NT - Janeiro 2011

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Notícias do Ténis Federação Portuguesa de Ténis Edição on line

Janeiro 2011

” Europe “ T e n n is P o r t u g a l e promov B o ã ç a aN

2010

“ T e n n is Eu promove rope” Port uga l a Nação B

“ T e n n is E urope” promove P o r tu g a l a Nação B

“ T e n n is E urope” promove P o r tu g a l a Nação B

Periodicidade: Bimestral

O ano de ouro

O ano de 2010 foi de ouro para o ténis português. Rui Machado, Frederico Gil, Leonardo Tavares, João Sousa, Vasco Mensurado, Frederico Silva, Diogo Rocha, Rodolfo Pereira, Maria João Koehler, Francisco Dias e Mariana Alves destacaram-se como intérpretes da excelência nos quatro cantos do Mundo. Foi um ano repleto de sucessos.

Passagem de testemunho

O que foi feito e o que vai ser feito José Maria Calheiros entrega a presidência da FPT a José Corrêa de Sampaio, para um mandato de dois anos.


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Editorial “Tennis Europe” promove Portugal a Nação B No momento em que os delegados presentes na assembleia-geral da Tennis Europe votaram por unanimidade a promoção de Portugal a Nação B da família europeia abriuse uma nova página do ténis nacional. Esta promoção, cuja candidatura havia sido avalizada pela Direcção da associação europeia de ténis, assenta no desenvolvimento do ténis português, na sua capacidade organizativa e em resultados desportivos. Com o início de uma nova era da modalidade na segunda metade dos anos setenta do século passado, o ténis efectuou até aos nossos dias um percurso de quase quatro décadas de adaptação a novas realidades, e de crescimento. Foi um período em que todos nos deparámos com novos desafios, antes inexplorados, como a profissionalização dos vários agentes envolvidos no processo desportivo e a necessidade de criar condições para a sustentação de um processo de desenvolvimento, que teria que forçosamente envolver todas as áreas dado o estado de impreparação em que Portugal se encontrava no que ao desporto, e ao ténis em particular, dizia respeito. O envolvimento neste processo conjunto, nem sempre convergente nas acções e no tempo, beneficiou ainda dos apoios que o Estado destinou ao desporto. Também aqui o ténis foi progressivamente merecen-

do apoio reforçado, pelos projectos e programas que desenvolveu. A relação da FPT com a associação europeia de ténis – ex-European Tennis Association, actual Tennis Europe – e com a International Tennis Federation foi sempre de grande cumplicidade, respeito e cooperação, amplamente reconhecidas pelos organismos de tutela internacional. Portugal mostrou sempre grande disponibilidade e capacidade para organizar os mais diversos eventos em território nacional, quer a nível de torneios dos calendários internacionais, quer chamando a si a organização de eventos da TE ou da ITF, como são, entre outros, o caso de assembleias-gerais, reuniões de comissões específicas, campeonatos europeus de vários escalões, simpósios europeus e mundial de treinadores. Esta capacidade de intervenção, num país periférico da Europa e com fraca capacidade de financiamento do desporto, foi sempre muito apreciada. Os resultados desportivos, que têm melhorado progressivamente ao longo dos anos – nesta edição é feita uma resenha dos mais relevantes em 2010 – provam que Portugal se desenvolveu em termos tenísticos, fruto do envolvimento privado e público, e da experiência acumulada de treinadores e jogadores. A promoção a Nação B, além de

um voto de confiança dado pela família europeia do ténis, permite que Portugal possa organizar, a partir de 2011, em território nacional, mais um torneio do calendário europeu juvenil, em cada um dos escalões sub 12, 14 e 16, o que eleva para dez o número de torneios daqueles escalões no presente ano. Se juntarmos a este número os três do escalão sub 18 e os vários Futures femininos e masculinos, temos um calendário internacional que permite aos nossos jovens uma abordagem ao circuito internacional com menor custo e maior conforto. Este esforço, que envolve muitos clubes e organizações particulares, tem-se mantido ao longo dos anos, desejando-se que nos próximos anos se possa ampliar. A motivação geral é elevada e o esforço de pais e atletas, com o empenhamento dos seus treinadores e das estruturas do ténis, merece uma maior intervenção dos potenciais financiadores, dos empresários portugueses. Temos que, todos, desenvolver esforço acrescido para atrair esse apoio e ajudar os mais capazes a encarar de forma decidida a entrada no circuito profissional, após anos e anos de sacrifícios de ordem pessoal e financeira. José Santos Costa Secretário Geral da FPT

EDIÇÃO ON LINE Direcção: José Maria Calheiros. Coordenação: José Santos Costa. Redacção/paginação: Ana Lima, Comunicação & Marketing

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O ano de ouro O ano de 2010 foi de ouro para o ténis nacional. Pela primeira vez, dois portugueses figuraram no “top”100 mundial. Durante quatro semanas (a última de Outubro e as três seguintes de Novembro), Frederico Gil e Rui Machado permaneceram entre a elite. Foi o período mais escaldante na disputa entre os dois pelo estatuto de melhor português. Em Maio, no Estoril Open, a rivalidade acentuou-se no pó de tijolo do Jamor, nos quartos -de-final. Venceu Gil, que chegou a uma final inédita com um português, mas sem conseguir resistir a Montañes. A época terminou com Machado como número um, quebrando a hegemonia de Gil desde 2007. Ano em que Michelle Larcher de Brito (assinou um 2010 descolorido) venceu no Orange Bowl. Três anos volvidos, Vasco Mensurado e Frederico Silva juntaram o título de pares de sub-16 do mais prestigiado torneio juvenil do Mundo ao de campeões da Europa no escalão. O ano foi marcado também com os feitos de promessas (João Sousa, Francisco Dias, Diogo Rocha, Rodolfo Pereira e Maria João Koehler), com a confirmação de Leonardo Tavares e de Magali de Lattre e com a afirmação da selecção (regresso ao Grupo I da Taça Davis). E com a excelência da arbitragem portuguesa, com Mariana Alves presente na final feminina de Wimbledon.

