NT - julho 2013

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Notícias do ténis EDIÇÃO MENSAL ONLINE

JULHO 2013

FLORIN EISELE/AELTC

Michelle recorda Wimbledon

«Não achei que poderia vencer Sharapova» Michelle Larcher de Brito admite que não pensou ser possível vencer a russa Maria Sharapova na segunda ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon. A tenista portuguesa acabou por fechar o encontro com 6-3 e 6-4 e assinar a maior vitória na carreira e o maior feito do ténis português. Em entrevista a Notícias do Ténis, a tenista portuguesa recorda a participação na terceira prova do “Grand Slam” do ano, que lhe valeu a reentrada no “top” 100 mundial e a recuperação do estatuto de número um portuguesa. E fala do percurso em torneios do circuito ITF, da seleção portuguesa da Fed Cup e do pai, António Larcher de Brito, seu treinador. Nesta edição, retrospetiva-se também outras vitórias de tenistas portugueses em todo o Mundo no primeiro semestre do ano.


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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O maior «grito» do ténis português Michelle Larcher de Brito, com cometimentos fantásticos antes de atingir a maioridade, voltou a fazer história. No esplendor da relva do All England Club, a tenista portuguesa mais bem cotada de sempre e atual número um portuguesa atingiu a terceira ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon, no qual entrou após três encontros no “qualifying”. Sharapova, número um mundial em 2005, apresentava-se em Londres como a terceira tenista do Mundo com mais créditos. Também como campeã em Wimbledon há nove anos, finalista vencida em 2011 e, mais recentemente, vice-campeã em Roland Garros. Porém, Michelle (131.ª) não se intimidou e, com a mesma garra que se lhe reconhece como titular da seleção lusa na Fed Cup, voltou a demonstrar valor e tornou-se a primeira representante do ténis luso a vencer dois encontros no quadro principal de Wimbledon.

No mítico All England Club, entre morangos e “chantilly” num casamento perfeito e flutes de champanhe, Micaela Carolina, nome de batismo de Michelle, assinou o maior “grito” do ténis português. Sabe-se que, ultimamente, os resultados significativos não apareciam, mas Michelle Larcher de Brito nunca baixou os braços em sinal de derrota. E é esse exemplo que se retira desta jovem agora com 20 anos, que, desde os 15, começou a dar cartas entre a elite mundial. Há sete anos que abraçou o profissionalismo no ténis e esteve para abandonar quando tinha 16 anos, mas preferiu lutar em vez de desistir. Vale a pena citar um trecho do poema “Se”, do britânico Rudyard Kiliping, que figura num “placard” à entrada do “court” central do All England Club: “Se consegues num único passo arriscar tudo o que conquistaste num lançamento de cara ou coroa, perderes e recomeçares de novo sem nunca suspirares palavras da tua perda...”.

FERNANDO CORREIA

EDITORIAL

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

«Michelle Larcher de Brito, com cometimentos fantásticos antes de atingir a maioridade, voltou a fazer história»

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356

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«Terceira ronda de Wimbledon é muito especial» D.R.

Michelle Larcher de Brito eliminou Maria Sharapova na segunda ronda de Wimbledon, a maior vitória da carreira da portuguesa mais bem cotada de sempre e a maior proeza do ténis português. Em entrevista a Notícias do Ténis, Michelle Larcher de Brito recorda a participação no maior torneio do Mundo, no All England Club, em Londres. “Não achei que poderia vencer Sharapova na relva, porque é o campo favorito dela”, referiu Michelle, que sempre pensou “que iria ser um jogo difícil”. Acabou por vencer a russa em duas partidas, por 6-3 e 6-4, e avançar para a terceira ronda do quadro principal de singulares de Wimbledon, a terceira prova do “Grand Slam” do ano. Depois de Roland Garros, em 2009, Michelle Larcher de Brito, desde os nove anos radicada na Florida, nos Estados Unidos, repetiu em Wimbledon a presença numa terceira ronda de um “major”. Treinada pelo pai, António, a tenista disse ter “confiança absoluta“ no progenitor, aconselha as jovens que lhe querem seguir a pisadas a se divertirem e alerta para um percurso “duro” no ténis, mas compensador.

NOTÍCIAS DO TÉNIS — Qual foi o seu primeiro pensamento quando confirmou que teria Maria Sharapova como adversária? MICHELLE LARCHER DE BRITO — Pensei que iria ser um jogo difícil e que tinha de jogar o meu melhor ténis. — Pensou alguma vez que poderia vencer Sharapova? — Não achei que poderia vencer Sharapova na relva, porque é o campo favorito dela.

— Encarou com naturalidade o encontro com Maria Sharapova ou alterou alguma rotina antes de um embate por saber que ia defrontar uma antiga número um? — Vinha do “qualifying” e entrei no quadro principal. Fiz tudo muito bem até a segunda ronda e, por isso, não mudei nada. — Partiu para o encontro com Sharapova com confiança ou algu-

