90 anos Notícias do ténis EDIÇÃO ONLINE
MARÇO 2015
Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015
Ontem como Editorial
Ultrapassaram -se situações adversas, mas o facto é que todos — dirigentes, atletas, técnicos e árbitros — permitiram que chegássemos até aqui, o que é de louvar, e proporcionaram que o ténis português tenha a dignidade pela qual é internacionalmente reconhecido, o que é de sublinhar
hoje
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Federação Portuguesa de Ténis comemorou o 90.º aniversário da sua fundação a 16 deste mês. Trata-se de um marco muito importante, como é óbvio, e que nos merece uma reflexão sobre todos estes anos decorridos. O percurso da modalidade em Portugal, construído com abnegação e espírito de ambição, é anterior à formação da Federação Portuguesa de Ténis. Guilherme Pinto Basto, o responsável pela introdução do ténis em Portugal, foi um dos que mais lutou, com um entusiasmo inquebrantável, para o crescimento da modalidade e teve muitos seguidores. Alguns destes souberam interpretar corretamente o desejo de engrandecimento do ténis em Portugal, com uma estrutura que pudesse guindar a modalidade para outros horizontes e constituir -se como entidade orientadora da disciplina. A 16 de março de 1925, uma assembleia-geral de delegados indicados pelos clubes votou favoravelmente a fundação da Federação Portuguesa de Lawn-Tennis. O primeiro presidente foi Guilherme Pinto Basto, como não podia deixar de ser. De então para cá, muitos foram os que se dedicaram à Federação Portuguesa de Ténis. Ultrapassaram-se situações adversas, mas o facto é que todos — dirigentes, atletas, técnicos e árbitros — permitiram que chegássemos até aqui, o que é de louvar, e propor-
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
cionaram que o ténis português tenha a dignidade pela qual é internacionalmente reconhecido, o que é de sublinhar. Ontem como hoje, a determinação, a abnegação e a ambição tem de ser alimentada. É um legado que recebemos com um orgulho muito grande e uma responsabilidade que vem do passado que não enjeitamos. Do passado vêm também exemplos enriquecedores. Nesta adição, iniciamos série de entrevistas, até final do ano, de presidentes da Federação Portuguesa de Ténis. Armando Rocha, presidente de 1981 a 1983, é o primeiro entrevistado, dada a impossibilidade, por motivos de saúde, de Manuel Cordeiro dos Santos, que presidiu de 1976 a 1980 e de 1991 a 1992.
Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
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Esplendor no forte Há 90 anos, um grupo de homens lançou-se na criação de um organismo centralizador do ténis em Portugal, constituído em assembleia-geral de 16 de março de 1925. Guilherme Pinto Basto — responsável pela introdução do ténis em Portugal — foi o primeiro presidente da Federação Portuguesa de Lawn Tennis, décadas mais tarde designada Federação Portuguesa de Ténis. As comemorações da fundação da instituição tiveram como ponto alto um jantar de gala, no Forte de São Julião, em Oeiras. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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ublime. A Gala 90 Anos Federação Portuguesa de Ténis juntou no Forte de São Julião, em Oeiras, a família do ténis e entidades, para assinalar a efeméride, com solenidade. O presidente da Federação Portuguesa de Ténis, Vasco Costa, referiu que «a festa é de todos» e realçou «a importância» de cada um dos presentes «no desenvolvimento do ténis, do padel, do ténis em cadeira de rodas e do ténis de praia». Vasco Costa agradeceu ainda o apoio do Ministério