NT julho 2016

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Notícias do ténis JUNHO/JULHO 2016

OPEN DE SÃO DOMINGOS

EDIÇÃO ONLINE

Semestre rico


Com os olhos no futuro Editorial

A Federação Portuguesa de Ténis tem como objetivo o acréscimo de provas internacionais em Portugal, nomeadamente no circuito profissional. Mais espaço competitivo é muito importante para os tenistas

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omo é habitual, esta edição de Notícias do Ténis é preenchida em grande parte com o balanço do primeiro semestre do ano. Recuperam-se os títulos de campeão e vice-campeão conquistados pelos tenistas portugueses, em masculinos e femininos, nas diversas competições internacionais, nos vários circuitos. Em várias páginas, esta retrospetiva revela o que afirmei já anteriormente: o nível do ténis português tem vindo a subir consideravelmente nos últimos anos. As conquistas em competições sob a égide de estruturas internacionais indicam que a geração atual tem capacidade para prolongar a história do ténis português, acrescentando novas páginas de glória às que foram escritas por Nuno Marques, João Cunha e Silva, Emanuel Couto e Bernardo Mota, entre outros mais. Alguns títulos no circuito profissional foram obtidos em provas realizadas em Portugal. Assinalo também que, este ano, estão já inscritas e calendarizadas doze provas da série «Futures» em masculinos e sete no ITF Women. Total: 19 competições até outubro. Em 2015, a organização portuguesa registou 13 torneios em masculinos e quatro no setor feminino.

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

A Federação Portuguesa de Ténis tem como objetivo o acréscimo de provas internacionais em Portugal, nomeadamente no circuito profissional. Mais espaço competitivo é muito importante para os tenistas, porque privilegia o contacto com ténis de outras realidades, porque é terreno ideal para a evolução dos jovens portugueses que fazem a transição dos escalões juvenis para os seniores, com o sonho de singrarem na vertente profissional. É com os olhos postos no futuro que continuamos a trabalhar, para o engrandecimento do ténis português.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

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OPEN DE SÃO DOMINGOS

Pedro Sousa jogou doze finais em provas de categoria «Futures» no primeiro semestre

Semestre rico O primeiro semestre de 2016 está concluído. Foram seis meses ricos em feitos de tenistas portugueses, nos vários circuitos internacionais. De entre os campeões e vice-campeões, destaque para Pedro Sousa, presente em doze finais, onze em singulares e uma na variante de pares. Por seis vezes, o tenista lisboeta ergueu o troféu destinado ao vencedor individual, cinco das quais na série de torneios de categoria «Futures» em Hammamet, no nordeste da Tunísia. Em pares, Frederico Gil venceu por cinco vezes no semestre e Gonçalo Oliveira foi campeão e três ocasiões. Num patamar superior, Gastão Elias, com prestações fantásticas no ATP World Tour, sagrou-se campeão em singulares por duas vezes em provas da série «Challenger». FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE


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Gastão Elias somou mais dois títulos em torneios do ATP Challenger Tour no primeiro semestre do ano. Ao todo, o número dois português no «ranking» mundial contabiliza seis PUBLICIDADE

primeiro semestre do ano está completo. Ao longo de seis meses, tenistas portugueses envolvidos nas competições internacionais, nos vários escalões, sagraram-se campeões e vice-campeões individuais e na variante de pares. No ATP Challenger Tour, Gastão Elias foi campeão em dois torneios realizados na Itália, o primeiro em Turim, em finais de abril, depois em Mestre, em meados de maio. Os dois triunfos confirmaram o bom momento na carreira de Gastão Elias, demonstrado desde o início do ano. Depois dos quartos de final nos «Challenger» de Rio de Janeiro (Brasil) e Bucaramanga (Colômbia), em janeiro, o número dois português no «ranking» mundial esteve em evidência num nível superior, o ATP World Tour, em fevereiro. Em Buenos Aires, torneio de categoria 250 do circuito ATP, Gastão Elias ultrapassou o «qualifying» e registou dois triunfos no quadro principal de singulares, amealhando 32 pontos. No Rio de Janeiro, prova da série 500 do ATP World Tour, Elias voltou a jogar a qualificação de singulares (dois triunfos) e a garantir a presença no quadro principal, no qual realizou apenas um encontro. Mais 20 pontos.

Logo a seguir, em São Paulo, outra prova 250, Elias somou duas vitórias no «qualifying» e, no quadro principal, apenas foi travado por Dusan Lajovic, nos quartos de final. O total amealhado foi de 57 pontos.

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VENICE CHALLENGE SAVE CUP

Em Mestre, na Itália, Gastão Elias conquistou o sexto título individual na carreira no ATP Challenger Tour

Em São Paulo, Elias alcançou os terceiros quartos de final na carreira em torneios 250 do ATP World Tour, depois do Estoril Open de 2013 e 2014. Depois de uma prestação muito valorosa no Portugal-Áustria, da

Taça Davis, em Guimarães, Gastão Elias foi semifinalista em Nápoles e atingiu os quartos de final em Barletta, ambas as competições do ATP Challenger Tour, na Itália. Abril aproximava-se do final

Na primeira semana do ano, Elias estava posicionado em 133.º na hierarquia mundial. A 18 de abril, antes da vitória em Turim, era o 117.º. Na semana seguinte, entrou no «top» 100 mundial

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SKISTAR SWEDISH OPEN/FREDERIC BERGGREN

Elias em Bastad...

