Notícias do ténis Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE | JULHO 2018 EDIÇÃO ONLINE | JUNHO 2018
SKISTAR SWEDISH OPEN / FREDERIC BERGGREN
FERNANDO FERREIRA MILLENNIUM ESTORIL OPEN
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CINCO Verão ANOS grande
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que sempre norteou esta direção da Federação Portuguesa de Ténis foi a ambição. Continua a ser, com o objetivo, único e irredutível, de engrandecer o ténis português, num trabalho a que nos empenhámos desde o início, com determinação e entrega, para que a modalidade possa ter uma evolução em Portugal. Para que possamos ter mais competição em Portugal, para que aumente o número de praticantes, não só os que pretendam construir carreira no ténis como todos quantos queiram praticar a modalidade por mero lazer. Este ano, o número de competições dos circuitos profissionais vai ser um recorde — mais de 40, entre os quais Futures e provas ITF Women, mas também Challengers — e abrem-se excelentes perspetivas para 2019. No ano passado, o Lisboa Belém Open, com um prize money de 50 mil dólares e hospitalidade, o que eleva os encargos da organização, quebrou um vazio de quatro anos sem provas do ATP Challenger Tour em Portugal. A última, ganha por João Sousa, tinha sido em Guimarães, em 2013. Este ano, ao Lisboa Belém Open juntou-se o Braga Open, cuja realização em 2019 está já fechada. Mas não se deseja que fiquemos por aqui e estamos a trabalhar para que possam existir mais um ou dois Challengers em Portugal, juntando-se aos que já existem no norte, no Clube de Ténis de Braga, e no centro, no CIF. Nos últimos anos, desenvolvemos um trabalho que visava fomentar a promoção de eventos Futures e ITF Women. Não escondemos que desejamos aumentar o número de torneios nos escalões juvenis, mas acontece que a quota de Portugal está preenchida. Estamos agora a trabalhar para consolidar o calendário de provas nos circuitos profissionais da ITF, em masculinos e femininos, e para aumentar o número de eventos do ATP Challenger Tour. O objetivo é não só proporcionar espaço competitivo — repito-o, com a satisfação da concretização — como elevar o nível. A hora é agora de avançar para um outro patamar, um novo degrau da evolução do ténis português.
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warming up
A MESMA AMBIÇÃO NOUTRO PATAMAR
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EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
MILLEN
D.R.
primeiro set
NO MASTERS 1.000 PARIS, JOÃO SOUSA ULTRAPASSOU O QUALIFYING DE SINGULARES E ATINGIU A SEGUNDA RONDA DO QUADRO PRINCIPAL DESDE QUE ENTROU PARA O TOP 100, JOÃO SOUSA ENCONTROU O SÉRVIO NOVAK DJOKOVIC EM QUATRO OCASIÕES, UMA NO OPEN DOS ESTADOS UNIDOS (2013), OUTRA NO MASTERS 1.000 MIAMI (2016) E DUAS EM ROLAND GARROS (2014 E 2017)
CINCO ANOS NO TOP 100 EM JULHO, JOÃO SOUSA COMPLETOU CINCO ANOS NO TOP 100 MUNDIAL. O NÚMERO UM PORTUGUÊS NA ATUALIDADE E O MAIS COTADO DE SEMPRE ENTROU PARA A ELITE DO TÉNIS MUNDIAL EM 15 DE JULHO DE 2013 E NÃO MAIS SAIU DO TOP 100, ALCANÇANDO A POSIÇÃO MÁXIMA PESSOAL— O 28.º LUGAR — EM MAIO DE 2016. O TENISTA VIMARANENSE TORNOU-SE TAMBÉM NO TENISTA PORTUGUÊS COM A POSIÇÃO MAIS ALTA NO RANKING MUNDIAL EM PARES. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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UM MILLENNI-
