NT outubro 2013

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Notícias do ténis

KAMARUL AKHIR/MALAYSIAN OPEN

EDIÇÃO MENSAL ONLINE

OUTUBRO 2013

Tigre da Malásia Em Kuala Lumpur, João Sousa conquistou o primeiro título em singulares de um português no ATP World Tour. O vimaranense também fez história com o ingresso no «top» 50 mundial.


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Tudo é possível

Na sua imensa sabedoria, o povo diz que o esforço é sempre recompensado. João Sousa exemplifica que o adágio popular é verdadeiro. Com 15 anos, viajou sozinho para Barcelona, para concretizar um sonho de criança Na Academia BTT, cresceu como homem e formou-se como tenista. As vitórias acabaram por ser o corolário do trabalho intenso que desenvolveu. Em Kuala Lumpur, João Sousa foi tão grande quanto as torres Petronas, “ex-líbris” incontornável da capital malaia. Na final, frente ao francês Julien Benneteau combinou o talento de um dos seus ídolos, o suíço Roger Federer, com a garra de outro dos seus tenistas preferidos, o espanhol Rafael Nadal. João Sousa, semifinalista em São Petersburgo na semana anterior, fechou a final com uma vitória que chegou a admitir-se que não lhe pudesse pertencer no segundo “set”. Mas o vimaranense salvou um “match point” e lançou-se para um triunfo merecido. E quão emotivo foi! Este feito atirou-o para o “top” 50. Pela primeira vez, um português entra numa elite restrita e isso apenas pode significar que, afinal, o ténis luso reúne dos melhores prati-

cantes mundiais, capazes de encantar plateias, como fez João Sousa em Kuala Lumpur. Ou como antes fizeram o próprio, no Open dos Estados Unidos, Michelle Larcher de Brito, em Wimbledon e também no “major” norte-americano, e Maria João Koehler, a primeira portuguesa a jogar numa temporada os quadros principais das quatro competições que integram o “Grand Slam”. A verdade é que a história do ténis português neste ano tem sido pródiga em êxitos e em factos inéditos. O nome de Portugal foi elevado bem alto. Este é o anverso da moeda. O reverso é a possibilidade dos sucessos de tenistas portugueses entusiasmarem jovens, e adultos também, para a prática do ténis. Nada melhor do que uma vitória como a de João Sousa no ATP World Tour — a primeira de um português em singulares e convém aqui lembrar os triunfos de João Cunha e Silva, Nuno Marques, Emanuel Couto, Bernardo Mota e Frederico Gil em pares — para poder motivar. Nada melhor do que o exemplo de João Sousa, presentemente com 24 anos, para começar a desenhar um desígnio. A motivação vem dentro de nós e, sabe-se, é ajudada por factos reais. É que, diz o povo, numa sapiência que não vem nos códices, tudo é possível se nós quisermos.

FERNANDO CORREIA

EDITORIAL

VASCO COSTA Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

«O ténis luso reúne dos melhores praticantes mundiais, capazes de encantar plateias, como fez João Sousa em Kuala Lumpur»

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356

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Nas asas do sonho

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Com 12 anos, dividia a prática do futebol com o ténis. Chegou a ser campeão nacional naquele escalão, com a camisola do Vitória de Guimarães, mas, mais tarde, a opção de João Sousa recaiu no ténis. Durante a pré-adolescência, alimentou o sonho de vingar na modalidade e, aos 15 anos, radicou-se em Barcelona, depois do pai, procurador da República no Tribunal de Guimarães, ter contraído um empréstimo bancário para pagar a Academia BTT. O acordo entre os dois foi reduzido a uma condição: se chumbasse na escola, regressaria a Portugal. No presente, João Sousa detém o registo máximo de um português no “ranking” ATP. O vimaranense é o 49.º mundial e fez história em Kuala Lumpur, a capital da Malásia: tornouse no primeiro tenista luso a conquistar um título em singulares num torneio do ATP World Tour. Na semana anterior, João Sousa, de 24 anos, já tinha atingido as meias -finais do ATP World Tour São Petersburgo, na Rússia, torneio de categoria 250. Nos quartos de final na Malásia, surpreendeu o espanhol David Ferrer, primeiro cabeça de série e quarto tenista mais bem cotado no mundo. O espanhol, finalista vencido no Portugal Open 2013, acabou por ser eliminado pelo português JOÃO SOUSA conquistou, em Kuala Lumpur, o primeiro título em singulares de um português no ATP World Tour