Elias entrou no «top» 100 a 25 de abril, dia em que começou a ser disputado o quadro principal de singulares da segunda edição do Millennium Estoril Open PUBLICIDADE

quando «O Mágico» venceu em Turim, impondo-se ao espanhol Enrique Lopez-Perez, pelos parciais de 3-6, 6-4 e 6-2. Um percurso que valeu a Elias — na segunda ronda, eliminou Pedro Sousa, por 6-2, 4-6 e 7-5 — 90 pontos. Elias tinha iniciado o ano em 133.º e jogou em Turim em 117.º. Com o quinto título em provas «Challenger», o tenista português logrou a entrada no lote de cem tenistas mais bem cotados no mundo, classificando-se na 94.ª posição. Há muito que Elias perseguia o objetivo [ver caixa nas páginas seguintes], «uma sensa-

ção única», como descreveu ao jornal O Jogo, além de ter significado «uma recompensa ao esforço e todos os sacrifícios feitos durante anos». João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open, atribuiu um «wild card» a Gastão Elias para o quadro principal de singulares da segunda edição da única prova portuguesa no ATP World Tour, novamente disputado no Clube de Ténis do Estoril. No entanto, com as desistências de última hora, entre as quais a do francês Jo-Wilfried Tsonga, Gastão Elias entrou diretamente para

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KONZUM CROATIA OPEN UMAG

… e em Umag

o quadro principal de singulares do Millennium Estoril Open, juntando-se a João Sousa, com entrada direta. Deste modo, libertou-se o «wild card» para Pedro Sousa, que, até ao Millennium Estoril, já tinha vencido três títulos em sete finais em 2015, nos «Futures» de Hammamet, na Tunísia. O outro convite para o quadro principal de singulares tinha sido atribuído a Frederico Silva. Gastão Elias não passou da primeira ronda do quadro principal de singulares do Millennium Estoril Open, porém o bom momento de

forma não foi interrompido, uma vez que, em meados de maio, o português, que voltou a fixar m orada no e stado no rte americano da Florida, depois de uma temporada em São Paulo, somou o segundo título na temporada. No «Challenger» de Mestre, Gastão Elias — com um ganho de mais 80 pontos — venceu a final com o argentino Horácio Zeballos, com 7-5 e 6-2. Pela sexta vez na carreira, Gastão Elias foi campeão em competições da categoria e subiu na classificação mundial, de 98.º, antes da prova transalpina,

Em maio, «O Mágico» conquistou o sexto título na série «Challenger», na Itália, em Mestre, valendo-lhe a subida para a 88.ª posição na hierarquia mundial

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Um sonho de m A 25 de abril deste ano, Gastão Elias entrou no «top» 100 mundial, concretizando um sonho que alimentava desde criança. Depois de Nuno Marques (86.º, a 1 de abril de 1991, com 20 anos), Frederico Gil (62.º, a 4 de agosto de 2008, com 23 anos), Rui Machado (59.º, a 25 de outubro de 2010, com 26 anos) e João Sousa (33.º, a 15 de outubro de 2012, com 23 anos), Gastão Elias posicionou-se em 94.º. Uma entrada no grupo dos cem tenistas mas bem cotados no mundo com 25 anos. Gastão Elias, que já tinha terminado 2015 em boa forma, iniciou a temporada em 133.º (4 de janeiro). No início de fevereiro, encontrava-tse em 142.º, mas o triunfo em Turim catapultou-o para o 117.º posto, às portas do tão almejado «top» 100, no qual Gastão Elias: título em apenas cinco portugueses (aos homens, junta-se Turim colocou-o às portas Michelle Larcher de Brito, do «top» cem mundial com o 76.º posto, a 6 de julho de 2009). O sucesso em Mestre — sexto título no ATP Challenger Tour, na carreira profissional, iniciada em 2006 — levou Gastão Elias a co Gil e Rui Machado entre a elite do ténis munestabelecer outro máximo pessoal no «ranking» dial. ATP, com o 88.º lugar, a 23 de maio. Depois das meias-finais no «Challenger» de O primeiro semestre, concluído por Elias com Vicenza, na Itália, Gastão Elias, que começou a dois títulos, foi encerrado com «O Mágico» em jogar ténis com quase quatro anos, subiu ainda 92.º. No «ranking» mundial, dois portugueses no mais na classificação mundial com os quartos «top» 100: João Sousa e Gastão Elias, o que não de final em Milão, torneio da mesma categoria, e, se verificava até ao início de 2010, com Frederijá em julho, com inéditas presenças como semi-

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TORINO CHALLENGER

finalista em Bastad, na Suécia, depois de ter eliminado João Sousa nos quartos de final (duplo 6), e em Umag, na Croácia. Ambas as provas são da série 250 e permitiram ao tenista nascido nas Caldas da Rainha ascender ao 61.º posto mundial, ornando-se no terceiro português na posição mais alta de sempre na classificação ATP, depois de João Sousa e Rui Machado Machado.

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menino

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Com o título em Mestre, na Itália, Gastão Elias, número dois português na classificação mundial atual, passou a somar seis títulos no ATP Challenger Tour PUBLICIDADE

Pedro Sousa imperial. Igualmente no circuito profissional, mas no organizado pela ITF, Pedro Sousa conquistou seis títulos no primeiro semestre do ano e registou uma tendência de subida na classificação mundial. O lisboeta foi o tenista português com mais finais disputadas de janeiro a junho deste ano. Pedro Sousa não competia desde meados de outubro do ano passado devido a lesão — o último torneio foi o ATP Challenger Tour Corrientes, na Argentina — e a verdade é que regressou em grande forma, na Tunísia, iniciando a recuperação no «ranking» mundial (ganhou mais de 500 lugares). Janeiro ia a meio quando Pedro Sousa logrou a presença nas finais em singulares e em pares do primeiro de uma série de torneios de Hammamet, localidade

MILLENNIUM ESTORIL OPEN

para o 88.º posto. Um registo que foi um novo máximo para o tenista português, treinado pelo argentino Fabian Blengino (sucedeu ao brasileiro Jaime Oncins). Com a conquista do torneio de Mestre, Gastão Elias juntou o sexto título em «Challenger» aos conquistados anteriormente: Guayaquil e Lima, no ano passado; Santos, em 2013; e Rio de Janeiro, em 2012.

