Desafio Brou
renda, empregos temporários e hospedagem
Em razão de suas belezas naturais, trilhas e equipamentos para o esporte de aventura, o bairro de Honório Bicalho, em Nova Lima, possui como principal vocação os esportes de aventura e o ecoturismo. O Governo Municipal, buscando explorar a economia desse cenário, no último final de semana, realizou pela terceira vez, o evento de Mountain Bike e Trail Run de prestígio nacional: o Desafio Brou Bruto O evento atraiu cerca de 1 200 atletas, além de um público rotativo de sete mil pessoas Competidores vieram de todos os estados do país e encararam desafios, pensados cuidadosamente, pelas trilhas e paisagens deslumbrantes da região O evento recebeu por volta de R$ 150 mil em investimento público, mas movimentou na economia da região, durante os três dias de festa, cerca de R$ 500 mil
Qualificação
Com o objetivo de explorar toda essa vocação do bairro, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Abner Henrique, celebra que o Desafio Brou foi capaz de envolver não só turistas e atletas, mas também a maior parte dos comerciantes e dos moradores do local Para o secretário, é importante destacar os resultados econômicos para o bairro “Antes da competição, é realizado o pré-Brou, onde todo o comércio da região é preparado para receber o evento, através de cursos ofertados gratuitamente Os feirantes credenciados recebem treinamentos em gestão, empreendedorismo e vigilância sanitária. E, os moradores que disponibilizam suas residências para receberem turistas são qualificados com curso de hospedagem domiciliar. Vale ressaltar que toda essa qualificação é aproveitada também de forma contínua e permanente, durante outras demandas que surjam durante o ano”, salienta
Parceria com o Brou
Desde o planejamento até a execução, a parceria entre a Prefeitura de Nova Lima e a empresa Brou Aventuras, foi fundamental para o sucesso do evento De acordo com o prefeito João Marcelo (Cidadania), R$ 150 mil foram investidos pelo Poder Público, e o valor desprendido pelo Brou Aventuras foi de R$ 220 mil. De acordo com a organização, durante os três dias, o Desafio Brou atraiu um público rotativo de aproximadamente sete mil pessoas, além dos atletas, que curtiram o melhor da gastronomia local, cerveja artesanal, shows e muita adrenalina “Durante o evento, a economia de Honório Bicalho foi bastante fomentada Estimamos
mais de meio milhão de reais injetados no bairro, entre faturamento dos feirantes, comércios ao redor da arena, pousadas e residências alugadas, estacionamentos, pessoas contratadas para o evento como staff, seguranças, faxineiros e outros, além dos artistas locais contratados”, destaca o prefeito
Hospedagem local
A movimentação de atletas, equipes de apoio e espectadores, resultou em um aumento substancial na demanda por hospedagem local, de acordo com o Abner. Além do aluguel de pousadas no município e em Rio Acima, foram alugadas, pelo menos, 25 casas, totalizando R$ 30 mil, e 15 quartos, totalizando, R$ 5 400, durante todo o final de semana “Esperamos que os turistas que vieram retornem à região para a prática dos esportes nas trilhas disponíveis, se hospedem em nossas pousadas e residências, consumam em nossos restaurantes, utilizem dos serviços oferecidos para quem pratica essas atividades e deixem ainda mais recursos para a população de Honório Bicalho”, reforça o secretário
Geração de emprego
Além das competições nas trilhas, foi montada uma arena onde foram realizados shows durante todo o dia, brinquedos para as crianças e praça de alimentação, divididas entre 16 barracas de comerciantes que se credenciaram por meio de normas expressas no edital do evento A geração de empregos temporários também foi um aspecto positivo do Desafio Brou “A prefeitura intermediou, durante os três dias, a contratação direta de cerca de 90 pessoas para o staff, 11 motoqueiros, 20 vigilantes e 20 faxineiras, 40 seguranças e apoios e oito atrações de músicos e bandas locais, durante os três dias do Desafio Brou. Estimamos que o evento possa ter gerado, pelo menos, mais de 60 empregos temporários para atender ao comércio local, expositores, entre outros. Tudo isso se soma a um quantitativo final de, aproximadamente, 250 empregos diretos e indiretos”, afirma Abner
Premiações
Pessoas de todas as idades e níveis de habilidades, desde profissionais experientes até entusiastas em
busca de um desafio pessoal, percorreram as trilhas, cuidadosamente selecionadas, que ofereceram desafios emocionantes para os corredores de Trail Run e ciclistas de Mountain Bike Ao final do percurso estrategicamente planejado - que incluiu subidas íngremes, descidas radicais e terrenos acidentados - cerca de mil medalhas foram entregues aos participantes que concluíram as provas Os cinco primeiros colocados de cada categoria receberam troféu Os participantes do pódio receberam prêmios ofertados pela organização do evento, tais como: 54 óculos HB, 30 pneus Goodyear, 54 kits nanobodytech, 54 kits da loja Brutalidade, 54 pares de meia e 54 kits da Probiótica.