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ma preocupação especial, como ter consistência no fundo do “court”? — Eu só fiquei agressiva e joguei o meu jogo. — Depois de ter vencido o primeiro “set”, por 6-3, o que lhe passou pela cabeça? Que Sharapova ia reagir na segunda partida? — Eu estava muito concentrada no meu jogo com Sharapova, estava a correr muito bem! — Quando é que assumiu que podia ganhar a Maria Sharapova e avançar para a terceira ronda de Wimbledon? — Só quando ganhei o quinto “match point”! — Nos pontos finais da segunda partida, que venceu por 6-4, o que sentiu com o aproximar do triunfo? — Estava concentrada e nervosa ao mesmo tempo, porque, se perdia esse último jogo, iria ser muito difícil fazer o “break” no serviço dela. — Que sentimento lhe despertou a vitória sobre Sharapova e o facto de poder atingir a terceira ronda em Wimbledon? — Senti-me bem ter ganho a uma jogadora como a Sharapova. E estar na terceira ronda de Wimbledon é muito especial. — O que é que Sharapova lhe disse no final do encontro, quando se cumprimentaram junto à rede? — Ela só disse: “Bem jogado e boa sorte!” — Depois, sentiu pressão na terceira ronda por ter vencido Sharapova? — Sim, estava com um bocadinho de pressão. Acho que havia muitas expectativas. Mas eu aprendi também

FLÁVIO SANTOS

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LARCHER DE BRITO (na foto, durante um treino no torneio do Grupo I da Fed Cup, no CAR do Jamor, em 2010) refere que o percurso em torneios ITF foi proveitoso para levar sempre um jogo de cada vez. — Ultrapassou o “qualifying” e atingiu a terceira ronda. Era o torneio de Wimbledon que perspetivava fazer? — Não, porque a minha viagem para a Europa não começou muito bem e só quando passei o “qualifying” é que me senti muito melhor. — O que significa este triunfo para a sua carreira? — Foi muito bom ter ganho, mas eu apenas me senti mais confiante. E espero continuar a jogar bem.

— Com o feito em Wimbledon, voltou a entrar no “top” 100. Vai mudar a sua programação para a temporada, isto é, arriscar mais em torneios WTA? — Se o meu “ranking” permite jogar mais torneios WTA, claro que vou apostar jogar provas neste nível. — Em Wimbledon, voltou à ribalta. Como viveu os últimos anos, em que competiu mais em torneios ITF?

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... — Não foi uma situação ideal, mas era preciso. Mas com os torneios ITF aprendo muito e melhorei bastante. — É conhecida no circuito profissional pelos gritos na execução das pancadas, aliás, como outras tenistas, como Maria Sharapova. Isso preocupa-a? — Não me preocupa. — Voltou a entrar no “top” 100. Esperava nesta altura da temporada? — Eu nunca esperei nada. Sempre joguei um torneio cada vez e um jogo de cada vez. — Voltou a ser também a número um portuguesa, destronando Maria João Koehler. Era um dos seus objetivos recuperar esse estatuto? — Ser número um portuguesa não é o meu objectivo. Eu só estou a preocupar-me apenas com o meu “ranking” na WTA. — Quer melhorar o seu recorde no “ranking”, a 76.ª posição? — Claro que quero manter a posição em que me encontro [111.ª] e melhorá-la. — Na sua opinião, o que se poderá fazer para melhorar o ténis feminino em Portugal e, por exemplo, chegar mais longe na Fed Cup? — Claro que é possível! Nós estamos sempre a trabalhar para subir de escalão. — Como vê as entradas de novas tenistas na seleção?

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MICHELLE e PEDRO CORDEIRO, durante encontro da Fed Cup

«Tenho absoluta confiança no meu pai» — A ligação ao seu pai produziu finalmente frutos? — Eu tenho o máximo respeito pelo meu pai como treinador e tenho absoluta confiança que ele sabe o que eu preciso. Se preciso de dez horas para corrigir alguma parte do meu jogo, sei que ele vai estar lá. Não acredito que existe algum treinador neste Mundo que pode fazer o que o meu pai faz. — Como é que é ter o pai como técnico?

— É óptimo, porque o meu pai foi quem me ensinou a jogar ténis. Então, não há ninguém que sabe o meu jogo melhor do que ele. E ele foi o meu interesse primeiro e o resto é secundário. E eu sei que ele está lá porque ele quer, não porque está a ser pago como um treinador. — O pai é muito importante na sua carreira? — Sim, claro que é. Ele é divertido e sempre a gozar. Os meus pais são os melhores.

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FLORIN EISELE/AELTC

A menina prodígio Micaela Carolina Larcher de Brito nasceu em Lisboa, a 29 de janeiro de 1993. Filha de António Larcher de Brito e da sul-africana Caroline, tinha três anos quando se iniciou na prática do ténis. Michelle, nome que adotou, tinha nove anos quando jogou o Campeonato Nacional de sub-12 e conquistou o título. Ainda hoje é a mais jovem campeã nacional. Ainda com nove anos, Michelle Larcher de Brito viajou para os Estados Unidos, para a Florida, e ingressou na afamada academia de Nick Bolletieri, onde se formaram Pete Sampras, Venus Williams, Boris Becker, Marcelo Rios, Serena Williams e Maria Sharapova, entre muitos outros. Com apenas 14 anos, a portuguesa averbou o primeiro grande triunfo (ver página seguinte), ao eliminar Shauhnessy, na altura a 43.ª mundial. Foi no WTA Miami. Até 2009, assinou mais vitórias sobre tenistas do topo e logrou a presença numa terceira ronda de um “Grand Slam”, pela primeira vez para um representante do ténis português. Michelle acabou por ser travada em Roland Garros no terceiro encontro. Nesse mesmo ano, alcançou a melhor posição de sempre de uma portuguesa no “ranking” WTA — 76.ª. Depois, desceu no “ranking” e entrou numa fase de sombra, mas a menina prodígio, atualmente com 20 anos, voltou em Wimbledon.

