NT Janeiro 2019

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Notícias do ténis

FERNANDO CORREIA

EDIÇÃO ONLINE | JANEIRO 2019

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Acreditar!


A CONJUGAÇÃO PERFEITA warming up

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creditar! Que outro verbo pode ser utilizado? Nenhum outro, pois a classe do ténis português em qualquer latitude e longitude apenas poderá ter a conjugação perfeita do verbo acreditar. Portugal volta ao palco do mundo do ténis em fevereiro, para dois compromissos verdadeiramente importantes, um na Taça Davis — a seleção nacional joga pela terceira vez a inédita promoção ao Grupo Mundial da competição, que tem um novo formato a partir deste ano — e outro na Fed Cup. Na Taça Davis, a seleção nacional, com uma nova equipa técnica em que se deposita a mesma esperança de concretizar o sonho de chegar ao Grupo Mundial, visita o longínquo Cazaquistão, no único confronto do qualifying da Taça Davis Finais. Avança para o Grupo Mundial quem vencer em Astana, o que significa dizer que quem sorrir na capital cazaque marca presença em Madrid, de 18 a 24 de novembro, na Taça Davis Finais. Tal como em 1994, com a Croácia, e em 2017, frente à Alemanha, o desejo de Portugal no Cazaquistão é apenas um: vencer, para que se possa finalmente conseguir entrar no Grupo Mundial. Não é tarefa fácil ganhar o confronto na capital cazaque, mas também não é impossível, porque no desporto tudo é possível. Por isso, acreditamos que seja possível vencer, porque não só o nosso percurso na Taça Davis nos últimos meses atesta a qualidade de Portugal como o querer tanto aumenta a entrega e o entusiasmo dos jogadores de uma geração que colocou o ténis português num patamar elevado. Na Fed Cup, acreditamos também em Portugal, que tem como objetivo regressar ao Grupo I. O renovado ténis feminino em Portugal está a crescer, com jogadoras que estão a dar cartas em provas internacionais. Por essa razão, acreditar é o verbo, juntando-se ao engenho e à determinação. Acreditar é o verbo que vai levar Portugal à concretização dos seus sonhos! Os sonhos existem para que se tornem realidade.

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EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis


FERNANDO CORREIA

JOÃO SOUSA

Davis Cup

GONÇALO OLIVEIRA FOI O TENISTA PORTUGUÊS QUE JOGOU MAIS TORNEIOS NOS CIRCUITOS PROFISSIONAIS

PORTUGAL NO FRIO DO CAZAQUISTÃO EM 1 E 2 DE FEVEREIRO, PORTUGAL ATUA EM ASTANA NO CAZAQUISTÃO. O CENTRO NACIONAL DE TÉNIS, EM ASTANA, CAPITAL DO CAZAQUISTÃO, ONDE AS TEMPERATURAS DESCEM ABAIXO DE ZERO, A EQUIPA DE RUI MACHADO — ESTREIA COMO «CAPITÃO« - JOGA O ÚNICO ENCONTRO DA QUALIFICAÇÃO DA TAÇA DAVIS FINAIS. É A TERCEIRA VEZ QUE PORTUGAL ESTÁ ÀS PORTAS DO GRUPO MUNDIAL. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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GASTÃO ELIAS FESTEJA A VITÓRIA SOBRE A ÁFRICA DO SUL, EM OUTUBRO, NO CIF, DESPEJANDO CHAMPANHE SOBRE JOSÉ VILELA, ANTIGO SELECIONADOR NA TAÇA DAVIS

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seleção nacional regressa Davis em Astana, capital quistão. Em 1 e 2 de feve equipa portuguesa, na qu estreia Rui Machado com «capitão», discute com o selecionado cazaque o qualifying da Taça Davis Finais. É a terceira vez que Portugal tenta o acesso ao Grupo Mundial. A nação vencedora da eliminatória de dois dias no Centro Nacional de Ténis assegura a presença na Taça Davis Finais, em novembro, na Caixa Mágica, em Madrid. Rui Machado, que sucede a Nuno Marques