RUI MACHADO A vitória em Assunção (Paraguai) e a presença nas meias-finais em Santiago (Chile), em torneios de categoria ―Challenger‖, permitiram a Rui Machado entrar no ―top‖ 100, a 25 de Outubro. Foi o concretizar do objectivo a que o algarvio se propôs no início de 2010. Com o 95.º posto na hierarquia mundial na actualização do ―ranking‖ ATP dessa semana, Rui Machado tornara-se no português mais bem cotado na tabela, destronando Frederico Gil, número um nacional desde finais de 2006. Uma lesão num joelho obrigara Rui Machado a abandonar temporariamente a competição e a entregar o estatuto de número um, que ostentou desde 2003. O atleta encetou uma recuperação extraordinária na hierarquia mundial. Na última semana de Dezembro de 2006, o tenista de Faro classificou-se em 893.º e, um ano volvido, terminou em 733.º. O ano de 2008 iniciou-se com cinco triunfos (três consecutivos) em ―Futures‖, dois em Portugal, igual número em Itália e um em Espanha. Depois do Estoril Open, em que atingiu a segunda ronda, abordou torneios de categoria ―Challenger‖, tendo sido semifinalista em Córdoba (amealhou 40 pontos no torneio espanhol de 106.500 dólares) e, a fechar a época, em Cancún (no México, somou 24). Em Sófia (Bulgária), Medjugorge (Bósnia e Herzegovina) e Graz (Áustria) alcançou os quartos-de-final. Na estreia no Open dos Estados Unidos e em provas do ―Grand Slam‖, contabilizou 50 pontos, após ter jogado a segunda ronda do quadro principal e de ter superado o ―qualifying‖,

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RUI MACHADO entrou na elite mundial em finais de Outubro

com três triunfos, um dos quais frente ao chileno Nicolas Massu, campeão olímpico em singulares e em pares em Atenas, em 2004. A campanha ao longo de 2008 permitiu-lhe entrar no ano seguinte em 153.º. Em 2009, Rui Machado terminou o ano em 124.º, depois de duas vitórias nos ―Challengers‖ de Méknes (Marrocos) e Atenas (Grécia), dos quartos-de-final em Ortobello (Itália), San Marino e Guayaquil (Equador) e de ter entrado nos quadros principais de Roland Garros e do Open dos Estados Unidos, proveniente das fases de qualificação dos ―majors‖, em que somou três êxitos em cada uma. Para 2010, Rui Machado colocou a fasquia mais alta e assumiu o objectivo de entrar no ―top‖ 100. Iniciou o percurso no “qualifying” do Open da Austrália — não passou da segunda ronda na estreia na prova

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... australiana, onde se estreou — para prosseguir com o calendário no circuito ATP Challenger, logrando a presença nos quartos-de-final logo no primeiro torneio, em Tânger (Marrocos). Naquele país magrebino, Rui Machado foi finalista em Méknes e jogou as meias-finais em Rabat, antes de conquistar o título no ―Challenger‖ de Nápoles, sucedendo a Gil na galeria de vencedores da competição transalpina (em singulares e em pares, em 2009). Ainda em Itália, Machado foi semifinalista em Roma, fase que também atingiu nos ―Challenger‖ de Sevilha (Espanha) e Santiago (Chile). Em Poznan (Polónia), San Marino, Como (Itália), São Paulo (Brasil) e Medellin (Colômbia) actuou nos quartos-de-final. Antes do Estoril Open, Machado e Gil somavam o mesmo número de pontos (127, a 26 de Abril). E, apenas por uma semana, o algarvio foi o melhor português, com o 124.º posto a 3 de Maio, enquanto Gil quedou-se em 133.º. A rivalidade entre os dois, treinados por João Cunha e Silva, seria acentuada nos quartos-de-final da prova portuguesa do ATP World Tour 250. Machado venceu a primeira partida, mas Gil reagiu e levou a decisão do segundo ―set‖ para o ―tiebreak‖, acabando por obrigar ao ―tira -teimas‖, que venceu, avançando

para as meias-finais do Estoril Open, com Rui Machado a lamentar não ter estado nas melhores condições físicas. Com um final de temporada de Gil menos bem conseguido, Machado — com Bernardo Mota como técnico exclusivo a partir de Outubro — acabou por ultrapassá-lo e recuperar o estatuto de número um português, que mantém há onze semanas consecutivas, depois da melhor época de sempre, em que atingiu o melhor registo no ―ranking‖ ATP — 89.º, em 8 de Novembro. FREDERICO GIL

Domingo, 9 de Maio de 2010. O ―Central‖ do Jamor repleto de público esperava Frederico Gil. Pela primeira vez, um português jogava a final do Estoril Open e de uma prova do ATP World Tour. O adversário era o espanhol Albert Montañes, detentor do título e responsável pelo afastamento nas meiasfinais do suíço Roger Federer, então número um mundial. Gil vendeu cara a derrota, em três partidas, permitindo que Montañes entrasse no restrito número de tenistas com duas vitórias no mais importante torneio realizado em Portugal. Ainda assim, o português, que detém o melhor registo de sempre no ―ranking‖ ATP, viveu uma semana de sonho, com

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FREDERICO GIL: o primeiro luso numa final do ATP World

mais dois momentos marcantes: o encontro das meias-finais, com o espanhol Guillermo Garcia-Lopez, no ―Centralito‖ a abarrotar pelas costuras, e os quartos-de-final com Rui Machado. Foi o quarto confronto entre Gil e Machado, todos com triunfo do tenista de Lisboa, mas, em Agosto, o algarvio vingou-se e afastou na segunda ronda do ―Challenger‖ de San Marino o companheiro de equipa (CETO) e de selecção nacional. Gil iniciou o ano em Doha e viajou depois para a Austrália, ultrapassando o ―qualifying‖ de Sidney. Mas acabou por não conseguir seguir para a segunda ronda.

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... Frederico Gil estreou-se no Open da Austrália, em que teve entrada directa no quadro principal, mas o espanhol David Ferrer obrigou-o a despedir-se cedo do ―major‖ nos antípodas. Até ao “Challenger” de Tunes, que antecedeu a participação de Gil no Estoril Open, não conseguiu mais do que dois triunfos seguidos, com Roland Garros (fase de qualificação) incluído. Em Tunes, onde alcançou as meias-finais, Gil ganhou confiança para os meses seguintes e os resultados apareceram, proporcionando o regresso ao ―top‖ 100. Atingiu os quartos-de-final em Turim (Itália), Poznan (Polónia) e foi semifinalista em Istambul (Turquia) e Tarragona (Espanha). O único triunfo do ano em singulares foi averbado no ―Challenger‖ de Milão, na Itália, onde Frederico Gil somou o sexto título de singulares na carreira em torneios daquele nível. Em pares, com o argentino Carlos Berlocq venceu em Turim, na Itália, e, ao lado do belga Christophe Rochus conquistou o título em Lugano, na Suíça, ambas as competições também do calendário ATP Challenger. Na condição de segundo português mais bem cotado no escalonamento mundial, jogou duas rondas na competição individual em Montpellier (França), da categoria 250 do ATP World Tour, e uma em Valência (Espanha), de nível 500.

Encerrou a temporada à porta da elite (101.º), com o título de vicecampeão do Estoril Open e dois títulos em ―Challenger‖ (um em singulares e outro na variante de pares), mas ainda assim longe dos cometimentos de 2009, em que se mostrou ao Mundo no Masters 1000 de Miami, na terceira ronda do quadro principal. Com cinco encontros realizados anteriormente (três da fase de qualificação), Gil obrigou Rafael Nadal a aplicar-se na primeira partida, que o espanhol venceu por 7-5, para depois fechar o encontro com 6-3 no segundo ―set‖.

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LEONARDO TAVARES atingiu a melhor cotação de sempre

LEONARDO TAVARES

Se em 2009 já tinha dado indicações no sentido de inverter uma carreira irregular, afectada por constantes lesões, Leonardo Tavares confirmou no ano passado ser um valor seguro no ténis português. Com 26 anos, exibiu um ténis mais adulto e subiu no ―ranking‖ ATP. Atingiu a 186.ª posição a 16 de Agosto de 2010, a mais alta de sempre para o espinhense. É verdade que, como confessou já, tem ―por hábito não olhar muito para a tabela‖, porque, quando o faz, ―normalmente as coisas saem mal‖. Mas decerto que o campeão nacional absoluto de 2003 ansiava há muito ocupar uma posição condizente com o seu ténis.