costeira do nordeste da Tunísia, a sul de Tunes. O tenista lisboeta quase assinou uma «dobradinha». Na competição individual, foi declarado campeão após a desistência do francês Jordan Ubiergo, em vantagem na segunda partida por 2-1, depois de ter cedido o primeiro «set» ao português, por 6-0. Nos pares, Pedro Sousa fez dupla com Frederico Gil (primeira final da temporada) e ambos cederam

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Pedro Sousa no Millennium Estoril Open

perante os alemães Stephan Hoiss e Jeremy Jahn, pelos parcelares de 6-4 e 6-1. Logo na semana seguinte, Pedro Sousa jogou a final de singulares do «Future» em Hammamet, acabando por consentir o triunfo ao sérvio Miljan Zekic, com um duplo 6-3. Pela terceira semana consecutiva, Pedro Sousa discutiu o título naquela cidade tunisina e superou Jeremy Jahn, da Alemanha, em

três partidas, concluídas com os parciais de 4-6, 7-6 (5) e 6-4. Depois da Taça Davis, em Guimarães, na qual atuou frente a Dennis Novak (venceu o austríaco, por 6-4 e 6-3), Pedro Sousa rumou novamente a Hammamet, para uma presença na quinta final na Tunísia, com mais um triunfo averbado pelo filho de Manuel de Sousa. Frente ao espanhol Alberto Senise, o português superiorizouse por 6-4 e 6-2.

Depois de ausência desde outubro, devido a lesão, Pedro Sousa regressou ao circuito profissional em grande e encerrou o primeiro semestre com um ganho superior a 500 posições no «ranking» mundial

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Em Hammamet, nordeste da Tunísia, Pedro Sousa foi campeão em cinco ocasiões na série de provas «Futures». O sexto título do ano foi alcançado em Alkmaar, na Holanda PUBLICIDADE

JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO DOMINGOS DE BENFICA

No torneio seguinte da série em Hammamet, Pedro Sousa jogou a sexta final da temporada, quinta em singulares. Porém, o tenista luso, que completou 28 anos em maio, teve de se contentar com o troféu destinado ao vice-campeão, uma vez que Arthur de Greef foi mais forte. O belga recuperou da desvantagem de uma primeira partida e venceu em três partidas, com os parciais de 1-6, 6-1 e 6-2. Os dois torneios seguintes em Hammamet tiveram novamente Pedro Sousa como finalista em singulares. A 27 de março, o português conquistou o título que lhe fugira anteriormente, ao impor-se ao belga Joris de Loore, por 1-6, 6 -1 e 7-5. No domingo seguinte, foi a vez de Alexander Ward, da GrãBretanha, levar a melhor sobre Pedro Sousa, com 7-6 (6) e 6-0. Depois do Millennium Estoril Open — eliminado pelo argentino Leonardo Mayer, na primeira ronda —, Pedro Sousa voltou a Hammamet e apenas foi travado na final individual pelo espanhol Oriol Roca Batalla, por 6-3 e 6-4. A nona final em singulares, no início de maio, igualmente em Hammamet, não correu de feição para Pedro Sousa, que reencontrou Roca Batalla, permitindo ao espanhol 6-3 e 6-4. Contudo, na semana seguinte, Pedro Sousa «vingou» os dois desa

desaires diante de Oriol Roca Batalla e somou mais um título, com os parciais de 6-3 e 6-1. Pedro Sousa tomou o gosto e repetiu a vitória no 19.º «Future» de Hammamet, após ter terminado o encontro de atribuição do título com uma vitória sobre o russo Alexander Zhurbin, por 6-2 e 6-1. Na segunda metade de junho, Pedro Sousa — semifinalista no «Challenger» de Tampere, na Finlândia, já em julho — jogou a 12.ª final no ano, 11.ª em singulares.

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Frederico Gil voltou a festejar a vitória em singulares num torneio «Future» no São João Ténis Clube

Em Alkmaar, na Holanda, Pedro Sousa somou o sexto título individual em «Futures» e o nono na carreira, mercê do triunfo no embate com o brasileiro José Pereira, finalizado com os parcelares de 3-6, 7-5 e 6-3. Gil com cinco títulos. Frederico Gil concluiu o primeiro semestre do ano com um total de cinco títulos de campeão, quatro na variante de pares e apenas um em singulares.

O único título individual de Frederico Gil — 14.º na carreira, sendo que seis foram conquistados no ATP Challenger Tour — foi averbado em Lisboa, na primeira edição do Open de São Domingos. Depois de eliminar Pedro Sousa (meias-finais), André Gaspar Murta (oitavos de final) e Vasco Mensurado (16 avos de final), Gil sagrou-se campeão numa final cem por cento portuguesa, aplicando os parciais de 6-3 e 7-6 (6) a João Domingues.

No primeiro semestre deste ano, Frederico Gil ergueu o troféu de campeão em provas «Futures» por cinco vezes, quatro das quais na variante em duplas

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JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO DOMINGOS DE BENFICA

Os quatro títulos em pares averbados por Gil no período de janeiro a junho deste ano foram obtidos na Tunísia, onde jogou cinco finais PUBLICIDADE

No São João Ténis Clube, Frederico Gil, juntamente com o britânico Alexander Ward, esteve perto de erguer o título de campeão em pares. João Domingues e Nuno Deus impediram o êxito da dupla luso-britânica, numa final interessante, terminada com os parcelares de 6-4, 6-7 (3) e 10-6. Frederico Gil iniciou o primeiro semestre deste ano em Hammamet, atingindo a final de pares do primeiro torneio, em meados de janeiro. Gil e Pedro Sousa não

conseguiram ser campeões, pois Stephan Hoiss e Jeremy Jahn, ambos da Alemanha, foram mais fortes, registando os parciais favoráveis de 6-4 e 6-1. Gil redimiu-se no torneio de semana seguinte, com o triunfo conjuntamente com o espanhol Pol Toledo Bague. A dupla ibérica foi campeã, depois da final com o russo Kiril Dmitriev e o austríaco David Pichler, concluída com 3-6, 7-6 (1) e 10-5. Nova presença de Gil na final do

