Notícias do ténis NOVEMBRO 2014
MOSELLE-OPEN/ARNAUD BRIAND
EDIÇÃO ONLINE
«2014 foi um bom ano»
Um ano
excelente Editorial
Não enjeitaremos qualquer esforço para contribuir e ajudar ao crescimento, desviando os escolhos que podem surgir no trajeto
E
ste ano foi o melhor da carreira de João Sousa. Em 2013, a terceira ronda no quadro principal de singulares do Open dos Estados Unidos e o triunfo em Kuala Lumpur, na Malásia – o primeiro de um tenista português em singulares no ATP World Tour – abriram expetativas para 2014. Expetativas que, na verdade, se confirmaram, com o jovem vimaranense, treinado por Frederico Marques, a assinar uma época excelente a todos os títulos. Os cometimentos do tenista vimaranense são aludidos na entrevista que João Sousa concedeu a Notícias do Ténis, dos quais destaco apenas um, quiçá o que ressalta mais: a 35.ª posição na hierarquia mundial, nunca antes alcançada por um representante do ténis português. João Sousa é indubitavelmente o expoente máximo do ténis português, mas é justo que se fale também noutros tenistas, masculinos e femininos, alguns rostos da nova geração e outros consagrados.
VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
Os êxitos conseguidos por estes tenistas refletem que o ténis português está no bom caminho, recomenda-se plenamente e tem capacidade para crescer mais. Essa é a minha convicção. Por isso, não enjeitaremos qualquer esforço para contribuir e ajudar ao crescimento, desviando os escolhos que podem surgir no trajeto, procurando soluções para viabilizar essas situações. Esse é o nosso objetivo.
Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | geral@fptenis.pt EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
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US OPEN
Em 2014, João Sousa assinou a melhor época de sempre
«Foi memorável defrontar Federer» Este ano foi o melhor de João Sousa. Não só alcançou o melhor registo pessoal no «ranking» ATP e de um tenista português— 35.º lugar, a 14 de julho — como disputou mais duas finais do ATP World Tour (Bastad, na Suécia, e Metz, em França), foi semifinalista num torneio de relva natural (s-Hertogenbosch, na Holanda) e atingiu os quartos de final de uma prova de categoria 500 (Rio de Janeiro). «Acho que 2014 foi um bom ano e espero melhorá-lo já para o ano que vem», afirmou o vimaranense, em entrevista a Notícias do Ténis, recordando ainda os confrontos com Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e… Roger Federer, que venceu no «tie break» da primeira partida. «Foi especialmente memorável para mim ter defrontado Federer, já que sempre foi um ídolo de infância!», admitiu. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Q
«Sinceramente, não gosto muito de pensar em números e no ‘ranking’. Luto em cada dia para ser melhor jogador e alcançar os meus objetivos pessoais. Penso no trabalho do dia a dia e as coisas têm-me corrido bem até agora»
Notícias do Ténis — O sonho acabou por ser tornar realidade. Como se sente por ter concretizado o objetivo a que se propôs? João Sousa — Foi, sem dúvida, uma aposta enorme por minha parte e com um enorme apoio dos meus pais e irmão. Certamente sem eles nunca teria chegado onde estou! Hoje em dia, colho os frutos da aposta, do trabalho e da dedicação realizada durante anos. — Para concretizar o sonho foi necessário trabalho. Experimentou também outras dificuldades, como as saudades de casa, o facto de viver sozinho e ter de cuidar da roupa e da alimentação… — Sim, foram, sem dúvida, muitos factores contra o sucesso, mas nenhum deles me tirou a vontade de singrar e lutar pelos meus sonhos e objetivos. — Valeu a pena a aposta de seu pai, com o pedido de empréstimo para financiar a sua estada em Barcelona? — Penso que os meus resultados e a minha carreira até ao momento falam por si! A aposta
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uando tinha 15 anos, o sonho de ser tenista profissional povoava a mente de João Sousa. Era tudo o que o jovem natural de Guimarães queria e convenceu o pai a mudar-se sozinho para Barcelona. O recurso a empréstimo foi a solução encontrada. Presentemente com 22 anos, João Sousa alcançou a 35.ª posição na hierarquia mundial e soma já um triunfo em torneios do ATP World Tour (Kuala Lumpur, em 2013). Este ano, que admite ter sido “bom”, esteve perto de mais um título em duas ocasiões, em Bastad, em julho, e Metz, em setembro.
económica dos meus pais foi fundamental para o meu sucesso. — Este ano, alcançou a 35.ª posição no «ranking» ATP, o melhor registo pessoal e de um tenista português. Esperava chegar tão longe? — Sinceramente, não gosto muito de pensar em números e no «ranking». Luto em cada dia para
João Sousa alcançou a 35.ª posição na classificação mundial a 14 de julho deste ano
ser melhor jogador e alcançar os meus objetivos pessoais. Penso no trabalho do dia a dia e as coisas têm-me corrido bem até agora. Sem dúvida, é uma grande marca para o ténis português e para mim! — Está no seu pensamento ir mais além do que a 35.ª posição?
