Justiça suspende demissão de servidores
Greve
AHistória fora dos livros
Queda da monarquia abriga verdades não reveladas desde o grito da Independência até a Proclamação da República. Descendentes legítimos do Império estão no Brasil e aptos a assumir o trono PÁG.26 Banqueta na Balada
Talentos Nova-limenses
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Dia do maçom
Influência inglesa vira moda
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Centenário da União Operária
Cultura
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Câmara apura denúncias
Política
PÁG.10
Zé do Copo
Greve dos cooperados
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Sentença de vida ou morte
Editorial
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A Banqueta
Sentença de vida ou morte
O aborto sempre foi um tema polêmico, mas não debatido em sociedade como o necessário. Na segunda-feira 31 de agosto, o papa Francisco anunciou durante a celebração do Jubileu da Misericórdia, uma declaração que promete dividir opiniões, até mesmo entre os católicos. Segundo o líder do Vaticano, todos os padres passam, a partir da data, a ter o poder de "absolver" as mulheres que cometeram “o pecado do aborto”. Ainda de acordo com o líder da Igreja Católica, a medida foi tomada porque “o perdão de Deus não poder ser negado a todo aquele que se arrepender” e “muitas dessas mulheres, têm uma cicatriz no coração por essa escolha sofrida e dolorosa”. Culturalmente, a prática do aborto era condenada pela Igreja através da excomunhão das mulheres.
Em março desse ano, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) deu entrada, na Câmara dos Deputados, a um projeto de lei que garante às mulheres o direito de interromper voluntariamente gravidez de até 12 semanas. De acordo com o texto, encaminhado para as comissões da Casa, antes de seguir para votação, o aborto seria realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na época, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), que é também Presidente da Câmara declarou que nenhuma questão envolvendo o aborto seria votada, e ainda expôs que era radicalmente contra o aborto. A posição de Cunha é endossada por muitos brasileiros que creem que a gravidez se inicia a partir da concepção e, que qualquer medida no sentido da interrupção, além de ser moralmente inaceitável, também seria um crime contra a vida. Para os movimentos feministas, não cabe ao Estado o direito de legislar ou decidir sobre o ventre da mulher. Há ainda aqueles que são favoráveis ao aborto em casos específicos como: uma gestação ocasionada por estupro e, em casos da gravidez comprometer a vida da mulher, ou ainda, quando a gestante carrega um feto anencéfalo (sem cérebro). A decisão do alto Pontífice é histórica, mas pode gerar consequências ainda não previstas, assim como irremediáveis.
A frente fria que passa no final de semana pelo litoral da região Sudeste deve causar aumento da nebulosidade na RMBH. Mín:14 Máx:27
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Ruibran dos Reis
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Diretor da Regional da Climatempo Minas Jornal A Banqueta de Notícias - 290ª Edição
Oportunidades de emprego
Nova Lima - Raposos - Rio Acima - O4 a 10 de setembro 2015
Contrata-se jornalista formada para atuar em Nova Lima com jornal impresso e televisão. Interessados enviar currículo com foto para fredsarti@yahoo.com.br
Vaga para Analista de Marketing. Local: Castelo BH Benefícios: VT, VR e Conv. Médico. Salário: R$ 1500 a R$ 2000. Horário: 08h às 18h, Seg. a Sex. Requisitos: Superior nas áreas de MK, PP ou RP. Experiência na função, e conhecimentos em Photoshop, InDesign, Illustrator, HTML, Internet, Power Point, Adwords, Corel, Facebook, Youtube, Google + e Office. Informar pretensão salarial e currículo para: jotaelerh@yahoo.com.br. Colocar no assunto do e-mail o nome da vaga.
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Estágio em: MK ou PP. Local: Belvedere BH. Horário: 09 às 15h. Salário: Bolsa de estágio + VT. Requisitos: Conhecimento em Corel ou Adobe Ilustrator, Instagram e Facebook e ter disponibilidade para estagiar por pelo o menos um ano. Interessados, enviar currículo para: tatiana.borges@gruposelpe.com.br e colocar o nome da vaga no e-mail.
Buscando soluções
Direto da Comunidade
“Estamos revoltados com o descaso com que o bairro Retirinho é tratado pelos órgãos públicos. Principalmente, a Rua Ipê, que está repleta de buracos e a Rua Álamo, em que parte do asfalto cedeu e até o momento nada foi feito para solucionar a situação. Além dos moradores correrem risco de sofrerem algum acidente, o local está cheio de carros velhos abandonados. O que há longo prazo pode ocasionar diversas doenças para os moradores. Gostaria de saber o que vai ser feito para resolver esses problemas, já que estamos cansados de sofrer com esses problemas”. Resposta: A Prefeitura de Raposos informou que busca uma solução para o caso da Rua Alámo há anos, o problema se prolonga desde 1997. O órgão, solicitou junto ao governo federal, um contrato de repasse de verbas para a recuperação das encostas. No momento, a Prefeitura aguarda apenas, a liberação do recurso pelo o
BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 8569-2926 ou abanqueta@gmail.com Diretor: Frederico Sarti Mendes Jornalista responsável: Letícia Barros Redação: Letícia Barros, Júlia Leal, Júnia Rodrigues e Janaina Santos Diagramador: Elton Corrêa David Diagramadores aux.: Sônia Souza, Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 9847-9631 / Efigênia Veloso: 8848-4388 Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares
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Rua com buraco, desmoronamento do asfalto e carro abandonado
Rosemary Aparecida Retirinho
Governo Federal para dar inicio às obras. Em relação aos veículos abandonados, há uma lei municipal aprovada pela Câmara, que proíbe o abandono de veículos em ruas públicas. No entanto, a Prefeitura observa que não existe um pátio de apreensão, para encaminhar os veículos. Para resolver a questão, é necessário a liberação do Detran.
