Notícias do Ténis Federação Portuguesa de Ténis Edição on line
Abril 2011
Periodicidade: Bimestral
A CAMINHO DA SUIÇA...
Portugal vence Eslováquia por 4-1 e desloca-se à Suíça na próxima ronda
Estoril Open 2011
Soderling e Verdasco no Jamor Em 2010, o português Frederico Gil chegou à final do torneio. Albert Montañes foi o vencedor.
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Editorial O Padel em Portugal
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o Verão de 2009, de férias em Vila Real de Santo António e durante um passeio à noite pelo centro da cidade, despertou-me especial atenção na Praça Marquês de Pombal estar montado um campo de padel, com tabelas em vidro e com bancadas montadas. Realizava-se o Campeonato Internacional de Padel de Vila Real de Santo António, patrocinado pela autarquia e organizado pelo clube local, contando com a presença de alguns dos melhores jogadores do mundo. As bancadas estavam completamente cheias e o nível de jogo era excepcional, as jogadas bastante prolongadas e com uma grande variedade de golpes. A assistência estava muito entusiasmada com o espectáculo e eu, que não conhecia bem esta modalidade, também fiquei fascinado com a espectacularidade das jogadas. Durante os três dias que durou o torneio teve sempre imenso público a assistir, público esse que na sua maioria nunca tinha visto este jogo, mas que rapidamente o
assimilou e vibrou imenso. Em Setembro desse mesmo ano, realizou-se o Campeonato da Europa no Clube de Ténis do Estoril. Foi montada uma “pista” dentro do “court” principal do Clube e o torneio foi um êxito. Aproveitei para ir ver uns jogos, alguns de muita qualidade e havia sempre bastante público a assistir. Em Janeiro deste ano a modalidade do padel foi integrada na Federação Portuguesa de Ténis. É uma modalidade que está numa fase de arranque em Portugal e que pode beneficiar muito da máquina administrativa da Federação. Penso que esta modalidade está a começar a ter muito êxito em Portugal e que as Associações Regionais vão ter um papel muito importante na sua divulgação por todo o País. Na Argentina existem 4 milhões de praticantes e em Espanha 2 milhões. Esta adesão massiva em Espanha, revela o potencial crescimento que o padel tem em Portugal. A grande diferença do padel
para os outros desportos com raquete é a obrigação de ser um jogo de pares e as paredes que limitam a área do campo serem utilizadas, o que dá emoção às jogadas e estas serem mais prolongadas. O campo tem 20 metros de comprimento por 10 de largura, sendo a área cerca de 1/3 inferior à de um campo de ténis, o que permite uma melhor rentabilidade no investimento realizado. Penso que o padel é um óptimo desporto de lazer, pela sua fácil aprendizagem mas também pelo material e equipamento bastante acessíveis, estando assim praticamente ao alcance de todos. Aconselho vivamente que experimentem esta modalidade pois ficarão de certeza com vontade de continuar. Gozem o padel como um jogo e conservem-no como um desporto. Desejo os melhores êxitos a esta modalidade e a todos os seus praticantes. Eduardo Carona Vice-Presidente da F.P.T.
EDIÇÃO ON LINE Direcção: José Corrêa Sampaio. Coordenação: José Santos Costa. Redacção/paginação: Ana Lima, Comunicação & Marketing
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TAÇA DAVIS BY BNP PARIBAS Machado, Gil, Tavares e Sousa carimbam bilhete para a Suíça Portugal garantiu presença na segunda eliminatória da Taça Davis by BNP Paribas ao derrotar a Eslováquia no Jamor, no grupo I da zona Europa/África da mais importante competição masculina por equipas. No Centro Desportivo Nacional, os jogadores capitaneados por Pedro Cordeiro venceram por 4-1 a equipa orientada por Miloslav Mecir. Desta forma, a Selecção Nacional garantiu viagem até à Suíça, a fim de medir forças com os poderosos Roger Federer e Stanislas Wawrinka por um lugar nos 'play-off' de acesso ao Grupo Mundial. “Ainda não pensei muito na eliminatória na Suíça, tem sido tabu no balneário. Vamos jogar fora e quanto a mim não vamos ser favoritos e não podemos escolher o piso. A equipa deles com o Federer é muito forte e sem ele continua a ser difícil, mas talvez com mais hipóteses para vencer”, dizia Rui Machado logo após o confronto com a Eslováquia e antes de o helvético número dois mundial ter confirmado presença na eliminatória de 8 a 10 de Julho. O certo é que o Jamor viveu uma tripla vitória nacional, apesar de Frederico Gil e Leonardo Tavares não terem conseguido travar o favoritismo dos especialistas eslovacos no duelo de pares. “A primeira vitória foi termos muita gente a ver os jogos, a segunda termos ganho e a terceira termos praticado um ténis de muita qualidade”, referiu José Corrêa Sampaio, presidente da Federação Portuguesa de Ténis. O dirigente afirmou ainda que “desportivamente foi bom
Portugal ganhar” para provar que o país “está no grupo I para ficar”. Portugal venceu na sexta-feira os dois encontros de singulares – Frederico Gil bateu Lukas Lacko e Rui Machado derrotou Martin Klizan -, sábado o par português Frederico Gil/Leonardo Tavares perdeu com a dupla eslovaca Filip Polasek/Michal Mertinak e, no domingo, foi implacável em singulares com Machado a levar a melhor sobre Lacko, no quarto embate, e João Sousa a dominar Klizan, que acabou por abandonar quando o vimaranense já comandava o marcador (6-4 e 41). O capitão nacional Pedro Cordeiro foi o porta-voz da satisfação lusa. “Estamos todos muito contentes. No primeiro dia fizemos o pleno de vitória, nos pares tivemos a infelicidade da lesão do Leonardo e, no último dia, voltámos a fazer o pleno. O objectivo da permanência no
Grupo I está garantido, vamos primeiro desfrutar e depois pensar na Suíça que vai querer ganhar-nos. A nível pessoal, dedico esta vitória também ao meu pai e ao ténis português”, homenageou um emocionado seleccionador nacional. Rui Machado deu o ponto decisivo a Portugal na quarta partida da eliminatória. O jogador algarvio conseguiu derrotar o nervosismo. “Estava um pouco mais nervoso por ser um encontro decisivo. Mesmo com as oscilações, acho que fiz um bom jogo. São vitórias como estas e com este ambiente que marcam uma carreira e motivam para continuar a melhorar”, explicou o jogador português. Do lado da Eslováquia chegou, do capitão Miloslav Mecir, o elogio a Portugal. O ex-tenista, referência da modalidade da qual foi número
Rui Machado vence Lukas Lacko e garante a vitória e a passagem à segunda ronda
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... quatro mundial, já estava aos comandos da equipa do seu país em 1996, quando a Selecção Nacional, então composta por Nuno Marques, Bernardo Mota e Emanuel Couto, não teve hipóteses em Trnava (0-5), e denotou muitas diferenças. “Tenho que dar os parabéns aos portugueses que têm a melhor equipa da sua história. Os meus jogadores têm que ser mais sólidos e mais consistentes. Os portugueses estiveram muito bem e nós temos que perceber os erros que cometemos”, referiu Mecir. No final do torneio, o director da prova e secretário-geral da Federação Portuguesa de Ténis, José Santos Costa, confidenciou que esta eliminatória no Jamor superou expectativas. “Foi muito positivo! Do ponto de vista desportivo superou o que se esperava. Estávamos confiantes na vitória, mas os resultados foram acima do que imaginávamos. O começo do Frederico Gil foi um bom tónico para o resto da eliminatória, o Rui completou de forma sofrida mas brilhante, sendo que todos os jogadores foram orientados superiormente pela
Cerimónia de Apresentação das Equipas