da Defesa Nacional, da Câmara Municipal de Oeiras, da Farmacêutica Angelini e de José Basílio Pinto Basto, para a realização da gala. Na Gala 90 Anos Federação Portuguesa de Ténis, várias individualidades e entidades foram distinguidas: TREINADOR ATLETA «TOP» 100 — Frederico Marques, André Lopes, João Cunha e Silva, Manny Dominguez, António Brito, Sérgio Cruz e António van Grichen. TOP 100 — Michelle Larcher de Brito, João Sousa, João Sousa, Rui Machado, Frederico Gil e Nuno Marques. ÁRBITRO — Jorge Dias, Carlos Ramos, Carlos Sanches e Mariana Alves. EMPRESÁRIO — João Lagos. DIRIGENTE — José Filipe Dias. INSTITUIÇÃO — Academia dos Champs. ASSOCIAÇÕES 30 ANOS — Associação de Ténis de Lisboa, Associação de Ténis do Porto e Associação de Ténis do Algarve. CLUBE CENTENÁRIO — Lawn Tennis Clube da Foz, CIF — Club Internacional de Football e Oporto Cricket & Lawn Tennis. FORMADOR — Alfredo Vaz Pinto. COLABORADOR — Filomena Graça e José Santos Costa. JORNALISTA — Norberto Santos. Foram ainda entregues galardões de reconhecimento a entidades e atletas. 4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Testemunhos de presidentes Armando Rocha sucedeu a Manuel Cordeiro dos Santos na presidência da Federação Portuguesa de Ténis. Corria o ano de 1981, tinha Armando Rocha 54 anos. «Sempre gostei de ténis. E pratiquei ténis desde a juventude. Achei que não podia recusar o desafio», referiu Armando Rocha, o terceiro diretor-geral dos Desportos, em 1963, depois dos mandatos de Manuel Sacramento Monteiro e Osvaldo Valadão Chagas. Armando Rocha considerou que teve «uma intervenção importante» na Federação Portuguesa de Ténis, de 1981 a 1983. «Isso é inegável», frisou. Durante a sua gestão, o número de praticantes teve um acréscimo significativo, passando «de dezenas de atletas para centenas». A modalidade registou um crescimento em Portugal, para que contribuiu — muito, como sublinhou — o Open de Portugal, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis, em 1983, ganho pelo sueco Mats Wilander (final com o francês Yannick Noah). «Foi a semente para as muitas outras provas do circuito ATP de então», disse Armando Rocha. A direção a que presidiu teve outra tarefa que classificou de primordial: a recuperação financeira da Federação Portuguesa de Ténis, que então tinha 60 por cento do seu orçamento assegurado pelas dotações estatais.
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«Mudá do A
rmando Rocha assumiu os destinos da Federação Portuguesa de Ténis numa situação difícil. A existência de um passivo era uma preocupação e a «Herança Artur Mantero» afigurou-se como uma solução para o equilíbrio financeiro. Armando Rocha assinou o primeiro protocolo com o Estado para desbloquear a verba. — Alguma desilusão da direção a que presidiu de 1981 a 1983 por a verba não ter sido disponibilizada? — Naturalmente que foi uma desilusão não termos podido aceder a este importante apoio, depois de tantos anos. Quanto mais cedo a verba fosse desbloqueada, mais cedo se começava a trabalhar em prol do desenvolvimento do ténis. A verdade é que aquelas demoras burocráticas tiveram uma certa influência na atuação da Federação. — Até que ponto condicionou? — Condicionou muito, na medida em que as verbas que a Federação Portuguesa de Ténis dispunha eram muitos escassas. Na altura, tínhamos apoio do Estado e a atividade federativa era cara. — Que peso tinha o apoio estatal no orçamento? — Era grande. Era um apoio significativo, mas não era decisivo. Rondava uns 60 por cento do nosso orçamento. — Qual era a realidade económica-financeira da Federação Portuguesa de Ténis naquela altura?