Honório Bicalho
O distrito de Honório Bicalho, desde a primeira edição do evento, passou a receber um significativo fluxo turístico de amantes de esportes de aventura, devido à vocação para o ecoturismo Consciente do potencial natural e da importância desse segmento para o desenvolvimento sustentável da região, Abner Henrique afirma que espera cada vez mais consolidar o bairro e região como um pólo turístico. “Inclusive, este fim de semana, acontece a Festa da Mandioca, com a gastronomia local trabalhando em cima desse importante alimento Acontecerá no mesmo local onde recebemos a arena de eventos do Desafio Brou Teremos a dupla sertaneja Pedro Netto e Matheus, o cantor Thiago Brava, além do artista Diogo Nogueira, com o melhor do samba nacional”, encerra
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os esportes de aventura e o ecoturismo da região, injetou cerca de R$ 500 mil em Honório Bicalho, por meio de geração de
Abner e João Marcelo ao lado de atleta de Bicalho
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Manifestação cultural, de São José Operário e de São Jorge, em Nova Lima,
dos patrimônios imateriais
As cavalhadas são festas tradicionais que remontam à Idade Média, na Europa, e que chegaram ao Brasil durante o período colonial. Celebradas em várias regiões do país, especialmente em Goiás e Minas Gerais, unem religiosidade, cultura, criação de equinos e também movimentam o turismo e economia local. Em Nova Lima existem duas dessas festas: a de São José Operário, que tradicionalmente acontece no distrito de Honório Bicalho, e a de São Jorge que, geralmente, acontece no Espaço Cultural Entretanto, como este ano o local está em obra, foi realizada também em Honório Bicalho O retorno desses eventos, após três anos sem as realizações, ao calendário da cidade, impulsiona o resgate da história, valorização da cultura, da memória e da tradição
São Jorge
Fundada pelo saudoso e falecido
Benedito Felício Carmélio, mais conhecido como “Bené Cabeça
Leve” , em 1975, a festividade ocorria originalmente no bairro Matadouro e prosseguia pela Avenida José Bernardo de Barros
"Acompanhei por mais de 20 anos o trabalho do sr.Bené. Antes de falecer, me pediu para não deixar a cavalhada morrer Tenho certeza que, de onde ele estiver, ficou feliz com a festa deste ano", conta sr Joãozinho,
como é conhecido, de 63 anos, um dos organizadores do evento Ele explica que cada cavalhada tem um nome em homenagem ao santo protetor dos cavaleiros. “Essa nossa festa teve origem na Cavalhada de Nossa Senhora de Nazareth, em Morro Vermelho (Caeté-MG), onde o sr. Bené aprendeu as embaixadas, manobras e, então, formou a Cavalhada de São Jorge, que geralmente acontece no Espaço Cultural, mas, como lá está em obras, aconteceu em Honório Bicalho, em abril", explica.