— Isso só o trabalho e os resultados o dirão. Espero continuar a dar alegrias àquelas pessoas que me apoiam. — Este ano, foi o seu melhor ano, não só por causa de ter jogador duas finais no ATP World Tour. Depois do triunfo em Kuala Lumpur, esperava que 2014 fosse melhor?
«Os meus resultados e a minha carreira falam por si! A aposta Económica dos meus pais foi fundamental para o meu sucesso. Hoje em dia, colho os frutos da aposta, do trabalho e da dedicação realizada durante anos»
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— Obviamente que gostaria de ter vencido outro torneio ATP este ano, não o vou negar, mas as coisas não correram da melhor forma nas duas finais jogadas. Independentemente disso, acho que 2014 foi um bom ano e espero poder melhorá-lo já para o ano que vem!
«Frederico Marques é muito metódico» Há três anos que João Sousa trabalha com Frederico Marques, que considera ser um treinador «muito metódico» e «um verdadeiro amigo». João Sousa, que completou 25 anos em março, acrescentou que Frederico Marques é «um profissional exemplar». «Acredito que a palavra fracasso não esteja no dicionário de Frederico Marques», declarou o tenista vimaranense, representado pela Polaris Sports, empresa de gestão de direitos de imagem, de Jorge Mendes. Já com testes médicos realizados no Porto, João Sousa tem o regresso à competição programado para a China. À semelhança do ano passado, o vimaranense jogará o ATP World Tour Chennai,
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torneio de categoria 250. Após o torneio chinês, no qual não foi além da primeira eliminatória do quadro principal de singulares no último dia de 2012, João Sousa e Frederico Marques viajam para a Nova Zelândia, para a prova de Auckland. No início da temporada de 2014, João Sousa optou pelo torneio de Sydney, de categoria 250 (também não passou da ronda um do quadro principal). A prova de Auckland, igualmente da série 250 do ATP World Tour, servirá de preparação para o Open da Austrália, em Melbourne. Será a primeira participação de João Sousa nas provas do «Grand Slam» do ano.
— Sentiu alguma pressão nas finais de Bastad (Suécia) e Metz (França)? — Como digo sempre, pressão é não ter dinheiro para alimentar os próprios filhos. Certamente que existiu algum nervosismo extra, mas é algo com que os profissionais lidam diariamente e que faz parte dos encontros. — Este ano, teve bons resultados na superfície de relva natural. Acha que está um jogador mais versátil? — Penso que sempre fui um jogador que se adapta bem a todas as superfícies e, sem dúvida, a temporada de relva correu melhor este ano do que em anos anteriores. — Quais foram as melhores recordações deste ano? — As duas finais de este ano [Bastad, na Suécia, e Metz, em França] e ter defrontado por várias vezes os melhores do mundo, como Rafael Nadal [nos quartos de final do ATP World Tour Rio de Janeiro, de categoria 500], Novak Djokovic [primeira ronda de Roland Garros], Andy Murray [segunda ronda do ATP World Tour Acapulco, de categoria 500] e… Roger Federer [segunda ronda do ATP World Tour Halle, categoria 250, relva natural], já que foi sempre um ídolo de criança. — E as piores?
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— Sem dúvida, a temporada de terra batida na Europa, em que perdi várias vezes consecutivas. — Este ano, realizou mais torneio em pares. Aliás atingiu as meias-finais no Portugal Open, ao lado de Gastão Elias, cedendo para a dupla que acabou por conquistar o título. Como justifica esta opção? — Acho que os pares é uma variante muito bonita e uma boa oportunidade de melhorar muitos aspetos do jogo de cada jogador. Acabei o ano no «top» 100 em pares e, sem dúvida, isso é um bom feito para mim. — Qual a aposta para a temporada de 2015?
— A aposta vai continuar pela mesma linha de trabalho que se tem vindo a realizar até agora. Espero poder aumentar a minha equipa, para ter um acompanhamento mais específico na área da recuperação. — Até agora, jogou já uma terceira ronda em torneios Masters 1.000 (Miami, este ano) e em provas do «Grand Slam» (Open dos Estados Unidos, no ano passado). Atuou também nos quartos de final de um torneio de categoria 500, este ano, no Rio de Janeiro. Acredita que pode pode chegar mais longe em cada uma dategorias? — Vou trabalhar para que assim seja. Foram bons resultados, sem
«Sempre fui um jogador que se adapta bem a todas as superfícies e, sem dúvida, a temporada de relva correu melhor este ano do que em anos anteriores»
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«Acredito que temos uma equipa que pertence sem dúvida ao Grupo I [da Taça Davis]. E, porque não, Grupo Mundial! O nosso objetivo [em 2014] era disputar o ‘play-off’ do Grupo Mundial. Infelizmente, isso não foi possível, mas acredito plenamente que Portugal o possa fazer nos próximos anos»
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dúvida, mas considero-me ambicioso e vou lutar para poder melhorar esses registos. — Teve também presença nas presenças de Portugal na Taça Davis, nas eliminatórias com Eslovénia e Rússia, ambas disputadas fora. A equipa portuguesa foi relegada para o Grupo II da Zona Europa/África. É o possível o regresso ao Grupo I em 2015? — Penso que o objetivo principal de 2015 passa por aí. Acredito que temos uma equipa que pertence sem dúvida ao Grupo I. E, porque não, Grupo Mundial! — Nos últimos anos, Portugal teve uma equipa na Taça Davis com um conjunto de jogadores bem cotados no «ranking» ATP. Qual o lugar de Portugal na Taça Davis? No Grupo I ou pode -se aspirar em chegar ao Grupo Mundial? — O nosso objetivo era disputar o «play-off» do Grupo Mundial. Infelizmente, isso não foi possível, mas acredito plenamente que Portugal o possa fazer nos próximos anos! — Para atingir o Grupo Mundial na Taça Davis, o que será necessário? — Muito trabalho, acreditar e,
por vezes, uma pontinha de sorte também ajuda. — Como vê a seleção com Nuno Marques como «capitão»? — Penso que Nuno e os restantes elementos da equipa técnica têm vindo a fazer um óptimo trabalho. Como digo, as coisas não correram bem este ano para Porttugal, mas acredito que, nos próximos anos, vão correr melhor.