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JOÃO SOUSA salvou um “match-point” na final com Benneteau, em Kuala Lumpur

... nos quartos de final, pelos parciais de 6-2 e 7-6 (2). Nunca antes o tenista português tinha obtido um triunfo sobre um tenista tão bem cotado. Depois, João Sousa desembaraçouse de Jurgen Melzer, com 6-4, 3-6 e 6 -4, garantindo a presença na final. Foi a segunda final de um português no ATP World Tour, depois de, em 2010, Frederico Gil ter jogado o encontro de discussão do título no Estoril Open, acabando por ceder frente ao espanhol Albert Montañes. Com o francês Julien Benneteau

pela frente, João Sousa salvou um “match-point” no segundo “set” e arrancou para uma vitória sobre o 33.º tenista do mundo na altura, com os parcelares de 2-6, 7-5 e 6-4. No último ponto, o pupilo de Frederico Marques, que amealhou um total de 250 pontos, largou a raqueta e se projetou no chão. Depois, segurou uma bandeira nacional nos braços abertos. João Sousa tornou-se no primeiro tenista português a vencer um torneio do ATP World Tour em singulares, obtendo o quinto título para Portugal neste circuito. Em 1992, João Cunha e Silva, ao lado do norte-americano Mike Bauer,

venceu em Tel-Aviv, em Israel, torneio inserido no “Grand Prix”, designação anterior do circuito mundial da ATP. João Cunha e Silva voltou a conquistar um título em pares em Casablanca, em Marrocos, desta feita com Nuno Marques como parceiro. Foi em 1997. Um ano antes, Emanuel Couto e Bernardo Mota triunfaram no torneio de pares do Oporto Open, também da série “Grand Prix”. Mais recentemente, Frederico Gil

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foi campeão em pares na edição de 2012 do ATP World Tour Viña del Mar, no Chile. O português, natural de Lisboa, formou par com o espanhol Daniel Gimeno-Traver.

No «top» 50 A vitória de João Sousa na capital malaia sucedeu às meias-finais em São Petersburgo, na Rússia, na semana anterior, igualmente um torneio de categoria 250 do ATP World Tour. No conjunto das duas provas, o vimaranense de 24 anos contabilizou 340 pontos, o que lhe valeu a subida da 89.ª posição, que ocupava antes de São Petersburgo (Rússia), para o 51.º posto da tabela ATP. Ao todo, o tenista português, que não dispensa assistir a um encontro de futebol, galgou 26 degraus na classificação mundial e entrou na elite. O seu melhor registo pessoal de sempre foi também a posição máxima de um português no “ranking” ATP, que era pertença de Rui Machado desde 3 de outubro de 2011, com o 59.º posto. Na semana seguinte, João Sousa logrou a entrada no “top” 50 do “ranking” ATP, criado em 1973. Como admitiu o vimaranense nas múltiplas entrevistas que concedeu em Portugal, o ingresso na elite do ténis mundial não era um objetivo delineado para esta temporada.

JOÃO SOUSA galgou 26 posições no “ranking” ATP com êxito na Malásia

Sala de jantar, Maia e Barcelona João Sousa começou a jogar ténis em criança. Acompanhava o pai, Armindo Marinho Sousa, nos encontros com amigos. O vício da raqueta entranhou-se-lhe no corpo e jogava em casa, na casa de jantar, atirando bolas contra a parede. A iniciação aconteceu quando tinha sete anos, sob a orientação técnica de Luís Miguel Coutinho,

Guimarães. Depois, passou para o Centro de Ténis da FPT da Maia. Aos 15 anos, sem parceiro de treino e com uma vontade férrea de evoluir, mudou-se para uma academia de alto rendimento, em Barcelona, onde reside atualmente, tratando das suas refeições. A exceção é quando a mãe o visita e lhe deixa comida armazenada.