ámos a mentalidade ténis em Portugal»
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— A Federação Portuguesa de Ténis tinha uma situação completamente deficitária. E o equilíbrio financeiro era muito importante, por isso tínhamos de ter uma capacidade de gerar mais 40 por cento de proventos. Íamos buscar esses montantes aos patrocinadores. Por exemplo, o Sport Goofy foi uma janela que se abriu e foi decisiva para a boa saúde financeira da Federação Portuguesa de Ténis. Começámos a ter equilíbrio praticamente total. Por outro lado, o Sport Goofy deu um grande incremento ao ténis juvenil. As estatísticas da Federação Portuguesa de Ténis
mostram isso. A verdade é que éramos uma modalidade de algumas dezenas de atletas e passámos a ter centenas. — E quanto mais filiados, maior a dotação do Estado… — Claro! Era muito importante aumentar o número de filiados na Federação Portuguesa de Ténis. — Quais foram as grandes preocupações do seu mandato na Federação Portuguesa de Ténis? — Era dispor de instalações, de campos de ténis. Naquela altura, a Federação Portuguesa de Ténis funcionava em termos administrativos em Lisboa, onde está agora
«O Sport Goofy deu um grande incremento ao ténis juvenil. As estatísticas da Federação Portuguesa de Ténis mostram isso»
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«Dinheiro. As maiores necessidades podiam resumir-se à obtenção de mais apoios. Havia a necessidade de fomentar a participação de jovens portugueses em torneios no estrangeiro. Lembro-me do Orange Bowl. Mandávamos os nossos tenistas aos Estados Unidos, para que eles competissem com indivíduos de outra galáxia. Isso era um esforço financeiro muito grande, mas conseguiu-se»
a sede da Caixa Geral de Depósitos. Era um espaço exíguo, sem grandes condições. Era um espaço alugado. Tínhamos também problemas de organização. Como diretor-geral dos Desportos, tinha a superintendência do Estado Nacional, portanto o que podia facilitar à Federação Portuguesa de Ténis era uma política de abertura completa. Como presidente da Federação Portuguesa de Ténis, o primeiro passo foi dado e depois as coisas começaram a rolar naturalmente. A minha direção foi a primeira a ter uma ligação ao Estádio Nacional, que foi sempre uma infraestrutura essencial para o ténis. Criámos as escolas de ténis para jovens, em 1963, e essa atividade foi-se multiplicando ao longo dos anos. Outro das preocupações foi o saneamento do passivo da Federação Portuguesa de Ténis, além, claro, do incremento do número de praticantes, porque isso significava mais receitas. — Quais eram as maiores necessidades da Federação Portuguesa de Ténis, para fazer face às muitas despesas, uma delas a participação regular na Taça Davis? — Dinheiro. As maiores necessidades podiam resumir-se à obtenção de mais apoios. Havia a necessidade de fomentar a participações de jovens portugueses em torneios no estrangeiro. Lembro-me do Orange Bowl. Mandávamos os nossos tenistas jovens aos Estados Unidos, para que eles competissem com indivíduos de outra galáxia. Isso era um esforço financeiro muito grande, mas conseguiu-se. — E possibilitava o contacto internacional dos tenistas portugueses. Isso foi outra das suas preocupações? — Exatamente. Era muito importante. Estamos no limite da Europa e as deslocações eram grandes e dispendiosas para qualquer
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competição. Conseguimos proporcionar aos jovens o contacto internacional. Lembro-me de ter ido ao Mónaco, com Nuno Marques. Recordo que ele foi vice-campeão europeu de sub-14, cedeu diante de um russo, de baixa estatura, mas com grandes qualidades. A certa altura, Nuno Marques invectivava o russo por alguns defeitos que manifestou ao longo da partida. Eu chamei à atenção a Nuno Marques, dizendo que ele estava a invectivar o campeão do mundo por fazer o que Nuno não era capaz de fazer. Lá ultrapassou isso e portou-se muito bem nessa prova no Mónaco. — Em 1983, foi-lhe proposto por um promotor alemão a realização de uma prova integrada no Grand Prix da ATP. O Open de Portugal, no Estádio Nacional, acabou por ter tido apenas uma única edição, uma vez que o custo elevado e a ausência de patrocinadores obstaram a que se repetisse. Porventura, foi outra das suas desilusões durante o seu mandato? — Não se pode considerar que tenha sido uma desilusão, porque o ténis português era muito caseiro e não tinha a projeção que tem hoje. Mas é claro que fiquei com pena de o Open Portugal, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis, não ter prosseguido. O Open Portugal contribuiu para o saneamento financeiro da Federação Portuguesa de Ténis. — Que balanço faz da sua gestão na Federação Portuguesa de Ténis durante três anos? — Penso ter tido um mandato altamente positivo. Entrei na Federação Portuguesa de Ténis com um somatório de despesas que não eram despiciendas. Quando saí, o saldo não era negativo. O passivo era importante, porque era um passivo de montante elevado. O saneamento financeiro foi muito importante e
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cresceu-se muito a nível de praticantes e a nível de receitas, porque os patrocinadores começaram a apostar nas provas de ténis. Esse foi um trabalho que foi necessário fazer, não posso dizer que não tivesse sido feito antes, mas o que é certo é que não tinha resultados. A abordagem a esses patrocinadores foi dar credibilidade ao ténis. Era uma modalidade marginal, totalmente elitista, sem grande projeção, quer nacional quer internacional. — A sua entrada na Federação Portuguesa de Ténis inaugura uma nova era. Houve modificações na organização e do amadorismo passou-se ao profissio-