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— Embora resida no estrangeiro, como vê o ténis português? — Penso que o ténis português tem vindo a evoluir muitíssimo nos últimos anos. Temos vários jovens jogadores a quererem vir a ser profissionais e vários integrados no «ranking» ATP. É, sem dúvida, um sucesso para o nosso ténis. — A nova geração de tenistas
— Frederico Silva, Nuno Borges, Romain Barbosa, Inês Murta, etc… — dá garantias de uma evolução continuada? — Acredito que sim. Temos vários jovens com muito talento e espero que possam continuar a evoluir como até agora. — É possível mais portugueses no «top» 100? — Sem dúvida.
«O ténis português tem vindo a evoluir muitíssimo nos últimos anos. Temos vários jovens jogadores a quererem vir a ser profissionais e vários integrados no ‘ranking’ ATP»
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Os números da época
35 Registo máximo no «ranking» ATP em singulares
82
2
Registo máximo no «ranking» ATP em pares
Finais em singulares
36/21
62/36
Torneios disputados em singulares/pares *
Encontros disputados em singulares/pares *
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26 Vitórias em singulares *
Em Wimbledon, João Sousa foi afastado na prova individual pelo suíço Stan Wawrinka, na altura o número três mundial
15 Vitórias em pares *
21
36 * Inclui as eliminatórias da Taça Davis Eslovénia-Portugal e Rússia-Portugal
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FONTE:ATP
Desaires em singulares *
Desaires em pares *
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O prémio de uma vida J O sobrinho-neto de Guilherme Pinto Basto foi distinguido com o galardão «Personalidade do Ano» em ténis da Confederação do Desporto de Portugal
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osé Basílio Pinto Basto foi distinguido com o prémio «Personalidade do Ano» em ténis, galardão instituído pela Confederação do Desporto de Portugal (CDP), em reconhecimento da dedicação à modalidade. O prémio «Personalidade do Ano» foi entregue a José Basílio Pinto Basto na Gala do Desporto, no Casino Estoril. O vicepresidente da Federação Portuguesa de Ténis admitiu que foi uma surpresa ter sido distinguido. «Não esperava de todo receber este prémio. Nunca trabalhei no ténis para receber prémio algum. O prémio é a minha alegria de ver que o ténis anda para a frente», disse José Basílio Pinto Basto. O dirigente federativo reiterou que tudo o que fez no ténis não foi ser agraciado com prémios. «Sempre fiz porque gosto muito da modalidade», afirmou.
No entanto, considerou que «é bom» ser agraciado. «É sempre agradável», disse, depois de ter recebido o galardão das mãos de Sofia Silva e Sousa, presidente do Conselho Jurídico da CDP, na XIX Gala do Desporto, subordinada ao lema «O Desporto depois de Abril», por ocasião do 40.º aniversário do 25 de abril de 1974. José Pinto Basto referiu que o prémio com que foi distinguido «significa, principalmente, uma grande alegria». E justificou: «A alegria é por saber que as pessoas do ténis reconhecem as pessoas que gostam de ténis e que fazem alguma coisa pelo ténis». Pinto Basto lembrou a sua forte ligação ao ténis, modalidade que começou a praticar «desde os sete anos». «Para o ano, faço 67 anos e já jogo há quase 60 anos», frisou.
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CDP
José Pinto Basto recebeu o prémio da CDP das mãos de Sofia Silva e Sousa
O vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis lembrou ainda a paixão que nutre pelo ténis. A mesma que tinha Guilherme Pinto Basto, seu tio-avô, «o homem que trouxe para Portugal o ténis e que também introduziu no país o futebol». José Basílio Pinto Basto recor-
dou igualmente que Guilherme Pinto Basto foi o primeiro presidente da Federação Portuguesa de Ténis, fundada em março de 1925. Guilherme Pinto Basto manteve-se na presidência da estrutura federativa desde 1925 a 1933.