Com a humildade que o caracteriza, Leonardo Tavares admite ―melhorar‖, mas só se ―progredir em termos técnicos‖, para que se sinta bem ―dentro do ‗court‘‖. Os resultados na primeira parte da temporada do ano passado foram verdadeiramente prometedores. Em dois torneios ―Futures‖ nos Estados Unidos, a concluir uma digressão de pouco mais de um mês pela América do Norte, jogou a meia-final num e os quartos-definal noutro. O espinhense voltou depois aos torneios ―Challenger e, após duas rondas na fase de qualificação,

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... foi travado nas meias-finais, por um jogador que integrava o lote dos cem melhores, o colombiano Santiago Giraldo, na altura 90.º. João Lagos, director do Estoril Open, concedeu-lhe um ―wild card‖ e deu a oportunidade de jogar o quadro principal de singulares pela primeira vez, depois de, em três participações na competição portuguesa (2009, 2007 e 2004), nunca ter ultrapassado a qualificação. Leonardo Tavares não desiludiu Lagos e deu indicações de que a época não seria novamente marcada pela frustração. No encontro inaugural no pó de tijolo do Jamor, o tenista português, treinado por Nuno Marques, eliminou o brasileiro Ricardo Mello, então 94.º ATP, por 6-3 e 6-3. O adversário seguinte, o espanhol Guillermo Garcia-Lopez, reunia mais créditos (era 40.º). Tavares acabou por baquear com um duplo 6-2, mas despediu-se de cabeça erguida da competição individual (continuou a disputar o torneio em pares). Depois de afastado na primeira eliminatória da fase prévia de Roland Garros (também não conseguiu chegar ao segundo encontro dos ―qualifyings‖ em Wimbledon e no Open dos Estados Unidos), Leonardo Tavares registou uma série de resultados significativos desde Julho até ao final da temporada, o que lhe permitiu recuperar o terceiro posto no ―ranking‖ entre os por-

tugueses, relegando para quarto João Sousa, que defrontou em Itália. No torneio de Recanati, Tavares levou a melhor sobre Sousa, por 7-6 (5) e 6-4, para garantir a presença nos quartos-de-final, fase em que acabou arredado pelo suíço Stéphane Bohli, em três partidas. Em Tampere, na Finlândia, Tavares somou 48 pontos, depois de ter sido eliminado nas meias-finais, fase que jogou em Trani, na Itália, sendo afastado pelo russo Igor Andreev, antigo ―top‖ 20, então em 99.º. O luso fechou as boas prestações com os quartos-de-final nos ATP

Challenger de São Paulo (Brasil) e de Medellin (Colômbia). Em pares, Leonardo Tavares também teve uma ascensão fulgurante no escalonamento mundial, entrando, pela primeira vez, no ―top‖ 100, atingindo a 95.º posição, em Setembro, como corolário de uma temporada verdadeiramente extraordinária, com quatro triunfos em torneios ―Challenger‖, um deles com João Sousa como parceiro, com quem travou um interessante despique pelo estatuto de terceiro mais bem cotado português no ―ranking‖ individual. Em Julho, ao lado de João Sousa, ―Leo‖ venceu em Tampere, na

LEONARDO TAVARES: quatro triunfos em pares, em “Challengers”

Finlândia, torneio em que foi vice-campeão em singulares, não conseguindo resistir apenas ao francês Eric Prodon. Um mês antes, o jogador português, a formar dupla com o italiano Simone Vagnozzi, conquistou o título em Braunschweig, na Alemanha. Antes de atingir as meiasfinais em pares do Estoril Open, com Pedro Sousa, venceu em Curitiba (Brasil), na penúltima semana de Abril. O germânico Dominik Meffert foi o parceiro na vitória. Maio foi um mês recheado de êxitos na variante. Na 20.ª edição do Estoril Open,

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... a dupla Leonardo Tavares/Pedro Sousa disputou as meias-finais, igualando os feitos de João Cunha e Silva/Bernardo Mota (1994/2000) e de Cunha e Silva/Nuno Marques (1998). Nas semanas seguintes, Tavares disputou duas finais em pares, ambas com o parceiro russo Artem Sitak. Cedeu em Carson e triunfou em Ojai, torneios norte-americanos do ATP Challenger Tour. No continente americano, onde obteve também bons resultados em singulares, Tavares jogou o acesso à final em Bogotá, na Colômbia, juntamente com o alemão Andre Begemann, dias depois de, no Jamor, com Frederico Gil, ter contribuído para a vitória de Portugal na segunda eliminatória do Grupo II da zona euro-africana da Taça Davis. Também foi semifinalista em duas provas italianas: Génova, com o argentino Diego Hartfield, e Trani, com Rui Machado. Na parte final do ano, Leonardo Tavares, que anunciou a troca de Nuno Marques por Cunha e Silva, voltou a actuar com Pedro Sousa, em Guayaquil, no Equador, e os dois alcançaram os quartos-de-final. A mesma fase que ―Leo‖ atingiu em mais três torneios ―Challenger‖: Méknes (Marrocos), com Rui Machado; Marburg (Alemanha), com o alemão Bastian Knittel; e Recanati (Itália), com João Sousa. JOÃO SOUSA Os números são elucidativos. João Sousa iniciou 2010 em 443.º na

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JOÃO SOUSA iniciou 2010 em 443.º e terminou em 244.º

tabela mundial e terminou em 244.º. Para quem se posicionava em 940.º em Maio de 2009, a ascensão do tenista natural de Guimarães foi meteórica. Foi o português que mais subiu em 2010 na hierarquia mundial. João Sousa iniciou a sua melhor época de sempre em torneios ―Futures‖, mas, em finais de Fevereiro e princípios de Março do ano passado, teve uma primeira abordagem a provas de categoria imediatamente superior, em dois ―Challenger‖ em Marrocos. O tenista português, radicado na Barcelona Total Ténis, atingiu a terceira ronda do ―qualifying‖ em Tânger e em Rabat foi afastado na primeira ronda do quadro principal, após ter superado os três encontros da fase prévia. As indicações reveladas por João