equipa técnica”, sublinhou de forma emocionada. O juiz-árbitro da eliminatória em Portugal, o belga Michel Willems, fez também balanço positivo dos três dias de Taça Davis em Portugal. “A Federação Portuguesa de Ténis está de parabéns pela organização da Taça Davis, correu tudo muito bem nas várias vertentes. Estava tudo muito bem planeado, com muito rigor. Parabéns também pela presença de muito público, as bancadas estiveram sempre com muitas pessoas que iam puxando pelos jogadores, o que foi muito impor-
tante. Uma palavra também para a muita imprensa presente que ajudou, com certeza, a divulgar a competição, o que é muito bom para o ténis português, para a Taça Davis e para os sponsors”, afirmou. Os jogadores lusos contaram ao longo do fim-de-semana com muitos adeptos, incansáveis no apoio à Selecção, que ajudaram a “carregar” rumo ao triunfo. DIA A DIA DA TAÇA DAVIS NO JAMOR Na sexta-feira, primeiro dia de competição, Portugal entrou da melhor forma. No embate inaugural da jornada, Frederico Gil foi exímio frente a Lukas Lacko (6-2, 6-2 e 6-1). Depois,
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... Rui Machado levou a melhor sobre Martin Klizan, por 6-4, 64, 1-6, 2-6 e 6-4, num duelo em que as emoções estiveram ao rubro. Mas, no fim, a Selecção já podia respirar de alívio, ao terminar o dia com uma vantagem confortável. Foi por isso que o seleccionador nacional Pedro Cordeiro fez um balanço super positivo. “O balanço não podia ser melhor nestes dois jogos com histórias muito diferentes. O Frederico Gil dominou do princípio ao fim, enquanto o jogo do Rui Machado foi muito equilibrado. O Klizan cresceu muito e conseguiu bolas incríveis. Tivemos de fazer um jogo psicológico muito importante para que o Rui mantivesse a determinação e a garra”, analisou no final do dia. Apesar da entrada soberba dos tenistas nacionais na eliminatória, Portugal já sabia que, em pares, o favoritismo pendia para o lado dos eslovacos, uma vez que Filip Polasek e Michal Mertinak são bons especialistas da variante, e 42.º e 25.º do 'ranking' mundial, respectivamente. E a teoria foi levada à prática no 'court'. Apesar de todos os esforços de Frederico Gil e Leonardo Tavares, chamados por Pedro Cordeiro para jogar duplas, Portugal não evitou o desaire (3-6, 3-6, 6-1 e 1-6), nem Leonardo Tavares uma fractura no polegar esquer-
do. Um incidente vivido junto à rede com Polasek e que, além de deixar o tenista de Espinho fora dos 'courts' por algumas semanas, condicionou qualquer réplica que o par português quisesse protagonizar. “Foi difícil conseguirmos manter o nosso nível, aquele a que costumamos jogar. A lesão foi na zona onde sou mais forte que é a resposta de esquerda. Os jogadores eslovacos aproveitaram isso e insistiram sempre com a bola na minha esquerda, raramente jogavam para o Frederico”, relatou Tavares. Apesar do resultado, Pedro Cordeiro ficou satisfeito com o desempenho da dupla na quadra. “Não entrámos bem e eles começaram a crescer. Houve momentos de jogo muito equilibrados. O encontro esteve renhido, apesar de se notar mais o à-vontade deles. Com a lesão do Leonardo, ficámos condicionados mas estão de parabéns, especialmente o “Léo” que aguentou até final e ainda conseguiu dar uma boa prestação no terceiro 'set'”, sublinhou o capitão luso. Com esta vitória, a Eslováquia voltou a alimentar o sonho de poder seguir em frente na Taça Davis by BNP Paribas e enfrentar a Suíça. Contudo, Portugal estava a um ponto de reservar bilhete para os Alpes e Rui
Machado encarregou-se do assunto. Apesar de Mecir ter avisado que Luckas Lacko ia apresentar-se mais consistente do que no primeiro dia, o algarvio superou os próprios altos e baixos e, através de 6-4, 3-6, 6-4 e 6-0, decidiu desde logo a eliminatória. Machado, que ao longo do encontro concretizou oito quebras de serviço contra quatro do adversário, não escondeu a grande satisfação por mais um triunfo: “A sensação de dar a Portugal o ponto da vitória é excelente, durante o jogo tentei ir buscar referências à nossa vitória com a Eslovénia em que subimos para o Grupo I. As condições eram similares e ajudaram a acreditar no sucesso.”
Lukas Lacko e Frederico Gil
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... jogador de ténis precisa de muita energia e muitos “Uma dieta saudável leva a hidrouma “performance” de excep- carbonatos. ção dentro e fora de campo” - Também o nível foi com estas palavras que Liette de açúcar deve Ocker, professora da “Texas estar controlaAAM University – Corpus Chris- do, o chocolate ti” abriu o Seminário “Sports de leite é semScience Clinic” que teve lugar no pre melhor do Auditório das Piscinas do Jamor. que o chocolate Nutrição para atletas, Avaliação e branco” explicou Norte americanos foram incansáveis no apoio à Selecção Portuguesa melhores tecnologias de reacçãoDesenvolvimento das Capacida- Liette Ocker. des Visuais no Desporto e Bate- Frank Spaniol também professor -resposta para atletas de elite ria de Testes Físicos foram os da Universidade do Texas desen- como por exemplo Roger Fedetemas desenvolvidos ao longo da volveu o tema de Testes de Per- rer, Rafael Nadal e Andy Roddick manhã por Liette Ocker, Frank formance – “Factores fisiológi- “Esta tecnologia mede as reacSpaniol da Universidade do Texas cos como poder, agilidade, ções básicas, perceptíveis e e Paulo Rocha professor da rapidez e resistência contri- cognitivas dos jogadores em Faculdade de Motrocidade buem para o sucesso de um resposta a estímulos. Com este Humana para uma plateia de alu- tenista de elite. As avaliações programa, o atleta aprende a nos e professores de educação desportivas podem ser utiliza- equilibrar o treino físico e a física bem como atletas. das para prever o sucesso de técnica com capacidades supe“A componente comer saudá- um atleta através da avaliação riores de percepção” explicou vel, a genética e o treino for- dos seus pontos fracos e fortes. mais à frente. mam uma trilogia fundamental No caso concreto do ténis há Os professores/oradores que com valores de acordo com o que avaliar a capacidade aeró- desenvolvem estas áreas vieram desporto que se pratica. Por bica, a flexibilidade, a força, a da “Texas AAM University – exemplo, no ténis não há con- potência, a rapidez, a agilidade Corpus Christi” e trabalham, há já trole de tempo, os jogos e a composição corporal. Este alguns anos, com atletas de alta podem ser mais ou menos lon- trabalho pode ser depois apli- competição com grande êxito. gos, o desgaste físico e a desi- cado no seu programa de trei- Liette Ocker e Frank Spadratação é muito grande. Há no para que obtenha mais niol estão a desenvolver este trabalho já com atletas portugueses que ter atenção às refeições sucesso” acrescentou. pré-competição e, claro, tam- O programa de performance e com a equipa lusa, Israel Monbém a cada mentalidade. O “Visual Edge” tem sido das teiro e Luís Nascimento. APRENDER A SER CAMPEÃO ANTES DE VER OS CAMPEÕES
Bola Dunlop Fort Clay Court A BOLA DA TAÇA DAVIS Consistência é fundamental. É o que os jogadores de elite exigem e é o motivo pelo qual a Dunlop foi eleita a bola oficial dos tor-
neios de terra batida mais importantes do ATP e WTA. A bola Dunlop Fort Clay Court foi desenvolvida usando as melhores matérias primas e as tecnologias mais avançadas, de forma a poder oferecer, em torneios e competição, um rendimento superior com a máxima consistência. Tendo sido seleccionada como a bola Oficial do jogo da Taça Davis entre Portugal e a Eslová-
quia e do Estoril Open 2011 fica provada a sua escolha como a bola de eleição para os eventos mais importantes em solo português.