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m julho, João Sousa completou cinco anos de presença no top 100 mundial em singulares. O número um português, que completou 29 anos em finais de março, soma mais de 360 semanas entre os cem tenistas mais cotados na atualidade. Desde que entrou no top 100 mundial pela terceira vez, em 15 de julho de 2013, com a subida para a 92.ª posição, João Sousa, treinado por Frederico Marques, permanece na elite do ténis mundial, um feito que nunca foi alcançado por um tenista português. Precisamente a um mês de completar três anos depois de ter ingressado no top 100 mundial, o tenista vimaranense, que mudou-se para Barcelona com 15 anos para concretizar o sonho de ser tenista profissional, logrou registar a posição pessoal máxima no ranking ATP — 28.º posto. Em 16 de maio de 2016, João Sousa tornou-se no tenista português mais cotado de sempre e o único que, até agora, integrou o top 30 mundial. A primeira vez que João Sousa ingressou no top 100 mundial reporta-se a 15 de outubro de 2012, alcançando a 99.ª posição. Contabilizou sete semanas entre os cem mais pontuados do mundo, tendo atingido como posição máxima o 92.º lugar. Oito semanas depois, em 28 de janeiro de 2013, o regresso ao top 100 mundial, posicionando-se em 91.º. Entre a elite, o tenista, que ingressou na BTT Academy quando se estabeleceu em Barcelona, com 15 anos, manteve-se durante nove semanas, logrando o posto máximo de 88.º. Em 15 de abril desse ano, João Sousa desce para a 103.ª posição, mas os 15 pontos averbados com a presença nos quartos de final do Challenger italiano de Todi permitiram-lhe a entrada no top mundial
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em 8 de julho de 2013, para não mais sair da elite mundial. Depois da reentrada, João Sousa não parou de somar pontos e subir na classificação mundial, com os 48 pontos conquistados na qualidade de vice-campeão no Challenger de San Benedetto, igualmente em Itália, aos quais adicionou na semana seguinte os 15 pontos com a pre-
D.R. OPEN PARC AUVERGNE-RHÔNE-ALPES
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MAIS DE 260 SEMANAS NO TOP 100 MUNDIAL A primeira vez que João Sousa ingressou no top 100 mundial foi em 15 de outubro de 2012. Depois de cinco semanas anteriores à porta da elite, o tenista vimaranense acabou por registar a 99.ª posição. Durante sete semanas, João Sousa esteve entre os cem mais cotados
no mundo, tendo atingido a posição mais alta em 22 de outubro — 92.º. Em 3 de dezembro de 2012, João Sousa saiu do top 100 (101.º), ao qual regressou em 28 de janeiro de 2013 (91.º). Em meados de abril, João Sousa
volta a sair do grupo dos cem tenistas mais credenciados no mundo. A reentrada no top 100 registou-se pouco tempo depois — em 15 de julho de 2013 — e João Sousa mantém-se entre a elite há mais de 260 semanas.
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OPEN / REBECCA JOHANSSON ASSOCIAÇÃO SKISTAR DE TÉNISSWEDISH DO PORTO
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e, a culminar, o primeiro título no circuito da ATP, com a conquista do torneio de Kuala Lumpur, na Malásia. Desde que João Sousa entrou no top 100 mundial, juntou mais dois títulos no ATP World Tour — Valência (2015) e Millennium Estoril Open (2018) — e foi vice-campeão em sete ocasiões — Metz e Bastad (2014); São Petersburgo, Umag e Genebra (2015) e Auckland e Kitzbuhel (2017).
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sença nos quartos de final do ATP Challenger Tour Poznan, na Polónia. A presença no top 100 mundias continuou a ser consolidada depois de ter sido campeão na terra natal, no Guimarães Open, prova de categoria Challenger. Nesse ano, João Sousa tem também a presença na terceira ronda do Open dos Estados Unidos, as meias-finais em São Petersburgo, na prova de categoria 250 do ATP World Tour,
JOÃO SOUSA REENTROU NO TOP 100 MUNDIAL EM JULHO DE 2013 E NÃO MAIS ABANDONOU A ELITE
FOTOS: D.R.
CARLOS LEITÃO VENCEU EM SINGULARES AS QUATRO PROVAS DO CIRCUITO NACIONAL
CARLOS LEITÃO (EM PRIMEIRO PLANO) E JEAN PAUL MELO, EM VILAMOURA, NUM ENCONTRO DO CAMPEONATO DO MUNDO, QUALIFICAÇÃO EUROPEIA
RECORDE BATIDO
INTERNAZIONALI BNP D’ITALIA / BARBARA CRIMAUDOCORREIA FERNANDO
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Wimbledon (360 pontos no total), passando para 79.º após o major britânico, em julho. Com o mexicano Santiago Gonzalez, João Sousa foi semifinalista em Umag e Gstaad, provas do ATP World Tour, na quais averbou mais 90 pontos em cada.