Sousa no país magrebino acabaram por se confirmar em solo espanhol, após a participação no ―qualifying‖ do Estoril Open (não passou a primeira ronda). Em Maio e Junho, registou a presença nos quartos-de-final no ―Future‖ de Lleida (10.000 dólares), e, nas quatro semanas seguintes, averbou três triunfos consecutivos em singulares e em pares. Primeiro, conquistou o título em Valldoreix, com ―prize money‖ de 10.000 dólares, para depois viajar para Tenerife. No ITF Futures Adeje (também 10.000), venceu pela segunda vez seguida na competição individual e juntou também a vitória em pares, ao lado do russo Rumenov Payakov. Ainda nas Canárias, somou 27 pontos com o terceiro título seguido em singulares e o segundo consecutivo em pares (com o russo Payakov) no torneio de Lanzarote, de 15.000 dólares. Encerrou a participação em Tenerife, em Puerto de Santa Cruz (15.000 dólares), mas não conseguiu defender o título de singulares alcançado em 2009 e quedou-se pelas meias-finais. Embora não tenha concluído com êxito a prova individual, João Sousa averbou o terceiro triunfo consecutivo em pares, novamente com Georgi Rumenov Payakov como seu companheiro. Com a campanha em Espanha, João Sousa contabilizou 73 pontos e, em pouco mais de um mês, galgou quase uma centena de posi-

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... ções, para se fixar em 282.º, a 21 de Junho de 2010, a melhor marca de sempre na carreira do vimaranense. A série de triunfos colocou-o perto do denominado ―Future Slam‖, até agora conseguido por um único português, em 2008. Rui Machado venceu os ―Futures‖ de Bari (Itália), Faro, Lagos e Albufeira, juntando a estes quatro títulos mais dois nesse ano, em que registou o impressionante registo de 26 triunfos seguidos. (Em Maio de 1999, em Espinho, Nuno Marques logrou o ―Satellite Slam‖, ao vencer quatro torneios consecutivos do extinto circuito de satélites). O bom momento que atravessou João Sousa levou Pedro Cordeiro, seleccionador nacional, a convocálo para a eliminatória da Taça Davis com o Chipre, em Julho, a segunda na campanha de Portugal no regresso ao Grupo I da Zona Europa/ África. Foi o regresso de João Sousa à equipa portuguesa. A última convocatória do tenista de Guimarães datava de 2008, a premiar o percurso sensacional no Estoril Open nesse ano, com três vitórias no ―qualifying‖ e a entrada no quadro principal. No primeiro encontro, venceu o austríaco Oliver Marach e acabou eliminado no segundo (oitavos-de-final) por Frederico Gil, contemplado com ―wild card‖. Após o ciclo vitorioso em Espanha, Sousa inscreveu-se em dois torneios de categoria ―Challenger‖ em Itália (não superou a fase prévia

vilha, em Espanha, obteve os registos mais altos em provas do circuito ATP Challenger: os quartos-de-final. Sousa repetiu a mesma fase no ITF Futures de Santander e Córdoba. Também em território espanhol, foi vice-campeão em Martos. Na estreia no ATP World Tour VASCO MENSURADO/FREDERICO SILVA: cam250 além fronpeões europeus e vencedores no Orange Bowl teiras, fechou a época nos ―qualifyings‖ de em Reggio Emilia e em Turim), e, Estocolmo (três rondas), na Suécia, depois de vencer um encontro na e de Montpellier (duas), em França, e abriu boas perspectivas para este Taça Davis (aplicou 6-1 e 6-0 ao cipriota Eleftherios Christou), regresano. sou a solo italiano, para atingir as meias-finais no ITF Futures Fano, de 15.000 dólares. MENSURADO/SILVA/ No “Challenger” italiano de RecaROCHA/PER EIRA/KOEHLER nati, foi travado na segunda ronda por Leonardo Tavares, com quem Vasco Mensurado e Frederico Silva disputou a final de pares de Tampeformaram a dupla perfeita no ano re, com a dupla portuguesa a venpassado. Em Julho, em Moscovo cer. (Rússia), conquistaram o título Apesar de não ter passado da europeu de sub-16 em pares e, em primeira ronda em singulares, João Dezembro, na Florida, nos EstaSousa saboreou o primeiro título em dos Unidos, somaram o triunfo no ―Challenger‖ na Finlândia. Em Istambul , na Turquia, após três êxitos na fase prévia, e em Se“Tennis Europe” promove Portugal a Nação B

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... Orange Bowl, o mais prestigiado torneio juvenil do Mundo. Numa final cem por cento portuguesa, inédito na prova norte-americana, Vasco Mensurado e Frederico Silva impuseram-se a Diogo Rocha e Rodolfo Pereira, por 7-5 e 6-2. Pela segunda vez, Portugal figura na galeria de vencedores da competição norte-americana, depois de Michelle Larcher de Brito ter vencido em singulares no escalão de sub18, em 2007, com apenas 14 anos.

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Par terceiro cabeça-de-série, Vasco Mensurado e Frederico Silva , que não foram além da terceira ronda em singulares, iniciaram o percurso vitorioso ao desembaraçarem-se da dupla sul-americana formada por Jonathan Gonzalez (Venezuela) e Guilherme Hadlich (Brasil), pelos parciais de 6-3 e 7-6 (2). Colocados na parte de baixo do quadro, a dupla constituída por Diogo Rocha (também não conseguiu chegar aos quartos-de-final na prova individual) e por Rodolfo Pereira (jogou “qualifying”) tiveram um início mais exigente frente ao colombiano Benitez Chavarriaga e ao equatoriano Martin Trapero. O encontro, disputado em três partidas, acabou por ter resultado favorável aos portugueses, por 4-6, 6–3 e 10-5. Na segunda ronda, Mensurado/ Silva ultrapassaram os norteamericanos Harrison Adams e Nikko

FREDERICO SILVA, campeão nacional de sub-16, alcançou a terceira posição no “ranking” mundial

Madregallego, pelos parciais de 7-6 (2) e 6-3, enquanto Pereira/Rocha também seguiram em frente, depois do triunfo frente aos igualmente estado-unidenses George Goldolf e Erik Nordahl, por 6-1 e 6-4. Nos quartos-de-final, Vasco Mensurado e Frederico Silva progrediram para as meias-finais, com o triunfo sobre os chilenos Jaime Galleguillos e Rodrigo Encinas, por 7-6 (4) e 7-5. Diogo Rocha e Rodolfo Pereira apenas actuaram no primeiro ―set‖, que venceram por 6-0, acabando por se tornarem semifinalistas após o abandono de Luca Corinteli (Estados Unidos) e Thien Nguyen Hoang (Vietname). Mensurado/Silva concluíram com 6-4 e 6-2 o encontro com os franceses Laurent Lokoli e Lukas Puille e Rocha/Pereira somaram outra vitória frente a Hugo di Feo (Canadá) e Gergory Garcia, com um duplo 6-3.

Estava confirmada uma final portuguesa no Orange Bowl, em Key Biscayne, com Diogo Rocha e Rodolfo Pereira a chegarem à vantagem por 5-2 na primeira partida. Contudo, Silva e Mensurado reagiram e fecharam o primeiro parcial a seu favor (7-5), para depois não permitirem grandes veleidades na segunda partida e fecharem o encontro com 6-2, com os surpreendentes Rocha e Pereira (excelentes prestações) como dignos vencidos.