“Gosto do jornal pela ótima apresentação dos fatos. Acompanho sempre os quadros Balada, Editorial e o Zé do Copo fico feliz por ele nos mostrar os bastidores do que acontece na cidade. Lendo o jornal fico por dentro das novidades do Torneio da Amizade, campanhas solidárias como: o Papai Noel Mirim e projetos promovidos pela a Casa Rosal, que ao longo desses anos têm contribuído para tornar Nova Lima cada vez melhor. Parabenizo a todos da equipe pelo o impresso e TV”. Vinícius Breno dos Santos Cabeceiras
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Liminar evita demissão de servidores Política
Ministério Público consegue derrubar decreto de exoneração de concursados em estágio probatório da prefeitura de Nova Lima. Sem acordo entre prefeitura e servidores, greve continua
O mês de setembro começou e a greve dos servidores de Nova Lima continua. Desde o dia 24 de agosto, os funcionários públicos paralisaram os serviços – sendo que somente os essenciais funcionam parcialmente. A greve é uma iniciativa contra as propostas do Executivo; uma delas é a demissão de servidores públicos em estágio probatório. A decisão impopular, que busca adequar o município à Lei de Responsabilidade Fiscal, foi divulgada no sábado (29), no Diário Oficial. Uma lista de demissões com os nomes de 120 servidores em estágio probatório e 71 comissionados revoltou os funcionários públicos que saíram às ruas para protestar.
Em entrevista, exclusiva, à TV Banqueta, a promotora de Justiça, Dra. Ivana Andrade de Souza, informou que o Ministério Público (MP) havia entrado com uma ação cautelar, na segundafeira (31), contra a prefeitura da cidade. Nela, foi solicitada a suspensão da exoneração dos servidores públicos em estágio probatório. A ação foi deferida pela juíza de Direito, Roberta Rocha, da 2ª Vara Cívil da Comarca de Nova Lima e, na terça-feira (01), a Justiça concedeu uma liminar que suspendeu a demissão desses concursados.
MP apura a crise
A promotora de Justiça, explicou que, há dois anos, acompanha a crise financeira que a prefeitura enfrenta, desde o começo da queda da arrecadação do município, especificamente, a partir
do segundo semestre de 2014. “Quando começou a se falar em demissão de servidores, o MP instaurou um inquérito civil para apurar e acompanhar, quais medidas estariam sendo tomadas pela administração pública para controlar a crise e ajustar as despesas com pessoal”, esclarece.
“Transparência na gestão”
Segundo a promotora, a Lei de Responsabilidade Fiscal prevê a possibilidade de demissão de servidores em estágio probatório, inclusive servidores estáveis, mas, desde que, antes disso, seja seguido um trâmite: a demissão de todos os contratados e a redução de, no mínimo, 20% dos comissionados. “Nessa recomendação, chegamos a interpretar que a lei diz pelo menos 20%. Mas, poderia se chegar a 100% de demissão de comissionados, antes de passar para a medida drástica de demitir aqueles que entraram pela via constitucional, ou seja, por meio de concurso público”, completa.
A promotora de Justiça conta que o prefeito Cassinho Magnani (PMDB) anunciou diversos cortes, por exemplo, de salários, de gastos com transporte e aluguel, mas, ainda não foi comprovado, para o MP, nenhuma dessas medidas. “Enquanto não ficar transparente que todos os cortes necessários foram feitos, entendemos que a demissão, de qualquer concursado, é inconstitucional”, aponta.
Assembleia decide pela continuidade da greve
Liderados pela diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Lima (Sindserp), os grevistas se reuniram em nova assembleia, nesta quarta-feira (02), no Ginásio do Villa Nova. O objetivo principal era discutir os rumos da greve, depois da concessão da liminar conseguida pelo MP, que dá direito ao retorno dos servidores em
estágio probatório para as atividades públicas. “Mais uma vez, conseguimos derrubar uma injustiça do Executivo com o servidor, parabéns para a Dra. Ivana”, diz a presidente do sindicato, Érika.
De acordo com Érika Fernanda, membros da diretoria do Sindiserp solicitaram ao prefeito uma posição a respeito da contraproposta dos servidores, definidas ao longo das assembleias. “Solicitamos um documento em que o prefeito se colocasse aberto às negociações. Dentre as propostas, está a reposição dos dias parados, feita pelos funcionários de todas as categorias envolvidas; mas com a garantia de nenhum prejuízo financeiro para os grevistas - caso a greve se encerrasse. O prefeito não nos recebeu para assinar o documento”, reforça. Após serem informados do ocorrido, os servidores decidiram, por unanimidade, permanecer em greve.
Em nota, a prefeitura informou que, em decorrência da decisão judicial que suspendeu os efeitos do Decreto Municipal n°6638, o prefeito expediu novo decreto para suspender os efeitos do referido ato de demissão, determinando a reintegração de todos aqueles servidores. A administração pública espera assim, que os servidores retomem suas atividades. A prefeitura se coloca à disposição para dar prosseguimento às conversações, com o objetivo de readequar os gastos com pessoal à nova realidade do município, bem como relativamente aos efeitos da greve.