José Basílio Pinto Basto completa 67 anos em 2015 e joga ténis desde os seis
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Reunião no Jamor A Mais de sete dezenas de jovens responderam afirmativamente à convocatória, que visou, essencialmente, a observação de atletas para os futuros compromissos
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s seleções nacionais de sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18, em masculinos e femininos, juntaram-se no Jamor, para a realização de um estágio intermédio, que, como refere Nuno Mota, coordenador dos selecionados juvenis, permitiu «a observação de atletas do primeiro ano, em cada escalão, para garantir a continuidade do projeto». Mais de sete dezenas de jovens participaram no estágio, para o qual foram convocados «atletas de primeiro e segundo ano» em cada escalão, possibilitando aos selecionadores nacionais Joana Roda (sub-12 femininos), Paulo Santiago (sub-12 masculinos), Manuel Costa Matos (sub-14 femininos), Gonçalo Neves (sub-14 masculinos), Joana Pangaio (sub16 femininos), Vítor Ferreira (sub16 masculinos), Miguel Sousa (sub-18 femininos) e Emanuel Couto (sub-18 masculinos)
«definir os atletas que estarão mais próximos das convocatórias para as provas de preparação aos Campeonatos da Europa de verão». Nuno Mota salientou ainda que outra preocupação foi «preparar a convocatória para as Winter Cup, de sub-12, sub-14 e sub-16». O coordenador das seleções nacionais juvenis referiu ainda que ficou delineado para a próxima temporada «manter a programação competitiva» nos selecionados «de sub-12 e sub-14». Também constitui objetivo «reforçar o apoio às seleções nacionais de sub-16 e sub-18, com acompanhamento técnico nos nove torneios ITF Futures previstos para 2015», além de «apoiar os melhores atletas de sub-18 masculinos, no sentido de os colocar em posição elegível para aceder aos torneios do ‘Grand Slam’ júnior em 2015».
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Sub-12 masculinos
Sub-12 femininos
Sub-14 masculinos
Sub-14 femininos FOTOS: D.R.
Sub-16 femininos
Sub-18 femininos
Sub-16 masculinos
Sub-18 masculinos
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Admirável A
A Academia dos Champs, projeto de integração social através do ténis, com cinco núcleos em todo o país, está a preparar a federação de mais nove jovens
Academia dos Champs está a desenvolver o processo de filiação na Federação Portuguesa de Ténis de mais nove jovens. É o resultado do trabalho desenvolvido desde 2009 pelo projeto de integração social através do ténis. Miguel Plantier, diretor técnico da Academia dos Champs, refere que «só agora se começa a obter resultados a nível técnico e a ter alunos preparados para dar este salto da realidade do ténis nos bairros para a vertente profissional do ténis». Com cinco núcleos em todo o país, a Academia dos Champs «federou apenas um aluno» no ano passado, porque era preciso «perceber que apoios seriam necessários, quanto demorava todo o processo, com quem se teria de estabelecer contacto na área da saúde, para que se pudessem cobrir todas as necessidades em termos de exames diagnósticos e de saúde, entre outros». «É preciso perceber que os nosso alunos não podem suportar este tipo de despesas e que não surgem de um habitual clube de
O CIF (Manuel de Sousa no c com Academia
ténis», explica Miguel Plantier, acrescentando que «foi necessário envolver a Federação Portuguesa de Ténis e criar, mais uma vez, um formato piloto, para agora se poder federar alunos em maior número». Contudo, Plantier reforça que é necessário a avaliação do jovem, para aferir se está preparado «não
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mundo novo
centro da foto) tem parceria a dos Champs
ACADEMIA DOS CHAMPS.
ACADEMIA DOS CHAMPS.
só em termos técnicos como emocionais, para gerirem as emoções e lidarem com eventuais frustrações perante um cenário mais competitivo». Para que os jovens transponham as fronteiras dos seus bairros e possam vivenciar outras experiências em realidades distintas, a Academia dos Champs
e o CIF deram as mãos. A parceria, que possibilitou a integração de cinco alunos nos grupos de Manuel de Sousa, completou três meses em finais de outubro. Embora assinale que é cedo para realizar um balanço, Miguel Plantier sublinha que «estes primeiros passos têm sido importantes, não só para os alunos envol-
Em finais de julho, a Academia dos Champs estabeleceu uma parceria com o CIF
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ACADEMIA DOS CHAMPS.
A parceria com o CIF é a primeira e foi estabelecida pela proximidade geográfica com o núcleo piloto de Outurela
vidos como para toda a dinâmica do projeto». «O CIF abre-nos as portas para a integração dos nossos jovens e a possibilidade de evoluírem no patamar desportivo, sendo que nós, enquanto projeto de responsabilidade social, levamos também ensinamentos importantes a todos os responsáveis e alunos do CIF. É uma troca de experiências muito produtiva, que tem tudo para dar certo. Foi fundamental percebermos que podemos criar valor juntos e aprender não só
enquanto desportistas, mas também como pessoas», declara o responsável da Academia dos Champs. Carlos Manuel Santos, secretário-geral do CIF, refere que «faz todo o sentido a abertura [do clube] à Academia dos Champs», j ust if icando q ue se pode «proporcionar a crianças e jovens o acesso a instrumentos que os podem ajudar a evitar certos caminhos e a criar uma vida melhor, com ambições que podem acabar por se tornar uma realidade».