MICHELLE LARCHER DE BRITO é a atual 111.ª mundial e tem como objetivo melhorar a posição na tabela mundial

... — Este ano, joguei a Fed Cup [em Israel, no torneio do Grupo I] com Bárbara, Margarida e Joana e conseguimo-nos manter no mesmo escalão. E isso mostra capacidade. — E como vê o facto de Ana Catarina Nogueira estar a trabalhar com Pedro Cordeiro, na seleção feminina portuguesa na Fed Cup? — Acho que Ana Catarina Noguei-

ra é uma boa adição à equipa portuguesa. — Nos Estados Unidos, continua a dividir o ténis com os estudos? — Já acabei a escola há três anos atrás. Essa parte não é uma preocupação. — Que conselho dá às jovens que se querem lançar no ténis? — As raparigas que se querem lançar no ténis têm de se divertir e adorar o que estão a fazer, porque é muito duro, mas, ao mesmo tempo, compensa.

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Triunfo sobre a elite 2007 WTA Miami

2008 WTA Miami

2008 WTA Montreal

2008 WTA Stanford

2009 Roland Garros

2012 Fed Cup

2013

43.ª

MEGHANN SHAUGHNESSY

Na primeira ronda de Miami, Michelle obteve a primeira vitória sobre uma jogadora do “top” 50. A portuguesa foi mais forte do que a norte-americana Shaughnessy em três partidas, com os parciais de 3-6, 6-2 e 7-6 (3). D.R.

Desde 2007, Michelle Larcher de Brito já eliminou sete tenistas de “top” mundial na sua carreira profissional. A russa Maria Sharapova, terceira no “ranking” WTA na altura do embate em Wimbledon com a portuguesa, foi a última a cair aos pés da tenista lusa e a primeira do “top” 10 e ex-número um mundial. Três tenistas que integravam as 20 primeiras da classificação na altura em que se encontraram com Michelle cederam frente à portuguesa. Duas delas — a polaca Agnieszka Radwanska e a italiana Flavia Penetta — foram superadas quando Michelle Larcher de Brito contava com apenas 15 anos e se encontrava no segundo ano de profissionalismo no ténis.

AGNIESZKA RADWANSKA

16.ª

Novamente em Miami, Michelle venceu a polaca Radwanska na segunda ronda, por 2-6, 6-3 e 7-5, e tornou-se na primeira portuguesa a atingir a terceira ronda de um torneio da categoria.

FLAVIA PENETTA

18.ª

Proveniente do “qualifying”, Michelle, na altura posicionada em 169.ª do “ranking” WTA, atingiu a terceira ronda após o êxito sobre a italiana Penetta, em três partidas, concluídas com os parcelares de 6-3, 0-6 e 6-3. GISELA DULKO

34.ª

Na eliminatória inaugural, a argentina Dulko foi ultrapassada com 7-5 e 7-6 (1). Na ronda dois, a “qualifier” Michelle “roubou” um “set” à norteamericana Serena Williams, por 6-4, mas cedeu nas seguintes, por 6-3 e 6-2. JIE ZHENG

15.ª

Duas partidas bastaram para Michelle superasse a chinesa Zheng, por 6-4 e 6-3. Pela primeira vez, representante do ténis português vencia dois encontros no quadro principal de singulares de uma prova do “Grand Slam”. SHAHAR PEER

37.ª

No segundo confronto com Israel, da segunda de três jornadas do Grupo C, Michelle Larcher de Brito venceu a israelita Peer, por 6-1 e 6-2. Com este triunfo, a seleção portuguesa igualou 1-1 e acabou por vencer por 2-1. MARIA SHARAPOVA

3.ª

A menina prodígio foi mais consistente do que a russa Sharapova, vencedora Wimbledon em Wimbledon em 2004. Michelle impôs-se por 6-3 e 6-4 no encontro da segunda ronda e amealhou mais de 60 mil euros. Nota: “Ranking” indicado correspondente à altura do encontro com Michelle Larcher de Brito


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KYLE EDMUND e FREDERICO SILVA venceram em Paris, na final de pares do torneio júnior, com os chilenos Garin e Jarry

Seis meses de êxitos De janeiro a junho, tenistas portugueses festejaram a conquista de títulos, individuais e em pares, em provas internacionais. O triunfo mais importante foi assinado por Frederico Silva, que, novamente ao lado do britânico Kyle Edmund, foi campeão em juniores na variante de pares em Roland Garros. Um título que junta à vitória noutra prova do “Grand Slam”, o Open dos Estados Unidos, conquistada no ano passado. Nestas oito páginas, recordam-se os campeões e os vice-campeões portugueses, masculinos e femininos, no primeiro semestre do ano, nos circuitos profissionais, de juniores e nos escalões juvenis.

Paris, 8 de junho. Em apenas 53 minutos, Frederico Silva e Kyle Edmund vencem os chilenos Christian Garin e Nicholas Jarry e conquistam o título do torneio de juniores em pares de Roland Garros. Pela segunda vez, Frederico Silva inscreveu o nome na galeria dos campeões em provas do “Grand Slam”. É o único português a somar títulos nos “majors”. Ao lado do britânico Edmund, Frederico Silva já tinha assinado a vitória no US Open, no ano passado. No último ano de júnior, Frederico Silva obteve outro título importante. Em maio, o tenista treinado por Pedro Felner desde os oito anos logrou a primeira vitória em singulares num torneio de categoria “Future”, em Monfortinho (Castelo Branco).