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AS FRASES DA TAÇA DAVIS <<Não são as vitórias do Frederico e do Rui, venceu Portugal>>
<<Apoio do público nas bancadas foi força extra para ganharmos>>
<<Se não fosse a minha lesão, podíamos ter ganho também em pares>>
<<Foi a melhor semana aqui na selecção>>
<<Foi a melhor eliminatória em termos de apoio do público>>
<<PORTUGAL... PORTUGAL… PORTUGAL...>>
<<Portugal tem a melhor equipa de sempre>>
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GALERIA DE FOTOS TAÇA DAVIS
Poucos momentos antes do encontro inaugural da eliminatória
Não faltaram as tradicionais bandeiras de apoio à Selecção
Laurentino Dias, Secretário Estado da Juventude e do Desporto ladeado (à esquerda) por José Corrêa Sampaio, Presidente da FPT e Paulo Vistas, Vice-Presidente CM Oeiras, e (à direita) pelo Embaixador da Eslováquia e esposa
Selecção Eslovaca na conferência de Imprensa
Americanos da Universidade do Texas com Ana Lima da ALC
Equipa de Portugal com o Vice-Presidente do Município de Oeiras Paulo Vistas (centro), o Vice-Presidente da FPT Rodrigo Mensurado (esquerda) e o Juiz Árbitro Michel Willems
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Play + Stay no Jamor
Equipa de Portugal com o staff organizativo
Portugueses festejam a vitória da eliminatória
Machado festeja ponto da vitória
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PROGRAMA “VISUAL SKILL” Israel Monteiro e Luís Nascimento integram equipa técnica da Selecção Israel Monteiro e Luis Nascimen- ção. analisar os resultados para poderem desenvolver este projecto a Para melhor se entender a percepto integram a equipa técnica da selecção portuguesa acompanhan- ção deste Treino de Visão, Israel nível nacional. do e participando no trabalho das e Luis explicam: ”Quando a bola Aproveitando a competição no várias áreas do treino, marcando está em deslocamento há atle- Jamor foi feito um seminário há cerca de um ano presença na tas que vêm melhor, mais rápi- “Sport Science Clinic” - em que a Taça Davis com o seleccionador do e mais nítido. Comprová- avaliação das capacidades visuais mos através deste estudo que esteve em destaque e cujos oradonacional Pedro Cordeiro. os melhores atletas são os que res foram os professores Liett Nos últimos sete anos têm desentêm melhores resultados nestes Ocker, Frank Spaniol volvido projectos alargados na testes.” (Universidade Texas A&M Cor“Texas AAM University Corpus Monteiro e Nascimento já fize- pus Christi e Paulo Rocha Christi” com atletas de alta comram esta avaliação aos jogadores (Facudade de Motrocidade petição de vários desportos da Taça Davis estando agora a Humana). “College Players”. O “Visual Skill” é uma nova área que já pode ser treinada. A partir da tese de Israel Monteiro os dois técnicos lusos aprofundaram um trabalho único, feito até agora com jogadores, que permite a avaliação da “visão” do atleta, que sendo optimizada pode melhorar consideravelmente a sua prestação em campo. Como bom exemplo desta nova realidade, são vários os jogadores de Baseball que, com um acompanhamento ao longo da semana (3 vezes) através de um software próprio, conseguiram resultados de excep- Luis Nascimento e Israel Monteiro membros da equipa técnica da selecção
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PARCEIROS TAÇA DAVIS 1. Como olha para o Ténis nacional neste momento com os bons resultados dos atletas portugueses? 2. Qual a razão que o levou a apoiar a Federação Portuguesa de Ténis neste evento? 3. Qual foi o pano de fundo em que a sua empresa se baseou para a escolha da modalidade em si? 4. Qual é a mais-valia para a sua empresa com esta parceria?
Francisco Moser (Director Geral de Operações do Altis Hotels) 1. É um desporto que felizmente começa a atrair a atenção de mais público. Ainda estamos longe da popularidade de outros países, como por exemplo a nossa vizinha Espanha, mas naturalmente que a boa performance dos nossos atletas contribui para esta maior visibilidade. 2. O grupo Altis tem a tradição de se associar a desportos com dimensão e prestígio internacional e o Ténis enquadra-se nesta categoria. 3. É uma modalidade em crescimento, tal como o Grupo Altis Hotels! 4. Esta parceria possibilita a nossa visibilidade numa prova de enorme tradição no ténis mundial.
Carlos Malato (Administrador Queijadas de Oeiras) 1. Como Português fico muito
contente por saber que os nossos atletas apresentam bons resultados, mas de facto não sigo esta modalidade. Vou certamente ficar mais atento. 2. A F.P.T. veio até nós através da Junta de Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra. Desde logo, e depois de saber o enquadramento do nosso apoio no projecto apresentado, percebemos que seria muito interessante para ambas as partes a nossa participação. 3. A Taça Davis e a F.P.T. também contribuem para tornar mais visível o nosso projecto, que visa promover um produto já classificado como "embaixador de Oeiras", reforçando deste modo a oferta de qualidade que o nosso território tem para oferecer. 4. A maior visibilidade do nosso produto / marca.
2. Já estamos a apoiar a Federação Portuguesa de Ténis pelo quarto ano consecutivo numa perspectiva de nos associarmos a actividades desportivas, com uma história longa no nosso país, mas que são ainda hoje um símbolo de modernidade, desenvolvimento contínuo e qualidade de vida. 3. O ténis como modalidade Desportiva é símbolo de ar livre, ambiente saudável, disciplina, trabalho e muito empenho. 4.Mostrarmos que dentro da nossa actividade também temos soluções que integram a área do lazer, do desporto, do divertimento, entre outros.
Carlos Neves (Dunlop Sports)
1. Com grande perspectiva de futuro. A qualidade e esforço dos nossos praticantes assim o demonstra e para tal o apoio das Ana Gonçalves (BP Portugal) marcas é fundamental para estas conquistas. É nesta base que a 1.Penso que é uma actividade em Dunlop tem apoiado cada vez desenvolvimento e que tem mais jogadores e eventos, quer a ganho novos adeptos principal- nível macional quer internaciomente nas camadas mais jovens. nal.
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... 2.Fundamentalmente porque queremos proporcionar aos jogadores nacionais a mais valia que é utilizar uma bola de excelência, especialmente desenvolvida para a prática do ténis em terra batida: Dunlop Fort Clay Court (Bola Oficial também e entre outros do Estoril Open) 3.A DropShot - Artigos Desportivos, Lda. é a representante Nacional da marca Dunlop Sport na sua vertente de desportos de raquete e material têxtil. Pela sua grande visibilidade, número de praticantes e instituições, o ténis é a nossa aposta base. Não poderíamos deixar de tentar apoiar este evento de nível internacional!
4.O ser reconhecida como a representante da marca que é a bola oficial deste jogo da Taça Davis.
Tiago Sampaio (Fonte Viva) 1.Sem dúvida que há muito trabalho feito pela federação, associações e clubes, basta olhar para a quantidade de jovens que cumprem agora o circuito internacional com bons resultados. É fundamental ter uma boa base de jogadores para que apareçam resultados de topo. A Kia Motors é o patrocinador oficial do OPEN da Austrália há já vários anos. Tendo em linha de conta este apoio ao ténis no plano internacional, a Kia Portugal tem vindo a apoiar, nos últimos dois anos, os torneios da Taça Davis, sempre que estes ocorrem em Portugal, mediante a cedência de viaturas à Federação Portuguesa de Ténis. A relação com a Federação Portuguesa de Ténis tem permitido à marca estar presente fisicamente nos diversos torneios, mostrar os seus produtos a todos aqueles
2. Sempre estive ligado ao ténis por razões de família e á sua prática por isso fez sentido estar presente nas muitas competições que são organizadas a nível nacional. 3.Um desporto com grande qualidade, boa visibilidade junto dos media desportivos e generalistas e grande número de praticantes espalhados por todo o país. 4.Grande visibilidade e angariação de novos clientes com um bom posicionamento de marca.
que apoiam a modalidade e disponibilizar test drives para todos aqueles que nos dão a oportunidade de podermos mostrar a evolução da marca em termos qualitativos e de tecnologia. Em breve voltaremos a encontrar -nos no Jamor, esperamos que as condições climatéricas sejam as mais favoráveis, para que Portugal continue tão bem colocado como até agora.
Parabéns à equipa portuguesa!