TV Banqueta
Para acompanhar a cobertura completa da greve geral dos servidores públicos acesse o site: www.tvbanqueta.com.br e/ou o canal na Internet: www.youtube.com/tvbanquetanovalima
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Dicas
Na foto ele tinha 15 anos, hoje tem 34. É líder missionário da Igreja Quadrangular da Bela Fama. Trabalha como gerente em uma loja de materiais de construções. Torce para o time Alto do Gaia. Já trabalhou como instrutor em três autoescolas da cidade.
Já sabe quem eu sou? Descubra na próxima edição! A misteriosa da semana passada é a Miss Terra 2015 Gabriela Santana.
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contra prefeito Câmara apura denúncias Política
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Comissão Processante Especial é instaurada na Câmara de Vereadores para apurar denúncias contra Cassinho Magnani
reunião ordinária da Casa Legislativa e aprovada por sete votos.
Os vereadores José Guedes e Fausto Niquini do DEM, Flávio de Almeida e Silvânio Aguiar do PT, Alessandro Coxinha (PRTB), Leci Campos (PSL) e Nélio Aurélio (PMDB) votaram a favor da instauração da CPE. Já os vereadores André Vieira (PRB), Ângela Lima (PMDB) e Gilson Marques (PSL) votaram contra.
Integrantes da CPE
Nesta terça-feira (01), a Câmara de Vereadores de Nova Lima instaurou uma Comissão Processante Especial (CPE) para apurar denúncias apresentadas contra o prefeito Cassinho Magnani (PMDB). A leitura das denúncias foi realizada durante a
Seguindo o decreto que regulamenta a CPE, foi realizado um sorteio para escolher os integrantes da comissão. Uma vez que a mesa diretora – formada pelo presidente da Casa, José Guedes, pelo vice-presidente, André Vieira e pelo secretário
Silvânio Aguiar - não pode participar da CPE, sendo que um membro da comissão deve ser reservado à minoria, no caso Alessandro Coxinha. A escolha dos outros dois vereadores foi feita por meio de sorteio, são eles: Leci Campos e Ângela Lima. O presidente da comissão é Alessandro Coxinha, relatora Ângela Lima e sub-relator Leci Campos.
Prazos para apuração
A CPE tem cinco dias para notificar o prefeito Cassinho Magnani sobre as denúncias, após isso, o prefeito terá dez dias para apresentar sua defesa. Em seguida ao recebimento da defesa do Executivo, a comissão tem mais cinco dias para apresentar seu parecer e opinar sobre o prosseguimento ou o arquivamento das denúncias.
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Cultura
Patrimônio Cultural em festa
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Corporação Musical União Operária completa 100 anos
Crianças, jovens e famílias reunidas à espera de ver a banda passar é uma cena recorrente e tradicional em cidades do interior. Ao longo de 100 anos, essas imagens ficaram registradas na memória dos integrantes da Corporação Musical União Operária, uma entidade cultural que pela tradição que carrega, o tempo se encarregou de torná-la patrimônio de Nova Lima. Nessa trajetória, membros antigos da banda, assim como fãs e colaboradores contribuíram para a manutenção e sucesso do grupo.
Mineração Morro Velho, também passou a integrar à Banda da União Operária.
Tradição centenária
Em primeiro de setembro de 1915, a Corporação Musical União Operária foi fundada pelo o músico José Néry dos Santos, em parceria com Cesário Pereira dos Santos e Antônio Lourenço Martins, o Totó. A primeira formação era composta basicamente por funcionários da antiga Mineradora Morro Velho. Na época, os ensaios aconteciam no Bairro Bonserá Velho, no Rosário. Os amigos e colegas abraçaram o projeto e, 15 anos depois, a banda possuía cerca de 50 músicos.
Atualmente, a sede da banda conta com 40 músicos e está localizada na Avenida Rio Branco. No espaço, acontecem os ensaios, cursos de iniciação musical para ensino de vários instrumentos de sopro e percussão, assim como as reuniões e confraternizações dos membros da banda.
Uma vida dedicada à música
O nome “Zé Fuzil” se tornou sinônimo de música e talento, referência que a Escola Municipal de Música de Nova Lima, adotou para homenagear o nome do ilustre morador que prestou diversos serviços à sociedade nova-limense. Nascido em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, o músico se mudou para Nova Lima à procura de trabalho, e assim que se tornou funcionário da
Uma grande família
Segundo o músico Zé Lopes, membro da banda há 63 anos, o segredo para o sucesso é a união e amizade que garantem não só a harmonia da banda, mas também o espírito de confraternização similar ao de uma grande família. A segunda regente Silá Duarte, concorda com o Zé. “Como em toda família, temos diferenças, mas assim como há arestas, também existe um espírito muito forte e acolhedor para suavizar qualquer dificuldade em prol da banda”, reforça.
Madrinha do coração
José Acácio de Assis Costa, o Zé Fuzil, herdou o apelido do pai que havia participado da guerra e com isso, adquiriu o hábito de carregar um fuzil nas costas. Mas se o pai era um veterano combatente, sem tirar folga mesmo após o término da guerra, a desbravura e a glória do filho ficou expressa com a força e dedicação aos instrumentos musicais. Ao longo de 40 anos dedicados ao grupo musical, Zé Fuzil se tornou um músico exemplar ao desempenhar quase todas as funções na banda com maestria e encanto. Em 1948, ele assumiu o comando da banda, no lugar do Maestro Vilela, mantendo-se nessa função até 1994. Ele também marcou época, como bandolinista do grupo Ferro Velho, e trombonista no Bloco dos Sujos, além de desempenhar a mesma função na Charanga do Villa Nova. O músico faleceu em 1996, mas até hoje ostenta o legado de “pai da Banda” reflexo do carinho e sabedoria com que tratava a todos.