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CIRCUITO INTERNACIONAL DE TÉNIS DE CASTELO BRANCO

Ao lado, Frederico Gil/Alexander Ward e João Domingues/ Nuno Deus venceram no Open de São Domingos. Gil e Gonçalo Falcão triunfaram na Tunísia

torneio de pares na semana seguinte, desta vez com Gonçalo Falcão como parceiro. Os dois encontraram João Domingues e Diogo Lourenço no derradeiro encontro, que cederam por 6-4 e 6 -3, atribuindo o título a Frederico Gil e Gonçalo Falcão. Com o triunfo, o par Frederico Gil e Gonçalo Falcão contabilizou o quarto título em «Futures». Falcão foi campeão pela 11.ª vez, assinando o melhor resultado na primeira metade deste ano.

Neste período de janeiro a junho, mais duas finais em pares para Frederico Gil, ambas em Hammamet, em abril. Os dois encontros de atribuição do título terminaram com Frederico Gil e o norte-americano Catalin Gard como campeões, a primeira frente aos chilenos Maurício Alvarez-Guzman e Guillermo RiveraAranguiz (6-4 e 6-2), a segundaperante os austríacos Pascal Brunner e Kevin Krawietz (6-3, 5-7 e 10-3).

Em Hammamet, cidade costeira no nordeste da Tunísia, Gil e Falcão somaram o quarto título da dupla em «Futures»

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João Domingues, campeão nacional absoluto conquistou quatro títulos na primeira metade do ano, dois em pares e igual número em singulares PUBLICIDADE

Tetra de Domingues. João Domingues conquistou quatro títulos na primeira metade do ano, dois em pares e igual número em singulares, conquistados em torneios portugueses do circuito profissional sob a égide da ITF. Em fevereiro, em Hammamet, João Domingues e Diogo Lourenço jogaram a primeira final da temporada, acabando por ser vice-campeões no embate com o par formado por Frederico Gil e Gonçalo Falcão. Em Loulé, um mês depois, nova final de João Domingues, desta vez com Nuno Deus como parceiro. Os dois não terminaram o encontro, tendo desistido quando os alemães Andreas Mies e Óscar Otte estavam em vantagem, por 5-0. De novo ao lado de Nuno Deus, Domingues atingiu o encontro de atribuição do título na primeira edi-

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Frederico Gil fechou o primeiro semestre com cinco título e, em julho, voltou a ser campeão em Idanha-a-Nova, juntamente com Nuno Deus, e em Castelo Branco, com Felipe Cunha e Silva.

ção da competição organizada pelo Lisboa Racket Centre. Os dois portugueses venceram o torneio, mercê do triunfo na final com os britânicos Scott Clayton e

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João Domingues no São João Ténis, em Lisboa

Jonny O’Mara, pelos parciais de 46, 7-5 e 10-7. Domingues, vicecampeão em singulares, na final com Frederico Gil, fechou o torneio lisboeta novamente sem o

título, depois de finalista vencido nas Caldas da Rainha, onde, depois de ter afastado Gil nas meias-finais, cedeu ante o brasileiro Sant’Anna, por 7-6 (3) e 6-2.

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no primeiro semestre de 2016 ocorreu em Itália, no ITF Futures Basilicanova. O português e o brasileiro Eduardo Dischinger foram vicecampeões, tendo sido superados pelo par sul-americano constituído Marcel Felder (Uruguai)/Patricío Fel-

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Domingues apenas não venceu em cinco finais jogadas, duas em singulares e as restantes três em pares. Nuno Deus também disputou até julho cinco finais, todas na variante de duplas. Os dois portugueses venceram conjuntamente em duas ocasiões neste primeiro semestre

Uma semana volvida, no Clube de Ténis de Setúbal, João Domingues repetiu a presença numa final em singulares de uma prova «Futures». O tenista de Oliveira Azeméis, campeão nacional absoluto em título, responsável pela eliminção de Frederico Gil logo na ronda um da prova setubalense, foi consagrado campeão após 6-3 e 6-2 aplicados ao italiano Erik Crepaldi. No regresso a Lisboa, uma semana depois, João Domingues voltou a formar dupla com Nuno Deus, para o par conquistar o título no São João Ténis Clube, no Open de São Domingos. A final foi disputada com Frederico Gil e o norte-americano Catalin Gard. Com o triunfo, Domingues, treinado por João Cunha e Silva, «vingou» o desaire ante Gil, no encontro de atribuição do título de campeão individual. No início de junho, João Domingues logrou assinar o primeiro título em singulares obtido no estrangeiro, em provas do circuito «Futures». Em Huelva, no sul de Espanha, o atleta do CETO superiorizou-se ao espanhol Mário Vilella Martinez, por 6-4 e 6-3. A nona final de João Domingues

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Nuno Deus e João Domingues


Gonçalo Oliveira (o segundo da direita em ambas as fotos) foi campeão duas vezes em pares no semestre

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der (Uruguai) e Patrício Heras (Argentina), triunfantes com os parcelares de 6-4 e 6-3. Ao todo, João Domingues apenas não venceu em cinco finais jogadas, duas em singulares e as restantes três em pares, com os dois triunfos nesta variante alcançados conjuntamente com Nuno Deus. Em pares, Nuno Deus, treinado por Gonçalo Nicau, jogou cinco finais até julho. Foi vice-campeão em Loulé (com Domingues) e no segundo torneio do Circuito Internacional de Ténis de Idanha-a-Nova (com o espanhol Jorge Hernando-Ruano, tendo os dois sido vencidos por Clayton e O’Mara, por 6-2 e 6-4). Os títulos de pares foram assinados em Lisboa, LRC Future 1 e no Open de São Domingos (com Domingues), e na Idanha-a-Nova (com Frederico Gil). No total, Nuno Deus já foi oito vezes campeão de pares em torneios «Futures», com seis títulos alcançados no ano passado, quatro com João Domingues, um com

