ricardo Cortes.

No ténis, quero atingir... o impossível. Depois de vencer um encontro… penso no que podia ter corrido melhor e preparar isso para o seguinte. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ter chegado às meias-finais de um

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O meu ídolo no ténis é atualmente... não tenho. O meu torneio preferido é… Taça Diogo Nápoles [Porto].. A minha superfície preferida é… terra batida. No meu saco, não dispenso… água.


Outra realidade Opinião

«Há dois anos, em Israel, Portugal ficou em quinto lugar, numa prova em que participaram quinze nações»

O

início de fevereiro, marca o regresso da seleção de Portugal ao Grupo I da Fed Cup. Este ano, é a Hungria que acolhe a competição, antecâmara do Grupo Mundial II. Há dois anos, em Israel, Portugal partilhou o quinto lugar com a Roménia, numa prova em que participaram quinze nações. Apenas Grã-Bretanha, Suécia, Áustria e Polónia classificaramse à frente da seleção portuguesa, com Pedro Cordeiro como «capitão». Nesse torneio, Michelle Larcher de Brito, Maria João Koehler, Bárbara Luz e Margarida Moura mostraram a evolução do ténis português em femininos. Antes, em 1998, Portugal registara a melhor posição até então, com o segundo lugar no respetivo grupo. Lembro aqui as proezas de Sofia Prazeres, AnaCatarina Nogueira e Cristina Correia. Se analisarmos as duas épocas, é notório que, atualmente, esta geração de praticantes tem maior experiência internacional.

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

Também tem condições de treino que não existiam anteriormente. E, felizmente, começa a ter mais exposição, num Portugal em que existe uma futebolização excessiva. Sejamos claros: a realidade do ténis conjugado no feminino no presente não é comparável. Basta lembrar que Portugal só teve uma jogadora no «top» 100 apenas em 2009: Michelle Larcher de Brito atingiu a 76.ª posição, a 6 de julho, nesse ano mágico para a tenista filha de um português e de uma sulafricana.

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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE

ALTO ALENTEJO

CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

COIMBRA PORTO VISEU


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