Num ano em que reservou a sua programação para torneios do circuito profissional sénior, apenas interrompido pelas participações nos torneios juniores do “Grand Slam”, Frederico Silva venceu o espanhol Ivan ArenasGualda na final do ITF Futures Monfortinho, por 6-4 e 7-6 (5), em duas horas e 10 minutos. O primeiro título em seniores — conquistado em Portugal, tal como primeiro ponto ATP, em Loulé, em 2011 — permitiu ao jovem natural das Caldas da Rainha ascender do 1.184.º lugar no “ranking” ATP para o 740.º posto. No circuito profissional da ITF, Pedro Sousa foi o primeiro português a somar um título nesta temporada.

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Todos os dias, o ténis português está à distância de um simples clique!

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... FERNANDO CORREIA

Em Plantation, nos Estados Unidos, Pedro Sousa arrecadou o título de pares, ao lado do croata Franco Skugor. Na final, os dois venceram, por 62 e 6-3, o português João Domingues, que cumpriu a primeira prova da temporada, e Hassan Ndayishiye, do Burundi. Pedro Sousa também esteve no derradeiro encontro em singulares, mas deixou fugir o título para o romeno Victor Crivoi, pelos parciais de 6-2 e 6-4.

À terceira é de vez Pedro Sousa voltou a jogar uma final de um “Future” em fevereiro. No entanto, o holandês Niels Desein foi mais forte do que o lisboeta, fechando o encontro que decidia o título em Vale do Lobo com 7-6 (3) e 6-2. Também na Vale do Lobo Tennis Academy, Pedro Sousa logrou atingir a final em pares, fazendo parceria com Gonçalo Falcão. A dupla portuguesa impôs-se aos espanhóis Arauzo-Martinez e Pulgar-Garcia, pelos parciais de 6-3 e 6-4. Na terceira final do ano em singulares, segunda consecutiva, Pedro Sousa acabou por sagrar-se vencedor em Loulé, em três partidas, concluídas com 5-7, 6-4 e 7-6 (3). Do outro lado da rede esteve Rui Machado, que tinha regressado à competição em Vale do Lobo, na semana anterior, após um longo período a recuperar de lesão num joelho. Antes da participação no Open dos Estados Unidos, no ano passado, Rui

PEDRO SOUSA arrecadou o título de pares em Plantation e foi vice-campeão em singulares

Machado, o único português com entrada direta no quadro principal de singulares, já apresentava queixas no joelho direito. Depois de eliminado na ronda inaugural pelo espanhol Fernando Verdasco, 25.º na hierarquia mundial na altura, Rui Machado ainda participou no “Challenger” de Sevilha, mas realizou apenas uma partida frente ao ucraniano Oleksandr Nedovyesov (venceu o primeiro parcial, por 7-5). O regresso à competição de Machado prometia — quartos de final em singulares em Vale do Lobo —,

porém foi Pedro Sousa a levar a melhor sobre o algarvio em Loulé.

Êxito na terra natal Na semana seguinte, Rui Machado voltou a disputar o título de singulares no terceiro torneio de 10 mil dólares no Algarve. Em Faro, terra natal do tenista português mais bem cotado de sempre, o algarvio encontrou o es-

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panhol Guillermo Olaso e superiorizou-se em duas partidas, a primeira com “tie-break”, pelos parcelares de 7-6 (3) e 6-2. Em junho, Rui Machado voltou a conquistar o título em embate com Olaso, por 6-2 e 6-0, no ITF Futures Cluj-Napoca, na Roménia. O português, de 29 anos, contabilizou o segundo triunfo em torneios no primeiro semestre deste ano e o 17.º da carreira.

Elias bisa no Brasil No ATP Challenger Tour, Gastão Elias somou o segundo título em torneios da categoria no Brasil, onde se encontra radicado há mais de três anos. A 14 de abril, o brasileiro Rogério Dutra da Silva eliminou o português nas meias-finais do “Challenger” de Itajaí, por 6-1 e 6-0, mas, sete dias depois, Gastão Elias vingou o desaire em Santos. Na final individual, Elias, na altura em 133.º no “ranking” ATP, venceu Rogério Dutra da Silva, o principal favorito ao triunfo no torneio paulista e 97.º no Mundo. O desfecho foi de 4 -6, 6-2 e 6-0 favorável ao português, que somou mais 80 pontos. Elias, treinado pelo brasileiro Jaime Oncins, foi campeão em singulares pela segunda vez no Brasil, depois de ter conquistado o “Challenger” de Rio de Janeiro, em outubro de 2012. João Sousa também contabilizou um título individual no ATP Challen-

Odesnik, por 3-6, 6-3 e 6-4, e somou o quarto título em singulares no ATP Challenger Tour, depois dos triunfos em Tampere e Mersin (2012) e Furth (2011).

Novas experiências

RUI MACHADO venceu em Faro

ger Tour, ao vencer novamente em Furth, na Alemanha, onde tinha obtido o primeiro título, em 2011. O tenista vimaranense desembarcou-se do norte-americano Wayne

Depois da presença na final de pares do ITF Futures Plantation, que Pedro Sousa e Skugor venceram, João Domingues repetiu a experiência em Villajoyosa, em Espanha, em março. No entanto, o tenista de Oliveira de Azeméis, treinado por Pedro Cordeiro, e o espanhol Salazar Martin não conseguiram evitar que Roca Batalla e Vivanco-Guzman, ambos de Espanha, inscrevessem o nome

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GASTÃO ELIAS voltou a vencer um “Challenger”, no Brasil