Frederico Gil e outro com André Gaspar Murta. Os pares de Oliveira. Ao título em singulares conquistado na Bélgica, no ano passado, Gonçalo Oliveira juntou outro: na Áustria. Na localidade austríaca de Telfs, Gonçalo Oliveira arrecadou a taça de campeão, com um triunfo sobre o alemão Yannick Hanfmann, por 7-6 (4), 3-6 e 6-1. A vitória acabou por ser o corolário de um percurso irrepreensível em cinco encontros, com apenas Hanfmann a lograr «roubar» um «set» ao português. Nos pares, Gonçalo Oliveira teve um início de ano fulgurante, com a vitória nos pares em Castelldefels (Espanha), ao lado do bósnio Tomislav Brkic. O par campeão terminou a final com um triunfo sobre Samuel Bensouussan (França) e Michal Schmid (República Checa), por 6-2, 3-6 e 10-1. Poucas semana depois, em mea-

Em singulares, Gonçalo Oliveira conquistou o segundo título em «Futures» na carreira. Em Telfs, na Áustria, o tenista português apenas cedeu uma partida em cinco encontros realizados. Na campanha em pares, Gonçalo Oliveira esteve também em destaque

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Frederico Silva teve um início de época com a presença inédita numa meia-final de uma prova do ATP Challenger Tour

dos de fevereiro, a dupla Oliveira/ Brkic voltou a brilhar, com a conquista do torneio de Paguera, em Espanha. Na final, a dupla formada pelo português e pelo bósnio começou mal, mas acabou por vencer os italianos Pietro Rondoni e Jacopo Stefanini, por 6-7 (6), 6-3 e 10-6. Nos primeiros de março, Gonçalo Oliveira e Akira Santillan, do Japão, terminaram na qualidade de vice-campeões o ITF Futures Tarragona (Espanha), depois da final com os espanhóis Marc Lopez e Jaume Munar, por 6-7 (4), 6-3 e 10-6. No início de maio, nova final em pares e outra vez vice-campeão. Gonçalo Oliveira e espanhol Mar Fornell-Mestres não conseguiram evitar que o belga Maxime Authom e o alemão Andreas Beck fosse, campeões, após os parcelares de 6-4 e 6-3. Na última prova do mês de junho, em Albinea, na Itália, Gonçalo Oliveira e Federico Maccari (Itália) tiveram um percurso até à final, porém a dupla transalpina Andrea Basso/Francesco Moncagatto, com 7-6 (4) e 6-3, impediu a dupla luso-italiana de fechar o torneio apenas com triunfos. Neste ano, Gonçalo Oliveira acabou por ser campeão em pares uma terceira vez já em julho, em Wels, na Áustria. A formar dupla com o austríaco Sébastian Bader, o português cedeu na final com Lenny Hampel e David Pichler, ambos da Áustria, por 7-5 e 6-3. Sucessos de «Kiko». Depois de um início de temporada em grande no ATP Challenger Tour, com as inéditas meias-finais em Banguecoque (Tailândia), Frederico Silva jogou as duas finais do ITF Futures Antalya, no segundo fim de semana de fevereiro. Em singulares, Frederico Silva foi vice-campeão, após o triunfo do coreano Seong Chan (7-5/6-4).

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Rui Machado (abandonou já carreira) e Frederico Silva

Na variante de pares, Frederico Silva e o ucraniano Vladim Alekseenko não conseguiram também o título frente a Lukas Klein e Alex Molcan. Os eslovenos fecharam a final renhida com 7-6 (7) e 7-6 (5). Em maio, em Loulé, «Kiko» atingiu igualmente a final individual, tendo como opositor Rui Machado, que defendia o título de campeão conquistado em 2015. Em três partidas, Frederico Silva logrou somar o sétimo título em singulares no ITF Futures, depois de se ter superiorizado a Machado, por 1-6, 6-3 e 6-1. Na semana seguinte, novo triunfo de Frederico Silva, desta feita em pares. Em Sharm El Sheikh, no Egito, o tenista treinado por Pedro Felner desde os nove anos de idade formou dupla com o espanhol Pablo Vivero Gonazlez. Na final, a dupla ibérica venceu os belgas Jonas Mercky e Michael Geerts, pelos parcelares de 3-6, 6-1 e 10-6. No torneio seguinte da série em


André Gaspar Murta

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Sharm El Sheikh, Frederico Silva marcou presença na final, juntamente com o alemão Tom Schonenberg, mas não conseguiu mais do que terminar como vice-campeão. O alemão Tomas Papik e o checo Matej Vocel foram campeões, com um triunfo por 3-6, 6-4 e 10-4. Frederico Silva — vencedor de dois torneios juniores do «Grand Slam» — contabilizou o 12.º título em pares em provas do circuito profissional da ITF. Romain Barbosa averbou também um título em singulares no ITF Futures,ao vencer em Ramat Hasharon (Israel), impondo-se ao britânico James Marsaelk na final, encerrada com 6-2 e 6-3. Foi a segunda vez que Romain Barbosa foi campeão individual no circuito profissional, depois de, no ano passado, ter vencido na Bélgica. Igualmente em Israel, em Herzliya, Romain Barbosa foi vice-campeão em pares, formando dupla com o

francês Yannick Jankovits. Os dois consentiram os parciais de 6-4 e 6-2 aos norte-americanos Nick Chappell e Hunter Reese. A terceira final do ano de Romain Barbosa foi disputada na Bélgica, em junho. O português e o belga Alexandre Folie concluíram a prova de pares como vice-campeões. No derradeiro encontro, cederam por 6-3 e 7-6 (4) ante o egípcio Sherif Sabry e o alemão Tom Schonenberg. Se Romain Barbosa somou o segundo título em singulares no circuito ITF neste primeiro semestre, André Gaspar Murta esteve perto de o fazer também. No LRC Future 1, em Lisboa, André Gaspar Murta jogou o encontro de atribuição do título de singulares com Pablo Vivero Gonzalez, mas o espanhol levou-lhe a melhor, por 63 e 6-1. No Lisboa Racket Centre, André Gaspar Murta jogou a segunda final da temporada, depois do «Futures»