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FERNANDO CORREIA

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FERNANDO CORREIA

MILLENNIUM ESTORIL OPEN

como selecionador nacional na Taça Davis, admite que a visita de Portugal ao reduto do Cazaquistão «será uma eliminatória difícil». O «capitão» de Portugal considerou que o Cazaquistão é uma «equipa com muito bons registos quando joga em casa». Contudo, Machado revelou confiança, pois Portugal — com João Sousa (44.º ATP, em 14 de janeiro), Pedro Sousa (103.º), João Domingues (224.º) e Gastão Elias (245.º) — forma «uma equipa com muita qualidade». «Conhecendo todos os jogadores muito bem, sei que todos estão com muita vontade de fazer história», sublinhou o selecionador nacional na Taça Davis e coordenador técnico nacional. Para este embate no Cazaquistão, Rui Machado manteve o mesmo quarteto das anteriores cinco eliminatórias. Em 2018, João Sousa, Pedro Sousa, Gastão Elias e João Domingues estiveram na receção à África do Sul (vitória lusa, por 4-0), em outubro, e nas deslocações à Ucrânia (venceram os ucranianos, por 3-1), em setembro, e à Suécia (suecos triunfaram por 3-2), em abril. Em 2017, os quatro tenistas atuaram no Jamor, frente à Alemanha (êxito germânico, por 3-2), e no CIF perante a Ucrânia (4-1 a favor dos portugueses).

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«São os jogadores que considerámos as melhores opções para este desafio», justificou Rui Machado, acrescentando que «a maior garantia que este quarteto oferece é o seu comprometimento com a seleção nacional». O «capitão» de Portugal, que atuou na Taça Davis durante 13 anos [ver página 10], salientou que os quatro convocados para o Cazaquistão «estão sempre disponíveis para representar o país e dar o seu melhor». Considerando que «os resultados atuais e da carreira falam por si» quando se alude «à qualidade dos jogadores», Rui Machado frisou que é uma

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NUNO BORGES GASTÃO ELIAS DISFOI CAMPEÃO PUTOUINDIVIDUAL TRÊS PEDRO SOUSA FINAIS EMINDIVIDUSETÚBAL UM DOS TENISTAS AIS, ÉNO CHALE ATP IDANHA-A-NOVA QUE INTEGRAM A LENGERE TOUR VICE-CAMPEÃO SELEÇÃO NACIONAL EM LISBOA PARA A VIAGEM AO LONGÍNQUO CAZAQUISTÃO

ARBITRAGEM Para o encontro que opõe Portugal ao Cazaquistão, na superfície dura do Centro Nacional de Ténis, em Astana, a ITF nomeou o alemão Norbert Peick para exercer as funções de juiz árbitro. O confronto do qualifying da Taça Davis Finais entre portugueses e cazaques terá como árbitros de cadeira a sueca Louise Azémar-Engzell e o francês Alexandre Robein.



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União. Machado revelou acreditar em Portugal, desejando que tenha «a pontinha de sorte que tem faltado em algumas eliminatórias fora de casa». O selecionador luso na Taça Davis referiu a necessidade de Portugal «ter uma equipa unida, toda a remar para o mesmo lado», para se vencer em Astana e, pela primeira vez, entrar no Grupo Mundial, na terceira tentativa, depois de1994 (com a Croácia) e 2017 (Alemanha). «Apesar de ser um desporto

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individual, o ambiente que se sente na equipa pode fazer a diferença», disse, referindo que «já se sabe com o que Portugal contará». Machado lembrou que a Federação Portuguesa de Ténis «enviou um delegado [José Santos Costa, responsável pelas relações internacionais da Federação Portuguesa de Ténis, ndr], para fazer visi-

ta técnica às condições», que «são boas», pelo que se vai conseguir «preparar a eliminatória da melhor maneira». Machado revelou acreditar no triunfo. «Sou ambicioso e gosto de desafios. E só quem jogou a Taça Davis é que consegue perceber como é especial».i Rui Machado vai

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formação «que oferece bastantes opções de escolha para a equipa técnica e isso é sempre um ponto a favor».

JOÃO DOMINGUES

PROGRAMA A eliminatória entre Portugal e Cazaquistão inicia-se às 14 horas locais de sexta-feira, 1 de fevereiro, 8 horas em Lisboa, com os dois primeiros encontros em singulares. No sábado, 2 de fevereiro, a partir das 12 horas em Astana, menos seis horas na capital portuguesa, cumpre-se o encontro em pares e os restantes dois encontros individuais que fecham o embate.


D.R. MILLENNIUM ESTORIL OPEN

Dois títulos. Gonçalo Oliveira esteve em sete finais em provas do ATP Challenger Tour realizadas nesta temporada, finalizadas com três títulos, dois alcançados no primeiro semestre (em Ostrava, na República Checa, e em Shymkent, no Cazaquistão) e um em novembro (Kobe, no Japão). No período de julho a novembro, Gonçalo Oliveira jogou quatro finais em pares, acabando por somar apenas o título em Kobe, ao lado do australiano Akira Santillan, num encontro com desfecho favorável ao japonês Go Soeda e o