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na galeria dos campeões, após 6-0 e 6-3. João Domingues voltou a falhar o título na variante de duplas no ITF Futures Castelo Branco, o primeiro dos quatro torneios portugueses inscritos no circuito em maio. Juntamente com André Gaspar Murta, Domingues jogou a final com os espanhóis Roberto Ortega-Olmedo e Ricardo Villacorta-Alonso. O par luso não conseguir evitar 6-1 e 6-4 teve de se contentar com o título de vice-campeão na primeira edição da competição albicastrense. O torneio seguinte, em Coimbra, será um marco na carreira de João Domingues, campeão nacional absoluto em 2011, uma vez que o triunfo sorriu-lhe em singulares. Após ter eliminado Leonardo Tavares nas meias-finais, Domingues atuou na primeira final da sua carreira no circuito ITF em seniores, acabando por sagrar-se campeão de singulares. João Domingues necessitou de duas partidas, encerradas com os parciais de 7-6 (4) e 6-3, para rejubilar de alegria com o triunfo sobre o britânico Neil Pauffley. Em pares, o troféu de campeão foi atribuído igualmente a tenistas portugueses: Frederico Gil e Gonçalo Falcão. Frente aos espanhóis OrtegaOlmedo e Calos Boluda-Purkiss, o par Gil/Falcão registou um triunfo em dois “sets” com recurso a “tie-break”, conquistando o título depois de infligirem 7-6 (4) e 7-6 (7). Em início de junho, no “Future” de Guimarães, Leonardo Tavares voltou a viver a experiência de jogar uma final de singulares no circuito sénior

JOÃO SOUSA arrecadou em Furth mais um título individual em “Challenger”

profissional. A última que o portuense tinha disputado reportava-se ao início de agosto de 2010, quando foi vicecampeão no “Challenger” de Tampere, na Finlândia. No Open Village Sports, “Leo” e Jules Marie discutiram o título em três partidas, acabando o francês por ganhar o torneio vimaranense, após 6 -4, 3-6 e 6-4.

Três vezes Luz No circuito ITF Women, fez-se Luz por três vezes. De março a maio, Bárbara Luz contabilizou três títulos em singulares, dois em Hyderbad, na Índia, e o outro em Cantanhede. No torneio indiano, Bárbara Luz conquistou o primeiro título no circuito profissional feminino da ITF, após a final com Ankita Raina. A portuguesa

venceu em três “sets”, concluídos com os parcelares de 2-6, 6-3 e 6-1. Na semana seguinte, a tenista de Coimbra voltou a jogar o derradeiro encontro do ITF Women Hydebad com a indiana. Novamente em três partidas, Bárbara Luz repetiu o triunfo, com 4-6, 7-6 (5) e 7-6 (3), somando o segundo título individual no circuito. Em maio, no Cantanhede Ladies Open, Bárbara Luz inscreveu o nome na galeria de campeãs, tornando-se na segunda portuguesa a vencer o torneio, depois de Maria João Koehler ter conquistado a primeira edição da competição, realizada em 2009. Na final com a italiana Alice Balducci, sétima cabeça de série, Luz jogou

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também três partidas e acabou por ser bem sucedida. A terceira portuguesa mais bem cotada na hierarquia mundial ergueu o troféu destinada à campeã depois de 6-3, 2-6 e 7-5. Os êxitos de Luz refletiram-se na classificação mundial. A 17 de março, um dia depois de ter conquistado o primeiro título em singulares no ITF Women, a tenista do CETO estava em 952.ª e, em 31 do mesmo mês, já era a 664.ª. Somados os três títulos individuais alcançados em Hyderbad (dois) e em Cantanhede, Luz posicionava-se em 514.ª no “ranking” WTA na última atualização da tabela no primeiro semestre deste ano, a 23 de Junho. Em abril, outra presença de Bárbara Luz numa final, mas, desta feita, com a portuguesa a terminar como vicecampeã em pares o ITF Women Antalya, na Turquia. Juntamente com a brasileira Beatriz Haddad Maia, Luz cedeu ante as romenas Maria Bara e Diana Buzean, por 7-5 e 6-1, na final realizada no mesmo dia em que a portuguesa falhou o acesso à final de singulares, sendo afastada pela suíça Viktoria Golubic, por 6-3 e 6-1. Rita Vilaça disputou finais de

pares em duas semanas consecutivas. A fazer par com a suíça Tess Sugnaux, Vilaça venceu no Amarante Ladies Open, em junho, conquistando o primeiro título no exigente circuito profissional feminino. No ITF Women Guimarães, Rita Vilaça esteve perto de conseguir o segundo título, novamente com a parceria da suíça.

D.R.

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BÁRBARA LUZ jogou quatro finais de abril a maio e venceu três

Em abril, Vilaça atuou na final de pares de Torrent (Espanha), ao lado da brasileira Yasmine Guimarães e foram vice-campeãs. Sucessos juvenis Nos escalões juvenis, ao triunfo de Frederico Silva no torneio júnior de pares de Roland Garros adicionam-se outros êxitos de tenistas portugueses no primeiro semestre do ano, em provas sob a égide da ITF. No circuito ITF Junior, Inês Murta iniciou a temporada com o título de vice-campeã em pares, juntamente com a polaca Pyka Katarzyna. Foi em janeiro, na Magnolia Cup, na Polónia.

