Notícias do ténis
EDIÇÃO ONLINE
JANEIRO 2014
FERNANDO CORREIA
Viagem ao topo do Mundo
A insustentável leveza do querer Editorial
Uma nova etapa não é mais do que delinear novos trilhos a percorrer. E é preciso idealizar, definir metas e objetivos. E sonhar.
O
final deste mês marca o regresso de Portugal ao Grupo I da zona euroafricana da Taça Davis. Quis o sorteio que o primeiro adversário da equipa portuguesa fosse a Eslovénia. Em Kranj, a alguns quilómetros da capital eslovena, Liubliana, Portugal apresenta-se para cumprir a primeira etapa, que, esperemos todos, leve a seleção ao Grupo Mundial. Será um percurso difícil — e este embate na Eslovénia é disso exemplo —, mas reúno a opinião de que o valor da nossa seleção dá garantias de que o desiderato pode concretizar-se. Parafraseando Alexandre Herculano, «o desejo mede os obstáculos, a vontade vence-os». E é essa insustentável leveza do querer que norteará Portugal nesta caminhada que, estou esperançado, possa levar-nos a superar o que Nuno Marques, João Cunha e Silva e Emanuel Couto conseguiram em setembro de 1994: disputar o «play-off» de promoção ao Grupo Mundial. Infelizmente, a Croácia de Goran Ivanisevic gorou os intentos lusos. Nuno Marques e Emanuel Couto voltam à seleção, não como jogadores. É um início de um novo ciclo na seleção portuguesa na Taça Davis: Marques como selecionador nacional e Couto na qua-
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
lidade de treinador. É uma aposta que, acredito, vai dar muitos frutos na Taça Davis. Uma nova etapa não é mais do que delinear novos trilhos a percorrer. E é preciso idealizar, definir metas e objetivos. E sonhar. A verdade é que queremos que esta etapa a iniciar em Kranj encerre uma nova oportunidade. Acredito que Portugal vai ultrapassar a Eslovénia, para defrontar Israel, em abril. E, após o verão, lá estaremos, no «play-off» de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis. Portugal tem qualidade para figurar entre a elite do ténis mundial a nível de seleções.
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FERNANDO CORREIA
João Sousa é o tenista mais bem cotado na seleção portuguea
Viagem ao topo do Mundo No regresso ao Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis, a seleção de Portugal visita a Eslovénia, para decidir a primeira eliminatória. O coletivo português, com Nuno Marques como «capitão» e Emanuel Couto na qualidade de treinador, viaja com o objetivo bem definido: iniciar com uma vitória o percurso até ao Grupo Mundial. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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De 31 de janeiro a 2 de fevereiro, a Eslovénia recebe Portugal, na primeira ronda da zona euro-africana da Taça Davis
O italiano Roberto Ranieri foi nomeado juiz árbitro do embate entre portugueses e eslovenos. A ITF escalou também o neo-zelandês Blaze Trifunovski para as funções de árbitro de cadeira
FERNANDO CORREIA
A
seleção de Portugal regressa ao Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis na Eslovénia. É o primeiro confronto das duas seleções na edição deste ano da mais importante competição entre nações do mundo. Para a equipa portuguesa, que estreia Nuno Marques como «capitão» e Emanuel Couto nas funções de treinador, só a vitória frente aos eslovenos interessa para concretizar o objetivo de atingir o Grupo Mundial. Em 98 eliminatórias na Taça Davis, disputadas desde 1925, Portugal esteve perto de juntar-se à elite mundial apenas por uma vez. Foi em setembro de 1994. Com José Vilela como «capitão», Nuno Marques, João Cunha e Silva e Emanuel Couto evoluíram frente à Croácia de Goran Ivanisevic, no Lawn Tennis Club da Foz, no Porto. Venceram os croatas por 4-0, deixando um sabor amargo nos portugueses, que, em quase uma centena de eliminatórias, atingiram um patamar inédito sem paralelo até aos dias de hoje. Em Kranj, a seleção, em que se estreia igualmente o fisioterapeuta Carlos Costa, terá uma missão difícil, apesar de a Eslovénia apresentar-se desfalcada de duas opções do «capitão» Blaz Trupej em 2013: Grega Zemlja (125.º