muitos aspetos para permitir a evolução do ténis português? — Foi uma mudança fundamental. Passámos do amadorismo completo para um semiprofissionalismo responsável. Mudámos a mentalidade do ténis em Portugal. — Por que diz semiprofissionalismo e não profissionalismo? — Não se podia dizer que eles eram profissionais, porque ser profissional de ténis implicava verbas muito consideráveis e eles não tinham essa possibilidade. Estas alterações eram muito importantes para a mentalidade dos jogadores também. Abrindo -se horizontes aos jogadores, eles foram arrastados para seguirem
«Penso ter tido um mandato altamente positivo. Entrei na Federação Portuguesa de Ténis com um somatório de despesas que não eram despiciendas. Quando saí, o saldo não era negativo»
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«Havia muita gente que não compreendia a perda de poder em determinadas zonas, mas levou-se a cabo essa iniciativa de alargar o associativismo. Não estou arrependido. Era uma coisa de muito interesse, na medida em que isso ia aumentar o número de praticantes e o montante de receitas»
rem novas técnicas, a seguirem em frente, com progresso. — Foi no seu consulado que foi criada a primeira associação regional de ténis, em Lisboa, em outubro de 1980. Por que o fez? — Era uma coisa de muito interesse, na medida em que isso ia aumentar o número de praticantes e o montante de receitas da Federação Portuguesa de Ténis, através da concessão de licenças aos jogadores. — Descentralizava-se o poder… — Não foi fácil, mas esse foi o propósito também. Havia muita gente que não compreendia a perda de poder em determinadas zonas, mas levou-se a cabo essa iniciativa de alargar o associativismo. Não estou arrependido. — Acompanha o ténis atualmente. Como vê o ténis português de hoje? — Acompanho, tanto quanto me é possível. Dos meus tempos até hoje, mudou muito a mentalidade no ténis em Portugal. Temos mais infraestruturas, mais jogadores, árbitros de renome e treinadores bem preparados. Acho que a estrutura atual do ténis é mais capaz de enfrentar os desafios do futuro. O ténis português melhorou muito, na verdade. Temos mais praticantes e, só por aí, é muito importante. A modali-
dade cresceu muito em número de praticantes e de receitas. — Será possível esperar que o ténis português, que tem um jogador que atingiu o 35.º posto no «ranking» mundial (João Sousa), evolua ainda mais? — É difícil, porque os nossos
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atletas não têm aquele apego que é necessário e fundamental para ser um grande campeão. É claro que a mentalidade dos jogadores portugueses mudou muito, como já disse. E tenho de dizer que muito se tem feito, com a dedicação de muitas pessoas e
com novos financiamentos da Federação Portuguesa de Ténis. É importante que a Federação Portuguesa de Ténis possa desenvolver a sua missão e contribuir para que o ténis português seja cada vez melhor, a todos os níveis.
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O rei das fin R Rui Machado, imbatível há 25 encontros em singulares (um na Taça Davis), festejou já quatro títulos individuais nesta temporada, obtidos em cinco semanas consecutivas com presença em finais
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ui Machado somou presenças em finais de singulares do circuito profissional ITF em cinco semanas consecutivas. O campeão nacional absoluto em título, de 30 anos, averbou mais quatro títulos individuais. O percurso vitorioso de Rui Machado começou em Colombo, no início de fevereiro. Sem ceder qualquer partida durante o primeiro «Future» no Sri Lanka, o algarvio festejou o triunfo frente ao checo Jan Satral, após um duplo 6-3. Na semana seguinte, Rui Machado voltou a erguer o troféu destinado ao vencedor em Colombo, depois de se ter desembaraçado do sérvio Miljan Zekic, por 6-2 e 6-1. O culminar de um trajeto realizado igualmente sem consentir um único «set» em quatro encontros. No torneio de terceira semana no Sri Lanka, Rui Machado conquistou o tri, assinando 6-0 e 6-3 novamente com Miljan Zekic como opositor. O tenista português fechou a digressão por aquele país asiático com mais uma vitória em «Futures» e com apenas uma partida consentida, logo na ronda
um, frente ao francês Gabriel Petit, proveniente do «qualifying». No regresso a Portugal, para os torneios da categoria «Future» no Algarve, Rui Machado voltou a jogar um derradeiro encontro. No entanto, o francês Remi Boutillier levou-lhe a melhor, por 6-4 e 6-4, em Vale do Lobo, no torneio em que Romain Barbosa e Leonardo Tavares triunfaram em pares. Ausente no ITF Futures Faro por ter estado ao serviço da seleção nacional na Taça Davis (vitória por 4-1 de Portugal na receção a Marrocos), Rui Machado — destaque de fevereiro na página oficial da ITF — regressou ao circuito em Loulé, para contabilizar o quarto título na temporada. Rui Machado, que atingiu a 59.ª posição mundial e foi número um do ATP Challenger Tour em 2011, soma 18 títulos em provas «Future», aos quais adiciona oito triunfos no ATP Challenger Tour em dez finais, entre 2009 e 2012. Em 2010, João Sousa — o atual número um nacional foi sete vezes campeão em «Futures» – registou uma sequência de três triunfos em semanas consecutivas
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nais consecutivas
em competições da categoria. Em Espanha, o tenista vimaranense, radicado em Barcelona desde os 15 anos, sagrou-se campeão em singulares em pares em Valldoreix, Adeje e Lanzarote.