Mouros X Cristãos
A cavalhada, em geral, é um espetáculo teatral, baseada na tradição européia, que conta a história de uma batalha medieval religiosa entre dois exércitos Por isso, são 24 cavalheiros divididos em dois grupos: um é representado pela roupa vermelha - os Mouros - e o outro veste azul - os Cristãos A origem está ligada
Bem Cultural
Cavalhadas
a Portugal, sendo uma simbólica representação histórica da luta travada entre os Mouros e o imperador do Ocidente, Carlos Magno - um guerreiro cristão, que batalhou contra os sarracenos, de religião islâmica, pela defesa da região sul da França Há também a representação da nobreza, com reis, rainhas, príncipes e princesas, além de palhaços e soldados. No final, os cristãos vencem os mouros, que se convertem ao cristianismo
Ponto máximo
O ponto máximo da festa, chamado de Auto da Cavalhada, geralmente é o momento da procissão, com a participação da população, além dos carros de boi e guardas de marujo e congado Joãozinho explica que as embaixadas, referindo-se aos desafios entre os cavaleiros, são um show à parte Há também o trançar das fitas coloridas, que ficam fixadas a um mastro, e simboliza a união - talvez forçada em determinada época - de diferentes povos em torno do cristianismo e a cooperação dos corredores da cavalhada. "Foi uma festa linda, os animais foram enfeitados pelos seus donos, que são criadores de cavalos de Nova Lima, e até mesmo da região de Raposos e Rio Acima, que se uniram para
são bens-culturais atrelados a história, tradição, memória e religiosidade. Festas reforçam a importância da preservação, proteção e manutenção
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participar e levar a frente essa tradição que não pode se perder Essa festa deve ser valorizada e preservada", considera
Participação feminina
Como a cultura não é algo imutável, e é produzida por uma sociedade e seu tempo, essas manifestações podem sofrer transformações Se um dia o universo dos equinos e das cavalhadas foi considerado um a m b i e n t e predominantemente masculino, hoje, a realidade é outra. Sr. Joãozinho conta que, em 2023, várias amazonas (cavaleiros do sexo feminino) tiveram o interesse de participar, por motivo de fé ou por terem como herança familiar a paixão por cavalos Izabella Moura, de 20 anos, foi uma delas. "Antigamente a participação feminina nas cavalhadas era somente na confecção das roupas ou nas barracas de comidas Esse ano, prevalecemos,
e estamos conquistando espaço Participar da cavalhada, para mim, foi a realização de um sonho. Meu avô, falecido Mosquitinho, ajudava na organização Espero poder participar todos os anos daqui para frente", compartilha
São José Operário
Outra tradicional cavalhada de Nova Lima, que encanta os olhos dos telespectadores, é a de São José Operário A manifestação cultural e religiosa homenageia o santo padroeiro do bairro Honório Bicalho e é apresentada desde 1957. No campo de batalha, localizado na Arena da Cavalhada, no bairro em questão, é contada a história com os personagens. Ela foi fundada por um grupo de moradores, por iniciativa do sr Benedito Ferreira de Matos, conhecido por sr Zico "Há 66 anos realizamos essa festa, que acontece no mês de julho. Fomos crescendo, dia após dia. Passamos pelo período de pandemia da Covid-19 e pela enchente, que destruiu completamente o espaço da arena Mas esse ano iniciamos os trabalhos para realizar um belo espetáculo e tentar reunir os cavaleiros. Antecipamos também nossa tarde de lazer, com o tradicional bingo e barraquinha de São José Operário, na semana da novena", afirma o presidente da Associação dos Corredores da Cavalhada, Geraldo Coelho
Pertencimento
As cavalhadas permitem que se constitua uma noção de pertencimento coletivo a uma comunidade de fieis, o movimento do congado, criadores de cavalos - que participam das encenações montados - além da presença de crianças, jovens e adultos de diferentes faixas etárias, que tornam esses eventos um ambiente familiar Segundo Geraldo, na época dessa festividade, todos se envolvem e ajudam na festa "Aqui em Honório Bicalho a comunidade se sente pertencente à cavalhada Os que não participam montados, ajudam no café comunitário, que acontece no sábado antes da ornamentação da arena, ou ajudam nas barraquinhas e marcam presença para prestigiar os cavaleiros, no domingo do Auto da Cavalhada. Todos se sentem parte desse processo sociocultural e artístico-religioso, que parece ser já construído, mas que, na verdade, é reconstruído todos os anos", avalia
