NT Março 2017

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Notícias do ténis MARÇO 2017

NUNO ALEXANDRE

EDIÇÃO ONLINE

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Vilamoura com olhos para o mundo


Sinal auspicioso Editorial

Ter em Portugal um Campeonato do Mundo é o sonho tornado realidade

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epois das participações dignificantes das seleções nacionais na Taça Davis e na Fed Cup, em fevereiro, um outro selecionado, além das seleções juvenis, estará em ação de 21 a 25 deste mês. Em Vilamoura, a equipa portuguesa de ténis em cadeira de rodas vai disputar o Campeonato do Mundo de Ténis em Cadeira de Rodas, participando uma vez mais na qualificação europeia. Este evento em Portugal é uma organização portuguesa, da Federação Portuguesa de Ténis em parceria com a Premier Sports, que muito nos honra. O Campeonato do Mundo de Ténis em Cadeira de Rodas, qualificação europeia, constitui a concretização de um desejo que alimentávamos há algum tempo a esta parte. Ter em Portugal um Campeonato do Mundo é o sonho tornado realidade. É um contributo muito importante para o engrandecimento do ténis em Portugal e, em particular, do ténis em cadeira de rodas. Uma iniciativa como esta é um importante meio de promoção da modalidade, torna-se num veículo de uma grande força para motivar todos aqueles que pretendem fazer do ténis a sua prática desportiva, mesmo que com caráter ocasional.

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

A prova na Vilamoura Tennis Academy realiza-se no mês em que a Federação Portuguesa de Ténis comemora 92 anos. Uma efeméride que se assinala logo com a realização de um Campeonato do Mundo. É a primeira vez que um Mundial em ténis, este na variante de ténis em cadeira de rodas, visita o nosso país. Este Campeonato do Mundo é um sinal auspicioso para o futuro, que pretendemos seja incomparável e absolutamente brilhante. A Federação Portuguesa de Ténis dista oito anos do centenário, com pujança e iniciativa e com uma preocupação de se tornar numa instituição reconhecida, cá dentro e lá fora.

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

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Carlos Leitão, João Sanona, Joaquim Nunes e Jean Paul Melo na qualificação europeia do ano passado, na Turquia

Vilamoura a olhar para o mundo Portugal está na rota para o Campeonato do Mundo de Ténis em Cadeira de Rodas pela primeira vez. De 21 a 25 deste mês, na Vilamoura Tennis Academy, decorre a qualificação europeia, com a presença de 17 seleções, em masculinos e femininos. A seleção portuguesa estará novamente na disputa por um lugar na fase final do Campeonato do Mundo de Ténis em Cadeira de Rodas, programado de 1 a 7 de maio, na ilha italiana de Sardenha. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Na Vilamoura Tennis Academy vão estar 16 seleções, 13 em masculinos e as restantes três em femininos. Apenas uma seleção masculina e outra feminina se apurarão para a fase final, na Sardenha (Itália), nos primeiros dias de maio

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ITF

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ela primeira vez, Portugal recebe o Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas. De 21 a 25, na Vilamoura Tennis Academy, 16 seleções vão competir na qualificação europeia da competição. Numa organização conjunta da Federação Portuguesa de Ténis e a Premier Sports, o Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, qualificação europeia, terá a presença dos selecionados de Bélgica, Suécia e Suíça, em femininos, e de Áustria, Croácia, Estónia, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Lituânia, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia e Suíça, em masculinos. Apenas uma seleção em femininos e outra em masculinos se apurarão para a fase final do Campeonato do Mundo, na Sardenha, em Itália, de 1 a 7 de maio. Nos últimos anos, a qualificação europeia realizou-se em Antalya, na Turquia. A Federação Portuguesa de Ténis candidatou-se à organização em Portugal e a ITF correspondeu. «Numa reunião em que estive com o presidente da ITF [David Haggerty], em Londres, no final do ano passado, a Federação Portuguesa de Ténis mostrou disponibilidade para realizar alguns eventos em Portugal, até porque sabíamos da vontade da ITF de deslocalizar alguns eventos que se rea-