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O que presidiu à escolha do CIF foi a proximidade geográfica com Outurela, onde se desenvolve «o núcleo piloto» da Academia dos Champs. «Não temos ainda apoio ao nível do transporte dos jovens. Assim, e como é bastante perto, os alunos deslocam-se facilmente até ao CIF», frisa o diretor técnico da Academia dos Champs. Esta parceria é a primeira da Academia dos Champs neste projetoque cria rotinas desportivas diferentes. O objetivo «é poder alargar os horizontes dos jovens envolvidos, dotando-os de ferramentas que lhes permitam vencer na vida». A preocupação é a de que os alunos da Academia dos Champs possam «melhorar e evoluir». Esta é mais uma das parcerias da Academia dos Champs, projeto «sustentado numa rede bastante forte» de parceiros, «desde os parceiros fundadores aos que, gradualmente, se têm juntado e coberto as necessidades que vão surgindo em diferentes áreas». Alargar o leque de clubes parceiros «é sempre uma hipótese, até porque o crescimento orgânico do projeto e a necessidade de consolidação dos núcleos existentes assim o exigem». No entanto, Plantier assinala que seria necessário que potenciais clubes estejam identificados com «a missão e visão» da Academia dos Champs.
Em breve no Algarve A Academia dos Champs tem cinco núcleos no país, quatro na Grande Lisboa e um a norte do Porto. Ao núcleo piloto de Outurela somam-se a Aldeia SOS de Bicesse, no Estoril, e os centros de Trajouce e Alcabideche, ambos na área geográfica do concelho de Cascais. O único núcleo no norte do país está na Maia, funcionando no Complexo Municipal de Ténis da Maia. Este centro foi inaugurado em 2013. O próximo núcleo a ser
inaugurado em breve será no Algarve, mas, como refere Plantier, «há uma grande necessidade de projetos como a Academia dos Champs noutras zonas do país». Em 2013, o ATP World Tour distinguiu o Portugal Open e a Academia dos Champs, no âmbito de um programa que visa destacar anualmente projetos de solidariedade nos locais ondem decorrem os eventos. A Aca demi a d os Champs foi um dos 14 projetos destacados em 2012 em todo o mundo.
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O primeiro so
Joana Valle Costa, a frequentar a Universidade de Louisiana, terminou a primeira temporada nos Estados Unidos com a conquista de um título individual. Um triunfo que vai permitir a entrada no «top» 40 do circuito universitário norte-americano
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LSU SPORTS
J
oana Valle Costa, na Universidade de Louisiana desde janeiro deste ano, estreou-se a vencer um título em singulares no circuito universitário norteamericano, com a conquista do torneio Jack Kramer Invitational. Na final do torneio, Joana Valle Costa superou a júnior norteamericana Giuliana Olmos, com os parciais de 2-6, 7-6 (6) e 6-0, depois de ter salvo um «match point» na segunda partida. «Este prémio significou imenso para mim, porque foi o primeiro título que ganhei na Universidade de Louisiana (LSU). Estou muito orgulhosa de mim mesmo, tenho trabalhado muito e esse trabalho está a ser recompensado. Todos os sacrifícios que tenho feito valem toda a pena neste momento. Todo o dia é para melhorar», disse Joana Valle Costa, a frequentar o curso Sports Administration, com uma bolsa de estudo a cem por cento. A vitória foi tão mais saborosa quanto a entrada no «top» 40 do «ranking» universitário norteamericano. «Estes torneios no outono contam para o ‘ranking’ individual e não para equipa. São torneios para ganhar rodagem e para melhorar o ‘ranking’. Com esta vitória, vou entrar no ‘top’ 40, de certeza absoluta. São torneios que nos preparam para a temporada, que nos dão relevo. Os melhores jogadores de cada equipa [universitária] estavam lá», afirmou. Com o triunfo no Jack Kramer Invitational, Valle Costa encerrou a primeira temporada nos Estados Unidos e vai agora entrar na prétemporada, «fase em que os treinos são mais específicos».
«Centramo-nos na condição física. Serão cerca de seis/oito horas de trabalho físico por semana e treinos individuais no campo», explicou Valle Costa, que vai igualmente entrar na fase dos exames finais do ano letivo na LSU. Também ao fim está quase a chegar o primeiro ano de JoanaValle Costa na LSU, uma experiência que tem sido enriquecedora no ténis, sem lugar a arrependimentos.
orriso
Ramón Romero e Vasco Costa
D.R
Na terra das oportunidades Joana Valle Costa e Julia Sell, que veio a Cantanhede observar a portuguesa, em 2013
«Tenho crescido mais do que possam imaginar, fora e dentro do campo. A minha equipa técnica [Julia Sell, «head coach», e Michael Sell, treinador de John Isner] é fabulosa e todo o trabalho que tenho feito vai-me ajudar a ir para o circuito profissional. Não é fácil, mas vale toda a pena e títulos como este dão-me mais força para continuar a lutar pelo meu sonho de ser profissional», declarou Joana Valle Costa.