ATP, a 13 de janeiro) e Blaz Rola (185.º). Também ausente estará Aljaz Bedene, o número dois esloveno, posicionado em 104.º, que desde 2012 não compete na Taça Davis. Para a receção a Portugal, Trupej chamou o número um eslove-
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O confronto que opõe Portugal à Eslovénia é o segundo entre as duas nações na Taça Davis. O primeiro reporta-se a setembro de 2005, no CT Estoril, com a equipa de Pedro Cordeiro a vencer por 4-1 e a garantir a promoção ao Grupo I
Neste ano, Gastão Elias já atingiu as meias-finais de um «Challenger»
no e 99.º mundial, Blaz Kavcic e o 302.º, Janez Semraj, preenchendo com Mike Urbanija (588.º) e Tom Hocevar Desman (777.º) os lugares deixados vagos por Zemlja e Rola, que atuaram no derradeiro encontro do ano passado, que opôs a Eslovénia à África do Sul
Sul, na primeira eliminatória do «play-off». Os eslovenos triunfaram por 4-1 (Kavcic e Rola garantiram três pontos) e asseguraram a permanência no Grupo I. A Eslovénia compete no Grupo I desde 2011, depois de nove anos no II. A seleção do leste europeu
Portugal apresentou Frederico Gil, Rui Machado, Leonardo Tavares e Diogo Rocha (não atuou)
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Para a viagem ao pequeno país do leste europeu, o selecionador nacional da Taça Davis, Nuno Marques, convocou João Sousa, Gastão Elias, Rui Machado e Frederico Silva Emanuel Couto é o treinador de Portugal na Taça Davis e Carlos Costa o fisioterapeuta
nunca passou do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis. O «capitão» Nuno Marques voltou a convocar o mesmo quarteto que esteve na Moldávia, para assegurar o regresso de Portugal ao Grupo I, em setembro do ano
passado: João Sousa, Gastão Elias, Pedro Sousa e Rui Machado. Mas, depois da lesão de Pedro Sousa, num treino na véspera do confronto com Leonardo Tavares, na ronda inaugural do «Future» de
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Slam, estreia-se numa convocatória de Portugal na Taça Davis. No ano passado, em janeiro, Pedro Cordeiro chegou a escalá-lo com suplente para a receção ao Benim, mas o tenista das Caldas da Rainha foi submetido a uma operação a um joelho, com caráter preventivo.
Rui Machado é o tenista da convocatória para a Eslovénia com mais presenças na Taça Davis
Sunrise (Estados Unidos), o selecionador português teve de chamar Frederico Silva, mantendo João Domingues na qualidade de reserva. Frederico Silva, o único português com títulos em provas do
Percurso vitorioso. A seleção de Portugal não conhece o desaire desde que se apresentou na Eslováquia, em meados de setembro de 2012, para a decisão de permanência no Grupo I. O coletivo português, formado por João Sousa, Gastão Elias, Pedro Sousa e João Domingues, não conseguiu evitar o 3-1 favorável aos eslovenos e foi relegado para o Grupo II, em 2013. Na terra batida do CIF, Benim e Lituânia foram recebidos com dois triunfos incontestáveis de Portugal. O resultado de ambos os confrontos foi de 5-0. O terceiro e último adversário de Portugal no Grupo II foi a Moldávia, em Chisinau, em setembro. Gastão Elias permitiu a vantagem aos moldavos e João Sousa fechou o primeiro dia com um empate 1-1 na eliminatória. Os dois portugueses voltaram a atuar no Manejul de Atlética Usoa-
De entre os eleitos por Nuno Marques para o embate na Eslovénia, Rui Machado é o que soma mais presenças na Taça Davis. O algarvio disputou 23 eliminatórias, enquanto João Sousa contabiliza 12. Gastão Elias jogou oito e Frederico Silva pode estrear-se na Taça Davis. O português com mais presenças é João Cunha e Silva, com 30