Laziridis é um dos esteios da seleç que venceu a qualificação europeia passado, na Turquia

lizavam na Turquia. Um dos eventos que sentimos que faria sentido trazer para Portugal, até porque temos um carinho muito grande por esta modalidade de desporto adaptado, era o Campeonato do Mundo em Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas. A ITF manifes-

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ção grega, a, no ano

tou logo a vontade de dar mais provas Portugal, dado o dinamismo que sente no ténis no nosso país e também por o João Sousa e o Gastão Elias estarem a elevar o nível do nosso ténis», referiu Vasco, presidente da Federação Portuguesa de Ténis.

Vasco Costa sublinhou que «Portugal começa a ser visto no panorama do ténis internacional» e lembrou que «houve várias candidaturas à organização do Campeonato do Mundo, qualificação europeia, mas a Federação Portuguesa de Ténis ganhou».

De entre várias candidaturas, Portugal ganhou. É a primeira vez que um Campeonato do Mundo de ténis, visita Portugal

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As caraterísticas de Vilamoura e da Vilamoura Tennis Academy foram uma das premissas para a candidatura da Federação Portuguesa de Ténis, à qual se associou a Premier Sports

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Fabisiak (Polón esquerda, e Buo (Suíça) estão co mados na Vilamoura Te Academy

«A nossa candidatura foi forte. Pensámos logo em Vilamoura. Por um lado, quer o clube que Vilamoura são bastante planos e, para o desporto adaptado, isso é importante», lembrou Vasco Costa, acrescentando que dialogou com Pedro Frazão, diretor da Premier Sports, responsável pela organização do Vale do Lobo Grand Champions, prova que integrava o calendário do circuito mundial de veteranos da ATP.

«Pedro Frazão ficou encantado, abriu-nos as portas», disse o presidente da Federação Portuguesa de Ténis, frisando que o Campeonato do Mundo em Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, qualificação europeia, terá «vários apoios em termos institucionais». «A Câmara Municipal de Loulé será uma das entidades envolvidas e viu com interesse estes setor do turismo adaptado, uma vez que Vilamoura oferece todas

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Frederico Marques, treinador de João Sousa

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ia), à ob onfir-

ennis

as condições. Temos também o apoio do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e do Instituto Nacional de Reabilitação», salientou Vasco Costa. Pedro Frazão aludiu à estratégia da Premier Sports em diversificar os eventos que organiza, entre os quais o Vale do Lobo Open, o Vilamoura International U14 e os campeonatos nacionais individuais de sub-12 e de veteranos e em equipas de sub-12.

«Desde os anos 90 do século passado que promovemos circuitos satélites e torneios ‘Future’, a contar para os principais ‘ranking’s mundiais de ténis. Também apostamos nos jovens, com o Vilamoura International Sub-14, além de termos revolucionado o ATP Champions Tour, ao trazer para Portugal o Vale do Lobo Grand Champions, que se afirmou logo um exemplo no circuito mundia», afirmou Pedro Frazão.

O Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, qualificação europeia, reunirá quase sete dezenas de atletas

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Vilamoura Open no ensaio Na semana que antecede o Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, a Vilamoura Tennis Academy acolhe o Vilamoura Open. A prova, com «prize money» de três mil dólares, está inserida no calendário da ITF Futures Series e constituirá um ensaio para a qualificação europeia do Mundial. Em masculinos, o quadro principal de singulares será de 32 tenistas, enquanto a grelha secundária consagrará 16 . Os eliminados na ronda um da grelha principal poderão continuar a competir no quadro de consolação. O quadro principal de singulares, em femininos, terá 16 atletas.

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Frazão recordou as parcerias com a Federação Portuguesa de Ténis e vincou a convicção de que «a fase de qualificação europeia do Campeonato do Mundo de Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas e o Vilamoura Open em ténis em cadeira de rodas serão outros sucessos da Premier Sports a juntar aos anteriores».