Nos primeiros dias de março, a tenista algarvia, que completou 16 anos em maio, consegue assinar o primeiro triunfo em singulares no circuito júnior, em Casablanca, em Marrocos. Na final com a russa Valentina Kulikova, Inês Murta fechou o encontro com uma vitória em três partidas, registada com os parcelares de 1-6, 6 -2 e 6-2. Na mesma prova, Murta alcançou as meias-finais em pares, com Sofia Sualehé como parceira. Na semana seguinte, igualmente em Marrocos, voltou a jogar o derradeiro encontro de singulares do RUC Tennis Junior Open, o primeiro torneio do ITF Junior no estrangeiro em que a jovem tenista portuguesa participou, em março de 2012, não tendo ido além da segunda ronda da fase de qualificação. A segunda participação da portuguesa na prova de Casablanca foi completamente diferente, com Inês Murta a vencer a competição individual, após 6-2 e 7-5 aplicados à marroquina Lina Qostal. A portuguesa manteve o bom momento de forma, atingindo as meias-finais em singulares e nos pares no Adam Bergman & Nataniel Piper ITF Junior, em Haifa, em Israel. Também Ivone Álvaro foi vicecampeã em pares, no Condor de Plata, em Laz Paz, capital da Bolívia. A portuguesa, radicada no Brasil, fez dupla com a brasileiro Luísa Rosa.

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Sucessos juvenis Nas provas inseridas na Tennis Europe, tenistas portugueses também somaram títulos de janeiro a Junho deste ano. No escalão de sub-12, quatro das cinco finais do torneio Braga Open, realizado em finais de março, tiveram tenistas portugueses na discussão do título. Em masculinos, Hugo Maia sagrouse vice-campeão em singulares, após ter cedido frente ao turco Aziz Helali, por 6-4, 4-6 e 7-6 (3). No quadro de consolação, André Rodeia também não conseguiu feste-

jar o triunfo no derradeiro encontro, permitindo que o jovem bielorrusso Fedar Tsimashkov fechasse com 4-1 e 5-4 (0). Igualmente no quadro de consolação, Maria Inês Fonte consentiu a vitória de Esther Bataille, de França, com duplo 4-2. Nos pares masculinos, a dupla Héber Adónis/Hugo Maia foram campeões na cidade bracarense, depois da desistência do ucraniano Semen Burlachenko e o alemão Nick Shoder antes do decisivo encontro. Algumas semanas depois, no Azores Open 12&Under 2013, em Ponta Delgada, três duplas portuguesas, duas em masculinos e uma em femininos, atingiram as finais do torneio, porém com sortes diferentes. Numa final cem por cento portuguesa, Manuel Gonçalves e Hugo Maia superaram Francisco Correia e Bernardo Vieira, pelos parciais de 6-2 e 6 -1. Em femininos, Rebeca Cordeiro Silva e Teresa van Zeller foram vicecampeãs, cedendo frente ao par russo Kardava/Makarova. Nos sub-14, em janeiro, no Les Petits As, em França, Marta Oliveira e a australiana Jaime Fourlis foram travadas na final na variante de pares por Catherine Cartan Bellis e Jaeda Daniel. Apesar da luta intensa no “match tie -break”, as norte-americanas venceram por 6-3, 2-6 e 11-9 e o par lusoaustraliano acabou como vicecampeão. Em fevereiro, João António e Duarte Vale jogaram a final do Kungens Kanna & Drottningens Pris, frente aos russos Philipp Klimov e Alexei Poyrin, acabando os tenistas lusos por encerrarem a participação no torneio realizado na capital sueca na condição de vice-campeões.

TENNIS EUROPE

Em finais de junho, a preparação para Wimbledon não podia ter sido mais bem sucedida para Frederico Silva, vitorioso no torneio de pares do Aegon Junior International Roehampton, em Londres. Desta feita a fazer dupla com o chileno Jarry, que venceu na final em Roland Garros, o português, natural das Caldas da Rainha, arrecadou mais um título, este na relva natural, a mesma superfície do “major” britânico, no qual atingiu as meias-finais, ao lado de Kyle Edmund. Igualmente a escassos dias do primeiro semestre do ano, Felipe Cunha e Silva e Francisco Guimarães regressaram de São Petersburgo como vice-campeões em pares da Governor Cup. Para o filho de João Cunha e Silva, a participação no evento russo revelou-se igualmente proveitosa em singulares, com o jovem tenista do CETO a ser travado no encontro das meias-finais. Já antes Felipe Cunha e Silva tinha estado nas meias-finais da etapa de Tunes do ITF/CAT North African Circuit. Em pares, ao lado de José Maria Moya, também foi semifinalista na capital tunisina e nos torneios de Tlemcen (Argélia) e Istambul (Turquia).

JOÃO ANTÓNIO: vice-campeão em singulares em Angra do Heroísmo

Na vigésima edição da Taça Internacional Maia Jovem, em março, Marta Oliveira foi campeã em pares, juntamente com a italiana Federica Bilardo. As duas tenistas venceram as russas Ekaterina Antropova e Natália Bultinskaya, pelos parciais de 6-4 e 76 (2). Duarte Vale jogou o derradeiro encontro em singulares, mas não conseguiu superiorizar-se ao britânico Max Stewart, que triunfou (6-2 e 6-1). Na competição de pares, Duarte Vale voltou a marcar presença numa final, desta feita ao lado de João António, semifinalista em singulares. A dupla Duarte Vale/João António foi vice-campeã. Ainda em março registaram-se dois triunfos lusos no 19 Lawn Tennis Club Tournament 14&Under, em Angra do Heroísmo. Novamente numa final entre portugueses, João António e Duarte Vale venceram Daniel Rodrigues e Afonso Vaz Viana, por 6-2 e 6-1. No último embate do quadro de consolação de singulares, também disputado por portugueses, João Graça levou a melhor sobre Martim Leote Prata, por 4-0 e 4-1.