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... Ténis a entidade máxima do Ténis em Portugal e sendo cada vez mais uma modalidade de destaque no panorama Desportivo nacional, faria todo o sentido Nuno Vicente (Sports Partner) estarmos ao seu lado para colaborar no que nos for possível 1. Creio que o Ténis nacional para o seu ainda maior desenvolatravessa uma excelente fase e vimento. possui excelentes atletas para 3. A modalidade tem crescido poder promover o Ténis Portu- muito nos últimos anos onde guês, não só em Portugal mas vários atletas Portugueses tem também por todo o mundo. O obtido resultados de destaque um alto nível destes atletas dá a pos- pouco por todo o mundo, mas sibilidade de vermos jogos apai- não foi unicamente por este facxonantes como o da final do ano tor que escolhemos a modalidade passado no Estoril Open onde se do Ténis. A nível de um trabalho via o publico extremamente de base acreditamos que podeenvolvido e participativo a apoiar mos aportar valor a Federação o Frederico Gil. São momentos Portuguesa de Ténis, dentro das como este que cativam jovens nossas áreas de competência, atletas e adeptos para a modalida- para permitir providenciar de sendo que neste momento melhores soluções para criar existem já vários atletas de topo melhores condições a futuros que nos possibilitam sentir este campeões. Apenas a titulo de tipo de emoções. exemplo vejamos, o Ténis por 2. A Sports Partner entende que ser uma modalidade praticada tem um papel social a desempe- maioritariamente em espaços nhar, enquanto fabricante de exteriores, é directamente afectaEquipamentos e Pavimentos da pelas condições climatéricas Desportivos, pois a melhoria das que impossibilitam variadíssimas condições das infra-estruturas vezes cumprir na íntegra com os Desportivas para cada uma das planos de treinos e jogos necesmodalidades cativa e incentiva á sários para atingir a máxima perpratica Desportiva. Neste sentido formance de cada atleta. Na temos procurado estabelecer Par- Sports Partner, porque somos cerias com diversas Federações fabricantes e Portugueses, desende diversas modalidades em volvemos um Pavimento Desvários Países no sentido de cola- portivo exterior aprovado pela borarmos no desenvolvimento Federação Portuguesa de Ténis de cada uma das modalidades. para a prática Desportiva, que Sendo a Federação Portuguesa de devido à sua arquitectura
(Pavimento elevado), permite uma rápida secagem do campo de jogo tendo assim um elevado tempo útil de utilização comparativamente com as outras soluções convencionais. Este é um claro exemplo que justifica facilmente a nossa escolha da modalidade e onde podemos aportar valor. 4. O estabelecimento de Parcerias com as entidades máximas de cada Desporto de cada País (Federações) são sempre encaradas por nós como um grande desafio e uma grande responsabilidade, pois queremos estar presentes como um Parceiro próactivo e aportar valor para bem da modalidade. Com este espírito umas das principais mais valias que tiramos desta Parceria passa principalmente por estar mais perto das pessoas da modalidade para melhor perceber as necessidades específicas de forma a poder encontrar as melhores soluções para podermos contribuir dentro da nossa actividade para o desenvolvimento de soluções adequadas a cada modalidade.
Tozé Machado (Mulembeira) 1. Acredito que no futuro o Ténis terá mais peso no desporto nacional e mais enquadramento no desporto escolar. 2. Gostar de Ténis, ser praticante e ser o meu desporto de eleição.
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... 3. Saber o impacto que pode dar no futuro como projecção da empresa.
4. Acreditar que a fazer parcerias podemos crescer estruturalmente
e financeiramente, o futuro é de quem acredita positivamente.
FED CUP NO EGIPTO Portugal tenta regressar ao Grupo I O torneio da zona Europa-África do Grupo II da Fed Cup by BNP Paribas 2011, com a participação de Portugal, vai realizar-se no Egipto, com início a 2 de Maio. A federação egípcia de ténis receberá no El Gezera Sporting Club, no Cairo, a competição do Grupo II, que reúne oito selecções para
uma competição de robin” em dois grupos.
“round
No final do torneio, duas nações serão promovidas ao Grupo I e duas acabarão por ser relegadas ao Grupo III em 2012. A selecção de Portugal vai competir com Finlândia, Arménia, Geórgia, Liechtenstein, Turquia, Marrocos
e Bósnia-Herzegovina. Portugal foi despromovido ao Grupo II da zona euro-africana depois do torneio do Grupo I, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis em Fevereiro, no Jamor. A equipa portuguesa cedeu no “play-off” de manutenção frente à Bulgária, por 2-1.
SELECÇÕES ASSOCIAÇÃO TÉNIS PORTO Trabalho único, inovador e disciplinar O objectivo da Associação de Ténis do Porto (ATPorto) é desenvolver a modalidade, criando bases sustentadas de conhecimento. Só conhecendo em pormenor os jovens jogadores é que permitirá trabalhar para que possam ser jogadores de excepção. Este trabalho único, inovador e multidisciplinar é levado a cabo pela ATPorto, em parceria com a Federación Gallega de Tenis, Associações de Ténis de Aveiro, Coimbra e Leiria, Faculdade do Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), Departamento de Investigação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Clínica Médica do Exercício do Porto (CMEP) e em colaboração com a Real Federa-
cíon Española de Tenis, Centro de Tenis “Ciudad de la Raqueta” (Madrid), Universidad Internacional de Valencia e Academia Tenisvale (Valencia) O projecto é coordenado pelo Professor Rui Silva, que iniciou este projecto em 2005 aplicando a metodologia de avaliação do ITN e, desde logo, promoveu este vector de trabalho para fazer um verdadeiro upgrade ao trabalho que se faz nos clubes. Para tudo isto conta com o apoio do Professor Albino Mendes, mestrado nesta área de conhecimento, obtido na FADEUP, e abraçou este projecto com “unhas e dentes”, com grande competência e rigor, pondo as selecções sub12 e sub14 ao nível das melhores federações
europeias, como por exemplo a Federação Francesa de Ténis, e também com o Professor Doutor José Maia, responsável pelo Departamento de Cineantropometria da FADEUP, a “peça chave” deste projecto e que tem sido inexcedível no seu apoio. A FADEUP é uma Faculdade de Desporto reconhecida internacionalmente e tem já larga experiência no estudo de jovens jogadores, em várias modalidades e começou a trabalhar com a Associação de Ténis do Porto em 2007, a que se juntou a UTAD e a CMEP em 2010, completando áreas de apoio de recolha e análise de dados sobre os jogadores e a sua evolução motora, mental e física.
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ASSOCIAÇÃO LUSO HISPANOAMERICANA Corrêa Sampaio presente na formação da Associação
O Presidente da FPT José Corrêa Sampaio, acompanhado pelo Vice-Presidente Pedro Salinas de Moura, marcou presença nas reuniões e cerimónias para constituição da nova Associação Luso Hispanoamericana de Ténis, entidade que engloba os países Latino-americanos, Portugal , Palops e Espanha.
Neste encontro realizado na cidade espanhola de Valência, em que estiveram presentes diversas personalidades, entre elas, o representante do Conselho Superior de Desportos do Governo de Espanha, ficou decidido que a presidência do organismo será anual e rotativa. Por proposta do Presidente, a
Direcção da Federação Portuguesa de Ténis decidiu nomear o Vice Presidente Pedro Salinas de Moura para o Comité Executivo da nova Associação. Investigação e desenvolvimento da modalidade é a partir de agora um projecto sem fronteiras que a associação vai desenvolver com os países fundadores.
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HOMENAGEM A CUNHA E SILVA <<Sinto-me muito honrado e sensibilizado>>
O Clube Escola Ténis de Oeiras (CETO) prestou homenagem a João Cunha e Silva com a entrega de uma placa alusiva aos bons serviços prestados ao longo de uma década à frente dos destinos da escola de ténis do clube, à qual dá nome. Na cerimónia estiveram presentes familiares, dirigentes, elementos da equipa técnica que trabalha com o antigo internacional, alguns tenistas que compõem o universo de 240 utentes da escola, entre eles Frederico Gil, o número um nacional, e Rui Machado, que trabalhou com Cunha e Silva até ao ano passado.