A festa foi portuguesa e Vasco Mensurado e Frederico Silva juntaram o título em pares no escalão de sub-16 no Orange Bowl ao de campeões europeus, alcançado em finais de Julho, na Rússia, realizados em simultâneo com o Europeu de sub-18, em Klosters, na Suíça, em que se Maria João Koehler e Francisco Franco Dias atingiram as meias-finais e terminaram em terceiros. O ténis português voltou a brilhar nos dois europeus juvenis, em que Portugal esteve representado por 12 tenistas. (Os sub-14 estiveram em Pilzen, na República Checa, e Bernardo Lemos, José Maria Moya e Matilde Fernandes/Daniella Silva foram os que chegaram mais longe, inscrevendo o nome na terceira ronda.) Em Moscovo, Frederico Silva jo-

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... gou os quartos-finais em singulares e Mensurado ficou na ronda anterior, mas foi nos pares que os dois confirmaram as esperanças da comitiva portuguesa, liderada por Vítor Ferreira, na conquista de um título. É que a conquista do Europeu de cadetes em pares, em 2009, com Frederico Silva e Gonçalo Loureiro, abria perspectivas para a viagem ao leste europeu. E, pela primeira vez, Portugal conquistou um título em sub-16, num campeonato em que já teve um finalista em singulares, em 2006 — Gastão Elias. Uma competição por onde passaram nomes grandes do ténis mundial, como Boris Becker, Matts Willander e Stefan Edberg. Na final da variante de pares em Moscovo, Mensurado e Silva impuseram-se com 7-6(4) e 6-4 aos britânicos Luke Bambridge e Kyle Edmund, depois de terem conseguido seguir para o derradeiro encontro no ―super tie-break‖ das meias-finais frente aos italianos Napolitano/ Perinstili. 3-6, 6-2 e 10-5 foi o desfecho que apurou os portugueses. Logo no primeiro encontro apareceram as primeiras dificuldades, mas Vasco Mensurado e Frederico Silva desenvencilharam-se dos espanhóis Eduard Lobato/Perez Sanz, por 6-7(5), 7-6(7) e 10-7. Até às meias-finais, a dupla lusa afastou os romenos Alexandru Tabirca/Stefan Vinti (6-2 e 6-9) e os holandeses Max de Vroome/Mos

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MARIA JOÃO KOEHLER esteve por duas vezes a dois pontos da final do Europeu

Em Klosters, Maria João Koehler e Francisco Franco Dias estiveram a um passo da final do Europeu de sub-18 em Klosters (Suíça) A tenista do Porto chegou mesmo a estar por duas vezes a dois pontos da vitória na meia-final com a eslovaca Jana Cepelova (quinta pré -designada), que acabou por afastar a portuguesa por 5-7, 7-6(5) e 6-4. Antes, Koehler, isenta na primeira ronda, afastou Mari Mahoni (6-3 e 63, Denisa Allertova (“walkover”), Charlene Seateun (6-1 e 6-3) e Dijana Banovec (6-1 e 6-1). Francisco Dias — que, em Linz (Áustria), na preparação para o Europeu, venceu quatro opositores do ―top‖ 100 júnior (um dos quais 10.º e outro 38.º) — deixou Bernar-

FRANCISCO DIAS foi travado nas meias-finais em Klosters

do Mota impressionado, particularmente com a pancada de direita e o serviço forte do lisboeta. Com 6-1 e 6-4, o espanhol Andres Martinavarr travou Francisco Dias no Europeu na Suíça. Antes, o português venceu Julius Gotovskis, por 6-1 e 6-3; Mick Lescure, por 7-5 e 6-3; Jannick Lupescu, por 6-1 e 61; e Sam Barry, por 6-1, 6-7(4) e 64. Em Moscovo e em Klosters, o ténis juvenil português viveu momentos altos colectivamente. Individualmente, Frederico Silva, Vasco Mensurado, Francisco Dias e Diogo Rocha também preencheram páginas de glória no circuito internacional júnior.

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... Frederico Silva, campeão nacional de sub-16 em singulares e nos pares (com Vasco Mensurado), atingiu o terceiro posto na hierarquia da Tennis Europe. Presentemente, é sétimo, enquanto no ―ranking‖ júnior é o português mais bem cotado. O atleta treinado por Pedro Felner, que jogou em 2010 os primeiros torneios de sub-18 e actuou na primeira ronda do ―qualifying‖ do Estoril Open, é o 148.º no escalonamento, que, em 1985, foi liderado por João Cunha e Silva, depois de o lisboeta ter vencido o circuito sulamericano júnior. Frederico Gil apresenta como posição mais alta o décimo lugar em 2003. No circuito júnior, Frederico Silva, finalista no Mondial Paris Trophee Lagardere de sub-16 (Vasco Mensurado ficou às portas das meiasfinais), esteve nos quartos-de-final de singulares no Smash International Junior (Egipto) e em Tunes (Tunísia) e foi finalista em Bari (Turquia), em Vila do Conde e em Leiria. Venceu também em Enka (Turquia), após afastar Diogo Rocha nas meias-finais. Em pares, com Vasco Mensurado, venceu o Internacional de Leiria e, com Diogo Rocha, em Enka (Turquia). Atingiu as meias-finais de Yucatan (México), com Luke Bambridge, da Taça Diogo Nápoles (Porto), com Mensurado, e em Bari, com Diogo Rocha. O segundo português no ―ranking‖ júnior é Francisco Franco Dias. Na competição individual, o lis-

boeta teve como melhor resultado em 2010 os quartos-de-final, em Almere (Holanda), enquanto em pares, venceu o torneio Comunidad Valenciana (Espanha), com o belga Julien Cagnina. Os dois sagraram-se vicecampeões em La Horadada e Ribarroja del Turia, dois torneios disputados em Espanha. Em Novembro, Dias fez uma mini digressão pelo Brasil e jogou três ―Futu-

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res‖, conseguindo em Belo Horizonte e na Foz do Iguaçu chegar aos quartos-de-final, em duas semanas consecutivas. Deste modo, fechou a época com chave de ouro, com os melhores registos no ITF Futures. Mensurado terminou em 194.º no ―ranking‖ mundial júnior e 18.º no de sub-16 da Tennis Europe. Conquistou o título de singulares no Smash International Júnior (Egipto) , concluindo uma série de oito encontros consecutivos, desde a fase de qualificação. Em França, em Saint-Cyprien, e em Vila do Conde, atingiu os quartos-de-final. Na variante de pares, com Frecerico Silva, venceu Leiria, e foi semifinalista na Taça Diogo Nápoles e em Marrocos, ao lado do tunisino Moez Chargui. Diogo Rocha, 269.º na tabela mundial em juniores, foi finalista em Israel e semifinalista na Turquia e no México.

DIOGO ROCHA: terceiro júnior luso

Em pares, venceu Enk a (Turquia), com Frederico Silva, e em Andorra-a-Velha (Andorra), com Francisco Ramos. Com o primeiro, atingiu as meias-finais em Bari (Itália) e, com este último, jogou as meias-finais em Saint-Cyprien. A fazer par com Henrique Costa, Diogo Rocha cedeu apenas na final do torneio Saadia Rees (Israel) e foi arredado nas meias-finais no Casablanca San Angel (Marrocos).