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Vale mais vezes Duarte Vale regressou a uma final no mês de maio, na Stanley Cup Under 14, em Roma. Juntamente com o francês Dan Added, o português foi vice-campeão, com Alexei Poyrin (Austrália) e Samuele Ramazzotti (Itália) a conquistarem o título, com os parciais de 7-6 (3) e 6-3. Também em Itália, outra vez Vale, campeão em singulares e vicecampeão em pares no 26º Trofeo Lazzaritti Costruzioni. Na prova individual, Duarte Vale elevou o troféu de vencedor, após 6-4 e 6-3 aplicados ao canadiano Felix Auger Aliassime, enquanto em pares, com Daniel Rodrigues como parceiro, cedeu frente a Dan Added (França)

TENNIS EUROPE

Os êxitos portugueses no 19 Lawn Tennis Club Tournament 14&Under estenderam-se ainda aos singulares masculinos e aos pares femininos. João António defrontou o turco Kaya Gore e foi vice-campeão, depois de ter obrigado o primeiro cabeça de série em Angra do Heroísmo a três partidas (2-6, 6-3 e 6-4). A dupla formada por Patrícia Faia e Marta Oliveira também foi finalista vencida, após 6-1, 3-6 e 10-8 no confronto com as russas Antropova e Boltibskaya. Em abril, Diego Herrera também teve de se contentar com o troféu de vice-campeão em pares no Aegon Junior International Nottingham (Inglaterra). O português fez equipa com o japonês Rimpel Kawakami, ambos superados pelos britânicos Finn Bass e Alexander Carlos Parker, por 6-3 e 6-0.

MARTA OLIVEIRA conquistou o título individual em Portimão

e a Victor Krustev (Canadá), por 6-2 e 6-4. Não ficaram por aqui os sucessos de Duarte Vale em junho. No Vilamoura International U14, foi campeão em pares juntamente com João António (vitória sobre dupla irlandesa) e sagrou-se vice-campeão em singulares (cedeu diante do espanhol Franco), atingindo a final individual sem permitir qualquer partida aos adversários. Em femininos, vitórias lusas em singulares e nos pares na Vilamoura Tennis Academy: Marta Oliveira superiorizou-se à romena Denise-Antonela Stoica, por 5-7, 7-6 (4) e 6-1, e Francisca Jorge e Luísa Pelayo concluíram a final cem por cento portuguesa com 6-2 e 7-6 (3) sobre Patrícia Faia e Marta Oliveira. Esta última dupla conquistou o título no Portimão 2013 International Tournament U14, com um duplo 6-1 no

embate com as britânicas Donia Abdel-Aziz e Georgie Walker. Triunfo também em pares masculinos, com João António e Duarte Vale a imporem-se em mais uma final portuguesa a David Canavezes e Afonso Portugal, por 6-3 e 6-2. No torneio individual, Marta Oliveira jogou uma final pela segunda semana consecutiva e arrecadou o título de campeã, com um triunfo sobre a irlandesa Georgia Drummy, por 3-6, 6-3 e 6-2. João António voltou a disputar uma final em singulares, mas não foi além de 6-4 e 6-2 ante Lucas Franco, o espanhol que Duarte Vale também não vencera na final da prova de Vilamoura. Em Cadetes, António Sabugueiro conquistou o primeiro título de pares do ano no Focus Tennis Academy

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

D.R.

em torneios inseridos no calendário da Tennis Europe. Em maio, Salvador Bandeira contabilizou o segundo título em pares na temporada, em Israel, no Rafi Dorot Memorial 2. Com Ricardo Gomes, que alcançou as meias-finais em singulares, Bandeira venceu os suíços Coens e Vuckvic, por 7-5 e 7-6 (4). Cação em três finais

RICARDO GOMES e SALVADOR BANDEIRA com o técnico Nuno Mota: os jovens portugueses venceram torneio de pares em Israel

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Open, na Holanda, fazendo dupla com Berk Iliescu, no mesmo torneio em que Beatriz Rodrigues Bento e Inês Mesquita atingiram as meiasfinais em pares. Na final do torneio holandês do escalão de sub-16, realizado em março, o português, semifinalista em singulares, e o turco venceram o par constituído por Tom Floris Moonen e Dmitry Shatalin, por 6-4 e 7-6 (4). No mesmo mês, Sabugueiro voltou a vencer em pares, desta feita com Salvador Bandeira como parceiro. O par luso registou 6-3 e 6-2 frente ao arménio Mikayel Khachatryan e Andrey Landgraf, na final do Icelandic

Easter Open, em Kópavogur, na Islândia. Em junho, António Sabugueiro, submetido a uma operação ao coração em dezembro de 2012, esteve novamente numa final, desta vez numa competição individual. O jovem — que somou o primeiro ponto para o “ranking” ATP no ITF Futures Monfortinho, a 14 de maio — juntou ao seu palmarés o triunfo em singulares no Tirana Open U16, na Albânia. Com a vitória por 6-4 e 6-0 frente ao cipriota Costantinos Christoforov, Sabugueiro, treinado por Luís Ferreira, somou o terceiro título individual

Tiago Cação esteve em três finais de torneios do circuito de sub-16 da Tennis Europe ocorridos em junho. Depois das primeiras experiências no circuito profissional da ITF — jogou os “Futures” de Faro, Coimbra e Guimarães —, Tiago Cação obteve a “dobradinha” no TE Oslo HTK 2013, na Noruega. Em singulares, Cação foi campeão, ao vencer o norueguês Casper Rudd, o tenista mais bem cotado no torneio de Oslo, com um duplo 6-4. Na variante de pares, Tiago Cação associou-se a Martim Vilela. Os dois averbaram o título frente aos britânicos Jack Burkill e Jeremy Gschwendtner, pelos parcelares de 6-3 e 6-0. A terceira final de Tiago Cação neste primeiro semestre aconteceu em Itália, no Torneo Avvenire Milano. Com Geoffrey Blancaneaux, o português foi vice-campeão, após fechar sem sucesso o embate com Filip Grbic e Dusan Vukicevic. Os sérvios venceram com um duplo 6-4.