A Federação Portuguesa de Ténis esteve representada pelo secretário-geral, José Santos Costa. Apanhado de surpresa, um emocionado João Cunha e Silva assumiu-se "muito honrado, sensibilizado e agradado pelo reconhecimento nesta fase da carreira como treinador". "Nunca escondi que gostava de ser melhor treinador e formador do que fui jogador e tenho de agradecer à minha mulher, ao meu pai, pilares muito importantes, bem como a todas as direcções do CETO por toda a confiança que sintetiza tudo o que tem sido feito", declarou o técnico, sem esquecer de partilhar o troféu com todos os funcionários e treinadores da Escola CETO/João Cunha e Silva. O antigo jogador também dedicou palavras emocionadas a Rui
Machado e a Frederico Gil, tenistas que melhor reflectiram o trabalho de excelência da escola. Manuel Valle-Domingues, presidente do clube, proferiu um discurso bem-disposto e elogiou a "disciplina, dedicação, trabalho e boa cabeça" de Cunha e Silva tanto nos tempos em que era jogador, como na qualidade de treinador. O dirigente relembrou alguns dos momentos altos desde que, em Setembro de 2010, João Cunha e Silva tomou conta dos destinos da escola. "Em 2003, Frederico Gil terminou no top-10 júnior, durante este período o CETO teve cinco campeões nacionais absolutos, com Gil, Gonçalo Pereira e Martim Trueva. Em 2008, Rui Machado conquistou quatro futures consecutivos, em 2009, Gil atingiu o 66.º posto do ranking ATP, o melhor de sempre de um português, e em 2010, Machado ficou muito perto de entrar no top-100. Por isso, o passe do João está blindado", referiu Valle-Domingues.
RUI MACHADO TEM NOVO TREINADOR Rui Machado começa a trabalhar com André Lopes Rui Machado anunciou que começou a trabalhar com o treinador André Lopes, continuando a preparação física entregue a Paulo Figueiredo. “Continuo empenhado em investir na minha carreira profissional a cem por cento e por isso continuo a acreditar que um treinador a „full-time‟ é a melhor opção para atingir os
ambiciosos objectivos a que me proponho todas as épocas”, referiu o jogador em comunicado. “Em relação a preparação física continuarei a trabalhar com o Paulo Figueiredo, que considero que nos últimos meses desenvolvemos um trabalho muito importante”, comentou o número dois luso.
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CONSELHO DE ARBITRAGEM Árbitros portugueses premiados O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Ténis desde o início do ano tem tido reuniões com os árbitros das diversas Associações Regionais de Portugal. Estas reuniões de trabalho visaram a apresentação dos novos elementos do Conselho, eleitos na última Assembleia Geral, e também apresentar as novas alterações do Regulamento Geral de Provas, assim como transmitir aos Árbitros uma maior profissionalização da carreira. As reuniões também tiveram o intuito de criar um convívio maior entre o Conselho de Arbitragem e os Árbitros. No total e em 12 dias, foram visitadas as associações de Lisboa, Setúbal, Alto Alentejo, Leiria, Viseu, Aveiro, Porto, Vila Real, Castelo Branco, Algarve, Coimbra e Açores. Quase 7.000 quilómetros percorridos com intuito de formar cada vez melhor os árbitros de ténis em Portugal. O Conselho de Arbitragem conseguiu passar a mensagem neste périplo a 105 juízes. O Conselho de Arbitragem atribuiu por Associação Regional um prémio aos árbitros que mais jogos arbitraram e aos juízárbitros que mais torneios organizaram durante o ano de 2010. Foram premiados os seguintes árbitros:
Lisboa – Árbitro – Tomás Calmeiro; Juiz Árbitro – Nuno Ferreira Setúbal – Árbitro e Juiz Árbitro – Pedro Carapeto Alto Alentejo – Árbitro – Gonçalo Simões; Juiz Árbitro – Gonçalo Marques Leiria – Árbitro – João Silva; Juiz Árbitro – Marco Duarte Viseu – Árbitro – Miguel Cardoso; Juiz Árbitro – Elisabete Almeida Aveiro – Árbitro – Paula Quental; Juiz Árbitro – Gustavo Rocha Porto – Árbitro – Carlos Fortunato; Juiz Árbitro – Fernando Paquete Vila Real – Juiz Árbitro – Mário Aleixo
Castelo Branco – Árbitro – Carlos Barroso; Juiz Árbitro – José Jorge Algarve Árbitro – Marco Romão; Juiz Árbitro – Ricardo Fonseca Coimbra – Árbitro – Dino Almeida; Juíz-Árbitro – Armando Campos Açores – Árbitro – João Moreira; Juiz Árbitro – António Mesquita. No próximo mês de Abril, no seguimento das acções que temos vindo a fazer para o melhoramento do nível da arbitragem irão os Árbitros Pedro Carapeto e Rui Guerreiro a França (Angers), frequentar o curso de Juiz Árbitro Level 2 (Withe Badge).
Grupo de Árbitros dos Açores com o Conselho de Arbitragem na A.T. Açores
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ESTORIL OPEN Jamor volta a ser a capital do ténis de 23 de Abril a 1 de Maio A 22ª edição do Estoril Open está aí à porta e o Complexo Desportivo Nacional do Jamor (Oeiras) vai receber grandes nomes do ténis mundial e muito público para assistir aos jogos. O sueco Robin Soderling (4.º na hierarquia mundial) e o espanhol Fernando Verdasco (9º ATP) são os cabeças de cartaz para o torneio português. Robin Soderling, o sueco tombagigantes que acabou com duas incríveis séries vitoriosas de Rafael Nadal e de Roger Federer, é o primeiro grande protagonista da 22ª edição do Estoril Open. O espanhol Fernando Verdasco (anunciado poucos dias antes do Natal) foi a prenda antecipada
que, em entrevista à Antena 1 e jornal Record, João Lagos prometeu aos amantes da modalidade. A prova de carácter misto, o que acontece desde 1998 com a adição da prova feminina à competição masculina inaugurada em 1990, integra uma elite muito restrita de competições que reúnem ao mesmo tempo e no mesmo local provas pontuáveis para as classificações oficiais do ATP World Tour e do Sony Ericsson WTA Tour. Na altura eram menos de uma dezena de provas, sendo que o sucesso da fórmula elevou o número de eventos para 16: o Estoril Open, os quatro gigantes do Grand Slam - Open da Austrália, Roland Garros
(França), Wimbledon (Inglaterra) e US Open (EUA) -, os megatorneios de Indian Wells, Miami (EUA) e Madrid (Espanha), e ainda Brisbane e Sydney (Austrália), Memphis (EUA), Acapulco (México), Den Bosch (Holanda), New Haven (EUA), Pequim (China) e Moscovo (Rússia).
JOÃO LAGOS EM ENTREVISTA <<A colaboração da Lagos Sport’s com a FPT é um livro aberto>> vos. A Lagos Sport‟s é uma das empresas que apoiou logisticamente a Federação Portuguesa de Ténis na organização da eliminatória da Taça Davis em Portugal, de 4 a 6 de Março. O patrão da empresa, João Lagos, garante que João Lagos a FPT só tem que “tocar à porta que nós respondemos imediaUm português orgulhoso e defen- tamente”. sor da pátria, assim se assume “A colaboração da Lagos João Lagos. O empresário e ex- Sport‟s com a FPT é um livro jogador disputou, por mais que aberto! Tudo o que a nossa uma vez, a Taça Davis e actual- estrutura pode oferecer em termente dirige o maior torneio de mos de logística, sem custos ténis português, o Estoril Open, para a FPT, estamos sempre para além de ser responsável por disponíveis”, afirma o empresáoutros grandes eventos desporti- rio, que encarou a Taça Davis
como um aperitivo para o Estoril Open no final de Abril. “A eliminatória da Taça Davis foi mais uma achega para promovermos os jogadores portugueses, estiveram lá os melhores a defender a nossa bandeira, e serão eles que nos representarão no Estoril Open. No nosso torneio, tivemos no ano passado o expoente máximo quando o Frederico Gil chegou à final. Foi um momento histórico”, diz orgulhoso. João Lagos, fala por experiência própria. Participou mais do que uma vez na Taça Davis e revela como o ténis passa, nesta competição, de desporto individual para
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... desporto colectivo. “O ténis é um desporto individual por excelência e, não deixando de o ser, tem a Taça Davis que é uma das mais emblemáticas provas. O desporto individual é chamado a unir-se em representação dos países. É o único momento em que o ténis se une e se torna um desporto de equipa. É um momento fantástico sentir-se que se é um dos melhores do país e que estamos todos juntos em nome da bandeira. O espírito de equipa é mais um factor motivante na carreira de um jogador”, explica. Para João Lagos, este apuramento da Taça Davis teve ainda mais importância pelo facto do próximo adversário da Selecção Nacional ser a poderosa Suíça de Roger Federer. “Será um momento excepcional! O Roger Federer vai jogar nessa altura e isso é mais um fortíssimo contributo para o desenvolvimento da modalidade e para a sua divulgação no nosso país”, sublinha o empresário que reconhece, ao mesmo tempo, que o Ténis nacional está no bom caminho. “Estamos a atravessar uma das melhores fases de desenvolvimento da modalidade. Os jogadores estão com um desempenho global muito interessante – no masculino e no feminino”, diz João Lagos de forma emocionada.