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O registo máximo de um tenista português no ranking mundial em pares reportavase a abril de 1997. Nuno Marques, atual selecionador nacional na Taça Davis, alcançou a 58.ª posição, superada por João Sousa em julho deste ano, com o 56.º posto. Um novo recorde — este com mais de duas décadas — foi batido pelo tenista vimaranense. Em meados de maio, João Sousa estava entre os primeiros 200 no mundo, começando, a partir daí, a subir no ranking ATP em pares. Foi vice-campeão no Masters 1.000 Roma, ao lado do espanhol Pablo Carreño Busta, na primeira final de um tenista português em provas daquela categoria (mais um recorde quebrado pelo vimaranense). Só neste evento ganhou 600 pontos e subiu para 172.º. Depois, com o argentino Leonardo Mayer como parceiro, atingiu a terceira ronda em Roland Garros e
JOÃO SOUSA E NUNO MARQUES, CAPITÃO DE PORTUGAL NA TAÇA DAVIS. O RECORDE DE NUNO MARQUES NA HIERARQUIA MUNDIAL EM PARES FOI QUEBRADO PELO TENISTA VIMARANENSE 21 ANOS DEPOIS
ASSOCIAÇÃO DE TÉNIS DO PORTO NI
NOVA IORQUE ALI TÃO PERTO
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ves, Carlos Ramos e Miguel Leal nos quadros principais e de João Botelho no qualifying, em Roehampton —, a arbitragem portuguesa volta a estar num evento do Grand Slam.
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ma vez mais, a arbitragem portuguesa estará representada no Open dos Estados Unidos, a quarta e última prova do Grand Slam do ano, programada para finais de agosto e inícios de setembro. Mariana Alves e Carlos Ramos repetem a presença no Flushing Meadows Corona Park, integrando o quadro de árbitros de cadeira do Open dos Estados Unidos, no qual João Sousa, número um português na atualidade e o mais cotado de sempre, tem entrada direta no quadro principal de singulares. Aos dois mais conceituados árbitros portugueses no ténis mundial junta-se Catarina Amorim Silva, na condição de juiz de linha no major em Flushing Meadows, perto de Nova Iorque. Depois de Wimbledon, terceira prova do Grand Slam da temporada — com a presença de Mariana Al-
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referee
DEPOIS DE WIMBLEDON, A ARBITRAGEM PORTUGUESA VOLTA A ESTAR REPRESENTADA NUMA PROVA DO GRAND SLAM
CATARINA AMORIM SILVA VAI DESEMPENHAR AS FUNÇÕES DE JUIZ DE LINHA EM FLUSHING MEADOWS
CDP
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NOVE VEZES FUTURES ATÉ FINAIS DE OUTUBRO, A ITF CONSAGRA NO CALENDÁRIO DE PROVAS DO CIRCUITO PROFISSIONAL MAIS TORNEIOS EM PORTUGAL
Depois de um interregno de três semanas sem Futures em Portugal, Setúbal acolhe uma prova, de 15 a 23 de setembro, de 15 mil dólares. Esta competição antecede o
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JORGE CUNHA / AIFA
schedule
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total é nove provas. Desde o início de agosto até finais de outubro, o calendário do circuito profissional da ITF inscreve mais provas da série Futures em Portugal, duas com 25 mil dólares cada em prémios monetários e as restantes sete dotadas de 15 mil dólares cada. Depois do Open Internacional Caldas da Rainha, com término em 5 de agosto, o circuito volta aos courts hard outdoor da Beloura Tennis Academy, no concelho de Sintra, paredes-meias com o de Cascais. O primeiro torneio da série de três na Beloura Tennis Academy, com 15 mil dólares de prize money cada um, começa a 4, com o qualifying, e termina a 12. O BTA Futures II desenvolve-se de 11 a 19, enquanto o terceiro evento na Beloura Tennis Academy decorre de 18 a 26. Marco Romão é o juiz árbitro e a equipa de árbitros é formada por Dino Almeida, José Pereira, João Trindade, Daniel Zeferino, Giorgio Kahokba (Geórgia) e John Ourakis (Grécia).