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Os Os portugueses portugueses no no «top» «top» 100 100 João Sousa é o quinto tenista português com presença no “top” 100 do “ranking” mundial, em masculinos e femininos. O vimaranense entrou pela primeira vez na elite mundial em janeiro de 2013, depois de ter atingido a segunda ronda do quadro principal de singulares do Open da Austrália. Nuno Marques foi o primeiro representante do ténis português a alcançar o “top” 100 mundial, em 1995. Mais de uma década depois, Frederico Gil integrou os 100 primeiros do mundo. Se Gil quase quebrou a barreira dos 60 primeiros, Rui Machado conseguiu essa proeza, em 2011. João Cunha e Silva (108.º, a 15 de abril de 1991) e Gastão Elias (103.º, a 6 de maio de 2013) ficaram à porta do “top” 100. Em femininos, Michelle Larcher de Brito é, até ao presente, a única lusa no “top” 100. Tinha apenas 16 anos e ingressou após a terceira ronda em Roland Garros, em 2009. Maria João Koehler esteve muito perto de concretizar o seu sonho. Posicionou-se em 102.ª (25.9.2012).

JOÃO SOUSA Estreia no «top» 100 — 91.º (29.1.2013) Melhor registo pessoal — 91.º (29.1.2013)

RUI MACHADO Estreia no «top» 100 — 95.º (25.10.2010) Melhor registo pessoal — 59.º (3.10.2011)

FREDERICO GIL Estreia no «top» 100 — 99.º (2.2.2002) Melhor registo pessoal — 62.º (25.4.2011)

NUNO MARQUES Estreia no «top» 100 — 99.º (11.9.1995) Melhor registo pessoal — 86.º (25.9.1995)

MICHELLE LARCHER DE BRITO Estreia no «top» 100 — 90.ª (8.6.2009) Melhor registo pessoal — 76.ª (6.7.2209) Fontes: ATP e WTA

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A semana de todas as emoções Durante nove dias, a Semana do Ténis & Padel animou o CT Estoril, com o Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto, o Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC, o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini. Nas três competições, distribuíram-se prémios globais de 27 mil euros. O programa desta iniciativa inédita da FPT integrou ainda outras iniciativas, sociais e de solidariedade, e exibições de ténis de praia e em cadeira de rodas. A semana de todas as emoções recorda-se nesta página e nas seguintes.

FOTOS: FERNANDO CORREIA

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FOTOS: FERNANDO CORREIA


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FOTOS: FERNANDO CORREIA


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FOTOS: FERNANDO CORREIA


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Glória aos campeões Vice-campeões singulares masculinos e femininos

CAMPEONATO NACIONAL ABSOLUTO / TAÇA GUILHERME PINTO BASTO Campeões singulares masculinos e femininos

RUI MACHADO

JOÃO DOMINGUES

BÁRBARA LUZ

Campeões pares masculinos

Vice-campeões pares masculinos

MARIA JOÃO KOEHLER

GONÇALO FALCÃO / FREDERICO SILVA

Vice-campeãs pares femininos

Campeãs pares femininos

JOÃO DOMINGUES / GONÇALO PEREIRA

JOANA VALLE COSTA / BÁRBARA LUZ

JOANA BRITES / ANA FILIPA SANTOS

Vice-campeões pares mistos

Campeões pares mistos GONÇALO FALCÃO / JOANA VALLE COSTA

MARIANA CARREIRA / FELIPE CUNHA E SILVA

CARLOS LEITÃO

JOÃO SANONA

FOTOS: FERNANDO CORREIA

Vice-campeão

CAMPEONATO NACIONAL TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS TAÇA ANGELINI