SELECÇÃO MASCULINA

A selecção masculina garantiu o regresso ao Grupo I da zona euro -africana da Taça Davis, três anos depois da última presença. Três triunfos nos encontros realizados na Maia (Dinamarca) e no Jamor (Chipre e Bósnia e Herzegovina) elevaram para quatro as vitórias

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... consecutivas da equipa portuguesa na mais importante competição de ténis entre nações. Nunca antes Portugal logrou somar quatro triunfos seguidos na Taça Davis: em 2009, na Argélia, triunfou por 5-0 e garantiu a permanência no Grupo II; em 2010, venceu os três confrontos em casa com Dinamarca, Chipre e Bósnia e Herzegovina, num percurso que levou a equipa de Cordeiro ao Grupo I. A última participação de Portugal no Grupo I datava de 2007, já com Pedro Cordeiro como timoneiro de uma nau que, em solo nacional, apresenta-se como invencível desde que o portuense assumiu os destinos da selecção masculina (também é responsável pela feminina, que, em 2010, não conseguiu evitar a despromoção no torneio do Grupo I organizado pela federação, na nave do CAR do Jamor). A série de quatro vitórias consecutivas em casa foi iniciada na recepção ao Chipre, na Foz, no Porto, em 2008, com Portugal a vencer por 5-0. Na Taça Davis 2010, o colectivo português, com Frederico Gil, Rui Machado, Leonardo Tavares e Pedro Sousa, desembaraçou-se da Dinamarca, por 4-1, no Complexo de Ténis da Maia. Portugal perfilava-se como candidato à passagem ao Grupo I e, na segunda eliminatória, tinha pela frente o Chipre, novamente sem Marcos Baghdatis, finalista do Open da Austrália em 2006. No mítico “Central” do Jamor, a selecção de Pedro Cordeiro impôsse com autoridade por 5-0, com Frederico Gil a igualar o histórico Alfredo Vaz Pinto no número de encontros realizados na Taça Davis (35) e Leonardo Tavares a superar o registo de José Vilela, antigo

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A SELECÇÃO NACIONAL somou quatro vitórias seguidas na Taça Davis (três em casa) , um feito inédito no ténis português

―capitão‖ de Portugal, na vertente de pares (27 contra 26). João Cunha e Silva continua a ser o que mais eliminatórias realizou (30 contra 27 de Nuno Marques) e é detentor do registo máximo de encontros de um português (77, com Marques a registar 58). O Complexo Desportivo do Jamor voltou a acolher uma eliminatória dos portugueses na Taça Davis, na ronda decisiva com a Bósnia e Herzegovina, que não apresentava qualquer jogador no ―top‖ 300. Gil deu a vantagem a Portugal, mas o bósnio Aldin Setkic encerrou o primeiro dia com um triunfo sobre Machado no segundo embate de singulares, igualando a eliminatória (1-1). Gil e Tavares voltaram a dar vantagem a Portugal no encontro em pares, colocando a selecção nacional a uma vitória da promoção ao Grupo I. No terceiro e último dia do confronto entre portugueses e bósnios, Frederico Gil superiorizou-se no ter-

ceiro encontro de singulares e Portugal fez a festa, mesmo com o desaire de João Sousa no derradeiro compromisso. A selecção nacional afirmava-se e garantia a promoção ao Grupo I na 90.ª participação na Taça Davis. Em 2011, Portugal recebe a Eslováquia e, caso vença em casa, no Jamor, poderá ter como adversária a Suíça de Roger Federer, despromovida do Grupo Mundial em 2010.

MARIANA ALVES O ano passado foi recheado de mais sucessos no ténis português. Na arbitragem, em que Carlos Ramos continua a ser reconhecido como um dos melhores árbitros do Mundo, Mariana Alves destacou-se, não só pelo facto de ter estado presente na final de Wimbledon entre

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... a norte-americana Serena Williams e a russa Vera Zvonareva, com triunfo da irmã mais nova de Venus Williams na terceira prova do ―Grand Slam‖ do ano. No final do ano passado, no ―meeting‖ da ITF, ATP e WTA, em Londres, foi atribuído a Mariana Alves a certificação ―Gold Badge‖ de juiz-árbitro. A portuguesa tornou-se na única senhora da arbitragem a juntar o ―Gold Badge‖ de juiz-árbitro ao de árbitro de cadeira. No Mundo, existem apenas seis senhoras certificadas pela ITF com ―Gold Badge‖, mas apenas Mariana Alves junta as duas vertentes. Num ano em que o Departamento de Formação da FPT organizou três cursos de arbitragem de nível 1 e quatro acções de reciclagem para árbitros em actividade, destacam-se ainda as certificações de Tomás Calmeiro (―White Badge‖), Marco Duarte (―White Badge‖) e Marco Romão (―Badge Bronze‖). TÉNIS FEMININO No ténis feminino, Michelle Larcher de Brito cumpriu o último ano com a limitação de participação em torneios imposta pela idade. Durante uma temporada que não foi bem conseguida, a portuguesa (210.ª WTA) apenas logrou três vitórias consecutivas, no ―qualifying‖ do Open dos Estados Unidos, mas a primeira ronda do quadro principal não lhe correu de feição e foi eliminada. Koehler e Magali de Lattre tiveram desempenhos positivos e subiram na tabela. A portuense terminou a época em 355.ª (505.ª em 2009 e 760.ª em

2008), com o melhor registo pessoalno ―ranking‖ WTA a ser obtido a 29 de Novembro de 2010, com a 353.ª posição. Foi finalista em Vale do Lobo, em Fevereiro, e em Maiorca, em Novembro, torneios de 10.000 dólares em prémios monetários, e semifinalista no Cairo, em Outubro, torneio egípcio de 25.000 dólares, enquanto em Junho atingiu os quartos-de-final em Campobasso, prova italiana também de 25.000 dólares. Em Outubro, em Madrid, e no mês seguinte, em Maiorca, repetiu a presença nos quartos-de-final. Na capital espanhola, a competição estava dotada de um ―prize money‖ de 50.000 dólares, enquanto na ilha balear distribuíram-se 10.000 dólares em prémios monetários. Magali de Lattre teve igualmente a melhor época de sempre desde que é profissional (2003), terminando em 372.ª, depois de ter fechado 2009 em 403.ª.

Com o 364.º (10/Julho/2006) como melhor registo no ―ranking‖ WTA, Magali somou dois triunfos em Montemor-o-Novo e em Alcobaça. Foi finalista em Istambul e semifinalista em: Fujairah (Emirados Árabes Unidos), Amarante, Gaziantep (Turquia), e Glasgow (Escócia). A atleta nascida em Lausana, na Suíça, jogou ainda os quartos-definal de Joanesburgo (África do Sul), Hatyai (Tailândia), Jounieh (Líbano), e Istambul (Turquia). O destaque do final de ano vai para Gastão Elias e Gonçalo Pereira, ambos pelas campanhas em ―Futures‖. Elias foi vice-campeão em Barueri, semifinalista em Porto Alegre e venceu em São Paulo, enquanto em S. José do Rio Preto e em Vaduz, no Liechtenstein, jogou os ―quartos‖. Gonçalo somou três quartos-definal , um em Vigo e os outros dois em Santiago do Chile.