Legado
A Cavalhada de São José Operário, por ter sido fundada por moradores do bairro, ainda se liga à memória. A comunidade guarda recordações dos pais ou avôs que se apresentavam Carlos Nicholls, de 27 anos, cresceu participando da cavalhada "A primeira apresentação, que atualmente não acontece mais, era denominada de Cavalhada Mirim, onde as crianças usavam cavalinhos de madeira Essas crianças cresceram e passaram a fazer parte da cavalhada juvenil, montados em cavalos de verdade. Quando chegam à fase adulta, participam do Auto da Cavalhada, que acontece no domingo Eu fui uma dessas crianças e, por anos, fui o embaixador mouro Meu apelido“Soberano” - inclusive veio devido a uma fala do personagem que eu representava, desde a 1º turma do mirim", revela
Patrimônio imaterial
Para os organizadores das duas cavalhadas, Nova Lima é privilegiada por ter uma tradição como essa, que está identificada em poucos lugares do Brasil. Segundo eles, o bairro Honório Bicalho é conhecido por abrigar diversos criadores de cavalos A tradição na criação desses animais vem de longa data e isso resulta no sucesso dos eventos equestres realizados no bairro "A Cavalhada de São José Operário foi registrada em novembro de 2019, como Bem Cultural de Natureza Imaterial. Ter a Cavalhada de São Jorge no espaço onde realizamos a Cavalhada de São José, só afirma a força que a comunidade tem e a importância daquele espaço para que mais atividades culturais se concretizem e nós vamos continuar lutando por isso", finaliza Geraldo
"Em Honório Bicalho a comunidade se sente pertencente à cavalhada. Todos se sentem parte desse processo sociocultural e artístico-religioso, que parece ser já construído, mas que, na verdade, é reconstruído todos os anos"
Geraldo Coelho
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ViraRuts
Banda nova-limense
Com o objetivo de chegar ao final de 2023 com um álbum todo composto apenas por músicas autorais, a banda nova-limense atualmente tem um repertório recheado de releituras de músicas que agradam a todos os públicos O Rappa, Zeca Pagodinho, Tim Maia, Dominguinhos, Alceu Valença, Paralamas do Sucesso, Saulo, dentre tantos outras referências de sucesso, fazem parte da playlist da ViraRuts Mas, como o próprio nome já diz, elas passam por releitura, trazendo a identidade e essência do grupo, com uma pegada do reggae O segundo single e clipe banda já está no forno e será lançado no dia 23 de junho O primeiro foi ao ar em maio e pode ser acessado em todas as plataformas de streaming.
Início
O projeto iniciou durante a pandemia da Covid-19 e desde então tem ganhado corpo, principalmente após uma parceria com uma produtora especializada em eventos corporativos e formaturas “A banda toca o estilo pop rock reggae, no qual o mercado não tem tantas opções, comparado a outros estilos Mas o principal motivo foi juntar bons amigos e tocar música boa, passar mensagens positivas e nos divertir sem abrir mão do profissionalismo que o mercado pede”, pontua Leonardo Costa, conhecido como Fuka, responsável pela guitarra e o vocal da ViraRuts
Nome
De acordo com o músico, o coronavírus mostrou o quanto a humanidade, perseverança, resiliência, força e o amor são necessários nesse mundo que cada vez mais demonstra possuir diversos aspectos caóticos. “O nome ViraRuts é um conceito musical e estético que a banda quer demonstrar. O “ruts”,
neste caso, é uma abreviação e alusão carinhosa do nome roots (raiz), que, por sua vez é o conceito da banda trabalhar as músicas com essência, originalidade, leveza, base forte, observando o mundo ao redor e passando mensagens de positividade por meio da música. Então, “virar” roots é viver mais leve e observar os detalhes da vida com menos pressa É afastar a inveja e desejar o bem para o próximo É ser leve e curtir a vida com o que ou quem você acredita e ama”, explica.