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alemão Jan-Lennard Struff, por 6-2, 7-5 e 7-6 (5). No palmarés, Pedro Sousa adicionou o quinto título em singulares, o segundo no ano, depois da vitória na primeira edição do Challenger Braga Open. Em 2017, Pedro Sousa foi campeão individual nos torneios italianos de Como e Francavilla, enquanto o primeiro título no ATP Challenger Tour foi alcançado em Liberec, na República Checa. Em finais de outubro e inícios de novembro, Pedro Sousa volta a encontros de atribuição do título em singulares em duas semanas consecutivas, primeiro em Lima, capital do Peru, e, depois, em Guayaquil, no Equador. Em Lima, depois de eliminar João Domingues na segunda ronda, Pedro Sousa cedeu na final com Christian Garin. O chileno fechou com um duplo 6-4 favorável. Em Guayaquil, Pedro Sousa permitiu que o argentino Guido Andreozzi, quarto favorito, erguesse o troféu de vencedor, depois de 7-5, 1-6 e 6-4.

chinês Zhe Li, por 2-6, 6-4 e 1210. Gonçalo Oliveira tinha já sido vice-campeão em Banguecoque, na Tailândia, em janeiro, e terminou do mesmo modo nos Challengers de Bastad (Suécia), Sheveningen (Holanda) e Cassis (França), em julho. As finais na Suécia e na Holanda realizaram-se em semanas seguidas. Em Bastad, Gonçalo Oliveira e o checo Zdenek Kolar (parceiro em Banguecoque) não evitaram que o finlandês Harri Heliovaara e o suíço Henri Laaksonen fossem campeões, após 6-4 e 6-3, enquanto em Sheveningen

JOÃO MONTEIRO JOGOU A PRIMEIRA FINAL NO ATP CHALLENGER TOUR EM SEGÓVIA. AO LADO DO ARGENTINO MATIAS FRANCO DESCOTTE, O TENISTA PORTUGUÊS TERMINOU COMO VICE-CAMPEÃO


RESPONSABILIDADE E HONRA

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três rondas de igualar João Cunha e Silva, o tenista português com mais eliminatórias — 30. João Sousa contabiliza 25 eliminatórias na Taça Davis, mais cinco do que Gastão Elias, Fred Gil, Emanuel Couto e Leonardo Tavares.

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«encarar com muito profissionalismo» a estreia como «capitão» de Portugal na Taça Davis. «É, sem dúvida, uma grande responsabilidade ser ‘capitão’ na Taça Davis, mas, sobretudo, é uma honra poder continuar a fazer parte da seleção nacional e defender o nosso país da melhor maneira possível», afirmou o novo selecionador nacional na Taça Davis, que conta com Gonçalo Nicau como treinador e o fisioterapeuta Carlos Costa. Sustentando que o compromisso em Astana «é uma grande oportunidade para a equipa portuguesa» tentar atingir o Grupo Mundial, Machado disse estar preparado para a estreia logo na terceira vez que Portugal tenta concretizar um sonho de há muito. «Acredito que, com a qualidade da equipa portuguesa, podem surgir mais oportunidades, mas quero aproveitar esta», disse. Como jogador, Rui Machado esteve num total de 27 eliminatórias, desde 2003 a 2015. Tem o mesmo número de rondas de Nuno Marques. Ambos ficaram a

RUI MACHADO ESTÁ PREPARADO PARA A ESTREIA COMO «CAPITÃO» EM ASTANA


 JOFRE PORTAS, NUMA AÇÃO NO OPEN DA AUSTRÁLIA. O TREINADOR ESPANHOL VAI ESTAR EM VILAMOURA, EM DEZEMBRO

segundo set

FRED GIL CONTINUA A SOMAR TÍTULOS NO CIRCUITO PROFISSIONAL

DURANTE O ANO, FRED GIL FOI O TENISTA PORTUGUÊS QUE MAIS TÍTULOS CONTABILIZOU NOS TORNEIOS DA SÉRIE FUTURES

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foi consagrado campeão em singulares em Palmela e Idanha-a-Nova, títulos que juntou ao somado em janeiro, em Weston, nos Estados Unidos. No Sparks Tennis Park Palmela, em setembro, Fred Gil foi campeão na primeira de quatro finais individuais perante João Monteiro no ano. Gil começou por ceder o pri-

red Gil, que completou 33 anos em março, aumentou o número de títulos de campeão e vice-campeão nos torneios da série Futures. O tenista português que mais vezes foi campeão em provas dos circuitos profissionais ATP e ITF fechou o ano com mais onze conquistas, três em singulares e oito em pares. No segundo semestre, Fred Gil