Os ensaios e reuniões são momentos aguardados com ansiedade pelo os membros do grupo musical. É comum ver o pessoal da Velha Guarda reunido com os mais jovens depois dos ensaios. O grupo costuma frequentar o local, não só para tocar, mas também para trocar ideias, conselhos e ser prestigiados pelos os quitutes de Dona Maria Cesário, filha do segundo e fundador Presidente da banda Cesário Pereira dos Santos. A “madrinha” da banda, como é conhecida por todos, e também vizinha da sede desde a década de 60, cresceu no ambiente musical e frequentemente oferece aos músicos e alunos mimos de dar água na boca. Ela cozinha para o grupo: biscoitos, macarronada, pastel de carne entre outros quitutes que cheiram de longe.
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Sra. Maria, sobrenome dedicação
Banda da União Operária e participaram dos desfiles do grupo. A experiência do casamento de Mizinha e Geraldo foi tão marcante que entusiasmou a filha do casal. Em 2013, quando Carolina Mozelli se casou, a banda foi convidada para dar início aos festejos do casório. O pai relembra o fascínio e o encantamento da filha vestida de noiva e do momento, em que a banda entoou a mesma valsa do casamento dos pais.
Maria Mozelli e Zé Felipe
O empresário José Felipe da Rocha dedicou 50 anos a música e relembra com carinho da Sra. Maria Mozelli que durante os 106 anos de vida ajudou praticamente todas as bandas tradicionais da cidade, em especial à Banda da União Operária. “Ela fazia trabalhos artesanais e tudo o que vendia era destinado aos grupos musicais. Não podemos esquecer-nos dessa grande personalidade, que faleceu há quatro anos, mas deixou um legado de alegria e entusiasmo para as bandas tradicionais de Nova Lima”, comenta.
De mãe para filha
Geraldo e Noêmi Mozelli no casamento
Celeiro de Talentos
Tradicionalmente, as bandas do interior se tornam celeiros de grandes músicos e não foi diferente na União Operária, que reúne ex-alunos e membros ilustres como: o Tenente Maestro da Academia da Banda da Polícia Militar, Eleônio Ribeiro. O músico
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participou da Banda da União Operária por sete anos, época em que assumiu as funções de trompetista e maestro. Além disso, o repertório da banda é variado, toca desde os dobrados, marchas militares, marchas festivas religiosas e até ritmos populares como canções da MPB.
Crise chegou à banda
Segundo o vice-presidente da Banda da União Operária, Sebastião de Lima, como o grupo musical é uma associação municipal sem fins lucrativos, a crise do minério e os problemas financeiros enfrentados pela a Prefeitura também afetaram o grupo. Hoje, a banda tradicional conta a boa vontade dos mais de 100 sócios e patrocinadores para sobreviver, além do aluguel da parte superior do imóvel da sede para manter as atividades do local em funcionamento. “Sócios, patrocinadores e alunos são sempre bem vindos, uma vez que a banda é um patrimônio da cidade”, reforça. Apesar dos problemas, não faltam alegria e disposição para os membros, sendo que o convite para a população participar das festividades da corporação não ficou esquecido.
Músicos e voluntários da Banda União Operária
Além dos avôs, pais, filhos e netos que herdaram A União, há tempos deixou de ser apenas Operária, estendeu o espírito acolhedor pela vizinhança da sede. Encantada pelo o grupo musical, a família da jovem Noêmi Wanderley Mascarenhas se tornou uma das primeiras sócias da banda. Desde menina, “Mizinha”, como é conhecida, sonhava em se casar ao som do grupo; desejo realizado pelos músicos em 1975, quando a jovem se casou com Geraldo Mozzelli. Casados há quase 40 anos, o marido relembra com graça, a surpresa de Noemi ao ver os músicos em frente à porta de casa, depois da cerimônia de casamento. O entusiasmo e euforia das valsas embaladas em plena rua marcaram a união do casal homenageados pelos amigos músicos. A tradição e o gosto pela música foram perpetuados pelos os filhos do casal: Tiago, Pietro e Carolina que, desde a infância, frequentaram a sede da
Em pé: Sebastião Lima (Vice-presidente), Lúcia Claret (Voluntária) e Tarcísio Pires (Tesoureiro). Sentados: José Flores (Saxofone tenor), Maria Cesário (Madrinha da banda), José Lopes (Bombardino), Orlando Pinto (Tuba).
Programação
02/10 - Apresentação especial no Teatro Municipal Manuel Franzen de Lima, às 20h.
Outras informações, ligue: 3541-1816
18/10 - Ensaio aberto com agradecimentos a maestros e maestrinas, na Praça Bernardino de Lima, às 9h.
22/11 Cecília, Musical Branco,
- Festividade de Santa na sede da Corporação União Operária, à Av. Rio 251, Centro.
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Designer desenvolve coleção inspirada na influência inglesa em Nova Lima
Fotos: Dois Cliques
Mine: história e moda pra contar
Desfile FUMEC Forma Moda (21ª Ed.)
forma que existe hoje por causa da descoberta do ouro e da abertura das minas. A grande figura desse momento, sem dúvidas, foram os ingleses”, conta.