A Federação Portuguesa de Ténis e a America International, empresa norte-americana com sede em Espanha, presidida por Ramón Romero, uniram esforços para ofecerer aos tenistas portugueses novas alternativas de desenvolvimento, através de um programa de bolsas de estudo em universidades dos Estados Unidos. O principal objetivo do acordo é proporcionar aos tenistas portugueses que pretendam compatibilizar a formação académica com a prática do ténis a possibilidade de acederem a educação de excelência. Desta forma, os tenistas portugueses reforçam as competências, que lhes permitirão aceder ao mundo laboral, e mantêm a opção de, no futuro, acederem ao circuito profissional de ténis. O caso de Arnau Brugues é paradigmático. O espanhol graduou-se numa universidade dos Estados Unidos e optou pela carreira profissional no ténis, atingindo a 135.ª posição mundial.
No presente, mais de 23 jogadores entre os 200 mais bem cotados no «ranking» ATP estudaram em universidades estadounidenses. Desde 1999, a America International foi responsável pelo envio de 150 estudantes e desportistas portugueses para universidades e liceus dos Estados Unidos, com bolsas de estudo. Joana Laranjinha (Universidade de São Francisco), Mariana Salvador (Rollings College), Ricardo Jorge (Ole Miss), Mafalda Ramos (Universidade da Virgínia), André Paulino (Universidade de Radford), Daniel Mician (Berry College) e Peter Rodrigues (Duke University) são alguns exemplos de jovens portugueses que viajaram para os Estados Unidos, para frequentarem estabelecimentos de ensino norte -americanos. A America Internacional foi fundada em 1992 e a parceria com a Federação Portuguesa de Ténis foi estabelecida em finais de maio do presente ano.
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Uma outra C
Cristina Rolo, co-autora do livro «Treino Mental no Ténis: Estratégias Práticas para o Sucesso» e consultora de tenistas profissionais, foi de novo premiada nos Estados Unidos
ristina Rolo, co-autora do livro «Treino Mental no Ténis: Estratégias Práticas para o Sucesso» e consultora de tenistas profissionais, foi distinguida com o «2014 UNCG Young Alummi Award», na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O «2014 UNCG Young Alummi Award» constitui o reconhecimento do contributo de Cristina Rolo para o desenvolvimento da psicologia do desporto. «Este prémio distingue excelência profissional, serviço e equilíbrio entre vida profissional e pessoal», afirma Cristina Rolo, que, conjuntamente com Dave de Haan, o também autor do livro subordinado ao tema do treino mental, são pioneiros «no «desenvolvimento, implementação e divulgação junto da comunidade tenística e nos media da psicologia do desporto aplicada à melhoria do desempenho de tenistas de alta competição». Cristina Rolo e Dave de Haan são igualmente pioneiros «na metodologia inovadora utilizada na consultoria com tenistas profissionais de ‘top’ ATP». A metodologia, esclarece Cristina Rolo, «inclui a melhoria do desempenho dentro e fora do ‘court’, trabalho com toda a equipa envolvente, bem como o acompanhamento presencial de tenistas
nas competições do ATP World Tour». Em 2003, a Universidade da Carolina do Norte atribuiu a Cristina Rolo o prémio «Kate R. Barrett», destinado a distinguir estu-
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a distinção Cristina Rolo recebe distinção
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dantes que se sobressaiam no meio académico, pelas notas ou pelo trabalho que desenvolvem. Cristina Rolo é licenciada em Ciências do Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana de
Lisboa e fez depois o primeiro mestrado em Portugal em psicologia do desporto. Nos Estados Unidos, Cristina Rolo fez o doutoramento em psicologia do desporto.
Cristina Rolo e Dave de Haan são pioneiros da psicologia do desporto aplicada à melhoria do desempenho dos tenistas
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De volta ao Qatar U Depois de um período de cinco anos no Qatar, de 2005 a 2010, Luís de Sousa voltou ao emirado, onde colabora com a federação qatari, além de estar na Smash Academy
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ma vez mais, Luís de Sousa fez as malas, para abraçar um novo projeto no ténis. Depois de quase uma década a trabalhar no Médio Oriente, o treinador regressou ao Qatar, onde esteve a trabalhar de 2005 a 2010. Luís de Sousa — foi treinador de Nuno Marques, quando o atual selecionador nacional na Taça Davis entrou no «top» 100 — volta a trabalhar com a federação qatari, como conselheiro técnico. O treinador português assumiu outra função: diretor da Smash Academy, pertencente ao emir do Qatar, Sheik Tammim, ao presidente da federação de ténis e proprietário da cadeia televisiva Bein Sports e do Paris Saint-Germain , Nasser Al Kholaifi, e do irmão, Klaid Al Kholaifi. O convite foi endereçado em julho deste ano e Luís de Sousa não hesitou em responder afirma-
tivamente ao desafio de, “pela primeira vez”, regressar a um país onde já tinha estado a trabalhar anteriormente. Um dos objetivos a que Luís de Sousa se propôs na Smash Academy, que opera em cinco locais chave de Doha, a capital do Qatar, é o de «apoiar jovens com potencial internacional», com a academia a desempenhar o papel de «agência de jogadores». Outro dos propósitos do trabalho é a internacionalização da Smash Academy, com a abertura de academias em outros países «ou comprando clubes e fazendo contratos de concessão de escolas e centros de treino». Inevitavelmente, «Portugal está nos planos», embora Luís de Sousa vá começar a desenvolver o projeto «no Golfo Pérsico». Outras das ideias que Luís de Sousa apresentou é a do apoio financeiro «a alguns atletas do
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Luís de Sousa (ao centro, na foto) voltou ao Médio Oriente
Qatar que estão nos Estados Unidos, um em Saddlebrook e dois na Evert Acadermy». Também a realização de estágios com seleções e a organização de torneios nacionais e internacionais constitui uma meta a concretizar por Luís de Sousa na direção da Smash Academy.