Nestas duas localidades das Canárias, João Sousa logrou ainda festejar a conquista do título em pares, em Adeje e Lanzarote ao lado do espanhol Rumenov Payakov.
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Um sentim
A estreia de Frederico Gil na Taça Davis reporta-se a 2004. O tenista natural de Lisboa, residente em Sintra, tinha 19 anos e ajudou Portugal a triunfar sobre a Tunísia, por 3-2, na capital tunisina, Tunes
FOTOS: FERNANDO CORREIA
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or ocasião da eliminatória entre Portugal e Marrocos, da Taça Davis, o CAR do Jamor serviu de palco para a atribuição do ITF Commitment Award a Frederico Gil. Um galardão que distingue o tenista residente em Sintra pelas 20 presenças na maior competição do mundo entre nações. «O sentimento é muito bom. Tenho de agradecer à ITF e, de forma muito especial, à equipa portuguesa e à Federação Portuguesa de Ténis. Esta distinção pelas minhas 20 eliminatórias na Taça Davis deixa-me muito contente», congratulou-se o homenageado, depois de receber o troféu das mãos de Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis. A estreia de Frederico Gil na Taça Davis remonta a abril de 2004, em Tunes, na primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África. Frederico Gil, então com 19 anos, ajudou Portugal a vencer a Tunísia, por 3-2. Leonardo Tavares, Bernardo Mota e Rui Machado completavam a seleção capitaneada por João Maio.
Seguiram-se 19 presenças na Taça Davis, a última das quais em abril de 2013, no CIF, em Lisboa. Gil integrou a equipa de Pedro Cordeiro que venceu a Lituânia, por 5-0, na segunda eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África. O percurso de Gil na Taça Davis
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mento muito bom
prolonga-se por nove anos e o exnúmero 62.º mundial não o quer dar por encerrado. «Espero continuar e ter muitas mais presenças. Espero fazer parte da seleção em breve», salientou Frederico Gil. Há dois anos, por ocasião do
centenário da ITF, João Cunha e Silva (o português com mais presenças na Taça Davis — 30), Nuno Marques, Leonardo Tavares, Emanuel Couto e Rui Machado receberam o ITF Commitment Award. Foi no decorrer do Portugal-Benim, da Taça Davis.
Gil quer voltar a marcar presença na seleção nacional na Taça Davis
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Um dia na Taça Davis A Doze elementos da Academia dos Champs viveram uma experiência inesquecível na receção de Portugal a Marrocos, primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis
Academia dos Champs — projeto que, desde 2009, promove a integração social através do ténis — proporcionou experiência inesquecível a vários amantes da modalidade no confronto entre Portugal e Marrocos, da primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis, entre 6 e 8 de março, no CAR do Jamor. Doze crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 19 anos, tiveram a oportunidade de ver de perto alguns dos principais nomes do ténis nacional na atualidade. Mafalda Saraiva, coordenadora do Projeto Entrecul, do Núcleo Outurela/Carnaxide da Academia dos Champs, salientou a importância da iniciativa. «Todos eles treinam ténis, mas não é todos os dias que podem ver de perto jogadores profissionais, que só estão habituados a ver na televisão. A ideia é que isso os inspire. Temos um atleta fede-
rado e gostaríamos que outros seguissem o seu exemplo», explicou a responsável. Estava dado o mote para conhecer Filipe Pereira, 19 anos de idade, os últimos quatro vividos de mãos dadas com o ténis. «Gosto muito de ténis, é um desporto muito difícil e sem a ajuda da Academia dos Champs não teria esta possibilidade. É especial poder apoiar a seleção, mas preferia estar a jogar. Infelizmente já não vou a tempo», lamentou o jovem, confessando admiração por João Sousa, número um nacional, que teve oportunidade de ver em ação no CAR do Jamor: «É o meu tenista português favorito», disse. A presença do grupo de jovens praticantes na eliminatória da Taça Davis entre Portugal e Marrocos contou com a colaboração de Luís Ferreira, coordenador da Zona Centro do Departamento de Desenvolvimento da Federação Portuguesa de Ténis.