O ITF FUTURES REGRESSA À BELOURA. NA FOTO, FRED GIL, VICE-CAMPEÃO EM 2017, NO BTA FUTURES 2, APÓS FINAL COM JOÃO MONTEIRO
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CORROIOS OPEN
Open Azeméis, com prize money de 25 mil dólares. A prova do Clube de Ténis de Azeméis, que começou por estar integrada na série de torneios de 10.000 dólares aquando no primeiro ano, em 2014, terá a quinta edição neste ano, de 22 a 30 de setembro. Curiosamente, a competição nunca teve campeões portugueses em singulares, mas em pares os títulos foram arrecadados por duplas lusas: Fred Gil/ Leonardo Tavares, em 2014; João Domingues/Nuno Deus, em 2015 e 2016; e Francisco Cabral/ Nuno Deus, em 2017.
tam ao Algarve, onde começou a temporada,com o Vale do Lobo Open/Magnesium Ok, Faro Future Portugal 2, Loulé Open Future Portugal 3, The Campus Future e a etapa de Vilamoura do Cascais Next Gen Tour. A primeira edição do Future de São Brás de Alportel, de 15 mil dólares, está agendada de 13 a 21 de outubro. O primeiro evento em Tavira disputa-se de 20 a 28 desse mês. A prova algarvia distribuirá pelos tenistas participantes, em singulares e nas duplas, um total de 25 mil dólares.
outubro, Portugal recebe quatro provas da série Future, três de 15 mil dólares cada e uma com 25 mil dólares de prize money, todas em piso rápido. De 29 de setembro a 7 de outubro, vai decorrer o primeiro Future do Circuito Internacional de Ténis de Idanha-a-Nova, que, no ano passado, teve a presença de mais de uma centena de tenistas, oriundos de mais de uma dezena de países. A segunda prova do torneio organizado pelo Clube de Ténis de Idanha-a-Nova está prevista de 6 a 14 de outubro. Imediatamente nas duas semanas seguintes, os Futures vol-
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No outono. Em
NUNO DEUS É O TENISTA PORTUGUÊS QUE MAIS VEZES FOI CAMPEÃO NO OPEN AZEMÉIS. VENCEU TRÊS TÍTULOS NA VARIANTE DE PARES
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CALENDÁRIO Agosto 4 a 12 BTA FUTURES 1 | SINTRA | $ 15.000 11 a 19 BTA FUTURES 1I | SINTRA | $ 15.000
Torneios masculinos inscritos na ITF até finais de outubro
18 a 26 BTA FUTURES 1II | SINTRA | $ 15.000
JOÃO SANONA, TENISTA COM PRESENÇA HABITUAL NA SELEÇÃO NACIONAL, SERÁ UM DOS PORTUGUESES NOS TORNEIOS DE SETÚBAL E PORTO
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Setembro D.R.
15 a 23 SETÚBAL | $ 15.000 22 a 30 OPEN AZEMÉIS | $ 25.000
Outubro 29/9 a 7/10 IDANHA-A-NOVA | $ 15.000 6 a 14 IDANHA-A-NOVA | $ 15.000 13 A 21 SÃO BRÁS DE ALPORTEL | $ 15.000 20 a 28 TAVIRA | $ 25.000 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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MILLENNIUM ESTORIL OPEN
passing-shot
PORTO OPEN JOÃO BOTELHO
ADEUS AO CORAÇÃO DA CIDADE INVICTA A 20.ª EDIÇÃO DO PORTO OPEN, INSERIDO NOS CIRCUITOS PROFISSIONAIS DA ITF EM MASCULINOS E FEMININOS, VAI SER NO MONTE AVENTINO
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Câmara Municipal do Porto, presidida por Rui Moreira, tinha demonstrado vontade de voltar a criar condições para o Porto Open voltar para o Complexo Desportivo do Monte Aventino. No fundo, havia uma vontade de devolver à cidade as suas instalações de ténis, estarem abertas à prática desportiva dos cidadãos e preparadas para
Porto Open vai mudar de casa. As nove edições anteriores do torneio, da série Futures e do circuito ITF Women, realizaram-se no Clube de Ténis do Porto, no coração da Cidade Invicta. Em 2019, o Complexo Desportivo do Monte Aventino volta a albergar a prova. «Desde 2013, o executivo da
@ RICARDO JR D.R.