Referências
A proposta da banda é transformar brasilidades - do sertanejo, samba, MPB, axé, entre tantos outros gêneros - em reggae rock “Bebemos de várias fontes. No repertório estão: Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Cartola, Tim Maia, Dominguinhos, Roberto Carlos”, exemplifica Além disso, outras referências mais contemporâneas são: Maneva, O Rappa, Armandinho, Natiruts, Onze20, Saulo, Wilson Sideral e Coldplay “As preferidas do público variam, mas na média são aquelas com as letras mais fortes, como as do Zeca Baleiro, Zé Ramalho e Alceu Valença, ou mais agitadas como Paralamas do Sucesso, Skank e Jota Quest - que, inclusive, somos fãs e tem vários integrantes moradores de Nova Lima”
“Não tem preço que pague”
Apesar das releituras de outras músicas estarem presentes no repertório, de acordo com o guitarrista, produzir música autoral sempre foi a missão da ViraRuts “A premissa foi fazer algo diferente e com a nossa cara Com o cover não alcançaríamos esse objetivo. A melhor forma seria criar nossas próprias músicas, letras e arranjos É muito satisfatório ver nossa mensagem sendo passada para pessoas e recebermos essa energia de volta nas redes sociais ou no carinho em nossos shows. Saber que a pessoa se identifica com a música, essa conexão é mágica e não tem preço que pague”, considera
Larga tudo
Para iniciar nessa trajetória, em busca de cumprir a missão autoral, em maio a ViraRuts lançou o primeiro single e clipe, intitulado como Larga tudo.
“Esse som fala sobre viver leve e aproveitar o momento de forma intensa e honesta com alguém que se gosta de verdade Toda produção musical, e gravação com vários músicos convidados, foi feita por mim, a mix final por Vítor Dieguez e a masterização por Fernando Delgado. Nos metais foram convidados os músicos Leandro Chuim (sax), Miguel (trombone) e Lucas (trompete) Já o clipe foi gravado na Lagoa dos Ingleses, no Alphaville”, detalha.
Tempo voa
A ViraRuts não pára. O segundo single e clipe da banda - Tempo voa - já está no forno e será lançada no dia 23 de junho “A letra é forte, fala sobre a rapidez do tempo, da luta pela conquista e das oportunidades perdidas na vida, que muitas vezes causa arrependimentos É uma fusão do reggae rock com elementos da música nordestina, com melodia, triângulo e sanfona Convidamos o nova-limense Cléver Moreira, o ‘Clevinho’, sanfoneiro oficial da dupla Zé Neto e Cristiano, que também estará no clipe gravado em uma casa na região de Honório Bicalho”
Objetivo
O planejamento da ViraRuts é chegar ao final do ano com um álbum completo de músicas inéditas e, por fim, realizar um show de lançamento de toda essa produção “Porém, o momento agora é beber e experimentar várias fontes musicais e criar novas versões para as canções conhecidas. A banda tem o objetivo de tornar as apresentações autorais a atração principal dos shows, em médio e longo prazo, mas acreditamos que naturalmente as pessoas se identifiquem com as criações e queiram escutar ao vivo, só que esse processo é gradual, com trabalho e consistência”, pondera
Persistência
Muitas pessoas podem acreditar que a cidade possui poucos artistas autorais, mas para Fuka o festival Nova Lima Autoral, do Governo Municipal, revelou como a cidade é um celeiro de artistas “A música autoral é um caminho muito mais difícil se o desejo é uma interação rápida com o público. Isso torna os covers mais atraentes em um primeiro momento. Há artistas com proposta exclusivamente para o mercado de covers, pela alta demanda mercadológica, e não há nada de errado com isso. Por outro lado, o trabalho autoral é uma questão cultural de persistência”, avalia
Formação
Além do Fuka, atualmente a banda possui quatro integrantes fixos em uma formação clássica: na bateria, Paulo Clemente; no baixo, Reginaldo Silva; e nos teclados, Levy Lucas Eventualmente, ainda, de acordo com o porte ou demanda do show contratado, a banda se apresenta somada a um trio de metais, backing vocal, e percussão.
ViraRuts está com agenda aberta para casamentos, formaturas, aniversários, eventos corporativos, privados, abertos ou temáticos, dentre outros. Redes sociais: Instagram - @viraruts; YouTube.com/viraRuts; Spotify - ViraRuts. Contato para shows: 9 9959-9986 ou
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faz releitura de diversos gêneros trazendo a pegada do reggae, mas proposta é construir álbum unicamente com músicas autorais
Cultura
F o t o : W e n d e l L e k
Viraruts@gmail.com.