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«É uma ocasião única de estar com a elite do ténis português e vê-la competir», realçou, dando conta da oportunidade proporcionada pela Academia dos Champs aos 12 jovens de «fazer brincadeiras com os tenistas e participar numa sessão de autógrafos». Fundada em 2009 por António Champalimaud, a Academia dos Champs exerce atualmente a sua
atividade através de cinco núcleos – quatro na zona da Grande Lisboa e um na zona do Grande Porto –, aliando à prática regular de desporto uma forte componente pedagógica. A Academia dos Champs foi distinguida em 2013 pelo ATP World, no âmbito do programa ATP Aces for Charity, que destaca anualmente projetos de solidariedade.
Em 2013, ATP World Tour distinguiu a Academia dos Champs, no âmbito o ATP Aces for Charity
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Circuito vi
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Circuito Padel Portugal visita o Algarve no primeiro fim de semana de abril, para a realização da segunda prova do calendário, organizada pelo Centro de Ténis de Faro. À semelhança da primeira etapa, realizada em março, em Sintra, a competição algarvia, em relva sintética, terá um montante de mil euros para distribuir pelos participantes, repartidos pelos pares masculinos, femininos e mistos. A competição do Centro de Ténis de Faro, que tem como diretor de prova André Nunes e juiz árbitro José Rosa Nunes, tem como data limite para inscrições 1 de abril (centro@tenisfaro.com ou através de faxe — 289 817 877). O sorteio está programado para o Centro de Ténis de Faro, em Gambelas, a 2 de abril, pelas 10 horas. A prova no Centro de Ténis de Faro, que disponibiliza três campos, contempla 500 euros para pares masculinos, 300 para femininos e 200 para mistos. Na primeira prova da edição de 2015 do Circuito Padel Portugal, que decorreu no Padel Sports Clube de Sintra, em finais de março, os campeões nacionais em título João Roque e Gonçalo Nicau conquistaram o primeiro título na temporada.
João Roque e Gonçalo Nicau disputaram a final do torneio do Padel Sports Clube de Sintra, com Eduardo Carona e Jesus Lizarbe, acabando estes últimos por permitirem o triunfo dos campeões nacionais, em duas parti-
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isita o Algarve
das, fechadas com os parcelares de 6-3 e 7-5. As provas de pares masculinos e mistos não se realizaram no Padel Sports Clube de Sintra, a primeira etapa do Circuito Padel Portugal.
O Circuito Padel Portugal, organizado pela Federação Portuguesa de Ténis, integra o Campeonato Nacional da modalidade, cuja data ainda não está fixada, mas que deverá acontecer novamente em setembro.