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ideia de ter uma grande prova de ténis na cidade. Uma prova que alongue no tempo e que não dependa somente de estratégias comerciais, mas sim de promoção do Porto e do ténis. Por isso, é um projeto partilhado pela Associação de Ténis do Porto e pela Câmara Municipal do Porto. Já vai para a 20.ª edição», afirmou. António Paes de Faria recordou que, «quando o Complexo Desportivo do Monte Aventino foi construído, a autarquia não tinha uma ideia para uma grande prova no Porto. Como o novo complexo tinha um court central e, sabendo da longa tradição de grandes provas na cidade, a Associação de Ténis do Porto propôs a realização de uma
receber eventos relevantes, sendo o Porto Open o porta estandarte», explicou António Paes de Faria, presidente da Associação de Ténis do Porto. O regresso do Porto Open ao Monte Aventino — a primeira prova, em femininos, foi realizada em 1999 — resulta de acordo com a edilidade, envolvendo a Federação Portuguesa de Ténis. «Quando apresentámos à Porto Lazer — Empresa Municipal a hipótese de a Federação Portuguesa de Ténis assumir a gestão do Complexo Desportivo do Monte Aventino, a ideia foi muito bem recebida e o acordo for firmado no início deste ano, sendo que um dos compromissos é realizar o Porto Open no Monte Aventino», sublinhou Paes de Faria, assinalando que «a Federação Portuguesa de Ténis tem demonstrado estar muito empenhada em criar as condições para esta mudança, para este retornar a ‘casa’». Embora tenha ressalvado que o Clube de Ténis do Porto «tem excelentes instalações para receber o Porto Open», o presidente da Associação de Ténis do Porto referiu que o torneio «volta simplesmente às instalações municipais, a sua ‘alma mater’». «Este torneio não apareceu porque houve um patrocinador interessado ou porque havia apoios para realizar uma prova destas. Esta prova é fruto da
ANTÓNIO PAES FARIA E RUI MOREIRA
REGISTO Na inauguração do Complexo Desportivo do Monte Aventino, em 1997, foi realizada uma exibição com o francês Yannick Noah, o virtuoso Mansour Bharami, a russa Anna Kournikova e Sofia Prazeres. No ano seguinte, foi organizada uma prova em femininos, sem o nome da cidade na designação, mas com um title sponsor. Este torneio realizou-se sem a parceria da Câmara Municipal do Porto. «Depois do balanço desta experiência, foi proposto, em 1999, criar uma prova de ténis anual do Porto, ‘residente’ nas suas instalações. Assim nasceu o projeto do Porto Open», lembrou Paes de Faria.
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PORTO OPEN
Com a FPT. O acordo cele-
«Estamos a duplicar a capacidade deste complexo e a aumentar valências, algo que, neste caso, se adequa com parcerias», sublinhou Rui Moreira, na cerimónia de assinatura do acordo entre a Câmara Municipal do Porto/Porto Lazer e a Federação Portuguesa de Ténis, pre-
brado entre a Câmara Municipal do Porto e a Federação Portuguesa de Ténis, em 24 de janeiro deste ano, está na génese da passagem do Porto Open para o Complexo Desportivo do Monte Aventino. A parceria entre autarquia e estrutura federativa estende-se por um período de 20 anos e vai permitir a valorização do Complexo Desportivo do Monte Aventino. O objetivo é transformar o espaço num «espaço de excelência», como referiu o presidente da Federação Portuguesa de Ténis, na assinatura do protocolo.
A Federação Portuguesa de Ténis pretende dotar o Complexo Desportivo do Monte Aventino de condições para a realização de provas nacionais e internacionais, incluindo grandes eventos. Para tanto, a Federação Portuguesa de Ténis tem como intenção alterar a superfície do court central e criar mais três campos em piso rápido, além da reposição de dois campos cobertos, em terra batida.
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grande prova de ténis da cidade do Porto, nas suas instalações públicas».