Evoluir. A seleção nacional volta à qualificação europeia para o Campeonato do Mundo, depois de três presenças em anos consecutivas em Antalya, na Turquia. Joaquim Nunes, «capitão» de Portugal e coordenador de ténis em cadeira de rodas na Federação Portuguesa de Ténis, convocou quatro atletas para o torneio Vilamoura Open e para a qualificação europeia para o Mundial: Jean Paulo Melo, campeão nacional em 2015 e 2016, Carlos Leitão, que conquistou o título de 2008 a 2014 João Sanona e Paulo Espírito Santo, vencedor do Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas de 2004 a 2007. «O grupo de trabalho está muito equilibrado. Este ano, voltamos a um grupo com quatro elementos, abrindo, desta forma, o leque de opções e planeamento em função do quadro da qualificação europeia», notou Joaquim Nunes. No entender do «capitão» de Portugal, «jogar em casa vai ajudar, porque é este o nosso meio, e a responsabilidade de mostrar resultados vai focar os jogadores ainda mais do que em anos anteriores». Joaquim Nunes ressalvou o fac-

Seleção feminina no torneio do Grupo I, em 2014, em Budapeste: Bárbara Luz, Michelle, Koehler e Murta

to de a Vilamoura Tennis Academy ser «muito agradável», pelo que «tudo se conjuga para uma participação com atitude e empenho, com uma resposta muito positiva do grupo de trabalho». O objetivo da seleção nacional para o Campeonato do Mundo Equipas de Ténis em Cadeira de Rodas, qualificação europeia, é «consolidar a presença de Portu-

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Há dois anos, Portugal jogou a qualificação na Turquia

Gal, passar uma imagem positiva do ténis em cadeira de rodas e divulgar e sensibilizar para a prática da modalidade». Desportivamente, Joaquim Nunes apontou como meta «sempre melhorar» as posições classificativas. «Temos obtido lugares a meio da tabela (sétimo, oitavo), pelo que queremos melhorar o posicionamento final», disse.

«No sorteio, não seremos cabeças de série. Este ano, em termos qualitativos, assistimos ao grupo mais forte dos últimos quatros anos. Estão inscritas 13 equipas, das quais seis já estiveram no Grupo Mundial. Será, sem dúvida, um quadro fortíssimo. O que pretendemos é estar à altura das nossas capacidades», observou o «capitão» de Portugal.

Joaquim Nunes, «capitão» de Portugal, afirmou o desejo da seleção nacional melhorar as posições classificativas nas qualificações europeias para o Mundial

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Jean Paul Melo, radicado no Canadá, é o bicampeão nacional. Ao lado, Francisco Aguiar, Sanona, Leitão e Espírito Santo em Santarém Para a participação no Vilamoura Open e no Campeonato do Mundo, a seleção realizou dois estágios, ambos em fevereiro, um em Setúbal e outro em Santarém

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A realização do Campeonato do Mundo Equipas, qualificação europeia, possibilita também o contacto internacional dos tenistas portugueses. «É significativa e importante a nossa participação, porque reforça a imagem da modalidade junto dos potenciais praticantes e, em simultâneo, junto dos potenciais patrocinadores», acentuou Joaquim Nunes, que considerou «uma vitória da Federação Portuguesa de Ténis» a organização em Portugal da qualificação europeia para o Mundial de ténis em cadeira de rodas. «A Federação Portuguesa de Ténis tem vindo, de forma cres-

cente, a aumentar o empenho nesta vertente da modalidade, diversificando os apoios ao ténis em cadeira de rodas», afirmou. Joaquim Nunes realçou que «o país inscreve, desta forma, o seu nome na organização de provas de ténis em cadeira de rodas com um coeficiente de dificuldade superior, tendo em conta que, até ao momento, apenas temos promovido ‘Futures’», em referência ao Vilamoura Open, cuja primeira edição se realiza este ano, e ao Open Baía de Setúbal (decorre habitualmente no início do terceiro trimestre de habitualmente no início do quarto trimestre de cada ano).