A prova no Centro de Ténis de Faro, a segunda do Circuito Padel Portugal, será reservada a pares masculinos, femininos e mistos. Por todos os atletas serão distribuídos prémios no valor de mil euros
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«Quero super E Eduardo Morais, semifinalista no Nacional de sub-12 no ano passado, integrou a equipa do Clube de Ténis do Colégio do Amor de Deus campeã nacional de sub-12 em 2014 e 2013. Sagrou-se vice-campeão no Masters Nacional de sub-10, em 2012, ano em que conquistou o título em pares na mesma prova. Este ano, foi campeão em singulares e em pares (com Miguel Gomes) no Azores Open 12 & Under e semifinalista em Auray, localidade francesa onde recebeu o prémio revelação
duardo Morais é atleta do Clube de Ténis do Colégio do Amor de Deus, em Cascais. Treinado por André Leite, Tomás Rosado e Mário Silva, marcou presença na seleção nacional de sub-12 que disputou as fases de qualificação da Summer Cup, na Holanda, e da Winter Cup, na República Checa. Recentemente, em Auray, na França, foi considerado a revelação do torneio. O ténis é... a minha paixão, o desporto que escolhi e é o que mais gosto de fazer. Jogo ténis porque… é o desporto com que me identifico. Comecei a jogar muito cedo, com o meu pai, depois passei a ter aulas e, a partir daí, o ténis passou a fazer parte da minha vida. O que mais gosto no ténis… é o facto de ser um desporto em que se compete muito, tendo, por isso, a possibilidade de fazer torneios internacionais, poder viajar e conhecer países e jogadores. O que mais detesto no ténis é… uma pergunta difícil para mim, mas talvez alguns momentos de frustração que sinto durante algumas partes dos jogos e quando, depois de terminar alguns encontros, sinto que podia ter feito mais e melhor. Treinar é… uma oportunidade de evoluir nos aspetos físicos, mentais, técnicos e táticos, melhorando as minhas maiores lacunas e aperfeiçoar as minhas maiores armas, tendo em conta que ainda tenho muito para aprender e tenho de continuar a trabalhar, com esforço, humildade e dedicação.
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O sucesso significa… a recompensa do trabalho diário que executo nos treinos e que dá frutos depois, nos torneios. É um sentimento de felicidade, porque gostei do que fiz enquanto atleta no campo. No ténis, quero… superar os meus limites. Sair de um treino ou de um jogo e pensar que dei o meu máximo e que melhorei em relação ao último dia. Tenho também objetivos a longo prazo, como um dia ser profissional neste desporto. Depois de vencer um encontro… sinto-me bem por ter saído do campo com uma vitória. Depois, dou uma corridinha e faço os meus alongamentos. De seguida, falo com o treinador dobre o jogo e ele diz-me o que fiz bem e o que tenho de melhorar para o próximo jogo. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… a nível nacional, sem dúvida, ter sido campeão nacional por equipas com o CT CAD (dois anos consecutivos). A nível internacional, foi o meu primeiro título, nos Azores Open, e, recentemente, a minha meia-final do Open Super 12 Auray, no qual fui também distinguido com o prémio Revelação. E a maior tristeza no ténis foi… de momento, não me lembro de nenhuma tristeza, mas sim de alguns momentos maus que encarei como se fosse uma aprendizagem. Se dava mais para
eu mandasse no ténis… mais apoios aos mais novos, possibilidades de viagens o estrangeiro, para assim
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rar os meus limites»
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conhecerem como é o nível dos jogadores da sua idade. Também organizava mais torneios internacionais em Portugal, pois penso que são os mais importantes, em que os jogadores aprendem mais. Em Portugal, o ténis precisa de… mais clubes e academias, importantes para a evolução desde jovens até profissionais, para poder haver mais jogadores a competir a nível internacional. Um ou uma tenista de Portugal no "top" 100... é o caso de João Sousa, um grande trabalhador em campo e, depois, esse trabalho é recompensado, sendo um exemplo a seguir. O ténis português pode alcançar mais jogadores «top» 100. Um bom treinador é… alguém que ajuda a melhorar em todos os aspetos do jogo e em quem eu
confio. No fundo, é aquele que eu vejo todos os dias e todos os meus treinadores me tentam ajudar a evoluir e tornar-me num jogador mais completo. O meu ídolo no ténis é atualmente... Rafael Nadal, porque admiro a sua forma de jogar, a sua garra e atitude em campo, que acho que é essencial num grande jogador de ténis, não esquecendo que João Sousa é um exemplo. O meu torneio preferido é… Roland Garros. A minha superfície preferida é… terra batida, mesmo apesar de jogar a maior parte dos torneios em piso rápido. No meu saco, não dispenso… as raquetas Tecnifibre, toalha, corda para aquecer, água e sapatilhas de correr.
No ano passado, Eduardo Morais sagrouse campeão individual no Azores Open 12 & Under. Em São Miguel, também foi vicecampeão em pares, conjuntamente com Tomás Pinho. O jovem tenista do Clube de Ténis do Colégio do Amor de Deus, em Cascais, tem tido presença constante na seleção nacional de sub-12
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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA
ALGARVE CASTELO BRANCO LISBOA
SETÚBAL
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