Em Israel, Romain Barbosa foi campeão Individual pela segunda em provas de categoria «Futures». Ao todo, o tenista de dupla nacionalidade (belga e portuguesa) jogou três finais no circuito profissional, duas em pares, uma em Israel e a outra na Bélgica

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André Gaspar Murta jogou a final em singulares no Lisboa Racket Centre. A irmã, Inês Murta, esteve em três encontros de decisão de PUBLICIDADE

de Faro, no qual o algarvio foi vice -campeão em pares. Murta e o italiano Crepaldi permitiram 6-2 e 7-5 aos britânicos Scott Clayton e Jonny O’Mara. Murta viria a estar em mais uma final em singulares no ITF Futures. No entanto, o tenista não conseguiu sair de Idanha-a-Nova com o triunfo, depois de ter defrontado Ben Patael, de Israel, que venceu com 7-6 (2) e 6-4. Com John Lamble (Estados Unidos), Bernardo Saraiva jogou três finais em pares no ITF Futures. A primeira na Índia, em Jassowal, com os indianos Prashantth e Balaji a vencerem com duplo 6-3. As outras duas em Moçambique, em semanas seguidas, em que o luso foi vice-campeão, primeiro frente aos norte-americanos Christopher Grant/Michael Grant (6-2, 1 -6 e 10-8) e, depois, ante os zimbabueanos Benjamin Lock e John Lock (6-4 e 6-3). Murta com três finais. A irmã de André Gaspar Murta esteve em três finais, todas em torneios portugueses inscritos no ITF Women. Murta foi campeã uma vez. Em Amarante, a bicampeã de juniores e vice-campeã nacional absoluta conquistou o Amarante Ladies Open em pares, conjuntamente com a eslovaca Tereza Mihalikova. A portuguesa e a parceira de leste impuseram os par-

celares de 7-6 (5) e 6-3 à suíça Jessica Crivelleto e à grega Despina Papamicchail. Na semana anterior, em Cantanhede, Murta e Laetitia Sarrazin (França) permitiram que Francisca Jorge e Marta Oliveira somassem o título, com 3-6, 6-3 e 10-7. Francisca Jorge, campeã nacional de sub-16, e Marta Oliveira, vice-campeã, acabaram por conquistar no Cantanhede Ladies Open o primeiro título no circuito profissional, retirando a Murta a possibilidade de contabilizar o quarto título ITF Women. Murta marcou presença em mais uma final, em pares, no Lisboa Women’s Open, já na primeira semana de julho. Contudo, Murta, acompanhada de Mathilde Armitano (França), não conseguiu somar mais uma vitória em torneios ITF Women na variante de pares, uma vez que Emma Laine (Finlândia) e Samantha Murray (Grã-Bretanha) levaram de vencida a dupla lusogaulesa, por 7-6 (5) e 6-3. Juniores. No circuito mundial de juniores, Daniel Rodrigues (em singulares), Tiago Cação (nas duas vertentes) e Duarte Vale (em duplas) foram campeões. No primeiro semestre, Daniel Rodrigues averbou os dois primeiros títulos em singulares no circuito, o primeiro do quais conquista

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D.R, D.R,

Daniel Rodrigues

Bernardo Saraiva (à direita) e Lamble

do no Botswana, no 2nd Euphemia Tlhapane Junior Memorial. O tenista da Beloura Tennis Academy terminou o trajeto de seis vitórias (apenas um «set» cedido, nas meias-finais) a erguer o troféu destinado ao vencedor, após 6 -1 e 7-6 (3) aplicados ao sulafricano Taine Bernhard.guês impôs-se ao tunisino Mohamed Bellalouna, com um duplo 6-2, e foi consagrado campeão individual no Mahdia ITF Juniors Tournament Grade 4, na Tunísia. Tiago Cação, o segundo tenista português mais bem cotado no «ranking» combinado ITF Junior na atualidade, conquistou o título individual no Mundial Juvenil de Ténis, no Equador, em janeiro.

Tiago Cação venceu a final, com o argentino Juan Bautista Otegui, por 6-7 (5), 7-5 e 6-3. Em pares, também em janeiro deste ano, Tiago Cação foi campeão em pares em Caracas, na Copa Banco de Venezuela. Ao lado do norte-americano Gomes, o português triunfou no derradeiro encontro por 6-3 e 6-1. Os franceses Added e Martineau foram os adversários. Duarte Vale, o português com mais créditos no circuito mundial de juniores no presente, iniciou 2016 igualmente da melhor forma, ao vencer em pares da Copa Barranquilla, na Colômbia, ao lado de Andres Andrade (Estados Unidos).