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MARIANA ALVES foi árbitro de cadeira na final de Wimbledon de 2010


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O que foi feito... A 7 de Janeiro, no Palácio dos Aciprestes, em Linda-a-Velha, os órgãos sociais da Federação Portuguesa de Ténis (FPT) são empossados para um mandato de dois anos. Sufragado com a unanimidade dos votos dos delegados presentes na sessão magna eleitoral de 4 de Dezembro, José Corrêa de Sampaio sucede na presidência a José Maria Calheiros, que, durante dois anos, esteve à frente dos destinos da estrutura federativa. Foi um período de crescimento do ténis português, com as reformas necessárias e uma gestão em que foi feito “um rigoroso aproveitamento dos recursos disponíveis”, como sublinha. Espera-se que o exercício de 2010 feche com saldo positivo, em resultado da aplicação de disciplina e rigor na gestão financeira. José Corrêa de Sampaio, que regressa à presidência da FPT (desempenhou o cargo de 2005 a 2008), pretende “dar continuidade ao trabalho realizado nos dois últimos mandatos” e tem “objectivos ambiciosos”. No entanto, ressalva que a sua concretização só será possível “com trabalho, imaginação e, principalmente, com a solidariedade da gente do ténis, para conseguir levar a nau a bom porto”. É o passado e o futuro que Calheiros e Sampaio abordam nestas páginas, antes da passagem de testemunho.

— Na gestão da federação nos últimos dois anos, o que foi feito de mais importante? JOSÉ MARIA CALHEIROS — Desde a tomada de posse, em Abril de 2009, destacaria as seguintes prioridades prosseguidas e as principais acções adoptadas: - Aprovação e registo dos novos Estatutos da FPT, numa tarefa que envolveu a Direcção e todas as Associações

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JOSÉ MARIA CALHEIROS

Regionais e Representativas; - Estreitamento e consolidação de excelentes relações e estabelecimento de um clima de confiança e cooperação institucional com a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e com o IDP; - Estreitamento de relações com federações estrangeiras e entidades internacionais ligadas ao ténis; - Acompanhamento das nossas selecções nacionais e jogadores nas principais frentes em que estiveram envolvidos; - Organização, lançamento e consolidação do Centro de Alto Rendimento – CAR Ténis, promovendo a sustentabilidade e o desenvolvimento do ténis para níveis de desempenho mundial; - Promoção dos Programas de apoio à participação internacional dos nossos atletas mais jovens (ao nível individual e de selecções), permitindo um alargamento significativo da base de atletas abrangidos;

- Reorganização da estrutura interna da FPT tendo em conta as diferentes áreas de actividade, com a correspondente divisão de tarefas ao nível da Direcção; - Reorganização das áreas da Direcção Financeira e Contabilidade e agilização de processos e instrumentos de gestão; - Simplificação e agilização do

processo de resposta a solicitações dirigidas à estrutura federativa; - Racionalização e controlo de custos; - Acompanhamento e consolidação da actividade do Departamento de Formação; - Acompanhamento da actividade do Conselho de Arbitragem e prestação de colaboração adequada; - Consolidação do Programa Nacional de Detecção de Talentos (PNDT) e do Circuito Smashtour; - Estabelecimento de parcerias com um conjunto muito diversificado de entidades; - Organização, em Portugal, da Fed Cup e de três eliminatórias da Taça Davis; - Organização de vários campeonatos nacionais no Jamor, incluindo o Nacional Absoluto;

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... - Estabelecimento de parceria para a organização do Circuito FPT/School Eventos para o escalão sénior; - Melhoria das vantagens associadas ao cartão de federado; - Melhoria e desenvolvimento do portal do ténis; - Estabelecimento de contactos com os clubes e entidades com actividade no padel; - Criação de um departamento próprio na estrutura federativa para desenvolvimento do ténis de praia; - Elaboração e aprovação de vários regulamentos federativos. Durante o ano de 2010, realizámos em Portugal uma fase importante da Fed Cup – Grupo 1 - e três eliminatórias da Taça Davis. A organização destes eventos foi nacional e internacionalmente reconhecida. No caso da Fed Cup, terá sido uma das maiores organizações de sempre da FPT. — Portugal está mergulhado numa crise conjuntural. Como foi gerir a federação neste contexto? J.M.C. — Julgo que a crise, em Portugal, é mais do que conjuntural. Ainda assim, no ténis, em termos desportivos, os anos de 2009 e 2010 terão sido os melhores de sempre. É o resultado do trabalho de todas as entidades ligadas ao ténis. Estou certo que essa tendência vai continuar, porque as nossas camadas mais jovens dão garantias de futuro. Nunca, como nestes dois anos, houve tantos atletas nacionais a competir além fronteiras. Isso tornou-se

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JOSÉ MARIA CALHEIROS considera que 2009 e 2010 foram os melhores anos de sempre no ténis português

particularmente visível nos escalões juvenis, com um alargamento substancial da base de atletas abrangidos por apoios federativos (quer ao nível do CAR, quer nos programas das selecções nacionais. Julgo que foi feito um criterioso aproveitamento dos recursos disponíveis. Tivemos que tomar decisões difíceis, nem sempre bem compreendidas. Por exemplo, a decisão de não utilizar dinheiros públicos para atribuir prémios monetários no Nacional Absoluto ou a aplicação rigorosa dos critérios para atribuição de bolsas. São decisões que não agradam a todos. E isso também é compreensível. Mas fizemos o que tinha que ser feito, com disciplina, rigor e em obediência a critérios objectivos.

Em termos de contas, contamos terminar o ano de 2010 com um resultado positivo. Isso permitirá fechar este mandato sem resultados negativos o que, a confirmar-se, só foi possível com uma rigorosa disciplina financeira. — Foi eleito com 83 por cento dos votos das associações. Foi importante para o ténis e para a gestão da federação um clima de união? J.M.C. — Sempre senti da parte do movimento associativo um forte apoio. Todos ajudaram a criar um clima de confiança que permitiu, em pouco tempo, fazer

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... portivos e jornalistas. Nas suas estruturas, nos clubes, nas associações ou na estrutura central da Federação, todos estes agentes têm contribuído decisivamente para o desenvolvimento do ténis em Portugal. Julgo que é um movimento com sentido ascendente. Essa é a minha convicção. Este movimento precisa de continuar a ser incentivado e coordenado.

algumas reformas que tinham de ser feitas. A Federação de Ténis foi das primeiras a ver os seus novos estatutos homologados. Isso deve-se, sobretudo, ao bom senso e empenho manifestado pelos dirigentes das associações regionais e representativas. Procurei sempre transmitir a ideia, que corresponde a uma convicção pessoal, de que, no ténis, todos são precisos. Cada um pode dar o seu contributo. À Federação cabe mobilizar e conjugar essas vontades. — Em Portugal, aumentou significativamente o número de praticantes da modalidade, quer federados quer ocasionais. Que factores podem contribuir para continuar a tendência de crescimento? Uma maior exposição do ténis nos órgãos de Comunicação Social e os resultados dos tenistas alémfronteiras? J.M.C. — Isso é fruto de uma conjugação de vários factores. O aumento substancial do número de federados deve-se, em especial, ao trabalho feito ao nível das Associações e dos Clubes. O que nós fizemos foi sensibilizar os agentes do ténis para a importância do aumento do número de federados. Hoje, todos estão conscientes dessa relevância. Toda a família do ténis já percebeu que só tem a ganhar com esse crescimento.