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Dois estágios. A preparação portuguesa para as participações no Vilamoura Open e na qualificação europeia consagrou dois estágios, um em Setúbal e outro em Santarém. No início de fevereiro, Carlos Leitão (Clube de Ténis do Pombal), João Sanona (Clube de Ténis de Setúbal), Paulo Espírito Santo (Escola de Ténis José Mário Silva) e Francisco (Open Village Sports) trabalharam sob supervisão de Joaquim Joaquim Nunes, no Clube de Ténis de Setúbal. Duas semanas depois, em Santarém, os quatro atletas e o selecionador nacional de ténis em ca-

deira de rodas evoluíram no Talent Discover Sports. Em Vilamoura, Portugal joga pela quarta vez a qualificação europeia para o Campeonato do Mundo. Em 2014, a seleção nacional terminou em 11.º, enquanto em 2015 obteve a melhor posição de sempre, classificando-se em 7.º. No ano passado, o coletivo luso repetiu o sétimo posto. Portugal tem uma presença na fase final do Mundial. Foi em 2009, com Paulo Espírito Santo, Carlos Leitão, João Lobo e Renato Pereira a terminarem em 15.º. O «capitão» foi Joaquim Nunes e a seleção recebeu «wild card».

Cinco encontros em três dias

Em Vilamoura, a seleção nacional vai jogar a quarta qualificação europeia para o Mundial. Em 2015 e 2016, Portugal foi sétimo, o melhor registo até ao presente

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Outro oposit D

A Ucrânia está na 22.ª posição no «ranking» da Taça Davis. Em 2009, 2013, 2014 e 2016, os ucranianos jogaram o «play-off» de acesso ao Grupo Mundial PUBLICIDADE

epois do triunfo frente a Israel, Portugal recebe a Ucrânia, novamente no CIF, de 7 a 9 de abril, na segunda eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. No quarto confronto com os ucranianos, as duas seleções discutem o acesso ao «play-off» de promoção ao Grupo Mundial da Taça Davis, a realizar-se no final do verão. O selecionado da Ucrânia é o segundo cabeça de série no Grupo I da zona euro-africana, estatuto que lhe permitiu ficar isento na primeira ronda, na qual Portugal afastou Israel, por 5-0. Posicionada em 22.ª no «ranking» da Taça Davis, a Ucrânia atingiu o «play-off» de promoção ao Grupo Mundial por quatro vezes: em 2009, 2013, 2014 e 2016. Portugal (30.º) esteve perto de atingir o Grupo Mundial, em 1994, mas a Croácia — com Goran Ivanosevic — gorou os intentos da seleção de José Vilela, com Nuno Marques, atual «capitão» de Portugal», João Cunha e Silva, Emanuel Couto, treinador no presente

na seleção nacional na Taça Davis, e Bernardo Mota, que não chegou a atuar no Lawn Tennis Club Foz, no Porto. Ainda não se conhece a identidade dos convocados da Ucrânia para a visita a Portugal — Nuno Marques conta com João Sousa, Gastão Elias e João Domingues —, mas admite-se que Alexandr Dolgopolov, número um ucraniano na atualidade, possa apresentarse em Lisboa. Se assim acontecer, Dolgopolov, no «top» 70 no atualidade, regressará à seleção. O número 134 mundial em janeiro do ano passado esteve ausente da equipa ucraniana em 2016 (com Áustria, vencida por 3-2, e Japão, este último embate do «play-off» de apuramento para Grupo Mundial, que terminou com os nipónicos a vencerem por 5-0) e na segunda ronda disputada pela Ucrânia em 2015 (frente à Lituânia). De 2006 até à receção com a Polónia, em 2015, Dolgopolov jogou somente seis eliminatórias na Taça Davis. Sergiy Stakhovsky, número dois ucraniano, e Illya Marchenko, am-