O Chá das Cinco, da porcelana para corpo
O universo dos traços feitos em tinta ou grafite, as cores, a aquarela. O mundo das linhas entrelaçadas em tecidos de texturas infinitamente variadas e àquelas que dão vida à ilustrações em papel. O belo que se casa na arte, o inusitado da criação, da transformação de coisas, em coisas diferentes e, um certo quê do destino, fazem parte da história da designer de moda e ilustradora que, desde de a escolha do nome, passou a carregar a artista que se revelaria no futuro: Bela Konstantin, a Isabela. Afinal, caso beleza seja moda e a arte seja bela de uma beleza interpretada e não somente estética - ela é Isabela, uma nova-limense que levou a cidade para a passarela ao escolher o tema do trabalho de conclusão do curso superior.
Intuitiva, detalhista e apaixonada por Nova Lima, e ainda, com o olhar de quem acredita nos pontos positivos da cidade, Isabela desenvolveu uma coleção baseada na influência da colonização inglesa na região. A conclusão do trabalho resultou em looks apresentados na 21ª edição do FUMEC Forma Moda, realizada na torre do Altavila, em julho. A riqueza do trabalho pôde ser vista com nitidez durante o desfile das peças, fundamentalmente conceituais, apesar de, também, esteticamente agradáveis ao gosto e ao olhar, compostas por roupas femininas a partir do universo masculino e de acessórios em que imperou a ideia de fragmento, partes de algo que já foi inteiro.
Mine de meu, de mina e de ouro
Mine, uma palavra inglesa, foi o nome escolhido para a coleção desenvolvida por Bela, uma opção que retrata a história da cidade no trabalho de conclusão de curso dela. “Mergulho em tudo que faço, gosto de estar em todo processo, então o nome da coleção tinha que remeter àquilo que existe de mim, só que nele. Além disso, mine significa mina em inglês, e Nova Lima só existe da
Fragmentos usados para compor acessórios em cerâmica
Durante a pesquisa acadêmica, Bela fez descobertas classificadas como encantadoras. A designer encontrou na tradição inglesa do Chá das Cinco, uma delicadeza capaz de transformar utensílios de louça em artesanato. Xícaras, pratos, jarras e vasilhames em porcelana pintada, na releitura da artista transformaram-se em colares, golas, anéis, broches e brincos. O formato dos acessórios lembra porcelana quebrada. “Observei os acessórios das mulheres da época e baseada na ideia da fragmentação, desenvolvi as peças que remetem aos utensílios de casa, por exemplo, usados para o Chá das Cinco, uma rotina tão inglesa como a Inglaterra”.
O charme do ouro
Uma curiosidade sobre o processo de criação das bijuterias foi a interação da designer de moda no desenvolvimento das peças. Além de desenhar as bijuterias, ela as produziu à mão e, para isso, teve que fazer o curso de cerâmica. Quanto à pintura dos acessórios, não poderia ser diferente, tem o dedo de Bela e detalhes que remetem ao ouro. “Para fazer referência à extração do ouro, usei uma substância usada na pintura de bijuterias refinadas, o ouro líquido, mesmo material encontrada nas louças da época da colonização”, lembra.
Elegância herdada do linho
Outro elemento da época da colonização inglesa em Nova Lima e transportada para a coleção Mine, foi o tecido usado pelos ingleses, funcionários da mineradora Saint Jhon Del’Rey Mining Company. De acordo com a pesquisa feita por Isabela, baseada em fotos de época e registros de autores
nova-limenses, mesmo diante do trabalho bruto, necessário à extração de ouro, os ingleses prezavam pela elegância, sendo que o linho e roupas de alfaiataria eram predominantes entre eles.
Transformar isso, naquilo
Como desenvolver uma coleção feminina com peças usualmente masculinas, foi uma pergunta respondida à altura. A artista escolheu o linho para confeccionar calças, coletes e camisas que privilegiam o decote e a delicadeza da alfaiataria. “Eu fiz os moldes e, minha mãe que é estilista, confeccionou as peças. A sensualidade da mulher em roupas masculinas, que era o meu objetivo, foi alcançado”, lembra. Mas, não só isso, sutilezas fizeram diferença. O lenço no bolso e a calça dobrada dos funcionários estiveram presentes nos looks desenvolvidos pela artista, que amarrou tudo com composição de broches para prender a dobra da calça ou gola da camisa, e até mesmo, o luxo de se ter uma gola, exclusiva, de cerâmica.
Editorial: peça look Mine, por Isabela Konstantin
Arquitetura dominada pelo branco e pelo azul
Uma curiosidade sobre a arquitetura inglesa e transportada para as peças de Bela, talvez ainda não houvesse sido percebida. Em sua maioria, as casas construídas pelos estrangeiros tinham o acabamento em branco e azul, presentes na cartela de cores dos trajes e acessórios confeccionados pela artista. Para arrematar a produção, um mimo conceitual de dentro para fora. O forro das calças e coletes da coleção foram ilustrados com o mapa da antiga mina da Morro Velho e frases da avó da artista, componentes de sua inspiração. “Quando criança, almoçava na casa da vovó e ficava louca para terminar e ver o desenho da pintura no prato, isso tudo está no Mine”, finaliza.
Para conhecer mais sobre a artista acesse o FaceBook, digite: Isabela Konstantin
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O mesmo homem que, há quase 200 anos, arrancou o laço português do chapéu e as braçadeiras azuis e brancas (símbolos da fidelidade a Portugal), desembainhou a espada e, às margens do Rio Ipiranga, gritou: “é tempo, independência ou morte! Estamos separados de Portugal!”, foi, também, o avesso da etiqueta esperada para um príncipe. D. Pedro I, além de ser o histórico Libertador e Defensor Perpétuo do Brasil, conforme o título recebido em maio de 1822, no Rio de Janeiro, foi um personagem fascinante.