PORTO OPEN

DUAS MÃOS CHEIAS DE TÍTULOS



O QUALIFYING PARA MADRID O qualifying da Taça Davis Finais, que se realiza em 1 e 2 de fevereiro, reúne 24 equipas. Apenas as doze vencedoras avançam para a Taça Davis Finais, de 18 a 24 de novembro, em Madrid.. As seleções apuradas no qualifying juntar-se-ão a Croácia, França, Espanha e Estados Unidos, semifinalistas no Grupo Mundial de 2018, e Argentina e Grã-Bretanha, FRED GIL contempladas com wild card para a primeira edição da Taça Davis Finais, CONTINUA A SOMAR que vai ser disputadaTÍTULOS por 18 nações. NO CIRCUITO PROFISSIONAL

ALEMANHA vs HUNGRIA

SUÍÇA vs RÚSSIA

Astana

Frankfurt

Biel

COLÔMBIA vs SUÉCIA

BRASIL vs BÉLGICA

ÁUSTRIA vs CHILE

Bogotá

Uberlândia

Salzsburgo

REP. CHECA vs HOLANDA

UZBEQUISTÃO vs SÉRVIA

ÍNDIA vs ITÁLIA

Ostrava

Tashkent

Calcutá

AUSTRÁLIA vs BÓSNIA/HERZ.

CHINA vs JAPÃO

ESLOVÁQUIA vs CANADÁ

Adelaide

Guangzhou

Bratislava

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CAZAQUISTÃO vs PORTUGAL

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PORTO OPEN

UMA QUESTÃO DE ORGULHO

Fed Cup

NO PRIMEIRO FIM DE SEMANA DE FEVEREIRO, PORTUGAL JOGA O TORNEIO DO GRUPO II DA FED CUP, NO LUXEMBURGO

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nal de Portugal na Fed Cup e também responsável pelo CAR Jogos Santa Casa no feminino. A «capitã» de Portugal convocou para o torneio no Luxemburgo quatro tenistas: Francisca Jorge (Clube de Ténis de Guimarães), bicampeã nacional absoluta; Ana Filipa

seleção nacional da Fed Cup estará na localidade de Esch-sur-Alzette, no Luxemburgo, para, de 6 a 9 de fevereiro, jogar o torneio do Grupo II da Zona Europa/África. Neuza Silva, selecionadora nacional na Fed Cup refere que «o objetivo da equipa é orgulhar-se em defender as cores de Portugal com seriedade e profissionalismo» na competição de quatro dias, em que estarão envolvidas oito seleções, entre as quais a Áustria, que, conjuntamente com o selecionado português, foi despromovida ao Grupo II no ano passado. Consciente de que «todas as outras equipas terão um leque forte de jogadoras», Neuza Silva sublinhou que espera uma boa prestação do coletivo português, com a ajuda de todas. «O fundamental para uma boa participação é a união da equipa. Peço sempre a todas as minhas jogadoras e equipas a máxima entrega e o máximo profissionalismo, seja na vitória ou na derrota», acrescentou a selecionadora nacio-

NEUZA SILVA ESPERA UMA BOA PRESTAÇÃO DE PORTUGAL NO TORNEIO DO GRUPO II NO LUXEMBURGO




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Europa/África da Fed Cup reporta-se a 2011. No ano anterior, a equipa portuguesa não conseguiu assegurar a permanência no torneio do Grupo I da Zona euro-africana da Fed Cup, que foi promovido pela Federação Portuguesa de Ténis pela primeira vez. O torneio decorreu na nave de courts cobertos do Jamor, onde funciona atualmente o CAR Jogos Santa Casa. A seleção de Portugal que atuará em Esch-sur-Alzette concentra-se na manhã de 30 deste mês, no Jamor, viajando para o Luxemburgo nesse mesmo dia.

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Santos (Clube de Ténis do Paço do Lumiar); Cláudia Cianci (CETO) e Maria Inês Fonte (Escola de Ténis da Maia). Com «uma equipa jovem, em renovação», Neuza Silva assumiu que se pretende «dar experiência a este leque de jogadores, para se poder voltar ao Grupo I um dia». Estreantes numa convocatória da Fed Cup, Ana Filipa Santos e Cláudia Cianci, ambas com 22 anos, juntam-se a Francisca Jorge e a Maria Inês Fonte, vice-campeã nacional absoluta, de 16 anos, A última vez que Portugal atuou no Grupo II da Zona

A EQUIPA PORTUGUESA QUE ESTEVE EM TALIN, NA ESTÓNIA, NO ANO PASSADO, PARA O TORNEIO DO GRUPO I. DA ESQUERDA PARA A DIREITA, MARIA INÊS FONTE, FRANCISCA JORGE, NEUZA SILVA, MARIA JOÃO KOEHLER E INÊS MURTA

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O INVERNO EM LOUSADA schedule