CALHEIROS: “No ténis, todos são precisos”

— A despeito da crise, o ténis português teve o ano de ouro em 2010, depois de um 2009 excelente. O seu mandato coincidiu com este período. Como se explica a excelência do ténis português, particularmente em 2010? J.M.C. — Esses foram alguns dos bons resultados dos nossos jogadores. Mas houve muitos outros. Como já referi, o crescimento do ténis português é o resultado de um trabalho continuado de muitos agentes desportivos: jogadores, pais, técnicos e treinadores, formadores, dirigentes, árbitros, patrocinadores, organizadores de eventos des-

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— Desportivamente, qual foi a maior preocupação ou prioridade da gestão nestes dois

últimos anos? J.M.C. — O apoio às nossas selecções nacionais, onde estão os melhores jogadores, em conjugação com o lançamento e a consolidação do Centro de Alto Rendimento do Jamor, que foram duas das nossas prioridades. Outro aspecto importante foi a preocupação de alargar os incentivos à participação dos nossos melhores jogadores mais jovens em provas internacionais. Isso já nos deu excelentes resultados e vai dar muitos frutos no curto/médio prazo.


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… e o que vai ser feito — Na gestão da federação nos próximos dois anos, o que vai ser feito de mais importante? JOSÉ CORRÊA DE SAMPAIO — Existe um plano de actividades para 2011, aprovado em Assembleia Geral, que vamos procurar cumprir e que pretende dar continuidade ao trabalho realizado nos dois últimos mandatos. — Portugal está mergulhado numa crise conjuntural. Como será gerir a federação neste contexto? J.C.S. — Vai ser difícil porque os objectivos que pretendemos alcançar são, apesar de tudo, ambiciosos e exigem recursos financeiros que não são fáceis de garantir. Esperamos, em todo o caso, com trabalho, imaginação e, principalmente, com a solidariedade da gente do ténis, conseguir levar a nau a bom porto. — Foi eleito com a unanimidade dos votos das associações. É importante para o ténis e para a gestão da federação um clima de união? J.C.S. — É fundamental o envolvimento construtivo de todos os responsáveis do ténis nacional, sem o qual nunca será possível fazer crescer de forma sustentada a modalidade. Faço notar que o clima de união não pressupõe uma paz podre com ausência de crítica, mas antes uma

o número de praticantes continue a aumentar.

JOSÉ CORRÊA DE SAMPAIO

intervenção abalizada e em tempo útil que ajude a Direcção a tomar em cada momento as melhores decisões. — Em Portugal, aumentou significativamente o número de praticantes da modalidade, quer federados quer ocasionais. Que factores podem contribuir para continuar a tendência de crescimento? Uma maior exposição do ténis nos órgãos de Comunicação Social e os resultados dos tenistas além-fronteiras? J.C.S. — Uma maior visibilidade nos órgãos de Comunicação Social, alicerçada em bons resultados desportivos, será sempre um factor extremamente importante para que

— A despeito da crise, o ténis português teve o ano de ouro em 2010, depois de um 2009 excelente. A parte final do seu primeiro mandato (2007-2009) coincidiu com este período. Como se explica a excelência do ténis português, particularmente em 2010? É possível repetir essa excelência em 2011? J.C.S. — Os resultados não aparecem por acaso e são antes o corolário de uma estratégia iniciada com a concepção e lançamento do PNDT (Plano Nacional de Detecção de Talentos), complementada em termos de alta competição com a abertura do CAR no Jamor. Fundamental, também, a organização dos campeonatos nacionais para os escalões de sub-10 e sub-8, e a melhoria introduzida no currículo dos cursos de formação de técnicos. — Desportivamente, qual será a maior preocupação ou prioridade da gestão nos próximos dois anos? J.C.S. — Vamos procurar manter, senão melhorar, os bons resultados alcançados nos últimos anos, aumentando a base de recrutamento, apoiando e premiando os clubes que mais contribuírem para o desenvolvimento da competição.


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Manuais de Ténis na Escola A Federação Portuguesa de Ténis acaba de pôr on-line o seu ―Manual de Ténis na Escola‖ em www.tenis.pt no sítio do Desporto Escolar. No âmbito do protocolo assinado com a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) em 2007, e nomeadamente no que respeita à documentação de apoio à formação e actividade de Professores de Educação Física, acaba de ser publicado o ―Manual de Ténis na Escola‖, em suporte informático, cujo objectivo é contribuir para a introdução do Ténis como modalidade curricular e extra curricular, na Escola. Este Manual, com informação básica e de fácil leitura é a sequência normal de um outro, publicado há uns anos atrás, e agora também disponível on-line. “Manipulação de uma bola com uma raquete no jogo do Ténis‖, foi um tema dedicado às ―perícias e manipulações‖, no sentido de apoiar os Professores do Ensino Básico que quisessem servir-se do jogo do Ténis como forma de ajudar ao crescimento harmonioso dos jovens portugueses, provocando situações de manipulação, de mobilidade, de cooperação e de oposição tomando em consideração regras pré-estabelecidas. O Manual agora publicado introduz o Ténis nos escalões etários dos 2º e 3º Ciclos. Os conteúdos escolhidos são compatíveis com a progressão preconiza-

da pelo Ministério da Educação nos seus Manuais de Educação Física, e são sustentados pela Metodologia ―Play and Stay”, promovida pela Federação Internacional de Ténis. A recolha de informação, de diversos estudos já publicados, nomeadamente por autores portugueses, resulta numa ajuda preciosa e facilitadora da consulta, que é acompanhada por uma vasta colecção de fotografias. ´ O ―Manual de Ténis na Escola‖ está dividido em quatro partes. Uma primeira caracteriza o jogo do Ténis com uma abordagem à sua técnica e estratégia, uma segunda define a progressão do seu ensino no meio escolar, uma terceira escreve sobre o Ténis no Desporto Escolar com uma passagem sobre as regras base e finalmente uma quarta com informação sobre o Ténis em Cadeira de

Rodas, no sentido de apoiar os Professores de Educação Física que entenderem dar a conhecer a modalidade, a alunos portadores de limitações funcionais. Numa altura em que o Ténis é cada vez mais popular no meio escolar, e depois do trabalho feito no desenvolvimento do Regulamento Especifico do Ténis que suporta os Campeonatos Regionais e Nacionais, disputados pelo Desporto Escolar, a Federação, no cumprimento do protocolo assinado, aparece em boa hora com um trabalho que espera que sirva para ajudar a dar continuidade à divulgação do Ténis na Escola e a aumentar o nível técnico, de todos os alunos que escolheram a modalidade como seu desporto de eleição. ALFREDO LARANJINHA Federação Portuguesa de Ténis


Edição on line 2011

Janeiro Periodicidade: Bimestral

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