Nobre por herança, D. Pedro I tinha sangue azul, mas, a carne era geniosa, cheia de vontades e assumidamente boêmio. Exímio na arte de manejar armas, o príncipe, reconhecido por sua falta de educação e famoso por seus dons como amante de belas mulheres teve sua vida registrada em diversos livros, entre eles, um artigo escrito pelo historiador Paulo Rodolfo Comelli, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Alto Rio das Velhas (IHGARV), e publicado por outro integrante, o médico Dr. Ricardo Salgado, devido o falecimento do autor. O artigo D. Pedro I, O Libertador (2011), conta essas e outras histórias sobre a monárquica no país, com uma diferença; nele estão fatos reais, os quais não existem nos livros convencionais de História. Confira:
Nada adequado à corte
D. Pedro I
D. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon veio para o Brasil aos nove anos. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, sempre foi detestado
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Queda da monarquia abriga verdades não reveladas desde o grito da Independência até a Proclamação da República. Descendentes legítimos do Império estão no Brasil e aptos a assumir o trono
pela mãe, e seu espírito varonil, jovial, independente e aventureiro era oposto ao do irmão, D. Miguel, de quem tornou-se inimigo irreconciliável quando adultos. Criado nas Terras do Novo Mundo, D. Pedro I, caminhava da doçura à ira em questão de minutos e, pouco interessado no papel da monarquia, o pai não conseguiu educá-lo para ser rei. Mas, a história o reservou um importante papel no destino de duas nações.
Entre dois mundos
Casado aos 19 anos, o príncipe viveu até os 36 e, nesse curto espaço de tempo fundou e criou o Império Brasileiro e, logo após a morte do pai (em 1826), autorgou duas Cartas Constitucionais; uma para o Brasil e outra para Portugal. Dessas nações, D. Pedro I foi imperador e rei, mas abdicou de ambos em favor dos descendentes. No Brasil, o filho D. Pedro II herdou o trono aos cinco anos, e em Portugal, a filha D. Maria II tornou-se rainha aos sete anos. Mas, havia condições: a irmã do imperador brasileiro, D. Izabel Maria, deveria ser a regente da Coroa Portuguesa e que seu irmão, D. Miguel, exilado pelo pai dois anos antes, se casasse com a sobrinha, recém coroada rainha, além de jurar a Carta Constitucional escrita por D. Pedro I.
“Um filho te assassinou, outro filho te vingará”
O acordo acabaria bem, caso D. Pedro I não fosse traído pelo irmão, que em 1828 dissolveu a Corte, destituiu a regente Izabel Maria, restabeleceu o absolutismo e proclamou-se rei de Portugal. No entanto, o irmão atraiçoado por D. Miguel partiu para Portugal para retomar o trono; uma guerra que durou seis anos. Antes da vitória, D. Pedro I esteve em Lisboa e, ao visitar o túmulo do pai, deixou um bilhete: “um filho te assassinou, outro te vingará”. A promessa foi cumprida e D. Miguel foi exilado novamente, deixando o país em junho de 1834, com destino a Gênova, na Itália.
O imperador, rei e general desceu à sepultura
Garantida a coroa para a filha, D. Pedro I ficou conhecido como o “Rei Soldado”, por ter lutado, entre espadas e balas, para restituição do trono.
Então, reinaugurada a Corte, o ex-imperador do Brasil tornou-se o regente do reinado da filha. No entanto, no mesmo ano, outra guerra o venceu, a da vida. Em 24 de setembro de 1834, D. Pedro I, o Libertador, faleceu vítima de uma doença pulmonar. Mas, antes, diante do ar da morte ao ouvido, o imperador começou a agir. Conseguiu antecipar a maioridade da filha rainha para os 15 anos, pediu um funeral sem pompa, mas com as honras de um general, e intercedeu para que seu corpo fosse enterrado no Brasil e seu coração em Portugal, na cidade do Porto.
De filha louca, à ternura sem medida
Durante o enterro do pai, em Portugal, por desespero e loucura, conta-se que D. Maria II jogou-se na cova; uma atitude que os monarquistas atuais contestam como mentira usada para desacreditar a realeza. O fato aconteceu, mas, o tempo revelou outra versão. Os ossos do imperador foram removidos para o Brasil 138 anos depois e enterrado no Mausoléu do Ipiranga. O espaço passou por reforma recentemente. Na sepultura de D. Pedro I, foram encontradas medalhas da ordem real, mas não as de um adulto, e sim as usadas por uma criança. Acredita-se então que, em um ato de amor, a filha desceu à sepultura para trocar as medalhas do pai, pelas dela.
“República foi Golpe de Estado”
Após a Proclamação da Independência, o Brasil seguiu por quase sete décadas ainda sob o regime monárquico parlamentar, em que D. Pedro II, tomou as rédeas do país junto a deputados, senadores e o primeiro ministro; isso até a Proclamação da República (em 15/11/1889), é o que conta o reitor da Faculdade de Sabará, Prof. Mário de Lima Guerra. Para ele, a queda do regime não aconteceu por vontade popular e sim por uma minoria republicana composta por militares. “A família imperial foi expulsa do país de
Proclamação da Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga
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madrugada, sob ameaça de morte. O sigilo teve um motivo: caso a população soubesse do golpe, uma rebelião popular tomaria as ruas do Rio de Janeiro, isso os livros não contam. A instauração da República foi um Golpe de Estado”, frisa.
segundo presidente do país. “Os livros de história colocam a Proclamação da República como um ato heróico, mas não foi, foi uma traição”, conta Mário. Para ele, o primeiro presidente do Brasil, Deodoro da Fonseca traiu o Imperador, a quem muito devia, já que, por ser de origem pobre, teria sido D. Pedro II o responsável por ajudá-lo a chegar ao patamar o qual chegou. Além disto, D. Pedro II tinha a maior confiança em Deodoro, considerando-o como um grande amigo e chegou a duvidar quando lhe contaram a traição.