A WINTER CUP ESTÁ DE NOVO EM PORTUGAL. OITO SELEÇÕES, INCLUINDO A PORTUGUESA, VÃO ATUAR NO INDOOR

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missão da Associação de Ténis do Porto é a de trazer grandes provas para a região, pois os clubes ou não têm instalações ou recorrem a empresas para a organização dos eventos», refere António Paes de Faria. No ano passado, além de quatro torneios inseridos no circuito mundial de ténis de praia, a Associação

e 1 a 3 de fevereiro, Lousada recebe a qualificação da Winter Cup, em sub-16 femininos. É o terceiro ano consecutivo do evento no indoor do Lousada Ténis Atlântico, em superfície sintética. Oito seleções — Portugal, França, Israel, Itália, Luxemburgo, Sérvia, Eslovénia — vão discutir em Lousada a presença na fase final, de 15 a 17 do mesmo mês, em Brest (França). Apenas duas nações lograrão o apuramento. António Paes de Faria, presidente da Associação de Ténis do Porto, explica que a qualificação da Winter Cup em Lousada resulta de «uma estratégia», na qual a estrutura associativa está «sintonizada com a Federação Portuguesa e Ténis e os clubes». «É o terceiro ano que a Associação de Ténis do Porto organiza a qualificação da Winter Cup em Lousada, com apoio da Câmara Municipal de Lousada e da Federação Portuguesa de Ténis, duas peças fundamentais. É a prova que nos interessava fazer, por ser em femininos, e, por isso, decidimos apresentar candidatura. Temos know how para fazer provas e a


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meiro set, mas acabou a sorrir, com o título, após 3-6, 6-4 e 75. Na segunda final frente a João Monteiro, em Idanha-aNova, no primeiro domingo de outubro, Gil terminou a vencer com 6-2 e 7-5. No terceiro encontro, Gil abandonou em São Brás de Alportel, quando João Monteiro estava em vantagem por 6-2 e 4 -0. Na quarta final entre os dois, em Tavira, Gil consentiu 6-3 e 7 -6 (5) a João Monteiro. Nos pares, Gil e Monteiro foram à final da prova reservada a duplas da primeira edição do Palmela Open, inserido no calendário de Futures. Gil e Monteiro venceram a final, com os alemães Patrick Mayer e Niklas Schell, pelos parcelares de 3 -6, 6-3 e 10-3. Na semana seguinte, no Open Azeméis, de 25 mil dólares, Fred Gil e o guatemalteco Wilfredo Gonzalez necessitaram de jogar o match tie-break para ganharem o título. A dupla lusoguatemalteca venceu os australianos Adam Taylor e Jason Taylor, por 5-7, 6-4 e 10-5. No início de outubro, Fred Gil formou com Francisco Cabral o par campeão no Future Idanha-a-Nova POR F19. A dupla portuguesa, sem consentir um set nos quatro encontros, venceu com 7-6 (5) e 6-2 impostos ao espanhol Pedro Vives Marcos e ao brasileiro Filipe Brandão. No SBA Tennis Open, 0 21.º Future em Portugal neste ano, Gil foi campeão em pares pela quarta vez, formando dupla com o brasileiro Diego Matos. Gonçalo Falcão e Eduardo Dischinger (Brasil) lograram a vitória na segunda partida, mas Gil e Matos impuseram-se, por 7-6 (4), 2-6 e 11-9.

Na reta final deste ano, em Monastir, na Tunísia, Fred Gil juntou-se ao tunisino Aziz Dougaz para averbar o título de pares em 2018. O título foi conseguido, com 6-1 e 6-3 sobre os alemães Alexander Erler e Christian Hirschmueller. No último torneio do ano do tenista português, Fred Gil e Aziz Dougaz foram campeões em Monastir, na segunda semana consecutiva. No derradeiro encontro, o par luso-tunisino venceu o italiano Erik Crepaldi e o francês Hugo Voljacques, por 5 -7, 6-4 e 13-11. Estes títulos sucederam ao primeiro nesta temporada, com Gil a formar par com o francês Maxime Chazal, em janeiro, nos Estados Unidos, e ao segundo, em Vale do Lobo, com o tenista português ao lado do norteamericano John-Paul Fruttero.

GONÇALO FALCÃO FOI VICE-CAMPEÃO EM PARES NO BTA FUTURES III

RECORDE De fevereiro a outubro, Portugal organizou um total de 22 torneios da série Futures de norte a sul, quinze de 15 mil dólares de prize money e sete dotados de 25 mil dólares em prémios monetários. A estes Futures juntaram-se outras três provas do circuito profissional: o Millennium Estoril Open — a única prova portuguesa inscrita no ATP World Tour — e os Challengers Braga Open e Lisboa Belém Open. O número de provas da série Futures em Portugal no ano passado tinha-se fixado em 21, três provas apenas de 25 mil dólares.