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Uma breve reflexão sobre o Atlético: o ano era 2000 Começava minha carreira como estagiário na Rádio Itatiaia
Pela primeira vez pisava num centro de treinamento de um clube profissional Ou quase isso Com o querido e saudoso
Uara Elias Jorge, o Turquinho, famoso motorista e operador da Itatiaia, chegava ao que era o embrião da Cidade do Galo, em Vespasiano. Tinha um campo e uma precaríssima sala de musculação Havia muita lama e os carros importados dos jogadores do Atlético, que tinha sido vice-campeão brasileiro meses antes ao perder a decisão para o Corinthians. Uma Mercedes preta do atacante Guilherme e uma branca, do seu parceiro Marques, se destacavam. Os jogadores saíam do treino e pegavam um mapa para saber onde treinariam no dia seguinte A atividade seria num campo de futebol amador, em Pedro Leopoldo. A média era de três meses de salários atrasados O Galo vendia parte do passe de alguns jogadores a um grupo supermercadista para pagar salários Aliás, vendia e não entregava O não cumprimento de vários acordos fez crescer a bola de neve das dívidas já naquela época Essa pendência com os supermercadistas, por exemplo, é paga até hoje após decisões judiciais contra o Galo Mais de 20 anos depois os boletos ainda chegam De lá pra cá, mais de duas décadas se passaram. Pouco depois, vi o Atlético entrar em campo com Márcio Mexerica, Walker, Pietro e outras pérolas Vi também, com grandes times, como aquele que ganhou a América
em 2013 Mas, em todos esses momentos, o Galo sofria a mesma dificuldade financeira e com o pouco planejamento. Os presidentes passavam e as contas ficavam Como em qualquer instituição, o Atlético seguiu sua vida com bons e maus momentos O clube foi se ajeitando como podia Houve tropeços, quedas e boas fases A Cidade do Galo foi colocada de pé, por voluntários que fundaram o movimento “Amigos do Galo” Paralelamente, o atleticano sempre esteve ao lado do clube: apoiando, ajudando e acreditando Hoje, o Atlético tem um dos melhores CTs do Brasil e está construindo uma das melhores arenas do país. No campo, tem um dos melhores elencos do Brasileirão O Galo vem de títulos importantes como o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e um tetracampeonato mineiro No âmbito administrativo, o clube estrutura o projeto de uma SAF e tenta sair do ciclo vicioso que fez tanto mal ao clube ao longo dessas décadas Mas o torcedor precisa entender que não há mágica no futebol. O Atlético não será soberano no futebol brasileiro Não terá a repetição de 2021 a cada ano. A cada vez que leio algumas manifestações na internet, penso: será que alguém acha que o Atlético tem obrigação de ganhar tudo que vai disputar? Será que alguém imagina que é fácil assumir o clube que ainda paga dívidas de 2000? Tudo será resolvido num estalar de dedos? Será que alguém acha que é possível pagar as contas dos últimos 20 anos, inclusive do time campeão da Libertadores, e ainda assim competir para ganhar tudo? Sinceramente, acho piegas imaginar isso. E o torcedor que cria essa pressão joga contra o clube O Atlético tem uma situação econômica duríssima Só não entrou em colapso financeiro porque aqueles que o dirigem colocaram a mão no bolso Pagaram, patrocinaram e avalizaram cerca de R$ 1,2 bilhão. Quero só lembrar um caso: quando o Cruzeiro teve um transfer ban imposto pela Fifa, abriu a Série B de 2020 com menos 6 pontos. O Atlético teve seis situações idênticas ao rival Cruzeiro E só não perdeu pontos porque os investidores colocaram a mão no bolso ou deram o seu aval no banco Aos
que tanto criticam os 4Rs, vai um recado: estaria bem pior sem eles Não tenho dúvidas disso Outro recado: ninguém faz mágica. Hoje o Atlético tem dirigentes que erram e acertam, como todos os outros Mas com uma diferença: os atuais colocaram a mão no bolso para ajudar o clube Enquanto, no passado, o clube tinha dirigente que usava o clube pra pagar despesas pessoais. Qualquer reconstrução é difícil mesmo É só o torcedor colocar na balança e ver o que quer Está passando da hora de a torcida do Atlético entender que o clube não é o Real Madrid Não vai ganhar tudo e não terá o desempenho de 2021 todos os anos Por falar no Real Madrid, com todo dinheiro, não ganhou nada este ano O Manchester City levou 17 anos para ganhar a Champions, mesmo nadando em dinheiro árabe O PSG, com bilhões do Catar, não chegou nem perto ainda Mas para o Atlético, alguns querem enfatizar que tudo é um fracasso O patamar do Atlético é um dos melhores do Brasil. Talvez muito acima do