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O vencedor deste embate entre portugueses e eslovenos vai defrontar Israel, em abril, na segunda ronda. A nação que vencer vai disputar o «play-off»de acesso ao Grupo Mundial. Quem ceder nesta primeira ronda, transita para a primeira de duas eliminatórias do «play-off» de permanência no Grupo I, em setembro
FERNANDO CORREIA
A Eslovénia vai perfilar os tenistas Blaz Kavcic (99.º ATP), Janez Semrajc (302.º), Mike Urbanija (588.º) e Tom Kocevar Desman (777.º)
Frederico Silva estreia-se na seleção de Portugal na Taça Davis
ra, de piso rápido, e terminaram vitoriosos o encontro em pares. Portugal partiu para o derradeiro dia do embate com a Moldávia com uma vantagem de 2-1, mas João Sousa não conseguiu o êxito no terceiro encontro de singulares, levando a que a decisão do confronto fosse transferida para o derradeiro despique individual. Rui Machado foi chamado para a decisão e não deixou os créditos por mãos alheias, fechando o encontro com um triunfo em três partidas e permitindo que Portugal lograsse a promoção ao Grupo I
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da Zona Europa/África da Taça Davis, em 2014. No ano passado, a Eslovénia cedeu na Polónia, por 3-2, na primeira ronda do Grupo I. Na primeira eliminatória do «play-off», o selecionado esloveno garantiu a presença no Grupo I com um triunfo frente à África do Sul, por 4 -1, em Liubliana. Desta vez não muito longe da capital eslovena, a equipa de Trupej recebe Portugal, que encontra pela segunda vez na Taça Davis. Na primeira, venceram os portugueses.
De volta a casa como «capitão» D.R.
O confronto entre Portugal e Eslovénia marca a estreia de Nuno Marques como «capitão» e o regresso do atual selecionador nacional da Taça Davis à seleção portuguesa. Em 2004, Nuno Marques trabalhou na seleção portuguesa, coadjuvando o selecionador nacional João Maio, que rendeu José Vilela. Marques e Maio cumpriram as eliminatórias com a Tunísia e a Sérvia e Montenegro. Portugal, com Bernardo Mota, Rui Machado, Leonardo Tavares e Frederico Gil, venceu em Tunes, por 3-2, e cedeu na Maia, por 5-0. Nuno Marques e João Maio demitiram-se dos cargos que exerciam a 26 de julho desse ano, uma semana depois do desaire frente aos sérvios e montenegrinos. Também Emanuel Couto, selecionador nacional de sub-18, em masculinos, vai estrear-se frente à Eslovénia na qualidade de treinador do coletivo de Portugal na Taça Davis.
Outra estreia em absoluto na seleção portuguesa na Taça Davis é a de Carlos Costa, fisioterapeuta com percurso de anos nos circuitos WTA e ATP, que já trabalhou com a ex-número um mundial Ana Ivanovic. Presentemente, Carlos Costa está a acompanhar o
tenista alemão Tommy Haas. Carlos Costa também integrará a seleção lusa na Fed Cup.
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Perguntas
&Respostas
— Onde se disputa a eliminatória Eslovénia-Portugal? — A eliminatória decorrerá em Kranj, cidade a 24 quilómetros a noroeste de Lubliana, capital da Eslovénia. O local do confronto é o Teniski Klub Triglav Kranj.
— Qual é o programa da eliminatória? — São cinco os encontros da eliminatória, repartidos por três dias. Na sexta-feira, as duas seleções jogam os primeiro e segundo encontros de singulares. No sábado, o segundo dia é reservado para o embate em pares. No domingo, disputam-se os quarto e quinto encontros individuais. — Quando se realiza o sorteio? — O sorteio da eliminatória realiza-se na quinta-feira, véspera do primeiro dia do confronto.
— A Eslovénia recebe Portugal em que piso? — A superfície escolhida pelos eslovenos é a dura. Portugal tem como piso preferido a terra batida.
— Cada encontro é disputada à melhor de quantos «sets»? — À melhor de cinco partidas. No domingo, os dois derradeiros encontros podem ser jogados à melhor de três partidas, caso a eliminatória esteja resolvida.