LOUSADA TÉNIS ATLÂNTICO

PORTO OPEN

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buída anualmente», disse Paes de Faria, ressalvando a importância destas experiências no indoor de Lousada, com três courts. «Winter Cup foi uma porta de entrada importante para as competições internacionais com prize money. Os dois últimos anos permitiram-nos preparar condições para receber outras competições com mais exigência, com prize money», explicou. António Paes de Faria aludiu aos dois Lousada Indoor Open, «importantes por se tratarem de provas da fase de transição de júnior para sénior». Para este ano, a associação candidatou-se à organização de uma prova do circuito ITF Junior, em outubro. É uma das duas competições internacionais que a Federação Portuguesa de Ténis ganhou para realizar em Portugal, além de uma em sub-16.

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de Ténis do Porto promoveu a qualificação da Winter Cup pela segunda vez e estreou-se no calendário da ITF Women, com duas provas, Lousada Indoor Open I e Lousada Indoor Open II, cada uma com 15 mil dólares de prize, ambas com Francisca Jorge a terminar como campeã em singulares. A qualificação da Winter Cup de sub-16, em femininos, organizada pela primeira vez em 2017, iniciou «a estratégia da Associação de Ténis do Porto, pois foi a primeira prova internacional de ténis realizada em Lousada». «A organização correu bem e houve um grande feed-back, não só por parte de federações de países que estiveram cá como de selecionadores. Por isso, continuamos a organizar esta prova, cuja organização é atri-

VASCO COSTA LADEADO POR JOANA PANGAIO E INÊS FONTE E (À ESQUERDA) E LEONOR OLIVEIRA E MARIANA CAMPINO (À DIREITA)

PORTUGAL Para a qualificação da Winter Cup no indoor do Lousada Ténis Atlântico, Joana Pangaio, selecionadora nacional de sub-16, em femininos, convocou quatro tenistas: Inês Oliveira (Clube de Ténis do Paço do Lumiar), campeã nacional de sub-16; Matilde Jorge (Clube de Ténis de Guimarães), campeã nacional de sub-14; Mafalda Guedes (Escola de Ténis da Maia), vice-campeã nacional de sub-14; Mariana Campino (Clube de Ténis do Jamor).



PORTUGAL EM MELBOURNE A ARBITRAGEM PORTUGUESA VOLTA A ESTAR NO OPEN DA AUSTRÁLIA, A PRIMEIRA PROVA DO GRAND SLAM DO ANO

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referee

Open da Austrália está aí e a arbitragem portuguesa volta a marcar presença na primeira prova do Grand Slam do ano. Carlos Ramos, que arbitrou já finais nas quatro competições do Grand Slam — Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos — terá este ano a companhia de Catarina Amorim Silva. Em Melbourne, Carlos Ramos arbitrou já três finais de singulares masculinos do major australiano. Na primeira vez, em 2005, Carlos Ramos esteve na final entre o russo Marat Safin e o australiano Lleyton Hewitt. Safin conquistou o título. Três anos depois, o árbitro português arbitrou o encontro decisivo entre o sérvio Novak Djokovic e o francês Jo-Wilfried Tsonga. O sérvio ergueu o troféu de vencedor.

Em 2014, Carlos Ramos dirigiu a final do Open da Austrália entre o suíço Stan Wawrinka e o espanhol Rafael Nadal. O helvético somou o primeiro título em provas do Grand Slam.


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NUNO DEUS E BERNARDO SARAIVA FORAM CAMPEÕES EM PARES NO BTA FUTURES 3

trajeto imaculado, sem cedência de uma única partida, até à final, ganha pelos russos Alexander Igoshin e Evgenii Tiurnev, por 7-6 (12) e 6-3. O título acabou por surgir após o sucesso frente ao italiano Adelchi Virgili e ao qatari Mubarak Shannan Zayid, por 4-6, 6-3 e 13-11. Saraiva tomou-lhe o gosto e, logo na semana seguinte, com o russo Alexander Igoshin voltou a ser campeão em pares em Doha e a fechar a época com chave de

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Sete vezes campeão. Em 2018, Bernardo Saraiva somou menos um título em pares do que Fred Gil. Das sete vezes em que foi campeão neste ano, Bernardo Saraiva repartiu com Gonçalo Oliveira o título numa das duas finais que os dois portugueses jogaram em Doha, no Qatar, em duas semanas seguidas, no início de dezembro. No primeiro confronto que decidia o título no torneio em piso duro, Bernardo Saraiva e Gonçalo Oliveira tiveram um