Em juniores, Daniel Rodrigues (em singulares), Tiago Cação (nas duas vertentes) e Duarte Vale (em duplas) foram campeões no período comprendido entre janeiro e junho

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D.R,

Além do título no ITF Women, o primeiro, Marta Oliveira e Francisca Jorge evidenciaram-se no circuito júnior mundial

Vale e Andrade foram superiores ao sueco Malbasic e ao norteamericano Srdhar, por 7-6 (4), 06 e 10-5. Salvador Bandeira e Martim Vilela atuaram em duas finais em pares, no período entre janeiro e junho. Em abril, no Tunisia ITF/CAT Junior, Salvador Bandeira e Martim Vilela jogaram a final com o ucraniano Lobak e o russo Zakharov e terminaram na qualidade de vice-campeões, após 6-3 e 6-4. Logo na semana seguinte, na Argélia, os dois portugueses atingiram o encontro de atribuição do título, sem que tenham também o conseguido. Bandeira e Vilela cederam perante os espanhóis Izquierd Luque e Sanchez Javer, por duplo 6-3. Salvador Bandeira jogou ainda uma final em singulares, também na Tunísia, no Keliba ITF Juniors. Frente ao brasileiro Mateus Cardoso Alves, o tenista português permitiu os parciais de 6-3 e 6-2. No setor feminino, o périplo pelo norte de África, juntamente com Bandeira, Vilela e o treinador Vasco Martins, foi também proveitoso para Marta Oliveira. No Tunisia ITF Juniors, no início de fevereiro, Marta Oliveira foi vice -campeã em pares, conjuntamente com a húngara Csense Furak. As suecas Jarlskog e Rosenqvist registaram um duplo 6-2 no confronto com o par luso-húngaro. Na competição ITF/CAT Junior, o título não fugiu a Marta Oliveira e Furak, que venceram a dupla da Suíça Radovcic/Waltert, por 3-6, 7 -6 (4) e 10-7. A semana seguinte, na Argélia, ficou igualmente marcada com uma final em pares, desta vez com Marta Oliveira a formar dupla com a egípcia Alhussein Aziz. As duas foram campeãs no ITF/CAT North África Tlemecen, mercê do triunfo frente à polaca Hertel e à holandesa Stevens, por 6-2 e 6-4.

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Marta Oliveira, Vasco Martins, Mar e Salvador Bandeira

No ITF/CAT North African Circuit — Casablanca, em Marrocos, Marta Oliveira disputou a quarta final da temporada juntamente com Francisca Jorge. O par português acabou por ter de se contentar com os troféus de vice-campeãs, não conseguindo encontrar argumentos para ultrapassar as suíças Radovcic e Waltert, vencedoras com 6-4, 2-6 e 10 -2. Francisca Jorge teve outra final, em maio, no RUC Tennis Junior Open, em Marrocos. Ao lado da francesa Chloe Cirotte, a portuguesa cedeu na final com Solovyeva (Rússia) e Vukovic (Sérvia), por 6-7 (4), 7-5 e 10-2. Êxitos em sub-12 e sub-14. Em sub-12 e sub-14, os tenistas portuguesas reuniram também êxitos no primeiro semestre do ano. Em sub-12, no Braga Open, Dio-


go Morais venceu a final com o espanhol Pedro Rodenas, superado com os parcelares de 6-3 e 6-3. Nos pares, José Luís Kendall e Nuno Pinheiro arrecadaram também o título, com vitória por 2-6, 6-3 e 10-4 frente aos espanhóis Ivan Perez Martin e Pedro Rodenas. A final feminina em pares teve também intérpretes portuguesas, com Mafalda Guedes e Matilde Jorge campeãs. As duas confontaram rtim Vilela as italianas Virgínia Ferrara e Georgia Pedone, incapazes de contrariar os parciais de 6-4 e 6-3 das lusas. Em Palmanova, em abril, Diogo Martins foi vice-campeão em singulares, cedendo ante o russo Gorokhov, por 6-3 e 6-1. Nos pares do Vilas Cup U12, torneio que detém o nome do argentino Guillermo Vilas, Diogo Martins e Mathieu Dussaubat sagraram-se campeões, com um duplo 7-6(4) infligido aos húngaros Merse Deli e Nol Pall. Em maio, na Siauliai Ténis School Cup, na Lituânia, Tiago Pereira e o lituano Vilius Gaubas fram vice-campeões (o russo Kukasian e o lituano Stunkus venceram com 2-6, 6-3 e 10-4). Pouco tempo depois, Tiago Pereira e Gaubas voltaram a jogar a final, no Estonian Junior Open, acabando novamente sem o título, uma vez que Kukasian e Stunkus repetiram a vitória, desta feita com 6-2 e 6-3. Nos sub-14, Maria Inês Fonte qualificou-se para a final individual

do Azores Lawn Tennis Club Tournament, após se ter desenvencilhado da segunda cabeça de série. Porém, na final, a húngara Amarissa Toth impediu que a portuguesa somasse o título, com 6-2 e 6-3. Se não logrou em singulares, Maria Inês Fonte acabou por ser campeã em pares, ao lado de Leonor Oliveira. A final terminou favorável às portuguesas, com 6-2 e 6-3 impostas a Toth e à búlgara ElenaTrencheva. Na Islândia, em maio, Tiago Torres e Miguel Gomes foram vicecampeões. Desperdiçaram um «match-point» e o desfecho de 64, 3-6 e 11-9 foi favorável aos lituanos Biskauskis e Vasiliauskas. Em singulares, Tiago Torres foi igualmente vice-campeão. No derradeiro encontro, o português de boa conta de si, mas o polaco Marcel Politowicz venceu por 6-4 e 6-3. No Tennishollin Open, Tiago Torres e Leo Borg não conseguiram obstar a que os britânicos Alam e Bossem fossem campeões (6-3 e 6-4). No final, o sueco Born Bjorg felicitou o português e deixou-lhe sábios conselhos. Título individual para Tiago Torres no Portimão 2016 International Tournament, em junho. O português superou o indiano Terence Das, pelos parciais de 46, 7-5 e 7-5. Neste mesmo torneio, as finais de pares tiveram intervenientes portugueses: Eduardo Morais/ Miguel Lopes cederam um duplo 6 -3 aos espanhóis Pablo Ruiz e German Andujar e Leonor Oliveira e a irlandesa Olívia Mariotti foram vencidas pelas chinesas Jiayu Xu e Xinxin Yao, por 6-2 e 6-4. Leonor Oliveira e Maria Inês Fonte estiveram também na atribuição do título no Vilamoura International, torneio que sucedeu ao de Portimão, e com melhor sorte: foram campeãs com 6-1 e 6-4 sobre a bielorrussa Filistovich e russa Evdokmova.