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DQuadro do Grupo I da zona euro-africana da Taça
Davis
2.ª ronda «play-off»
1.ª ronda «play-off»
1.ª ronda
2.ª ronda
12-14 setembro
12-14 setembro
31 janeiro/2 fevereiro
4-6 abril
24-26 outubro
Croácia (s) «bye»
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Croácia (s)
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Rússia (c)
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Polónia
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Israel (s) ____
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«bye»
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Portugal
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Eslovénia (c)
Nações vencedoras
Nações derrotadas
qualificadas
despromovidas
para o «play-off»
Ucrânia (c)
ao Grupo II em 2014
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do Grupo Mundial
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Roménia
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______________________
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Israel (s) *
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«bye»
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Suécia (s)
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Suécia (s)
_________
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Letónia
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*
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Eslováquia (c)
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«bye»
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Áustria (s) *
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Áustria (s)
(s) cabeça de série
(c) escolha de piso
* escolha de piso feita por sorteio
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A nova geografia
Play & Stay
Ao todo são 35 clubes Play & Stay certificados em 2014. A Associação de Ténis do Porto é a que reúne mais clubes (12), enquanto a AT Leiria apresenta dez e a AT Algarve sete. A AT Aveiro tem cinco clubes inscritos e a AT Lisboa apenas um
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D.R.
O
novo mapa de clubes Play & Stay de 2014 está definido. A rede é formada por 35 clubes, de norte a sul do país, mais sete do que os certificados pelo Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de Ténis no ano passado. A candidatura de cada um 35 dos clubes que vai aplicar a metodologia Play & Stay foi avaliada e certificada até finais de 2013, depois de comprovados todos os requisitos, entre os quais o de ter obrigatoriamente técnicos habilitados pela Federação Portuguesa de Ténis e um diretor técnico detentor de nível dois no mínimo. Implementado em 2012, o modelo de certificação de clubes Play & Stay da Federação Portuguesa de Ténis foi o primeiro no mundo e a ITF iniciou a preparação de um projeto baseado no programa de Portugal. O modelo português foi apresentado em finais de dezembro de 2012, em Londres, no Seminário ITF Play & Stay, no qual participaram centenas de nações, que revelaram surpresa pelo programa de certificação criado e desenvolvido pelo DdD, superintendido por Vítor Cabral, nomeado, em finais do ano passado, para o Comité de Treinadores da ITF. O Play & Stay é um programa validado pela ITF que está a ser
aplicado em Portugal desde 2007 e que consiste numa nova abordagem de ensino e aprendizagem do ténis reservada a crianças. A técnica é ensinada enquanto a criança joga e se diverte, exigindo do professor maior participação. Portugal — a 14.ª nação no mundo a atingir o Gold Standard ITF (escalão máximo na formação de treinadores) — foi dos primeiros países filiados na federação internacional de ténis a aderir ao Play & Stay.