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tor de Leste FERNANDO CORREIA

Portugal volta ao CIF, para receber a Ucrânia

bos no «top» 120 mundial, têm sido opções constantes do «capitão» da Ucrânia, Mikhail Filima. Portugal e Ucrânia encontraramse três vezes na Taça Davis: em 2008, em Dnipropetrovsk, com triunfo ucraniano, por 5-0, no Gru-

po II da zona euro-africana da Taça Davis; 2001, na Maia, com vitória lusa, por 3-2, no Grupo I; e em 2000, em Kiev, com a formação ucraniana a terminar com vantagem de 4-1, no Grupo I igualmente. A Ucrânia tem dois triunfos e Portugal um.

No CIF, Portugal e Ucrânia vão encontrar-se pela quarta vez na Taça Davis

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O galardão dos vinte J Durante a receção de Portugal à Ucrânia, João Sousa vai receber o ITF Commitment Award. Uma distinção pelas vinte rondas jogadas pelo vimaranense na Taça Davis

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oão Sousa vai ser distinguido com o ITF Commitment Award pelas vinte participações na Taça Davis. O número um português no presente é o sétimo tenista nacional a receber o galardão. A distinção será atribuída a João Sousa durante a receção de Portugal à Ucrânia, de 7 a 9 do próximo mês, no CIF, da segunda eliminatória do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis, que decidirá qual das nações avançara para o «play-off» de subida ao Grupo Mundial. O último tenista a português a receber o ITF Commitment Award foi Frederico Gil, no último dia do Portugal-Marrocos, em março de 2015, no CAR do Jamor. Antes, em 2013, no CIF, no início da eliminatória da Taça Davis de Portugal com o Benim, João Cunha e Silva, Nuno Marques,

Emanuel Couto, Leonardo Tavares e Rui Machado receberam o galardão ITF Commitment Award, instituído pela federação internacional para distinguir a presença de tenistas em vinte ou mais eliminatórias da Taça Davis. O galardão foi criado por ocasião do centenário da ITF. João Cunha e Silva jogou 30 rondas na Taça Davis, durante 16 anos, o mesmo período do que Nuno Marques. O atual selecionador nacional na Taça Davis contabilizou 27 eliminatórias na maior prova do mundo de ténis entre nações. Rui Machado, também retirado da competição, apresenta o terceiro maior número de eliminatórias jogadas na Taça Davis entre os portugueses. O atual coordenador técnico da Federação Portuguesa de Ténis, que atuou na Taça Davis durante 13 anos, defendeu as

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João Sousa vai ser o sétimo tenista português a receber o ITF Commitment Award

cores de Portugal num total de 27 rondas. Frederico Gil — ainda a competir no circuito profissional — e Emanuel Couto (treinador da seleção nacional na Taça Davis e selecionador nacional de juniores, em masculinos) participaram na Taça Davis ao longo de dez anos,

somando vinte eliminatórias cada um. Leonardo Tavares jogou na Taça Davis durante nove anos. Atualmente a desempenhar as funções de treinador, cumpriu igualmente um total de vinte eliminatórias ao serviço do selecionado luso.

João Cunha e Silva jogou 30 rondas da Taça Davis, durante 16 anos

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Mais téni A

Até junho, Portugal tem sete torneios ITF, seis com 15 mil dólares (cerca de 14 mil euros, ao câmbio atual) e um dotado de 25 mil dólares

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té junho, Portugal recebe sete competições internacionais do circuito profissional, seis com 15 mil dólares e uma de 25 mil dólares em prémios monetários. A Bom Sucesso Tennis Academy vai receber duas provas, em carpete. O Bom Sucesso Ladies Open I começa a 18, com a realização do «qualifying», e prolonga-se até 26 deste mês. O Bom Sucesso Ladies Open II desenvolve-se de 25 deste mês a 2 de abril. De 13 a 21 de maio, o CETO alberga a segunda edição do torneio Women’s Oeiras Magnesium-OK, disputado em terra batida. Dois dias antes das decisões no CETO, Santarém estreia-se no calendário do ITF Women, com a organização de uma competição em superfície dura. . Com início a 27 de maio, Montemor-o-Novo volta a inscrever