Campeão

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Campeãs seniores femininos Campeãs femininas Veteranos + 35 anos

JOÃO ROQUE / HELENA MEDEIROS

SANDRA MARQUES / INÊS EIRÓ

Campeões masculinos Veteranos + 35 anos

Vice-campeões masc. Veteranos + 35 anos

FILIPA CALDEIRA / BÁRBARA C. REAL

Vice-campeões seniores pares mistos

ANA CATARINA NOGUEIRA / DIOGO ROCHA

HELENA MEDEIROS / FILIPA MENDONÇA

Vice-campeãs femininas Veteranos + 35 anos

Campeões seniores pares mistos

KÁTIA RODRIGUES / ANA CATARINA NOGUEIRA

MIGUEL RIBEIRO / PEDRO FRAZÃO FOTOS: FERNANDO CORREIA

JOSÉ LUÍS LEITÃO / JOÃO MARTINS DA SILVA

Vice-campeões masc. Veteranos + 45 anos

MARCO SOUSA / PAULO FERRAZ

Campeões masculinos Veteranos + 45 anos

JOÃO ROQUE / DIOGO ROCHA

Vice-campeãs seniores femininos

VASCO PASCOAL / MIGUEL OLIVEIRA

Vice-campeões seniores masculinos

Campeões seniores masculinos

CAMPEONATO NACIONAL PADEL / TAÇA BANCO BIC

PEDRO PINTO / JOSÉ QUEIJO


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O mérito reconhecido

FOTOS: FERNANDO CORREIA

Pela primeira vez, a Federação Portuguesa de Ténis instituiu os Prémios de Mérito/Vista Alegre, no jantar oficial da Semana do Ténis & Padel, no Centro Cultural de Cascais. Leonor Peralta, campeã nacional absoluta por 13 vezes (recorde) e Alfredo Vaz Pinto (conquistou o título em sete ocasiões) foram distinguidos com o Prémio Títulos Nacionais/ Vista Alegre. Rui Machado recebeu o Prémio Melhor “Ranking” e a Paulo Espírito Santo, campeão nacional em ténis de cadeira de rodas de 2004 a 2007 e vicecampeão de 2008 a 2012, foi atribuído o Prémio Longevidade/Vista Alegre. O Prémio Dedicação/ Vista Alegre foi entregue a Miguel Bento Monteiro e Luís Guedes (ausente), representantes de Portugal nos campeonatos do mundo e da Europa de transplantados.


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«Jogo porque me faz feliz» FERNANDO CORREIA

Treinada por João Cunha e Silva, Patrícia Martins começou a jogar ténis com seis anos. Nos escalões jovens, contabiliza um total de 19 títulos nacionais. Foi campeã nacional em singulares em sub-12 (2005 e 2006), em sub-14 (2006 e 2008) e em sub-16 (2010). Em sub-12, em pares, soma dois títulos (2005, com Joana Zanatti; e 2006, com Joana Valle Costa) e foi vicecampeã numa ocasião (2004, com Mariana Salvador). Em sub-14, sagrou-se campeã de pares em 2006 (com Koehler) e 2008 (com Sofia Araújo) e foi vicecampeã em 2004 (com Teresa Araújo). Na categoria sub-16, juntamente com Sofia Araújo, foi campeã em 2010 e vicecampeã em 2009. No ano anterior, também foi vice-campeã , ao lado de Koehler. Em pares mistos, Patrícia Martins e Ricardo Martins foram campeões em 2007. Em pares, sub-18, figura na galeria dos campeões em 2012 (com Joana Valle Costa), 2010 (com Sofia Araújo) e 2007 (com Charlotte Pires). Com Sofia Araújo, foi vice-campeã em 2009. No circuito ITF Junior, fez a “dobradinha” no ITF Kramfors Junior Challenge 2009 (Suécia). Junta o título individual na Vila do Conde Junior Tennis Cup, em 2012

Patrícia Martins 19 anos O ténis é... a minha paixão. Jogo ténis… porque me faz feliz e já não imagino a minha vida sem o fazer. O que mais gosto no ténis... é a competição, a adrenalina, as vitórias.