Golpe teve uma mulher como protagonista
D. Pedro II, último soberano do Império do Brasil
“Farsa registrada como parte da História”
De acordo com Mário, o dia de festa após a expulsão do imperador, da esposa real, da Princesa Isabel e de seu esposo e filhos é uma farsa. “O povo do Rio de Janeiro ficou boquiaberto e quase não acreditou na notícia da queda da monarquia”. De acordo com o reitor, uma sociedade secreta composta por negros, chamados de Guarda Negra da Princesa Isabel, gratos devido à abolição da escravatura - os quais assinavam o livro de membros da sociedade com o próprio sangue, pois eram analfabetos - tinham o objetivo de proteger a princesa Isabel, com a promessa de morte para quem a prejudicasse. “Quando a Guarda Negra soube que a princesa foi expulsa, eles saíram às ruas, com foices, paus e pedras para atacar os quartéis do Exército Brasileiro”, revela Mário.
No dia anterior à Proclamação da República, os políticos que tramaram o golpe disseram a Deodoro da Fonseca que D. Pedro II iria retirar o primeiro ministro e nomear outro, no caso um inimigo de Deodoro, o Silveira Martins; um homem que havia conquistado a mulher por quem Deodoro da Fonseca havia se apaixonado. Dessa forma, os republicanos mentiram e convenceram o militar a ajudar no golpe. Além disso, a fúria dos donos de escravos, principalmente os traficantes de pessoas, tinham a família real como inimiga, devido à abolição da escravatura. Essas pessoas se uniram ao grupo de militares políticos republicanos e os incentivaram a derrubar do imperador como forma de retaliação à abolição.
De volta ao Brasil
A família imperial morou em Portugal e na França, após a expulsão do Brasil, sendo que um dos primeiros atos dos republicanos foi o de proibir que qualquer membro da família imperial retornasse ao país. Muitos anos depois, a proibição foi retirada, e alguns descendentes da realeza voltaram para o Brasil. Um dos netos da princesa Isabel veio para Petrópolis (RJ), conseguiu terras da avó e recuperou a taxa devida sobre qualquer imóvel comprado ou vendido na cidade (“Laudêmio”: 2,5% sobre o preço de mercado do imóvel). No entanto, esse príncipe, não tinha direito aos benefícios conseguidos.
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Depois da 2ª Guerra Mundial, D. Pedro Felipe de Orleans e Bragança, herdeiro legítimo ao trono, neto da princesa Isabel, vendeu tudo que tinha na Europa e veio para o Brasil, mas seu primo já havia se apropriado dos direitos dele no país. Sem a quem recorrer, um português monarquista e rico comprou terras no Paraná (Sul) e doou ao príncipe. “D. Pedro Henrique nunca tinha sido agricultor , mas se tornou um grande fazendeiro, produtor de café e criador de gado”, conta Mário. Um dos netos dele, o engenheiro químico e príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, mora em São Paulo e, em caso de retorno da monarquia, seria corado imperador do Brasil. O advogado e príncipe D. Bertrand de Orleans e Bragança é o segundo na dinastia do trono e reside também em São Paulo. O engenheiro civil e príncipe D. Antonio de Orleans e Bragança é o terceiro da linhagem, com direito ao trono, residente no Rio.
Monarquistas brasileiros
Um grupo mineiro formado por brasileiros que defendem a volta do regime Monárquico Parlamentarista ao Brasil reúne-se uma vez por mês, a cada primeira sexta-feira, na Praça da Liberdade (BH), às 10h30, para fortalecer o movimento. As reuniões servem para examinar e trabalhar em cima alguns pontos: explicar para a população em geral, através da mídia, cartas, Internet, palestras, seminários, etc., a diferença entre o regime monárquico e o republicano. Porém, este trabalho é feito de forma artesanal pelos monarquistas, pois não há recursos para elaboração de uma divulgação na grande mídia, informando de forma maciça que existe uma família imperial pronta para assumir o governo do país.
Parte da família Imperial
Princesa Isabel, assinou a Lei do ventre Livre e a Lei Áurea, acabando com a escravidão no Brasil
Sangue derramado e traição
DDe acordo com o reitor, diante da ameaça, os negros da Guarda da Princesa Isabel foram fuzilados a mando do militar Floriano Peixoto, que se tornou primeiro vice-presidente do Brasil e
Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, herdeiro do trono no Brasil
Esq. para dir.: Prof. Pedro Henrique, Príncipe D. Antônio e sua esposa, Princesa D. Christine, além dos filhos do casal: princesa D. Maria Gabriela e príncipe D. Rafael.