que a realidade prática permitiria Ganhar é bom Aliás, é ótimo Mas muitas vezes traz uma desconexão com a realidade E me preocupo muito com isso no caso do Galo Ganhar tudo em 2021 foi ótimo para o torcedor. Mas criou a sensação em alguns de que o Atlético viverá aquilo todo ano Não vai! A torcida precisa ter paciência e senso de realidade. Estar entre os cinco principais clubes do Brasil é o exato lugar possível para o Atlético E com muita luta! O clube não nada em dinheiro. Os investidores não são xeques árabes A torcida e a receita são bem menores que as de Flamengo e Palmeiras. As dívidas geradas, por anos de gestões, continuam sangrando o clube É preciso que o torcedor entenda a realidade. E essa realidade é dura, mas promissora: pela organização que foi feita nos últimos anos e pela infraestrutura montada, em especial com a Arena MRV E ainda pela perspectiva da SAF A estrada é longa Mas se tiver paciência, o Atlético pode se sair melhor ali na frente. Pois, daquele Atlético que conheci lá em 2000, só algumas dívidas sobraram No mais, muita coisa mudou e para melhor
No Fundo do Baú
Na edição passada publicamos a escalação do Morro Velho trocada. Pedimos desculpas e corrigimos. Esta semana, vamos relembrar o time do Esporte Clube Morro Velho do ano de 1973 A equipe é considerada, por muitos torcedores, como um dos melhores times já formados pela agremiação do bairro Cristais Um dos pontos importantes da equipe é que, em sua maioria, era formada por jogadores que moravam na região dos Cristais
Enquete - Quais foram os melhores jogadores do Esporte Clube Morro Velho do ano de 1973? Envie sua resposta para o email: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!
Morro Velho
t Agachados:
Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Manchester, campeão nova-limense de futsal de 1990, foram: em 1º lugar, com 50% dos votos, Marcinho Bolinha. Em 2º lugar, com 30%, Neneco E, em 3º, com 20%, Marquinho Bolinha
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Bicão, Pintinho, Baltazar, Ênio, Maurílio, Tôco e Juca Tomé
T Em pé: Pai João, Miltinho, Ponêz, Geraldo Brecas, Rodox, Zé Antônio, Adalberto, Jair “Forma” e Butina
B A S T I D O R E S
João Vitor Xavier
Atlético
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Jovens Aprendizes
Saritur é acusada de sonegar R$ 735 milhões
Por falar em Saritur, a empresa responsável pelo transporte público intermunicipal das cidades de Nova Lima, Raposos e Rio Acima, é alvo da operação “Ponto Final”, comandada pela Polícia Federal (PF) e pela Receita Federal, que busca combater “organização criminosa dedicada a praticar fraudes contra a Previdência Social, a ordem tributária nacional e ao processo de execução”, acusa a PF No início do mês, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Belo Horizonte, Brumadinho, Montes Claros, Nova Lima e Sabará Participam da operação 43 integrantes da Receita Federal (auditores-fiscais e analistas-tributários) e 95 policiais federais
Acusação
Nessa terça-feira (13), foi o primeiro dia de trabalho de centenas de jovens aprendizes que passarão a atuar na Prefeitura de Nova Lima Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Álvaro Azevedo, a ação inédita oportunizou, em março, 125 vagas para jovens da cidade, de 14 a 22 anos, que atuarão dentro de diversas pastas do Governo Municipal como Jovem Aprendiz A carga horária diária é de 4 horas, com remuneração mensal de uma bolsa no valor de R$ 900 “A ação vai proporcionar formação profissional e inserção no mercado de trabalho e favorecer a geração de renda e o enfrentamento da pobreza aos adolescentes e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social
A duração do contrato é de até 22 meses Os estudantes tiveram a carteira assinada e terão direitos ao vale transporte, férias, 13º, recolhimento do FGTS e uniforme”
Cartão Ótimo Sênior
Os nova-limenses que usam as linhas intermunicipais de transporte público da empresa Saritur têm de 19 até 23 de junho para fazer o cartão Ótimo Sênior sem precisar sair de Nova Lima O cartão, lançado em novembro de 2008, permite que idosos acima de 65 anos, que já têm direito à gratuidade, passem pela roleta e fiquem na parte de trás dos ônibus, caso queiram Os atendimentos serão realizados, das 9h às 12h e das 13h às 16h, no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 28, Centro) No dia 21 de junho, o atendimento será no Escritório da Transformação Social (Rua Augusto Magalhães, 144, Rosário) Para ter acesso ao cartão é necessário o original e cópia do CPF, RG e comprovante de endereço.