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Ao todo, Gil, o tenista português que mais vezes foi campeão no circuito profissional, tem 40 títulos em pares, sendo que um foi alcançado no ATP World Tour, em Viña del Mar (Chile), em 2012, e sete no ATP Challenger Tour. De janeiro a dezembro, Fred Gil jogou doze finais e foi vicecampeão em cinco: em Naples, com o espanhol Jaume Palmalfeito, e Palm Coast, ao lado de Maxime Chazal, nos Estados Unidos, em janeiro; em Vilamoura, em parceria com o sulafricano Llyod Harros, em março; no Porto, com o austríaco Pichler, em julho; e em Monastir, conjuntamente com o brasileiro Diego Matos. No Porto Open, em julho, Gil e o austríaco David Pichler não conseguiram evitar que a dupla do Brasil formada por Orlando Luz e Felipe Meligeni Alves triunfasse, com os parciais de 7-5, 3-6 e 10-6. Na Tunísia, nos primeiros dias de dezembro, Fred Gil e Diego Matos fecharam na qualidade de vice-campeões, após 62, 6-7 (3) e 10-8 frente ao bielorrusso Ivan Liutarevich e ao ucraniano Vadym Ursu.

FREDERICO SILVA ESTEVE QUATRO MESES AFASTADO DA COMPETIÇÃO, DEVIDO A LESÃO. O REGRESSO AOS COURTS NÃO PODIA TER SIDO MELHOR



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wheelchair tennis

FRANCISCO AGUIAR, JOAQUIM NUNES E JOÃO SANONA, NO JAMOR, NO ANO PASSADO

AO TRABALHO NO JAMOR A SELEÇÃO NACIONAL DE TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS INICIA A TEMPORADA COM UM ESTÁGIO INTERMÉDIO

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Joaquim Nunes, coordenador de ténis em cadeira de rodas na Federação Portuguesa de Ténis, notou que este primeiro estágio «serve, basicamente, para iniciar a temporada e o trabalho de grupo, criar rotinas, com jogadores que não têm competido ultimamente».

ovamente no Jamor. Em 19 e 20 deste mês, a seleção nacional de ténis em cadeira de rodas realiza o primeiro estágio intermédio da temporada. Mais se sucederão, tal como no ano passado.

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março e, à semelhança do ano passado, será decisivo: no final, Joaquim Nunes anunciará o nome dos tenistas convocados para o Vilamoura Open e o Campeonato do Mundo — qualificação europeia.

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«Todos eles fizeram provas, entre as quais a última, o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Angelini Farmacêutica, em novembro, no Clube de Ténis do Porto. Agora, vamos recomeçar», acrescentou. O também selecionador nacional de ténis em cadeira de rodas convocou para este estágio Carlos Leitão (Clube de Ténis do Pombal), João Sanona (Clube de Ténis de Setúbal), Francisco Aguiar (Open Village Sports) e João Couceiro (Clube Nacional de Ginástica). «Este estágio tem essa novidade de introduzir João Couceiro no grupo de trabalho», frisou Joaquim Nunes, explicando que os dois estágios no Jamor permitirão também iniciar a preparação para o Vilamoura Open e o Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas — qualificação europeia, em março. Até à prova do circuito mundial da ITF e ao Campeonato do Mundo, a seleção nacional realizará mais dois estágios intermédios. Embora a data ainda não esteja completamente definida, o segundo estágio do ano deverá realizar-se no fim de semana de 9 e 10 de fevereiro. O seguinte está previsto para

CARLOS LEITÃO EM ESTÁGIO INTERMÉDIO REALIZADO NO ANO PASSADO. O VICE-CAMPEÃO NACIONAL VOLTA AO JAMOR NESTE MÊS


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O MUNDIAL EM RUSSO O CAMPEONATO DO MUNDO EQUIPAS DE TÉNIS DE PRAIA VOLTA À CAPITAL DA RÚSSIA, EM JULHO

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elo oitavo ano consecutivo, o Campeonato do Mundo Equipas em ténis de praia volta a realizar-se na Rússia, no início de julho, em Moscovo. A seleção nacional de ténis de praia voltará a estar presente no Campeonato do Mundo Equipas na capital russa, onde Portugal foi sexto na classificação geral em 2017. Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino, Pedro Maio e Henrique Freitas assinaram a melhor posição de Portugal no Mundial Equipas de ténis de praia, tendo sido a quarta melhor seleção europeia, depois de Itália, que se sagrou campeã do mundo, Rússia, que fechou em terceiro na classificação geral, e França, na quarta. Nesse ano de boa memória para o ténis de praia português, participaram um total de 24 seleções no quadro principal do Campeonato do Mundo Equipas de Moscovo, precedido de um qualify-

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ing, com um total de oito selecionados. No ano passado, o selecionado português, com Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino, Pedro

MANUELA CUNHA E ANA CATARINA ALEXANDRINO NA CAPITAL RUSSA

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a competir no Campeonato do Mundo Equipas de ténis de praia em 2015, ano em que se registou um número recorde de nações participantes — 28. Portugal encerrou a participação na 17.º posição da classificação geral. Um ano volvido, a representação portuguesa terminou o Mundial em equipas em 13.º na classificação geral. Neste evento de 2016, em que Paulo Cardoso exerceu as funções de juiz árbitro, participaram no Campeonato do Mundo Equipas na capital russa um total de 32 equipas, o que permitiu estabelecer um novo máximo, com mais quatro países do que se tinha registado na prova de 2015.