Ema Gil Pires, uma das tenistas portugues com presença provável nos torneios internacionais no país

um torneio no circuito profissional da ITF. A competição prolonga-se até 4 de junho. No dia anterior, inicia-se o «qualifying» do único torneio de 25 mil dólares inscrito em Portugal neste ano. Trata-se da prova na

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is no país D.R.

sas

Ainda neste mês, de 10 a 18, será a vez de Guimarães estar na rota do ténis internacional em feminino. Este conjunto de provas do circuito profissional da ITF insere-se no conjunto de doze torneios inscritos em Portugal neste ano.

«Tour». A partir de 25

Figueira da Foz, que termina a 11 de junho. Na semana seguinte, Guimarães entra na rota do ténis internacional conjugado no feminino, com a realização de uma prova de 15 mil dólares.

deste mês, arranca o Cascais NextGen Tour, Road to Millennium Estoril Open, um conjunto de quatro «Futures», todos com 15 mil dólares de «prize money». O tenista português que contabilizar mais ponto para o «ranking» ATP no conjunto dos quatro torneios do Cascais NextGen Tour terá direito a um «wild card» para o «qualifying» de singulares do Millennium Estoril Open, a única prova portuguesa no ATP World Tour, que vai decorrer no Clube de Ténis do Estoril, entre 29 de abril e 7 de maio.

Neste ano, estão previstas doze provas no país inseridas no circuito profissional da ITF

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OPEN DE SÃO DOMINGOS

Em finais de maio, Portugal acolhe um torneio «Future» de 25 mil dólares em prémios monetários. O evento ocorrerá na capital, no São João Ténis Clube, em Benfica (Lisboa) PUBLICIDADE

O Open de São Domingos vai distribuir 25 mil dólares. Ao lado, João Sousa do último «Challenger» em Portugal, em Guimarães

A primeira prova do conjunto de quatro provas começa a 25 de março, em Lisboa, no Lisboa Racket Centre. Depois, entre 1 e 9 de abril, será Quinta da Marinha Racket Club, em Cascais, a receber a segunda competição do Cascais NextGen Tour. O terceiro torneio pontuável terá como palco o Clube de Ténis do Porto, de 8 a 15 do próximo mês.

O «Tour» encerra no Carcavelos Ténis, com a realização do quarto evento, de 14 a 23 de abril. Das quatro competições do conjunto de provas, apenas a primeira se disputará em piso rápido, com as restantes a cumprirem-se em terra batida. Até aos primeiros dias de julho, Portugal acolherá mais dois torneios internacionais da série «Futures».

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GUIMARÃES OPEN

O Open de São Domingos, com «prize-money» de 25 mil dólares, acontecerá de 17 a 25 de junho, em Benfica (Lisboa), enquanto um torneio de 15 mil dólares será na semana seguinte, em Setúbal. Antes destas duas provas, o CIF recebe uma do ATP Challenger Tour. O «qualifying» realiza-se a 10 e 11 de junho, enquanto os quadro principais decorrem de 12 a 19.

hospedagem, é organizada por Manuel de Sousa, com apoio da Federação Portuguesa de Ténis, Câmara Municipal de Lisboa e Junta de Freguesia de Belém. Este «Challenger» marca o regresso das provas deste circuito a Portugal, depois do Guimarães Open, no Open Village Sports, em 20013, com vitória de João Sousa, natural da Cidade Berço.