Mapa de clubes de 2014 ___ ___
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AT PORTO
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AT AVEIRO AEJ Ténis Clube de Ténis Ovar Clube de Ténis de Águeda Clube de Ténis Paços Brandão Luso Ténis Clube ___
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ARC Sobrão Clube de Ténis de Ermesinde Ginásio Club Vilacondense Cabeceiras Ténis Atlântico Fafe Ténis Atlântico Lousada Ténis Atlântico Felgueiras Ténis Atlântico Lawn Tennis Club da Foz Clube de Ténis da Trofa Ténis Clube de Famalicão Open Village Sports Estrela e Vigorosa Sport
AT LEIRIA ___
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Clube de Ténis Caranguejeira Clube de Ténis de Santarém Clube Escola de Ténis de Leiria Clube Internacional de Ténis de Leiria Clube de Ténis de Porto de Mós UD Batalha Clube de Ténis do Pombal Clube de Ténis de Peniche CLAC Entroncamento Clube de Ténis de Tomar
AT LISBOA Clube de Ténis Paço do Lumiar
AT ALGARVE
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Clube Desportivo Quinta Raposeira Clube de Ténis de Faro Clube de Ténis de Loulé Clube de Ténis de Tavira Clube de Ténis Portimão e Rocha Clube de Ténis de Vilamoura Quinta da Balaia Ténis Clube
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FERNANDO CORREIA
Maria Tavares foi semifinalista no Nacional Absoluto com 15 anos
A força da Maria Tavares esteve arredada do circuito júnior mundial durante um ano
M
vontade
aria Tavares chegou a pensar não mais jogar ténis. Uma operação cirúrgica à coluna vertebral, realizada em finais de 2012, afastou-a da prática do ténis durante «seis meses», afetando-lhe grande parte da temporada de 2013. «Julguei que nunca mais poderia praticar desporto, porque a cirurgia era muito ’invasiva’», refe-
re Maria Tavares, submetida a intervenção cirúrgica no Hospital de Santo António, no Porto. A tenista apresentava «um desvio na coluna e, para corrigir, colocaram duas barras, uma de cada lado, presas com parafusos». Depois da operação, Maria Tavares, treinada por Ricardo Cortês, sentiu imensas saudades da prática do ténis. «O ténis fazia parte de uma roti-
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Surpresa no Absoluto. Maria Tavares só regressou às provas internacionais em agosto do ano passado, na Taça Diogo Nápoles, no Porto, em que, juntamente com a moldava Cristina Bucsa, foi travada nas meias-finais de pares por Inês Murta e Sofia Sualehé, que acabaram por se sagrarem vice-campeãs. Em setembro, Maria Tavares participou no Nacional Absoluto/
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diária e essa rotina foi alterada”, lembra Maria Tavares, que completa 17 anos em setembro deste ano. No longo período de recuperação, a tenista do Future Ténis Academy chegou a pensar que «estaria hipotecada a prática do ténis». Após a alta dada pelo médico, sem que tenha sido imposta quaisquer restrições à jovem, Maria Tavares, que se estreou no circuito profissional da ITF em Coimbra, em janeiro de 2012, retomou os treinos, com uma força de vontade assinalável. “Fiquei admirada no regresso aos treinos”, confessa, justificando: «Julguei ter perdido muito do meu ténis, mas, com a ajuda do meu treinador, recuperei rapidamente o tempo perdido.» Antes da operação e depois, Maria Tavares esteve sem competir em provas do circuito mundial júnior durante um ano. A última prova que realizou antes da cirurgia foi a Vila do Conde Junior Tennis Cup, em agosto de 2012,
/Taça Guilherme Pinto Basto pela primeira vez e logo com uma prestação surpreendente, a poucos dias de completar 16 anos: ultrapassou o «qualifying» e só parou nas meias-finais. Maria João Koehler, que somou o quinto título, quebrou-lhe o sonho da final.
A tenista do Future Ténis Academy admitiu não voltar ao ténis
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Uma aventura no País Basco
M
iguel Oliveira fez as malas no início de setembro do ano passado e viajou para Bilbao. O seu quotidiano é vivido no Real Club Jolaseta, em Getxo, perto da capital da comunidade autónoma do País Basco. É num dos primeiros clubes em Espanha a ter pistas de padel que o campeão nacional de 2013 (juntamente com Vasco Pascoal) se encontra para evoluir na modalidade como jogador e reunir conhecimentos e competências como monitor. «Como jogador, esta ida para Espanha é fundamental. Vivo sozinho, tenho de tratar da minha vida por mim e isso traz-me maturidade e responsabilidade. Oxalá consiga transportar essas qualidades para a pista de padel», refere Miguel Oliveira. Com 25 anos, Miguel Oliveira admite que radicou-se em Getxo com «o objetivo da profissionalização», mas, ressalva, «em vários sentidos». «Não escondo que, apesar da idade que tenho, desejo de querer competir como jogador e, no padel, a idade que tenho não é impedimento para começar. A carreira de jogador pode durar até aos 35 anos, como tal tenho essa ambição. Mas não só. Em Portugal, o padel está a crescer a um ritmo louco e tenho a convicção que, assim como em Espanha, o padel em Portugal vai ser uma modalida-