Anteriormente, Luís de Sousa exerceu funções de selecionador iraquiano na Taça Davis e trabalhou igualmente na Arábia Saudita, Jordânia, Egito e Moçambique, este último país em resultado de uma parceria que envolveu as federações de ténis portuguesa e moçambicana.
Luís de Sousa é o diretor da Smash Academy, em Doha, capital do Qatar
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O sonho de J
oão Sanona é vice-campeão nacional. Na edição de 2014 do Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/ Taça Angelini, no CIF, o tenista do Clube de Ténis de Setúbal, de 35 anos voltou a discutir o título com Carlos Leitão, que, pelo segundo ano consecutivo, levou-lhe a melhor. Atleta da seleção nacional de ténis em cadeira de rodas, João Sanona não esperava atingir este patamar quando se iniciou na prática da modalidade, que escolheu «para colmatar a falta de uma atividade desportiva». Antes, Sanona jogava basquetebol em cadeira de rodas e, após pesquisa das modalidades que podia praticar, encontrou «o ténis à porta de casa», no Clube de Ténis de Setúbal. «Fui praticar sem qualquer objetivo de competir. Era apenas desporto, diversão e gosto pelo ténis», rememorou João Sanona, acrescentando que «a competição veio com a evolução da prática». Sanona lembrou que «foi o percorrer das várias etapas» e notou que começou a sentir «a necessidade de colocar em prática no jogo» o que fazia nos treinos. Com os treinos «a correr bem», a competição acabou por ser a etapa seguinte para João Sanona. «Após o primeiro torneio em Setúbal, o ‘bichinho’ da competição, que estava adormecido desde os tempos do basquetebol, despertou e não mais consegui parar, pois a competição transmite-nos sensações únicas e desafia-nos a ultrapassar os nossos limites. Isso faz-me gostar bastante da competição», afirmou.
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Porém, nem tudo são rosas na modalidade, pois há dificuldades a superar, entre as quais «a aquisição da cadeira de rodas», que é «bastante cara». Outra das dificuldades, «a maior» para João Sanona, é «arranjar ’budget’ para poder competir nos torneios ITF». Por isso, juntamente com o treinador, Joaquim Nunes, o vice-campeão nacional em 2014 e 2103 está «à procura de parcerias, para conseguir esse objetivo, com o fim de subir no ’ranking’ ITF». «Em conjunto com o meu treinador, estou a tentar programar um conjunto de provas para 2015 . O orçamento para fazer entre oito a dez torneios internacionais ronda quatro mil euros, um plano impossível de cumprir sozinho», disse Sanona. O objetivo fulcral é a subida no «ranking» ITF e poder «sonhar com os Jogos Paralímpicos de Rio de Janeiro, em 2016». «É um dos meus desejos. Penso que todos os atletas sonham representar um dia o seu país no maior evento desportivo do mundo. A tarefa é árdua e complicada de alcançar, mas a vontade de tornar esse sonho realidade é ainda maior. Há que, pelo menos, tentar cumprir os objetivos e, no fim, dizer que fiz tudo o que estava ao alcance», sustentou. Sanona assinalou que «o ténis em cadeira de rodas tem tido uma evolução brutal à escala mundial» e disse acreditar que a modalidade tutelada pela Federação Portuguesa de Ténis «pode crescer mais». A nível mundial, «a qualidade de jogo tem evoluído bastante e,
FERNANDO CORREIA.
chegar mais longe
João Sanona tem o sonho da presença nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016
cada vez mais, assiste-se à profissionalização dos jogadores de ‘top’». «Em Portugal, estamos muito longe disso, mas temos dado passinhos pequenos no crescimento da modalidade», para que contribuiu o «aparecimento de novos jogadores e de mais gente interessada no ténis em cadeira de rodas», observou Sanona, acentuando que, no país, é necessário «um trabalho na base, nos clubes». «Na minha opinião, tem de haver uma sensibilidade maior por parte dos clubes, para acolher e
desenvolver a modalidade, não só a nível de barreiras arquitectónicas, mas no nível socioeconómico. Já ouvi algumas pessoas que gostavam de praticar, mas que, depois, esbarram muitas vezes nos preços praticados pelos clubes ou treinadores», salientou, elogiando a Federação Portuguesa de Ténis pelo «trabalho bastante positivo, com a criação do Clube Inclusivo, com a atribuição de ’prize money’ no Nacional e a sua inclusão na Semana do Ténis & Padel, que tem sido um bom mei de divulgação, assim como a participação de Portugal no Mundial».