De 10 a 19 de junho, o «Challenger» de Lisboa disputa-se no CIF. É o regresso do ATP Challenger Tour a Portugal

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Portugal na Taça Davis O

Retrospetiva da participação de Portugal na maior Competição de ténis do mundo entre nações, «Taça Davis 100» pode ser encomendada, para envio através dos correios

livro «Taça Davis 100», edição da federação Portuguesa de Ténis, encontra-se à venda, na sede da estrutura federativa, em Linda-aVelha. A obra ilustrada pode ainda ser encomendada para que possa receber o seu exemplar na comodidade da residência. Os pedidos devem ser realizados em livrodavis@fptenis.pt., devendo indicar o NIF (Número de Identificação Fiscal), para que seja possível inscrever na fatura a emitir pela Federação Portuguesa de Ténis. O livro «Taça Davis 100» tem prefácio de Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de 2006 a 2016, e preâmbulo de Francesco Ricci Bitti, que presidiu à ITF de 1999 a 2015. Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, assina a apresentação da obra. «Taça Davis 100» é uma retrospetiva da participação de Portugal na maior competição de ténis entre nações, desde a primeira eliminatória, em 1925, com a Itália, em Lisboa, até à centésima ronda, em 2014, frente à Rússia, em Moscovo, em que a seleção nacional foi relegada para o Grupo II da zona euroafricana da Taça Davis. O livro é uma viagem ao longo dos anos, em cem eliminatórias de Portugal na Taça Davis, a maior competição do mundo de ténis entre nações.

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Com um grafismo atraente e funcional, «Taça Davis 100» recupera ainda os factos mais significativos no ténis mundial e nacional, alguns complementados com registos fotográficos. Nestas breves notas cronológicas, não só se retrata as modificações do vestuário de tenistas, em masculinos e masculinos, como a evolução do material (raquetas, bolas e sapatilhas), além de se explicarem as alterações competitivas na Taça Davis, introduzidas ao longo dos anos. Esta obra, editada por ocasião das comemorações do 90.º aniversário da Federação Portuguesa de Ténis, teve como propósito não só relembrar o trajeto de Portugal na Taça Davis, recheado de glórias e desventuras, como o de homenagear todos quantos estiveram envolvidos na participação lusa na prova. Para a elaboração da narrativa principal da obra ilustrada «Taça Davis 100», muitos dos envolvidos entrevistados deram o seu contributo através de memórias, episódios de esforço e dedicação, de sofrimento e infelicidade. O livro «Taça Davis 100» é uma obra de coleção, finalizada com o conjunto das cem fichas de todas as eliminatórias em que Portugal participou, de 1925 a 2014.


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Nesse domingo histórico para o ténis português, no Grand Canaria Yellow Bowl, torneio do escalão de sub-12 organizado sob a égide de Tennis Europe, em Espanha, Eduardo Morais e Pedro Ruivinho Graça venceram o torneio de pares. A final, com Jaime Faria e Vasco Leote Prata (atingiu as meiasfinais em singulares), terminou com os parcelares de 6-1, 6-7 (2) e 10-8 favoráveis a Eduardo Morais e Pedro Ruivinho Graça. PUBLICIDADE

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De novo em O

Campeonato do Mundo em Equipas de Ténis de Praia, no qual está prevista a participação da seleção portuguesa, volta a Moscovo, a partir de 10 de julho. Será o sexto ano consecutivo que a competição receberá a competição, que, no ano passado, teve a participação de 32 nações, entre as quais Portugal, um número recorde de participações de seleções no Campeonato do Mundo em Equipas de Ténis de Praia. Paulo Cardoso foi o juiz árbitro. Constituída por Manuela Cunha («capitã»), Ana Catarina Alexandrino, Henrique Freitas e Pedro Maio, o selecionado nacional terminou o Mundial de 2016 na 13.ª posição. No cabeça de série, Portugal iniciou o quadro principal com um triunfo sobre Marrocos, por 2-1, enquanto perante a Espanha, nos oitavos de final, o coletivo português consentiu 3-0. Relegado para o «play-off» do nono ao 16.º lugares, a equipa portuguesa jogou com a Hungria, não conseguindo a formação lusa evitar também um 3-0 desfavorável. No «play-off» do 13.º ao 16.º lugares, Portugal venceu Israel, por 2-1, na primeira eliminatória, avançando para o embate com a Lituânia. A 13.ª posição final foi conseguida com um triunfo claro de Portugal sobre a Lituânia, com Manuela Cunha, Catarina Alexandrino, Henrique Freitas e Pedro Maio a vencerem os lituanos nos dois encontros em singulares e o de pares.