22º Estoril Open Depois da Taça Davis no Jamor o cenário continua montado. O Estoril Open, organizado pela Lagos Sport‟s, está aí à porta e o empresário fala sempre com orgulho da “menina dos seus olhos”. Robin Soderling (4º no ranking ATP) e Fernando Verdasco (9º) são presenças garantidas mas director do Estoril Open não esconde o patriotismo e sente “enorme orgulho quando os tenistas portugueses dizem sonhar em competir no torneio”. “O Estoril Open é a oportunidade máxima do país! Para os que já lá chegaram é o palco onde anseiam ter as melhores prestações”, garante. Após notícias publicadas na imprensa, dando conta da imi-
nente insolvência do grupo João Lagos Sports, o responsável assumiu estar em curso um projecto de reestruturação empresarial, mas sem pôr em causa as actividades e garantiu a viabilidade financeira da empresa. “Magoam-me certas pessoas e atitudes mas é um magoar relativo de umas minorias. Não serão estas opiniões mais mentirosas que me vão deitar abaixo mesmo quando dizem que estou acabado. Isso não corresponde à verdade e não contribui para nada”, afirma. “Não nego as dificuldades mas estamos a recuperar e não baixo nem nunca baixarei os braços. Somos bons, muito bons, e reconhecidos em termos nacionais e internacionais”, conclui o empresário de 67 anos.
Joao Lagos, director do Estoril Open e CEO da Lagos Sport’s
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ENTREVISTA A VITOR CABRAL Programa Nacional de Formação de Treinadores Desde Dezembro de 2008, com a publicação do Decreto-Lei 248A/2008, que esteve proeminente a implementação de um Programa Nacional de Formação de Treinadores (PNFT) transversal a todas as Federações. Mais recentemente, a 22 de Março de 2010, com a publicação do Despacho 5061/2010 pelo IDP, finalmente ficaram definidas as normas para a obtenção e emissão de uma Cédula de Treinador de Desporto (CTD). Com o período de transição em vigor em 2011, os primeiros cursos começarão em 2012. Prof. Vítor Cabral, Director do Departamento de Formação da FPT, responde a um série de perguntas sobre este novo e importante regime de formação. Cursos mais completos e mais trabalhosos, com estágios, vão trazer um grau de especialização superior? Sem dúvida que este novo regime representa um grande desafio e que certamente, se bem implementado, irá contribuir para uma maior especialização dos treinadores. Por um lado a maior carga horária permitirá um maior desenvolvimento das matérias e conteúdos específicos. Este aprofundamento permite um nível completamente diferente de percepção e integração do conhecimento. Por outro lado, a inclusão do estágio vai possibilitar uma intervenção directa nos clubes, orientando a aplicação prática dos conteúdos transmitidos na parte curricular. Esta intervenção directa abre caminho para uma nova era de comunicação entre a FPT e
os clubes. Pretende-se agir de uma maneira decisiva na forma como os treinadores conduzem os treinos, levando assim a uma melhoria progressiva na qualidade do Ténis nacional. É difícil neste momento perceber como é que os treinadores poderão aceder a esta formação com estas cargas horárias, como é que isso se irá compatibilizar com os seus horários de trabalho. Mas penso que as soluções serão encontradas pela maioria dos treinadores interessados. Em muitas outras profissões (professores, médicos, advogados, engenheiros, etc) faz-se formação com cargas horárias muito maiores e conjugadas com os deveres profissionais. Portanto será uma questão de evolução para a profissão do treinador que trará, certamente, o aumento da sua credibilidade. O novo regime terá a virtude de separar aqueles que tiram
um curso apenas e aqueles que o fazem para exercerem a profissão? Penso que acima de tudo, este novo regime irá profissionalizar verdadeiramente a profissão do treinador. Deixará de existir lugar para o autodidacta que vive à margem da realidade, num universo próprio onde se auto intitula possuidor de um conhecimento que não é certificado ou actualizado. O radical que critica todos os programas e projectos, com base num conhecimento empírico que só ele conhece, está em vias de extinção. O ténis, infelizmente, tem sido prejudicado ao longo dos anos por estas pessoas que remam sempre contra a maré e impossibilitam a implementação de programas de desenvolvimento fundamentais em qualquer desporto. Tem sido uma realidade infeliz da nossa modalidade e os projectos que têm vingado com destaque nacional e internacional
Vitor Cabral ladeado de Frederico Gil (à esquerda) e de Rui Machado (à direita)
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... como o Play+Stay e o Smashtour, seu derivado directo, têm avançado à custa da coragem e trabalho de pessoas que aguentam vezes sem conta o impacto da crítica destrutiva destes elementos. Na realidade actual, são já casos isolados e perfeitamente identificados, devido precisamente ao investimento no processo de formação/ certificação da FPT. Relembro que algumas pessoas mantêm o pessimismo retórico quando a modalidade está a viver o seu melhor momento de sempre em resultados competitivos e na implementação dos programas já referidos, apesar do estado da economia. A formação dos treinadores tem tido um papel claramente determinante nesta realidade. O ténis evoluiu já muito nesta área garantindo que a esmagadora maioria dos treinadores está com certificação devida e com o nível de formação adequado. A adesão está claramente acima dos 90%. O que esperamos e sempre promovemos, foi a integração destes valiosos profissionais no processo de formação. Serão eles que vão ser seleccionados pelo Departamento de Formação para orientar os estágios dos novos treinadores, formados neste novo regime que vai entrar agora em vigor. Devido ao extenso trabalho que realizamos ao longo destes anos, estamos na posição privilegiada de conhecer bastante bem (na realidade, melhor que ninguém) todos os treinadores do país. As cargas horárias vão aumentar 10 vezes o número actual e os estágios serão obrigatórios. A mudança não é muito drástica? É, sem sombra de dúvida, uma
mudança radical e difícil para os treinadores. Mas penso que será um hábito daqui a alguns anos. Uma nova geração de treinadores apenas conhecerá este regime de formação/certificação. Para os outros será complicado procurar subir para os níveis de formação superiores, mas não impossível. É importante que todos percebam que para se ser, por exemplo, professor de Educação Física numa escola é necessário tirar uma licenciatura de 3 anos e um mestrado de 2 anos (desde a integração do processo de Bolonha). Para realizar um trabalho tão específico e importante como ser treinador de uma modalidade não é propriamente adequado, neste contexto, que a formação se faça apenas em meia dúzia de dias. Em alguns países é obrigatório, desde sempre, ser licenciado para poder ministrar qualquer tipo de treino em todas as modalidades (caso de muitos países de leste, com a Rússia à cabeça). Este é um passo evolutivo num processo, que certamente não ficará por aqui. Mais e melhor formação era essencial? Penso que sim. Para além de tudo o que já falamos, penso que a própria questão da classe dos treinadores, do seu estatuto profissional, está aqui em jogo. É fundamental um processo de formação/certificação credível em qualquer profissão. Relembro que num passado ainda não muito distante, a necessidade de formação ou de certificação não era algo considerado necessário no Ténis, por treinadores, cubes ou jogadores. Isto tem graves implicações na percepção que o públi-
co em geral tem, por vezes, da modalidade. Os “clientes” que hoje em dia aparecem nos clubes são muito mais exigentes e conscientes do que pretendem nomeadamente para os seus filhos e a formação profissional adequada é um critério determinante. Qualquer pai pretende que os seus filhos sejam acompanhados por um profissional com formação pedagógico-cientifica adequada. Claro que tudo isto é relativamente recente e, naturalmente, é difícil conseguir acompanhar todas as mudanças. O resultado de tudo isto é que a classe dos treinadores não está pura e simplesmente habituada à formação/ certificação como uma necessidade para a realização do seu trabalho e, por isso, a sua adaptação ao novo regime será mais difícil. Mas já evoluímos bastante neste campo com a intervenção do Departamento de Formação da FPT, que teve como preocupação preparar os treinadores para esta realidade. Muita coisa mudou, em especial nestes últimos sete anos, o que garantiu que os treinadores e o Ténis em geral se encontra numa posição confortável e privilegiada, relativamente a outras modalidades, para a entrada em prática deste novo regime. Por tudo isto vejo este novo regime como uma oportunidade para melhorar a todos os níveis e estou convencido da resposta positiva por parte dos treinadores e do ténis em geral. O ano de 2010 encerrou um ciclo importante de Formação no Ténis.