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Miguel Oliveira
de muita praticada, vão haver cada vez mais jogadores, mais clubes e vai ser preciso saber de padel. Saber de padel significa estudar, aprender com os melhores e, nesse sentido, achei que seria uma mais-valia ser monitor de padel no clube onde treino», explica. Miguel Oliveira acrescenta que, nesta aventura na província espanhola da Biscaia, está «a aprender técnicas, noções de jogo, exercícios e competências» que não se praticam em Portugal. «Iria demorar algum tempo a perceber por mim mesmo. Quero muito poder trazer para Portugal tudo aquilo que estou a aprender em Espanha», sublinha, reiterando «o grande objetivo» de reunir «um nível de capacidade como jogador
FOTOS DE FERNANDO CORREIA
Miguel Oliveira e Vasco Pascoal sagraram-se campeões nacionais de 2013 na Semana do Ténis & Padel
e monitor», para que contribuir para o padel possa «evoluir ainda mais» em Portugal. Até junho. Para já, Miguel Oliveira perspetiva a estada em Getxo no «mínimo até junho», porém a continuidade no Real Club Jolaseta, «um clube muito antigo em Espanha», dependerá de «possibilidades e vontades» quer
pessoais quer da coletividade em que está inserido. Um «bom contacto com o diretor técnico do clube», que «tem boas ligações em Portugal», esteve na base da admissão de Miguel Oliveira no Real Club Jolaseta. «Quando mostrei interesse, ele mostrou disponibilidade», refere, salientando que «Espanha é uma opção lógica». E explica: «É lá
Desde setembro de 2013 que Miguel Oliveira está vinculado ao Real Club Jolaseta
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FOTOS: FERNANDO CORREIA
Pagar as contas com aulas Miguel Oliveira, de 25 anos, vai continuar em Espanha até junho. Porém, a estada pode prolongar-se
Miguel Oliveira divide o dia nos treinos e como monitor no Real Club Jolaseta, para que possa «pagar as despesas e poder apreender cada vez mais» o desporto que gosta. «Dou aulas de padel, de aperfeiçoamento, competição
e a adultos», declara Miguel Oliveira, satisfeito com o facto de a sua aventura no País Basco «já fez com que muitos jogadores nacionais começassem a treinar mais e a levar mais a sério este desporto, o que é ótimo para subir o nível».
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que se pratica o melhor padel do mundo e onde se pode evoluir. Além disso, é muito perto do nosso país, o que facilita muito vir cá jogar torneios, visitar a família.» Sonho. Miguel Oliveira está ciente da «oportunidade» de poder evoluir em Getxo, onde pretende concretizar «o sonho de passar as rondas de qualificação e jogar um quadro principal no World Padel Tour (WPT)». «E uma realidade ainda distante», observa Miguel Oliveira, que, neste ano, prevê «fazer os torneios mais importantes em Portugal» e pretende «sobretudo apostar no circuito do País Basco» e também nas etapas do WPT. Apesar de considerar que «o nível do WPT está longe daquilo» que é o seu «nível e o dos portugueses», o jogador português entende que, com treino, é possível «chegar lá e competir de igual para igual com eles». «Acho que a grande diferença é o ritmo competitivo e, indo com frequência competir com eles, é natural que ‘se apanhe’ o ritmo e que se consiga ganhar jogos no nível mais elevado do padel», acrescenta. Com bons olhos. A viver uma realidade diferente em Espanha, Miguel Oliveira vê o padel em Por-
Miguel Oliveira e Vasco Pascoal entre os vice-campeões nacionais, João Roque e Diogo Rocha
tugal «com bons olhos», lembrando que, no ano passado, «houve um trabalho excelente» em prol da modalidade. «Claro que a realidade de Espanha não pode ser comparada à nossa, mas lembro que Portugal é o segundo país da Europa onde há mais praticantes de padel. E isso diz muito da força e projeção que o padel tem hoje em dia”, realça Miguel Oliveira, que, precisamente em Bilbao, em meados de novembro do ano passado, atingiu os quartos de final no Campeonato do Mundo, fazendo dupla com Vasco Pascoal.