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Na edição de 2015 do Campeonato do Mundo, com 28 nações participantes, a seleção portuguesa, formada por Manuela Cunha, Catarina Alexandrino, Filipe Rebelo e Pedro Correia, concluiu a participação na competição em Moscovo na 17.ª posição. Em 2014, Portugal — com Ana Pereira, Susana Pereira, Filipe Rebelo e Pedro Correia, Dino Almeida como «capitão» —, registou a melhor posição na classificação geral alcançada até ao presente. A seleção nacional classificou-se em oitavo, igualmente na capital russa. A seleção nacional de ténis de praia disputou também o Mundial


FOTOS: ITF

m Moscovo

João Sanona, do Clube de Ténis de Setúbal, deverá estar no Torneio Francisco Biscaia da Silva

de 2013, acabando por quedarse na 16.ª posição da classificação final. Ana Pereira, Susana Pereira, Filipe Rebelo e Pedro Correia integraram a seleção, capitaneada por Hugo Rola.

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Henrique Freitas, Pedro Maio, Manuela Cunha e Ana Catarina Alexandrino formaram a seleção nacional em Moscovo, no ano passado. Portugal foi 13.º Em 2012, Portugal logrou o nono lugar no Campeonato do Mundo em Equipas de Ténis de Praia. A seleção foi formada por Ana Noro, Catarina Pires, Ruben Ferreira e Bruno Polónia.

O Mundial em Equipas regressa a Moscovo, em julho

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B

ernardo Saraiva, radicado nos Estados Unidos, alimenta o objetivo de atingir o «top» 100 mundial. O tenista português, que terminou já os estudos universitários, considera que um português ou uma tenista no «top» 10 mundial seria «inspirador».

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«Quero atingir

O ténis é… a minha vida. Jogo ténis porque… me faz sentir feliz.

Treinado por Peter Bartlett, que treinou o português durante o curso superior nos Estados Unidos, e pelo espanhol José Hilla, Bernardo Saraiva tem um título no circuito profissional da ITF. No «Futures» de Tel Aviv, em Israel, foi campeão ao lado do estado-unidense John Lamble

O que mais gosto no ténis é… a sensação de ganhar um jogo muito duro. O que mais detesto no ténis é… fazer um péssimo jogo.

Para mim, treinar é… melhorar. O sucesso significa… realizar os meus sonhos. No ténis, quero atingir… o ‘top’ 100 mundial e jogar a Taça Davis. Depois de vencer um encontro… alongar e relaxar.

Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… ganhar o meu primeiro título profissional. E a maior tristeza no ténis foi… terminar a minha carreira universitária. Se eu mandasse no ténis… não havia «super tie-break» em pares.

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Um português ou uma portuguesa nos «tops» 10 dos «rankings» mundiais de ténis seria… inspirador. Um bom treinador é… paciente.


r o ‘top’ 100»

Bernardo Saraiva

O meu ídolo no ténis atualmente é… Roger Federer. O meu torneio preferido é… o Open dos Estados Unidos [quarta prova do «Grand Slam» de uma temporada].

A minha superfície de «court» preferida é… piso rápido. No meu saco, não dispenso… os elásticos e as cordas.

Em 2016, com John Lamble como parceiro, Bernardo Saraiva, que completa 24 anos em agosto, sagrou-se vice-campeão em Jassowal (Índia), nos dois «Futures» em Maputo (Moçambique) e em Tel Aviv

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