E a maior tristeza no ténis... foi não poder representar Portugal devido a lesão. Se eu mandasse no ténis... empenhava-me para que ninguém deixasse de poder competir por falta de apoios financeiros.

O que mais detesto no ténis… são as lesões.

Em Portugal, o ténis precisa de… maior divulgação, mais apoios e mais competição feminina.

Para mim, treinar é... trabalhar e superar -me todos os dias, com o objetivo de estar sempre a evoluir.

Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... ótimo para o crescimento da modalidade.

O sucesso significa… alcançar os objetivos que definimos.

Um bom treinador é... aquele que consegue, acima de tudo, transmitir os seus conhecimentos com confiança e que acredita genuinamente no seu atleta.

No ténis, quero atingir... o topo no “ranking” mundial. Depois de vencer um encontro… fico satisfeita, corro, alongo, tomo banho e, de seguida, tento analisar o que correu melhor e pior. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… a primeira vez que fui campeã nacional e quando alcancei o título de um torneio de categoria 1 Tennis Europe, sub-14, em Piestany, em 2008.

O meu ídolo no ténis é atualmente... Rafael Nadal. O meu torneio preferido é… Roland Garros. A minha superfície preferida é… terra batida. No meu saco, não dispenso… toalha, elásticos, pala, sapatilhas, é elástico, “grips” e, obviamente, as minhas raquetas.


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Uma semana em grande «TIE-BREAK»

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«Antes do começo desta aventura, poucos dariam de barato um tão agradável sucesso»

A Semana do Ténis & Padel, organizada pela Federação Portuguesa de Ténis, no Clube de Ténis do Estoril, foi uma semana em grande. Ao Campeonato Nacional Absoluto/ Taça Guilherme Pinto Basto juntouse o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini e o Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC. E houve muitos mais, até uma exibição de ténis de praia, numa semana que foi um grande cometimento e que teve também espaço no programa para a solidariedade. Antes do começo desta aventura, inédita em Portugal, poucos dariam de barato um tão agradável sucesso, a deixar incrédulos não só o público em geral como os habituais “velhos do Restelo”, que mais não sabem fazer do que criticar, pois emudecem estranhamente quando é hora de prestar homenagem e reconhecimento perante as evidências. É tempo de prestar justiça: uma equipa dotada ofereceu, durante uma semana, aos amantes do ténis (e do padel, do ténis em cadeira de rodas e do ténis de praia) um espetáculo fabuloso e uma excelente prova de capacidade, transformando os campeonatos numa festa única, que congregou muitas pes-

soas. Foi agradável ver o rodopio de pessoas no Clube de Ténis do Estoril, desfrutando da oferta. Foi consolador verificar como os patrocinadores — os principais e os outros, não menos importantes — se sentiam felizes, sendo a reciprocidade uma óbvia consequência. Das peripécias técnicas, outros falarão. Para mim, que, conhecendo as capacidades de toda esta magnífica máquina de fazer milagres, não poderia ficar espantado, sobraram recordações sentimentais. Vi, com muito gosto, gente que conheço há muito. Porém, tomo a liberdade de apenas falar de uma pessoa: Leonor Peralta. Voltar a ver essa querida Leonor Peralta, com a qual tive um pequeno mal entendido, felizmente sanado, foi das coisas mais gratificantes para mim. E a sua distinção no jantar oficial, no Centro Cultural de Cascais, encheu-me de uma alegria indecifrável. Leonor Peralta e Alfredo Vaz Pinto foram merecidamente distinguidos com os “Prémios Mérito”. E em boa hora, a Federação Portuguesa de Ténis vincou com estes galardões que não esquece quem no passado — o mais longínquo e o recente — deu um contributo muito grande ao ténis português.

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