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DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO FPT Destaques 2010 Com a entrada em vigor do novo Programa Nacional de Formação de Treinadores (PNFT), 2011 é um ano de transição para o novo sistema de formação implementado pelo Instituto do Desporto de Portugal (IDP). Neste contexto, 2010 foi o último ano do sistema em vigor desde 2003, com a criação do Departamento de Formação da FPT. O crescimento do número de acções de formação ao longo dos sete anos foi claro, sendo criadas imensas oportunidades de formação para os treinadores e outros agentes da modalidade (nomeadamente árbitros e professores de Educação Física). Para além destas acções o Departamento de Formação ocupou-se da divulgação do programa Play+Stay, promovendo a formação de treinadores e professores de Educação Física nesta nova metodologia de ensino, num processo que mereceu o maior destaque por parte da ITF (International Tennis Federation), colocando Portugal numa situação privilegiada em palcos internacionais. Este último ano foi uma exposição clara das apostas realizadas ao longo deste período. Com 57 acções de formação realizadas, entre cursos de treinadores e árbitros, reciclagens, workshops, acções de ténis escolar e outras, é importante relembrar alguns marcos mais relevantes. Apoiando-se nas edições de anos anteriores, o Departamento de Formação da FPT deu a maior prioridade ao maior torneio português, Estoril Open, como uma
plataforma para a divulgação do programa Play+Stay. A edição de 2010 apresentava muitas vantagens sobre a anterior, que já se tinha revelado um grande sucesso para a FPT. Por um lado a experiência com esta parceria com a Lagos Sports, por outro a grande experiência acumulada desta equipa de trabalho que só em 2010 já tinha realizado três momentos de grande exposição mediática, durante as edições da Taça Davis e Fed Cup. Mas a atracção principal seria a presença de Roger Federer numa acção de Play+Stay, algo que nenhum país tinha ainda conseguido. O apoio por parte do contingente português, começando com Frederico Gil e Rui Machado e continuando com Gastão Elias, Michelle Brito Maria João Khoeller e Leonardo Tavares, foi fundamental mais uma vez. Mas o maior momento do evento foi de facto a presença daquele que é considerado o melhor jogador de todos os tempos, Roger Federer, que acedeu a despender
uma hora com a equipa do Departamento de Formação, numa acção que foi mediatizada para todo o mundo. A ITF colocou no seu site, na página principal, este momento com grande destaque para a FPT, felicitada por conseguir algo que ainda não tinha sido feito pelo programa até então.
Roger Federer no Play + Stay
Conforme era esperado devido à proximidade da entrada em vigor do PNFT, a adesão aos cursos de
Actividade formativa do Departamento de Formação, em número de acções realizadas
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... treinador não teve precedentes. Entre cursos dos vários níveis, damos destaque ao Curso de Nível 3 realizado em Vilamoura com cerca de 30 treinadores de todo o país. O curso decorreu no Hotel Dom Pedro Golfe, tendo sido determinante contar com um local que pudesse oferecer todas as comodidades de alojamento, alimentação e locais ideais para as sessões práticas e teóricas. O Algarve foi escolhido para albergar este curso porque os dois cursos de nível 3 anteriores foram realizados, respectivamente, em Lisboa em 2007 e no Porto em 2008. Este curso contou com a participação de prelectores de nível internacional para leccionar algumas destas matérias. Uma vez mais, a Federação Internacional de Ténis (ITF) vem contribuir com a presença do responsável mundial da formação, Miguel Crespo, reforçando os laços cada vez mais estreitos com a formação em Portugal. O plantel de formadores foi completado com Piotr Unierzisky, considerado um dos maiores especialistas mundiais em Metodologia do Treino Especifico em ténis, e com uma série de prelectores nacionais já com os créditos bem estabelecidos. A FPT realizou também a primeira organização de um Curso de Treinador de Padel, marcando a integração da modalidade como uma variante do Ténis. Sendo uma modalidade emergente com grande implantação em Espanha (com cerca de 2 milhões de praticantes), torna-se fundamental criar condições para que a modalidade floresça. Neste sentido procurou-se com este curso certificar alguns treinadores no norte
do país onde a modalidade está a ca de 150 participantes de países dar os primeiros passos, após diversos, como a Rússia, Ucrânia, uma série de cursos realizados no Bielorrússia e outros, o evento foi sul do país pela Associação considerado um sucesso e a FPT Nacional de Padel. A ATPorto é marcou mais uma vez a sua grande promotora desta integra- importância nos palcos internação e o Complexo de Ténis do cionais. Monte Aventino, no Porto, apos- Não poderíamos terminar sem tou também na construção de um destacar o Simpósio Nacional de court. Desta forma, este evento Treinadores, que na sua edição de marcou a conjunção das sinergias 2010 atingiu o maior número de da FPT, ATPorto e Câmara participantes de sempre, quebranMunicipal do Porto numa acção do o anterior record de 2006. que teve grande impacto mediáti- Cerca de 160 participantes convico. veram durante três dias com prePortugal é um país de referência lectores internacionais de grande na divulgação do Play + Stay e no craveira como Carl Maes, exseu circuito Sub-10. Neste con- treinador de Kim Klijsters e Justitexto o Departamento de Forma- ne Henin, e Hrvoje Zmajic, resção da FPT tem sido muito solici- ponsável ITF para a zona eurotado para participar em eventos peia. Estava também prevista a internacionais onde estas expe- presença de “Pancho” Alvariño, riências possam ser partilhadas treinador espanhol de renome com treinadores de outros países. internacional, que infelizmente Para além de um curso de Treina- não pôde comparecer devido ao dor de Nível 1 em Cabo Verde, a fecho do espaço aéreo espanhol FPT foi convidada a participar no durante a realização do Simpósio. Simpósio de Treinador do Leste O Departamento de Formação Europeu. reafirmou também a sua aposta Promovido pela ITF, este Simpó- nos prelectores nacionais, com sio dirigido especificamente para destaque para Pedro Cordeiro e treinadores do leste europeu, cen- Luis Nascimento. trou-se no programa Tennis 10, a iniciativa da Federação Internacional de Ténis para os circuitos sub 10, de que Portugal é um dos principais proponentes e um estudo de caso. A ITF destacou três especialistas mundiais para este evento, entre os quais o Prof. Vítor Cabral. Com cer- Sessão Teórica com Miguel Crespo
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... Este evento representou também o ambiente positivo que se vive no Ténis nacional, contrastando de uma forma marcante com o sentimento de outras épocas. A formação não é apenas um instrumento de transmissão de conhecimentos, é também um veículo de mudança de mentalidades. Seria muito difícil no inicio desta primeira década do milénio acreditar que estaríamos neste ponto na modalidade. Os resultados desportivos que atingimos em vários escalões, a expressão nacional do crescente credibilidade internacional são fenómenos que representam um esforço e investimento da Federação Portuguesa de Ténis, investimento onde a formação tem tido um papel determinante. Mesmo em altura de crise nacional, com os problemas financeiros a dominar as preocupações dos portugueses, o Ténis parece seguir em contra-corrente e a área da Formação continuará a dar a sua contribuição para esse processo no futuro próximo. Vitor Cabral (Director do Departamento de Formação da FPT)