Nos escalões de sub-12 e sub-14, tenistas portugueses foram Campeões e vice-campeões no primeiro semestre do ano

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Portugal na Taça Davis O

O livro «Taça Davis 100», profusamente ilustrado, com registos fotográficos de inegável valor, recupera a participação de Portugal na Taça Davis, desde a primeira eliminatória, em 1925, em Lisboa, até se completar a centésima ronda, em 2014, na Rússia

livro «Taça Davis 100», edição da Federação Portuguesa de Ténis, retrospetiva a participação da seleção nacional na maior competição de ténis entre nações. A obra, profusamente ilustrada, com registos fotográficos de inegável valor, recupera a participação de Portugal na Taça Davis, desde a primeira eliminatória, em 1925, em Lisboa, até se completar a centésima ronda, em 2014, na Rússia. Com prefácio de Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República na última década, preâmbulo de Francesco Ricci Bitti, que presidiu à ITF até dezembro último, e apresentação de Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, «Taça Davis 100» retrospetiva também as origens da modalidade em Portugal, introduzida nos finais do século XIX por Guilherme Pinto Basto. Breves factos importantes no ténis português e mundial são também recordados ao longo das mais de 187 páginas de «Taça Davis 100». Na parte final do livro, editado em parceria com a Editora Todas as Letras, reproduzem-se todas as cem fichas dos confrontos de Portugal na Taça Davis. «Taça Davis 100» foi editado no âmbito das comemorações do 90.º aniversário da fundação da Federação Portuguesa de Ténis, assinalado no ano passado. A obra constitui uma homenagem da Federação Portuguesa de Ténis a todos os portugueses que participaram ou estiveram envolvi-

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dos nas cem eliminatórias de Portugal na Taça Davis. «Taça Davis 100» é um reconhecimento pela dedicação, pelo esforço e pela abnegação de todos quantos vivenciaram a Taça Davis, revelando-se histórias curiosas que rodearam as eliminatórias em que Portugal participou, desde 1925, ano da fundação da Federação Portuguesa de Ténis. Este livro ilustrado, em capa dura, encontra-se à venda na sede da Federação Portuguesa de Ténis, na rua Ator Chaby Pinheiro, em Linda-a-Velha. Se não reside na capital ou nos arredores ou não for impossível deslocar-se à sede da Federação Portuguesa de Ténis, pode encomendar o livro «Taça Davis 100», para que receba um exemplar na morada que indicar para a receção. Para requisitar o envio por correio de «Taça Davis 100», obra a cores, tem de realizar o pedido através do endereço eletrónico livrodavis@fptenis.pt. Na mensagem de requisição do livro ilustrado a enviar para o endereço eletrónico, deve incluir o NIF (Número de Identificação Postal), imprescindível para constar na fatura a emitir pela Federação Portuguesa de Ténis. Ao preço de capa da retrospetiva ilustrada «Taça Davis 100», escrita pelo jornalista João Paulino, acrescem os portes de correio, valores diferenciados em função do destino (Portugal, Europa ou fora do continente europeu).


(livrodavis@fptenis.pt)

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«O padel é viciante!» A No «ranking» mundial de padel, Ana Catarina Nogueira — campeã nacional absoluta em ténis por três vezes e vice-campeã em seis ocasiões — já ocupou a 16.ª posição, recorde pessoal e no padel português

na Catarina Nogueira foi campeã nacional absoluta de ténis por três vezes (1999, 2000 e 2004) e é a portuguesa recordista de presenças na seleção nacional na Fed Cup (36). Atualmente com 37 anos, «Nogui» dedica-se ao padel, modalidade na qual ganhou uma nova alcunha no circuito mundial — «Portu». Treinada por Ana Rita Gomes, Ana Catarina Nogueira integrou a seleção nacional feminina que, em dezembro do ano passado, venceu a França e conquistou o título europeu de padel. No presente, «Portu», com a espanhola Sandra Hernández Camacho como parceira habitual no circuito mundial, encontra-se em 25.ª no «ranking» mundial. O máximo pessoal e no padel português foi assinado pela portuense — 16.º posto.

O que mais detesto no padel é perder. Para mim, treinar é... evoluir e melhorar todos os dias. O sucesso significa... alcançar os meus objectivos. No padel, quero atingir... o «top» 10 do World Padel Tour. Depois de vencer um encontro... comemoro, claro! Até ao momento, a minha maior alegria no padel foi... ter alcançado o 16.º lugar no «ranking» World Padel Tour, o melhor que algum português conseguiu até hoje. E a maior tristeza no padel... felizmente não existiu.

O padel é... viciante! Jogo padel porque... é um desporto muito divertido e que me dá gozo. O que mais gosto no padel é... a dinâmica, a comunicação e o convivio.

Se eu mandasse no padel... organizava um torneio do WPT feminino no Porto Em Portugal, o padel precisa... de divulgação, promoção, apoios e mais gente a jogar.

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D.R.

Ana Catarina Nogueira

Um padelista português no "top" 10 mundial... seria extraordinário e um grande impulso para a modalidade. Um bom treinador é... profissional, competente, dedicado e um exemplo para os seus atletas.

O meu torneio preferido é... o Masters WPT [apuram-se somente as seis duplas mais credenciadas em masculinos e femininos]. No meu saco, não dispenso... os óculos para jogar.

Juntamente com Kátia Rodrigues, Filipa Mendonça, Helena Medeiros, Joana Brites, Filipa Caldeira e Tânia Couto, Ana Catarina Nogueira sagrou-se campeã europeia de padel. O primeiro título internacional conquistado por Portugal na modalidade foi alcançado na Holanda, em dezembro do ano passado

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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

ALENTEJO COIMBRA PORTO VISEU


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