Ainda de acordo com a PF, sócios desse aglomerado econômico “constituíram e vem constituindo empresas com a finalidade de explorar prestação de serviços públicos de transporte coletivo na região metropolitana de Belo Horizonte”. A questão é que essas empresas não estão recolhendo os tributos devidos, o que configura a prática reiterada de crimes contra a ordem tributária e contra a Previdência Social Mesmo com certidão de dívida ativa junto a União, elas vêm contratando com a administração pública mediante a interposição de consórcio, o que possibilita burlar a legislação pátria que exige certidão negativa de execução patrimonial para participar de certames licitatórios”, explica a PF
Família Lessa
Os sócios das empresas investigadas são integrantes da mesma família e se alternam nos quadros societários das empresas. Eles poderão responder pelos crimes de sonegação fiscal, de sonegação de contribuição previdenciária e de promover organização criminosa, cujas penas máximas somadas chegam a 18 anos de prisão
Nova sede da PM
Será realizada, nesta sexta-feira (16), a solenidade de lançamento da Pedra Fundamental da nova sede da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), em Nova Lima, que será erguida em terreno doado pelo município, localizado no bairro Oswaldo Barbosa Pena II. A nova sede da PMMG, em Nova Lima, é fruto de um convênio assinado entre os governos municipal e estadual, onde o município transferiu ao Estado, aproximadamente, R$ 5,3 milhões para
custear as intervenções Além disso, a prefeitura também realizou a doação do terreno de 3 699,00 m² Segundo a PMMG, o prazo para a conclusão das obras é de apenas 10 meses
Reforma dos campos
Os vereadores de Nova Lima, por unanimidade, aprovaram uma emenda ao Orçamento do Município, disponibilizando, aproximadamente, R$ 5,9 milhões para a Liga Municipal de Desportos realizar as reformas dos campos amadores da cidade Ótima e louvável atitude dos vereadores, até porque o Campeonato de Futebol Amador de Nova Lima merece muito, pois é uma das pouquíssimas atividades que consegue integrar todas as diferentes Nova Lima Mas há de se ressaltar que para a Liga realizar os investimentos nos campos, é necessário que toda a documentação do local esteja regular
Passos
Agora a Liga está na fase de análise dos documentos dos campos. Após separar aquelas praças esportivas que possuem documentação hábil, é que a Liga, ao lado dos vereadores e da Prefeitura de Nova Lima, decidirão quais campos serão reformados Então, provavelmente, poderá acontecer de um campo, que precisa muito de reforma, fique de fora, e outro, que não precise tanto, seja reformado Isso porque grande parte dos campos são comodatos com a AngloGold Ashanti, com documentos da década de 60, 70 E para o campo receber a reforma, é preciso que a mineradora dê anuência ao clube para realizar as intervenções Mas, aqueles espaços em que as áreas pertencem ao município de Nova Lima, os campos estarão com parte da documentação equacionada para receber as intervenções.
Grana
O valor dessa subvenção só pode ser gasta em reformas dos campos Essa verba ainda não foi enviado à Liga e não necessariamente será enviada
A Liga, após analisar os documentos e definir quais campos serão reformados, faz um projeto, cria um plano de trabalho com todas as fases de execuções e apresenta à prefeitura Após aprovado, a prefeitura transfere o dinheiro específico deste plano de trabalho às contas da Liga Enfim, parece difícil, mas já é uma grande iniciativa e tomara que a cada ano esse valor seja novamente emendado pelos vereadores, para que nos próximos anos todos os campos da cidade estejam reformados
Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 15 a 21 de Junho de 2023 A Banqueta 18
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