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

«O ténis é um orgulho» Pessoal

& transmissível

TENNIS EUROPE

Tiago Cação (na foto, à direita, ao lado de Martim Vilela) é um dos tenistas da Felner Academy. Nos primeiros seis meses deste ano, marcou presença em três finais em singulares e em pares e enriqueceu o seu palmarés com dois títulos (ver página 15). Nesta temporada, com apenas 15 anos, o jovem aventurou-se no circuito ITF Futures, iniciando com uma presença no “qualifying” em Vale do Lobo, evento que distribuiu 10 mil dólares em prémios monetários e no qual jogou a primeira ronda da fase prévia. Em Faro, no segundo torneio na categoria em que se inscreveu, atingiu a segunda eliminatória. Em Guimarães e Coimbra, torneios de 10 mil dólares cada, alcançou a terceira ronda. Cação é bicampeão nacional individual de sub-14. No escalão de sub-12, conquistou o título de singulares em 2010 e em pares, juntamente com Martim Café. Tiago Cação marca presença assídua nas seleções jovens de Portugal.

Tiago Cação 15 anos O ténis é... um orgulho. Jogo ténis… porque me divirto. O que mais gosto no ténis... é a competitividade e amizade. O que mais detesto no ténis é… a falta de organização e o anti “Fair-Play”. Para mim, treinar é... melhorar as minhas capacidades técnicas e táticas para evoluir o meu jogo. O sucesso significa… ser bom no que se faz e nunca perder a humildade. No ténis, quero atingir... o ”top” 10 mundial. Depois de vencer um encontro… vou falar com os meus pais e treinadores. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ser campeão nacional de sub-14 [no primeiro ano no escalão].

E a maior tristeza no ténis... perder no Campeonato da Europa de sub-14, no ano passado. Se eu mandasse no ténis... encontraria forma de angariar mais dinheiro para ajudar jovens talentos. Em Portugal, o ténis precisa de… ser divulgado ao país, para ser visto de outra maneira. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... Frederico Silva. Um bom treinador é... Pedro Correia. O meu ídolo no ténis é atualmente... Roger Federer. O meu torneio preferido é… o Open dos Estados Unidos. A minha superfície preferida é… piso rápido. No meu saco, não dispenso… as sapatilhas.


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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O «regresso» de Geza «TIE-BREAK»

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«Geza Torok era mais do que um simples húngaro que fugiu às guerras do centro europeu»

Mais vale tarde do que nunca: o Campeonato Nacional Absoluto vai voltar às grandes multidões de que o Clube de Ténis do Estoril foi imagem. Não estamos a deitar foguetes antes da festa, marcada para setembro, integrada na Semana do Ténis & Padel, mas acreditamos num regresso para ficar. Há também um outro facto a celebrar, ou seja, o “regresso” do húngaro Geza Torok a uma casa que foi sua durante muitos anos. De facto, Geza Torok, desaparecido em 1998, era mais do que um simples húngaro que fugiu às guerras do centro europeu, levando consigo a sua dama, que, passe a expressão, foi o ténis. Por mera coincidência, fui vizinho de Geza no alto do Estoril, quando o húngaro, sempre jovial e comunicativo, vivia num modesto hotel. Infelizmente, as pessoas boas parece que morrem mais cedo, mas Geza, que poderia também se considerar figura emblemática do CT Estoril, quis viver não só para o ténis como para o clube que o albergou. Entretanto, é óbvio que não bastaria uma só pessoa para fomentar uma modalidade a que se dedicou de corpo e alma. Estamos a vê-lo, manhã cedo, a sair a porta do hotel e fazer um olá para os circunstan-

tes, na medida que jogadores havia e iam aproveitar a boleia por morarem perto. Já não pode ser a figura do “courts” como era dantes, visto que nos deixou, mas o seu exemplo frutificou de tal modo no ténis no clube, que era à beira do casino. Geza poderia gabar-se de ter em cada sócio um amigo. Entretanto, temos medo de estar a ser demasiado saudosista e, de repente, surge-nos outra figura absolutamente inalterável do CT Estoril, Olívio Silva. Ele foi fiel jogador, treinador e sabemos lá mais o quê no CT Estoril, também imagem indestrutível de tudo quanto de concreto se realizou durante as décadas de presença nos “courts”, de raqueta na mão, juntamente com Geza. De facto, a partir de certa altura, já não se podia referir um sem outro, cada qual com as suas missões, mas absolutamente inseparáveis. Já agora gostaria de felicitar a audácia e a perseverança das gentes da Federação Portuguesa de Ténis, conseguindo por de pé um reatamento de uma prova no CT Estoril que se saúda com entusiasmo, sobretudo se nos lembrarmos a altura tão complicada da vida do país e não só.

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