EM 2016, INÊS MURTA COMEÇOU A VENCER A SUÍÇA NINA STADLER NA FINAL, MAS ACABOU POR CEDER, POR 2-6, 6-2 e 6-3
REGISTO Em 19 edições, apenas três campeões individuais portugueses. Logo no primeiro ano com as provas em masculinos e femininos, em 2007, Leonardo Tavares sagrou-se campeão, enquanto Catarina Ferreira terminou como vice-campeã. Os dois foram os primeiros portugueses em finais do Porto Open. Foi preciso esperar sete anos para o Porto Open ter outro campeão. Fred Gil venceu em 2014, na final com Frederico Silva. No ano seguinte, João Domingues foi vice-campeão e, em 2016, Inês Murta também. No ano passado, João Monteiro conquistou o título e, na edição de 2018, Nuno Borges foi vice-campeão.
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@PORTO RICARDO JR D.R. OPEN
ANTÓNIO PAES FARIA E RUI MOREIRA
blico, etc…), um torneio que não deixe ninguém indiferente e que edição terminada seja logo desejada edição próxima», acentuou. Paes de Faria vai mais longe ao afirmar que, «se houver meios para fazer um Challenger, a Associação de Ténis do Porto está pronta para o organizar». «Mas, sobretudo, estamos prontos para valorizar o ténis nacional e a cidade do Porto», frisou o presidente da Associação de Ténis do Porto.
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cisamente no Complexo Desportivo do Monte Aventino. Com o acordo, o Porto Open tem «dois parceiros que dão suporte às linhas estratégicas da prova». «Por um lado, a Câmara Municipal do Porto acompanha o Porto Open desde a sua génese — inclusivamente, o troféu residente foi oferecido pela cidade — e, por outro lado, a Federação Portuguesa de Ténis vai fazer do Porto Open um dos seus pilares estratégicos para o desenvolvimento e a divulgação da modalidade, criando, em especial, as condições para o Porto Open regressar ao Complexo Desportivo do Monte Aventino», explicou António Paes de Faria. A mudança do Porto Open para o Complexo Desportivo do Monte Aventino constitui o «reforço dos pilares estratégicos do torneio, juntando a Câmara Municipal do Porto e a Federação Portuguesa de Ténis. O presidente da Associação de Ténis do Porto encara o futuro com otimismo, mas sem que «o Porto Open pretenda ser mais um torneio internacional em Portugal». «O Porto Open nem está preocupado em ser o maior, quer ser um torneio com personalidade e caráter, um torneio que receba bem (jogadores, pú-
REGISTO
NUNO BORGES TERMINOU A EDIÇÃO DESTE ANO DO PORTO OPEN (25 MIL DÓLARES) NA QUALIDADE DE VICE-CAMPEÃO EM SINGULARES, APENAS CEDENDO FRENTE AO HÚNGARO MATE VALKUSZ, EM FINAL QUE TEVE CERCA DE MEIO MILHAR DE ESPETADORES
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OUTRA VEZ JUNTO AO KREMLIN beach tennis
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a desempenhar as funções de «capitã» -— Ana Catarina Alexandrino, Pedro Maio e Bruno Polónia. «Temos um grupo homogéneo, com experiência competitiva internacional, que fará o seu melhor
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utra vez em Moscovo. A seleção nacional de ténis de praia vai disputar o Campeonato do Mundo Equipas, de 7 a 12 de agosto, com o objetivo de «obter o melhor resultado possível», como sublinha Dino Almeida, coordenador de ténis de praia na Federação Portuguesa de Ténis. No ano passado, o selecionado luso — constituído por Manuela Cunha, Ana Catarina Alexandrino, Henrique Freitas e Pedro Maio — classificou-se em sexto lugar final entre 20 nações. Portugal registou a melhor posição de sempre e foi a quarta seleção europeia no Campeonato do Mundo Equipas de 2017, depois de Itália, que se sagrou campeã mundial, Rússia e França. O registo máximo confere maiores expetativas para a equipa portuguesa escalada para Moscovo, com Manuela Cunha — volta
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DE 7 A 12 DE AGOSTO, A SELEÇÃO NACIONAL DE TÉNIS DE PRAIA VOLTA A MOSCOVO, ONDE FOI SEXTA NO ANO PASSADO
MANUELA CUNHA, ANA CATARINA ALEXANDRINO, PEDRO MAIO E BRUNO POLÓNIA EM MOSCOVO, ANTES DO INÍCIO DO MUNDIAL
MIAMI OPEN
INÊS MURTA
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drino — e os melhores jogadores — Pedro Maio e Bruno Polónia. Eu acredito neles. Tudo farão para representar Portugal», frisa Dino Almeida. No Mundial deste ano, vão participar 24 seleções: Portugal, Itália, Brasil, Rússia, França, Venezuela, Alemanha, Estónia, San Marino, Letónia, Equador, Espanha, Hungria, Japão, Marrocos, Suíça, Chile, Tailândia, Bulgária, Chipre, Lituânia, Polónia, Israel e Bielorrússia.