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Maio e Bruno Polónia, não conseguiram melhor do que a 14.ª posição na classificação geral nos campos de areia de Moscovo. Em 2012, na primeira edição do Campeonato do Mundo Equipas em Moscovo, a estreia da seleção portuguesa terminou com a obtenção da nona posição da classificação geral. Participaram neste evento um total de 15 países. No ano seguinte, Portugal ficou em 16.º, enquanto em 2014 a seleção nacional de ténis de praia melhorou o registo ao lograr o oitavo posto da classificação geral entre 24 representações. O coletivo português voltou

PEDRO MAIO E HENRIQUE FREITAS EM MOSCOVO, EM 2017. NESTE ANO, PORTUGAL CLASSIFICOU-SE EM SEXTO LUGAR, A MELHOR POSIÇÃO DE SEMPRE NO MUNDIAL EM EQUIPAS. A SELEÇÃO PORTUGUESA INTEGRAVA TAMBÉM ANA CATARINA ALEXANDRINO E MANUELA CUNHA

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flash-interview

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Gonçalo Nicau


«É A MINHA PAIXÃO» O TREINADOR DE PORTUGAL NA TAÇA DAVIS REVELA QUE GOSTA DA «COMPLEXIDADE DO TÉNIS»

O ténis é... um modo de vida. Estou no ténis porque… é a minha paixão. O que mais gosto no ténis é… a sua complexidade. O que mais detesto no ténis é… como na vida, a falta de humildade.

Enquanto treinador, tenho muitas alegrias, felizmente.. E a maior tristeza foi… perder precisamente esse encontro na Taça Davis, depois de cinco sets e seis match points a favor [em 2006, no Marrocos-Portugal, 2-3]. Enquanto treinador, ver o atleta do CAR Jogos Santa Casa Pedro Sousa a ponto de entrar no quadro principal de Roland Garros e acabar por perder. Se eu mandasse no ténis… continuava na linha atual de desenvolvimento, com muita atenção à formação e ao fomento no ténis feminino, principalmente.

Em Portugal, o ténis necessita de… uma ainda maior mudança de mentalidades.

Para mim, ser treinador de ténis é… ser capaz de adaptar os seus conhecimentos ao jovem/atleta que se tem pela frente.

Um tenista português ou uma tenista portuguesa no top 10 mundial seria… uma forma exponencial de afirmar e fomentar definitivamente a modalidade.

O sucesso significa… concretização de objetivos.

Um bom treinador é… o que se adapta a qualquer jogador.

No ténis, quero atingir… sucesso pessoal e profissional.

O meu ídolo no ténis atualmente… Federer, pela relação longevidade/qualidade e Nadal pela persistência, valor fundamental para quem queira ser profissional.

Depois de um encontro… enquanto treinador, procuro dissecar o jogo de imediato com o atleta. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… enquanto jogador, a primeira vez que ganhei um título internacional e quando joguei como titular na Taça Davis.

O meu torneio preferido é… Open da Austrália. Já estive nos quatro majors e este é o melhor. A minha superfície preferida é… piso rápido.

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G

onçalo Nicau, de 36 anos, é treinador há 11 anos. Atualmente, é o treinador responsável pelos tenistas profissionais do CAR Jogos Santa Casa e estreia-se este mês nas funções de treinador de Portugal na Taça Davis.

CARREIRA Gonçalo Nicau é o responsável técnico pelo CAR Jogos Santa Casa. É também o treinador da seleção nacional da Taça Davis. Juntamente com o «capitão» Rui Machado, vai estrear-se como técnico na Taça Davis em Astana, em fevereiro, frente ao Cazaquistão, no qualifying da Taça Davis Finais. Como tenista, estreou-se na Taça Davis em 2006, na ronda Luxembur go - Por tugal (vitória dos anfitriões, por 4-1). Nesse ano, conquista o título individual no ITF Futures Xativa (Espanha) e foi campeão em pares ao lado de Gil em Albufeira e com o espanhol Zeballos na localidade espanhola de Irun. Em 2007, Gonçalo Nicau, que foi 531.º no r anking A TP, averbou o título de pares no Future de Málaga (Espanha), em parceria com Rui Machado.

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