Neste ano, Miguel Oliveira, que competiu em Madrid e Lisboa no WPT 2013, planeia «fazer os torneios mais importantes» em Portugal
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circuito nacional de ténis, que inclui o Campeonato Nacional, em cadeira de rodas inicia-se em Pombal, no segundo fim de semana de fevereiro. Será o regresso de uma modalidade que registou um aumento de participantes regulares em 2013 (cinco) e que terá um calendário com mais provas neste ano. O calendário deste ano ainda não está fechado, mas, como refere Joaquim Nunes, coordenador da modalidade da Federação Portuguesa de Ténis, «perspetiva-se um número de provas bem maior» comparativamente com o ano passado. Garantido está já o segundo torneio em Pombal, de 19 a 21 de setembro, e Joaquim Nunes recorda que o objetivo é o circuito nacional dispor de mais torneios por ano e fixa o «número ideal entre oito e dez provas». O máximo de provas de ténis em cadeira de rodas em Portugal foi registado em 2009, quando, rememora o coordenador da modalidade na Federação Portuguesa de Ténis, existia o núcleo do Clube de Ténis de São Miguel, em Ponta Delgada, no arquipélago dos Açores. No ano passado, foram seis as competições disputadas, incluindo o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini, integrado na Semana do Ténis & Padel, em setembro, no CT Estoril. A prova rainha do calendário, que se realiza desde 2004, distribuiu «prize money» (mil euros) pela primeira vez em 2013. Carlos Leitão, após um final improvável com João Sanona, conquistou o
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Um calendário
sexto título nacional, mantendo uma hegemonia iniciada em 2008, depois de quatro títulos consecutivos de Paulo Espírito Santo.
Prova internacional. Se um calendário de eventos preenchido proporciona mais competição, um torneio internacional permitiria um acréscimo «qualitativo», como destaca Joaquim Nunes.
mais gordo Carlos Leitão é o hexacampeão nacional. Na final do Campeonato Nacional/Taça Angelini, integrado na Semana do Ténis & Padel, em setembro do ano passado, Leitão venceu João Sanona
Carlos Leitão é o campeão nacional desde 2008
Apenas em 2009, em Ponta Delgada, realizou-se uma prova internacional de ténis em cadeira de rodas em Portugal e o coordenador da estrutura federativa revela que se está a desenvolver esforços para que seja possível agendar um torneio sob a égide da ITF no decorrer deste ano, em princípio «em finais de setembro».
«Temos a perspetiva de organizar uma prova internacional e estamos a organizar as coisas para que essa competição internacional aconteça logo a seguir ao Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas, em setembro”, adianta o coordenador do ténis em cadeira de rodas da Federação Portuguesa de Ténis.
Leitão venceu no ano passado o torneio em Pombal, que acolhe em 2013 a primeira prova do circuito nacional de ténis em cadeira de rodas, que inclui o Campeonato Nacional
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Póvoa de Varzim na rota do Tour
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m maio, o ITF Beach
Tennis Tour 2014, circuito mundial que começou a ser disputado em meados deste mês, no Brasil, visita a Póvoa de Varzim. Em dois fins de semana seguidos, o ténis de praia animará o areal da praia do Carvalhido, localizado a meio da avenida dos Banhos/ Passeio Alegre. Programado de 3 a 4 de maio, o Open Carvalhido, de nível quatro, será a primeira prova internacional neste ano na cidade poveira, que, uma vez mais, volta a acolher eventos internacionais de ténis de praia, organizados pelo Beach Tennis Explosion.