João Sanona, de 35 anos, treinado por Joaquim Nunes, é vicecampeão nacional de ténis em cadeira de rodas pelo segundo ano
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O campeão n J
oão Roque sagrou-se campeão nacional de padel neste ano. Foi o sexto campeonato conquistado — este ao lado de Gonçalo Nicau — num percurso que começou em 2005, na Quinta da Marinha e no Lisboa Racket Centre, sem que o pensamento fosse o de somar títulos. «A ideia, se é que existia na altura em que comecei a jogar padel, era mesmo divertir-me e, ao mesmo tempo, praticar um desporto que achei interessante. Era um desporto de raquetas novo e que, em certa medida, quem vem do ténis consegue jogar logo de início com algum nível. Na altura, éramos poucos, ma um grupo divertido», admitiu João Roque. Com o passar do tempo, os torneios apareceram e «o sentimento da competição foi ganhando mais peso». Em 2006, João Roque foi campeão nacional pela primeira vez, formando par com Pedro Plantier. A parceria voltou a produzir resultados em mais três campeonatos nacionais, em 2007, 2008/2009 e 2010. Em 2012, João Roque voltou a festejar o título nacional, desta feita conjuntamente com Diogo Rocha. «Felizmente, são já seis títulos de campeão nacional e cada um com a sua história», frisou João Roque, acrescentando que foi tendo «sorte nos parceiros», além de ter sublinhado que o padel «é um desporto em que os dois jogadores têm um papel muito importante». Vencedor em seis campeonatos nacionais, João Roque admitiu que não pensou em títulos quando se iniciou na modalidade. «Não contava com títulos ou mesmo representar o país nos
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campeonatos do Mundo ou da Europa», disse, lembrando «a sorte» de ter feito parte da primeira seleção de Portugal no Campeonato do Mundo, em 2006, em Múrcia, em Espanha. João Roque acabou por estar nos Mundiais seguintes: 2008, 2010, 2012 e 2014. Em 2007 e 2009, o jogador representou Portugal no Europeu.
nacional acidental FERNANDO CORREIA.
João Roque começou a jogar padel em 2005. Desde então, contabilizou já seis títulos nacionais
«Tive alguma boas vitórias nos campeonatos do Mundo e da Europa. Em 2009, no Campeonato da Europa realizado em Cascais, cheguei aos quartos de final na categoria Open e Portugal ganhou o terceiro lugar. Em 2012, no Campeonato do Mundo, no México, venci todos os jogos disputados na categoria de países. São já
algumas vitórias importantes para o meu nível e que f ico bast a nt e satisfeito quando as recordo», salientou João Roque. O hexacampeão nacional afirmou acreditar que «o padel vai continuar a crescer» em Portugal, mas, sublinhou, para a modalidade «evoluir e cimentar de vez precisa de muita coisa». «O padel tem tudo para dar certo e, ainda por cima, estamos ao lado do país com mais jogadores, com mais campos, com mais clubes no mundo. Aprender com eles não cria problemas de qualquer espécie. Aproveitávamos para ver o que fizeram quando o padel se iniciou em Espanha,
desenvolveu e, ao mesmo tempo, podíamos tentar rodear os problemas que existiram no país vizinho, na altura», disse. João Roque preconizou também que, «usando os meios das escolas e das câmaras municipais», o padel deve chegar «ao maior número de pessoas, onde já existem campos de padel».
Em 2006, João Roque foi campeão nacional pela primeira vez, ao lado de Pedro Plantier. O par averbou mais três títulos nacionais. Em 2012, João Roque e Diogo Rocha vencem o Campeonato Nacional. O título deste ano do Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC, no CIF, foi alcançado ao lado de Gonçalo Nicau
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FERNANDO CORREIA
Francisco Ramos 21 anos
«Quero atingir o topo» «Kiko» foi campeão nacional de sub-14 (2007) e sub-18 (2009) e vice-campeão nacional de sub-12 (2005) e sub-14 (2006). Foi vice-campeão nacional em pares em 2011 (com Diogo Rocha) e em 2012 (com Ricardo Jorge). No ITF Junior, soma um título em pares (Andorra, em 2010, com Diogo Rocha) e foi vice-campeão em singulares em Leiria, Cartago e Riade (todos em 2009)
O ténis é... o meu dia a dia. Jogo ténis… porque é o melhor desporto que existe.
Se eu mandasse no ténis... tornava os torneios nacionais mais competitivos.
O que mais gosto no ténis… jogar o 7-6 no terceiro «set».
Em Portugal, o ténis precisa de… mais «top» 100
O que mais detesto no ténis… perder 7-6 no terceiro «set».
Um ou uma tenista de Portugal no "top" 10 seria... incrível, aliás já tivemos vários e muitos outros para lá caminham.
Treinar é… a melhor parte do dia. atingir
Um bom treinador é… um treinador exigente.
No ténis, quero atingir… o topo.
O meu ídolo no ténis é atualmente... não tenho ídolo no ténis.
Depois de vencer um encontro… ligo ao meu treinador [Nuno Marques]..
O meu torneio preferido é… Portugal Open.
Sucesso significa… objetivos pessoais.
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… jogar o Portugal Open. E a maior tristeza no ténis foi… lesionar-me.
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A minha superfície preferida é… terra batida. No meu saco, não dispenso… o cachecol do Futebol Clube do Porto.
Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA
ALGARVE CASTELO BRANCO LISBOA
SETÚBAL
MADEIRA VILA REAL
ALENTEJO COIMBRA PORTO VISEU