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dentro do campo», refere Dino Almeida. Henrique Freitas, com presença habitual na seleção nacional não viaja este ano para Moscovo, por motivos profissionais, mas o coordenador de ténis de praia da Federação Portuguesa de Ténis salienta que a seleção nacional oferece garantias de uma boa prestação. «Neste momento, temos as melhores jogadoras — Manuela Cunha e Ana Catarina Alexan-
PEDRO MAIO E MANUELA CUNHA FESTEJAM O SEXTO LUGAR NO ANO PASSADO, O MELHOR REGISTO DE SEMPRE DE PORTUGAL NO MUNDIAL EQUIPAS DE TÉNIS DE PRAIA
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NA PRAIA DA CLARIDADE
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JOÃO SANONA
Faro — com nova data, este ano —, distribui igualmente um total de 2.500 dólares pelos tenistas participantes, repartidos por pares masculinos, femininos e mistos. Todos os quadros, incluindo os da qualificação, serão constituídos por 16 duplas.
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segundo fim de semana de setembro será preenchido com duas provas internacionais de CARLOS LEITÃO ténis deEM praia na FiVENCEU POMBAL, NO ANO gueira da Foz. É o PASSADO regresso a Portugal do circuito mundial. Em 7 de setembro, a partir das 18 horas, realiza-se o Figueira da Foz Beach Tennis Open, reservado a pares masculinos (16 duplas), femininos (igual número) e mistos. No dia seguinte, disputa-se o Figueira da Foz Beach Tennis Open com prize-money de 2.500 dólares. A competição vai desenvolver-se a 8 e 9, igualmente a partir das 18 horas, com pares masculinos e femininos, cada um com 32 duplas. Também se competirá em pares mistos na prova da Figueira da Foz, na praia da Claridade. Esta prova realiza-se depois do 14.º Praia de Faro ITF Beach Tennis 2018, organizado pelo Centro de Ténis de Faro, programado para 25 e 26 de agosto. O tradicional torneio algarvio, no areal do Centro Náutico de
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beach tennis
O CIRCUITO MUNDIAL DE TÉNIS DE PRAIA VISITA A FIGUEIRA A FOZ, DE 7 A 9 DE SETEMBRO, COM DUAS PROVAS, UMA DE 2.500 DÓLARES
O TÉNIS DE PRAIA ESTARÁ NA FIGUEIRA DA FOZ, EM SETEMBRO, DEPOIS DE FARO, EM AGOSTO
ANA ANACATARINA CATARINA ALEXANDRINO ALEXANDRINO
JOÃO SANONA, TENISTA COM PRESENÇA HABITUAL NA SELEÇÃO NACIONAL, SERÁ UM DOS PORTUGUESES NOS TORNEIOS DE SETÚBAL E PORTO
ÂNGELO LEITE / MOMENTUM PHOTOGRAPHY
wheelchair tennis
CARLOS LEITÃO PERMANECE INVICTO NO CIRCUITO NACIONAL DE TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS DESTE ANO
BOCAGE É O SEXTO DA TEMPORADA O CIRCUITO NACIONAL DE TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS PROSSEGUE COM O TORNEIO BOCAGE, NO CLUBE DE TÉNIS DE SETÚBAL D.R.
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A competição será disputada nos seis courts de superfície dura do Clube de Ténis de Setúbal, que, em setembro, volta a organizar o Open Baía de Setúbal, integrado no calendário mundial, da série Futures Series. O Torneio Bocage de Ténis em
sexta prova do circuito nacional de ténis em cadeira de rodas vai realizar -se em 8 e 9 de setembro, no Clube de Ténis de Setúbal. É a primeira edição do Torneio Bocage de Ténis em Cadeira de Rodas.
