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Trem descarrila na Linha 8-Diamante e passageiros andam sobre os trilhos
O Governo de São Paulo e o Metrô tinham até as 23h dessa quinta-feira (23) para se manifestar se aceitava ou não a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT), apresentada em reunião do Tribunal Regional do Trabalho mais cedo, que estabelecia um pagamento de R$ 2,5 mil por ano entre 2020 e 2022 de abono por funcionário e não descontar dias parados ou punições.
Diante do silêncio, os metroviários, em assembleia encerrada por volta das 22h, decidiram que seguirão em greve pelo segundo dia.
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Em nota divulgada à imprensa, o Metrô informou que “seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros nesta sexta,
24, após o Sindicato dos Metroviários votar por dar sequência à paralisação da operação. A votação aconteceu em nova assembleia, realizada na noite de hoje (23) e anunciada por volta das 21h40”.
“O Metrô obteve na Justiça uma liminar que determina o funcionamento de 80% do serviço do metrô nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e 60% nos demais horários durante todo o período de paralisação, o que não foi respeitado. A Companhia reforça que segue aberta ao diálogo para negociação, assim que a categoria retomar às atividades.”
“O Metrô informa que todos seus atos ao longo da paralisação nesta quinta-feira (23) foram respaldados por decisões judiciais e em benefício da prestação do serviço à população, com a garantia da segurança de sua operação”, finalizou.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região multou na noite desta quinta o Metrô em R$ 100 mil por “conduta antissindical” ao vetar que os funcionários grevistas operassem as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha com as catracas livres, sem cobrança de passagem, e permitiu que a medida seja adotada. Na nota divulgada, a companhia não menciona a possibilidade de liberar a cobrança de passagens nesta sexta.
Diante da manutenção da greve, a Prefeitura de São Paulo manteve a suspensão do rodízio pelo segundo dia consecutivo.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) informou nessa quinta-feira (30) que encerrou todas as negociações de acordos com a Via Mobilidade - empresa vencedora da concessão das linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - e decidiu “tomar as providências necessárias” para a extinção do contrato de privatização.
De acordo com o promotor de Justiça Silvio Marques, as ações do MP não podem ser detalhadas agora e serão conhecidas em até 15 dias. “Encerramos as negociações com a empresa, não vamos assinar qualquer tipo de acordo com a Via Mobilidade, porque nós já tivemos muitas conversas e eles disseram que iam resolver os problemas e não resolveram”, disse.
“Em função disso, em função também do descarrilamento ocorrido hoje, outra alternativa não resta, portanto, a não ser deixar as negociações com a empresa e, infelizmente, vamos ter que tomar as providências necessárias visando à extinção desse contrato”, acrescentou, em entrevista coletiva na sede do MP, no centro da capital paulista. Na manhã de hoje, mais um trem operado pela Via Mobilidade descarrilou, dessa vez nas proximidades da estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo. Não houve feridos. De acordo com o MP, esse foi o sexto descarrilamento desde que a Via Mobilidade, do Grupo CCR, assumiu a operação das linhas, em janeiro de 2022. Segundo funcionários ouvidos pelo órgão, no entanto, outros quatro episódios podem ter ocorrido sem divulgação, o que totalizaria dez descarrilamentos no período.
Um dos principais projetos de mobilidade do Estado, a linha férrea que prevê a ligação da capital paulista a Campinas foi apresentada pelo secretário Lucas Ferraz (Negócios Internacionais) na quarta-feira (29) a um grupo de investidores numa reunião em Madri, na Espanha.
A primeira reunião sobre o trem Intercidades foi com a diretoria da OHLA, cuja empresa voltou recentemente ao Brasil, com escritório aberto em São Paulo. O secretário representou o governador Tarcísio de Freitas, que se recuperava de procedimento de retirada de um cálculo renal na terça-feira em Londres. Tarcísio foi liberado pelos médicos e se juntará à equipe em Paris, onde comandará as reuniões com empresas locais.
Ferraz apresentou mais informações sobre o projeto e em breve seguirá conversando em São Paulo com a empresa, cujos representantes também estão de olho em projetos de infraestrutura, entre outras oportunidades.
Com investimento previs- to de R$ 12,7 bilhões, o Trem Intercidades Eixo Norte faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP). A obra do trem contempla a construção de linhas de trens que vão ligar São Paulo, Jundiaí e Campinas, além de Francisco Morato. Parte do projeto integrará a Linha 7-Rubi da CPTM, até Francisco Morato.
“A modelagem dos projetos das PPPs chamou muita atenção por conta da mitigação de riscos, especialmente risco de demanda e risco cambial. São aspectos novos e que estão sendo valorizados por investidores e operadores das
PPPs”, afirmou Ferraz. O encontro com representantes da Aena foi o segundo compromisso para a comitiva do Governo de SP na missão em Madri. Na reunião, o secretário apresentou o portfólio de projetos do estado de São Paulo.
A Aena é uma operadora espanhola que já arrematou a concessão de 11 aeroportos brasileiros, inclusive o de Congonhas, em São Paulo, estado no qual a empresa mais vai investir. A concessão desses aeroportos foi estruturada por Tarcísio de Freitas, quando Ministro da Infraestrutura do Governo Federal.