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O quadro principal em masculinos será reservado a 32 duplas, enquanto a grelha em femininos apenas metade. Nos pares mistos, a competição principal terá 24 pares. No fim de semana seguinte ao Open do Carvalhido, o areal receberá o Open Póvoa de Varzim 2014, inscrito no ITF Beach Tennis Tour com o nível dois. Neste torneio internacional serão distribuídos prémios monetários no valor de cinco mil euros. No calendário do ITF Beach Tennis Tour, que poderá sofrer alterações, apenas os torneios
MAXIMILIAN HAMM
Os italianos Emanuele Bianchedi e Gianluca Chirico venceram na Póvoa de Varzim no ano passado
ITF
Jorge Dias
ITF
de Schoelcher (Martinica) e Moule (Guadalupe) oferecem igualmente um «prize-money» de cinco mil dólares. O Open Póvoa de Varzim 2014 será disputado por 16 duplas no «qualifying» e 32 no quadro principal em masculinos. Em femininos, oito pares jogarão o acesso ao quadro principal, com 24 duplas. A fase prévia do torneio de pares mistos permitirá a competição a 16 pares e o quadro principal terá o dobro.
O ITF Beach Tennis Tour visita a Póvoa de Varzim em maio
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«Detesto perder» Duarte Vale
No ténis, quero atingir... o número um do “ranking” mundial.
15 anos
Depois de vencer um encontro… sinto que a tarefa está cumprida.
O sucesso significa… que todo o esforço aplicado compensa.
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ter sido campeão nacional de sub-12 e sub-14, juntamente com a presença na final do torneio da Maia, da Tennis Europe. E a maior tristeza no ténis... foi a derrota no Campeonato da Europa Equipas de 2013, em que falhámos o apuramento no terceiro «set» do par decisivo. Se eu mandasse no ténis... não mudava nada.
D.R.
Em Portugal, o ténis precisa de… mais jogadores que acreditem. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... o Tiago Cação.
O tenista do CT Setúbal, que integra um grupo de competição treinado por José Nunes, Emanuel Couto e Cláudio Cufré, fechou 2013 em 10.º no «ranking» de sub-14 da Tennis Europe
O ténis é... o que eu gosto mais de fazer.
Um bom treinador... são aqueles que tenho.
Jogo ténis… desde os cinco anos e procuro ser profissional.
O meu ídolo no ténis é atualmente... Juan Martin del Potro, juntamente com Rafael Nadal.
O que mais gosto no ténis... é a competição.
O meu torneio preferido é… Wimbledon.
O que mais detesto no ténis… é perder.
A minha superfície preferida é… piso rápido.
Para mim, treinar é... ficar cada vez mais próximo dos meus objetivos.
No meu saco, não dispenso… um belo lanche preparado pela minha mãe!
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A mesma ambição Opinião
«Hoje como no passado, constato que outra geração de ouro do ténis português personifica a mesma ambição»
L
embro-me como se fosse hoje: a possibilidade de Portugal ascender ao Grupo Mundial da Taça Davis, em setembro de 1994, criou uma onda de entusiasmo fantástica como nunca antes o ténis português havia experimentado É verdade que a magnífica receção de Portugal no Lawn Tennis Club da Foz à Croácia terminou favorável a Goran Ivanisevic & companhia, mas não se pense que a seleção de José Vilela, com Nuno Marques, João Cunha e Silva e Emanuel Couto, deixou de mostrar qualidade. Em setembro vão completar-se 20 anos sobre essa data história do ténis e, hoje como no passado, constato que outra geração de ouro do ténis português personifica a mesma ambição na partida para um percurso que tem como primeiro etapa a Eslovénia. Estou certo que Nuno Marques e Emanuel Couto — novamente juntos na seleção, o primeiro como selecionador nacional e o segundo como treinador — saberão alimentar a ambição de João Sousa, Gastão Elias, Pedro Sousa e Rui Machado, todos eles com uma experiência internacional tão ou mais do que as dos pupilos de José Vilela.
CARLOS FIGUEIREDO Jornalista
Por esses anos, a Nuno Marques, João Cunha e Silva e Emanuel Couto juntou-se Bernardo Mota e a verdade é que os denominados «quatro mosqueteiros» marcaram uma época. Acredito que os intérpretes contemporâneos também vão deixar bem marcada uma chancela que dignifique o ténis português. Se dúvidas houvessem, todos os recordes têm sido pulverizados nos últimos anos. Primeiro foi Frederico Gil que quebrou o máximo de Marques no «ranking» ATP, depois foi Rui Machado. Agora, a vez foi de João Sousa. Com a mesma ambição!
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