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JORGE CUNHA / AIFA
torneio em Vila de Avelar, Carlos Leitão venceu Francisco Aguiar, do Open Village Sports, por duplo 6-3. Este ano, Carlos Leitão — hexacampeão nacional, de 2008 a 2014, e vice-campeão nos três últimos anos, nas finais com Jean Paul Melo — foi campeão individual em Pombal, Seixal, Castelo Branco, Marco de Canaveses e Vila de Avelar.
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em Cadeira de Rodas sucede ao torneio da Vila de Avelar, realizado em finais de julho. Carlos Leitão, do Clube de Ténis do Pombal, venceu em singulares, o que lhe permitiu somar o quinto título. O tenista sagrou-se campeão individual em todas as provas do circuito nacional de ténis em cadeira de rodas desta temporada. Na final da primeira edição do
FRANCISCO AGUIAR JOGOU A FINAL DO TORNEIO DE VILA DE AVELAR COM CARLOS LEITÃO, QUE FOI CONSAGRADO CAMPEÃO PELA QUINTA VEZ NESTE ANO
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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flash-interview
CARLOS LEITÃO (EM PRIMEIRO PLANO) E JEAN PAUL MELO, EM VILAMOURA, NUM ENCONTRO DO CAMPEONATO DO MUNDO, QUALIFICAÇÃO EUROPEIA
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Daniel Batista
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DUAS CERTIFICAÇÕES
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«SUCESSO SIGNIFICA TRABALHO ÁRDUO»
NO FUTURE DO CLUBE DE TÉNIS DAS CALDAS DA RAINHA, DANIEL BATISTA SÓ FOI TRAVADO POR NUNO BORGES, NA FINAL INDIVIDUAL
O ténis é... o meu desporto favorito. Estou no ténis porque… o meu vizinho incentivou-me a ir experimentar e tomei o gosto intensamente.
lho árduo, dedicação e humildade. No ténis, quero atingir… o máximo das minhas capacidades. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ter descoberto esta fantástica modalidade. E a maior tristeza… será se não puder desfrutar e viver esta modalidade. Se eu mandasse no ténis… não tenho intenções disso. Em Portugal, o ténis precisa de… uma maior divulgação e valorização.
O que mais gosto no ténis é… a exigência mental e física e o facto de termos de saber lidar com isso sozinhos no jogo.
Um tenista português ou uma tenista portuguesa no top 10 mundial seria… um maior incentivo para a prática do ténis, a nível nacional.
O que mais detesto no ténis é… a exigência financeira que os atletas e as suas famílias têm de suportar.
Um bom treinador é… exigente, estudioso e complementar de um atleta.
Para mim, jogar ténis é… uma forma de vida. O sucesso significa… traba-
O meu ídolo no ténis atualmente… não tenho ídolos. O meu torneio preferido é… o Millennium Estoril Open.
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D
aniel Batista tem 19 anos. É natural de Lisboa, onde começou a jogar ténis, aos 11 anos. Nessa altura, jogava futebol, mas a experiência no ténis, proporcionada pelo vizinho João, foi tão tocante que venceu a resistência dos pais e deixou os pontapés na bola para abraçar a modalidade da raqueta, que considera ter muito exigente mental e fisicamente.
CARREIRA Atleta do CIF, Daniel Batista esteve em destaque na primeira edição do Open Internacional Caldas da Rainha. Terminou como vice-campeão em singulares, depois de ter disputado a primeira final num evento do circuito profissional da ITF. Nuno Borges foi o único que logrou superar Daniel Batista, treinado por João Antunes. No encontro dos quartos de final, que teve três horas e 36 minutos de duração, com a temperatura a superar os 35 graus Celsius, Daniel Batista esteve em desvantagem na terceira partida com o espanhol Hugo Largo, por 5-1. Aos 5-2, impediu que o adversário concretizasse um match-point. Daniel Batista venceu, com 7-5, 5-7 e 7-6 (3).
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA
ALGARVE CASTELO BRANCO LISBOA
SETÚBAL
MADEIRA VILA REAL
ALENTEJO COIMBRA PORTO VISEU