Sessões práticas e teóricas no Simpósio Nacional de Treinadores 2010
Sessão prática com Nuno Marques
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PNDT Programa admite mais três coordenadas de zona Com início em 2006, o Programa Nacional de Detecção de Talentos é um projecto de grande sucesso, tendo uma adesão massiva em contínua progressão, com uma implementação geográfica de cobertura nacional. O PNDT mantém-se em sintonia com as directrizes da ITF, estando a adoptar deste a 1ª instância o modelo do “Play & Stay”. Bolas adequadas e dimensões dos campos adequadas são as principais medidas que se tem procurado uniformizar em todo o território nacional. O constante aumento do número de participantes no circuito SMASHTOUR obrigou a que a equipa técnica do PNDT fosse
reforçada com mais um coordenador para cada uma das 3 zonas territoriais (Norte, Centro e Sul): Hélder Araújo (Norte - CT Braga), Joana Roda (Centro – CIT Leiria) e Gonçalo Simões (Sul – CT Montemor-o-Novo) foram os técnicos convidados para ajudar a fazer crescer este importante projecto. Em 2011 foi aumentado ligeiramente o número de provas, reforçando sobretudo as AR‟s que vinham tendo mais dificuldade em garantir o sucesso das suas provas. O Circuito Smashtour consolidou a sua importância no contexto nacional sendo já um “caso de estudo” a nível europeu em função das condições de organização e
sobretudo pelo crescente aumento do número de participantes. Em 2012 todas as competições sub 10 terão de respeitar as normas da ITF (tennis 10’s) definidas em Roterdão em 2009. Portugal é pioneiro e já as aplica desde 2008, sendo actualmente um dos Países com mais experiência em actividades nestes escalões. O circuito português é reconhecido internacionalmente como um dos mais bem estruturados e com melhores resultados para o desenvolvimento do ténis. A sua imagem, organização e implementação, uniformizando os procedimentos em todo o território nacional, servem hoje em em dia de exemplo para vários
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... países europeus que iniciam a sua actividade nestes escalões. Em 2010 foram implementadas novas medidas que mantiveram este circuito dentro das linhas de orientação da ITF e colocaram Portugal num dos primeiros países do mundo a organizar um Circuito Nacional Sub 10, totalmente adaptado às regras aprovadas para 2012. A nova definição dos escalões possibilita aos treinadores decidir se os seus jogadores de 9 ou 7 anos devem jogar no escalão verde ou laranja (no caso dos 9 anos) e laranja ou vermelho (no caso dos 7 anos), mediante o nível técnico/competitivo que já apresentem. Estamos conscientes de que estas
medidas - repartição dos atletas pelos 3 escalões – não aumentaram significativamente o número de praticantes, mas cientes de que deram possibilidade a mais atletas terem sucesso. Acreditamos porém que em 2011 será mais um ano de crescimento nos 3 escalões. Este ano estiveram envolvidos nos 3 diferentes escalões cerca de 700 atletas e 110 clubes das 13 associações regionais. Foi um ano de crescimento em número de participações, mas sobretudo na qualidade do nível médio dos jogadores. O SMASHTOUR, vertente competitiva das actividades do PNDT, vê reforçada a sua importância com o aparecimento de
BREVES
Federer na rota de Portugal Roger Federer, ex-número um do ranking mundial e actualmente na terceira posição, confirmou a 11 de Março que vai integrar a equipa da Suíça na eliminatória da Taça Davis by BNP Paribas contra Portugal. "Decidi que vou jogar a Taça Davis em Julho, em casa, contra Portugal. Estou realmente ansioso para ajudar a Suíça", referiu Federer no seu site oficial.
Suíça e Portugal vão enfrentar-se na ronda final do Grupo I da zona Europa/África da competição, entre 8 e 10 de Julho. A eliminatória, que não tem ainda local definido, começará a ser disputada apenas cinco dias depois da realização da final masculina de Wimbledon. Roger Federer regressa à Taça Davis by BNP Paribas quase dois anos depois. O suíço jogou pela última vez a competição em Setembro de 2009, vencendo as
mais 3 provas internacionais - 1 prova Sub 12 (AA Coimbra); 1 prova Sub 14 (CT Vila Real Santo António); 1 prova Sub 16 (CT Porto) do European Junior Tour a nascerem em Portugal em 2011. Depois de em 2010 a candidatura de Portugal a ascender ao Grupo B da hierarquia da Tennis Europe ter sido aceite por unanimidade, permitindo este aumento do número de provas internacionais, mais jovens portugueses irão ter acesso à competição internacional “dentro de portas” sendo fundamental que as primeiras experiências competitivas sejam feitas com qualidade de modo a encorajar os nossos jovens praticantes a manterem-se na competição.
duas partidas de singulares que disputou contra a Itália.
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... chegou a 21 de Março à melhor O trabalho desenvolvido em 2010 ITF McAllen, 15 mil dólares, EUA Escapou por pouco o quinto posição pessoal no ranking ATP - pela Direcção presidida por José Maria Calheiros, que cessou funtroféu da época a Gastão Elias 271º. ções no final de Dezembro passado, foi muito elogiado por ter conTE Kaleva Open 2011, Finlândia seguido fechar as contas com um Vice-campeões de pares saldo positivo de dezassete mil e A dupla José Maria Dória/ Cristo- novecentos euros, apesar dos muipher Reynolds sagrou-se a 18 de tos sacrifícios feitos por toda a Março vice-campeã do quadro de comunidade do ténis. pares sub-16 do TE Kaleva Open 2011. O par luso-britânico cedeu Assembleia Geral Tennis Europe apenas na final, diante dos cabeças Santos Costa em Amesterdão de série. Aleksandr Ivanovich Spirin//Ilya Vasilyev levaram a O secretário-geral da Federação melhor por 6-4, 2-6, 6-10. Portuguesa de Ténis foi o repreApesar do bom arranque, Dória e sentante português na Assembleia Reynolds não conseguiram supe- Geral da Tennis Europe. José Santos Costa faz um balanço positivo riorizar-se. da reunião que decorrer na capital holandesa. Assembleia Geral Gastão Elias deu luta ao norte- da Federação Portuguesa do Ténis “85 delegados representaram 37 americano Wayne Odesnik, 663.º Relatório e contas aprovadas países numa reunião que correu bem. Foram apresentados no ranking onde já ocupou a 77.ª posição, mas não conseguiu arre- O Relatório e Contas de 2010, os relatórios e as contas de 2010 cadar o quinto troféu internacional ponto único da Assembleia Geral e aprovadas a alteração de estada carreira, terceiro da temporada, da FPT - Apresentação, discussão tutos e o aumento das taxas”, no ITF de McAllen, nos Estados e votação do Relatório e Contas referiu o responsável. de 2010 -, foi aprovado por unani- Jacques Dupre, único candidato Unidos. O português, 357.º da hierarquia midade no dia 26 de Março, sessão que se apresentou a sufrágio, foi ATP, entrou a ganhar, mas a expe- que teve lugar no auditório da eleito por aclamação. riência do rival prevaleceu nos Fundação Escola Profissional de Nos oito lugares do „Board‟ vão pisos rápidos texanos, pelo que Setúbal, em Manteigadas Sul. continuar sete elementos da anteElias cedeu 7-6 (7/5), 4-6 e 1-6, Na sessão magna, estiveram pre- rior gestão. A única cara nova é a mas amealhou 15 pontos que vão sentes as associações dos Açores, holandesa Karin van Bijserveld, consolidar o melhor momento da Aveiro, Coimbra, Leiria, Porto, antiga presidente da federação de carreira. O jogador da Lourinhã Setúbal e Conselho de Arbitragem. ténis daquele país.
Edição on line 2011
Abril Periodicidade: Bimestral
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