Proclamação da República comemorada por militáres
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Galo perde e vê Corinthians se distanciar
Foi uma noite para se esquecer! Nada deu certo pro Atlético diante do xará paranaense. Marcos Rocha foi expulso no fim do primeiro tempo. E o gol do Atlético-PR saiu num pênalti duvidoso. Com a derrota, o Galo viu o Corinthians abrir 7 pontos, já que venceu o Fluminense por 2 a 0, em São Paulo. Agora, o Galo precisa vencer para não deixar o Timão se distanciar ainda mais. E o próximo jogo será amanhã, às 19h30, contra o desesperado Vasco, no Rio, que vem de uma goleada por 6 a 1
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para o Internacional. O técnico Levir Culpi não poderá contar com Marcos Rocha, expulso, Jemerson e Luan, que receberam o terceiro cartão.
Cruzeiro vence a Ponte e respira
Parece que a chegada de Mano Menezes deu um ânimo aos jogadores do Cruzeiro. O time celeste que não vencia há 6 jogos - 4 pelo Brasileirão e 2 na Copa do Brasil - derrotou a Ponte Preta, em Campinas, por 2 a 1, e conseguiu se afastar da zona da degola. A equipe foi comandada por David e, Mano Menezes, que assistiu o jogo de um camarote, no Moisés Lucarelli, vibrou muito com os gols de Willians e Vinícius Araújo. No próximo jogo, domingo, às 11h, no Mineirão, contra o Figueirense,
Mano já vai comandar a equipe do banco de reservas.
Em um só tempo
A semana do Villa começou com greve das cozinheiras e do pessoal da lavanderia em função de seis meses de salários atrasados. Mas, por consideração à garotada da base, os funcionários decidiram voltar ao trabalho. Os meninos do Villa fazem boas campanhas nos campeonatos juvenil e juniores. Depois da eliminação matemática da Série D, os jogadores ganharam dez dias de folga e retornaram essa semana aos treinos para o jogo contra o Duque de Caxias, amanhã, no Rio. A torcida agora é para que o Leão possa equacionar as dívidas e, assim, sonhar com dias melhores.
No Fundo do Baú
Esta semana, vamos homenagear o 1º de Maio Futebol Clube, equipe vice-campeã do Torneio da Amizade do bairro Cruzeiro em 1994. A equipe era formada por moradores e amigos da Rua Primeiro de Maio, do bairro Cascalho, que se reuniam todos os domingos de manhã para jogar futebol. O treinador da equipe era Veio Pagavela, morador do bairro e ex-jogador do Santa Cruz Futebol Clube. Em pé: Pelé, Wilson, Éder, Necão, Serginho Biá, Thíusca, e Tita.
Agachados: Claudinho, Roberto, Clóvis, Vinícius, Edmilson, Lau e Serginho Loredo.
1º de Maio Futebol Clube
Enquete: Quais foram os melhores jogadores do 1º de Maio Futebol Clube, equipe vice-campeã do Torneio da Amizade do bairro Cruzeiro em 1994? Envie sua resposta para o email: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe! Resposta da enquete anterior: Os melhores jogadores do Tracaminas, da década de 60, foram: Em 1º lugar, com 50% dos votos, ficou Mário Wardi . Em 2º lugar, com 30% dos votos, ficou Zé Felipe. E, em 3º, com 20% dos votos, ficou Totó Lisboa.
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Dia do maçom
s Maçônicas da No último domingo, as duas Loja di do Grande ibal Gar José cidade de Nova Lima: Paraíso se do tal Por e Oriente de Minas Gerais do Sol, ntas Qui ínio dom reuniram no Clube do Con a é dat A om. maç do para comemorar o dia de agosto e foi comemorada no Brasil, no dia 20 convidados, cem de o açã prestigiada pela a particip re familiares e em um almoço descontraído ent . A animação do outras autoridades maçônicas e civis Marcinho. A tor can do evento ficou por conta ença especial das comemoração teve também a pres que tanto têm , ons maç mães e viúvas dos a manutenção e ão izaç contribuído para concret Rodrigo Silva de desta sociedade fraterna. Fotos: Oliveira
Zé do Copo zedocopo@hotmail.com
Zé do Copo estava tomando umas no Bar do Belo, nos Cristais, e ficou sabendo que, em uma cidade próxima à Nova Lima, está prestes a estourar a greve das cooperativas. Isso porque, os motoristas que prestam serviços para a prefeitura estão há três meses sem receber R$ 1 que seja. A sacanagem é que os caras têm que pagar a manutenção dos carros, a prestação dos carros e ainda têm que sobreviver, ou seja, comer, vestir e, é claro, tomar umas. Tem gente perdendo o carro e até passando necessidade.
No sábado, dia 12 de setembro, vai acontecer a 4ª Conferência Municipal de Juventude. Convocada por movimentos da Sociedade Civil, a conferência será realizada na Câmara Municipal, de 08h00 às 13h00 e Zé do Copo, é claro que irá comparecer. O tema do encontro é “Avançar sempre... Retroceder Jamais! Por mais Políticas Públicas para a Juventude”. O foco da discussão abrangerá vários temas de interesse para o segmento, como cultura, esporte, uso dos espaços públicos, segurança, trabalho e renda, além de defender os ambientes de interlocução e conquista da população jovem do município. Outras informações sobre inscrições e a programação, ligar: 8392-5568/ falar com Bruno Desidério e/ou 9167-0223, falar com Marcello Zanforlin.
Quem não se lembra do Pagode Vip? “Bombava né!” Pois é: em breve ele estará de volta. Ah! Mas, é o verdadeiro Pagode Vip. A novidade vai fazer Zé do Copo voltar a frequentar os pagodes da cidade. Segura dendecas, o Zé está de volta às nights de uma cidade próxima à Nova Lima. Aguardem!
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